SPIROGiRO – Hortas Verticais

Prêmio Jovem
Brasileiro
Categoria Meio Ambiente - “Alternativas Sustentáveis para o Dia-a-Dia”

São Paulo 11-97642-7648 edegarbernardes@ib.usp.br

11-99581-8692 henriquecapati@gmail.com
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Índice
I. Introdução ............................................................................................................ 2
Um pouco mais de nós
II. Hortas Verticais ................................................................................................... 6
A Estrutura Mutável
A Qualidade Ambiental
O Valor Intrínseco
Futuros Projetos
III. Sobre os autores .................................................................................................. 12
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Introdução
A SPIROGiRO é um Coletivo de Autônomos coordenados pelos Biólogos Edegar Bernardes e Henrique
Capati Ricci. Ela atua no desenvolvimento de projetos ambientais, sendo as Hortas Verticais o seu produto
principal. A participação de outros profissionais é estimulada como parte de uma troca de conhecimento e do
constante ideal de coletivismo, no qual todas as pessoas possuem habilidades inerentes e que podem ser
desenvolvidas de acordo com cada ser. Desta forma, o Coletivo busca gerar oportunidades de trabalho e
desenvolver tantos personagens e perfis profissionais quanto forem possíveis.

Apesar de a SPIROGiRO atuar na prestação de serviço em

projetos como licenciamento, restauração florestal, gestão de

SPIROGiRO resíduos, entre outros, há um viés artístico, que sempre é

inserido em qualquer tipo de serviço, mas tem seu ápice de
representação nos projetos de Paisagismo e nas Hortas
Verticais.

Um pouco mais de nós

Para compreender melhor o serviço de Hortas Verticais, é necessário entender minimamente em quais preceitos
nos baseamos ao criarmos nossos produtos e prestarmos nossos serviços. A essência pode ser visualizada nas
seções, a seguir.

Ideais

Essência

Filosofias Ferramentas

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Filosofia e princípios
 Taoísmo, Budismo e outros: as filosofias orientais podem contribuir muito para o engrandecimento do
pensamento e espírito humano. Ensinamentos como o respeito à natureza, o entendimento do ser interior
e seu equilíbrio junto ao mundo podem ser expandidos no dia-a-dia. O trabalho é um local em que os
anseios e a busca interior são esquecidos em função das necessidades de sobrevivência. Resgatar essas
filosofias é valorizar o princípio de viver, não de sobreviver.
 Estética é importante: Friedrich Schiller, filósofo alemão do século XVIII, já citava a necessidade de se
inserir a educação estética no desenvolvimento do homem1, em um mundo que ia se tornando cada vez
mais tecnocrata por meio da Revolução Industrial. Atualmente, a velocidade da economia e a necessidade
de soluções num espaço curto de tempo e com custos reduzidos mina completamente o desenvolvimento
da criatividade e da variante estética, seja em obras civis, seja em outros produtos dos mais variados. A
SPIROGiRO quer retomar o valor estético e igualá-lo, em peso, à razão, à técnica ou qualquer outra
variável. No entanto, sabe-se da subjetividade da beleza como arte e não se aspira à sua racionalização.

“O trabalho é um local em que os anseios e a busca interior são

esquecidos em função das necessidades de sobrevivência.
Resgatar essas filosofias é valorizar o princípio de viver, não de
sobreviver.”
 A grande virada e a Teoria U: A grande crítica à maneira atual de se resolver problemas é que as pessoas
estão inseridas em um sistema e, ao tentar resolver suas adversidades, acabam sempre utilizando as mesmas
soluções. Com esse viés, discute-se que as soluções acabam nunca resolvendo de fato os problemas. A
ideia dos novos conceitos baseados na Teoria U é a análise das causas e a criação de alternativas a partir
de um estado mental sem pré-conceitos, com mudança da consciência, vendo o mundo com novos olhos
e atingindo um novo patamar de desenvolvimento2. É o que se chama também de evolução em espiral
(ver quadro abaixo).
 Ócio criativo: a proposta sugerida por Domenico de Masi3 é alterar o atual modelo social elaborado pelo
Ocidente e centrado na idolatria do trabalho, do mercado e da competividade, para um modelo voltado
na simultaneidade entre estudo, trabalho e lazer, atento à distribuição equânime da riqueza, tempo,
trabalho, saber e poder e no qual o indivíduo e a sociedade são educados a privilegiar a satisfação das
necessidades radicais, como a introspecção, o convívio, a amizade o amor e as atividades lúdicas.

