Gêmeos unidos
Conjoined twins
Os gêmeos unidos são de ocorrência rara na medicina e é grande curiosidade por parte da Alex Sandro Rolland de Souza1
Resumo
Conjoined twins have a rare prevalence and special curiosity among phisicians and general
Abstract
population. The reported frequency varies from 1:50,000 to 1:200,000 pregnancies. Pathogenesis
is not completely clarified, although most authors believe in incomplete separation of the
embryonic disk during organogenesis. Thoracopagus, xiphopagus, ischiopagus, pygopagus
and craniopagus have been described and different kinds of nomenclature were proposed
to classify them. Prenatal diagnosis may be performed by ultrasound. Magnetic resonance
imaging can offer better details about contact surface area and shared organs which is
important to define possibility of surgical separation. Conjoined twins demand special
attention of phisicians for it’s rare occurrence, prognosis and ethical questions.
1
Centro de Atenção à Mulher – Setor de Medicina Fetal do Instituto Materno Infantil de Pernambuco – SEMEFE-IMIP
O caso mais antigo registrado aparece na Inglaterra em Os gêmeos monozigóticos apresentam geralmente uma
1100 d.C. (Agarwal et al., 2003). A primeira publicação incidência constante em todas as raças, não sendo influen-
sobre o sucesso da separação de gêmeos coligados, as irmãs ciados pelas técnicas de reprodução assistida (Egan & Bor-
Elisabet e Catherina, foi em 1689 por Emanuel Konig. Eram gida, 2004). Entretanto, podem ocorrer após transferência
do tipo onfalópagos (ligados pelo umbigo), sendo realizadas do embrião por fertilização in vitro na fase de blastocisto
constrição e necrose da ponte de ligação (Módolo et al., (Shimizu et al., 2004). Desta forma, os gêmeos unidos, que
2002; Kompanje, 2004). são sempre monozigóticos, apresentam uma incidência
O termo “gêmeo siamês” foi dado primeiramente aos quase constante nas diversas partes do mundo, não sendo
irmãos Chang e Eng Bunker, o caso mais famoso, nascidos influenciados por fatores raciais, hereditários, idade materna
no Sião (Tailândia), em 1811. Eram gêmeos unidos do tipo ou paridade (Posser & Posser, 1996). Esses gemelares são
xifópagos (ligados pelo apêndice xifóide, parede abdominal sempre simétricos, do mesmo sexo, com os segmentos do
anterior ou umbigo) e nunca foram separados. Casaram corpo iguais e unidos pelas mesmas partes, com exceção do
com duas irmãs aos 31 anos de idade, tiveram 21 filhos e gemelar parasitário que é assimétrico (Kaufman, 2004).
morreram com 63 anos (Módolo et al., 2002). O sexo feminino é o mais freqüente, em torno de 70%
Outro caso pouco conhecido, porém, não menos interes- dos gêmeos unidos, numa proporção com o sexo mascu-
sante e de grande interesse histórico foi o das irmãs Blazek lino de 4:1 (Harper et al., 1980; Walker & Browd, 2004) e
da Bohemia (1878-1922) e que representam à extrema ma- estão associados ao polidrâmnio (Posser & Posser, 1996;
nifestação de pigópagos. Eram irmãs fusionadas pelo sacro Kaufman, 2004).
e pelve com uma vagina compartilhada. Salientam como as
únicas gêmeas unidas conhecidas que conceberam um bebê Etiologia
do sexo masculino, saudável e que durante a gestação a outra
irmã ficou menstruando até a 32ª semana de gravidez, sem Os mecanismos de indução da gemelidade espontânea
igual nos arquivos da medicina (Sills, 2005). no ser humano permanecem desconhecidos. A exposição
Um termo utilizado para o gêmeo cefalópago ou cefaloto- materna a certos agentes externos tem sido associada à
racópago “Janiceps” é derivado de Janus – um Deus Romano ocorrência de gemelidade monozigótica, quando a herança
de duas faces (Chen et al., 2003). Deus vigilante das entradas genética não for responsabilizada e não houver fertilização
e saídas, com duas faces olhando uma para o leste e outra assistida (maioria das vezes). Essa exposição precisa ser
para o oeste, aonde se inicia e termina o dia. precoce para que ocorra a indução da gemelidade, e quanto
mais tardia ocorrer, maior o risco de divisão incompleta entre
Incidência os gêmeos (Kaufman, 2004).
