Anda di halaman 1dari 42
CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima Aula 01 - Normas constitucionais sobre controle externo Sumario Sistemas de Controle Externo.. Normas constitucionais sobre Controle Externo.. Segunda Bateria de Exercicios Gabarito. Comentérios ao gabarit: FIM DE PAPOsissssesennnnnnnnnse Old Pessoal! Esto estudando muito para o nosso concurso? Que bom! Mas lembrem-se: tem que haver equilibrio em tudo. Nunca deixem de reservar um tempo para o lazer, praticar uma atividade fisica, distrair a mente com um bom filme ou livro ndo-técnico, conviver com a familia e os amigos, descansar ... Tudo isso é importante e deve ser feito com prazer, sem ficar se culpando (ah, estou aqui me divertindo quando deveria estar revisando a matéria tal ...). Nosso aprendizado rende bem mais, quando conseguimos um bom equilibrio para a satisfagdo de nossas necessidades fisicas, emocionais, intelectuais etc. Falo por experiéncia, pois j4 me dei mal querendo focar 100% s6 numa prioridade e descuidando dos demais aspectos que compéem nossa existéncia. Podemos comegar? Ja separaram todo o material de consulta que recomendei a vocés na Aula Demonstrativa? Nao esquecam que, muitos dos meus comentérios relativos as opgdes de resposta as questées das bancas fazem referéncia a dispositivos legais. E importante que vocé, ao resolver a questdo e ao ler minhas anotacées, tenha ao lado esse material, inclusive para fazer as necessérias anotacdes. Mas, antes de iniciar, para uniformizarmos nossa linguagem e para no ficar repetindo muitas vezes as mesmas expressdes, vou combinar alguns cédigos com vocés. Quando eu quiser fazer remiss&o a um artigo da Constituic&o, vou colocar entre parénteses (CF: art. **). Para a Lei Organica do TCE-GO, 0 cédigo ser: (LOTCE: art. **). www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Ponto: cconeos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima ‘A mesma coisa para o Regimento Interno, que chamaremos de RITCE, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei n° 8.666/1993, que chamaremos na intimidade somente de "8.666". Outras siglas importantes séo MPC (Ministério Publico de Contas), TC (tomada de contas), PC (prestagdo de contas) e TCE (tomada de contas especial). Havendo necessidade, combino outras siglas e cédigos depois, esté bem assim? Na Aula de hoje, percorreremos o seguinte roteiro: Y Sistemas de controle externo; vy _Normas constitucionais sobre Controle Externo. Controle Externo a cargo dos Tribunais de Contas; e ¥ Segunda bateria de exercicios comentados. Sistemas de Controle Externo © controle externo existe em todos os Estados soberanos do mundo. Existem dois grandes modelos, que comportam variacdes segundo as peculiaridades locais. © primeiro, conhecido como modelo anglo-saxio, o das Auditorias- Gerais ou Controladorias-Gerais. Seus paradigmas sao 0 National Audit Office, do Reino Unido, e 0 Government Accountability Office, dos Estados Unidos. E 0 modelo existente na Argentina, com a Auditoria General de La Nacién, e na Colémbia, com a Contraloria-General de /a Republica. Caracteriza-se por ser um controle de carater essencialmente opinativo ou consultivo, sem dispor de poderes jurisdicionais e coercitivos. Suas manifestaces adotam a forma de pareceres ou recomendagdes e so subscritas de forma monocratica ou singular pelo Auditor ou Controlador-Geral, nomeado pelo Parlamento, para um mandato previamente fixado. O segundo, conhecide como modelo francés, € 0 dos Tribunais e Cortes de Contas. E 0 que temos no Brasil, em Portugal, Itdlia, Franga, Espanha, UI Europeia etc. As principais caracteristicas desse sistema sao 0 carater colegiado de suas decides e o seu poder coercitivo de impor sangées, pecunidrias ou ndo. Na tabela a seguir, do meu livro CONTROLE EXTERNO, temos o resumo dessas caracteristicas. Diferengas entre as Controladorias e as Cortes de Contas Controladorias Cortes de Contas Decises monocraticas Decisées colegiadas Recomendacées sem carater| Poder sancionatério coercitivo Mandatos dos titulares Mandatos ou Vitaliciedade dos www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Ponto cconeos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Luiz Henrique Lima Membros Fungo fiscalizadora Fungao fiscalizadora e jurisdicional Ambos os modelos possuem algumas caracteristicas em comum: Y tanto os Tribunais