VISÃO NEUROPSICOPEDAGOGICA
Orientadora:
PROFª MARIA LETIZIA MARCHESE
Curitiba 2008
EPÍGRAFE
no ser humano, desde quando ele recebe os pontos luminosos até a maneira em que a
o mundo que o rodeia. Esta abordagem teve seqüência sendo relacionada com a
aprendizagem .
1. INTRODUÇÃO, TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
percepção visual geralmente são causadas por áreas com hipofuncionamento no lado
maior apoio no Nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, quando a demanda por
auxílio à medida que envelhecem e começam a usar diferentes áreas de recursos para
espetacular.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
na aprendizagem
Objetivos Específicos
de alfabetização
PERCEPÇÃO E SENSAÇÃO
mundo real. “As percepções não são cópias diretas e precisas do mundo à nossa volta.
A sensação é uma abstração, não é uma réplica do mundo real. O cérebro não registra
cérebro constrói uma representação interna dos eventos físicos externos depois de
e sua cor, tudo isso antes de compor uma imagem de acordo com as regras do próprio
indivíduo único e exclusivo ao perceber uma mesma imagem. Ainda que dois seres
humanos dividam a mesma arquitetura biológica e genética, talvez aquilo que um deles
percebe como uma cor ou cheiro, não seja exatamente igual à cor ou cheiro que o outro
juízos.
A percepção do ser humano está acrescida de estímulos, elementos da
mais que apenas estímulos locais e temporais captados pelos órgãos dos sentidos.
A percepção que uma pessoa tem do mundo exterior de seu olho não depende
apenas do órgão de visão, mas também de suas emoções, seu motivos, experiências,
compreender o mundo prestando atenção, olhando as coisas ao seu redor e com isso
se acomodam em perceber as coisas como devem ser, (registros na memória) fator que
caso de quando ele completa os pedaços de uma figura que não está presente, pois já
mental daquele que recebe. A maioria das funções requer a ação integrada de
focalizando apenas uma região do cérebro sem considerar as relações dessa região
com outras.
1987) ou um “neuroeducador” (Cruickshank, 1981) deve estar ciente que tem uma
grande responsabilidade frente aos alunos, uma vez que da mesma maneira que a
estratégias etc.
APRENDIZAGEM
Para Drouet (2001) a criança está pronta para aprender quando ela apresenta
informação – que é captado pelos órgãos dos sentidos habilitados a transformar esse
lobo parietal. Estas áreas onde estão projetados estímulos denominam-se zonas de
SENSAÇÃO
vagas do tipo: ver luzinhas ou estrelinhas (no lobo occipital); ouvir zumbidos (lobo
chuva...”
primeiro ruídos podem provocar a impressão de que algum barulho plana pelo
Com tais fatos pode-se também explicar uma grande fonte de sonhos,
adormecido.
Das áreas secundárias ou de associação passa-se às terciárias ou de
rosto de um amigo, cuja voz particular me vem a tona junto com sua maneira
sensoriais.
de estímulos externos sobre os órgãos dos sentidos. Nas sensações externas são
que se encontra no mundo exterior. Para tal o ser humano se vale dos sentidos tendo
sensações táteis, auditivas, gustativas, visuais que reagem aos estímulos que agem
estímulo.
dos órgãos internos, sendo denominada sensibilidade geral. São discretos receptores
suas partes. A medida que o ser está contido no mundo há relação de significação, pois
formando conceitos.
Por exemplo: imaginar alguém que nunca viu nem ouviu falar de jogo de
futebol, isto é, que não tem pontos de ancoragem para as informações que chegam
compreenderá nada ou aos poucos, com base em informações que possua de outros
que se passa.
enegrecido, somente será percebido como uma maçã podre se a pessoa souber,
antecipadamente, o que é uma maçã, e, dentro deste conhecimento, souber ainda que
perceber as coisas como devem ser, (registros na memória) fator que em alguns
quando ele completa os pedaços de uma figura que não está presente, pois já existem
registros na memória. Uma boa visão é imprescindível para uma boa discriminação
visual. Mas esta última depende de outros fatores além da boa visão.
CONCEITOS BÁSICOS PARA AQUISIÇÃO DE LEITURA E ESCRITA
esquerda e direita.