1 Lopes, R. W. 2012. Educação Estética e Vida Ética em Friedrich Schiller. Revista Cultura e Fé, 136. Abr – Jun. p. 181-
198.
2 Macy J. 2009. Three Dimensions of the Great Turning. Disponível em:
http://www.joannamacy.net/thegreatturning/three-dimensions-of-the-great-turning.html, acesso em Set/2013);
Scharmer, C. O. 2006. Conectando-se à fonte: o ‘Processo-U’. The System Thinker. Traduzido por Cristina Leal para
Reos Partner São Paulo. Zaid Hassan.
3 Costa, V. 2003. Resumo do livro “O Ócio Criativo” de Domenico de Masi. Curso de pós-graduação em Ciências da

Computação. Departamento de Informática e Estatística, Universidade Federal de Santa Catarina.

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Neste momento, há a conexão com o nome SPIROGiRO. Nas imagens abaixo, vemos dois tipos de desenvolvimento: o
primeiro, em ciclo seguindo o modelo atual de resolução de problemas; o segundo, em espiral, que propõe de fato uma
mudança de patamar:

Problema Análise

Adaptado de Spirogyra Algae – http://www.fineartamerica.com

Tentativa
Queda de
de
rendimento Resolução

Leve
melhora

 Novos conceitos de Sustentabilidade: o Coletivo SPIROGiRO defende que os antigos conceitos de

Sustentabilidade já não se encaixam nos anseios atuais e futuros, pois não são suficientes para atender ao
equilíbrio ambiental necessário, no qual o meio possui resiliência para suprir as gerações futuras de todos
os seres vivos. O Relatório Brundtland, que trazia o conceito de desenvolvimento sustentável pela primeira
vez, e o tripé Ambiental x Social x Econômico foram pensados em um contexto econômico e de estrutura
social que dificilmente o mantém em pé. A propósito, esse tripé encontra-se bem capenga uma vez que a
decisão econômica se sobrepõe às outras. Daí surge a ambição de se remodelar o sistema econômico para
atingir, de fato, um modelo cuja a importância, em primeiro nível, seja social e ambiental, tendo a economia
como mera ferramenta em segundo plano.

Ideais
São valores que julgamos serem prerrogativas de nosso trabalho:

 Bem estar de todas as pessoas: valorização da cadeia de prosperidade em vez da cadeia de produtos. O
foco se altera, pois as pessoas são mais importantes que o produto criado ou serviço realizado e é em
função delas que a empresa, coletivo, associação etc. devem trabalhar.
 Desenvolvimento em espiral: evolução contínua, inclusive com possibilidade aberta de mudanças dessas
filosofias e valores ao longo do tempo, adaptando-se às mudanças que o mundo exige.
 Inserção definitiva do homem no Meio Ambiente: o homem faz parte do ambiente e precisa aprender
a respeitá-lo, respeitando a si próprio.
 Harmonia com todas as pessoas: respeitar as características individuais e aproveitar as aptidões
específicas;
 Trabalhar por prazer: o trabalho deve ser um estímulo à vida e não um fator de degradação do ser.
 Equilíbrio: lazer, cultura, vida pessoal, profissional e espiritual caminhando juntas, se conectando, sem
dar importância muito maior de uma sobre outra.

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 Estimular a liberdade de pensar e de criar: estar aberto para novas ideias e aperfeiçoamento.
 Valorizar as emoções: muito se pode aprender com o lado emocional. Trazer este aspecto pode
incrementar ainda mais a qualidade das relações pessoais, do trabalho e dos serviços prestados.
 Ser mutável: mudança contínua de conceitos e propostas. Evoluir junto com o ambiente e a sociedade
ao redor.

