O filho Tião é um jovem que visa um futuro melhor com sua esposa
grávida, ambições que podem ser classificadas como burguesas, na visão de
seu pai, pois vai de encontro às pretensões idealistas de Otávio, seu pai, um
assíduo sindicalista que luta e enfrenta a busca da expansão dos direitos dos
trabalhadores e aposta na coletividade para assim o fazer, chegou a ter sido
preso enquanto lutava pelos seus ideais.
Por fim, na cena do confronto final entre Maria e Tião, ele chega a bater
nela, mais uma demonstração da sociedade machista praticante da violência
familiar, principalmente contra mulheres e crianças. Maria também sofre
agressão por seu esposo Tião, que após uma discussão sobre as atitudes
tomadas sobre o movimento grevista. Em meio à briga, Maria o ofende, chama
de covarde, Tião se exalta e lhe dá uma tapa no rosto, mais uma demonstração
da sociedade machista praticante da violência familiar, principalmente contra
mulheres e crianças.
Tião é um jovem-adulto alienado, monstra essa atitude quando se
recusa a ter vinculo com qualquer consciência política alegando ser perigosa e
almeja a ascensão social por meio do trabalho, mérito e esforço. Ele, de certa
forma, toma para si a lógica liberal e defende os ideias oferecidos pela classe
fundamentalista. Por outro lado, Otávio e Maria reforçam a importância da
união entre os homens e o reconhecimento do espaço social em que estão
inseridos, como forma de resistência às possíveis opressões que o discurso da
classe patronal pode expressar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS