SUMÁRIO
!
1. INQUÉRITO POLICIAL ................................................................................. 3
1.1. NATUREZA E CARACTERÍSTICAS .............................................................. 3
1.2. Início do IP (instauração do IP) ............................................................... 6
1.2.1. Formas de instauração do IP nos crimes de ação penal pública
incondicionada .................................................................................................. 6
1.2.1.1. De ofício ........................................................................................... 6
1.2.1.2. Requisição do Juiz ou do MP ................................................................ 7
1.2.1.3. Requerimento da vítima ou de seu representante legal ............................ 7
1.2.1.4. Auto de Prisão em Flagrante ................................................................ 8
1.2.2. Formas de instauração do IP nos crimes de Ação Penal Pública
Condicionada à Representação .......................................................................... 8
1.2.2.1. Representação do Ofendido ou de seu representante legal ....................... 8
1.2.2.2. Requisição de autoridade Judiciária ou do MP ......................................... 9
1.2.2.3. Auto de Prisão em Flagrante ................................................................ 9
1.2.2.4. Requisição do Ministro da Justiça ........................................................ 10
1.2.3. Formas de Instauração do IP nos crimes de Ação Penal Privada ......... 10
1.2.3.1. Requerimento da vítima ou de quem legalmente a represente ................ 10
1.2.3.2. Requisição do Juiz ou do MP .............................................................. 10
1.2.3.3. Auto de Prisão em Flagrante .............................................................. 11
1.2.4. Fluxograma ......................................................................................... 11
1.3. Tramitação do IP .................................................................................... 11
1.3.1. Diligências Investigatórias .................................................................. 12
1.3.1.1. Requerimento de diligências pelo indiciado e pelo ofendido ....................... 13
1.3.1.2. Identificação criminal ........................................................................... 13
1.3.1.3. Nomeação de curador ao indiciado ......................................................... 15
1.4. Forma de tramitação .............................................................................. 15
1.5. Conclusão do inquérito policial ............................................................... 18
1.6. Poder de investigação do MP .................................................................. 23
2. RESUMO .................................................................................................... 24
3. EXERCÍCIOS PARA PARATICAR ................................................................. 30
4. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 41
5. GABARITO ................................................................................................. 64
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Olá, meus amigos!
Bons estudos!
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1.! INQUÉRITO POLICIAL !
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O IP tem natureza de procedimento administrativo, e não de
processo judicial. Muito cuidado com isso!
O inquérito policial possui algumas características, atreladas à sua
natureza. São elas:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
1 1
Tourinho Filho, Fernando da Costa, 1928 – Processo penal, volume 1 / Fernando da Costa
Tourinho Filho. – 28. ed. ver. e atual. - São Paulo : Saraiva, 2006.
2
Este é o entendimento do STJ, no sentido de que eventuais nulidades ocorridas durante a
investigação não contaminam a ação penal, notadamente quando não há prejuízo algum para a
defesa (STJ - AgRg no HC 235840/SP).
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•! O IP é inquisitivo (inquisitorialidade) - A
!
inquisitorialidade do Inquérito decorre de sua natureza pré-
processual3. No Processo temos autor (MP ou vítima), acusado e Juiz.
No Inquérito não há acusação, logo, não há nem autor, nem
acusado. O Juiz existe, mas ele não conduz o IP, quem conduz o IP
é a autoridade policial (Delegado). No Inquérito Policial, por ser
inquisitivo, não há direito ao contraditório nem à ampla
defesa4. Como dissemos, no IP não há acusação alguma. Há apenas
um procedimento administrativo destinado a reunir informações para
subsidiar um ato (oferecimento de denúncia ou queixa). Não há,
portanto, acusado, mas investigado ou indiciado (conforme o
andamento do IP).5 Em razão desta ausência de contraditório, o
valor probatório das provas obtidas no IP é muito pequeno,
servindo apenas para angariar elementos de convicção ao titular da
ação penal (o MP ou o ofendido, a depender do tipo de crime) para
que este ofereça a denúncia ou queixa.
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poder mais obtê-las (ex.: Exame de corpo de delito). !
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1.2.! Início do IP (instauração do IP)
As formas pelas quais o Inquérito Policial pode ser instaurado
variam de acordo com a natureza da Ação Penal para a qual ele
pretende angariar informações. A ação penal pode ser pública
incondicionada, condicionada ou ação penal privada.
