SEQUÊNCIA DIDÁTICA: RADIOATIVIDADE NO ENSINO DE

QUÍMICA COM ENFOQUE CTS

Carolyne Faria de Oliveira – carolyne.gondin@gmail.com

Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Diretoria de Pesquisa e Pós Graduação,
Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.
Av. Monteiro Lobato, s/n – Km 04, CEP 8416-210.
Ponta Grossa – PR.
Elaine Andressa Dijkinga – elaine.777@gmail.com
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Diretoria de Pesquisa e Pós Graduação,
Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.
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Elenise Sauer – sauer@utfpr.edu.br
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Diretoria de Pesquisa e Pós Graduação,
Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.
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Marcos César Danhoni Neves – macedane@yahoo.com.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Diretoria de Pesquisa e Pós Graduação,
Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.
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Rosemari Monteiro Castilho Foggiatto Silveira – castilho@utfpr.edu.br
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Diretoria de Pesquisa e Pós Graduação,
Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.
Av. Monteiro Lobato, s/n – Km 04, CEP 8416-210.
Ponta Grossa – PR.

Resumo: O presente artigo propõe uma sequência didática para trabalhar o conteúdo
de radioatividade na disciplina de Química. Com isso, busca-se oferecer ao professor uma
estratégia de ensino a ser aplicada a alunos do ensino médio partindo-se do princípio de que
as aulas com enfoque CTS (ciência, tecnologia e sociedade), contribuem para a alfabetização
científica e tecnológica do educando, assim como propiciam as atividades de leitura e
discussão. Nessa perspectiva, foi proposta uma sequência didática, a partir do tema
radioatividade, seguindo-se uma pesquisa de abordagem metodológica qualitativa com
observação participante, contemplando diferentes momentos, iniciando-se com a aplicação
de um questionário diagnóstico, leitura e discussão de textos, apresentação do conteúdo
científico por exposição oral dialogada e pesquisa informatizada contemplando tipos de
radiação, leis de desintegração radiativa, efeitos fisiológicos da radiação, exibição de filmes
e documentários, cinética radiativa, fissão nuclear e fusão nuclear, participação em jogo
virtual, finalizando com a aplicação do mesmo questionário inicial, permitindo que o
professor possa potencializar a avaliação da contribuição dessa sequência didática ao aluno
na apropriação do conhecimento científico sobre radioatividade de forma a correlacionar
com o cotidiano e entender as relações e implicações da Ciência e da Tecnologia na
Sociedade.

Palavras-chave: CTS, Ensino de Química, radioatividade.

1 INTRODUÇÃO

O estudo da radioatividade é um tema de grande importância tratado no ensino de

Química e de Física, que desenvolve questões de qualidade de vida, visto que a radiação é
empregada na medicina, na obtenção de energia elétrica nos reatores nucleares, na indústria
alimentícia para a conservação de alimentos, entre outros. Porém, o uso da radiação para a
obtenção de serviços ou de produtos produz resíduos, os chamados lixos nucleares, que
oferecem um grande risco a população.
Dessa forma, trabalhar esse conteúdo com interação com o social, levando em conta a
influência da ciência e da tecnologia na sociedade, pode proporcionar ao aluno uma
aprendizagem mais efetiva, tornando-o um cidadão mais crítico e alfabetizado
cientificamente, pois de acordo com Silva et al. (p.3, 2011)_
A abordagem CTS propõe uma integração harmônica entre conteúdos específicos e
seus processos de produção, o que pode levar os alunos a construírem o seu próprio
conhecimento. Nessa perspectiva, a educação das ciências deve propiciar a
compreensão do entorno da atividade científico-tecnológica, potencializando a
participação de mais segmentos da sociedade civil, não apenas na avaliação dos
impactos pós-produção, mas principalmente na definição do que se almeja em
relação ao desenvolvimento cientifico-tecnológico.

É essa alfabetização científica e tecnológica, que proporciona ao aluno um contato com

diferentes enfoques de estudos, e desenvolve nele a capacidade de ser crítico, levando-o a
repensar sua participação, e suas atitudes na sociedade em que vive.
Ainda neste contexto, Krasilchik (2000, p.85) ressalta que:
(...) A ciência e a tecnologia foram reconhecidas como essenciais no
desenvolvimento econômico, cultural e social, o ensino das Ciências em todos os
níveis foi também crescendo de importância, sendo objeto de inúmeros movimentos
de transformação do ensino (...).

