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TRANSCRIÇÃOO DE ENTREVISTA

Entrevista com a professora Claudia Mota


Curso:
Realização

Sou a professora, Claudia Mota, da cidade de Ipiranga no Piauí, sou formada em Historia
pela UESP ,especialização em docência no ensino superior, até agora não consegui fazer
uma especialização em história, mas, tenho muita vontade em História do Brasil, porque
gosto muito. Desde de criança que gostava muito da questão da beleza(arte) meu avô
trabalhava com pedras esculpidas, inclusive, lapides os cemitérios daqui tem muitas
lapides que foram feitas por meu avô e desde de pequenininha que isso me chamava
atenção essa maneira dele trabalhar essa arte, criando essa arte ne pedra e também quando
criança brincava muito com meus amigos de Boca de Forno, Mavé Descer( sou rica, rica,
rica da Mavé descer), aquelas brincadeiras de roda, a gente brincava de pera, uva, maça,
Salada Mista, Bombaquinho, e tudo isso me fez ver o quanto é importante trabalhar essa
questão para o desenvolvimento da gente, porque na questão da minha infância eu fui
muito reprimida porque meu pai era aquele tipo de pessoa que dizia quando pau é pau,
pedra é pedra ninguém muda. Então, com essa questão da vivência com meus amigos na
infância, na escola, das brincadeiras foi que eu fui me desenvolvendo mais e fui
aprendendo e trouxe isso para trabalhar com meus alunos na sala de aula.

A cultura de Ipiranga, eu sempre fui uma pessoa ativa, na sala de aula e quando eu
comecei a trabalhar como professora em 87 na escola do Ginásio. Nessa época, a gente
chamava de Ginásio hoje é ensino fundamental serie iniciais e ensino fundamental series
finais, naquela época trabalhava Ginásio e aqui era uma escola da SEMEC professor
Filipe Thiago Gomes eu fui convidada para trabalhar nessa época e foi uma salada de
frutas eu trabalhava com educação para o lar, artes, história, ensino religioso. Então era
um mesclado de disciplinas e nesse período também eu já ingressei no grupo de dança da
cidade, nessa época quem vinha pra cá era a professora Socorro Barnabé, era uma
professora de dança de Teresina e comecei também a trabalhar a dança. Ingressei também
no grupo de teatro da cidade, nessa época a gente criou um grupo que era chamado grupo
de teatro Mangaba ( mangaba porque era uma fruta nativa da região), ai vem o professor
Raimundo Dias de Teresina também pra da aula de teatro pra gente e era justamente
porque eu me identificava com essa questão da dança, do teatro e o meu município fazia
com que me inspirasse mais ainda a trabalhar isso aí , porque vinha os professores para
trabalhar essas aulas, a gente ainda se apresentava como ainda hoje isso acontece em
cidades vizinhas, em Teresina no encontro de folguedos e isso fazia com que eu me
orgulhasse da historia da minha cidade e da minha história, então eu também queria está
envolvida nesses grupos pra poder mostrar tanto o meu trabalho como também o
desenvolvimento da minha cidade, quanto a questão da arte, da cultura, do artesanato, eu
nunca fui foi de aprender confeccionar peças artesanais porque eu dizia até assim quanto
essa questão de produzir ;fazer crochê ,bordado, na minha casa saiu meus irmãos e minhas
irmãs todas, mais eu não aprendi ,eu já me identifico mais com essa questão do falar , do
teatro, a dança, a musica eu faço parte também de corais da cidade , eu participei durante
muito tempo do coral vozes daqui ,e hoje faço parte do coral renascer aqui da cidade
sempre envolvida nos grupos que sempre me puxa para esse lado artístico.

