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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

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MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO
  JurisWay     Sala dos Doutrinadores     Ensaios Jurídicos    Direito Processual do Trabalho   Indique este texto a seus amigos 

Texto enviado ao JurisWay em 19/05/2014. Autoria:
Última edição/atualização em 21/05/2014.

Elcio Silva Ribeiro
Filho
Indique este texto a seus amigos 

Estudante de Direito da Universidade Presbiteriana
Mackenzie.

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O  presente  trabalho  visa  analisar  as  medidas  cautelares  dentro  do  universo  do Direito Empresarial
processo trabalhista. Conforme disposto abaixo, a abordagem consiste em tratar: I
­  o  conceito  e  natureza  jurídica,  bem  como  as  principais  características  das
medidas  cautelares  no  âmbito  trabalhista;  II  ­  analise  do  procedimento  das
medidas cautelares no processo do trabalho, em seu fluxo processual; e III ­ uma
análise  geral  das  medidas  cautelares  em  espécie,  aplicadas  ao  processo  do
trabalho.
 
CONCEITO E ANÁLISE PRINCIPIOLÓGICA DA AÇÃO CAUTELAR NO
ÂMBITO DO PROCESSO TRABALHISTA.
 
Cautelar  é  providência  concreta  tomada  pelo  órgão  judicial  para  eliminar  uma
situação de perigo para direito ou interesse de um litigante, mediante conservação
do  estado  de  fato  ou  de  direito  que  envolve  as  partes,  durante  todo  tempo
necessário  para  desenvolvimento  do  processo  principal  ou  para  a  realização
coativa  do  direito  do  credor  sobre  o  patrimônio  do  devedor,  no  processo  de Outros artigos da mesma área
execução. RESCISÃO INDIRETA DO CONTRATO DE TRABALHO
PELA FALTA DE RECOLHIMENTO DO FGTS
 
OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O PRÉ­
Trata­se  de  um  conjunto  de  atos  que  visam  prevenir,  ou  segurar,  mediante QUESTIONAMENTO NA JUSTIÇA DO TRABALHO
provocação  ao  juízo,  a  propositura  de  uma  ação  com  pretensão  à  sentença  de LEGISLAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO DA
cognição completa, a garantia de proteção probatória, a possibilidade executiva da MULHER: uma perspectiva de sua evolução.
sentença, evitando lesão grave e de difícil reparação ao direito da parte. TUTELA ANTECIPADA NO PROCESSO DO TRABALHO

  Como elaborar uma Contestação

Relação do Direito Processual do Trabalho com os
Demais Ramos do Direito
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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

Ressalte­se  a  importância  da  medida  cautelar  trabalhista,  tendo  em  vista  que  a Alterações na súmula 331 do TST
hipossuficiência  que  aflige  o  trabalhador  exige  pronta  intervenção  do  Estado,  o Segurança e Saúde do Trabalhador
qual  deve  atuar  no  interesse  do  restabelecimento  da  justiça  diante  dos  aspectos
Poder Diretivo Frente aos Limites da Justiça do
alimentares da relação de emprego. Trabalho

  Tutela Antecipada em Pedidos Incontroversos no
Processo do Trabalho
Porém,  não  há  um  elenco  de  medidas  cautelares  ou  assecuratórias  ou  de Mais artigos da área...
conservação no processo do trabalho, e os remédios utilizados são aqueles de que
dispõe o processo civil, de maneira subsidiária, naquilo que for compatível com o
processo do trabalho. Provas da OAB
Estude refazendo as últimas provas
 
Prepare­se para o
Da Natureza Jurídica da Medida Cautelar no Processo do Trabalho Exame da OAB
refazendo as últimas
provas online.
  Questões das provas da OAB  

A medida cautelar pode ser apresentada tanto na fase cognitiva como na fase de
execução, visando à garantia do crédito do credor, estando para um tertium genus Certificados JurisWay
entre o processo de conhecimento e o de execução, pois pode ser apresentada nos Só Estudos Temáticos oferecem Certificado
dois momentos. Foque seus estudos e
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  casa atestando a carga
horária.
A  característica  específica  da  medida  cautelar  é  a  prevenção,  e  tem  a  função Consulte valor de cada tema  

inerente  à  própria  atividade  jurisdicional,  de  prestar  o  provimento,  muitas  vezes


Princípios de Direito Penal
antecipadamente, evitando que quando proferida a sentença definitiva, ocorresse a Direito Penal
impossibilidade de sua execução. Assim a ação cautelar tem caráter instrumental,  

pois seu objetivo é assegurar a eficácia prática do provimento definitivo. Casamento e Divórcio
Direito de Família

   

Ação Declaratória na Prática
Direito Processual Civil
Ressalte­se,  ainda,  o  caráter  jurisdicional  da  medida  cautelar,  pois  implica
atividade  do  órgão  estatal  que  presta  a  tutela  específica  de  natureza  urgente.  Em
 

Veja todos os temas disponíveis
alguns  casos  a  medida  cautelar  pode  ter  natureza  acessória,  dependente  do São aproximadamente 70 temas

processo principal, mas a dependência se aplica apenas às medidas cautelares com
característica  contenciosa  ou  jurisdicional  e  não  nas  que  não  abrangem  o
contraditório, como ocorre na produção antecipada de provas.
 
