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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

Físico-Química Experimental II:

Relatório de Aula Prática de Condutometria

Andréia Fonseca

Luciana A. Gobo

Rafaela M. Gai

Santa Maria, outubro de 2010


1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Eletrólito é toda a substância que se dissocia ou ioniza originando íons


positivos (cátions) e íons negativos (ânions) pela adição de um solvente ou
aquecimento. Desta forma torna-se um condutor de eletricidade.
Ácidos fracos são eletrólitos fracos, pois não se dissociam totalmente em
íons quando em solução, ou seja, o ácido fraco representado pela fórmula geral HA,
quando dissolvido numa solução aquosa, permanece em quantidade significativa na
forma de HA não dissociado. Ácidos orgânicos compõem um grande subgrupo de
ácidos fracos, como o ácido acético, encontrado no vinagre, e o ácido cítrico,
encontrados nas frutas cítricas. Ácidos fracos de origem mineral incluem o ácido
bórico, usado como anti-séptico, e o ácido fosfórico, presente em bebidas
refrigerantes. Outros exemplos são o HCN e o acido carbônico (H 2CO3)
Medidas de condutância elétrica permitem diferenciar eletrólitos fracos e
fortes. Eletrólitos fortes seguem a lei de Kohlrausch enquanto que eletrólitos fracos
seguem a lei de diluição de Ostwald.
Examinando a dependência da condutividade com a concentração é
possível determinar a condutividade de eletrólitos a uma diluição infinita e, desta
forma, calcular o grau de dissociação e a constante de dissociação de eletrólitos
fracos.
A condutância (L) de um condutor é definida como sendo o inverso de sua
resistência, de acordo com a seguinte equação:

L = R-1 = k x (a/d)

 k = condutividade ou condutância específica


 d = comprimento do condutor
 a = área do condutor
 (a/d) = constante da célula

Então, de posse da constante da célula pode-se calcular a condutividade de


diversas soluções.
As figuras (a) e (b) mostram a dependência da condutividade elétrica medida
para um eletrólito forte (cloreto de potássio, KCl) e um eletrólito fraco (ácido acético,
CH3COOH) em função da concentração.

(a)
(b)

Figura 1: (a) Condutividade do KCl versus sua concentração molar. (b)


Condutividade do ácido acético (CH3COOH) versus sua concentração molar.

Quando examinamos a dependência da concentração na condutividade de


eletrólitos observamos que a condutividade basicamente aumenta com o aumento
da concentração devido ao aumento do número de cargas (íons) em solução.
Uma análise cuidadosa das figuras nos permite afirmar que a condutividade
não é a melhor grandeza para se comparar os eletrólitos devido a sua forte
dependência em relação à concentração (mais acentuada no caso dos eletrólitos
fortes). Para comparar as condutividades das soluções que contenham o mesmo
numero de cargas é conveniente trabalhar com a condutividade molar (λ) pela
equação:

λ = 1000 x k
c
 1000 é utilizado para transformar mol/L para mol/cm 3

Tanto para eletrólitos fortes ou fracos, à medida que a solução torna-se mais
diluída, a condutividade molar se aproxima de um valor limite chamado de
condutividade molar a diluição infinita (λ0). A dependência da condutividade molar
com a concentração em eletrólitos fortes é definida pela lei de Kohlrasusch:

λ = λ0 – b (c)1/2
 b = constante
 c = concentração molar
 λ0 = condutividade molar a diluição infinita

De acordo com essa lei, que é valida para baixas diluições, se fizermos um
gráfico da condutividade molar do KCl versus a raiz quadrada da concentração e
ajustarmos uma reta aos dados experimentais relacionados às soluções com grande
diluição, podemos determinar λ0 pelo coeficiente linear e a partir do coeficiente
angular o valor de b.
De acordo com a lei de diluição de Ostwald eletrólitos fracos não se
dissociam completamente e possuem condutividade menor do que eletrólitos fortes.
Com o aumento da concentração o equilíbrio de dissociação se desloca na direção
das moléculas não dissociadas.
O grau de dissociação (α) de eletrólitos fracos é o quociente da
condutividade molar dividido pela condutividade molar a diluição infinita:

α = λ/λo

2. OBJETIVO
Determinar a condutividade molar à diluição infinita de um eletrólito fraco
(ácido acético) e um eletrólito forte (cloreto de potássio) e calcular o grau de
dissociação e a constante de dissociação do ácido acético.