Aqui em Ipiranga a gente trabalha também a Semana Cultural da Juventude são mais de
30 anos que isso acontece, iniciou com um grupo de jovens que no mês de junho vinham
sempre passar férias na cidade. Nessa época , ensino médio não tinha ,então só se cursava
até o ginásio para cursar o ensino médio se saia para fora pra cursar também universidade
tinha que sair para regiões mais próxima, então eles vinham no mês de junho passar férias
quando chegava aqui só tinha as questões dos bares, não tinha uma diversão diferente
então eles se juntaram em grupo de mais ou menos 7, 8 jovens e foram conversar com o
prefeito pra fazerem um final de semana cultura (nessa época) pegava a sexta, sábado e
domingo eram 3 dias com a apresentação de teatro, dança e essa semana da juventude
ela foi crescendo, hoje já são 7 dias inicia no domingo e termina no sábado ,tem
apresentações culturais não só da cidade, mais de várias regiões vizinhas da microrregião
, tem todas as noites tem uma banda diferente, banda de forro , sertanejo, anos 60, 70,
para satisfazer e atrair vários públicos, tem também palestra, atividades esportivas, tudo
isso é uma forma de fazer com que se mantenha a questão cultural da cidade, tem
apresentação de cantoria, apresentação das escolas, é assim, cada dia da semana um grupo
é responsável, um dia é a secretaria de saúde, outro dia é a secretaria de educação, outro
dia é a secretaria de assistência social, outro dia é câmara municipal de vereadores , outro
dia é a secretaria de agricultura e outro dia é secretaria de cultura, então cada dia são
atividades diversificadas tem educação para o trânsito, tem a questão do cuidado com a
saúde. Então, se percebe que é uma coisa que enriquece o jovem, a criança, o idoso, e o
que é melhor convida pessoas de outras cidades a participarem , tem pessoas que deixa
para a passear no mês de junho, pessoas de São Paulo, a gente já recebeu pessoas aqui até
de outros países , né? da Holanda que vieram justamente para conhecer a cidade e
conhecer também esse evento cultural, são 7 dias de atividades culturais e atividades
totalmente gratuitas, promovidas pelo município que é um convenio com a secretaria de
Cultura do Estado já foi até colocado no calendário estadual como uma atividade não só
do município mais do Estado também.

Claudia, em relação a escola e a vida acadêmica desse período de formação (da educação
formal) o que você lembra dos acontecimentos e das pessoas que marcaram esse processo
de formação na escola e na universidade? Pessoas, coisas, acontecimentos, onde possa
estar relacionando, onde a beleza esteve na escola, na universidade, nas pessoas desse
convívio?

A questão de descobrir essa beleza ,eu comecei a descobrir na minha alfabetização, com
minha primeira professora, a questão de me espelhar para até mesmo eu me tornar um dia
professora era a forma dela trabalhar em sala de aula aquele carinho, aquele aconchego
com os alunos, a minha diretora também do ensino fundamental menor, ela tinha assim a
questão de trabalhar as datas cívicas, naquele tempo tinha até uma disciplina chamada
educação moral e cívica então ela tinha essa questão de se trabalhar as datas
comemorativas com muitas coisas que mostrava a questão da arte, principalmente arte
aqui da nossa cidade , porque Ipiranga sempre foi tida como uma cidade artesanal o
pessoal trabalha muito a questão da tala de buriti , questão do próprio buriti na produção
de doces, de azeites e na universidade também a gente foi levado a trabalhar a questão
das dramatizações, das historias teatrais, tinha algumas professoras que me chamava
atenção por conta da sua maneira de ser, eu tinha uma professora até chamada Antônia
Maria que ela era pequenininha, mas, quando ela batia o pé assim, dizendo a maneira
como ela queria as coisas, ela até trabalhou com a gente a história antiga né, que conta
a história da Grécia e Roma antiga desse período e a professora Eunice ela foi tida mais
como uma pessoa tradicional em que ela ... Quando ela dizia assim... olha eu quero um
seminário tal... Então a gente ia realizar o seminário. Eu me lembro até de um seminário
que fiz sobre a história da África e graças a Deus quando eu expliquei meu seminário ela
aplaudiu mais quando a gente dizia uma coisa que ela não concordava lá mesmo ela dizia
não era assim, é dessa maneira a partir disso fui me espelhando pra ser essa professora,
educadora que sou hoje.

Claudia, é bom ouvir esse relato e saber que o seu lugar influencia na pessoa e na
profissional que você é. Então, vamos lá pra suas aulas de história me fala um pouco sobre
como a Arte acaba permeando suas aulas? De que modo ela está presente nas suas aulas,
se manifestando através de que, quais são as belezas? E o que você percebe que isso gera
no seu alunado?