Os conceitos “em cima e embaixo” são de fácil aquisição, pois, podem ser
vivenciados no, e pelo próprio corpo. A criança, facilmente percebe que sua cabeça fica
em cima de seu tronco e seus pés abaixo. Usando o corpo como ponto de referência,
nota que o céu está acima de sua cabeça e a terra embaixo de seus pés.
em que sua aquisição permite a distinção adequada de letras, “u” e “n”, a distinção
entre elas é a posição da abertura. No grafema “u” observa-se que a abertura é para
Portanto, a não aquisição dos conceitos “em cima e embaixo” pode ocasionar
Exemplo:
No que se refere aos conceitos “esquerdo e direito”, pode-se afirmar que sua
aquisição é bem mais difícil e complicada de ser adquirida. Isto ocorre porque ao se
tomar o corpo como ponto de referência, nota-se que estes conceitos são simétricos e
relativos.
Simétricos, pois o lado esquerdo do corpo é idêntico ao lado direito. Relativos,
porque depende da posição que o sujeito ocupa. Se eu me coloco de frente para uma
Esta simetria e relatividade fazem com que estes conceitos sejam os que são
externos do corpo.
conceitos podem ocasionar trocas entre letras que apenas diferem quanto a orientação
Ao se realizar uma análise da estrutura gráfica destas letras, pode-se dizer que
elas são constituídas por um “tracinho” e por um “semi-círculo”. Estes dois elementos
Exemplo:
entre letras que diferem por pequenos detalhes (por exemplo, “o” e “e”; “f” e “t”; “c” e “e”;
“h” e “b”; “a” e “o”), ou entre palavras que possuem configurações gerais semelhantes.
Como por exemplo do primeiro caso, a criança pode ler: “O bomem toi ao cinoma”, em
vez de “O home foi ao cinema”. Nas trocas entre palavras com configurações gerais
semelhantes, a criança pode ler “preto” em vez de “prado”, já que ambas as palavras
passando despercebidos.
etc., pois não conseguem ver no que essas letras são diferentes.
dificuldades em dirigir sua atenção para uma palavra ou um grupo de palavras dentro
com exatidão as letras e as palavras impressas numa folha, pois a sua atenção
forme uma imagem visual das palavras, na escrita, permite a utilização correta da
grafia.
entender o que vêem. O problema não é de visão, mas do modo como seus cérebros
recordar imagens visuais. Como resultado, elas têm problemas para entender todo o
espectro de símbolos escritos e pictórios – não apenas letras e palavras , mas também
reconhecer um sinal do McDonald’s e dizer que está faminto, discriminar entre imagens
visual; as pessoas com problemas de seqüência visual podem não ver diferença entre
as palavras via e vai e ter problemas para copiar até mesmo uma série curta de letras
a “relaxamento”.
têm dificuldades com a memória visual e a visualização. Eles são aprendizes de leitura
durante o tempo que levam entre olhar para o quadro negro e novamente para as suas
simplesmente não conseguem recordar qual seria a forma correta, quando buscam
erros. As crianças que não possuem a capacidade para visualizar consideram difícil
problemas para raciocinar além da informação bem à sua frente. Uma criança pode
insistir, por exemplo, em que uma moeda de 50 centavos vale menos que duas de 25,
com as relações espaciais. É difícil para eles lidarem com conceitos de tamanho, forma
eles tendem a ter problemas particulares com níveis superiores de matemática, como a
os estudantes com esse tipo de deficiência estão sempre “na sua cara”, falando a uma
porque sua incapacidade para estimar a velocidade e a distância com precisão torna-as
aluno e perceber suas dificuldades, pois assim estarão mais instrumentalizados para
principalmente os homens.
sua conexão com o cérebro ainda são campos nebulosos da oftalmologia. Por isso,
Embora se possa contar com os olhos para trazer a maior parte das
Pode-se ver apenas objetos que emitam ou sejam iluminados por ondas de luz
eletromagnético.
de enxergar cores.
nunca se saberá ao certo se duas pessoas enxergam uma cor exatamente da mesma
maneira. Às vezes, a percepção de uma cor pode ser afetada pelo efeito de contraste.