1.2.1.1.! De ofício
Tomando a autoridade policial conhecimento da prática de fato
definido como crime cuja ação penal seja pública incondicionada, poderá
proceder (sem que haja necessidade de requerimento de quem quer que
seja) à instauração do IP, mediante Portaria.
Quando a autoridade policial toma conhecimento de um fato
criminoso, independentemente do meio (pela mídia, por boatos que
correm na boca do povo, ou por qualquer outro meio), ocorre o que se
chama de notitia criminis. Diante da notitia criminis relativa a um
crime cuja ação penal é pública incondicionada, a instauração do
IP passa a ser admitida, ex officio, nos termos do já citado art. 5°,
I do CPP.
Quando esta notícia de crime surge através de uma delação,
estaremos diante da delatio criminis simples. Nos termos do art. 5°, §
3° do CPP:
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal
em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar
inquérito.
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a procedência da denúncia e, caso realmente se tenha notícia do !
crime, instaurar o IP.8
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obrigado a instaurar o IP, podendo, de acordo com a análise dos fatos, !
entender que não existem indícios de que fora praticada uma infração
penal e, portanto, deixar de instaurar o IP.
O requerimento feito pela vítima ou por seu representante deve
preencher alguns requisitos. Entretanto, caso não for possível, podem ser
dispensados. Nos termos do art. 5°, § 1° do CPP:
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção
ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o
fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
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Não se trata de ato que exija formalidade, podendo ser dirigido ao
Juiz, ao Delegado e ao membro do MP. Caso não seja dirigida ao
Delegado, será recebida pelo Juiz ou Promotor e àquele encaminhada.
Nos termos do art. 39 do CPP:
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por
procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao
órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
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soltura do preso, mas permanece o direito de o ofendido !
representar depois, mas dentro do prazo de 06 meses.
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Neste caso, segue a mesma regra dos crimes de ação penal pública !
condicionada: A requisição do MP ou do Juiz deve ir acompanhada do
requerimento do ofendido autorizando a instauração do IP.
1.2.4.! Fluxograma
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1.3.! Tramitação do IP
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Já vimos as formas pelas quais o IP pode ser instaurado. Vamos !
estudar agora como se desenvolve (ou deveria se desenvolver o IP).
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VEDADA QUANDO FOR CONTRÁRIA À MORALIDADE OU À ORDEM !
PÚBLICA (no caso de um estupro, por exemplo). O investigado não está
obrigado a participar desta diligência, pois não é obrigado a produzir
prova contra si.
Vejamos, adiante, algumas disposições relevantes acerca das
diligências investigatórias no âmbito do IP.
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IV – passaporte; !
V – carteira de identificação funcional;
VI – outro documento público que permita a identificação do indiciado.
Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se aos documentos de
identificação civis os documentos de identificação militares.
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criminal. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) !
§ 1o As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis genéticos não
poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto
determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e internacionais
sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. (Incluído pela Lei nº
12.654, de 2012)
§ 2o Os dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter
sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou
promover sua utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão
judicial. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
§ 3o As informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser
consignadas em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado.
(Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012)
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A corrente doutrinária que prevalece é a de que o IP é sempre
sigiloso em relação às pessoas do povo em geral, por se tratar de mero
procedimento investigatório, não havendo nenhum interesse que
justifique o acesso liberado a qualquer do povo.12
Entretanto, o IP não é, em regra, sigiloso em relação aos envolvidos
(ofendido, indiciado e seus advogados), podendo, entretanto, ser
decretado sigilo em relação a determinadas peças do Inquérito quando
necessário para o sucesso da investigação (por exemplo: Pode ser vedado
o acesso do advogado a partes do IP que tratam de requerimento do
Delegado pedindo a prisão do indiciado, para evitar que este fuja).
Com relação ao acesso por parte do advogado, há previsão no art.
7º, XIV do Estatuto da OAB. Vejamos o que diz esse dispositivo:
Art. 7º São direitos do advogado:
(...) XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir
investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade,
podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; (Redação
dada pela Lei nº 13.245, de 2016)
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
12
NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 124
13
Não às diligências que ainda estejam em curso.
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É óbvio, portanto, que se há um pedido de prisão temporária, por !
exemplo, esse mandado de prisão, que será cumprido em breve, não
deverá ser juntado aos autos, sob pena de o advogado ter acesso a ele
antes de efetivada a medida, o que poderá levar à frustração da mesma.
