Anda di halaman 1dari 38

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSO”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA


NO AMBIENTE DE TRABALHO

Por: Adriana Vieira Vilela

Orientador: Marcelo Saldanha

Rio de Janeiro

2010
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATU-SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA


NO AMBIENTE DE TRABALHO

Apresentação de Monografia como

condição prévia para a conclusão do

curso de Pós-Graduação “Latu-Sensu”

em Gestão de Recursos Humanos.

Por: Adriana Vieira Vilela


3
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus

por me dar saúde, força e coragem,

aos meus pais e toda minha família

que me apoiou em mais esta conquista.


4
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho monográfico

a todos os mestres do IAVM por

transmitirem novos conhecimentos

e estarem sempre dispostos a ajudar

com a bagagem que possuem.


5
RESUMO
No mercado de trabalho, nem sempre um profissional consegue atuar
exatamente na área que deseja. Isso pode ocorrer por fatores relacionados ao
número de vagas disponíveis no mercado, porque o perfil da pessoa não
combina com as pré-definições da organização ou, ainda, porque sua área de
formação é diferente daquela que o indivíduo realmente gostaria de atuar.
Embora essas barreiras possam frustrar o profissional, nem sempre são o real
motivo da sua aparente falta de motivação.

Motivação é uma força intrínseca, ou seja, a ação parte de dentro para


fora do indivíduo e não de fora para dentro. Quando ocorre o contrário, ou seja,
a ação ocorre de fora para dentro do indivíduo, muitas vezes contrariando sua
vontade, dizemos que existe estímulo ou incentivo. A diferença entre essas
duas forças é a chave para analisar uma parte do comportamento profissional
de alguém.

Quando o profissional é estimulado a seguir na direção apontada pela


organização e que não necessariamente é aquela que ele deseja, o indivíduo
poderá não prosseguir até o fim de um projeto, caso o estímulo deixe de existir
ou não seja forte o suficiente. Ele também pode ainda conduzir o projeto até
sua conclusão, mas sem atingir os objetivos esperados ou agregar o valor
esperado em função das suas habilidades. Afinal, o profissional foi escolhido
para conduzir aquele projeto, e não outro, tornando maior a expectativa no seu
desempenho. Isso certamente é ruim para a organização, visto que um
profissional desestimulado pode produzir frequentemente trabalhos com
resultado muito abaixo de um patamar mínimo, fazendo com que a organização
ganhe mais um problema ao invés de uma solução.

Nesse ponto, se faz necessário uma profunda análise sobre como as


atividades estão sendo conduzidas e como deveriam ser, de fato. Talvez o
caminho não seja exatamente produzir novos estímulos para o profissional,
mas sim averiguar em que direção ele pretende seguir, quais seus sonhos
profissionais imediatos. Dessa forma, pode-se obter um retrato inicial sobre o
que proporciona motivação para aquele colaborador.
6
Talvez o profissional sinta-se motivado se tiver a liberdade de conduzir
algum projeto específico. Talvez ele se sinta motivado, caso obtenha um
aumento de salário ou ganhe uma premiação, um elogio ou novos desafios. O
que importa é descobrir o que motiva o profissional, e nessa empreitada devem
estar envolvidos o departamento de Recursos Humanos e a liderança daquele
profissional – o primeiro em função da experiência em Gestão de Pessoas e o
segundo em função do contato mais próximo com o profissional desmotivado.

Descobrir os sonhos de outra pessoa pode parecer uma tarefa


impossível, mas não é. Comece conversando de forma aberta e reservada.
Pergunte sobre suas perspectivas profissionais, o que gosta de fazer, como
gosta de agir, que projetos gostaria de realizar, enfim, entreviste novamente o
profissional e descubra qual direção ele quer seguir. Compare a motivação com
o simples ato de beber um copo com água. Esqueça qualquer artimanha para
burlar o processo natural e se concentre apenas no essencial. Se alguém
deseja beber água, essa é uma motivação, pois a vontade partiu dele e não de
uma ordem externa. Se você o quer motivado e produtivo, deixe-o matar a
sede livremente, ou seja, permita que ele faça aquilo que lhe dá prazer. Claro
que existem limites. Não se pode, por exemplo, permitir tudo. As prioridades da
organização devem vir em primeiro lugar, pois representam as necessidades
da grande maioria. O segredo é mesclar a motivação e o estímulo.