Ferramentas
Estamos imersos num mundo de ideias e padrões estabelecidos. Para alterar o nosso rumo e o da sociedade, há
uma luta constante a fim de abrir mão de nossas concepções e conceitos preestabelecidos. O que pode nos
ajudar neste caminho são as ferramentas novas e disponíveis que vêm sendo usadas mundo afora. Citaremos
algumas delas:

 A arte de perguntar: saber como fazer perguntas, ouvir, estruturar o raciocínio etc. tudo isso ajuda a
resolver problemas.
 Pensamento de Projeto (Design Thinking - Figura 1): abordagem na qual a grande proposta é possibilitar
a discussão de soluções fora do comum e sobretudo, criar protótipo das soluções pensadas,
acompanhando sistematicamente os resultados e evolução4.
 Café Mundial (World café): é um método simples, efetivo e flexível para organizar um grande grupo de
discussão em função de um assunto ou problema.
 Mapeamento de Decisões: usar diagramas para estruturar melhor as decisões e seguir caminhos. É muito
utilizado em negócios, mas pode ser utilizado para orientar decisões do cotidiano.
 Trabalho que reconecta: este tipo de trabalho busca construir motivação, criatividade, coragem e
solidariedade para atingir uma sociedade humana mais sustentável.
 Entre outros.

Figura 1 – Etapas do Pensamento de Projeto. Da esquerda para a direita: simpatizar, definir, idealizar, protótipo, testar.

4 Coelho, F. 2014. O que é desing thinking? Já pensou em pensar diferente? Disponível em:
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/o-que-e-desing-thinking-ja-pensou-em-pensar-
diferente/82280/. Acesso em out/2014.
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Hortas Verticais
Com a contextualização feita, é possível explicar que as Hortas Verticais
para domicílios são um móvel feito a partir de diversos materiais,
sobretudo em madeira, com ou sem reservatório para armazenamento
de água. O sistema de irrigação tem autonomia de uma semana, em média,
e é feito por gotejamento, o que, segundos alguns estudos, pode gerar
uma economia de água de, em média, 50 a 60%5, uma vez que a eficiência
na irrigação por gotejamento é maior em relação aos outros tipos (80 a
95 %)6. Â esquerda, segue uma imagem de uma dessas hortas (Figura 2).
Sua confecção artesanal permite uma série de vantagens em relação às
hortas verticais usuais. Além disso, de acordo com a Essência já
mencionada, diversos cuidados são tomados para que o produto final
seja uma imagem daquilo que a SPIROGiRO e seus idealizadores querem
passar. Nas seções a seguir, tais aspectos e vantagens serão abordados de
maneira mais detalhada. Na horta, o fator mais importante é a planta.
Associado ao móvel, queremos que a combinação Móvel + Planta torne-
Figura 2 - Horta vertical finalizada.
se um dos objetos mais importantes da casa.

A Estrutura Mutável
A estrutura é normalmente idealizada a mão livre e, após decidido o desenho inicial, é produzida no modelador
3D Google SketchUp®. A decisão técnica para uso de um ou outro material é importante para a confecção da
estrutura. Os parâmetros técnicos como resistência de materiais, características físicas e químicas, possível
interação com plantas, entre outros, são levados em conta ao se projetar uma nova Horta.

Como se pode ver, os parâmetros técnicos são

importantes para a decisão. No entanto, a
determinação se dá preponderantemente com
a análise das variáveis ambientais, o que será
melhor detalhado em seção posterior.

Mesmo a forma da estrutura é pensada e repensada a

fim de garantir que um desenho mais orgânico com
imperfeições naturais seja alcançado, por exemplo. Ou
ainda que certa simetria seja seguida (Figura 3Figura
3). Neste processo de criação, alguns modelos de
horta já estão preestabelecidos, porém de maneira
alguma eles são impostos ao cliente. Tenta-se sempre Figura 3 - Proporção áurea aplicada ao conjunto da horta. Proposta de
alterar o projeto aqui ou ali para trazer um resultado Bruno Kim.
mais individual, único, com o toque das características do cliente (ver quadro abaixo).