Essa relevância, que envolve as relações sociais da Ciência, Tecnologia e Sociedade,

justifica-se pelo fato de termos que considerar que a sociedade tem direito de participar das
decisões que definem seu destino. Para que essa participação ocorra de forma efetiva, é
necessário formar cidadãos cientificamente alfabetizados e que consigam enxergar no
conteúdo trabalhado em sala de aula para a sua realidade. a resolução para os problemas de
seu dia a dia. Acredita-se que o enfoque CTS pode contribuir para uma formação mais
consciente acerca das implicações sociais do desenvolvimento científico e tecnológico. Auler
e Delizoicov (2006, p.3) defendem que temas como ciência, tecnologia, sociedade e ambiente
devem ser democratizado: “(...) numa educação para a cidadania deve-se ir além dos objetivos
centrados nos conteúdos e nos processos da ciência (...)”.
Quando se propõe um estudo em sala de aula em um enfoque CTS, faz-se com que os
alunos trabalhem de maneira mais interativa uns com os outros, pois esta estratégia de ensino
proporciona uma maior discussão e instiga o aluno a pensar sobre as questões científicas que
o cerca. Segundo Farias et al. (2012, p.64):

“Um dos principais objetivos (...) de uma abordagem CTS é o desenvolvimento da

capacidade de tomada de decisões (...) e incentiva os estudantes a questionar
modelos e valores do desenvolvimento científico e tecnológico da nossa sociedade.
Os estudantes são estimulados a perguntar, a querer saber e problematizar as
complexas inter-relações CTS, por meio da discussão integrada de conhecimentos
científicos e tecnológicos e temas considerados socialmente relevantes.”

Quando se trata do tema radiatividade, sabe-se que este é um conteúdo importante e

complexo, porém que gera muita polêmica, pois muitas tragédias envolvendo compostos
radioativos foram assistidas e vivenciadas por pessoas de todo o mundo, inclusive no Brasil,
com o caso do Césio-147, ocorrido na cidade de Goiânia-GO. Ao se tratar sobre a
radioatividade, pode-se levar para a sala de aula não somente as discussões sobre as tragédias
radioativas, mas também apresentar aos alunos o benefício que estes compostos podem trazer
para a sociedade. Outro fator a ser destacado é que a radiação não provém somente de
elementos radioativos, mas que no nosso dia a dia recebemos aproximadamente 87% de
radiação chamada natural, ou seja, aquela que provem do sol.
Considerando o exposto, é perceptível que este assunto, além de ser relevante e estar
presente em muitos fatores que nos cercam, é também um tema que pode ser desenvolvido de
maneira interdisciplinar no ensino de Química com outras disciplinas, na Física com o estudo
dos elementos radioativos e a interação dos mesmos com a matéria, na geografia com os raios
solares, na biologia com o estudo da ação da radiação nos organismos e na história com o
estudo histórico da radiação.
Segundo Bonatto et al. (2012, p.2) “a interdisciplinaridade é um elo entre o entendimento
das disciplinas nas suas mais variadas áreas, sendo importante, pois abrangem temáticas e
conteúdos permitindo desta forma recursos inovadores e dinâmicos, onde as aprendizagens
são ampliadas”.
Assim, como o enfoque CTS trabalha de uma maneira interdisciplinar, isso favorece a
apropriação do conteúdo estudado, melhorando então o ensino aprendizagem.
Ao associar a ciência, tecnologia e a sociedade com os conteúdos científicos apresentados
em sala de aula, e fazendo isso de maneira interdisciplinar, pode-se propor ao estudante o fato
de que “a ciência é para todos, e não somente para os cientistas” (Delizoicov, et al. 2009,
p.24), e desta forma demonstrar a inter-relação que existe entre a ciência e as outras áreas de
conhecimento, mostrando assim sua relevância social, cultural e histórica.

Para todas as áreas da ciência e suas tecnologias, os objetivos educacionais devem

combinar conhecimentos práticos voltados às necessidades da vida contemporânea,
com conhecimentos mais amplos e específicos, que correspondam a uma cultura
geral e a uma visão crítica do mundo. Cada disciplina em particular deve promover
competências e habilidades que tornem o educando capaz de intervenções e
julgamentos práticos, o que caracteriza uma visão de educação voltada para a
cidadania (ALMEIDA, 2008 p.16).

Ao inserir o educando na prática de estudar ciência de uma maneira interdisciplinar,

social e tecnológica, está preparando este para um mundo mais contemporâneo, e desta forma,
tornando-o um cidadão evoluído cientificamente, pois tira este aluno do “mundo de quatro
paredes” onde o conhecimento científico está pronto e acabado, e o leva a vivenciar de
maneira prática e real as transformações que ocorrem na ciência a cada dia, percebendo que
estas transformações interferem no nosso dia a dia e na sociedade em que vivemos.
Segundo PINHEIRO et al. (2007, p.5), os Parâmetros Curriculares Nacional (PCNs)
implementa a ação do professor levar para a sala de aula discussões e reflexões sobre as
relações que existem entre ciência, tecnologia e sociedade, fazendo desta, uma forma de
educação tecnológica, a qual não seria voltada para a elaboração de modelos, regras,
classificações, gráficos, tabelas, exercícios, entre outros, mas para a compreensão da origem
do uso desses modelos e regras para o conhecimento na sociedade atual.
Por fim, ALMEIDA (2008, p.15) ressalta que:

O ensino de Química, assim como o de Física, preocupa-se com a formação do

indivíduo para a vida, formação essa que leva em consideração o mundo moderno e
tecnológico em que vivemos, sendo uma das principais funções do trabalho docente
a de contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e
principalmente atuarem no seu contexto social.