Outro tema que pode ser cobrado, se refere à necessidade (ou não)
da presença do defensor (Advogado ou Defensor Público) no
Interrogatório Policial.
É pacífico que a presença do advogado no interrogatório
JUDICIAL é INDISPENSÁVEL, até por força do que dispõe o art. 185,
§1° do CPP14.
Entretanto, não há norma que disponha o mesmo no que se refere
ao interrogatório em sede policial. Vejamos o que diz o art. 6° do CPP:
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
(...) V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
14
Art. 185 (...)
§ 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que
estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério
Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e a publicidade do ato. (Redação dada
pela Lei nº 11.900, de 2009)
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depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e!
probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo,
inclusive, no curso da respectiva apuração: (Incluído pela Lei nº 13.245, de
2016)
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•! Crimes da lei de Drogas – 30 dias para indiciado preso e 90 dias!
para indiciado solto. Podem ser duplicados em ambos os casos.
•! Crimes contra a economia popular – 10 dias tanto para
indiciado preso quanto para indiciado solto.
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Ainda com relação ao destinatário do IP, a Doutrina se divide. Parte !
da Doutrina, acolhendo uma interpretação mais gramatical do CPP,
entende que o destinatário IMEDIATO do IP é o Juiz, pois o IP deve ser
remetido a este. Desta forma, o titular da ação penal seria o destinatário
MEDIATO do IP (porque, ao fim e ao cabo, o IP tem a finalidade de
angariar elementos de convicção para o titular da ação penal).
Outra parcela da Doutrina, que parece vem se tornando majoritária,
entende que o destinatário IMEDIATO seria o titular da ação penal,
já que a ele se destina o IP (do ponto de vista de sua finalidade). Para
esta corrente o Juiz seria o destinatário MEDIATO, pois as provas
colhidas no IP seriam utilizadas, ao fim e ao cabo, para formar o
convencimento do Juiz.
Caso o MP entenda que não é o caso de oferecer denúncia (por
não ter ocorrido o fato criminoso, por não haver indícios a autoria, etc.), o
membro do MP requererá o arquivamento do IP, em petição
fundamentada, incluindo todos os fatos e investigados. Caso o Juiz
discorde, remeterá os autos do IP ao PGJ (Procurador-Geral de
Justiça), que decidirá se mantém ou não a posição de
arquivamento. O Juiz está obrigado a acatar a decisão do PGJ
(Chefe do MP).
Mas, em se tratando de crime de ação penal privada, o que se
faz? Depois de concluído o IP, nesta hipótese, os autos são remetidos
ao Juiz, onde permanecerão até o fim do prazo decadencial (para
oferecimento da queixa), aguardando manifestação do ofendido. Essa é a
previsão do art. 19 do CPP:
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
15
Apenas para corroborar: (...) Não se admite o arquivamento de inquérito policial de ofício, sem
a oitiva do Ministério Público, sob pena de ofensa ao princípio acusatório. (STF, Pleno, AgRg no
Inq 2913 julg. 01/03/2012)
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investigados omitidos serão considerados objeto do arquivamento), mas!
não possui previsão legal. Não é pacífico, mas a Doutrina majoritária o
admite. No entanto, o STF vem rechaçando a sua aplicação em
decisões recentes, afirmando que não existe “arquivamento
implícito”: “(...) O sistema processual penal brasileiro não prevê a figura do
arquivamento implícito de inquérito policial.” (HC - 104356, informativo 605 do
STF).
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Justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. !
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
16
STF - Inq 3114/PR
17
O STJ possui decisão recente no sentido de que faz coisa julgada MATERIAL:
(...) A par da atipicidade da conduta e da presença de causa extintiva da punibilidade, o
arquivamento de inquérito policial lastreado em circunstância excludente de ilicitude
também produz coisa julgada material.
2. Levando-se em consideração que o arquivamento com base na atipicidade do fato faz coisa
julgada formal e material, a decisão que arquiva o inquérito por considerar a conduta lícita
também o faz, isso porque nas duas situações não existe crime e há manifestação a respeito da
matéria de mérito.
3. A mera qualificação diversa do crime, que permanece essencialmente o mesmo, não constitui
fato ensejador da denúncia após o primeiro arquivamento.