5 Fontes: http://agricultura.ruralbr.com.br/noticia/2014/03/irrigacao-por-gotejamento-pode-economizar-ate-50-de-
agua-4433115.html; http://revistadinheirorural.terra.com.br/secao/agronegocios/gotejamento-milagroso. Acesso em:
Out-2014.
6 MAROUELLI, W. A.; SILVA, W. L. C. Seleção de Sistemas de Irrigação para Hortaliças. Brasília: Embrapa. 1998. 15 p.

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Na imagem à esquerda, o cliente sugeriu este espaço para implantação de uma horta em
seu apartamento. O desafio é criar um desenho harmonioso em “L”, que se insira no espaço
e não atrapalhe as tarefas diárias. No segundo exemplo, a imagem abaixo é a perspectiva
de uma varanda de outro cliente. A proposta mais adequada foi a da horta à direita.

Estruturas com bambu, vidro, ferro também podem ser feitas e materiais recicláveis são recomendados. O tipo
de material depende do gosto do cliente e ele sempre encontrará uma opção mais viável para não ficar sem sua
Horta. Estamos continuamente produzindo outros modelos e testando outros materiais, pois a ideia é estimular
a criatividade:

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A Qualidade Ambiental
A formação de biólogo e a influência dos temas ambientais ao longo do nosso crescimento nos deixa
naturalmente sensibilizados para os atuais e futuros desafios do meio ambiente. Nosso coletivo tem como
base a melhora da qualidade ambiental de todos os organismos. É uma visão além daquela antropocêntrica, na
qual o meio ambiente, ainda que de modo equilibrado, deva servir às gerações atuais e futuras do homem. Ao
contrário, o homem deve inserir-se no seu meio e refletir sobre sua posição a fim de sempre respeitá-la.
Afinal, respeitar a natureza é respeitarmos a nós mesmos. Neste sentido, diversas preocupações são tomadas
para produzirmos as hortas:

 Madeira: Dados do Greenpeace apontam que 80% da madeira extraída da Amazônia é ilegal7 e a maior
parte dela serve aos mercados consumidores do Sudeste. Não queremos continuar incentivando o
desmatamento desordenado e ilegal e, para tanto, utilizamos madeira de demolição, com certificação ou
com origem comprovada pelo DOF.

O DOF ou Documento de Origem Florestal “representa a

licença obrigatória para o controle do transporte de
“...o homem deve inserir-se no seu
produto e subproduto florestal de origem nativa, inclusive
o carvão vegetal nativo” 8 . No entanto, por brechas na
meio e refletir sobre sua posição a
fiscalização, nem sempre a documentação representa
que a madeira é retirada de forma 100% condizente com
fim de sempre respeitá-la. Afinal,
as normas e padrões ou com o plano de manejo
estabelecido. Assim, sabendo a origem da madeira é
respeitar a natureza é respeitarmos
possível decidir se aquele fornecedor atende à legislação
e respeita a taxa de resiliência ambiental.
a nós mesmos.”

 Materiais: A ênfase na madeira é maior neste texto, pois é normalmente um dos materiais mais utilizados.
No entanto, outros materiais merecem tanta atenção quanto a madeira como, por exemplo,
impermeabilizantes, plásticos etc. Para todos esses materiais pensa-se no seu impacto conhecido desde de
a extração da matéria-prima até sua entrega nas lojas e transporte até o local de manufatura das hortas.
Nem sempre uma análise do ciclo de vida é disponibilizada para todos os produtos, mas informações
conhecidas da produção de algumas manufaturas podem ser suficientes para a maioria das decisões. É
importante tentar utilizar produtos locais e livre de componentes nocivos para o meio ambiente, como os
Compostos Orgânicos Voláteis (VOC).
 Gestão de Resíduos: somos pequenos geradores, mas pensamos que desde o princípio, se seguirmos os
preceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, poderemos lidar melhor com a redução e destinação
correta dos resíduos gerados na manufatura de hortas. Contabilizamos nossos resíduos por meio de um
diagnóstico e destinamos corretamente cada resíduo gerado. Os resultados até aí permite estabelecer
planos para redução dos resíduos futuramente.

