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Trânsito em Portugal é mais

"calmo" que no Brasil e


dificilmente há carros
"costurando" Imagem: Lusa/RR
Renascença/Reprodução

Ricardo Ribeiro
Colaboração para o UOL, em
Coimbra (Portugal)
17/02/2018 04h00

Vai para lá? Leve sua CNH e veja como ser habilitado no país lusitano

Portugal se tornou um destino corriqueiro de brasileiros e UOL Carros mostrou na


última sexta-feira (16) como é o trânsito lusitano e suas principais curiosidades.
Agora, revelamos um guia para quem vai visitar ou se mudar para o país lusitano e
pretende dirigir por lá.

Para tirar a chamada "carta de condução" em Portugal é preciso desembolsar até 1.000
euros -- na cotação atual, cerca de R$ 4.000. São obrigatórias 28 aulas teóricas e 38
práticas, num total de 55 horas-aula. Bem superior às 25 horas-aula do Brasil, onde cinco
podem ser feitas em simuladores. Mesmo com essa quantidade, os aspirantes a
motoristas portugueses ainda reclamam da qualidade e apontam falhas na aprendizagem.
"Nas aulas somos treinados para passar no exame e não para sermos motoristas. Metade
das pessoas da minha turma que tiraram carta não sabem dirigir na autoestrada ou fazer
um estacionamento bem feito", avalia a estudante Cátia Barbosa, moradora de Peso da
Régua, se referindo à baliza.

Em Portugal não é possível substituir aulas práticas por simulador. Poucas escolas
oferecem o equipamento como complemento da aprendizagem.

Categorias: de A a D

As categorias são em letras como no Brasil, com A para motos, B para ligeiros (carros)
e C e D para pesados (vans e caminhões). Existem números que diferenciam cilindrada
ou porte, além de carga e passageiros.

A diferença para nossa CNH é de que em Portugal é possível dirigir motos de até
125 cc com carta de carro. A idade mínima é 18 anos, mas com 16 já se pode
guiar quadriciclos (B1) ou motonetas (A1, menos de 50 cc).

Brasileiros podem guiar usando a CNH brasileira quando estiverem no país como turistas,
por até 90 dias, sem necessidade da Permissão Internacional de Dirigir -- isso também
acontece em outros 130 países que assinaram a Convenção de Tráfego Rodoviário de
Viena ou outro acordo de reciprocidade.

Mas se for permanecer por mais de 90 dias, seja com visto de residente ou estudante, o
motorista deve converter sua CNH em uma carta de condução portuguesa. O processo é
feito no IMT (Instituto da Mobilidade e dosTransportes), custa 30 euros e é preciso
apresentar exame médico, visto e sua CNH válida, que será retida. Esse procedimento
deve ser feito antes de completar os 90 dias -- caso contrário, uma prova prática pode ser
exigida.

Educação diferente

A prioridade ao pedestre é muito difundida, ao contrário do que ainda acontece no Brasil.


Há casos de desrespeito, claro, mas no geral, quando não há semáforo, o motorista freia
assim que alguém coloca o pé na "passadeira" (faixa de pedestre). Em alguns casos, há
frenagens bruscas e até pequenos acidentes.
Autoescolas de Portugal também
não ensinam a dirigir, mas a
passar na prova, como fazem as
brasileiras. "Nas aulas somos
treinados para passar no exame e
não para sermos motoristas",
desabafa Cátia Barbosa Imagem:
Divulgação

"Há muito respeito com o pedestre, ninguém estaciona em vaga de deficiente [sem
precisar] e, no geral, todos são muito obedientes à sinalização", confirma a brasileira
Elis Christina Alves de Souza, 29, que mora em Portugal há seis anos.

No geral, o trânsito é calmo e não há motoristas costurando o trânsito. A presença de


motos é pequena, mesmo em cidades maiores, e quase não se usa os corredores. Há
menos buzinadas que no Brasil também.

Centros históricos têm restrição de circulação. Estradas regionais, boas para evitar
pedágios, cortam vilas e o limite de velocidade diminui. "Nas expressas, a esquerda é
para ultrapassagens e não fixar residência", ressalta Cruz.

É preciso já ter feito metade das aulas práticas para se


inscrever no exame teórico, chamado de "exame de
código". A etapa final é o exame prático. Se aprovado, você
já pode sair dirigindo com um comprovante Imagem:
Divulgação

E multas?

Não é difícil entender as placas, mas há algumas bem diferentes, além de


algumas curiosas, como uma que diz "outros destinos". "Para onde será que ela te leva?",
brinca Elis.

A legislação também muda. Ligar o farol de neblina só pelo "estilo", sem a efetiva
existência de neblina, por exemplo, é infração punida com multa de até 150 euros (R$
600) -- no Brasil isso também é infração, mas não há fiscalização para tal.

O limite para o álcool no sangue não é zero, como no Brasil. É permitido guiar com até 0,5
g/l de sangue -- algo como uma taça de vinho ou duas latas de cerveja. Ou seja, dá para
beber, mas moderadamente. De 0,6 a 0,8 g/l, existe uma multa de 1.250 euros. Acima
disso, pode chegar a 2.500 euros. O limite baixa para 0,2 g/l no caso de motoristas
novatos ou profissionais.

Há proibição de dirigir por entre dois meses e dois anos, o que também ocorre para outras
infrações graves. As decisões sobre infrações são julgadas em tribunal e costumam ser
rápidas, principalmente se o motorista foi pego em blitz, chamadas "operação Stop".

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