Os movimentos de cada
a contração e o relaxamento
um campo de visão.
http://www.sac.org.br/APR_FOH.htm
em cada caso haja "motores primários" que cumprem um papel mais importante.
córnea sendo refratados, depois estes incidem sobre a lente que tem por objetivos
que convertem a intensidade e a cor da luz recebida em impulsos nervosos, estes são
informações de acordo com um padrão somatotópico estrito, uma lesão pode resultar
quadrantes.
sistemas complexos.
por Marx W ertheimer, W olfgang Kohler e Kurt Koffka; gestaltismo vem a ser
soma de elementos por isolar, analisar e dissecar, mas como conjuntos que
constituem unidades autônomas, manifestando uma solidariedade interna e
possuindo leis próprias, donde resulta que o modo de ser de dado elemento
(Davidoff, p.223).
Lei da Similaridade.
grupos semelhantes mais facilmente- lha = palha, olha, velha; nho = ninho,
continuar como uma linha reta ou quando uma parte do círculo permite que se
global e difusa.
Numa segunda etapa do desenvolvimento da percepção ocorre um
apto a resolver uma situação através de uma visão estruturada. Essa “visão
compreensão da situação.
absolutamente óbvios nem para os que percebem, nem mesmo para os estudiosos da
percepção. Como é que vemos a forma? Como percebemos o movimento dos objetos
e movimento usando estratégias das quais nenhum computador existente sequer come-
são conduzidas não por uma só via hierárquica ou fluxo de processamento, mas por
no cérebro.
cérebro constrói um mundo percebido a partir das informações sensoriais, e como este
é trazido á consciência?
olho focaliza uma imagem invertida na retina. Esta analogia se inviabiliza rapidamente.
Entretanto, porque deixa de considerar o que a visão realmente faz, que é criar uma
sistema visual - o fato de ser capaz de reconhecer um objeto como o mesmo apesar de
próprio objeto. Quando uma pessoa caminha, percebe-se quando se aproxima; mas
não a percebe como ficando maior, apesar de a imagem na retina realmente aumentar.
penumbra, a intensidade da luz que atinge a retina pode variar por até mil vezes. No
entanto, na luz diminuída de um aposento, tal como na iluminação brilhante do sol, vê-
se uma camisa branca como branca e uma gravata vermelha como vermelha. Nossa
capacidade de perceber o tamanho ou a cor de um objeto como sendo constantes
ilustra claramente o que é tão notável acerca do sistema visual. Ele não registra
tridimensional estável.
influenciadas pelos filósofos empiricistas britânicos dos sécs. XVII e XVIII, sobretudo
John Locke e George Berkeley, que pensavam na percepção como uma montagem de
mais que apenas a entrada de informações sensoriais, foi primeiro articulado no início
do séc. XX pelos psicólogos alemães Max Wertheimer, Kurt Koffka, e Wolfgang Kohler,
organizados pelo nosso cérebro, de modo a criar uma forma que é mais do que a soma
de suas partes.
Os psicólogos da Gestalt gostavam de comparar a percepção da forma visual
seqüência de notas específicas, mas suas inter-relações. Uma melodia tocada em tons
diferentes ainda será reconhecida como a mesma melodia, porque as relações entre as
faz isso assumindo certas suposições sobre o que será visto no mundo, suposições que
visão.
Assim, o simples desenho bidimensional da Fig. 1 nos parece um cubo
O sistema visual organiza essas tarefas perceptivas seguindo certas leis inatas
campo visual. Os psicólogos da Gestalt ilustram essas leis da percepção com vários
padrão em vez de um outro pode ser acentuada de acordo com as leis da similaridade
e da proximidade. Assim, quando alguns dos pontos em uma direção têm uma
aparência similar há uma tendência a ver o padrão todo naquela direção (Fig. 21.2B).
de indícios adicionais. Em B. as
Do mesmo modo, se alguns dos pontos numa direção forem trazidos mais
para perto uns dos outros (proximidade), o cérebro fica mais disposto a ver um padrão
A imagem pode ser vista como dois perfis escuros contra um fundo branco ou
como um vaso branco contra um fundo escuro, mas é quase impossível ver ambas as
fundo.
O olho humano e a mente não podem se ocupar com duas coisas no mesmo
momento, de modo que tem que haver um salto rápido e contínuo de um lado para o
outro."
A dicotomia figura-fundo ilustra assim um princípio da percepção visual:
submergido no fundo.
