5a Lista de Exercı́cios
2-) Seja f : I → R contı́nua no intervalo I ⊂ R. Se, para cada x ∈ I (exceto, possivelmente, na extremidade
superior de I, caso a mesma esteja em I), existir f+0 (x) e for > 0, então f é estritamente crescente.
3-) Seja f : X ⊂ R → R derivável no ponto a ∈ X ∩ X 0 . Se (xn )n∈N e (yn )n∈N são seqüências em X tais
¡ ¢ f (yn ) − f (xn )
que ∀ n ∈ N xn < a < yn , xn → a e yn → a, então → f 0 (a).
yn − xn
5-) Seja f : I → R derivável no intervalo aberto I ⊂ R. Um número real c ∈ I diz-se um ponto crı́tico de f
se f 0 (c) = 0. Se c ∈ I for um ponto crı́tico de f , diz-se que o mesmo é não-degenerado se f é duas vezes
derivável em c e f 00 (c) 6= 0. Mostre que:
(a) Se f é de classe C1 , o conjunto dos pontos crı́ticos de f é fechado em I (vide definição na lista 4
caso não se recorde);
(b) Os pontos de máximos e mı́nimos locais de f são crı́ticos. Um ponto crı́tico não-degenerado deve
ser de máximo local ou de mı́nimo local.
(c) Se c ∈ I é um ponto crı́tico não-degenerado de f , então existe δ > 0 tal que f não tem outros
pontos crı́ticos no intervalo (c − δ, c + δ). Ou seja, todo ponto crı́tico não-degenerado é um ponto crı́tico
isolado.
(d) Se todos os pontos crı́ticos de f são não-degenerados, então o conjunto dos pontos crı́ticos de f
é enumerável, e em qualquer intervalo [a, b] ⊂ I há apenas um número finito de tais pontos.
6-) Se f : [0, +∞) → R é derivável e limx→+∞ f 0 (x) = L, então, para cada c > 0, limx→+∞ [f (x+c)−f (x)] =
c · L e limx→+∞ f (x)
x = L.
7-) Seja f : [0, +∞) → R duas vezes derivável. Se f 00 é limitada e existe limx→+∞ f (x), mostre que
limx→+∞ f 0 (x) = 0. Bônus: vale 0,25 pontos na média do semestre.
1
8-) (Teorema de Cauchy) Sejam f, g : [a, b] → R contı́nuas e deriváveis em (a, b). Então existe c ∈ (a, b)
tal que f 0 (c)[g(b) − g(a)] = g 0 (c)[f (b) − f (a)].
11-) ¡ Dado c >¢ 0, uma função derivável f : I → R no ¡intervalo ¢ I ⊂ R satisfaz a condição de Lipschitz
∀ x, y ∈ I |f (x) − f (y)| 6 c|x − y| se, e somente se, ∀ x ∈ I |f 0 (x)| 6 c.
12-) Seja¡ f : I →
¢ R derivável no intervalo fechado I ⊂ R (limitado ou não). Dado c ∈ [0, 1), suponha
que ∀ x ∈ I |f 0 (x)| 6 c, e que f (I) ⊂ I. Mostre que f tem um único ponto fixo a em I (i.e. existe
um
¡ único¢ a ∈ I tal que f (a) = a) e que, para todo x1 ∈ I, a seqüência definida indutivamente por
∀ n ∈ N xn+1 = f (xn ) é tal que xn → a.
Sugestão: Use a questão anterior e a questão 10 lista 2.
13-) Sejam p ∈ N e c ∈ [0, 1). Dada f : I → R derivável no intervalo fechado I ⊂ R, suponha que f (I) ⊂ I
. . p fatores ¡ ¢
e que g = f p = f ◦ f ◦ · · · ◦f satisfaça ∀ x ∈ I |g 0 (x)| 6 c. Prove que f tem um único ponto fixo
a ∈ I e que, para todo x ∈ I, limn→∞ f n (x) = a.
Exemplo: A função cosseno ainda será definida formalmente no curso. Neste exemplo, assume-se que
.
a mesma ¡já tenha sido ¢definida num curso de Cálculo. A função f = cos : [−π, π] → R não cumpre a
condição ∀ x ∈ [−π, π] |f 0 (x)| 6 c < 1, mas f 2 = f ◦ f cumpre.
14-) Dada f : R → R derivável, com derivada limitada, prove que existe c ∈ R tal que a função φ : R → R
definida por φ(x) = x + c · f (x) é um difeomorfismo (i.e. uma bijeção derivável com inversa derivável).
¡ ¢
15-) Sejam a ∈ R, δ > 0, c ∈ [0, 1) e f : [a − δ, a + δ] → R derivável, com ∀ x |f 0 (x)| 6 c. Se |f (a) − a| 6
(1 − c)δ, então f tem um único ponto fixo em [a − δ, a + δ].
f (x) − f (a)
16-) Seja f : [a, b] → R contı́nua e derivável em (a, b). Se limx→a+ f 0 (x) = +∞, então lim =
x→a+ x−a
+∞.
2
◦
18-) Sejam I ⊂ R um intervalo e f : I → R duas vezes derivável em a ∈I . Mostre que:
f (a + h) − 2f (a) + f (a − h)
f 00 (a) = lim .
h→0 h2
◦
19-) Sejam I ⊂ R um intervalo e f : I → R duas vezes derivável em a ∈I . Mostre que:
f (a + 2h) − 2f (a + h) + f (a)
f 00 (a) = lim .
h→0 h2
20-) Seja f : R → R de classe C∞ . Se f se anula, juntamente com todas as suas derivadas, num ponto a ∈ R,
então, para cada k ∈ N, podemos escrever f (x) = (x − a)k φ(x), onde φ é de classe C∞ .