Deixe o profissional conduzir algum projeto que o satisfaça e traga


benefícios para a organização, mas estabeleça paralelamente outros projetos
com metas igualmente definidas. Em suma, trabalhe com trocas, ou seja,
mostre ao profissional o que a organização precisa. No entanto, dê em troca a
oportunidade que ele espera. Seguindo esse caminho e fazendo algumas
adaptações para cada caso, os profissionais da sua empresa poderão
apresentar uma produtividade maior e trazer ganhos significativos para todos,
inclusive para você.
7
METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho, busquei efetuar uma explanação geral
sobre motivação, com base na visão de alguns autores que são conhecedores
deste tema, fiz uma análise crítica sobre o material que consegui reunir e por
fim, emiti minha opinião sobre o tema escolhido.

Pude perceber as diversas maneiras que podemos motivar e as formas


de propiciar uma motivação efetiva em todos os envolvidos neste processo.
8
SUMÁRIO
Introdução ---------------------------------------------------------------------- 09

Capítulo I

1.- Significado da Palavra Motivação e do Processo da


Motivação ----------------------------------------------------------------------- 13

1.1- Motivação para o Trabalho: De que se trata? ---------------- 14

1.2- Motivos Internos e Externos --------------------------------------- 16

1.3- Necessidades Humanas --------------------------------------------- 18

Capítulo II

1.- Principais Teorias da Motivação ----------------------------------- 20

1.2- Teoria dos Dois Fatores --------------------------------------------- 23

1.3- Teoria de Stacy A. Adams ------------------------------------------- 25

1.4- Teoria da Expectativa ------------------------------------------------- 26

1.4.1- Valor do Resultado ------------------------------------------ 27

1.4.2- Desempenho e Resultado --------------------------------- 27

1.4.3- Espaço e Desempenho -------------------------------------27

1.5- Práticas Motivacionais ----------------------------------------------- 28

Capítulo III

1.- A Interação dos Motivos Interiores com os Estímulos do


Ambiente para a produção determinada do Estado de
Motivação ----------------------------------------------------------------------- 31

Conclusão ---------------------------------------------------------------------- 34

Referências Bibliográficas ------------------------------------------------ 35


9
INTRODUÇÃO
O aspecto motivacional do comportamento humano no trabalho
representa um fato bastante recente. Anterior à Revolução Industrial (surgida a
partir do advento das máquinas que podiam dispensar o trabalho humano), o
uso de punições, criando medo generalizado, era a maneira de motivar os
trabalhadores. Tais punições, além das de natureza psicológica, apareciam sob
forma de restrições financeiras, atingindo até a forma de prejuízos de ordem
física.

Organização e maximização de lucros tinham nítida precedência sobre


quaisquer outras das possíveis finalidades das empresas.

Para níveis predeterminados de produtividade, defendia-se o uso de


formas de controle sobre os subalternos.

Acreditou-se que a principal fonte de incentivo à motivação seria


substituir a punição ao trabalhador pela remuneração pecuniária, pensando
que os trabalhadores escolheriam os seus empregos não pelo tipo de trabalho
ou pelo conteúdo dos cargos, mas, o fariam baseados nas perspectivas de
remuneração.

A ênfase dada às medidas de compensação pelo bom desempenho foi


tão acentuada que a satisfação passível de ser conseguida pelo trabalho
acabou sendo confundida com a própria motivação para executá-lo. Na
realidade, esses dois conceitos são independentes.

Muitos teóricos sugeriam uma sistemática de recompensa/punição. O


pensamento dominante teorizava que os trabalhadores seguiriam à risca tudo
aquilo que estivesse previsto e claramente especificado.

Entretanto, dentro desse ambiente de incentivo à produtividade máxima,


os trabalhadores logo perceberam que estavam arriscando a sua própria
segurança no trabalho. Poderiam receber salários bem maiores, mas isso
requeriria número menor deles para atingir a mesma produtividade. Tem
caráter perverso esse tipo de tratamento, pois os incentivos econômicos
deveriam se tornar direitos, e não recompensas. Os trabalhadores optaram por
10
adotar atitudes que levassem a restrição da produtividade, salvaguardando a
sua permanência no emprego por mais tempo.

A segunda proposta defende nova filosofia administrativa, pois,


percebeu-se a importância de considerar a pessoa na sua totalidade.
Pressupunha-se que a melhor maneira de motivar os empregados deveria
caracterizar-se por forte ênfase do comportamento social dos mesmos. As
organizações passaram a fazer com que os empregados sentissem a sua
utilidade e importância pessoal no trabalho. A estratégia administrativa deveria
promover o reconhecimento do valor da pessoa, além de buscar a satisfação
das suas necessidades sociais.

Outra situação de trabalho orientava para a necessidade de satisfazer


ao desejo natural dos trabalhadores para se considerarem parte integrante de
um grupo social, sem que fosse esquecido o reconhecimento individual a cada
um deles. Essas necessidades eram consideradas como as mais importantes e
substituíam com vantagens o efeito das recompensas em dinheiro. Aos
supervisores caberia deixar clara a sua preocupação e simpatia para com os
problemas, as necessidades e os desejos dos subordinados. A manipulação
das pessoas no trabalho continuou, embora de modo diferente.