7 Greenpeace Brasil. 2005. Tolerância Zero: Chega de Madeira Ilegal – Por que a exploração da madeira na Amazônia está
fora de controle. Disponível em:
http://www.greenpeace.org/brasil/Global/brasil/report/2007/6/greenpeacebr_060525_amazonia_relatorio_tolerancia
_zero_port_v1.pdf. Acesso em: Out-2014.
8 IBAMA. 2006. Documento de Origem Florestal – DOF. Disponível em:
https://servicos.ibama.gov.br/index.php/licencas/documento-de-origem-florestal-dof. Acesso em: Jul-2014.
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 Plantas: As plantas são escolhidas de acordo
com o fornecedor que é livre de defensivos
químicos. Eventualmente, algumas plantas são
cultivadas pelos organizadores da SPIROGiRO
e, nesse caso, também tomamos o cuidado de
utilizar sementes livres de defensivos químicos.
Tentamos trabalhar com a maior diversidade
possível de plantas (Figura 4), sugerindo
cultivares menos utilizados como chicória ou
citronela, por exemplo.
 O social: queremos ter certeza de que quanto
mais próximo ou melhor de nossos ideais uma
empresa chegar, ela pode se tornar uma parceira
e boa fornecedora de nossa matéria prima. Isso
significa dar condições boas (ou ótimas, por que
não?) de trabalho, incentivar ou ser um grupo
de pequenos produtores e priorizar produtos
mais próximos da nossa cadeia de consumo.
Figura 4 - Plantas escolhidas pelo próprio cliente. Há menta, manjericão,
alface-roxa, rúcula, entre outras hortaliças.

O Valor Intrínseco
Essa é a principal virtude das Hortas produzidas por nós. É aquele sentimento que queremos definitivamente
passar aos que colaboram com a gente. Na verdade, ao colaborar conosco os clientes colaboram com eles
mesmos e com o mundo. Sabe-se muito bem de todas as vantagens e energias positivas que plantas trazem para
o seu ambiente ao redor. Nosso principal objetivo quando começamos a pensar na horta era exatamente o de
trazer um pouco dessas vantagens e energias que chamamos aqui de intrínsecas ou subjetivas, não importa:

 Sentimento de cuidado: a princípio, queremos que o cliente tenha a maior praticidade possível para o
cuidado com a horta. Isso significa economizar tempo, pois, pelo que pesquisamos e conversamos, um
dos principais problemas encontrados para não ter uma horta em casa é a falta de tempo para cuidar dela.
Queremos quebrar isso aos poucos. O contato com a natureza e o seu próprio alimento pode mudar essa
visão e cada vez mais o indivíduo olha para si e aproveita melhor seu tempo. O cuidado com as plantas se
torna, então, um hábito de gosto, quase uma necessidade de bem-estar.
 A horta com um móvel: como citado no início, queremos que a horta seja a combinação de Móvel +
planta formando um dos objetos mais queridos da casa. Não queremos algo substituível, reciclável, apenas
de moda. Queremos algo duradouro, que marque a casa e associe o habitante a ela.

Essacoisa não fica onde deve ficar. Tá dskvaskld kdas ficar. Tá dskvaskld kdas ficar. Tá dskvaskld kdas ficar.
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A diferença entre a horta da esquerda, de outro fornecedor, e a da direita é que esta

é duradoura, de fato um móvel da casa, enquanto aquela pode ser substituída a
qualquer momento. O valor e o que é oferecido também é de se notar: por um preço
um pouco maior é possível ter não só os vasos, mas também a estrutura, o recipiente
de água, as plantas e um composto líquido natural para adubar as plantas.