Da Classificação das Medidas Cautelares no Processo do Trabalho
 
As medidas cautelares são aquelas que se destinam a resguardar o direito objeto da
ação principal, e tanto podem ser determinadas na fase de conhecimento como no
processo  de  execução.  Sua  finalidade  é  preservar  a  satisfação  do  resultado  final.
Nesse sentido, podem ser classificadas nos seguintes quesitos:
 
I.                  Quanto ao momento, as medidas cautelares se dividem em: (i) preparatórias,
propostas antes da ação principal e destinadas a armar de elementos o interessado
(ex.produção  antecipada  de  provas);  ou  (ii)  incidentes,  quando  determinadas  no
curso do processo (ex. habilitação)
 
II.                Quanto à necessidade de ouvir o requerido, as ações cautelares podem, à
critério do juízo, ser oferecidas:(i) com audiência, quando for necessária a oitiva
da  parte  contrária,  e  ausentes  os  requisitos  de  periculum  in  mora  e  fumus  boni
iuris, que analisaremos mais a frente; ou (ii) sem audiência, nos casos urgentes.
 
III.             Quanto à existência de previsão em lei, as ações cautelares podem ser: (i)
específicas  ou  nominadas,  que  são  aquelas  enumeradas  pela  lei  (ex:  arresto,
sequestro,  produção  antecipada  de  provas,  notificação,  protesto  etc..);  ou  (ii)
inespecíficas,  inominadas  ou  atípicas,  que  são  as  medidas  inominadas,  não
previstas,  mas  determináveis  quando  houver  receio  de  que  uma  parte  cause  ao
direito  de  outra  lesão  grave  e  de  difícil  reparação,  embora  não  enquadraras  em
nenhum modelo do Código.
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IV.                      Quanto  à  natureza  das  medidas,  as  ações  cautelares  podem  ser:  (i)  de
natureza  jurisdicional,  que  são  as  contenciosas,  que  compreendem  pretensão
resistida (ex. arresto, sequestro etc..); ou (ii) de administração pública de interesses
privados: são as que não tem contraditório, inexistindo julgamento de mérito (ex.
notificações, protestos, etc.).
 
Da Cautelar satisfativa
 
O processo cautelar não pode ser utilizado para tutelar direito material. O juiz não
pode  conceder  medida  cautelar  que  tenha  caráter  satisfativo,  pois  a  postulação
principal  deve  ser  proposta  no  processo  principal,  tendo  o  processo  cautelar  a
finalidade  apenas  de  assegurar  o  desenvolvimento  do  processo  de  conhecimento
ou de execução.
 
O  que  se  pretende  com  a  medida  cautelar  não  é  a  satisfação  do  direito,  mas  a
prevenção de uma lesão. Assim, a entrega da prestação jurisdicional definitiva não
pode ser antecipada, por meio de medida cautelar pois não é o direito material que
assegura o exercício dessa ação mas o risco processual de ineficácia da prestação
definitiva,  tendo  em  vista  o  transcorrer  do  tempo  até  o  provimento  definitivo  no
processo principal.
 
Para assegurar o direito em si, há institutos distintos, que são a tutela antecipada e
a  tutela  específica  de  obrigação  de  fazer  e  não  fazer,  previstas  respectivamente 
nos arts. 273 e 461 do Código de Processo Civil.
 
As Condições subjetivas e objetivas da Ação Cautelar.
 
As condições da ação são: a possibilidade jurídica do pedido, o interesse de agir e
a  legitimidade  para  a  causa,  conforme  disposto  no  art.  267,  VI  do  Código  de
Processo Civil.
 
Tem  legitimidade  ad  causam    aquele  que  comprove    a  probabilidade  de
perecimento de direito, com a finalidade de impedir que o exercício da jurisdição
seja inócuo e demonstre a provável existência de um direito.
 
O  interesse  de  agir  deve  existir  não  só  para  propor  ou  contestar  a  ação,  como
afirma  o  art.  3º  do  CPC  mas  também  na  fase  recursal,  pois  se  o  empregador
ganhou a ação e pretende recorrer, não terá interesse a ser tutelado.
 