A partir de novo modelo de compreensão do ser humano em situação de


trabalho, passou-se a valorizar a intensificação dos canais de comunicação,
tanto no sentido ascendente, como no descendente.

Os trabalhadores deveriam, segundo essa diretriz, conhecer tudo o que


dissesse respeito à organização, tendo abertura para emitir suas opiniões quer
fosse quanto às estratégias produtivas, quer quanto às diretrizes
administrativas da organização. Consequentemente, as formas de recompensa
dos esforços no trabalho deixaram de ser individuais para ser aplicadas sob a
forma de incentivos grupais. A motivação estava, nesse momento, sendo
considerada parte integrante de um processo grupal, tendo, assim, um novo
aspecto.

Essa suposição que relaciona a motivação a um único fator, seja ele


dinheiro, seja relacionamento interpessoal, logo dá provas da sua debilidade. O
11
ser humano, tanto em si mesmo, quanto confrontado com o seu trabalho,
mostra ser mais complexo do que era de se esperar.

Surgem suposições mais elaboradas que formaram todo um composto


de considerações, conhecidas como pertencentes ao enfoque administrativo de
Recursos Humanos. Continuava-se buscando novas soluções para os antigos
problemas de motivação.

As pessoas eram consideradas como qualquer outro recurso do qual as


organizações poderiam dispor à semelhança dos recursos financeiros,
tecnológicos etc. Os modelos de administração, dentro de uma perspectivas
mais abrangente, consideram os trabalhadores como indivíduos que se
mostram motivados por um conjunto complexo de fatores, que, por sua vez,
guardam correlações entre si. Começa-se a admitir também, como ponto de
partida, as restrições impostas pelas diferenças individuais em situação de
trabalho.

Torna-se forçoso aceitar que as diferentes pessoas busquem diferentes


objetivos motivacionais ao se engajarem em determinado tipo de trabalho.
Esses trabalhadores são vistos como possuindo diferentes habilidades e
talentos pessoais que são inéditos, próprios a um único indivíduo. Cada um
tendo condições de contribuir de maneira diferente para a consecução dos
objetivos organizacionais, cabendo a administração encontrar estratégias
capazes de desbloquear a saída de tais recursos, para que se transformem em
ações eficazes e produtivas.

Atualmente, reconhece-se que cada um já trás, de alguma forma, dentro


de si, suas próprias motivações. Aquilo que mais interessa, então, é encontrar
e adotar recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças
motivacionais inerentes às próprias pessoas.

O importante passa a ser agir de tal forma que as pessoas não percam a
sua sinergia motivacional. Descobre-se, finalmente, que o ser humano não se
submete passivamente ao desempenho de atividades que lhe sejam impostas
e que, por conseguinte, não tenham para ele nenhum significado.
12
Hoje, todo o esforço da administração dá mostras de estar voltado para
a compreensão da natureza complexa dos padrões motivacionais. Assim
sendo, há condições de que os objetivos individuais e organizacionais possam
caminhar lado a lado.

Dentro desse novo ambiente, o estudo da motivação passa a entendê-la


como fenômeno comportamental único e natural, sofrendo significativo impulso.
13
Capítulo I

1.- Significado da palavra Motivação e do Processo da


Motivação

A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa


mover. Em seu sentido original, a palavra indica o processo pelo qual o
comportamento humano é incentivado, estimulado ou energizado por algum
tipo de motivo ou razão. Motivo, motor e emoção são outras palavras que têm a
mesma raiz. O comportamento humano sempre é motivado. Sempre há um
motor funcionando, que movimenta o comportamento humano.

O estudo da motivação busca entender quais são as forças que movem


as pessoas nas diferentes dimensões do comportamento, pensamento, ação e
palavras. O que é que faz nosso motor funcionar?

No campo da administração, o estudo da motivação tenta explicar as


forças ou motivos que influenciam o desempenho das pessoas em situações
de trabalho. Como funciona a motivação das pessoas para o trabalho?
Responder a essa pergunta é um dos principais problemas que todo
administrador deve resolver. Uma vez que o desempenho das pessoas
depende de sua motivação e o desempenho da organização depende do
desempenho das pessoas, a compreensão desse processo é de extrema
importância na administração das organizações.

A motivação tem três propriedades:

Direção: o objetivo do comportamento motivado;

Intensidade: a magnitude ou força dos motivos;

Permanência: o tempo durante o qual a motivação se manifesta.

