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EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS

SINDICATO..., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com
sede na .........,endereço eletrônico, representado neste ato por seu advogado infra-
assinado , conforme procuração anexa...... , com escritório ......., endereço que indica
para os fins do art. 77 , V , do CPC , com fundamento art. 5º , LXXI da CRFB/88 e na
Lei 13.300/16, vem impetrar

MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO

em face de ato omisso do GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS , que


poderá ser encontrada na sede funcional........ e do Estado de Alagoas.

I-SINTESE DOS FATOS

O impetrante foi procurado por associados que trabalham no período da noite,


inconformados por não receberem adicional noturno do Estado, que se recusa a pagar
beneficio em razão da inexistência de lei estadual que regulamente as normas
constitucionais que asseguram seu pagamento.

O Sindicato resolve então contratar escritório de advocacia para ingressar com o


adequado remédio judicial, a fim de viabilizar o exercício em concreto, por seus
filiados, da supramencionada prerrogativa constitucional, sabendo que há previsão do
valor de 20 por cento, a título de adicional noturno, no art. 73 da Consolidação das Leis
do Trabalho.

II- DO DIREITO

DA LEGITIMIDADE

Ensina os arts. 3 e 12, III da Lei 13.300 de 2016, o seguinte:

“Art. 3o São legitimados para o mandado de


injunção, como impetrantes, as pessoas naturais ou
jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, das
liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2o
e, como impetrado, o Poder, o órgão ou a
autoridade com atribuição para editar a norma
regulamentadora.”

“Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:

III - por organização sindical, entidade de classe ou


associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para
assegurar o exercício de direitos, liberdades e
prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de
seus membros ou associados, na forma de seus
estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial;

Não obstante, verifica-se também o entendimento deste egrégio tribunal, pacificado nas
súmulas 629 e 630 do STF , respectivamente:

“A impetração de mandado de segurança coletivo


por entidade de classe em favor dos associados
independe da autorização destes.”

“A entidade de classe tem legitimação para o


mandado de segurança ainda quando a pretensão
veiculada interesse apenas a uma parte da
respectiva categoria.”

Com isso, considerando que o SINDICATO, é totalmente legítimo para interpor a


presente ação mandamental, com a finalidade de garantir o exercício dos direitos de
seus associados.

DO CABIMENTO

Na forma do art. 5º , LXXI, da CRFB/88 e do art.2º , da Lei 13.300/16 , o Mandado de


Injunção é o remédio constitucional responsável pela defesa em juízo de direito
fundamental previsto na Constituição ainda pendente de regulamentação .

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção


de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre


que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais
e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;

Art. 2o Conceder-se-á mandado de injunção sempre


que a falta total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos
direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania
e à cidadania.

O direito ao benefício de adicional noturno é concedido aos servidores públicos que


exercem atividade laboral noturna e é garantido em razão de previsão constitucional
contida no Art. 7º, inciso IX e no Art. 39, § 3º, ambos da CRFB/88, devendo cada ente
federativo regulamentar o referido beneficio por meio de lei .

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e


rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do
diurno;

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado
por servidores designados pelos respectivos
Poderes. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº
2.135-4)

§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo


público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e
XXX, podendo a lei estabelecer requisitos
diferenciados de admissão quando a natureza do
cargo o exigir. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998

O remédio ora em análise foi impetrado em face do ato omisso do Governador do


Estado, tendo em vista que a matéria relativa a greve é de sua iniciativa privativa , na
forma do art. 61 , § 1º , II , c , da CRFB/88 .

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e


ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição .

§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da


República as leis que:

II - disponham sobre:

c) servidores públicos da União e Territórios, seu


regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade
e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 18, de 1998)

DA COMPETÊNCIA

Ademais, compete ao Tribunal de Justiça processar e julgar originariamente o Mandado


de Injunção , quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do
Governador do Estado , observando-se o Princípio da Simetria entre os entes
federativos, na forma do art. 125, §1º, da CRFB/88.

Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça,


observados os princípios estabelecidos nesta
Constituição.
§ 1º A competência dos tribunais será definida na
Constituição do Estado, sendo a lei de organização
judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

DA OMISSÃO CONSTITUCIONAL

Até 2007 o STF adotava a posição não concretista geral e de acordo com esse
entendimento , em nome da separação entre os poderes ( art 2º , da CRFB/88) , o Poder
Judiciário não poderá suprir a omissão da norma faltante , tampouco fixar prazo para o
legislador elaborar a lei , restando a sentença produzindo feito apenas para declarar a
mora legislativa .

Desde 2007 , entretanto , o Tribunal vem mudando de entendimento e tem adotado


posições concretistas , aplicando por analogia leis já existentes para suprir a omissão
normativa , ora atribuindo efeitos subjetivos erga omnes , ora inter partes .