Com relação à perda do objeto da ação cautelar, temos como exemplo a hipótese
de  se  pedir  a  produção  antecipada  de  provas  para  ouvir  uma  testemunha  e  ela
falecer antes de ser ouvida. Por outro lado, um interesse que não existia quando da
propositura da ação ou da contestação, pode surgir no momento de ser proferida a
sentença e assim o interesse existe.
 
Para  ser  apreciado,  o  pedido  não  pode  ser  excluído  a  priori  do  ordenamento
jurídico,  casos  em  que  o  Estado  se  nega  a  dar  a  prestação  jurisdicional,
considerando o pedido juridicamente impossível.
 
Pressupostos da ação cautelar.
 
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Embora o Código de Processo Civil, base da cautelar no processo trabalhista, exija
apenas  fundado  receio  de  lesão  grave  ao  direito  da  parte,  de  difícil  reparação,
como  fundamento  da  ação,  tornou­se  comum,  por  força  da  doutrina  e
jurisprudência  a  observação  de  dois  pressupostos,  que  devem  ser
inequivocadamente  demonstrados  pela  parte  interessada,  como  requisitos  para  o
acolhimento do pedido cautelar.
 
São pressupostos da ação cautelar (i) o periculum in mora e (ii) o fumus boni iuris,
conforme analisado a seguir:
 
Periculum in mora
 
O periculum em mora é a probabilidade de perecimento do direito pela demora na
prestação jurisdicional, sem a providência cautelar, cujo fim é impedir que o futuro
exercício da jurisdição  venha a ser inócuo.
 
Deve ser demonstrado pela exposição dos fatos e verossimilhança destes, não da
existência do direito, o qual será objeto da ação principal, mas da circunstância de
que,  se  não  concedida  a  medida,  ficará  frustrada  a  futura  atuação  jurisdicional,
sendo  apenas  essa  a  matéria  a  ser  examinada,  delimitando­se  a  estera  na  qual  a
cautelar deve atuar.
 
Fumus bonus iuris
 
O fumus boni iuris (fumaça do bom direito) é a probabilidade ou possibilidade da
existência  do  direito  invocado  pelo  autor  da  ação  cautelar  e  que  justifica  a  sua
proteção, ainda que em caráter hipotético.
 
Para  aferição  dessa  probabilidade  não  se  examina  o  conflito  de  interesses  em
profundidade,  mas  em  uma  cognição  superficial  e  sumária,  em  razão  mesmo  da
provisoriedade da medida, pois a tutela cautelar não representa o deferimento do
direito  material,  mas  a  tutela  do  processual.  Não  se  discute  o  direito  material,  o
que será feito na ação principal, mas o direito a ser tutelado por meio processual
adequado: o processo principal.
 
Do Poder Geral de Cautela.
 
O fundamento legal do poder geral de cautela do juiz está contido no art. 798 do
CPC  ,  devendo  juiz,  sempre  que  necessário,  tomar  medidas  no  processo,  a
requerimento das partes, destinadas a preservar este processo de eventuais danos
que possam ocorrer durante sua tramitação.
 
O poder geral de cautela não é arbitrário, ao contrário, é um poder discricionário
que deve ser exercido com a indispensável prudência e de acordo com os critérios
da oportunidade e conveniência.
 
No processo do trabalho, o poder de cautela do juiz também consta do art. 765 da
CLT,  que  permite  ao  juiz  “ampla  liberdade  na  direção  do  processo,  podendo
determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento da causa. O limite do
poder  geral  de  cautela  do  juiz  está  contido  na  lei,  pois  o  juiz  deverá  julgar  de
acordo com a previsão legal.
 

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Outro limite ao poder geral de cautela está disposto no art. 798 do CPC, estando
previsto  que  o  juiz  determinará  as  medidas  cautelares  que  julgar  adequadas
quando  houver  fundado  receio  de  que  uma  parte  cause  lesão  grave  e  de  difícil
reparação ao direito da outra.
 
Outro  limite  ao  poder  geral  de  cautela  do  juiz  diz  respeito  às  próprias  medidas
cautelares específicas previstas no CPC, pois o juiz só poderá determinar medidas
atípicas quando não houver previsão nos arts. 813 a 880 do CPC.
 
Da Competência para Oferecimento da Ação Cautelar.
 
A  competência  funcional  para  a  ação  cautelar  é  do  juízo  onde  tramita  a  causa
principal,  ou  onde  esta  deveria  ser  proposta  no  caso  de  medida  cautelar
preparatória.
Havendo  recurso  da  decisão  no  processo  principal,  a  medida  cautelar  deve  ser
proposta no Tribunal competente para julgar o recurso, ou seja, será requerida ao
relator do processo, quando este já estiver designado.
 
