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Hizuru Obata, Sasquia

Vento sintético e a simulação de Monte Carlo - uma forma de considerar a


característica aleatória e instável do carregamento dos ventos em estruturas
Exacta, Vol. 7, Núm. 1, enero-marzo, 2009, pp. 77-85
Universidade Nove de Julho
Brasil

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Exacta
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Brasil

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Artigos

Vento sintético e a simulação de Monte Carlo –


uma forma de considerar a característica
aleatória e instável do carregamento dos
ventos em estruturas

Sasquia Hizuru Obata


Mestre em Engenharia Civil – Escola Politécnica – USP;
Doutoranda em Arquitetura – Mackenzie;
Professora de Estruturas de Concreto e Tecnologias
Construtivas – FAAP.
São Paulo – SP [Brasil]
sasquia@terra.com.br

Neste artigo, apresenta-se uma forma de considerar a caracte-


rística aleatória e instável do carregamento dos ventos, estudo
de muita importância para torres, estruturas leves, construções
de grande altura, estruturas em membranas, tensoestruturas e
arquiteturas têxteis. Demonstra-se, com base em uma revisão
bibliográfica, a sequência de aplicação do Método do Vento
Sintético, como uma rotina de procedimentos a ser aplicada
no desenvolvimento de projetos, tendo como referência a pro-
posta do reconhecido do projetista estrutural Eng. Dr. Mario
Franco, para a análise e carregamentos aleatórios e instáveis
dos ventos nas estruturas, e como forma de simulação por
meio do Método de Monte Carlo. Focando-se simplesmente
no fato e na intenção de entendimento mais didático do que na
apresentação de roteiro de procedimentos de análise, este es-
tudo pode proporcionar o que se entende como facilitação aos
estudantes de engenharia, permitindo uma leitura simplificada
aos iniciantes em projetos quanto à obtenção de resultados dos
esforços e ou deslocamentos quando se considera o vento em
sua condição de carregamento aleatório e instável.
Palavras-chave: Carregamento aleatório. Monte Carlo.
Procedimento. Vento.Vento Sintético.

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009. 77


Lista de Símbolos 1 Introdução

S(f) – espectro natural de potência do vento. A análise de estruturas submetidas ao vento


X1 – frequência adimensional. é determinante tanto para as estruturas de grande
f – frequência em Hertz. altura quanto para as leves, como é o caso das
V – velocidade média do vento. membranas e cabos.
ν3 – rajadas de ventos como medições de veloci- Para isso hão de se compatibilizar as análises
dades durante três segundos. estruturais às características aleatórias e proprie-
ν600 – rajadas de ventos como medições de velo- dades instáveis que o vento possui como carrega-
cidades durante 600 segundos. mento. Essa compatibilização pode ser represen-
z – cota ou altura de medições das velocidades tada pelo Método do Vento Sintético, proposto
dos ventos. por Franco (1993), por meio da geração de séries
ν0 – ν0 é a velocidade básica do vento. históricas de carregamentos, de considerações es-

b e p – parâmetros da norma NBR6123. tatísticas e do Método de Monte Carlo, para simu-


lações numéricas e valores aleatórios, esse proces-
qp – pressão de vento de máxima amplitude ou
so será descrito no desenvolvimento deste artigo.
pressão de vento de pico.
p – pressão média de vento ou pressão estática
de vento.
2 O método do vento sintético
Fe – força estática do vento.
C a – coeficiente de arrasto.
O Método do Vento Sintético tem como premis-
A – área da projeção vertical da estrutura que
sa os conceitos fundamentais estatísticos e as simu-
contribui para geração da força no ponto
lações numéricas, o que lhe confere elevado grau de
considerado
semelhança ao vento real, sendo, portanto, utilizado
Pef – pressão efetiva do vento.
como referência em diversos trabalhos acadêmicos
CPi – coeficientes de pressão interna.
como os de Leite (1998), de Carril Junior (2000), de
CPe – coeficientes de pressão externa.
Menin (2002), de Lazanha (2003) e de outros de or-
Pf – pressão flutuante do vento. dem projetual como a própria aplicação de Franco
df – diferencial da flutuante. para o edifício Centro Empresarial Nações Unidas,
C(f), φ(f), A(f), B(f) – componentes adequadas na Marginal do Rio Pinheiros, em São Paulo.
para o vento da integral de Fourier. A simulação de Monte Carlo no Método do
E[x2] – valor quadrático médio ou valor médio Vento Sintético utiliza-se de uma série de dados
ou esperado de x2 . aleatórios. Para as pressões flutuantes, executam-
σ2 – variância do valor do vento. se transformadas apropriadas, como as de Fourier,
R x(t=0) – área sob a curva espectral. para gerar amostras representativas com as pro-
priedades estatísticas do vento. Esse procedimento
fS(f) – espectro reduzido associado à escala lo-
tem como ponto de partida um espectro de potên-
σ2
garítmica. cia, em que pode ser aplicado o de Davenport, indi-
c – coeficiente de amplitude. cado para essa sequência, da qual se estabelece um
m – componentes harmônicos de fases alea- espectro reduzido e, conseqüentemente, a divisão
tórias. entre a pressão média e a flutuante.

