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CRIMINOLOGIA

Curso preparatório para o concurso de


Investigador da Polícia Civil

Professora Daniela Vespucci


CRIMINOLOGIA
É a ciência fundamentada na observação
e na experiência (empírica) e interdisciplinar
que tem como escopo o entendimento do
crime, da personalidade do agente (criminoso),
da vítima e o controle social das condutas
delitivas e o prognóstico delitivo.

Etimologicamente, criminologia bem do


latim crimino (crime) e do grego logos
(estudo), traduzindo-se no ESTUDO DO
CRIME.
CRIMINOLOGIA
A criminologia é interdisciplinar
porque possui intensa influência de outras
disciplinas, tais como: sociologia, direito,
medicina legal, biologia e psicologia, por
exemplo.

Escopo da Criminologia é diferente do


Direito Penal, embora ambos, estudem o
crime.
CRIMINOLOGIA
O direito penal tipifica uma conduta
como crime, penalizando-a em função de
sua gravidade e tendência criminosa do
agente. Conceitua crime como conduta
típica e antijurídica. A culpabilidade é
pressuposto para a aplicação da pena
(corrente finalista).

Entretanto, para a criminologia, trata-


se de um problema social e psicológico,
englobando quatro enfoques: delito
(crime), criminoso, ofendido (vítima) e o
controle social.
CRIMINOLOGIA
O direito penal tipifica uma conduta
como crime, penalizando-a em função de
sua gravidade e tendência criminosa do
agente. Conceitua crime como conduta
típica e antijurídica. A culpabilidade é
pressuposto para a aplicação da pena
(corrente bipartida - finalista).

Entretanto, para a criminologia, trata-


se de um problema social e psicológico,
englobando quatro enfoques: delito
(crime), criminoso, ofendido (vítima) e o
controle social.
CRIMINOLOGIA
O Crime – nesta vertente, a
criminologia analisa as causas geradoras e
a prevenção (inclusive suas falhas). O
delito é um fenômeno social, comunitário e
problemático (exige do profissional um
estudo sobre as suas causas).

O Criminoso

Escola Clássica - trata-se do ser que


errou, “escolheu o pecado”, embora poderia e
deveria ter escolhido o bem.
CRIMINOLOGIA
Escola Clássica - trata-se do ser que
errou, “escolheu o pecado”, embora poderia e
deveria ter escolhido o bem.

Escola Positivista – trata-se do ser


atávico, inserido em sua doença (poderia
nascer delinquente).

Escola Correcionalista – ser incapaz de


gerenciar seus atos e inferior. Essa escola
entendia que o Estado deveria ter piedade e
dar orientação.
CRIMINOLOGIA
Ofendido (Vítima) – foi tratado como
ineficaz nos últimos dois séculos. Porém, é
oportuno salientar três momentos:

1) idade de ouro - compreende o início da


civilização até o fim da Alta Idade Média.

2) Neutralização do poder do ofendido –


permaneceu até o momento em que o Estado
assumiu o Monopólio da Jurisdição.

3) Revalorização de sua importância -


CRIMINOLOGIA
3) Revalorização de sua importância – ocorreu
em decorrência do pensamento da Escola
Clássica. Porém, o momento mais importante
ocorreu em Israel (1973), com o 1º seminário
de vitimologia.

É de extrema relevância o papel da vítima, haja


vista que o ofendido “pode contribuir” para a
ocorrência do crime, bem como para o seu
agravamento.
CRIMINOLOGIA
A vitimologia estuda o crime, através
declarações prestadas pela própria vítima.

A vitimização pode ser:

Primária – correlaciona-se com o ofendido


atingido diretamente pela conduta criminosa.

Secundária – decorre das relações entre


vítimas primárias e o Estado, em razão da
burocratização de seu aparelho repressivo
(Ministério Público, Polícia etc.).
Terciária
CRIMINOLOGIA
Terciária - ocorre em razão do excesso de
sofrimento, ultrapassando os limites da
legislação, ou seja, quando a vítima é
abandonada pelo Estado e estigmatizada pela
comunidade, incentivando a cifra negra
(delitos que não são levados ao conhecimento
das autoridades).

Controle Social – trata-se de um conjunto de


ações, incluindo sanções, que visam
harmonizar e facilitar o convívio em sociedade.
CRIMINOLOGIA
Controle Social Informal – tem espoco
educacional e preventivo. Exemplos: religião,
família, escola, etc.. Esse controle é menos
rigoroso do que o Formal.