4. Recurso provido para determinar o trancamento da ação penal.
(RHC 46.666/MS, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
05/02/2015, DJe 28/04/2015)
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ou seja, somente poderá ser reaberta a investigação no caso de !
arquivamento por ausência de provas para a denúncia.18
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
18
(...) 1. A permissão legal contida no art. 18 do CPP, e pertinente Súmula 524/STF, de
desarquivamento do inquérito pelo surgimento de provas novas, somente tem incidência quando o
fundamento daquele arquivamento foi a insuficiência probatória - indícios de autoria e prova do
crime.
2. A decisão que faz juízo de mérito do caso penal, reconhecendo atipia, extinção da
punibilidade (por morte do agente, prescrição...), ou excludentes da ilicitude, exige
certeza jurídica - sem esta, a prova de crime com autor indicado geraria a continuidade
da persecução criminal - que, por tal, possui efeitos de coisa julgada material, ainda que
contida em acolhimento a pleito ministerial de arquivamento das peças investigatórias.
3. Promovido o arquivamento do inquérito policial pelo reconhecimento de legítima defesa, a coisa
julgada material impede rediscussão do caso penal em qualquer novo feito criminal, descabendo
perquirir a existência de novas provas. Precedentes.
4. Recurso especial improvido.
(REsp 791.471/RJ, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 25/11/2014, DJe
16/12/2014)
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Resumidamente:
•! MP pode investigar
•! MP não pode instaurar e presidir inquérito policial
2.! RESUMO
INQUÉRITO POLICIAL
Conceito - Conjunto de diligências realizadas pela Polícia Judiciária, cuja
finalidade é angariar elementos de prova (prova da materialidade e
indícios de autoria), para que o legitimado (ofendido ou MP) possa ajuizar
a ação penal.
Natureza – Procedimento administrativo pré-processual. NÃO é processo
judicial.
Características
•! Administrativo - O Inquérito Policial, por ser instaurado e
conduzido por uma autoridade policial, possui nítido caráter
administrativo.
•! Inquisitivo (inquisitorialidade) - A inquisitorialidade do
Inquérito decorre de sua natureza pré-processual. No Processo temos
autor (MP ou vítima), acusado e Juiz. No Inquérito não há
acusação, logo, não há nem autor, nem acusado. No Inquérito
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Policial, por ser inquisitivo, não há direito ao contraditório !
pleno nem à ampla defesa.
•! Oficioso (Oficiosidade) – Possibilidade (poder-dever) de
instauração de ofício quando se tratar de crime de ação penal pública
incondicionada.
•! Escrito (formalidade) - Todos os atos produzidos no bojo
do IP deverão ser escritos, e reduzidos a termo aqueles que forem
orais.
•! Indisponibilidade – A autoridade policial não pode dispor do
IP, ou seja, não pode mandar arquivá-lo.
•! Dispensabilidade – Não é indispensável à propositura da
ação penal.
•! Discricionariedade na condução - A autoridade policial
pode conduzir a investigação da maneira que entender mais frutífera,
sem necessidade de seguir um padrão pré-estabelecido.
INSTAURAÇÃO DO IP
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
TRAMITAÇÃO DO IP
Diligências
Logo após tomar conhecimento da prática de infração penal, a autoridade
deve:
"! Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
"! Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após
liberados pelos peritos criminais
"! Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato
e suas circunstâncias
"! Ouvir o ofendido
"! Ouvir o indiciado (interrogatório em sede policial)
"! Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações
"! Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito
e a quaisquer outras perícias – O exame de corpo de delito é
indispensável nos crimes que deixam vestígios.
"! Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se
possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
"! Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e
estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do
seu temperamento e caráter.
"! colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e
se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.
"! Possibilidade de se proceder à reprodução simulada dos fatos
(reconstituição) - Desde que esta não contrarie a moralidade
ou a ordem pública.
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OBS.: O procedimento de identificação criminal só é admitido para aquele !
que não for civilmente identificado. Exceção: mesmo o civilmente
identificado poderá ser submetido à identificação criminal, nos
seguintes casos:
•! Se o documento apresentado contiver rasuras ou indícios de
falsificação.
•! O documento não puder comprovar cabalmente a identidade da
pessoa.
•! A pessoa portar documentos de identidade distintos, com
informações conflitantes;
•! A identificação criminal for indispensável às investigações
policiais (Necessário despacho do Juiz determinando isso).
•! Constar nos registros policiais que a pessoa já se apresentou
com outros nomes.