78 Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009.


Artigos

A parcela flutuante é então decomposta em já se notam cerca de 10% de eficiência en-


um número finito de funções harmônicas propor- tre os valores simulados e os obtidos expe-
cionais à frequência ressonante da estrutura, com rimentalmente dos aparelhos eletrônicos de
os ângulos de fase variando aleatoriamente. espectros. Por outro lado, nota-se a redução
Em cada uma das parcelas de pressões flutu- dos erros em 3%; assim, justificam que, não
antes é aplicado o esforço do vento, tendo como obstante a precisão de tais técnicas de simu-
base o conceito de correlação espacial, como se lação, deve ser avaliada antes de se incor-
elas fossem transformadas em rajadas equivalen- porar à rotina na qual a precisão e a alta
tes, isto é, essa aplicação será realizada ao longo resolução são preponderantes.
do tempo de duração da rajada e em um ponto • Shapiro (2001) apresenta o Método de
desfavorável da estrutura. Os outros pontos da Monte Carlo como o único modo razoá-
estrutura são obtidos pelas funções de correlação vel de calcular a função de expectativa por
horizontal e vertical. Essa lógica parte da não in- meio da simulação, com o objetivo de con-
cidência do vento em um determinado instante em
vergir para as propriedades da amostra, de
vários pontos com amplitudes máximas.
caráter estocástico, utilizando o Teorema do
Dessas aplicações, obtém-se o espectro de
Limite Central, relativo aos estudos de dis-
resposta em que se determinam os valores de esfor-
tribuições normais.
ços ou deslocamentos máximos de cada aplicação,
• Kramer (2000) diz que o foco principal de
sendo o valor característico da resposta determi-
seus estudos é expor que a simulação de
nado estatisticamente pelo Teorema de Gumbel.
Monte Carlo se aproxima dos sistemas flui-
Como último passo, a estrutura deve ser soli-
dos turbulentos e complexos e se trata de
citada novamente e dessa vez, com a combinação
uma técnica moderna.
que gerou a resposta mais próxima ao valor carac-
terístico, em que se identificam os valores de esfor-
O Método de Monte Carlo é considerado mui-
ços ou deslocamentos característicos da estrutura
to simples e flexível para ser aplicado em problemas
em estudo.
de uma ou de diversas variáveis. No entanto, como
depende do número de simulações1 para reduzir o

3 O Método de Monte Carlo erro da estimativa da solução procurada, pode ten-


der, na prática, a um processo muito lento, mesmo
O Método de Monte Carlo baseia-se na simu- em face dos procedimentos computacionais.
lação de variáveis aleatórias para resolução de pro- O uso desse método de simulações foi em-
blemas diversos na engenharia, como os citados, e pregado, primeiro em 1942, no desenvolvimento
alguns descritos a seguir, porém, quanto à previsão da bomba atômica, em razão da grande comple-
de investimentos e prefixações, a maioria das publi- xidade do problema. No entanto, foi batizado de
cações é das áreas econômica e financeira. Monte Carlo por ser a cidade mais famosa pelos
seus cassinos e jogos de roleta, dispositivos que
• Talavera et al. (2000) citam que a avaliação produzem números aleatórios.
do espectro de potência de raios gamas pelo Embora existam muitas aplicações para o
Método de Monte Carlo tem sido um meio método de Monte Carlo, uma das mais intuitivas
prático ante a evolução da ciência, em que – e que o ilustra – é o cálculo da área sob uma fun-

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009. 79


ção não negativa, como apresentado em Thomas Em que o valor a ser adotado de X1 será:
Jr. et al. (2002), na Equação 1 e na Figura 1:
1220f
Área sob a curva Número de pontos contados sob a curva X1 =
≈ V
Área de retângulo Número de pontos aleatórios
(3)
(1)