Controle Social Formal – tem conexão


política/criminal. Exemplos: Ministério Público,
Polícia, Forças Armadas, Justiça (processo
criminal), etc..
CRIMINOLOGIA
Método é o modo pelo qual o raciocínio
humano utiliza-se para solucionar um fato. O
estudo da criminologia deve estar enraizada
em alicerces científicos, comprovados por
experiências comparadas e repetidas.

A criminologia vale-se da metodologia


experimental, naturalística e indutiva para
analisar o delinquente, necessitando de
métodos estatísticos, históricos, biológicos,
sociológicos e psicológicos.
CRIMINOLOGIA
Finalidades da criminologia – informar a
sociedade e os poderes constituídos sobre o
delito, o criminoso, a vítima e o controle social.

Saliente-se que a criminologia é


multidisciplinar, haja vista relacionar-se com a
sociologia, biologia, psicologia, entre outras
disciplinas.
CRIMINOLOGIA
Funções da criminologia – adquirir múltiplos
conhecimentos sobre o crime, o delinquente, a
vítima e o controle social.

Esse conjunto de conhecimentos facilita o


entendimento do problema criminal,
objetivando descobrir a melhor forma para
orientar o criminoso e, assim, prevenir e
combater atitudes criminosas.
CRIMINOLOGIA
Classificação da Criminologia

GERAL – trata da comparação e classificação


dos frutos resultantes no que tange a ciência
criminal, ou seja, delito, delinquente, ofendido
e controle social.

CLÍNICA – trata do emprego dos


conhecimentos teóricos da criminologia geral,
para o tratamento dos delinquentes.
CRIMINOLOGIA
Classificação da Criminologia

CIENTÍFICA – trata de conceitos e métodos


acerca da criminalidade, crime, vítima e justiça
penal.

APLICADA – engloba a porção científica e a


prática dos operadores do direito.

ACADÊMICA – desenvolvimento/organização
para fins acadêmicos.
CRIMINOLOGIA
Classificação da Criminologia

ANALÍTICA – observação/análise do
cumprimento da função das ciências criminais
e da política criminal.

CRÍTICA OU RADICAL – trata o criminoso


como vítima da sociedade.

CULTURAL – analisa as relações do homem no


consumismo e utiliza-se da mídia para projetar
suas diretrizes, de modo que possa contribuir
para o fim da criminalidade.
CRIMINOLOGIA
O método que a criminologia se utiliza é o
empírico (indutivo). A Escola Positivista deu
início ao método empírico.

Técnicas de Investigação – trata-se do uso de


procedimentos teórico-metodológicos de
observação por meio da sistematização de
uma técnica/estratégia de investigação.
CRIMINOLOGIA
Técnicas de Investigação Sociológica

Investigação Extensiva – é definida pelo uso


dominante de técnicas quantitativas. Permite o
conhecimento em extensão de fenômenos ou
acontecimentos criminais.

Investigação Intensiva – é caracterizada pela


pesquisa feita através de opiniões,
características de uma determinada
população. Utiliza a abordagem direta das
pessoas.
CRIMINOLOGIA
Técnicas de Investigação Sociológica

Investigação-Ação – caracteriza-se pela


intervenção direta dos cientistas.

Existe uma técnica de investigação criminal


(1994 – Dr. Marco Antonio Desgualdo),
denominada “recognição visuográfica de local
de crime”. Essa técnica oferece uma
reconstrução da cena do crime por meio da
reconstituição de seus fragmentos e vestígios.
CRIMINOLOGIA
Perfilamento Criminal ou Perfil Criminal reflete
a aplicação de diversos conhecimentos
(psicologia, sociologia, antropologia, etc.) à
investigação criminal.

A elaboração de perfis criminais envolve uma


intensa análise criminal, incluindo o
conhecimento do comportamento humano.

A captação de dados e sua inferência podem


fornecer informes específicos sobre
criminosos em potencial.
CRIMINOLOGIA
A autópsia psicológica do autor de um crime, é
feita através de três questões:

1) O que se passou na cena do crime?

2) Por quais razões os fatos se deram?

3) Que tipo de indivíduo está envolvido?

O perfilamento criminal é a construção virtual


de um perfil psicológico, tipológico, social,
físico e geográfico de um indivíduo não
identificado e a sua área de atuação.
CRIMINOLOGIA
Objetivos do perfil criminal:

- apoio à investigação baseada na ciência


humana e criminal auxiliares; identificar
crimes semelhantes que contenham os
mesmos dados característicos;

- fornecer informações para ajudar na solução


das investigações de crimes violentos
aparentemente insolúveis.
CRIMINOLOGIA
A técnica de elaboração de um perfil criminal,
visa responder cinco questões essenciais na
investigação criminal:

1. Quem cometeu o crime?

2. Quando cometeu o crime?

3. Como foi executado o crime?

4. Qual a motivação que está na base deste (s)


comportamento (s)?