Se  não  houver  relator,  deverá  ser  requerida  à  autoridade  determinada  pelo
regimento interno do tribunal, que poderá ser o seu presidente, o vice­presidente
judicial, ou outro, conforme dispor aquele.
 
Se  o  processo  estiver  no  tribunal  em  grau  de  recurso  e  for  proposta  medida
cautelar em relação à execução provisória em carta de sentença, será competente
para tratar do tema o juízo de primeiro, pois a questão refere­se à execução.
 
Das Peculiaridades do processo cautelar.
 
Provisoriedade.
 
A eficácia da medida preventiva obtida por meio da ação cautelar é temporária e
provisória pois só dura enquanto se aguarda a solução do processo de cognição ou
de execução, que é o processo principal, o que realmente soluciona a lide. A ação
cautelar  destina­se  a  ser  substituída  por  outra  medida,  que  será  determinada  em
caráter definitivo, pelo processo principal.
 
Acessoriedade.
 
A  ação  cautelar  é  ligada  a  uma  relação  de  complementariedade  a  uma  ação
principal, já proposta ou da qual se anuncia a propositura. Dispõe o art.798 que “ o
procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal
e deste é sempre dependente”, o que mostraria que o processo cautelar é sempre
acessório  ao  principal.  Ressalte­se,  porém,  que  nem  sempre  existirá  o  processo
principal a ser proposto, como por exemplo as cautelares de protesto, notificação,
etc.
 
Daí não poder se falar em acessoriedade.
 
Instrumentalidade.
 

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O processo cautelar não é um fim em si mesmo, pois objetiva garantir o resultado
de  um  outro  processo.  A  ação  cautelar,  apesar  de  autônoma  é  de  natureza
instrumental, tendo por finalidade garantir o resultado útil do processo principal,
sendo imprópria a sua utilização quando visa a satisfação do direito.
 
A ação cautelar não constitui um fim em si mesmo, tendo por escopo assegurar o
resultado  útil  do  processo  principal,  servindo  para  afastar  ameaça  de  lesão  ao
direito ou para restabelecer, em caráter provisório, o direito violado.
 
Fungibilidade.
 
Fungível é aquilo que pode ser substituído por outra coisa. A fungibilidade não se
aplica às medidas cautelares, pois se for requerida  medida cautelar erroneamente,
o  juiz  não  poderá  tomar  medida  por  outra.  Há  necessidade  de  postulação  pois  o
juiz  exercita  o  poder  geral  de  cautela  dentro  da  lei  e,  se  procedesse  de  modo
contrário, seu ato seria ilegal.
 
Conforme disposto no art. 805 do CPC a fungibilidade constante na lei processual
refere­se  ao  fato  que  a  medida  cautelar  pode  ser  substituída,  de  ofício  ou  a
requerimento das partes, pela prestação de caução ou outra garantia menos gravosa
para  o  requerido,  desde  que  seja  adequada  e  suficiente  para  evitar  a  lesão  ou
repará­la integralmente.
 
Sumariedade.
 
No  processo  cautelar,  o  juiz  poderá  conceder  a  medida  cautelar  apenas  por
intermédio de uma investigação sumária, desde que atendidos os pressupostos do
fumus  boni  juris  e  do  periculum  in  mora,  sem  a  necessidade  de  ampla
investigação, ao contrário do que ocorre no processo de conhecimento. Diz­se que
há  uma  certa  superficialidade  no  exame  da  questão,  sem  a  exigência  de
demonstração cabal e profunda das alegações da parte.

Basta  a  existência  da  aparência  do  bom  direito  e  a  verossimilhança  do  que  foi
alegado pois a cautelar é medida de caráter urgente e sua análise deve ser a mais
breve possível.
 
Revogabilidade.
 
Não  há  coisa  julgada  material  no  processo  cautelar.  Nos  termos  do  art.  807  do
CPC, as medidas cautelares tem eficácia na pendência do processo principal mas
podem a qualquer tempo ser revogadas ou modificadas, não havendo coisa julgada
material no processo cautelar.
 
A  modificação  consiste  na  troca  ou  conversão  de  uma  cautelar  por  outra.  Já  a
revogação  diz  respeito  ao  desfazimento  da  medida.  Assim  ,  a  medida  pode  ser
modificada ou revogada antes de ser proferida a sentença, na própria sentença da
cautelar ou na própria sentença de mérito, tendo por objeto a sentença cautelar.
 
II. DO PROCEDIMENTO DAS MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO
DO TRABALHO
 

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A ação cautelar, por ser de rito especial, deve seguir o procedimento previsto no
Código  de  Processo  Civil,  não  se  aplicando  o  procedimento  da  CLT.  A  seguir,
analisaremos  os  principais  atos  processuais  no  curso  da  medida  cautelar
trabalhista.
 
