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Fazer psicoterapia... Para quê?

Precisamos sempre ter em mente que todos, todos mesmo passam por período de
estresse, tristeza e luto. São acontecimentos e sentimentos normais da vida de qualquer
ser humano e também um produto do modo de vida que levamos. Todavia, nestes
momentos em que estamos mais vulneráveis é quando encontramos mais dificuldade
para buscar ajuda profissional. Seja pelos mais variados motivos ou até por “desculpas”
nossas.
É fato que a comunidade de psicólogos e psiquiatras tem como prioridade o diagnóstico
e tratamento de doenças mentais, ou mais especificamente, de pessoas que
apresentam algum tipo de transtorno mental (depressão, fobia, esquizofrenia...).
Entretanto, isso não quer dizer que a ajuda psicológica não possa ser aproveitada por
quem não tem problema tão óbvio. Inclusive, essas situações não tão óbvias podem
evoluir para um transtorno mental, caso não haja ajuda profissional. Uma vez que
quanto cedo se procura auxílio, mais fácil é a resolução do problema... E por que não
dizer mais barata – financeiramente e energia.
Mas percebemos a partir de nossa prática que há baixa procura pelos serviços de
Psicologia. Lógico, houve aumento nos últimos tempos, mas mesmo assim há uma
dificuldade do paciente chegar até nós. E temos noção de que isso não é por acaso...
Ainda há o estigma social de que psicoterapia seja algo para louco, que este tratamento
demonstra fraqueza, de longa duração e muito caro.
E... Nenhuma dessas ideias é verdadeira. Primeiro, há um preconceito com as doenças
mentais e as pessoas que apresentam algum tipo de desvio. E olha que nem estamos
falando de doença mental neste texto, mas de problemas da vida, cotidianos. Nós temos
que olhar a psicoterapia de maneira semelhante à prática de exercícios físicos ou uma
alimentação saudável e correta. Ou seja, uma estratégia que pode ajudar no alívio do
estresse e outras tensões. O tempo e o dinheiro a ser investido sempre depende. Há
pacientes que fazem sessão de psicoterapia uma, duas, três vezes ou mais por semana.
E o valor vai variar conforme a frequência semanal, a localização do consultório e lógico
a experiência e formação do psicólogo.
Lembrando que o número de sessões semanais está diretamente relacionado com a
duração da psicoterapia. E este deve ser acordado entre o psicólogo e seu paciente.
Penso que uma analogia boa a ser feita e que cabe aqui é: quando vamos ao médico,
ele não passa alguns medicamentos e cada medicamento tem uma dose, uma
frequência... A psicoterapia é o medicamento e ela deve ter doses ou sessões semanais
conforme a demanda.
Tem um ponto importante na dificuldade em procurar a psicoterapia: o de parecer fraco
perante a sociedade. Os males mentais são sempre colocados em segundo plano, como
se fosse frescura. Pois é, mas não são. Têm importância igual a qualquer outra parte de
nossa vida. Vou recorrer de novo a analogia com o trabalho do médico. Quando estamos
com uma dor no peito, procuramos o cardiologista. Este faz uma série de exames e
prescreve um tratamento. Isso foi um sinal de fraqueza? Então, por que procurar um
psicólogo quando se está com cansaço mental, irritação ou ainda uma tristeza que não
passa seria?
Quando devemos procurar um psicólogo? Minha resposta é: sempre. No Brasil (e na
maior parte do mundo) não se tem a cultura de prevenir para se ter saúde. Procuramos
um profissional de saúde quando já se tem um quadro instalado. Às vezes penso, se
fazemos check-up no cardiologista, neurologista, pediatra... Por que não fazer no
psicólogo? Evitaríamos grandes problemas, assim como evitamos quando
comparecemos ao médico. Todavia, devemos nos atentar num sinal de alerta: sempre
que algo te impedir de fazer alguma coisa, lhe oprime ou limita seu funcionamento isto
merece a atenção de um psicólogo.
Penso que não é bom dizer procure um psicólogo quando sentir dores de cabeça, ou
após um trauma, uso de substâncias, etc. Você tem que procurar um profissional para
a realização da psicoterapia quando você se sentir incapacitado na sua vida. Talvez
quando falamos desses exemplos, o problemas já estejam instalados e por isso os
sintomas.
Fazer a psicoterapia não é vergonha, é força. Força para mudar, para resolver, para
viver, para amar (a si e os outros).

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