Estudos em ratos mostram que esses agentes têm uma
A incidência dos vários tipos de gêmeos unidos é discutida, particularidade em comum: são capazes de interferir na di-
e acredita-se que a maior incidência de gemelidade imper- visão celular agindo, na maioria das vezes, como inibidores
da mitose. Esse é o caso do etanol, da vincristina, colchi- diamniótica, com incidência aproximada de 1:100 gestações
cina e anestésicos. Essas substâncias além de indutoras de ou 70% das gestações gemelares; quando um ovo fecundado
gemelidade são também de aneuploidia, sendo, portanto posteriormente se divide ocorrerá a gemelidade monozigótica
consideradas teratogênicas (Kaufman, 2004). (gêmeos idênticos) com incidência aproximada de 1:250
Vale ressaltar que existem substâncias que são indutoras gestações ou 25-30% das gestações gemelares (Quadro 1)
da gemelidade monozigótica e que não são teratogênicas, a (Posser & Posser, 1996).
exemplo dos hormônios exógenos utilizados na fertilização A corionicidade e amniocidade no gêmeo monozigótico
assistida. Tem sido observado também um aumento na in- irão depender da época que ocorrerá a divisão do ovo, já
cidência de monozigotia após seis meses de interrupção do que uma vez diferenciado, o tecido não será mais capaz
uso de contraceptivos orais (Kaufman, 2004). de se dividir. A diferenciação trofoblástica ocorre entre 4 e
Alguns autores acreditam que diversos fatores, agindo 6 dias da fertilização, e a do âmnio após o oitavo dia. Desde
num período suscetível, induziriam a uma divisão incompleta modo, teremos gemelidade monozigótica, dicoriônica, di-
do disco embrionário, na fase primitiva do desenvolvimento, âmniótica quando o zigoto se dividir antes da diferenciação
a blástula (Posser & Posser, 1996; Kaufman, 2004). do trofoblásto, fase de mórula (1/3 dos casos). Se o zigoto
São conhecidos alguns fatores predisponentes, como se divide após a diferenciação do trofoblásto, porém antes
defeitos próprios da linha primitiva e envelhecimento do da diferenciação do âmnio, fase de blastocisto, teremos
óvulo, que podem resultar numa diminuição da capaci- gêmeos monocoriônicos e diamnióticos (2/3 dos casos).
dade de diferenciação normal. Outros, como dificuldades Caso esta divisão ocorra após o oitavo dia, resulta em
na nutrição do ovo e malformações no embrião, devido a gêmeos monocoriônicos e monoamnióticos (< 1% dos
infecções ou deficiente irrigação sanguínea, também podem casos) (Posser & Posser, 1996). Entretanto se a divisão for
estar envolvidas. em torno do 13º dia da fecundação, resultará nos gêmeos
Existem duas teorias, com pontos de vista opostos, que acolados, com diversas formas de fusão com compartilha-
tentam explicar a patogênese dos gêmeos unidos (Atha- mento ou não dos órgãos internos (Quadro 1) (Posser &
nasiadis et al., 2005). A primeira teoria seria a da fusão, Posser, 1996).
onde ocorre a separação completa dos primeiros blastôme-
ros, seguido por fusão parcial de gêmeos monozigóticos Quadro 1 - Classificação dos gêmeos quanto a coriônicidade.
(Kaufman, 2004). Eles seriam unidos pelos sítios onde a Época da
superfície endodérmica está ausente ou pré-programada Tipo Freqüência
Divisão do ovo
para que se torne rompida ou fundida (Athanasiadis et al.,
2005). Entretanto, já não se acredita que a teoria da fusão
Monozigóticos 1:250 gestações –
25 a 30% dos gêmeos
seja a base da gemelidade imperfeita (Kaufman, 2004). A
segunda teoria seria a da fissão, onde sugere a separação Monocoriônicos
incompleta dos primeiros blastômeros, originando os gê- Gêmeos unidos 1:50.000 a 1:200.000 > 13 dias
meos unidos, com duplicação apenas daquelas partes que gestações
foram completamente separadas.
Monoamnióticos < 1% dos casos 8 a 13 dias
Nos gêmeos heterópagos a exata etiopatogenia ainda
não foi definida, entretanto sugere-se que possa ser devido Diamnióticos 2/3 dos casos 6 a 8 dias
a um evento isquêmico que ocorra precocemente durante Dicoriônicos
a gestação ou a divisão incompleta das células na fase de
blastocito (Chen & Choe, 2003).
Diamnióticos 1/3 dos casos 4 a 6 dias
Figura 1 - Tipos de gêmeos de acordo com a classificação de Spencer. O onfalópagos, T toracópagos, Ce cefalópagos, I isquiópagos, Pa parapágos,
Dip parapágos diprosopos, Dic parapágos dicéfolos, Cr craniópagos, R raquípagos e Py pigópagos (Spencer, 1996; Walker & Browd, 2004).
1996; Spitz & Kiely, 2003; Walker & Browd, 2004; Athanasiadis Alguns termos podem ser utilizados para complementar a
et al., 2005) (Quadro 2 e Figura 1): nomenclatura, como brachius (membro superior), pus (membro
inferior) e cephalus (cabeça), acrescidos dos prefixos numé-
• União Ventral ricos di-, tri- e tetra- (dois, três e quatro, respectivamente)
• Cefalópagos: da cabeça ao umbigo. O abdome inferior e a (Athanasiadis et al., 2005).
pelve não são unidos.
Recentemente foi publicado um caso de gêmeos triplos
•
Toracópagos: unidos pelo tórax, sempre com um coração
e duas pelves. coligados diagnosticados no pré-natal através da ultra-
• Onfalópagos: unidos através do umbigo, freqüentemente sonografia e ressonância nuclear magnética. Por ser raro
inclui o tórax inferior, mas nunca compartilhando o coração. não existe um sistema de classificação para essa finalidade.
A pelve não está coligada. Desta forma, o gêmeo unido triplo foi caracterizado como
• Isquiópagos: unidos ventralmente da região umbilical inferior à pelve tricephalus, tetrabrachius, tetrapus parapagotoracopagus
com dois sacros e duas sínfises púbicas (unidos pelo ísquio).
(Athanasiadis et al., 2005).
• União Lateral – unidos ventrolateralmente compartilhando o
umbigo, abdome e pelve.
• Parapagos: unidos lateralmente, sempre compartilha a pelve
com uma sínfise púbica e um ou dois sacros. Quando a
Diagnóstico
união se limita ao abdome e pelve, com o tórax separado,
são chamados de ditorácicos parapagos. Se a união for no A ultra-sonografia é o principal método complementar
tronco sem as cabeças coligadas são conhecidos como de diagnóstico pré-natal, não sendo diferente nos fetos por-
dicefálicos parapagos, que raramente sobrevivem e podem tadores de gemelidade imperfeita. Seu diagnóstico pode ser
estar associados a malformações (Harma et al., 2005). E se realizado desde a 9ª semana de gestação (Fang et al., 2005),
há apenas um tronco e uma cabeça, mas com duas faces
são chamados de diprosopos parapagos.
possibilitando a interrupção precoce da gravidez, o que no
• União Dorsal – a união ocorre usualmente dorsolateralmente Brasil ainda não é legalmente permitido. A translucência
sem incluir tórax, vísceras ou umbigo. nucal realizada por volta de 11 a 14 semanas de gestação
• Craniópagos: unidos em qualquer porção do crânio exceto pode estar alterada nos casos de gemelidade imperfeita
a face e o forame magno. Eles compartilham os ossos do (Bulbul et al., 2004).
crânio, as meninges e ocasionalmente a superfície do cérebro.