Desta forma, este artigo tem o propósito de apresentar ao educador uma proposta de se
trabalhar com o conteúdo de radioatividade, de maneira científica, porém numa interação com
o social, levando para a sala de aula fatos do cotidiano que influenciam diretamente na vida
do aluno, instigando para que o mesmo se torne um cidadão mais crítico, participativo e
atuante no mundo que os cerca.

2 METODOLOGIA

2. 1 PROPOSTA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Este trabalho faz parte de um estudo que propõe uma sequência didática a qual poderá
servir como subsídio para os professores de química trabalhar o conteúdo de radioatividade
no ensino médio, utilizando o enfoque CTS.

Atividade 1:
A sequência inicia-se com a aplicação do seguinte questionário:
a) O que é radiação?
b) De onde vem a radiação?
c) Quais os tipos de radiação?
d) As pessoas têm contato com a radiação em seu dia a dia?
e) Existem leis que regem o estudo das radiações? Quais seus fundamentos?
f) Você acha que a radiação é benéfica ou maléfica ao ser humano? Cite exemplos de
ambos?
g) Qual a diferença entre fissão e fusão nuclear?
h) Quais as consequências de um acidente nuclear?
i) Existe possibilidade de um acidente radioativo no Brasil? Explique?

Esse questionário tem como objetivo, fazer um levantamento prévio do entendimento do

aluno com relação ao conteúdo, e a partir da análise destas questões, o educador poderá
elaborar a sequência de suas aulas em cima do conhecimento que seu aluno possui.

Atividade 2:
Durante este segundo momento, o trabalho é conduzido com textos trazidos pelos
próprios alunos, estes textos deverão tratar de temas sociais como saúde, tragédias, produção
de energia, energias solares, entre outras, as quais envolvem a radioatividade. Caso haja
esquecimento por parte do aluno o professor deverá ter providenciado textos para que seja
possível a continuação da sequência.

Atividade 3:
Este momento consiste em apresentar aos estudantes o conteúdo científico de forma
expositiva dialogada, onde o educador irá tratar a respeito de questões como:
Tipos de radiação – onde o conteúdo científico será apresentado ao aluno, e como auxilio
didático, os alunos poderão ser levados ao laboratório de informática, onde pesquisarão sobre
os três tipos de radiação (alfa, beta e gama).

Atividades 4:
Após a pesquisa realizada sobre os três tipos de radiação, o educador poderá solicitar que
os alunos se organizem circulo, para que citem exemplos de aparelhos ou fenômenos do
cotidiano onde se possam encontrar essas radiações, e discutam a respeito do assunto. No
momento da discussão é importante a intervenção do professor através de questionamentos e
explicações, para que o aproveitamento educacional seja o melhor possível.

Atividade 5:
Durante esta atividade será apresentado aos alunos o conteúdo científico que trata das leis
de desintegração radiativa e efeitos fisiológicos da radiação.

Atividade 6:
Após a explicação científica do conteúdo apresentado na atividade 6, o professor poderá
exibir documentários como “A tragédia de Goiânia com o Césio-137”, a “tragédia de
Chernobyl”, “A bomba de Hiroshima e Nagasaki”, entre outros. Os documentários servirão
para análise da ação da radiação nos organismos, e discussão do conteúdo.

Atividade 7:
Neste momento, os conteúdos científicos apresentados serão a cinética radiativa, fissão
nuclear e fussão nuclear.

Atividade 8:
Após o recebimento do conteúdo científico apresentado na atividade 7, o aluno poderá
participar do jogo virtual sobre o salvamento de uma usina nuclear. Neste jogo o aluno tem o
objetivo de salvar uma usina nuclear que está prestes a entrar em colapso, o que deixaria a
cidade que ela abastece sem energia. Mas antes de chegar a usina o aluno será desafiado a
usar seus conhecimentos sobre o tema passando por quatro ambientes, onde situações
baseadas em diferentes formas de uso das radiações no cotidiano são transformadas em
perguntas. O Jogo pode ser encontrado no site
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15880.
É durante o conteúdo científico que o aluno poderá realizar associações com os textos
lidos anteriormente, e a partir dai levantar discussões e questionamentos.