A motivação é específica. Você pode estar muito motivado para estudar


e não ter nenhuma motivação para sair hoje à noite – ou o contrário. Não há
um estado geral de motivação, que leve uma pessoa a entusiasmar-se por
14
tudo. Entusiasmo, outra palavra antiga e muito expressiva, é derivada do
grego. Significa “ter um Deus dentro de si”.

Para se conseguir realmente motivar as pessoas é preciso que elas


conheçam as metas, os objetivos, que saibam “aonde devem chegar” e o
porquê de quererem chegar lá.

A motivação é fundamental para qualquer coisa que se faça na vida.


Sobretudo para aquelas coisas que exigem um esforço maior, como é o caso
do trabalho. As organizações gostariam de ter em seu quadro de colaboradores
pessoas que enxergam o trabalho também como realização pessoal e não
apenas profissional. Os líderes precisam buscar saber quais são seus objetivos
pessoais, suas metas, saber aonde querem chegar na carreira,
independentemente da organização em que estão trabalhando. Primeiro
precisam estar motivados para só então pensarem em incentivar os outros.

Roberto Coda, professor da Universidade de São Paulo, disse que:


“Para se sentir motivado, você tem não só que gostar do que faz, mas também
ver significado naquilo que faz, e acreditar que aquilo é importante. Quando
gostam do que fazem, as pessoas conseguem suportar situações de estresse
por longos períodos.”

Tem um ditado budista que diz: “Descubra algo que você gosta de fazer
e nunca mais terá trabalho”. E Diogo Clemente complementa: “Quando você
tem prazer no que faz as dificuldades passam a ser encaradas como desafios
para o seu desenvolvimento pessoal.”

1.1- Motivação para o Trabalho: De que se trata?


Desempenho no trabalho é o resultado que uma pessoa consegue com
a aplicação de algum esforço. O desempenho é positivo quando o resultado
beneficia a própria pessoa, o grupo do qual ela participa, um cliente ou a
organização na qual trabalha. Ser aprovado num concurso, vencer uma
competição, atender satisfatoriamente a um cliente ou montar corretamente um
produto são exemplos de desempenho positivo. O desempenho na realização
15
de qualquer tipo de tarefa ou objetivo é influenciado por forças chamadas
motivos. São as forças que produzem a motivação para o trabalho.

Motivação para o trabalho é um estado psicológico de disposição,


interesse ou vontade de perseguir ou realizar uma tarefa ou meta. Dizer que
uma pessoa está motivada para o trabalho significa dizer que essa pessoa
apresenta disposição favorável ou positiva para realizar o trabalho.

Dizem que há pessoas que nascem com sorte; outras, com azar.
Contudo, o que aconteceria se cada um de nós pudesse, de fato, influir no seu
destino, tanto pessoal quanto profissional, mais do que consideramos possível?
Ignácio Alvarez de Mon, professor de comportamento organizacional da escola
de negócios Instituto de Empresa (IE) e autor do livro Depende de você (LID
Editorial), explica como são as relações entre chefe e empregado. Motivação e
trabalho em equipe são algumas das principais ferramentas para fazer de
alguém líder em todas as áreas da vida.

Não há dúvida de que o principal responsável pela motivação na vida do


indivíduo é ele mesmo. Não devemos delegar essa tarefa para ninguém mais.
Não assumir a responsabilidade pela motivação é, ao mesmo tempo, frustrante
e pouco inteligente. É frustrante porque, uma vez que não dependemos dos
outros para estarmos motivados, temos mais chances de alcançarmos a
motivação. Também é pouco inteligente porque deixar o controle de algo tão
importante nas mãos de outra pessoa é simplesmente um absurdo.

No entanto, o chefe, o empresário, o diretor, seja qual for o título da


pessoa, tem alguma responsabilidade pela motivação dos seus funcionários?
Sim, sem dúvida. Nesse sentido, a primeira que se deveria pedir a alguém em
qualquer posto de comando é que, pelo menos, não desmotivasse seu pessoal.
Em outras palavras, que não destrua as fontes de motivação intrínseca que os
empregados trazem dentro de si. A ausência de muitos chefes durante o
expediente é, não raro, motivo de celebração e de festa para seus
colaboradores imediatos e, não por coincidência, nesse dia eles riem mais do
que em todos os outros.
16
Quando fazemos de nossa jornada de trabalho o momento em que
procuramos desenvolver nossos melhores talentos, e não como o momento em
que estamos à disposição das vontades e dos caprichos de alguém com mais
poder do que nós, somos mais produtivos para a empresa e para nós mesmos.
É lamentável ver como, ainda hoje, muitos profissionais excelentes participam
de certos jogos ridículos nos quais o que prevalece é a presença do indivíduo
em detrimento de sua produtividade, em que a burocracia do local de trabalho
predomina sobre o trabalho eficaz, a submissão aos desejos de quem manda
impera sobre o intercâmbio transparente e sincero de idéias entre profissionais.