No passado o diagnóstico pré-natal de gêmeos coligados era
O tronco não se encontra unido.
praticamente impossível, sendo hoje realizados na maioria dos
• Pigópagos: unidos dorsalmente compartilhando as regiões
sacrococcígeas, perineais e, às vezes, o cordão espinhal. Há casos através da ultra-sonografia por profissionais capacitados
usualmente um ânus e dois retos. (Athanasiadis et al., 2005; Bulbul et al., 2004; Chen & Choe,
• Raquípagos: unidos dorsalmente através da coluna vertebral. 2003; Chen et al., 2003; Costa et al., 1995; Durin et al., 2005;
Quadro 2 - Sistema de classificação dos gêmeos unidos (adaptado de Athanasiadis et al., 2005).
Fang et al., 2005). Desta forma, Koontz et al., em 1983, estabe- O procedimento EXIT (ex utero intrapartum treatment)
leceram alguns critérios ultra-sonográficos de diagnóstico, como: tem sido utilizado em provavelmente dois casos de gêmeos
ausência de membrana divisória; impossibilidade de separar os unidos descritos na literatura. Sua indicação objetiva manter
corpos fetais durante a exploração ultra-sonográfica; detecção as vias aéreas pérvias dos gêmeos para posterior correção
de anomalias fetais; e mais de três vasos no cordão umbilical. cirúrgica (Ossowski & Suskind, 2005).
A amniografia pode também ser utilizada para esclarecimento
diagnóstico nos casos de gêmeos unidos por uma pequena ponte, Conduta e cirurgia de separação
onde o diagnóstico ultra-sonográfico pode deixar dúvidas.
Uma vez estabelecido o diagnóstico é importante determinar A separação de gêmeos unidos provoca interesse na co-
o sítio de coligação e o grau de união dos órgãos envolvidos, munidade científica devido a sua complexidade, à raridade da
para que possamos avaliar o prognóstico fetal. Desta forma, patologia e às poucas chances de sobrevida (Módolo et al., 2002).
é necessária uma avaliação anatômica precisa (inclusive da O acompanhamento de gêmeos acolados deve ser multidisci-
vascularização local) para o adequado planejamento cirúrgico plinar envolvendo pediatras, obstetras, anestesistas, cirurgiões,
através da ressonância magnética e da tomografia computa- intensivistas, psicólogos e enfermeiros (Thomas, 2004).
dorizada (Goodrich & Staffenberg, 2004). O planejamento terapêutico dos gêmeos começa antes do
A ultra-sonografia tem sido método preferencial para o nascimento, através de uma ultra-sonografia de boa qualidade
diagnóstico de anomalias congênitas por causa de seu baixo e ressonância magnética pré-natal (Hockley et al., 2004). É
custo, facilidade e imagem em tempo real. Entretanto, a resso- importante que antes do nascimento já esteja definido qual
nância magnética vem ganhando espaço no diagnóstico pré- o sítio de fusão, se existe compartilhamento de estruturas
natal (Hockley et al., 2004; Athanasiadis et al., 2005). Sendo, vitais, a disposição vascular dessas estruturas e quais as
portanto, utilizada nos gêmeos unidos para obter informações chances de sobrevida desses fetos. A partir daí, poderá ser
a respeito do compartilhamento dos órgãos fetais. traçado, em conjunto com a família, um plano cirúrgico, caso
A ecocardiografia fetal é um exame complementar crucial haja a possibilidade de separação, ou oferecida aos pais a
nesta pacientes para avaliação da anatomia e função cardíaca possibilidade de interrupção precoce da gestação, nos países
(Spitz & Kiely, 2003). Outros métodos que podem trazer onde essa decisão é legalizada (Atkinson, 2004).