A parte de uma imagem que é o foco central da atenção é constituída por seus
limites e bordos. Como resultado, reconhecemos objetos ou uma cena com clareza
mesmo quando nos são apresentados como simples desenhos lineares sem
cérebro, ilustram como o cérebro aplica certas suposições acerca do mundo visual às
Como é característico de muitas ilusões, saber que as linhas são iguais não
impede os enganos da ilusão. Vê-se continuamente a linha com as farpas dirigidas para
dentro como menor que a linha com as farpas dirigidas para fora. A percepção como
desiguais por causa da lógica inata do cérebro, é porque a experiência nos ensina a
famosa ilusão do triângulo (Fig. 8). Os contornos dos triângulos branco e preto
emergem de contornos ilusórios supridos pelo cérebro - contornos que na realidade não
existem na página!
Triângulo de Kaniza
objetos uns com os outros também nos ajuda a interpretar uma imagem. Isto é,
torno. Por exemplo, não se avalia os tamanhos de duas pessoas a distâncias diferentes
comparando uma com a outra, mas comparando cada pessoa com objetos
Fig. 21.8 Para avaliar o tamanho, compara-se automaticamente os objetos no campo visual. Na
fotografia à esquerda, a mulher à frente está a 3 m da máquina fotográfica e a segunda está a 9 m
de distância. Ambas parecem ter o mesmo tamanho. A fotografia à direita foi feita com apenas a
mulher em primeiro plano; a fotografia da segunda mulher foi colada na foto. Na fotografia adulterada,
a segunda mulher parece pequena, não distante, porque o corredor e os ladrilhos à sua volta não são
proporcionais, como na foto à esquerda. Para convencer de que é do mesmo tamanho que na foto à
esquerda, será provavelmente necessário medi-Ia. (De Brown e Hermstein, 1975.)
Como visto, algumas estratégias usadas pelo sistema visual parecem refletir
cima parecem ter uma forma convexa como o exterior de uma tigela, enquanto as
sombras numa esfera iluminada de baixo parecem ter uma forma côncava como o
a imagem visual inteira é iluminada por apenas uma fonte de luz. Faz-se essa inferência
provavelmente porque se evolui num ambiente com uma fonte de luz, o sol, e o cérebro
supõe que a fonte de luz esteja sempre acima em vez de abaixo. Esta noção é
dessas manifestações.
três partes (dentritos, axônio e corpo celular), o neurônio é responsável pelo sistema de
informação e comunicação dos seres vivos. Para alcançar tais objetivos, apresenta uma
o processo de aprendizagem. Quando o corpo celular (onde fica o núcleo) envia uma
mensagem, cabe ao axônio conduzi-la até um dentrito de outro neurônio para fazer a
Torna-se maduro quando o fica envolvido por uma fina camada branca,
fato fornece embasamento para a compreensão das teorias que descrevem as fases
amadurecimento afetivo-sexual.
ter comprimento muito variável; alguns se estendem por mais de 1 m pelo corpo. No
sistema nervoso central, os axônios, em sua maior parte, são muito delgados (com
diâmetros entre 0,2 e 11m) quando comparados ao diâmetro do corpo celular (11m ou
mais). O cone axônico é o local onde é gerado o potencial de ação, que é o sinal
celular.
de sinapse. Nas ramificações só os axônios podem formar sinapses com até 1.000
células pré-sinápticas.
Fonte: www.eps.ufsc.br
dislexia, disgrafia e discalculia (Myklebust, 1971; Rebollo & Cardús, 1972; Rotta, 1975;
Lefevre, 1975; Guardiolla e colaboradores, 1989; lIIingworlh, 1989; Frank & Lazar,
Rebollo, 1988) .
por uma modificação funcional ou conduta que permite: uma melhor adaptação do
individuo a seu meio, sendo resposta a uma ação ou a uma modificação ambienta!.
(Rebollo, 1988).
salientar que, para que exista o ato de aprender, é necessário que o indivíduo tenha
condições para tal. O ato complexo de aprender pode ser resumido rapidamente a partir
das aferências sensitivas que chegam ao córtex cerebral, que se mantém no estado de
alerta a partir da ação que exerce sobre ele a substância reticular ativadora
(Rotta, 1988).
deles recebe. O que a boca disse na leitura em voz alta não é o que olho vê, senão o
que o cérebro produz para que a boca diga (Goodman & Goodman, 1977).