Depois de alcançar esse primeiro grande objetivo como chefe, isto é, não
desmotivar os funcionários, há quem vá mais longe e defina condições de
trabalho que permitam ao profissional dar o máximo de si. Como? As receitas
são fáceis de identificar, mas extremamente difíceis de seguir.

Nenhuma organização pode funcionar sem certo grau de


comprometimento por parte de seus membros. O comprometimento está de
certa forma relacionado à fatores motivacionais no ambiente organizacional.
Stoner e Freeman (1999, p. 6) afirmam que “motivação são os fatores que
provocam, canalizam e sustentam o comportamento de um indivíduo”. A
motivação no trabalho manifesta-se pela orientação do empregado para
realizar com presteza e precisão as tarefas e persistir na sua execução até
atingir o resultado previsto ou esperado (TAMAYO; PASCHOAL, 2003).

1.2- Motivos Internos e Externos


A motivação para o trabalho é resultante de uma interação complexa
entre os motivos internos das pessoas e os estímulos da situação ou ambiente.

Motivos internos são as necessidades, aptidões, interesses, valores e


habilidades das pessoas. Os motivos internos fazem cada pessoa ser capaz de
realizar certas tarefas e não outras; sentir-se atraída por certas coisas e evitar
pulsos interiores, de natureza fisiológica e psicológica, afetados por fatores
sociológicos, como os grupos ou a comunidade de que a pessoa faz parte.
17
A motivação interna está relacionada a estímulos oriundos do indivíduo,
como as do organismo, enquanto a motivação à base de incentivos vem do
desejo ao objeto externo.

Os motivos externos são estímulos ou incentivos que o ambiente


oferece ou objetivos que a pessoa persegue. Os motivos externos satisfazem
necessidades, despertam sentimentos de interesse ou representam
recompensas desejadas. São motivos externos todas as recompensas e
punições oferecidas pelo ambiente, os padrões estabelecidos pelo grupo de
colegas, os valores do meio social, as oportunidades de carreira e muitos
outros componentes da situação de trabalho. Durante décadas, se não séculos,
os administradores e gestores em geral sempre tiveram uma certeza: Para ter
resultados você tem que motivar sua equipe, bonificando-os quando alcançam
os resultados. Parece bastante coerente este pensamento, e realmente é. Não
reconhecer o comprometimento de sua equipe e os grandes resultados por
eles alcançados não é só pouco humano como também uma grande falha de
um líder. A recompensa é algo importante. Agora vem o porém: lembre-se,
recompensa não é pressão! Esse é o ponto em que o mercado hoje falha em
perceber, e falha feio. Pressão em ambientes inovadores pode destruir toda a
possibilidade de criatividade. Se você considera sua equipe inteligente e se o
trabalho de sua equipe exige um mínimo de esforço intelectual, pressão (ou
motivação que gere pressão) vai invariavelmente levar sua equipe a um
desempenho menor. Em breve reflexão pode-se perceber a importância de
todos os pontos de vista, uma vez que a motivação deve ser espontânea. Por
outro lado, o ser humano, de um modo geral, necessita de um estímulo externo
para sentir-se motivado. O equilíbrio entre a motivação interna e externa deve
ser a base na educação infantil e na reeducação do adulto. Deve-se, ainda,
lembrar o fato de a motivação estar associada a fatores orgânicos, em cuja
fisiologia, a função química determina os resultados. E, também, os aspectos
de ordem psíquica e social, que podem causar efeitos motivacionais ou não.
Ou ainda, o equilíbrio entre ambas as esferas. Estudos sobre a motivação
definiram algumas teorias e estabeleceram métodos para o campo da
aprendizagem. O Comportamentalismo dá ênfase no controle educacional,
18
referindo-se ao tipo de reforço que se dá para uma pessoa. Oferecer algo
interessante como resposta a um comportamento adequado é capaz de
motivar, mantendo inclusive, a freqüência deste mesmo comportamento.

1.3- Necessidades Humanas


As teorias a respeito das necessidades humanas fornecem a primeira
explicação importante sobre o papel dos motivos internos na motivação.
Segundo essa idéia, o comportamento humano é motivado por estímulos
interiores chamados necessidades, que são estados de carência. As pessoas
agem, nas mais diferentes situações para satisfazer a esses estados de
carência.

Por exemplo, a fome é uma necessidade que motiva o organismo a procurar


alimento (direção da motivação). Quanto mais forte essa necessidade, maior é
o empenho de realizar o objetivo de conseguir o alimento (intensidade de
motivação). Uma vez satisfeita a necessidade, o organismo passa para um
estado de saciedade ou satisfação, e o alimento deixa de representar um
estímulo, porque se extinguiu o impulso interno para persegui-lo. A motivação
para aquele determinado comportamento deixou de existir (duração da
motivação).