algum esclarecimento diagnóstico são a ultra-sonografia Cefalópagos e outros gêmeos que compartilham coração,
em 3-dimensões (Chen et al., 2003; Spitz & Kiely, 2003; fígado e pulmão apresentam um risco cirúrgico bastante
Mackenzie et al., 2004; Fang et al., 2005) e a transvaginal no elevado, enquanto os pigópagos, isquiópagos e aqueles que
primeiro trimestre de gestação (Durin et al., 2005). não compartilham estruturas vitais podem obter um maior
benefício da separação cirúrgica (Hockley, 2004).
Via de parto O momento ideal para separação parece ser entre o 4º e 11º mês
de vida, quando a perda sangüínea é mais suportada e o manejo
O parto transpelviano é possível quando os gêmeos estão anestésico desses pacientes torna-se mais fácil. Entretanto, a cirurgia
mortos, são prematuros, quando o prognóstico é ruim ou não deve ser muito postergada, pois quanto mais precoce a se-
a interrupção da gestação foi aventada, mas algumas vezes paração menor o trauma psicológico dos bebês (Thomas, 2004).
a cesariana é indicada principalmente quando os fetos são A cirurgia para separação é um procedimento complexo
grandes (Agarwal et al., 2003). Desta forma, a possibilidade e requer uma equipe bem preparada de cirurgiões, duas
de parto normal é rara (Harma et al., 2005) e a cesariana deve equipes de anestesistas e auxiliares bem treinados, deven-
ser preferida, pois, além de diminuir o risco de lesões maternas do, portanto, ser um procedimento eletivo bem planejado.
e fetais, o parto pode ser melhor programado. Entretanto, algumas situações requerem intervenção de
A sala de parto deve ser preparada com berço ou incubadora urgência, aumentando ainda mais o risco cirúrgico. São elas:
suficientemente largos e materiais de ressuscitação adequados, quando o sítio de ligação dos gêmeos oferece risco para os
equipe de obstetras preparados, duas equipes de neonatologis- fetos (onfalópagos); na presença de lesão no sítio de ligação;
tas, auxiliares treinados e anestesista. Caso tenha sido decidido quando um dos gêmeos ameaça a vida do outro (cardiopatia
previamente por intervenção cirúrgica precoce, contatar com uma congênita grave e sepsis); quando a manutenção da ligação
equipe de cirurgiões, dois anestesistas e preparar o berçário ou a ameaça a estabilidade hemodinâmica dos fetos (toracópagos);
unidade de terapia intensiva para recebê-los (Thomas, 2004). e quando um dos gêmeos tem malformação incompatível
com a vida (anencefalia) ou é um natimorto, e o outro tem mações mais freqüentemente associadas são: anencefalia,
boas chances de sobrevida (Thomas, 2004). holoprosencefalia, anomalias vertebrais, cardíacas, renais,
de extremidades, atresia traqueoesofágica, ânus imperfurado
Complicações e atresia retal.
técnica. Hoje não nos preocupamos apenas com o diagnóstico não são pares as chances de sobrevida são mínimas e isso
intra-útero, mas também com o prognóstico e a possibilidade deverá ser colocado aos pais para que se possa oferecer a
da realização da cirurgia de separação. chance de interrupção da gestação.
Uma importante preocupação seria o diagnóstico mais Sendo assim, apesar dos avanços obtidos ao longo dos
correto possível quanto ao compartilhamento dos órgãos anos, tanto médico-cirúrgico quanto ético-legal, a questão
ainda intra-útero, para poder traçar um prognóstico e definir dos gêmeos unidos ainda é muito polêmica e merece ainda
a melhor forma de tratamento pós-natal. Quando os órgãos mais investimento científico médico e comportamental.
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