 Arte na horta: gostamos de algo rústico que remeta à natureza, mas que tal trazer um pouco mais de arte
à horta? Os painéis que tampam o reservatório podem servir de local para grafites, xilografia e outros
trabalhos artísticos. Você não se lembra nunca do nome das suas plantas? Podemos usar um painel do
tipo Fórmica® ou tinta específica para simular um quadro negro, damos os gizes e é só começar a
organizar! Queremos incentivar o trabalho de artistas, designers e outros profissionais que queiram
trabalhar com a gente. Já estamos desenvolvendo ideias com alguns colegas, sempre naquele ideal de
aproveitar e desenvolver as habilidades de todas as pessoas. A Figura 5 abaixo mostra um dos projetos já
idealizados com uma de nossas conexões SPIROGiRO:

Figura 5 - Nosso colaborador e Designer Bruno Kim propôs trabalhar as hortas como módulos que se encaixam de várias maneiras, como um quebra-cabeça.
O surgimento de novas ideias é sempre bem-vindo e estimulado.

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 Paciência: cultivar plantas e vê-las crescendo é uma prática que exige paciência. Normalmente quem
começa não a tem, mas vai adquirindo, sobretudo quando vê o resultado final: um belo pé de alface pronto
para fazer parte de uma salada. Há diversos pontos positivos que a planta traz ao homem, mas a calma e
a paciência criadas pela cultura de hortas certamente frearão a vida corrida de muita gente.

“Dizem que quanto mais carinho, atenção e amor

dado às plantas, mais bonitas elas crescem. Se isso for
verdade, certamente se refletirá na qualidade do seu
alimento. Na dúvida, não custa nada cuidar da horta
com muito amor.”

 Seu alimento, maior valor: outra sensação incrível é a de poder contar com o seu próprio alimento, que
é saudável, livre de componentes químicos agressivos e que foi criado por você. Dizem que quanto mais
carinho, atenção e amor dado às plantas, mais bonitas elas crescem. Se isso for verdade, certamente se
refletirá na qualidade do seu alimento. Na dúvida, não custa nada cuidar da horta com muito amor.

Futuros Projetos
Vasos
Já temos intenção de incorporar algumas melhoras no nosso serviço como a personalização de vasos. Queremos
que o móvel seja fixo, mas que haja um movimento de troca de personalidade dos vasos, se assim for desejado
pelo cliente. A ideia ainda está sendo melhor estruturada para podermos oferecer grande variedade de desenhos
de vasos.

Grupo de trocas
Também, associado à ideia de vasos, queremos criar uma comunidade de trocas de plantas aos moldes dos
Hortelões Urbanos9, na qual hortaliças, sementes e ideias poderão ser compartilhadas dentro de um espaço
reservado para isso e disponibilizado pela SPIROGiRO ou estimular a troca no próprio condomínio, vizinhança
etc. Redes sociais serão implantadas em um futuro breve para troca de informações e disponibilização de dados
sobre as plantas. Queremos incentivar a distribuição de informação gratuita, pois acreditamos que o
conhecimento pode ser livre e de direito de todos.

Viveiro
Também queremos criar nosso próprio viveiro de mudas (em andamento) para compartilhamento e venda
junto com as hortas. Isso diminuirá os custos para todos, além de controlar melhor a qualidade das plantas.

9 Para saber mais: http://horteloesurbanos.wordpress.com/

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Irrigação
O sistema de irrigação será item com incrementos futuros. Queremos trazer a alternativa de automatização,
com timer e outros materiais, mas também queremos trazer alternativas simples que resolvam os problemas da
maioria das pessoas.

Sobre os autores
Edegar Bernardes Silva:
Realiza atualmente pós-graduação em Gerenciamento Ambiental na Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz”, fez Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas pela USP, participou do processo de criação
da Empresa Júnior de Biologia da USP, foi vice-presidente pela mesma associação, atuou dois anos na
Superintendência de Gestão Ambiental da USP, um ano como professor de ensino médio, foi voluntário na
Índia e está trilhando seu próprio caminho para tentar viver em um mundo mais bonito.

Henrique Capati Ricci:

Atualmente se dedica ao coletivo SPIROGiRO, fez Bacharelado em Ciências Biológicas pela USP, participou
do processo de criação da Empresa Júnior de Biologia da USP, foi o primeiro Presidente pela mesma associação,
atuou na Superintendência de Gestão Ambiental da USP, estagiou durante um ano no setor ambiental do
Ministério Público de São Paulo e também busca nos fazer pensar sobre cada tema e cada debate que surge,
tudo também por perspectivas melhores de mundo.

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