A figura abaixo ilustra o processo do aprendizado que abrange as funções
função cognitiva e não uma mera cópia de atitudes sem significado (Rotta, 1988).
Lefevre, 1975; Rebollo e colaboradores, 1980; Ownem, 1982; Guardio/a, 1990, 1994).
funcionais desde o momento da concepção até a idade adulta; sua expressão clinica
2.3.2.2 - LATERALIDADE
(1975) sustentam que a lateralidade mal estabelecida teria relação com problemas de
Lefevre (1975) e Cypel (1983) não encontraram relação entre lateralidade mal
criança tem sido valorizada por muitos pesquisadores que relacionam perturbações de
linguagem com distúrbios de lateralidade, da organização espacial, de estruturação
(Gesell & Amatruda, 1946; Ingram, 1959; Myklebust, 1971; Boder, 1973).
normais, aos 3 anos, haviam superado a etapa de palavra frase e as dislalias por troca,
Rotta (1975) salienta que uma criança em idade escolar não deve apresentar
saúde comum entre as crianças. Essas crianças são hiperativas - não conseguem ficar
escola e em casa.
Rotta (1975) salienta que uma criança em idade escolar não deve apresentar
e colaboradores, 1967; Lefévre, 1972; Rebollo & Cardús, 1973; Rotta, 1975; Guardiola,
1990).
postura.
Rotta (1975) encontrou maior prejuízo nas provas de equilíbrio estático das
provas para 4,5, 6 e 7 anos, padronizando cada etapa evolutiva e constatando que o
na ponta do outro.
satisfatoriamente as provas para equilíbrio dinâmico. Na série atual, 12,6% das crianças
não obtiveram os resultados esperados, taxa inferior ao relatado na maior parte dos
trabalhos referidos. Por outro lado, é superior à encontrada por Guardiolla em 1990.
de amostras diferentes.
práxias e gnósicas (Lefevre, 1972; Rotta, 1975; Cype/, 1983; Guardiolla, 1990).
Townem & Prechtl (1970), Rebollo & Cardús (1973) e Townem (1982) também
Lefevre (1972), através do ENE, estabeleceu provas para avaliar esta função.
esperado.
requisito para o bom desempenho escolar (Critchley, 1970; Myklebust, 1971; Lefevre,
(Lefevre,1972).
motora. Por estes critérios, 10,1% das crianças tinham ENED, taxa similar à descrita
neuropsicológica da criança.
O subteste número da escala verbal do WISC1 estuda a atenção e a memória
imediata.
amostra populacional.
criança, ou seja, que usa seu grau de conhecimentos para mostrar o quão desenvolvida é sua cognição.
2.4 ALFABETIZAÇÃO
grau tem despertado a atenção dos especialistas que atendem a crianças nesta faixa
etária. A relação direta que se estabelece entre o sucesso social e a capacidade para
Existe a necessidade de fazer uma importante reflexão para entender por que
nossas crianças não aprendem. Além dos inúmeros fatores que interferem, muitas
este tema, (Rebollo, 1971; Rebollo & Cardús, 1972, 1973; Lefevre, 1972, 1975, 1989;
Esta pesquisa mostrou que 5,6% das crianças não atingiram o processo de
alfabetização, sendo estas mais velhas do que as crianças que tiveram sucesso escolar
alfabetização que estas crianças apresentavam, fato observado por Guardiolla (1994)
em relação ao DHDA.
ao grupo controle.
crianças que tinham tido comprometimento cerebral grave e persistente tinham distúrbio
identificação.
Neste aspecto, é preciso que o casal tenha com seu filho uma relação segura
na descoberta do meio, que deve ter uma atitude adequada dos pais favorecendo o
da função simbólica, é importante que a criança esteja cedo em contato com uma
linguagem rica tanto no vocabulário, na sintaxe, quanto no afeto. Desta forma, a criança
com a mãe, mas continua a influência do pai cuja ternura constituirá o alicerce de sua
Menut ( apud Ajuriaguerra, 1973) observou que 66% das crianças com
pai e o diagnóstico de DHDA quando ele é feito pelos critérios do DSM-III-R, que só
avalia comportamento, mostrando que o pai não biológico, que não mora em casa e
com baixa escolaridade, constitui em fator de risco para DHOA. O mesmo foi
por um conhecimento mais estruturado e, teoricamente, por maior renda. Pais mais
instruídos têm maior capacidade de oferecer a seus filhos melhores condições de vida
reflete as condições experimentadas pela criança durante a infância (Guidi & Duarte,
Guardiolla (1994) salienta que a escolaridade dos pais e o índice altura para
preventivas da síndrome.