•! O estado de conservação, a data de expedição do documento
ou o local de sua expedição impossibilitem a perfeita
identificação da pessoa.
FORMA DE TRAMITAÇÃO DO IP
Sigiloso – A autoridade policial deve assegurar o sigilo necessário à
elucidação do fato ou o exigido pelo interesse da sociedade. Prevalece o
entendimento de que o IP é sempre sigiloso em relação às pessoas do
povo em geral, por se tratar de mero procedimento investigatório.
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OBS.: A Lei 13.24/16 alterou o Estatuto da OAB para estender tal !
previsão a qualquer procedimento investigatório criminal (inclusive
aqueles instaurados internamente no âmbito do MP).
CONCLUSÃO DO IP
Prazo
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO IP
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"! Destinatário imediato – titular da ação penal !
"! Destinatário mediato – Juiz
ARQUIVAMENTO DO IP
Regra – MP requer o arquivamento, mas quem determina é o Juiz. Se o
Juiz discordar, remete ao Chefe do MP (em regra, o PGJ). O Chefe do MP
decide se concorda com o membro do MP ou com o Juiz. Se concordar
com o membro do MP, o Juiz deve arquivar. Se concordar com o Juiz, ele
próprio ajuíza a ação penal ou designa outro membro para ajuizar.
Ação penal privada – Os autos do IP serão remetidos ao Juízo
competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal (ou serão entregues ao requerente, caso assim
requeira, mediante traslado).
Arquivamento implícito – Criação doutrinária. Duas hipóteses:
"! Quando o membro do MP deixar requerer o arquivamento em
relação a alguns fatos investigados, silenciando quanto a outros.
"! Requerer o arquivamento em relação a alguns investigados,
silenciando quanto a outros.
STF e STJ não aceitam a tese de arquivamento implícito.
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ATENÇÃO! A autoridade policial NÃO PODE mandar arquivar autos de !
inquérito policial.
PODER DE INVESTIGAÇÃO DO MP
Entendimento pacífico no sentido de que o MP pode investigar, mediante
procedimentos próprios, mas não pode presidir nem instaurar inquérito
policial.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
3.! EXERCÍCIOS PARA PARATICAR
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03.! (CESPE – 2014 - CÂMARA DOS DEPUTADOS - POLICIAL
LEGISLATIVO)
No que se refere ao inquérito policial e à prova criminal, julgue os itens
subsequentes.
Ainda que o contraditório e a ampla defesa não sejam observados durante
a realização do inquérito policial, não serão inválidas a investigação
criminal e a ação penal subsequente.
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Uma autoridade policial instaurou inquérito policial de ofício para a !
apuração de crime de ação penal pública. Depois de concluído o inquérito,
os autos foram remetidos ao juiz competente e, em seguida, ao Ministério
Público. O promotor de justiça requereu a devolução do inquérito à
autoridade policial para a realização de novas diligências imprescindíveis
ao oferecimento da denúncia, o que foi deferido pelo juiz. De posse
novamente dos autos, a autoridade policial entendeu que não havia mais
nenhuma diligência a ser feita e determinou o arquivamento dos autos de
inquérito.
Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.
A) O Ministério Público agiu incorretamente, já que deveria ter oferecido a
denúncia de imediato, após a conclusão do inquérito pela autoridade
policial.
B) A autoridade policial agiu incorretamente, haja vista que não pode
instaurar inquérito policial de ofício para apuração de crime de ação penal
pública.
C) A autoridade policial agiu corretamente ao arquivar o inquérito policial,
uma vez que não havia mais nenhuma diligência a ser realizada.
D) O juiz agiu incorretamente, visto que não poderia ter deferido a
devolução do inquérito já concluído à autoridade policial.
E) A autoridade policial agiu incorretamente, dado que não poderia ter
determinado o arquivamento do inquérito policial.
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Acerca do inquérito policial, da ação penal e da competência, julgue os !
próximos itens.
Comprovada, durante as diligências para a apuração de infração penal, a
existência de excludente de ilicitude que beneficie o investigado, o
delegado de polícia deverá determinar o arquivamento do inquérito
policial.
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Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, a autoridade !
policial deverá determinar, se for caso, a realização das perícias que se
mostrarem necessárias e proceder a acareações.
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26.! (CESPE- 2009 – PC/RN – AGENTE DE POLÍCIA) !