de Contas como as Auditorias-Gerais séo érgdos integrados ao aparelho do Estado, em geral com previs&o constitucional; ¥ so érgdos com elevado grau de independéncia, mesmo nas hipéteses em que ha um vinculo estreito com o Legislativo; ¥ possuem a funcdo precipua do exercicio do controle externo; ¥_usualmente o contetido de suas decisées n&o se encontra sujeito a revisdo por outro érgo ou instncia. A Organizagao Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores Unternational Organization of Supreme Audit Institutions) - INTOSAI é o organismo que congrega as instituigdes nacionais de controle externo de mais de 170 paises. Normas constitucionais sobre-Controle Externo Todo o estudo de Controle Externo tem como base as normas constitucionais que dispdem sobre o controle externo. E a partir delas que foram estruturadas as normas das Constituicdes Estaduais e Leis Organicas dos Municfpios. E com fundamento em tais alicerces que foram elaboradas a Lei Organica do TCU (Lei n° 8.443/1992) e os diplomas equivalentes nos Estados, Municipios e Distrito Federal, inclusive a LOTCE-GO. Desse modo, é indispensavel ao estudioso do tema conhecé-las com mintcia e analisd-las com profundidade. Estimo que em concursos publics, o candidato que dominar tao- somente os dispositivos constitucionais relatives a atuag&o dos Tribunais de Contas teré condigées de responder satisfatoriamente cerca de 50% das questdes de controle externo uma prova objetiva de miiltipla escolha. primeiro aspecto a ser destacado € que ndo basta apenas estudar os artigos 70 a 75 da Carta Magna, constantes da Seco IX - Da fiscalizaco contabil, financeira e orcamentaria, do Capitulo 1 - Do Poder Legislative, do Titulo IV - Da organizag&o do Estado. Com efeito, embora tais artigos constituam 0 nticleo de nossa disciplina, em numerosos outros dispositivos constitucionais encontram-se normas de capital importancia para a organizacaio e funcionamento dos Tribunais de Contas em nosso pais, a exemplo dos arts. 31; 34, VIL, ‘d’; 35, Il; 37; 49, IX e X; 51, Il; 52, II, ‘b’; 57, caput; 84, XVe XXIV; 102, I, 'd’ e'q’; 105, I, ‘a’; e 161, pardgrafo unico. De igual modo, veremos que, além das Leis Organicas dos TCs, muitos outros diplomas legais —posteriores véem atribuindo _crescentes responsabilidades para a atuacdo do controle externo. Destacam-se, nesse particular, a Lei de Licitagdes e Contratos Administrativos (Lei n° 8.666/1993), www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101/2000) e a Lei de Crimes Fiscais (Lei n° 10.028/2000). E nosso objetivo, entao, estudar o conjunto dessas normas constitucionais e legais da forma mais completa possivel. Dispde o art. 70, caput, que a fiscalizacéo contédbil, financeira, orgamentéria, operacional e patrimonial da Uniéo e das entidades da administragéo direta_ e indireta, quanto a legalidade, _legitimidade, economicidade, aplicacéo das subvencées e reniincia de receitas, sera exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Assim, a titularidade do controle externo na Unigo é do Congresso Nacional e cada Poder deverd ter o seu proprio sistema de controle interno. A dimens&o de tais controles n&o se limita a uma perspectiva restrita de legalidade e conformidade contabil, mas alcanga as dimensées contdbil, financeira, orcamentéria, operacional e patrimonial sob os critérios da legalidade, legitimidade, economicidade, aplicacéo das subvengées e rentincia de receitas. Destaque-se, também que o controle néo se restringe a administracao direta, mas também a indireta. Para lembrarmos a abrangéncia da fiscalizac&o, utilizamos 0 mneménico COFOP. A fiscalizacéo COFOP é: ¥ Contabil; ¥ Orcamentaria; ¥ Financeira; ¥ Operacional; e ¥ Patrimonial. Lembremos também sempre dos trés critérios de andlise do controle externo: ¥ Legalidade; Y Legitimidade; e v Economicidade. Adiante veremos que uma das hipéteses de julgamento pela irregularidade das contas de um gestor, e de aplicacéo de sangées, é a pratica de um ato de gestao ilegal, ilegitimo ou antieconémico. Nos termos do paragrafo Unico do dispositive, prestaré contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigacdes de natureza pecuniaria. A prestagdo de contas é um principio constitucional sensivel. Sua n&o-observancia caracteriza crime de responsabilidade e pode ensejar a intervencao federal em estado ou a intervencao estadual em municipio. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO- Aula 01 Prof. Luiz Henrique Lima esclar do! &? Pergunta do aluno: Deve prestar contas uma pessoa fisica, mesmo que nao seja agente ptiblico, ou uma pessoa juridica privada que nao pertenca @ administragao indireta? % Sim! Desde que tais pessoas tenham sido responsaveis'pela utilizacdo, guarda, geréncia ou administracéo de dinheiros, bens'e valorés puiblicos, estéio obrigadas & regular prestag&o de contas. —m harmonia com nosso sistema federativo, nos Estados a titularidade do controle externo é das Assembleias Legislativas e nos Municipios é das CAmaras Municip: O art. 71 da CF esclarece que o exercicio do controle externo pelo Congreso Nacional sera feito com o auxilio do TCU, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da Republica, mediante parecer prévio que deveré ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; II - julgar as contas dos administradores e demais responséveis por dinheiros, bens e valores piblicos da administracéo direta e indireta, incluidas as fundagées e sociedades instituidas e mantidas pelo Poder Publico federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuizo ao erdrio public; Ill - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admisséio de pessoal, a qualquer titulo, na administrac&o direta e indireta, incluidas as fundagdes instituidas e mantidas pelo Poder Publico, excetuadas as nomeacées para cargo de provimento em comiss&o, bem como a das concessdes de aposentadorias, reformas e penses, ressalvadas as melhorias posteriores que no alterem o fundamento legal do ato concessério; www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Ponto: ccuneos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima IV - realizar, por iniciativa prépria, da Camara dos Deputados, do Senado Federal, de Comissao técnica ou de inquérito, inspesdes e auditorias de natureza contabil, financeira, orgamentéria, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciério, e demais entidades referidas no inciso I; V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a Unido participe, de forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; VI - fiscalizar a aplicacéo de quaisquer recursos repassados pela Unio mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio; VII - prestar as informacées solicitadas pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissées, sobre a fiscalizacao contabil, financeira, orcamentaria, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspecdes realizadas; VIII - aplicar aos responsdveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sangdes previstas em lei, que estabelecerd, entre outras cominagdes, multa proporcional ao dano causado ao erério; IX - assinar prazo para que o érgéo ou entidade adote as providéncias necessdrias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; X - sustar, se n&o atendido, a execucéio do ato impugnado, comunicando a decis&o 4 Camara dos Deputados e ao Senado Federal; XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Como se vé, séo multiplas as competéncias do TCU. Vamos fixar as principais. © TCU julga as contas dos administradores e demais responsdveis. Todavia, o TCU néo julga as contas do Presidente da Republica. © julgamento das contas do Presidente da Republica 6 de competéncia exclusiva do Congresso Nacional (art. 49, IX). © que o TCU faz em relacéio a tais contas 6 aprecia-las, mediante parecer prévio. Tal parecer prévio sera encaminhado a Comissao Mista de Orcamento do CN, que por sua vez, ofereceré parecer concluindo por projeto de Decreto Legislativo, o qual sera submetido a votagSo do CN. Tal votago é que constitui o julgamento das contas anuais do Presidente da Republica. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima Quanto aos demais administradores, suas contas sero julgadas pelo TCU como regulares, regulares com ressalvas ou irregulares. Em Aula vindoura, detalharemos as condigdes e implicagdes de cada uma dessas situagdes. = esclar do! eo; b? Pergunta do aluno: Quem s&o os responsaveis? © Agente responsavel é a pessoa fisica que utiliza, arrecaday guarda, gerencia ou administra dinheiros, bens e valores ptiblicos da Unido”e das Entidades da Administrag&o Indireta ou pelos quais estas respondam, ou que, em nome destas, assuma obrigagdo de natureza pecuniéria, Caracteriza também o gestor de quaisquer recursos repassados pela Unido, ‘mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres, a™EStado, ao Distrito Federal, a Municipio, a Entidades PUblicas ou Organizagéés’Particulares. No que concerne aos atos de admissdo de pessoal, a qualquer titulo (inclusive temporérios) e aos atos de concessdo de aposentadorias, reformas e pensées, o TCU também no os julga, mas aprecia, para fins de registro, a sua legalidade. Bastante atencéo deve ser concedida a esse inciso, cuja redacao é confusa. Sintetizando: o TCU ¥ aprecia a legalidade dos atos de admissdo de pessoal, a qualquer titulo, na administragao direta e indireta (incluindo as fundagées instituidas e mantidas pelo poder publico); ¥ aprecia’a legalidade das concessdes de aposentadorias, reformas e pensées civis e militares; no aprecia as nomeagées para cargo de provimento em comissao; € ¥ no aprecia as melhorias posteriores das aposentadorias, reformas e pensées que tiverem 0 mesmo fundamento legal do ato concessério. O dispositive alcanca os servidores ptiblicos federais, civis e militares ou seus beneficidrios. A apreciag&o consiste em conceder ou negar o registro do ato. Na jurisprudéncia do STF, a concessdo de uma aposentadoria é um ato administrative complexo que somente se aperfeicoa com o registro pelo Tribunal de Contas (MS 19.973-DF, Relator Ministro Bilac Pinto). www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima esclar do! Mf e = &? Pergunta do aluno: O que significa “o mesmo fundamento legal do ato concessério”? © Significa, por exemplo, que se determinado servidor foi aposentado com proventos proporcionais e Ihe é estendida uma vantagem concedida a toda a sua categoria, essa alteragdo nao sera objeto de nova apréciag&0. Todavia, se houver alguma alterag&o para conceder-Ihe proventos. integrais, implicando em modificagéo dos fundamentos legais do ato concessério, referida mudanca deverd ser apreciada pela Corte de Contas. No inciso IV, verificamos a competéncia para realizar, por iniciativa prépria, ou por solicitacao do Legislativo, inspecdes e auditorias nas unidades ad rativas de todos os Poderes e das entidades que lhe sao jurisdicionadas. Nao é estabelecida nenhuma exceg3o ou imunidade em relacao @ competéncia fiscalizatoria do TCU. Isso significa que um AUFC do TCU podera realizar trabalhos de fiscalizac&o dentro da Usina Nuclear de Angra, ou da Casa da Moeda, ou do Palacio do Planalto, ou mesmo da Embaixada brasileira em Bagda! © inciso V diz respeito a empresas supranacionais, cujo exemplo mais conhecido, mas nao Unico, € Itaipu Binacional, que tem a participacdo dos governos do Brasil e do Paraguai. Merece destaque também o inciso VI, segundo 0 qual, compete ao TCU fiscalizar a aplicagéo de quaisquer recursos repassados pela Unido mediante convénio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congéneres,, a Estado, ao Distrito Federal ou a Municipio. Assim, 0 TCU poderd, por exemplo, julgar irregulares as prestagdes de contas de um Governador ou de um Prefeito em relagéo aplicagéo de recursos federais repassados mediante convénio, inclusive, aplicando-Ihes sanc6es. tome www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima A hipdtese do inciso VI no se aplica no caso de recursos do FPE, do FPM e de outras transferéncias constitucionais e legais, porque em tais situacdes os , mas estaduais ou municipais, sendo a Unido recursos ndéo sdo feder apenas responsavel pela sua arrecadacao e repasse. No caso de transferéncias voluntdrias, os recursos so federais e a competéncia fiscalizatéria é do TCU. Com respeito ao inciso VIII, anotemos que toda sangdo deve ter base legal, ou seja, nao pode ser prevista apenas em regimento ou norma infralegal. Estudaremos numa préxima aula que a LOTCU prevé uma multa equivalente a até 100% do valor atualizado do débito. Assim, se 0 responsavel provocou um dano de R$ 10 mil, podera ser condenado, além do ressarcimento do dano no valor de R$ 10 mil, a uma multa no valor de até R$ 10 mil. Em geral, a primeira leitura dos incisos IX e X do art. 71 da Carta Magna nao é esclarecedora, bem como a dos §§1° e 2° do mesmo art. 71. Tentaremos explica-los. De fato, dispde o inciso IX do art. 71 da Carta Magna que compete ao TCU assinar prazo para que o érgao ou entidade adote as providéncias necessérias 20 exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade. O inciso X do mesmo artigo prevé que, se n&o atendido, compete ao TCU sustar a execugao do ato impugnado, comunicando a deciséo a Camara dos Deputados e ao Senado Federal. Por sua vez, quando em vez de atos, se tratar de contratos, seguir-se-d o procedimento prescrito nos §§19 e 2° do mesmo art. Ws © quadro a seguir, resume tais regras. Ato Contrato 1° passo TC constata a ilegalidade TC constata a ilegalidade 2° passo TC assina prazo para que 0 érgao ou entidade adote as providéncias necessérias ao exato cumprimento da lei TC assina prazo para que © érgao ou entidade adote as providéncias necessérias ao exato cumprimento da lei 3° passo Se atendido, procedimento encerra o Se atendido, procedimento encerra o 4° passo Se n&o atendido, o TC susta a execucdo do ato impugnado, comunicando a decisio ao Poder Legislativo Se n&o atendido, o TC comunica os fatos ao Poder Legislativo www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Ponto cconeos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima 5° passo O Poder Legislativo adota diretamente a sustacéo do contrato e solicita, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabiveis 6° passo Se 0 Poder Legislative ou © Poder Executivo, no prazo de noventa dias, nao efetivar as medidas previstas no pardgrafo anterior, 0 Tribunal decidir a respeito da sustac&o do contrato Conforme 0 §3° do art. 71, as decisdes do Tribunal de que resulte imputagéo de débito ou multa teréo eficacia de titulo executivo extrajudicial, o que significa que n&o seré necessdrio inscrevé-las na divida ativa para efetivar a cobranga judicial, que ndo seré de responsabilidade do TCU, mas da Advocacia-Geral da Unido. x ! st fique ito Todas as competéncias previstas nos incisos do art. 71 da CF se aplicam, mutatis mutandis, ao TCE-GO. Na Aula acerca de competéncias do TCE-GO examinaremos com detalhe o art. 19 da LOTCE-GO. ©. art. 72 da Constituico € um dos menos explorados pelas bancas examinadoras. Segundo 0 dispositivo, diante de indicios de despesas n&o autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos néo programados ou de subsidios nao aprovados, a Comissdo Mista de Planos, Orcamentos Piblicos e Fiscalizagao do Congresso Nacional - CMO podera solicitar a autoridade governamental responsdvel que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessérios. Se tais esclarecimentos néo forem prestados ou se considerados insuficientes, a Comissdo solicitara ao Tribunal de Contas da Unido pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Pento| ccuneos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima Se o TCU entender que a despesa é irregular, a Comissao, se julgar que 0 gasto possa causar dano irreparavel ou grave lesdo 4 economia publica, propord ao Congresso Nacional sua sustacgo. Assim, o dispositivo prevé uma atuagao complementar da Corte de Contas e do Congresso, que poderiamos assim sintetizar: Pressuposto Indicios de despesas nao autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos nao programados ou de sub: aprovados 1° passo solicitar a autoridade] CMO governamental responsdvel que, em 5 dias, preste os esclarecimentos necessarios 2° passo exame dos esclarecimentos MO 3° passo se os esclarecimentos no forem| CMO prestados ou se considerados insuficientes, solicitar. ao TCU pronunciamento conclusivo sobre a materia, em 30 dias. 4° passo emitir pronunciamento conclusive | TCU 5° passo se o TCU entender que a despesa] CMO. é irregular, julgar se o gasto pode causar dano irrepardvel ou grave leséio a economia publica, 6° passo em caso afirmativo, propor ao] CMO) Congresso Nacional a sustacdo da despesa 7° passo deliberar acerca da sustacéo da | Congresso despesa Trata-se de uma hipétese bastante rara. Nao temos noticia de nenhuma situagio em que a norma tenha sido aplicada desde a promulgacéo da Constituiga0. © art. 73 disciplina a composig&éo do TCU, que é integrado por nove Ministros e tem sede no Distrito Federal, possuindo quadro préprio de pessoal e jurisdig&o em todo o territério nacional. So cinco os requisitos exigidos pela Carta Magna para a nomeagao para Ministro do Tribunal de Contas da Unido: ¥ nacionalidade: ser brasileiro; ¥ idade: possuir mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade; www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima 30 CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima VY idoneidade moral ¢ reputacio ilibada; ¥ formacdo: notérios conhecimentos juridicos, _contabeis, econémicos e financeiros ou de administraao publica; Y¥ experiéncia: mais de dez anos de exercicio de funcéo ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos supra mencionados. A escolha de Ministros do TCU obedece a dois processos distintos: I - dois tergos sf escolhidos pelo Congresso Nacional, na forma do Regimento Comum. Nesse caso, exige-se apenas 0 atendimento dos requisitos do § 1° do art. 73 da CF. II - um tergo pelo Presidente da Republica, com aprovagdo do Senado Federal, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Publico junto ao Tribunal, indicados em lista triplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antiguidade e merecimento. Aqui, hé um rito especifico e critérios adicionais. O nome indicado é submetido a aprovagéio do Senado em votagdo secreta, apés arguig&o publica. Somente se confirmada a indicac&o, pode proceder-se & nomeag&o. Quanto aos critérios, além dos requisitos j4 descritos, um dos nomes deve ser escolhido a partir de lista triplice de Auditores (Ministros-Substitutos) do TCU, elaborada pelo Tribunal; outro seré indicado a partir de lista triplice de membros do Ministério Publico junto ao Tribunal, também elaborada pelo TCU; e somente um nome sera de livre escolha do Chefe do Poder Executivo. Em todos os casos, a nomeacéo é feita pelo Presidente da Republica, mas quem da posse é 0 Presidente do TCU. Indicacées de Ministro do TCU Quem indica Fragéo Critério de Observagéo. escolha Presidente da 1/3 (um terco) = 1 Ministro dentre 1) Aprovacao do Republica (CF: 3 Ministros os Auditores Senado ae273 1 Ministro dentre (CF: art. 52, III, ‘b’); os Membros do 2) PR nomeia (CF: MPTCU art. 84, XV) 1 Ministro de livre escolha (CF: art. 73, § 1°, incisos I'a IV) Congresso 2/3 (dois tergos)_Livre escolha PR nomeia (C! www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima Ponto: ccuneos CONTROLE EXTERNO PARA O TCE/GO- Aula 01 Prof. Lulz Henrique Lima Nacional (Cl =6Ministros (CF: art. 73,§ 84, XV) art. 73, §2°, II) 1°, incisos I’a IV) Adiante, veremos como essa regra de composigao aplica-se ao TCE-GO. Na Carta Politica de 1988, 0 art. 74 estabeleceu a obrigatoriedade dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciério manterem, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execugdo dos programas de governo e dos orcamentos da Unia II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto @ eficdcia eficigncia, da gest&o orcamentéria, financeira e patrimonial nos érgéos e entidades da administracdo federal, bem como da aplicagéo de recursos publicos por entidades de direito privado; IIl - exercer 0 controle das operagdes de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da Unigo; IV - apoiar o controle externo no exercicio de sua miss&o institucional. Atencdio! O dispositive fala em finalidades! Muitas vezes o enunciado das questées utiliza os termos “objetivos”, “competéncias” etc., que podem ser diversos. Mas finalidades do controle interno séo apenas essas quatro previstas na Constituigaio. Na forma do §19, os responsdveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darao ciéncia ao Tribunal de Contas da Unido, sob pena de responsabilidade solidéria. Conforme 0 §2° do art. 74, qualquer cidadao, partido politico, associag&o ou sindicato € parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da Unido. A dentincia sobre matéria de competéncia do Tribunal deverd se referir a administrador ou responsdvel sujeito a sua jurisdio, ser redigida em linguagem clara e objetiva, conter 0 nome legivel do denunciante, sua qualificagio e enderego, e estar acompanhada de indicio concernente a irregularidade ou ilegalidade denunciada. Atengao! O tema dentincia é um dos favoritos da FCC! O art. 75 estipula que as normas estabelecidas para o controle externo na esfera federal aplicam-se, no que couber, a organizago, composicéio e fiscalizagdo dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municipios, consagrando o principio da simetria. O paragrafo Unico orienta as Constituicdes estaduais a dispor sobre os Tribunais de Contas respectivos, que sero integrados por sete Conselheiros. www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Luiz Henrique Lima

Anda mungkin juga menyukai