3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1 Materiais necessários

 1 condutivímetro

 Balões volumétricos de 100mL

 Pipetas volumétricas

 Béquers

 Solução de cloreto de potássio

 Solução de ácido acético

3.2 Procedimento experimental

3.2.1 Calibração do condutivímetro:

 Ligar o condutivímetro e deixar o mesmo estabilizar por,


aproximadamente, 20min;

 Preparar uma solução de KCl 0,1M

 Lavar cuidadosamente as células de condutividade com etanol e água


destilada;

 Colocar em um tubo de ensaio a solução de KCl e a célula de


condutividade;
 Calibrar o condutivímetro apertando o botão “calibration” e verificar se o
aparelho está calibrado.

3.2.2 Determinação da constante da célula e da


condutância molar:

 Preparar 100mL de 5 soluções de KCl com as seguintes


concentrações: 0,1M; 0,05M; 0,01M; 0,001M; 0,0001M;

 Determinar as condutividades das soluções;

 Preparar 100mL de 5 soluções de HAc com as seguintes


concentrações: 0,05M; 0,025M; 0,01M; 0,005M; 0,0025M;

 Determinar a condutividade de cada solução.

4. RESULTADOS

Preparo das Soluções de KCl e HAc:

Solução padrão de KCl = 0,1M

1) 0,1M

2) 0,05M  50mL 0,1M em balão 100mL

3) 0,001M  1mL 0,1M em balão de 100mL

4) 0,0001M  10mL 0,001M em balão de 100mL

5) 0,00001M  1mL 0,001M em balão de 100mL

Solução padrão de HAc = 0,1M

A) 0,05M  50mL 0,1M em balão de 100mL

B) 0,025M  25mL 0,1M em balão de 100mL


C) 0,001M  1mL 0,1M em balão de 100mL

D) 0,0005M  50mL 0,001M em balão de 100mL

E) 0,00025  25mL 0,001M em balão de 100mL

Condutância das Soluções: T = 20oC

Soluções de KCl

Solução Condutância
1 14,45mS
2 7,85mS
3 340µS
4 13,49µS
5 5,56µS

Soluções de HAc

Solução Condutância
A 445 µS
B 322 µS
C 58 µS
D 35 µS
E 29 µS

Cálculo da constante da célula:

L = k x (a/d)
Dados:

T = 200C Cte = L/k

KCl 0,1M  L = 14,45mS Cte = 14,45mS/0,01167S/cm

k =0,01167S/cm Cte = 1,238cm

Condutividades das Soluções:


Soluções de KCl:

1) K = 14,45mS/1,238cm = 11,67mS/cm

2) K = 7,85mS/1,238cm = 6,34mS/cm

3) K = 340µS/1,238cm = 274,64µS/cm

4) K = 13,49µS/1,238cm = 10,89µS/cm

5) K = 5,56µS/1,238cm = 4,49µS/cm

Soluções de HAc:

A) K = 445µS/1,238cm = 359,45µS/cm

B) K = 322µS/1,238cm = 260,1µS/cm

C) K = 58µS/1,238cm = 46,85µS/cm

D) K = 35µS/1,238cm = 28,27µS/cm

E) K = 29µS/1,238cm = 23,42µS/cm

Condutividade Molar das Soluções:

λ = 1000 x k
c
Soluções de KCl:

1) λ = 11,67mS X 1000/ 0,1 = 116,7Scm2/mol

2) λ = 6,34mS X 1000/ 0,05 = 126,8Scm2/mol

3) λ = 274,64µS X 1000/ 0,001 = 274,64Scm2/mol

4) λ = 10,89µS X 1000/ 0,0001 = 108,9Scm2/mol

5) λ = 4,49µS X 1000/ 0,00001 = 449Scm2/mol


Soluções de HAc

A) λ= 359,43µS X 1000/ 0,05 = 7,19Scm2/mol

B) λ= 260,1µS X 1000/ 0,025 = 10,40Scm2/mol

C) λ= 46,85µS X 1000/ 0,001 = 46,85Scm2/mol

D) λ= 28,27µS X 1000/ 0,0005 = 56,54Scm2/mol

E) λ= 23,42µS X 1000/ 0,00025 = 93,68Scm2/mol

Gráfico λ X (c)1/2:

λ = λ0 – b (c)1/2

KCl

(c)1/2 (mol/L) λ (Scm2/mol)


0,316 116,7
0,224 126,8
0,032 274,64
0,01 108,9
0,00316 449

Gráfico da concentração molar (λ) do KCl versus a raiz quadrada da


concentração (c)1/2:
y = -6045,8x + 468,1

R2 = 1

A partir do gráfico temos que:

λ0 = 468,1Scm2/mol

b = 6045,8

HAc

(c)1/2 (mol/L) λ (Scm2/mol)


0,224 7,19
0,158 10,40
0,032 46,85
0,0224 56,54
0,0158 93,68
Gráfico da concentração molar (λ) do ácido acético versus a raiz quadrada
da concentração (c)1/2:
y = -2890,7x + 139,35

R2 = 1

A partir do gráfico temos que:

λ0 = 139,35 Scm2/mol

b = -2890,7

A partir da fórmula:

α= λ/ λ0
Determinou-se a constante de dissociarão de cada solução de ácido
acético.

α A= 0,0516

α B= 0,0746

α C= 0,336

α D= 0,406

α E= 0,672

De posse dos valores das constantes de dissociação de cada solução


determinou-se a partir da formula:

K = α2 x C / 1- α
KA = 1,404 x10-4
KB = 1,503 x 10-4

KC = 1,700 x10-4

KD = 1,387 x10-4

KE = 3,442 x 10-4

5. CONCLUSÂO
A condutometria mede a condutância elétrica de soluções iônicas, a
condutância de uma solução depende do número de íons presentes em solução, da
carga e da mobilidade desses íons. Nesse experimento determinou-se a
condutividade molar à diluição infinita de um eletrólito fraco (acido acético) e um
eletrólito forte (KCl) na qual pode-se observar através dos gráficos da concentração
molar (λ) X raiz quadrada da concentração (c) 1/2, no caso do KCl (eletrólito forte) a
extrapolação da linha reta equivale a condutância da concentração zero que
determina a condutância na diluição infinita, no caso do ácido acético (eletrólito
fraco) nos mostra que a condutância é baixa para concentrações de até 0,01 e
depois a condutância aumenta rapidamente com a diluição.

Através desse experimento foi possível observar que a condutância molar


depende da concentração do eletrólito, pois o número de íons em solução pode ser
proporcional a concentração do eletrólito. Para um eletrólito forte vimos que a
condutância molar diminui com a concentração sendo que a concentração de íons
em solução é proporcional a concentração do eletrólito, e para um eletrólito fraco
vimos que em baixas concentrações as condutâncias molares variam linearmente
com a raiz quadrada da concentração, apresentando um comportamento normal em
concentrações próximas a zero, mas diminuindo muito em concentrações elevadas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Castelan, G. W. 2008, Fundamentos de Físico-Química, Editora LTC, Rio
de Janeiro.
 Atkins, P.W.; Físico-Química - Vol. 1, Editora LTC, Rio de Janeiro.
 Moore, W.J.; Físico-Química, Ed. Edgard Blucher, SP, Vol. 2 , pg. 394-
399, 1976

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