Segundo Caos (1994) que aparece no meio científico como uma das grandes
proposto para esta monografia ou seja, um campo de estudo que se caracteriza pela
neurológicos.
fator causador do problema e seus sintomas. O tipo de causa não pode limitar a
sujeito ou, como descreve Obrzut & Hynd (1983), dois grandes estudiosos nas áreas de
PSICOPEDAGÓGICAS
Os problemas de aprendizagem que podem ocorrer tanto no início como
durante o período escolar surgem em situações diferentes para cada aluno, o que
descobrir o que está representando dificuldade ou empecilho para que o aluno aprenda.
professor deve ter em mente uma noção bastante clara do que é normal, problemático
bem ela precisa de um ambiente afetivamente equilibrado, onde ela receba amor
infantil. Quando isso não acontece, inicia-se uma luta entre o ambiente em que a
criança vive e as exigências que ela apresenta, o que fatalmente levará a uma situação
patológicos.
(fator genético) ou no ambiente (fator social). Para caracterizá-lo Mielnik afirma que
idade;
constituição física;
esses fatores, é necessário, ainda, que ele faça uma análise a respeito da permanência
das características apresentadas. A criança pode estar vivendo uma fase difícil, que
adaptar a elas.
ansiedade e medo, o resultado pode se manifestar numa parada ou até num retrocesso
pela criança normal com um desvio do quadro normal mas com expectativa de
infantis, pela duração que eles têm na vida escolar e pela participação do lar e da
escola nos processos problemáticos, fica difícil para o professor diferenciar um distúrbio
apresenta.
aparecem em sua sala de aula, principalmente nas escolas mais carentes, e investigar
Seja porque ficam presas a mecanismos que tentam reproduzir sem êxito, seja porque,
apesar de saberem até mais do que aquilo que o professor está ensinando, faltam-Ihes
preciso uma avaliação muito mais abrangente e minuciosa. O professor não pode se
esquecer de que o aluno é um ser social com cultura, linguagem e valores específicos
aos quais ele deve estar sempre atento, inclusive para evitar que seus próprios valores
vários aspectos.
personalidade da criança.
do próprio ensino.
Aceitá-Io como é
Ser paciente.
Dar-lhe segurança, deixando-o perceber por palavras e ações que pode estar
confiante.
conhecimento.
Lembrar-se de que ele tem mais semelhanças que diferenças com seus
lenta: a criança no pátio, na sala de aula, enquanto trabalha, brinca, quando está em
grupos ou sozinha. Em todas as situações ela revela suas necessidades, seus desejos
excesso de mimos e dependência, mas sim segurança e firmeza, a criança deve sentir-
se amada, porém com a exigência sóbria daquele que sabe o que ela realmente pode
“cérebro direito”. Eles podem ter problemas, por exemplo, para distinguir
orais.
precisão. Elas podem, além disso, ter um fraco senso de direção e problemas
persistem até a idade adulta. Essas crianças não parecem ter consciência à
desligadas.
2.5.2.1 COMO AUXILIAR UMA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA DA
PERCEPÇÃO VISUAL
maior parte desses alunos aprende a ler melhor com os ouvidos – eles
apoio.
Com o computador o aluno tem as letras apontadas na direção certa,
e ainda quando o aluno comete erros não precisa copiar a tarefa inteira, o
que estimula o aluno, pois pessoas com esse déficit normalmente não gostam
de escrever.
sendo um problema).
3. CONCLUSÃO
DICIONÁRIO
NEUROPSICOLOGIA
composição e definição
neuro - cérebro
logia – ciência
atrás de íris, a parte colorida do olho. Funciona como uma lente, cujo formato pode ser
acomodação.