Acerca das características do inquérito policial, assinale a opção incorreta.
a) O inquérito policial constitui procedimento administrativo informativo,
que busca indícios de autoria e materialidade do crime.
b) Os agentes de polícia devem preservar durante o inquérito sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
c) O membro do MP pode dispensar o inquérito policial quando tiver
elementos suficientes para promover a ação penal.
d) A autoridade policial pode arquivar inquérito que foi instaurado para
apurar a prática de crime, quando não há indícios de autoria.
e) O inquérito policial é inquisitivo, na medida em que a autoridade
policial preside o inquérito e pode indeferir diligência requerida pelo
indiciado.
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d) A incomunicabilidade do preso, decretada durante o IP por !
conveniência da investigação, abrange o advogado, na medida em que
nessa fase não há contraditório e ampla defesa.
e) Qualquer pessoa que souber da ocorrência de crime em que caiba ação
penal pública ou privada poderá comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar o inquérito.
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34.! (CESPE - 2010 - DETRAN-ES - ADVOGADO)
É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso
para agravar a pena-base.
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fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na!
investigação.
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e) ERRADA: Neste caso, como regra geral, o IP deve terminar em 10 dias, !
nos termos do art. 10 do CPP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA. !
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. !
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B) A autoridade policial agiu incorretamente, haja vista que não !
pode instaurar inquérito policial de ofício para apuração de crime
de ação penal pública.
C) A autoridade policial agiu corretamente ao arquivar o inquérito
policial, uma vez que não havia mais nenhuma diligência a ser
realizada.
D) O juiz agiu incorretamente, visto que não poderia ter deferido a
devolução do inquérito já concluído à autoridade policial.
E) A autoridade policial agiu incorretamente, dado que não
poderia ter determinado o arquivamento do inquérito policial.
COMENTÁRIOS: A única autoridade que agiu incorretamente foi a
autoridade policial, pois ela NUNCA poderá mandar arquivar os autos do
IP:
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
Frise-se que a instauração do IP, de ofício, neste caso, foi correta.
O pedido do MP também foi correto (art. 16), bem como a decisão do
Juiz, a pedido do MP (com base no mesmo art. 16).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!63!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
(ofendido, seu procurador ou seus sucessores legalmente habilitados para !
tal), na forma do art. 5º, §5º do CPP.
C) CORRETA: Esta é uma das faculdades do indiciado, muito embora o
deferimento da diligência fique a critério da autoridade policial:
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão
requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da
autoridade.
D) ERRADA: O item está errado, pois os menores de 18 anos não podem
ser indiciados já que são inimputáveis, logo, não praticam crime, devendo
responder perante as normas do ECA.
E) ERRADA: Esta é uma das formas possíveis, mas não a única. Poderá
ser instaurado, ainda, por requisição do MP ou do Juiz, bem como a
requerimento do ofendido.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!62!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
Art. 1º (...) !
§ 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso
somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico,
mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da
corporação que prejudique a eficácia da investigação.
Assim, no caso em tela, a redistribuição não foi ilegal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!67!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
COMENTÁRIOS: O delegado de polícia NUNCA poderá mandar arquivar !
autos de inquérito policial, nos termos do art. 17 do CPP:
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de
inquérito.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!68!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
Após a realização de inquérito policial iniciado mediante !
requerimento da vítima, Marcos foi indiciado pela autoridade
policial pela prática do crime de furto qualificado por
arrombamento.
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de
Processo Penal e na atual jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça acerca de inquérito policial, o Ministério Público pode
requerer ao juiz a devolução do inquérito à autoridade policial, se
necessária a realização de nova diligência imprescindível ao
oferecimento da denúncia, como, por exemplo, de laudo pericial
do local arrombado.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois o próprio CPP admite tal
possibilidade, nos termos de seu 16:
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis
ao oferecimento da denúncia.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!69!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
Nessa situação hipotética, de acordo com o disposto no Código de !
Processo Penal e na atual jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça acerca de inquérito policial, o prazo legal para que o
delegado de polícia termine o inquérito policial é de trinta dias, se
Marcos estiver solto, ou de dez dias, se preso preventivamente
pelo juiz, contado esse prazo, em ambos os casos, da data da
portaria de instauração.
COMENTÁRIOS: O prazo, neste caso, é de 30 dias, em caso de indiciado
solto e 10 dias no caso de indiciado preso. Contudo, neste último caso, o
prazo começa a correr da data da efetivação da prisão, nos termos do art.