Apesar de todo avanço jurisprudencial, a Lei 13.300/16, no art. 8º, adotou uma posição
mais conservadora ( concretista intermediaria) sobre a decisão do Mandado de Injunção.
Senão vejamos:

Art. 8o Reconhecido o estado de mora legislativa,


será deferida a injunção para:

II - estabelecer as condições em que se dará o


exercício dos direitos, das liberdades ou das
prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as
condições em que poderá o interessado promover
ação própria visando a exercê-los, caso não seja
suprida a mora legislativa no prazo determinado.

Parágrafo único. Será dispensada a determinação a


que se refere o inciso I do caput quando
comprovado que o impetrado deixou de atender, em
mandado de injunção anterior, ao prazo
estabelecido para a edição da norma

Outrossim, vejamos o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto:

“EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO.


GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5º,
INCISO LXXI). DIREITO DE GREVE DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS (CF, ART. 37,
INCISO VII). EVOLUÇÃO DO TEMA NA
JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL (STF). DEFINIÇÃO DOS
PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA
CONSTITUCIONAL PARA APRECIAÇÃO NO
ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E DA JUSTIÇA
ESTADUAL ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA PERTINENTE, NOS TERMOS DO
ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVÂNCIA AOS
DITAMES DA SEGURANÇA JURÍDICA E À
EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL NA
INTERPRETAÇÃO DA OMISSÃO LEGISLATIVA
SOBRE O DIREITO DE GREVE DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS, FIXAÇÃO DO
PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O
CONGRESSO NACIONAL LEGISLE SOBRE A
MATÉRIA. MANDADO DE INJUNÇÃO
DEFERIDO PARA DETERMINAR A APLICAÇÃO
DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS
DE EVOLUÇÃO DA GARANTIA
FUNDAMENTAL DO MANDADO DE INJUNÇÃO
NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL (STF). 1.1. No julgamento
do MI no 107/DF, Rel. Min. Moreira Alves, DJ
21.9.1990, o Plenário do STF consolidou
entendimento que conferiu ao mandado de injunção
os seguintes elementos operacionais: i) os direitos
constitucionalmente garantidos por meio de mandado
de injunção apresentam-se como direitos à expedição
de um ato normativo, os quais, via de regra, não
poderiam ser diretamente satisfeitos por meio de
provimento jurisdicional do STF; ii) a decisão judicial
que declara a existência de uma omissão
inconstitucional constata, igualmente, a mora do
órgão ou poder legiferante, insta-o a editar a norma
requerida; iii) a omissão inconstitucional tanto pode
referir-se a uma omissão total do legislador quanto a
uma omissão parcial; iv) a decisão proferida em sede
do controle abstrato de normas acerca da existência,
ou não, de omissão é dotada de eficácia erga omnes, e
não apresenta diferença significativa em relação a atos
decisórios proferidos no contexto de mandado de
injunção; iv) o STF possui competência constitucional
para, na ação de mandado de injunção, determinar a
suspensão de processos administrativos ou judiciais,
com o intuito de assegurar ao interessado a
possibilidade de ser contemplado por norma mais
benéfica, ou que lhe assegure o direito constitucional
invocado; v) por fim, esse plexo de poderes
institucionais legitima que o STF determine a edição
de outras medidas que garantam a posição do
impetrante até a oportuna expedição de normas pelo
legislador. 1.2. Apesar dos avanços proporcionados
por essa construção jurisprudencial inicial, o STF
flexibilizou a interpretação constitucional
primeiramente fixada para conferir uma compreensão
mais abrangente à garantia fundamental do mandado
de injunção. A partir de uma série de precedentes, o
Tribunal passou a admitir soluções "normativas" para
a decisão judicial como alternativa legítima de tornar
a proteção judicial efetiva (CF, art. 5o, XXXV). (MI
708, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal
Pleno, julgado em 25/10/2007, DJe-206 DIVULG 30-
10-2008 PUBLIC 31-10-2008 EMENT VOL-02339-
02 PP-00207 RTJ VOL-00207-02 PP-00471).”

Portanto, extrai-se dos dispositivos constitucionais e infraconstitucionais, bem como


jurisprudência do STF, que na falta de norma que regulamente determinado direito
essencial para o exercício das liberdades constitucionais, que por omissão do legislador
pátrio, ora autoridade coatora, em legislar sobre essa matéria e garantir esse direito
fundamental aos servidores públicos, por isso é cabível o Mandado de Injunção.
III- DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, requer-se:

a) a notificação da autoridade omissa, o Governador do Estado, no endereço


fornecido na inicial, para que, querendo , preste as informações que entender
pertinentes do caso;
b) a ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica;
c) a intimação do Representante do Ministério Publico;
d) a condenação do Impetrado em custas processuais;
e) que o pedido seja ao final procedente para que o Tribunal estabeleça o prazo
razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
f) juntada de documentos.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00(mil reais ) para efeitos procedimentais

Termos em que,

Pede deferimento

Local... e data .....

Advogado...

OAB

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