Petição inicial
 
A petição inicial da medida cautelar deve ser escrita e conter os requisitos do art.
801 do CPC que dispõe que o requerente pleiteará a medida cautelar em petição
escrita que indicará a autoridade judiciária a que for dirigida;  o nome, estado civil,
a profissão e a residência do requerente e do requerido;  a lide e seu fundamento; a
exposição sumária do direito ameaçado e o receio da lesão e  as provas que serão
produzidas.
 
Em  razão  de  ser  autônoma  a  medida  cautelar,  no  processo  do  trabalho,  a
jurisprudência  tem  exigido  que  se  indique  o  valor  da  causa  e  se  individualize  o
pedido (art. 840, § 1º da CLT).
 
Não se exige o requerimento de citação do réu pois o art. 802 do CPC determina
que o réu será citado, sendo tal procedimento automático. A ação principal deverá
ser proposta em 30 dias, a contar da data da efetivação da medida cautelar, quando
for concedida em procedimento preparatório (art. 806 do CPC).
 
Do pedido liminar em cautelar trabalhista.
 
O  juiz  pode  conceder  o  provimento  de  plano  como  também  após  a  justificação
prévia do que foi postulado na inicial sem ouvir o réu, como preceitua o art. 804
do  CPC.  Fundamenta­se  a  liminar  sem  oitiva  da  parte  contrária  no  caso  do  juiz
ficar convencido que, sendo o réu citado, poderá tornar ineficaz a medida.
 
Convencido o juiz que presentes os requisitos do  fumus boni juris e do periculum
in  mora,  irá  conceder  a  liminar  sem  ouvir  a  parte  contrária  o  que  será  um  ato
discricionário do magistrado, dentro da previsão legal.
 
 
Exceção
 
A  parte  poderá  oferecer  exceção  na  sua  resposta,  que  pode  ser  de  impedimento,
suspeição  ou  de  incompetência,  tando  em  razão  da  matéria,  das  pessoas  ou  do
lugar.  Com  a  apresentação  da  exceção  o  processo  fica  suspenso,  não  sendo
praticado nenhum ato.

Apresentada  exceção  de  incompetência,  abre­se  vista  dos  autos  ao  excepto,  por
vinte e quatro horas improrrogáveis, devendo a decisão ser proferida na primeira
audiência ou sessão que se seguir (art. 800 da CLT). Sendo oferecida exceção de
suspeição  ou  impedimento,  e  havendo  necessidade  de  prova  oral,  será  designada
audiência dentro de quarenta e oito horas para instrução e julgamento 9art. 802 da
CLT).
 
Se o recusando praticou algum ato pelo qual consentiu com a pessoa do juiz, não
mais poderá alegar exceção de suspeição ou impedimento, salvo sobrevindo novo
motivo. Acolhida a exceção de suspeição ou impedimento,s erá convocado para a

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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

mesma  audiência  ou  sessão,  ou  para  a  seguinte,  outro  juiz  para  substituir  o
impedido ou suspeito.
 
Das decisões que julgarem exceção de suspeição, impedimento ou incompetência
só  caberá  recurso  quando  forem  terminativas  do  feito  na  Justiça  do  Trabalho.
Sendo meramente interlocutórias as demais decisões, só caberá recurso da questão
relativa à exceção quando for proferida a decisão definitiva.
 
Contestação
 
O requerido será citado para responder ao pedido, nos termos do art. 802 do CPC.
Poderá  o  requerido  alegar  desde  a  inexistência  das  condições  da  ação,  os
pressupostos da ação (fumus boni juris e do periculum in mora), bem como arguir
das  matérias  contidas  nos  arts.  267  e  269  do  CPC,  incluindo  inépcia  da  inicial,
prescrição e decadência.
 
A contestação deverá ser apresentada em audiência, que deve ser realizada já que
há  exigência  da  tentativa  de  conciliação  em  todos  os  processos  submetidos  à
apreciação  da  Justiça  do  Trabalho,  nos  termos  do  art.764  da  CLT.  No  caso  de
processo  de  execução,  não  será  necessária  a  apresentação  da  contestação  em
audiência, podendo ser apresentada no prazo de cinco dias.
 
Nos  termos  do  art.  797  do  CPC,  só  em  casos  excepcionais,  expressamente
autorizados  por  lei,  determinará  o  juiz  medidas  cautelares  sem  a  audiência  das
partes. Sendo preparatória a medida cautelar, cabe à parte propor a ação, no prazo
de  trinta  dias,  contados  da  data  da  efetivação  da  medida  cautelar,  conforme
determina o art. 806 do CPC.
 
Não  sendo  contestado  o  pedido,  presumem­se  aceitos  pelo  requerido,  como
verdadeiros, os fatos alegados pelo requerente.
 