10 do CPP:
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver
sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo,
nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no
prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!35!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
e) marcado pela autoridade policial, que considerará a !
complexidade da investigação e comunicará à autoridade
competente.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Deve ser concluído no prazo de 10 dias, no caso de indiciado
preso, e em 30 dias, no caso de indiciado em liberdade, nos termos do
art. 10 do CPP;
B) ERRADA: Deve ser concluído no prazo de 10 dias, no caso de indiciado
preso, e em 30 dias, no caso de indiciado em liberdade, nos termos do
art. 10 do CPP;
C) CORRETA: Quando o indiciado estiver solto, o prazo para conclusão do
IP é de 30 dias (art. 10 do CPP). Entretanto, caso o fato ainda não esteja
suficientemente claro, poderá a autoridade judiciária determinar o retorno
dos autos do IP à autoridade policial para novas diligências, nos termos
do 10, § 3° do CPP;
D) ERRADA: Embora o prazo seja, de fato, de 10 dias, nesse caso (art. 10
do CPP) não há possibilidade de prorrogação, pois o art. 10, § 3° do CPP
só permite prorrogação do prazo de conclusão do IP no caso de indiciado
solto;
E) ERRADA: Deve ser concluído no prazo de 10 dias, no caso de indiciado
preso, e em 30 dias, no caso de indiciado em liberdade, nos termos do
art. 10 do CPP, não cabendo à autoridade policial qualquer
discricionariedade quanto ao prazo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!36!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
autoridade policial, e esta, verificada a procedência das !
informações, mandará instaurar o inquérito.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Os elementos colhidos durante o IP possuem valor
probatório, embora pequeno, podendo o Juiz, inclusive, se valer deles
para formar sua convicção, não podendo, entretanto, fundamentar-se
somente nestes elementos, salvo se se tratar de provas colhidas em
razão de possibilidade de perecimento da prova (corpo de delito, etc.);
B) CORRETA: Embora os elementos do IP não possuam elevado valor
probante, as provas realizadas sob risco de perecimento da prova (prova
antecipada), como nos casos de perícias, exames de corpo de delito, etc.,
o valor probante é alto, em razão da impossibilidade de se repetir
judicialmente a prova colhida em sede policial;
C) ERRADA: As nulidades ocorridas no bojo do IP não invalidam o
processo penal, pois o IP não possui caráter acusatório, devendo as
diligências serem repetidas quando da fase processual.
D) ERRADA: A incomunicabilidade imposta ao indiciado preso, nos termos
do art. 21 do CPP, nunca se estende ao seu advogado, nos termos do art.
21, § único do CPP;
E) ERRADA: A instauração de IP em decorrência de delatio ou nottita
criminis, ex officio, só poderá ocorrer nos casos de crimes de ação penal
pública incondicionada, nos termos do art. 5°, I do CPP. Nos demais
casos, é necessária a manifestação do ofendido nesse sentido, conforme
art. 5°, §§ 3°, 4° e 5° do CPP;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!33!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
No caso de ter sido decretada a prisão temporária em razão de crimes!
hediondos ou equiparados, o prazo do IP segue o prazo da temporária
(30 + 30 dias).
Contudo, no caso de decretação da temporária para os demais crimes,
não há que se falar em vinculação do prazo do IP ao prazo da
temporária, pois o prazo da temporária é menor ou igual ao prazo
previsto no CPP para conclusão do IP.
Não há que se falar em prazo de cinco dias para a conclusão do IP,
mesmo no caso de decretação da temporária.
A questão foi dada como CORRETA. No entanto, deveria ter sido, no
mínimo, ANULADA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!37!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA. !
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!38!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
principalmente porque o acesso aos autos do IP, em muitos casos, !
acabaria por retirar completamente a eficácia de alguma medida
preventiva a ser tomada pela autoridade.
Visando a sanar essa controvérsia, o STF editou a súmula
vinculante n° 14, que possui a seguinte redação:
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado
por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa”.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!39!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
41.! (CESPE - 2009 - SEJUS-ES - AGENTE PENITENCIÁRIO) !
O inquérito policial é um procedimento sigiloso, e, nessa etapa,
não são observados o contraditório e a ampla defesa.