O valor de X1 é o proposto por Franco (1993)


e também citado por Zhou et al. (2002) como
sendo o valor adotado pela norma canadense
f(X) NBC-1995, em que se consideraram a facilidade
e a segurança, mas ligeiramente diferente do valor
original que tem seu melhor ajuste experimental
na escala de comprimento L igual a 1200, segun-
∫ f(X)dx
do Davenport apud Blessmann (1998).
Em relação à velocidade, V, Franco (1993)
estabeleceu uma simplificação2 , mas nessa des-
Figura 1: Pontos aleatórios sob e sobre a curva crição se aplica o procedimento desenvolvido
Fonte: A autora.
por Carril Junior (2000), em que a velocidade
média do vento varia com a altitude e a cate-
goria do terreno, conforme método descrito da
Portanto, quanto mais pontos forem estuda-
NBR6123 para cálculo da resposta dinâmica na
dos, melhor será a estimativa, mas é preciso sa-
direção do vento.
lientar algumas desvantagens no caso de áreas sob
Nesse caso, a norma estabelece as pressões
curvas, como a falta de um limite de erro e a pró-
flutuantes correspondentes às rajadas derivadas de
pria dificuldade de definir a coordenada máxima
medições de velocidades v3 , em três segundos e em
(altura do retângulo), mesmo que se tenha defi-
uma cota z; já a velocidade média corresponde a
nido o intervalo das abscissas. No entanto, pode
medições em 600 segundos, ν600.
se tornar uma estimativa muito prática para fun-
ções de muitas variáveis ou variáveis complexas p
⎛ z⎞
(THOMAS JR. et al., 2002). ν 600 ( z) = 0,69bV0 ⎜ ⎟
⎝ 10 ⎠
(4)

4 Espectro do vento p
⎛ z⎞
ν 3 ( z) = bV0 ⎜ ⎟
Conforme descrito no Método do Vento ⎝ 10 ⎠
(5)
Sintético, o espectro natural de potência do vento,
S(f), a ser utilizado será o de Davenport, descrito
pela seguinte expressão: A velocidade V0 é básica do vento, em três
segundos, para a cota igual a z=10m em terreno
fS ( f ) 2 X12
= 4 aberto de categoria II, assim como os valores de b
s2
3 (1 + X )
2 3
1 e p são fornecidos pela norma brasileira, e é dada
(2) pela Tabela 1:

80 Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009.


Artigos

Tabela 1: Valores dos parâmetros b e p


A pressão flutuante, então, pode ser calcula-
Categoria I II III IV V
da como segue em 10, para uma pressão máxima,
P 0,095 0,15 0,185 0,23 0,31
e, como expresso em 11, para uma pressão efetiva:
P 1,23 1,00 0,86 0,71 0,50

Fonte: NBR6123.
p f = q p − p = 0,613 (ν32 − ν 600
2
)
(10)

A pressão de máxima amplitude, ou de pico,


pf = q p − pef = 0,613( ν 32 − ν 600
2
)
qp define-se por:
(11)

qp = 0 ,613 ν 32 A força da parte flutuante, em razão das ra-


(6) jadas, é decomposta em funções harmônicas con-
forme o espectro de potência das rajadas.
A pressão média, ou estática, p é obtida por:

p = 0,613 ν600
2
5 Decomposição da pressão
(7)
flutuante
Do valor da pressão média, calcula-se a for-
ça estática, Fe, atuante em um ponto da estrutura A parcela flutuante do vento deve ser consi-
pela Equação 8, a seguir: derada justamente como um processo estocástico,
ergódico, de média zero, podendo ser adequada à
2
F e = C a A( p ) = C a A( 0,613 ν600 ) representação por uma integral de Fourier e ainda
(8) de modo discreto, a saber:
Em que: +∞
p f (t) = ∫ C( f ) cos[2π ft − φ ( f )]df
−∞
C a: Coeficiente de arrasto,
(12)
A: Área da projeção vertical que contribui para
geração da força no ponto considerado. Em que:

Como alternativa que se pode utilizar nas


C( f ) = A2 ( f ) + B 2 ( f )
(13)
estruturas em membranas, considerando a con-
veniência de aplicar a carga sobre a área de um B( f )
elemento de membrana, cita-se a adoção de uma φ ( f ) = arctan
A( f )
pressão efetiva, que não envolve o coeficiente de (14)
arrasto, mas os de pressão interna e externa, res-
+∞
pectivamente Cpi e Cpe (OBATA, 2004).
Nesse caso, a pressão efetiva do vento, segun-
A( f ) = ∫p
−∞
f (t)cos2πftdt

do a NBR6123, será correspondente ao valor da (15)

expressão 9: +∞

pef = (Cpe − C pi ) p
B( f ) = ∫p
−∞
f (t)sen2πftdt

(9) (16)