Eficácia da medida cautelar e sua cessação.
 
Conforme  disposto  no  art.  807  do  CPC,  as  medidas  cautelares  conservam  a  sua
eficácia  no  prazo  do  art.  806  (30  dias  quando  preparatórias)  e  na  pendência  do
processo principal, mas podem, a qualquer tempo, ser revogadas ou modificadas.
 
Cessa a eficácia da medida cautelar, como preceito do art. 808 do CPC, se a parte
não intentar a ação no prazo de 30 dias contados da efetivação da medida cautelar,
quando esta for concedida em procedimento preparatório; se o juiz declarar extinto
o processo principal com ou sem julgamento de mérito ou se não executada dentro
de 30 dias.
 
De  tal  maneira,  não  sendo  proposta  a  ação  principal  no  prazo  de  trinta  dias  a
contar  da  efetivação  da  medida,  o  juiz  deve,  de  ofício,  extinguir  a  cautelar  sem
julgamento de mérito. Sendo deferida a medida, a cautelar conserva sua eficácia,
mesmo  havendo  recurso  da  decisão  pois  o  art.  807  do  CPC  estabelece  que  na
pendência do processo principal a medida cautelar conserva a sua eficácia.

Sentença
 

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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

A  sentença  no  processo  cautelar  implicará  a  a  extinção  do  processo  com  a


apreciação do mérito, ou sem o julgamento do mérito, ressaltando que o juiz não
pode  decidir  o  mérito  do  processo  principal.  A  sentença  cautelar  não  pode  ser
ultra, extra ou infra petita. A natureza jurídica da sentença no processo cautelar é
mandamental, de determinar que se proceda a certa situação especificada, que tem
eficácia imediata e direta.
 
Coisa julgada
 
A coisa julgada material é a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença,
não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário, tendo força de lei entre as
partes, nos limites da lide e das questões decididas (art. 468 do CPC). A princípio,
a  sentença  na  cautelar  não  faz  coisa  julgada  material,  mas  apenas  formal  já  que
não existe decisão de mérito, tanto que a decisão pode ser revogada ou modificada
a qualquer tempo, até de ofício pelo juiz.
 
O  indeferimento  da  medida  cautelar  não  obsta  a  que  a  parte  intente  a  ação,  nem
influi  no  julgamento  desta,  salvo  se  o  Juiz,  no  procedimento  cautelar,  acolher  a
alegação  de  decadência  ou  de  prescrição  do  direito  do  autor  (art.  810  do  CPC).
Desse modo, caso no processo cautelar o juiz acolha a decadência ou prescrição, a
parte  não  poderá  ingressar  com  a  ação  principal  postulando  o  direito  que  visava
ser protegido pela tutela cautelar.
 
Nesse caso haverá coisa julgada material e o autor não poderá intentar nova ação.
 
Dos Recursos em Sede de Ação Cautelar.
 
Da sentença de mérito proferida no processo cautelar é cabível recurso ordinário
para o Tribunal Regional do Trabalho, sem efeito suspensivo, preceito do art. 895
da CLT e sempre será o recurso ordinário. Entretanto, de decisões interlocutórias
não caberá qualquer recurso (nos termos do art. 893, 1º da CLT), cabendo recurso
apenas da decisão definitiva.
 
Portanto, do despacho que concede ou não a liminar, não cabe recurso, pois trata­
se de decisão interlocutória, sendo ato discricionário do juiz.
 
Responsabilidade do requerente
 
Nos termos do art. 811 do CPC, o requerente do procedimento cautelar responde
ao requerido pelo prejuízo que lhe causar a execução da medida, se a sentença no
processo principal lhe for desfavorável; se obtida liminarmente a medida no caso
do art. 804 do CPC não promover a citação do requerido dentro de cinco dias; se
ocorrer a cessação da eficácia da medida nos casos previstos no art. 808 CPC ou se
o  juiz  acolher,  no  procedimento  cautelar,  a  alegação  de  decadência  ou  de
prescrição do direito do autor.
 
A indenização será liquidada nos autos do procedimento cautelar.
 
III. DAS MEDIDAS CAUTELARES EM ESPÉCIE
 
Arresto

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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

 
O  arresto  é  a  espécie  de  medida  cautelar  mais  utilizada  na  Justiça  do  Trabalho,
pois objetiva a apreensão de bens do devedor, tantos quantos bastem para garantia
de uma futura execução por quantia certa. O arresto é cabível quando:
 
i.                    o devedor sem domicílio certo intenta ausentar­se ou alienar os bens que
possui, ou deixar de pagar a obrigação no prazo estipulado;
ii.                                tendo domicílio o devedor se ausenta ou tenta ausentar­se furtivamente;
registrando­se sua insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou
tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta colocar seus bens em nome de
terceiro; comete outro qualquer artifício fraudulento, a sim de frustrar a execução
ou lesar credores;
iii.              tendo  imóveis,  o  devedor  pretenda  aliená­los,  hipotecá­los,  dá­los  em
anticrese, sem ficar com bens suficientes para o pagamento das dívidas.
 