Semi-rígida, ela dá ao globo ocular seu formato e protege as camadas internas mais
delicadas.
FÓVEA: Porção de cada um dos olhos que permite perceber detalhes dos
A fóvea é parecida com uma cratera, cujo o centro é preenchido com células
ÍRIS: É um fino tecido muscular que tem, no centro, uma abertura circular
ajustável chamada de pupila. A pupila apresenta-se preta porque a maior parte da luz
que entra no olho é absorvida e não refletida para fora. Já a cor da íris é determinada
do campo visual.
cansada.
PONTO CEGO: Local em que o nervo óptico, ligado ao cérebro, se junta com
a retina. Os vasos sanguíneos que irrigam a retina também deixam o olho a partir dali.
O ponto cego tem esse nome pelo fato de não haver células fotossensíveis
nessa área.
e estreita-se quando a iluminação é maior. Esses ajustes que a pupila faz, permite com
que o ser humano enxergue bem à noite e evitam danos à retina quando a luz é mais
forte.
conectada ao cérebro via nervo óptico. Sua função é receber ondas de luz e convertê-
las em impulsos nervosos, que são transformados em percepções visuais. Para realizar
esse trabalho, ela conta com dois tipos de receptores visuais, os CONES e os
BASTONETES.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Simões, Maria Lustosa; revisão técnica Antonio GomesPenna.- São Paulo: McGraw-HiII
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Simões, Maria Lustosa; revisão técnica Antonio GomesP.er1na.- São Paulo: McGraw-
LURIA, A. R. Curso de psicologia geral. voI. I, 11, III e IV. RJ: Civilização
Brasileira, 1979.
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Ricardo.- Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Ed. Da Universidade
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www.tragoteixeira.com.br
www.otica.kit.net
www.ilusaodeotica.com
www.sac.org.br/APR_FOH.htm
ANEXOS
PENSANDO, REFLETINDO E CONSTRUINDO
"Eu já quis ser médica, bailarina, jornalista e muitas outras coisas. Não fui
nada disso. Fui pesquisadora, tradutora, assessora e outros "oras". Foi com muito
espanto que um dia descobri o "ora" que eu gosto: o de escritora. Por que espanto?
Porque quando eu era pequena, achava que escrever era uma chateação: só podia
escrever sobre o assunto que a professora queria e ela nem se importava se a história
era boa ou não, só em lascar um enorme X vermelho nos meus erros de português. Por
que eu mudei de idéia? Acho que foi por causa das minhas filhas, a Joana e a Diana:
nasceram e cresceram ouvindo as histórias que eu contava toda noite. Não história
Mandão, etc. Até que um dia eu resolvi inventar uma história pra elas. E gostei. Olhei
pros lados e não vi nenhuma professora com uma caneta vermelha na mão. E fui em
frente. Antes aos 36 anos do que nunca, não é? E você? Não deixe que façam um X
Que tipo de intervenção você vem promovendo em sua Escola e/ou em sua
sala de aula para que, efetivamente, os alunos se tornem usuários da língua materna,
escrever?
A ESCOLA DE ANIMAIS
Era uma vez, um grupo de animais que decidiu fazer algo heróico para
enfrentar os problemas de "um novo mundo". Assim, eles organizaram uma escola.
voar. Para tornar mais fácil a administração do currículo, todos os animais estudavam
todas as matérias.
O pato era excelente em natação, na verdade melhor que seu instrutor; porém,
ele tinha notas apenas razoáveis em vôo e era muito ruim em corridas. Já que era ruim
nas corridas, precisava ficar depois das aulas e também deixar de nadar para praticar
corridas. Isso foi mantido até que seus pés palma dos estavam seriamente feridos, e ele
apresentava uma natação apenas mediana. Porém, a média era algo aceito na escola,
aula de vôo, na qual seu professor fazia-o começar do chão, ao invés de no alto de uma
árvore. Ele também desenvolveu cãibras por esforço excessivo e, então, obteve nota C
em escalada e D em corrida.
A águia era uma aluna-problema e foi severamente disciplinada. Na aula de
escalada, ela batia todos os outros até o topo de uma árvore, mas insistia em usar seus
próprios métodos para chegar lá. Ao final do ano, uma enguia anormal, que podia
nadar extremamente bem e também correr, escalar e voar um pouco teve a maior