Outras necessidades podem ter um ciclo de satisfação mais longo, não


sendo atendidas pontualmente, de momento a momento. É o caso da
motivação para o poder, que não provoca a saciedade, mas pode ficar mais
intensa a cada momento.

Certas necessidades são instrumentais para a satisfação de outras. Há


necessidades que são terminais, satisfazendo-se em si mesmas. Para algumas
pessoas, a necessidade de ganhar dinheiro é instrumental (ou, é um
instrumento) para o atendimento das necessidades de sobrevivência. Para
outras pessoas, a necessidade de ganhar dinheiro é terminal – é uma
finalidade em si mesma.

Segundo as teorias sobre as necessidades humanas, a realização de


objetivos e o desempenho estão ligados à busca de satisfação de carências.
19
Sabendo que, se o objetivo for alcançado, uma carência será satisfeita, a
pessoa empenha-se em perseguição, tanto mais intensamente quanto mais
forte seja a carência.
20
Capítulo II
1.- Principais Teorias da Motivação

Visando saber como motivar as pessoas, é válido e útil conhecer o


conceito de hierarquia de necessidades de Abraham H. Maslow. Ele sugeriu
que as necessidades individuais vêm dispostas em ordem crescente de
importância: a mais forte na base e a mais fraca no topo.

As pessoas são diferentes. As necessidades, os valores sociais e as


capacidades são igualmente diferentes e variam conforme o tempo gerando
diferentes comportamentos.

Abraham H. Maslow formulou uma teoria com base na hierarquia de


necessidades que influenciam o comportamento humano. Esta teoria é a
seguinte: O indivíduo nasce com certas bagagens de necessidades fisiológicas,
que são inatas ou hereditárias. De início, seu comportamento é exclusivamente
voltado para a participação cíclica dessas necessidades como fome, sede, ciclo
sono-atividade, etc. A partir de certa idade, o indivíduo ingressa em uma longa
trajetória de aprendizagem de novos padrões de necessidades. Surgem as
necessidades de segurança, voltadas para a proteção contra o perigo, contra
as ameaças e contra a privação.

Maslow desenvolveu uma escala das necessidade assim:

Fisiológicas – fome, sede, sono, sexo, abrigo, repouso;

De segurança – física, mental e emocional, proteção contra o perigo, doença,


incertezas, desemprego, roubo;

Sociais – pertencer a um grupo, vida social, amizade, dar e receber amor, fazer
parte de uma família, afeição, compreensão, consideração;

De auto-estima – necessidades do ego, orgulho, progresso, confiança, amor-


próprio, auto-respeito, reconhecimento, status aos olhos dos outros, admiração;

De auto-realização – crescimento, realização, desenvolvimento pessoal.

Se uma das necessidades mais fortes estiver sendo ameaçada, as


pessoas descerão correndo os degraus da hierarquia para defendê-la.
21
Ninguém vai se preocupar com desenvolvimento pessoal se estiver passando
sede ou fome.

É importante saber que, se for ameaçada a segurança das pessoas em


função das modificações propostas, o líder deverá contar com uma enorme
reação de defesa. Uma outra constatação é que uma necessidade satisfeita
para de motivar. Quando uma necessidade é atendida, as pessoas envolvidas
se dão conta de outras necessidades em seu interior que a partir daí começam
a motivá-las. De outro lado, observamos que se uma pessoa tem necessidade
de progredir, ela vai procurar trabalho que lhe proporcione tal progresso.

É discutível se esta teoria é uma verdade absoluta. Uma parte das


motivações vem do interior das pessoas, porém outra parte vem de fora e,
especialmente, da liderança que encontra. Uma quantidade significativa da
motivação se encontra além das pessoas. Os líderes podem ter uma imensa
influência sobre as motivações daqueles à sua volta.

Iain Maitland mostra no livro Como motivar pessoas uma outra teoria
sobre motivação. É a teoria dos dois fatores de Frederick Herzberg, explicando
que existe alguns fatores, que ele chama de “fatores de higiene”, que não
motivam. São pontos básicos para que o colaborador não se sinta
desmotivado. A falta deles impede a motivação. Ele diz que o trabalho em si é
o principal motivador no ambiente de trabalho,

Uma das tarefas dos líderes é localizar, liberar e canalizar a grandeza


daqueles afortunados que possuem em seu interior a inspiração e o
entusiasmo, além da habilidade profissional.

Através do trabalho o homem pode satisfazer várias de suas


necessidades básicas. Além disso, para que alguém fique satisfeito consigo
mesmo é importante que tenha em si respostas às seguintes perguntas: O que
tem? O que quer? O que pode alcançar?