Essas  hipóteses  são  meramente  exemplificativas.  Para  a  concessão  do  arresto  é
essencial  prova  literal  da  dívida  líquida  e  certa  além  de  prova  documental  ou
justificação dos casos descritos no art. 813 do CPC.
 
No processo do trabalho, a prova literal da dívida consiste nos títulos executivos
judiciais e extrajudiciais previstos no art. 876 da CLT e a sentença em que ainda
não  houve  trânsito  em  julgado.  Nos  termos  do  art.  820  do  CPC,  cessa  o  arresto
pelo pagamento, pela novação ou pela transação. Julgado procedente o pedido na
ação principal, o arresto se convolará em penhora.
 
Sequestro
 
Trata­se de medida cautelar nominada que tem por objeto a apreensão e guarda de
um bem a fim de evitar que ele pereça, danifique ou se extravie, quando houver
discussão  sobre  sua  posse  ou  propriedade.  Determinado  o  sequestro,  o  bem
apreendido ficará em poder de um depositário nomeado pelo juiz.
 
A finalidade do sequestro é garantir a execução de obrigação de entrega de coisa
certa  (art.  621  do  CPC).  O  sequestro,  portanto,  não  incide  sobre  bens  que  irão
garantir  a  dívida,  mas  sobre  o  bem  objeto  do  litígio,  tendo  por  fim  evitar  que  o
bem desapareça ou pereça.
 
O  sequestro  é  de  raríssima  utilização  no  processo  do  trabalho,  cabendo,  porém,
quando há controvérsia a respeito da coisa decorrente do contrato de trabalho. O
juiz  poderá  conceder  liminarmente  o  sequestro,  ou  após  justificação  quando
verificar que o réu, ao ser citado, possa tornar a medida ineficaz (art. 804 do CPC).
Aplica­se ao sequestro, no que couber, as disposições sobre o arresto.
 
Busca e Apreensão
 
Dispõe o art. 839 do CPC que o juiz pode decretar a busca e apreensão de pessoas
ou  de  coisas.  A  busca  e  apreensão  tem  por  objetivo  a  captura  de  um  bem  ou  de
uma  pessoa  quando  houver  receio  de  dano.  A  busca  é  a  procura  de  um  bem  ou
coisa.  Sucede­lhe  a  apreensão,  que  é  o  aprisionamento  daqueles  e,  apreendido  o
objeto  da  busca,  será  ele  entregue  ao  juiz,  guardado  em  depósito  ou  entregue  ao
interessado.
Na  petição  inicial  exporá  o  requerente  as  razões  justificativas  da  medida  e  da
ciência de estar a pessoa ou a coisa no lugar designado.
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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

Diante  da  competência  material  da  Justiça  do  Trabalho  (art.  114  da  CF),  não  é
cabível em tese, no processo do trabalho a busca e apreensão de pessoas, somente
sendo possível de coisas, como por exemplo: documentos, que interessam para o
processo, CTPS, ferramentas de trabalho, etc...
 
Exibição
 
É  medida  cautelar  preparatória  que  tem  por  objetivo  a  exibição  judicial  de  coisa
móvel ou documento em poder de outrem para o fim de propositura de futura ação
judicial. Consta do art. 844 do CPC o rol de cabimento da exibição judicial.

A  exibição  se  aplica  no  processo  do  trabalho,  por  exemplo,  nos  casos  que
empregado  necessita  da  exibição  de  um  documento  que  está  em  posse  do
empregador para embasar futura reclamação trabalhista.
  
Produção Antecipada de Provas
 
A  produção  antecipada  de  provas  é  medida  cautelar  preparatória  que  tem  por
objetivo a produção de determinada prova, antes da propositura da ação,quando há
fundado risco de que, quando da instrução processual da causa, a prova não mais
seja possível de ser produzida.

O  que  justifica  a  produção  antecipada  de  provas  é  o  risco  de  se  perderem  os
vestígios  indispensáveis  à  comprovação  da  existência  de  fatos  que  sejam  de
fundamental importância ao deslinde do conflito a ser levado a juízo. O objeto da
antecipação da prova será, segundo o art. 846 do CPC, o interrogatório da parte, a
inquirição  da testemunha e o exame pericial, devendo ser demonstrado a fumaça
do bom direito e o perigo da mora.