Atividade 9:
Para finalização das aulas trabalhadas durante esta sequência didática, o professor
aplicará o mesmo questionário aplicado no inicio das aulas, permitindo assim que o docente
possa potencializar a análise da contribuição dessa atividade ao aluno na apropriação do
conhecimento de radiações e de suas relações com seu cotidiano.
 É importante que durante todo o processo da sequência didática que o professor questione
os alunos de que forma o conteúdo estudado pode também ser trabalhado em outras
disciplinas.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma seqüência didática é um conjunto de atividade escolares organizadas de maneira

sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito. (...) O trabalho com sequências
didáticas permite a elaboração de contextos de produção de forma precisa, por meio de
atividades e exercícios múltiplos com a finalidade de oferecer aos alunos noções, técnicas e
instrumentos que desenvolvam suas capacidades de expressão oral e escrita em diversas
situações de comunicação (Schneuwly e Dolz, 2004, p. 97).
Desta forma, ao final desta sequência didática pretende-se que o educando tenha se
apropriado do conhecimento cientifico sobre radioatividade de forma a correlacionar com o
cotidiano e entender as relações e implicações da Ciência e da Tecnologia na Sociedade.
A verificação das contribuições dessa proposta ao ensino não deve se deter apenas nos
questionamentos escritos pré e pós-diagnóstico, mas também em diferentes registros e da
observação participante.
A sequência didática apresenta também desafios cada vez maiores aos alunos, permitindo
a construção do conhecimento e apresenta normas diferenciadas de apresentação do conteúdo.
Esses conteúdos trabalhados em sala de aula devem contribuir para a formação de cidadãos
conscientes, informados e capazes de transformar a sociedade. A sequência didática permite a
interdisciplinaridade.
A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua
individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas
causas ou fatores que intervém sobre a realidade e trabalha todas as linguagens
necessárias para a contribuição de conhecimentos, comunicação e negociação de
significados e registro sistemático dos resultados (Brasil, 2012, p. 89).

Sendo a interdisciplinaridade a articulação entre as disciplinas que permite trabalhar o

conhecimento globalmente e superando a fragmentação. É uma temática que compreendida
como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se propõe um tema com abordagens em
diferentes disciplinas.
desta forma, o tema radioatividade, além de ser relevante e estar presente em muitos
fatores que nos cercam, pode ser desenvolvido de maneira interdisciplinar no ensino de
Química e outras disciplinas, como, na Física com o estudo dos elementos radioativos e sua
interação com a matéria, na Geografia com os raios solares, na Biologia com o estudo da ação
da radiação nos organismos, na Educação Física e prática de atividades físicas quanto
exposição a esses raios, na História com o estudo histórico da radiação, em Português na
leitura e interpretação de textos.
Finalizando, este trabalho buscou oferecer ao professor uma estratégia de ensino a ser
aplicada a alunos do ensino médio partindo-se do princípio de que as aulas com enfoque CTS,
contribuem para a alfabetização científica e tecnológica do educando, assim como propiciam
que os alunos discutam e exponham suas opiniões e conhecimentos a respeito do conteúdo
estudado.
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SCHNEUWLY, B. e DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado de

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Radioatividade/Energia Nuclear em Sala de Aula no Ensino Médio – Um Estudo de Caso.
VIII Enpec. IFRJ e IECD – SEEDUC, p 3, 2011.
 TEACHING SEQUENCE: RADIOACTIVITY IN TEACHING OF
CHEMISTRY WITH FOCUS CTS

Abstract
This paper proposes an instructional sequence to work on the content of radioactivity in the
discipline of Chemistry. Thus, we seek to offer the teacher a teaching strategy to be applied to
high school students starting from the principle that classes focusing CTS (science,
technology and society), contribute to the scientific and technological literacy of learners as
well as provide reading activities and discussion. In this perspective, a didactic sequence was
proposed, based on the theme radioactivity, followed by a qualitative methodological
approach with participant observation, contemplating different times, starting with the
application of a diagnostic questionnaire, reading and discussion of texts, presentation of
scientific content by dialogued oral and computerized search contemplating types of radiation,
radioactive decay laws, physiological effects of radiation, films and documentaries, radiative
kinetic, nuclear fission and nuclear fusion, participation in virtual game, ending with the
application of same initial questionnaire, allowing the teacher to enhance the evaluation of the
contribution that teaching students to sequence the appropriation of scientific knowledge on
radioactivity in order to correlate with the everyday and understand the relationships and
implications of Science and Technology in Society.

Keywords: CTS, Teaching of Chemistry, radioactivity.