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MOMENTO ANGULAR DO FÓTON

Antônio José da Costa Sampaio


19 de dezembro de 2016

1 INTRODUÇÃO
Nesse trabalho estamos interessados em obter uma grandeza observável para representar o mo-
mento angular do fóton. O princı́pio da correspondência garante que grandezas fı́sicas aditivas
são as candidatas a representar observáveis fı́sicas, dentre elas estão a energia, o momento
linear, o momento angular e outras, e tudo se deve ao fato que os corpos macroscópicos são
compostos por micropartı́culas e cada micropartı́cula possui as suas próprias grandezas fı́sicas.
Da fı́sica clássica sabe-se que a radiação transfere momento linear ao incidir sobre um objeto,
conhecido como pressão de radiação, e é apontado como futuro propulsor de naves espaciais em
viagens pelo sistema solar. Num experimento realizado em 1936, R. Beth mostrou que radiação
pode, também, transferir momento angular. Ao fazer luz circularmente polarizada atravessar
uma lâmina de um cristal birrefrigente, Beth verificou que a lâmina entrava em rotação em
torno da direção de propagação da radiação. Este experimento garantiu que a transferência de
momento e energia aconteciam e que era possı́vel medir a transferência de momento angular.

Figure 1: MOMENTO ANGULAR DO ELÉTRON

1
Pela teoria clássica, o campo elétrico da radiação, de frequência angular ω força os elétrons
atômicos a oscilar e seus movimentos seriam do tipo harmônico amortecido e forçado classica-
mente. considerando a direção de propagação da radiação como sendo o eixo z; o movimento
dos elétrons aconteceria no plano xy, isto é, os elétrons acompanhariam a circulação do campo
elétrico oscilante da radiação, veja figura 1. As equações do movimento do elétron são dadas
por,
e
ẍ + γ ẋ + ω02 x = Ex (1)
m
e
ÿ + γ ẏ + ω02 y = Ey (2)
m
m é a massa do elétron, e é a carga do elétron, ω0 é a frequência natural das oscilações e γ é a
constante de amortecimento. O campo elétrico da luz circularmente polarizada fica dado por,

E = Ex + ıEy (3)

definindo z como sendo,

z = x + ıy = E0 e±ıωt (4)

Multiplicando a equação 2 por ı e somando a equação 1, obtemos,


e
z̈ + γ ż + ω02 z = E0 e±ıωt (5)
m
tomando como solução desta equação o número complexo

z(t) = reıθ (6)

onde, da figura 1 vê-se que

θ = ±(ωt − δ) (7)

tal que o sinal mais ou menos está relacionado às polarizações à esquerda e à direita. Portanto,
a solução z(t) fica dada por,

z(t) = re±ı(ωt−δ) (8)

As derivadas primeira e segunda de z(t) serão dadas por,

ż(t) = ±ıωre±ı(ωt−δ) (9)


z̈(t) = −ω 2 re±ı(ωt−δ) (10)

Substituindo esses resultados na equação 5, obtemos


eE0 ±ıωt
(ω02 − ω 2 ± ıγω)re±ı(ωt−δ) = e (11)
m
dividindo esta equação pelo termo e±ıωt , obtemos,
eE0
(ω02 − ω 2 ± ıγω)re∓ıδ = (12)
m
2
Dessa forma , obtemos uma expressão que vai permitir calcular os parâmetros r e θ, ou seja,
eE0
∓ıδ m
re = (13)
(ω02 − ω2 ± ıγω)
O lado esquerdo dessa equação pode ser escrito na forma,

re∓ıδ = rcos(δ) ∓ ırsen(δ) (14)

e o lado direito renormalizado fica escrito por,


eE0 eE0
m m
(ω02 − ω 2 ∓ ıγω)
= (15)
(ω02 − ω2 ± ıγω) (ω02 − ω 2 )2 + γ 2 ω 2
como os lados esquerdo dessa duas equações são iguais, então os lados direitos também o são e
igualando-os tiramos os seguintes resultados.
eE0
m
(ω02 − ω 2 )
rcos(δ) = (16)
(ω02 − ω 2 )2 + γ 2 ω 2
eE0
m
γω
rsen(δ) = 2
(17)
(ω0 − ω )2 + γ 2 ω 2
2