COMENTÁRIOS: O IP é um procedimento sigiloso (art. 20 do CPP), com
a ressalva do que dispõe a súmula vinculante n° 14 do STF, acerca do
acesso do defensor aos autos do IP. Além disso, de fato, por não haver
acusação nessa fase, não há que se falar em contraditório e ampla
defesa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!21!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
COMENTÁRIOS: O item está correto. O IP possui valor probatório!
reduzido por uma razão: Ele não possui contraditório nem ampla defesa
(embora isso venha sendo paulatinamente mitigado pela adoção de
alguns entendimentos). Em razão disso, não se pode atribuir às provas
nele colhidas o mesmo valor que se atribui às provas colhidas no
processo (este sim com contraditório e ampla defesa).
Contudo, o valor reduzido que é atribuído às provas do IP é uma forma
de proteção do indiciado/acusado, pois foi ele quem ficou alheio à sua
produção. Desta forma, o Juiz não pode condená-lo tendo como base
apenas provas produzidas dentro do IP.
Por outro lado, nada impede que o Juiz absolva o acusado tendo como
provas apenas aquelas produzidas no IP, já que, neste caso, não há
qualquer prejuízo ao acusado.
Esse é o entendimento jurisprudencial e doutrinário.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!24!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
ausência desse relatório e de indiciamento formal do investigado!
não resulta em prejuízos para persecução penal, não podendo o
juiz ou órgão do Ministério Público determinar o retorno da
investigação à autoridade para concretizá-los, já que constitui
mera irregularidade funcional a ser apurada na esfera disciplinar.
COMENTÁRIOS: O item está correto. Nos termos do art. 16, os autos
do IP somente poderão retornar à autoridade policial no caso de ser
necessária a realização de alguma outra diligência. Vejamos:
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis
ao oferecimento da denúncia.
O relatório do IP não é uma diligências, mas uma simples peça descritiva
na qual são elencados os atos praticados no bojo do IP. Sua ausência
constitui mera irregularidade.
Este é o entendimento doutrinário e jurisprudencial.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!25!()!23!
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(=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
COMENTÁRIOS: O item está correto. A “denúncia” (o termo certo é!
delatio criminis inqualificada) anônima, embora seja admitida no nosso
ordenamento jurídico, não é suficiente para, por si só, gerar a
instauração de IP.
Neste caso a autoridade policial deve proceder a uma investigação
preliminar, de forma a apurar a veracidade dos fatos alegados e,
somente neste caso, proceder à instauração do IP.
Esse é o entendimento doutrinário e jurisprudencial (Ver AgRg no RMS
28.054/PE, STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
5.! GABARITO
!
1.! ALTERNATIVA B
2.! CORRETA
3.! CORRETA
4.! ERRADA
5.! ERRADA
6.! ERRADA
7.! CORRETA
8.! ALTERNATIVA E
9.! ALTERNATIVA C
10.! ERRADA
11.! ERRADA
12.! CORRETA
13.! ERRADA
14.! ERRADA
15.! ERRADA
16.! CORRETA
17.! CORRETA
18.! CORRETA
19.! ERRADA
20.! ERRADA
21.! ERRADA
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!26!()!23!
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!∀#∃∀%&∋(#&)∃∗∗+,−∋(∃.,−∋/∋()01&∋234567∋
! !! ! ! ,1∃.%∃∋∃∋∃∗)#∀89&∋!∃∋(&−:)∀,∋
!
! %;<=>?∋;∋;≅;=ΑΒΑ><Χ∋Α<∆;ΕΦ?Γ<Χ∋
! (=<ΗΙ∋#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋/∋,ϑΛ?∋45!
22.! CORRETA !
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ALTERNATIVA D
26.! ALTERNATIVA D
27.! ALTERNATIVA C
28.! ALTERNATIVA B
29.! ANULADA
30.! ERRADA
31.! ERRADA
32.! ERRADA
33.! ERRADA
34.! CORRETA
35.! ERRADA
36.! CORRETA
37.! CORRETA
38.! CORRETA
39.! ERRADA
40.! ERRADA
41.! CORRETA
42.! CORRETA
43.! ERRADA
44.! ERRADA
45.! CORRETA
46.! ERRADA
47.! CORRETA
48.! ERRADA
49.! CORRETA
50.! CORRETA
(=<ΗΙ#;Ε?Ε∋,=?ϑΚ<∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∋∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!∀#∃%&∋!23!()!23!