Quando eu faço o meu plano de curso anual pra entregar na escola que eu trabalho,
atualmente, estou trabalhando na escolinha A Caminho do Saber que é uma escola
particular. No município, estou na secretaria, como secretaria executiva do conselho
municipal de educação , e estou acompanhando como formadora local o grupo de
mediadores de Língua Portuguesa e Matemática do PENAIC que é o programa novo mais
educação , inclusive, essa semana eu tive dois dias de formação em Teresina e trabalho
no ensino médio com aula de história pelo estado .Quando eu faço meu plano de curso eu
já seleciono os conteúdos e cada conteúdo eu já vejo como vou trabalhar ,buscando uma
forma de envolver meu alunado pra que ele realmente não passe pelo conteúdo mais que
ele aprenda e fique para a vida dele. Então.. eu preparo ... eu preparo um projeto que
tenho, que é chamado vivenciando a história. Então durante um mês eles vão escolher um
conteúdo que tem no livro, eles mesmos, eu dou essa autonomia pra eles, e desse
conteúdo eles preparam um teatro e aqueles conteúdos eles vão transformar numa história
vivenciada eles vão apresentar uma peça teatral e essa peça teatral ela vai ser avaliada por
mim, pelos professores da escola, e pelos alunos, onde num dia eles vão pro pátio e
entrego uma ficha e os alunos vão avaliar e dar uma nota para eles, ali é a nota que eles
vão receber. Então dessa forma eu vejo que eles jamais esquecem, a partir daquele
conteúdo eles criam uma história. Aquela peça teatral o público avalia, essa forma jamais
eles esquecem o conteúdo que eles dramatizaram, porque assim, é aquela história: me
fala eu não vou gravar por muito tempo, vou esquecer, agora me coloque na ação que eu
aprendo e não esqueço jamais, ne? Tem uma frase que é mais ou menos assim que é até
o Benjamim Constant diz isso aí e outra forma que tenho de trabalhar é fazer com que
eles criem jornal falado eles vão entrevistar pessoas, eles transformam esses jornais em
documentários, apresentam na sala para os colegas fazem os livros e a gente deixa
arquivado na biblioteca da escola, então tudo isso é uma forma deles estarem vivenciando
o conteúdo estarem também deixando a sua marca na escola. No ano passado, eu trabalhei
com Artes, no 2°ano do ensino médio, seu dividi o trabalho deles assim: cada um
pegariam o conteúdo e iriam dinamizar o conteúdo iriam fazer em forma de diálogo, em
forma de teatro mudo, em forma de fantoche, né! Todas essas maneiras de se tá
trabalhando o lado artístico deles e assim a gente consegue despertar e descobrir até
artistas na sala aquele aluno que muitas vezes está lá no final da fila que nem abri a boca
na hora da aula e quando você faz uma aula diferente ele bota o lado artístico pra fora a
gente descobri pessoas que tocam violão e a gente não sabíamos, pessoas que cantam
muito bem que não sabíamos. Então essa maneira de se trabalhar com a beleza, com a
arte dentro da sala é justamente pra que possa desenvolver aqueles dotes artísticos que
estão escondidos dentro de cada um.

Essas descobertas de alguns potenciais da Arte são super validas mais para além dessas
potencialidades a questão da fruição, do apreciar o que é que você percebe naqueles que
não tem alguma potencialidade (esse público que você citou) essa capacidade da fruição
que é o termo que a gente utiliza para quem aprecia e gosta de ser apreciador da arte?
Como você percebe isso?

Da pra perceber assim... que quando se começa um trabalho desse, muitos alunos ainda
não têm essa questão do lado de apreciar essa arte, essa questão de dizer o que está por
traz da entrelinha, ne? Então, a partir do momento que a gente começa a trabalhar dessa
forma aí eles vão aprendendo também a trabalhar essa parte, porque eles ainda são tímidos
quanto essa questão de tá apreciando a verdadeira beleza de cada coisa.

Você falou de Ipiranga, Claudia, eu queria que nessa próxima etapa, né? o lugar que a
gente pertence, o lugar que a gente cresce ele diz muito daquilo que a gente se torna como
pessoa e como profissional , né? Esse desenvolvimento profissional. Então, vamos falar
agora dessa cultura ipiranguense pra formação da Claudia pessoa e professora?

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