dividindo a equação 17 pela 16, obtemos,


γω
tg(δ) = (18)
ω02 − ω2
Por outro lado elevando as equações 17 16 ao quadrado e somando vamos ficar com,
" #
 eE 2 (ω 2 − ω 2 )2 + γ 2 ω 2
0 0
r2 = (19)
m [(ω02 − ω 2 )2 + γ 2 ω 2 ]2

simplificando essa equação, chegamos ao resultado para r,


eE0
m
r=p 2 (20)
(ω0 − ω 2 )2 + γ 2 ω 2

Assim, conseguimos obter a solução para z(t), contudo, z(t) é uma solução complexa e pre-
cisamos, apenas usar como solução para o problema as partes real e imaginária. Vamos a
seguir usar a figura 1 para encontrar o momento angular do fóton. A figura 1 mostra o campo
elétrico da radiação circularmente polarizada a esquerda com ω < ω0 e δ > 0; também mostra o
elétron em movimento circular de raio r e em defasagem com o campo pelo ângulo de fase δ. O
elétron está sob a ação da componente tangencial do campo elétrico E,~ a componente E~θ , que
produz um torque, realizando trabalho sobre o elétron e transferindo momento angular para o
elétron na direção z. A energia transferida pela radiação por unidade de tempo é dada por,
dE
P = = F~ · ~v = eE
~ · ~v (21)
dt
~v = ±ωrêθ (22)

3
os sinais ± significam polarização circular esquerda e direita. Por outro lado, como
~ · ~v = vEθ = ±ωrEθ
E e (23)
τz = reEθ (24)

τz é o torque produzido sobre o elétron na direção z pelo campo elétrico da radiação. Portanto,
a variação do momento angular do elétron fica dada por,
dJze
= τz = reEθ (25)
dt
Dessa forma a taxa com que a energia é transferida pela radiação é,
dE dJ e
= ±ω z (26)
dt dt
Até agora estávamos falando do que ocorre com o elétron, precisamos agora voltar o foco
para o que interessa, que é o momento angular do fóton, portanto, vamos usar o princı́pio da
correspondência, primeiro usado por Bohr para interpretar essas relações em termos de fótons.
No limite clássico, o feixe incidente é composto de um grande número de fótons, cada um com
energia ~ω, dessa forma, podemos dizer que,
dE dN
= ~ω (27)
dt dt
onde dN
dt
é a taxa de absorção de fótons pelo material, por unidade de tempo, colocando a lâmina
em rotação no experimento de Beth. Por outro lado, se admitirmos que cada fóton absorvido
transfere um momento angular Jz para o elétron, onde Jz , agora é o momento angular do fóton
ao longo de sua direção de propagação z, temos, analogamente, a equação 27,
dJze dN
= Jz (28)
dt dt
Substituindo o resultado da equação 28 na equação 26, obtemos,
dE dN
= ±ωJz (29)
dt dt
comparando esse resultado com a equação 26, tiramos os valores para Jz do fóton, isto é

Jz = ±} (30)

o sinal + para polarização circular esquerda e o sinal - para polarização circular direita. Por-
tanto, esse resultado mostra que o momento angular do fóton ao longo de sua direção de
propagação é quantizado, assumindo os valores +} e −}, que são os autovalores da observável
Jˆz . Tomando como estados de base, os estados de polarização circular esquerda e direita abaixo,
 
1
1
|+ > = √  
2 ı

4
 
1
1
|− > = √  
2 −ı
podemos então construir o observável Jˆz do fóton.

Jˆz = +}|+ >< +| + (−})|− >< −| (31)

   
1 1
} }
Jˆz = 
 
 1 −ı −  1 ı (32)
2 2
ı −ı

"   #  
} 1 −ı 1 ı 0 −ı
Jˆz = − =~ (33)
2 ı 1 −ı 1 ı 0

Resultado este obtido na base dos estados de polarização linear,


π
|θ = 0 > e |θ = > (34)
2

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