O requerente justificará sumariamente a necessidade da antecipação e mencionará
com  precisão  os  fatos  sobre  que  há  de  recair  a  prova.  A produção antecipada de
prova é perfeitamente compatível com o processo do trabalho (art. 769 da CLT),
sendo comuns os exemplos de produção antecipada de prova pericial em caso de
insalubridade  ou  periculosidade,  quando  o  local  de  trabalho  do  empregado  está
prestes a ser desativado.
 
Exibição
 
Trata­se  a  exibição  de  medida  cautelar  preparatória  que  tem  por  objetivo  a
exibição judicial de coisa móvel ou documento em poder de outrem para o fim de
propositura  de  futura  ação  judicial.  O  interessado  deverá  provar  que  interesse
jurídico  na  exibição  (art.  3º  do  CPC).  Tanto  o  empregado  como  o  empregador
poderão  ter  interesse  em  ver  exibido  em  juízo  certo  documento  ou  coisa.  O
interessado  deve  requerer  ao  juiz  a  exibição,  expondo  seus  motivos,  pois  o
magistrado  não  pode  conceder  exibição  de  ofício  (art.  2º  do  CPC)  no  processo
cautelar.
 
Justificação
 
Trata­se  de medida cautelar de pouca utilização e raríssima aplicabilidade porque
o  ajuizamento  da  reclamação  trabalhista  já  basta  para  cumprir  o  objetivo  da
cautelar  que  é  a  pretensão  de  justificar  a  existência  de  algum  fato  ou  relação
jurídica,  seja  sem  caráter  contencioso  ou  para  servir  de  prova  em  processo.  A
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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

justificação  no  processo  do  trabalho  teria  como  exemplo  o  fato  de  o  reclamante
pretender fazer prova de tempo de serviço duvidoso.

Protestos, Notificações e Interpelações
 
Protesto é medida acautelatória de direitos. Tem sua eficácia subordinada ao fato
de  corresponder  à  intenção  de  quem  o  maneja  e  à  correspondência  perfeita  dos
atos que se alega terem ocorridos. Constitui gênero das manifestações processuais
em  juízo,  tendo  por  espécie  a  notificação  e  a  interpelação.  O  protesto  tem  sido
utilizado com frequência na Justiça do Trabalho, a fim de interromper a prescrição
(art. 202, II do CC) e também contra a alienação de bens pelo empregador, quando
este está prestes a se tornar insolvente.
 
A interpelação é o ato pelo qual se dá a conhecer a pretensão de exercer direito,
servindo para o credor dar conhecimento ao devedor para que cumpra a obrigação,
sob pena de ficar constituído em mora.
 
Notificação  é  o  ato  formal  de  comunicação  que  provoca  a  atividade  positiva  ou
negativa de alguém e que geralmente implica a cominação de penalidade. Não se
trata da notificação extrajudicial feita pelos cartórios de títulos e documentos mas
medida cautelar de notificação.
 
Os  procedimentos  para  o  protesto,  a  interpelação  e  a  notificação  serão  comuns,
devendo  atender  aos  requisitos  dos  art.  867  ao  873  do  CPC.  O  protesto,  a
notificação e a interpelação não admitem resposta, nem contraprotesto nos autos.
O interessado poderá contraprotestar em processo distinto, conforme consta do art.
871 do CPC.
 
Os  protestos,  as  notificações  e  as  interpelações  não  importam  em  trânsito  em
julgado, pois o juiz não se pronuncia sobre o mérito da prova.
 
Atentado
 
A  ação  cautelar  de  atentado  se  trata  de  medida  cautelar  de  natureza  incidental,
tendo por objetivo preservar a dignidade do processo e também prevenis danos de
ordem processual, evitando a eficácia do provimento final. Nos termos do art. 879
do CPC, comete atentado a parte que no curso do processo viola penhora, arresto,
sequestro  ou  imissão  na  posse;    prossegue  em  obra  embargada  ou  pratica  outra
qualquer inovação ilegal no estado de fato.
 
A  sentença  que  julgar  procedente  a  ação,  ordenará  o  restabelecimento  do  estado
anterior, a suspensão da causa principal e a proibição de o réu falar nos autos até a
purgação do atentado, conforme consta do art. 881 do CPC.
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho.30.ed. São Paulo: Atlas,
2010.
MARTINS  FILHO,  Ives  Gandra  da  Silva.  Manual  esquemático  de  direito  e
processo do trabalho.20.ed. São Paulo: Saraiva, 2012

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27/04/2017 MEDIDAS CAUTELARES NO PROCESSO DO TRABALHO ­ Elcio Silva Ribeiro Filho ­ JurisWay

 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho.27.ed.
São Paulo: Saraiva, 2012.
 
SCHIAVI,  Mauro.  Manual  de  direito  processual  do  trabalho.4.ed.  São  paulo:
LTr75, 2011.
 

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