A motivação impulsiona a ação, leva ao sucesso e comanda todos os


atos e ações. Um bom nível de motivação entre os colaboradores leva ao
estímulo, à criatividade, a um forte vínculo de equipe, ao cumprimento dos
deveres e a um bom desenvolvimento profissional. Já uma fraca motivação
22
acarreta baixa produtividade, absenteísmo, greves, alta rotatividade e conflitos
pessoais com colegas e superiores.

Como líder você poderá incentivar sua equipe tornando o trabalho


importante, criando novos desafios, incorporando responsabilidade e
autoridade à função, criando oportunidades de treinamento e desenvolvimento.
Além disso, você poderá motivá-los adaptando as funções aos estilos,
habilidades e motivações individuais, incentivando o contato direto com
fornecedores e clientes internos e externos, e estimulando a criatividade.

Outra teoria é a teoria organizacional de equilíbrio, desenvolvida por


Barnard e Simon, é essencialmente uma teoria de motivação, o
estabelecimento de algumas condições pelas quais uma organização poderá
induzir seus membros a continuar com sua participação e garantir a
sobrevivência da mesma. Essa teoria está fundamentada no princípio de
contribuição versus incentivo, ou seja, o indivíduo contribui para a manutenção
e sobrevivência da organização e esta fornece um incentivo que poderá ser
pagamento e participação. Para estimar o equilíbrio entre o incentivo e a
contribuição, é necessário avaliar o grau de satisfação do indivíduo.

Essa teoria, base de outras teorias de motivação desenvolvidas por


autores que vieram em seguida, como Douglas McGregor (1906-1964), com
sua teoria X e Y, associa o efeito motivação à atividade de liderança, cuja força
motivacional está centrada na “auto-realização” e na “satisfação das
necessidades”. O desenvolvimento dessa teoria contrapõe-se às formulações
de Taylor. A Teoria Y reconhece a delicadeza e dificuldade nas relações
interpessoais no ambiente de trabalho, as variáveis comportamentais que
comandam o comportamento do homem e a satisfação de suas necessidades
sociais. A Teoria X defende o isolamento, uma vez que as interações sociais
prejudicam a produtividade, e propõe pouca participação e estilo de liderança
mais diretivo.

A Teoria X assume que o indivíduo não gosta do trabalho e para fazê-lo


necessita ser coagido, controlado, dirigido, ameaçado. Nesse caso, nem
23
mesmo a promessa de recompensa fará com que o indivíduo tenha motivação
para o trabalho. A exigência será sempre para maiores recompensas.

Essas hipóteses estabelecem a base para a maior parte da abordagem


tradicional da administração das organizações. Se os trabalhadores não são
dignos de confiança para lutar pelos objetivos da organização, então será
responsabilidade do administrador fazê-lo, por meio da supervisão direta e
disciplina rígida.

Na Teoria Y, o desgaste do trabalho é tão natural como em qualquer


outra atividade; por isso, o indivíduo deve ter autocontrole para a consecução
dos objetivos a que ele se submete em função das recompensas monetárias e
de auto-realização que recebe.

A falácia da Teoria Y é muito diferente da Teoria X. Considera-se que a


administração não necessita forçar as pessoas a trabalhar, mas encorajá-las a
desenvolver todas as suas potencialidades.

É importante observar que as bases dessa teoria estão fundamentadas


em um indivíduo passivo, resistente às necessidades da organização.

1.2- Teoria dos Dois Fatores

Os motivos internos interagem com os motivos externos, presentes na


situação de trabalho. São motivos externos: iluminação do local de trabalho,
arranjo dos instrumentos de trabalho, o chefe, os colegas e o próprio trabalho,
entre muitos outros.

Segundo a teoria dos dois fatores, proposta por Frederick Herzberg, os


motivos que estão presentes na situação de trabalho e que influenciam o
desempenho podem ser divididos em duas categorias principais: o próprio
trabalho e as condições de trabalho.

Essa teoria é um dos mais influentes estudos sobre a motivação para o


trabalho. Para entender a teoria dos dois fatores, pense em um estudante. O
curso é o próprio trabalho, enquanto o professor, os colegas e a sala de aula
fazem parte das condições de trabalho.
24
A partir desses estudos, Herzberg e seus colaboradores criaram a teoria
dos dois fatores.

Segundo essa teoria, em situações de trabalho, somente os fatores


intrínsecos produzem a satisfação com o trabalho. Em outras palavras, apenas
o trabalho em si e os fatores que lhe são diretamente relacionados podem fazer
as pessoas sentir-se satisfeitas.