5. Onde foi cometido o crime?


CRIMINOLOGIA
O perfilamento criminal pode ser utilizado nos
casos de homicídio (em série ou não),
estupros, sequestros, torturas, roubos,
terrorismo, incêndios, tráfico de pessoas e
outros delitos que deixam vestígios.

Atenção: no fim dos anos 1960, os agentes do


FBI iniciaram os primeiros estudos
sistemáticos com o objetivo de determinar a
personalidade e as características
comportamentais de serial killers.
CRIMINOLOGIA
A partir de então, criou-se a Análise de
Investigação Criminal, composta de quatro
fases:

1. Coleta de dados (com o máximo possível);


2. Classificação e tipificação do crime (de
acordo com os dados colhidos);
3. Reconstituição do crime (levantamento do
local);
4. Elaboração de perfil ( probabilidades físicas,
da personalidade, hábitos etc.).
CRIMINOLOGIA
A técnica profissional de investigação criminal
significa mais uma arte que uma ciência, na
exata medida em que se utiliza muito mais da
lógica dedutiva do que de teorias existentes.

O perfil criminal, somente, não resolve o crime.


É necessário a investigação e as ciências de
apoio (medicina legal, criminalística,
antropologia, psicologia investigativa, etc.).
A técnica do perfil criminal não pode ser
exercida por qualquer pessoa, sob pena de
indivíduos despreparados e mal-intencionados
usurparem essa arte (moral, ético, jurídico ou
social).
CRIMINOLOGIA
Assim, somente os policias mais experientes
na investigação estarão aptos a legitimar tal
técnica investigativa.

Saliente-se que é inexistente a capacitação


técnica e jurídica para policiais envoltos no
patrulhamento ostensivo das ruas elaborarem
perfis de criminosos.
CRIMINOLOGIA
O método indutivo obtém conclusões gerais a
partir de premissas individuais,
caracterizando-se por ser o mais usual,
seguindo quatro etapas básicas:

1. Observação e registro de todos os fatos;


2. Análise jurídica, científica e policial dos
fatos e sua classificação;
3. Derivação indutiva de uma generalização
(padrão) a partir de dos fatos;
4. Contraste/verificação pela investigação de
campo.
CRIMINOLOGIA
O método indutivo mostra que os crimes
cometidos por indivíduos diferentes podem
ser similares; razão pela qual os criminosos
compartilham traços comuns de
personalidade.

Os traços comuns são coletados de crimes


anteriores, de relatórios de investigação
policial, de criminosos identificados e de
outras fontes de informação (testemunhas,
denúncias anônimas).
CRIMINOLOGIA
Vantagens do método indutivo:

- Menor custo, pois se aproveita dados já


conhecidos;
- Mais rápido, haja vista que se utiliza dados
já classificados;
- Não exige conhecimentos específicos e
profundos em diversas áreas das ciências.

- Principal DESVANTAGEM:

Pode apresentar imprecisões que levem,


perigosamente, a uma série de injustiças com
pessoas inocentes.
CRIMINOLOGIA
Método dedutivo - considera que a conclusão
está implícita nas premissas.

Evidências deixadas no local do crime


demonstram a interação do criminoso com a
vítima.

A vitimologia investiga a vítima, e a partir dela


mais se consegue saber sobre o autor do
crime. O estilo de vida da vítima, suas
atividades, com quem, onde e como se
relacionava, podem apresentar importantes
liames com o criminoso.
CRIMINOLOGIA
A maior desvantagem do método dedutivo é
não ser tão rápido.

A análise a partir do perfil dedutivo é


elaborada a partir de quatro fases:

1. Análise forense ambivalente – se existir


mais de uma interpretação da prova
coligida, deve-se avaliar aquela que seja
mais provável.
2. Vitimologia – deve-se aprofundar a
investigação sobre a vítima.
CRIMINOLOGIA
3. Características da cena do crime – forma de
abordagem do ofendido, tipo de ataque, o
método de controle, tipo de localização,
natureza e a sequência de eventuais atos
sexuais, os objetos usados, a ação
verbalizada, cuidados utilizados pelo
criminoso, etc..
4. Características do agressor – tipo físico,
sexo, tipo de trabalho, hábitos, sentimentos de
culpa ou não, tipo de veículo, antecedentes
criminais, habilidade, agressividade,
residência e trabalho em relação ao local do
crime, histórico médico e psicológico, estado
civil e raça.

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