1 O presente texto incorpora elementos constantes de alguns ensaios anteriores do autor, entre os
quais: O Brasil e a Argentina: uma aproximação Histórica na Construção do Mercosul (Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro, 1998); A Missão Carneiro Leão no Prata: A Guerra contra Rosas. In:
O Marquês de Paraná. Brasília: FUNAG, 2004; Da Colônia ao Reino Unido e à Independência: A Inserção
Internacional do Brasil (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 2008).
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O contexto histórico
O principal elemento do processo que no período colonial
conduziu à construção territorial do Brasil foi um impulso
de expansão, devidamente seguido por eficazes políticas d e
consolidação. Expansão e consolidação se sucedem historicamente
num processo dialético de contraposição sui generis na formação
histórica brasileira, obrigando o país a desenvolver sucessivamente
no plano externo políticas ativas de revisão e mudança, de um
lado e, de outro, de conservadorismo e status quo. O resultado é
que o Brasil acabou inserindo-se no mundo de maneira isolada.
Em expansão, de certo. Mas contido em sua própria
vizinhança. Isolado numa relação fechada com uma Potência
colonial exausta, no espaço geográfico marginal e periférico da
América do Sul, por onde raramente se cruzaram linhas de
interesses estratégicos das Grandes Potências.
Desde a sua formação, o Brasil teve de lidar com antagonismos
externos, herdados de sua singularidade lusitana na América
do Sul: um território relativamente pequeno, circunscrito por
um tratado de limites, Tordesilhas, inaplicável na prática; sem
riquezas metálicas aparentes; colonizado por um país desprovido
de excedentes de poder; rodeado por unidades hispânicas ricas
em ouro e prata, governadas por uma potência colonial bem mais
poderosa e mais integrada no concerto europeu.
Em 1530, a expedição de Martim Affonso de Souza pelo
litoral sul deixou, no que hoje é a cidade uruguaia de Maldonado,
um marco de propriedade lusitano. Em resposta, os castelhanos
sentiram-se compelidos a guarnecer o estuário do Prata fundando,
em 1536, o porto que viria a se transformar na grande cidade de
Buenos Aires. Hélio Vianna (1994, p. 255), com razão, observa
em sua História do Brasil terem sido estas as “bases para futuras
pendências internacionais, entre portugueses e espanhóis, como
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Em 1827, asseverava:
Esta Guerra [na Cisplatina] [...] ainda continua e
continuará enquanto a Província Cisplatina, que é
nossa, não estiver livre [dos] invasores e Buenos Aires
não reconhecer a independência da nação brasileira e a
integridade do Império com a incorporação da Cisplatina,
que livre e espontaneamente quis fazer parte deste mesmo
Império.
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Referências bibliográficas
ALBERDI, Juan Bautista. Escritos Póstumos. Quilmes, ARG:
Universidad Nacional, 1998 apud SEIXAS CORRÊA, L. F. O Marquês
de Paraná, Brasília: FUNAG, 2004.
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