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009. 81


No caso deste artigo, a transformada de Para tornar prático o processo do vento sinté-
Fourier, representada pela Equação 12, está dis- tico, utiliza-se a propriedade de equivalência apre-
cretamente composta somente pela função cosse- sentada na Equação 17, em que o valor quadrático
no de forma correspondente ao coeficiente de cor-
3
médio é o valor médio ou esperado de x2 e pode
relação e função de autocorrelação. Ainda pode ser calculado como valor médio. Também para
ser visto pelo gráfico das funções seno e cosseno, a determinação da pressão flutuante, aplica-se o
na Figura 2, que o máximo do cosseno é igual ao
conceito no qual a variância resulta igual ao valor
valor 1 em zero e a 2π radianos ou 360º , diferen-
quadrático médio, tendo-se a média nula. Se o va-
temente do seno que em zero é mínimo e igual a
lor médio for nulo, a variância será igual ao valor
zero. Salienta-se, ainda, que o valor da média da
quadrático médio.
função é obviamente igual a zero para ambas as
funções trigonométricas. +∞

∫ x p ( x)dx
2 2
E[ x ] = x
−∞
1.5

1 (17)
0.5

0 +∞
σ 2 = E[ x2 ] − ( E[ x]) 2 = ∫ x p ( x)dx + 0
0 45 90 135 180 225 270 315 360 405 450 2
-0.5
x
-1 −∞
-1.5 2
cos sin
∴σ 2 = p f (t)
(18)
Figura 2: Gráfico das funções seno e cosseno
Fonte: A autora. +∞
Rx (τ = 0) = ∫S x (ω )dω = E[ x2 ]
Como se utilizam funções harmônicas e, no −∞

caso do vento sintético, em que é preciso transla- (19)

dar uma função harmônica lateralmente em rela- Da Equação 19 apresentada, pode-se, então,
ção à outra, a função cosseno é mais conveniente, dizer que a área sob a curva espectral correspon-
pois permite, nesse tipo de processo, a adequação de ao valor quadrático médio e, consequentemen-
dos máximos e mínimos das séries de dados, isso
te, à variância.
porque esta função possui máximo valor quando

o ângulo em que opera é zero. 2
σ 2 = p f (t) = ∫ S ( f )df
Mudar a função cosseno para a direita ou es- 0
(20)
querda por um ângulo φ(t) resulta em uma nova
função harmônica que será maximizada em um Admite-se ainda o fato da componente flutu-
2π ante poder ser representada por um número fini-
período w(t) de valor igual w(t) = , em que
φ(t)
to m de funções harmônicas, sendo recomendado
φ(t) é denominado ângulo de fase. Essa mudança
por Franco (1993) que seja, no mínimo, igual a 11,
do ângulo de fase da função harmônica, de modo
escolhidas no intervalo de tempo de interesse que
aleatório, é a razão da compatibilidade desse pro- vai de 0,5 segundo a 600 segundos.
cedimento de simulação com a aleatoriedade de Portanto, após essas considerações, a
fato das ações dos ventos. Equação 12 é adequadamente representada por:

82 Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009.


Artigos

m
⎛ 2π ⎞
p f (t ) ≅ ∑ Ck cos ⎜ t − φk ⎟

Ressonância
t
k=1 ⎝Tr rk ⎠ S (n)

(21)

Em que:
Ck = 2 ∫ S ( f )df
( k) 128 64 32 16 8 4 2 1 0,5 0,25 0,125
k
(m) 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 rk=T /T
(22)
k

Figura 3: Decomposição da pressão flutuante


rk = 2k-r em k=11 harmônicos
(23)
Fonte: Franco, 1996

Sendo o valor r o número do harmônico


coincidente com a frequência ressonante, e Tr o Vento Médio (48%) !
Rajadas (52%)

período associado.
Para os cálculos de Ck , Franco (1993) propõe
uma importante propriedade e simplificação, ou
seja, que sejam calculados pelo espectro reduzido,
em razão da proporcionalidade entre o espectro
Ressonância
natural de potência S(f), e o reduzido associado à
fS (f)
escala logarítmica, representada por , de tal
σ2
forma que a amplitude de cada uma das funções
Figura 4: Perfil de pressões sugerido por Franco
harmônicas fique representada por 24:
(1996), apresentando o harmônico corresponde
à ressonância
Ck
pf k = m
= ck p f Fonte: Franco, 1996
∑ pf
k=1

(24) cr
Para a definição dos valores de cada Ck,
cr * =
2
Franco (1996) atribui como o quarto harmônico
(25)
o da ressonância da estrutura conforme Figuras 3
e 4 a seguir, visando a englobar os outros modos cr
de frequência. c = c( r −1) +
( r −1)* 4
Em razão de uma série de estudos sobre es- (26)
truturas de aço e de concreto na região de resso-
nância, Franco (1996) também sugere que seja re- cr
c = c( r +1) +
alizada uma correção de redução igual a dois da ( r +1)* 4
amplitude ressonante. Para que a soma dos coefi- (27)
cientes permaneça igual à unidade, os coeficien-
tes imediatamente superior e inferior são também Portanto, para a análise por meio da meto-
corrigidos, como segue: dologia do vento sintético, criam-se séries de car-

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009. 83


regamentos, sendo que cada uma delas composta the loads of winds, which is an important study
pelo carregamento estático e m componentes har- for towers, light structures, high constructions,
membranes structures, tensor-structures and
mônicos de fases aleatórias determinadas como a
textile architectures. The sequence of applica-
da estrutura. tion of the Method of the Synthetic Wind is
Das respostas estruturais para cada carrega- made from a bibliographical revision to demon-
mento, obtém-se o valor máximo para cada série. strate as a routine of procedures to be applied in
the development of projects using as reference
Dessas respostas, realizam-se análises estatísticas the proposal of recognized structural planner
como se fossem uma distribuição normal em que Dr. Mario Franco, for the analysis random and
se determina o valor de resposta característico unstable actions of the winds in the structures,
máximo, com incerteza de 5%, como expresso na and also a simulation form through Method
of Monte Carlo. Focusing this article and its
Equação a seguir: intention more in didactic understanding than
in the presentation of an possibility of analysis
Resposta95% = 1,65σ + m procedures, this study allows a simplified read-
(28)
ing to the engineering students and beginners
in projects related to the obtaining of results
6 Considerações finais of the efforts and or displacements, when the
wind is considered with random and unstable
Dada a apresentação deste assunto, cita-se que conditions.
a Metodologia do Vento Sintético, para o estudo e Key words: Monte Carlo. Procedure. Random
aplicação de carregamentos de características alea- loads. Synthetic Wind. Wind
tórias, como no caso de ventos, primeiro passa pelo
pleno entendimento da metodologia, razão princi-
pal da descrição básica, papel deste artigo. Notas
Portanto, o correto entendimento da metodo- 1 O número de simulações para o Método de Monte Carlo
logia faz com que a aplicação não se limite a uma apresentado como adequado é de cerca de N =10.000,
segundo Rochman (2004). Para a área financeira no mínimo
simples ferramenta de decomposição de carrega- N=100 é o valor aplicado aos diversos estudos estatísticos,
segundo Breidt (2004).
mentos em partes médias e flutuantes ou aleató-
2 A cota foi 10m e categoria II segundo a NBR6123/88, de
rias, mas como um avanço nas análises possíveis
onde se obteve a seguinte razão:
das estruturas. Do mesmo modo, a possibilidade 2
do desprendimento do conhecimento básico passa p600 ⎛ v600 ⎞ 2
=⎜ ⎟ = 0,69 = 0,48
pelo entendimento das informações que pretensa- p3 ⎝ v3 ⎠
,
mente este artigo buscou encontrar. ou seja, 48% da força do vento corresponde ao valor
médio e 52% o das rajadas, sua parte flutuante; assim
Franco pode definir as relações entre essas ações distintas
e tendo realizada a generalização para as demais
categorias e altitudes.
Synthetic Wind and Monte
3 A função de Fourier é dada por:
Carlo simulation – A way to ∞
⎡ 1 +∞
⎤ ∞
⎡ 1 +∞

x(t) = 2∫ ⎢ ∫ x(t) cosωtdt⎥⎦ cosωtdω +2∫⎢⎣ 2π ∫ x(t) senωtdt⎥⎦ senωtdω
consider the aleatory and 0⎣
2π −∞ 0 −∞
,

instable characteristic of wind normalmente apresentada como:

action in structures ∞ ∞
x(t) = 2∫[A(ω )]cosω td ω+ 2∫[B(ω )]sen ω tdω
0 0
In this article, it is presented a possibility to con-
e matematicamente em correlação a função espectral a
sider the random and unstable characteristic of
componente B (w) é nula.

84 Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009.


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Recebido em 28 nov. 2008 / aprovado em 8 jan. 2009

Para referenciar este texto


OBATA, S. H. Vento sintético e a simulação de Monte
Carlo – uma forma de considerar a característica
aleatória e instável do carregamento dos ventos em
estruturas . Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85,
jan./mar. 2009.

Exacta, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 77-85, jan./mar. 2009. 85

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