Os fatores extrínsecos não fazem a pessoa sentir-se satisfeita com o


trabalho. Os fatores extrínsecos influenciam apenas o estado de satisfação
com as condições dentro das quais o trabalho é realizado. Para Herzberg, os
fatores extrínsecos reduzem a satisfação.

O principal aspecto da teoria dos dois fatores é a proposição de que a


satisfação e a insatisfação não são extremos opostos de uma mesma régua
(como se zero de satisfação fosse igual a dez de insatisfação). Segundo a
teoria de Herzberg, há uma régua de zero a dez de satisfação e uma régua de
zero a dez de insatisfação. Os dois estados, satisfação e insatisfação, são
processos diferentes influenciados por diferentes fatores. Como se o estudante,
por exemplo, estivesse satisfeito com o curso e insatisfeito com as condições
da escola, ou vice-versa.

Nas palavras de Herzberg, o oposto de satisfação não é insatisfação,


mas não-satisfação; o oposto de insatisfação não é satisfação, mas não-
insatisfação. De acordo com a teoria de Herzberg, a presença dos fatores
higiênicos cria um clima psicológico e material saudável. Quanto melhores por
exemplo, as relações entre colegas, o tratamento recebido do supervisor e o
ambiente físico de trabalho, melhor será o clima. Mais higiênico o ambiente,
porque melhores as condições de sanidade psicológica do contexto do
trabalho. Quanto mais contente a pessoa estiver com seu salário, menor será
sua disposição para reclamar desse aspecto de sua relação com a empresa.
Consequentemente, maior a satisfação do trabalhador com o ambiente de
trabalho.

As condições ambientais, de acordo com a teoria dos dois fatores, não


são suficientes para introduzir um estado de motivação para o trabalho. Para
25
que haja essa motivação, é preciso que a pessoa esteja satisfeita com seu
trabalho, que enxergue nele a possibilidade de exercitar suas habilidades ou
desenvolver suas aptidões.

De acordo com a teoria de Herzberg, é a combinação do ambiente de


trabalho e do conteúdo do trabalho que faz funcionar o motor interno, um sem o
outro tende a ser ineficaz. Para que os fatores de motivação sejam eficazes, é
preciso haver uma base de segurança psicológica e material, representada
pela presença dos fatores extrínsecos. Da mesma forma, para que os fatores
extrínsecos tenham o efeito positivo desejado sobre o desempenho, é preciso
que o trabalho ofereça algum grau de desafio ou interesse para o trabalhador.

1.3 – Teoria de Stacy A. Adams

Os princípios da teoria da equidade focalizam os conceitos que o


indivíduo tem sobre o seu trabalho. Esses conceitos repartem-se e dois amplos
grupos: o do conhecimento sobre o inputs da pessoa – o que ela traz ou com
que contribui para o trabalho – e sobre o que ela recebe como resultado.

Como inputs podem-se concluir habilidades, características pessoais,


conhecimentos, produtividade e qualidade do trabalho executado; e como
resultado do trabalho, o pagamento, o reconhecimento, o prestígio e outros
benefícios oriundos do trabalho.

Essa teoria proporciona uma visão motivacional e seus problemas. Em


uma situação em que as pessoas se sentem mal remuneradas por seus
esforços, a motivação para trabalhar e aumentar os resultados é minimizada.
Os indivíduos podem sentir-se mal remunerados, se investem todas as
energias em um trabalho rotineiro e tedioso. Em contrapartida, um trabalho que
enfatize a criatividade e o raciocínio independente só produziria um
comportamento desmotivador se fosse incapaz de combinar os inputs com os
resultados deles advindos.

A teoria de equidade, então, proporciona a evidência da afirmação de


McGregor, que diz que a falta de ambição e anulação da responsabilidade são
resultados de experiências organizacionais e não qualidades inerentes ao
26
homem. Fatores ambientais apropriados podem produzir indivíduos criativos e
responsáveis.

A maioria dos sociólogos concorda que um grupo não existe


necessariamente até que seus membros estejam envolvidos em alguma coisa
juntos. Unidade de propósito faz com que o grupo exista. Há muitas definições
daquilo que se constitui um grupo, e todos os autores expressam a
necessidade de seus membros estarem psicologicamente atentos para a
existência de outros indivíduos e funções.

Os administradores, atentos para a alta significância das características


desses grupos, concordaram finalmente que eles são alguma coisa mais do
que um amontoado de indivíduos. Eles demonstram reações de sinergia em
quase todas as atividades.

Contrariando as múltiplas críticas desses grupos, os esforços


combinados de um grupo podem exceder os esforços de um ou de todos os
indivíduos que trabalham isoladamente. Sinergia é a palavra popular para o
conceito de criatividade ou solução de problemas em grupo. A sinergia entre os
indivíduos gera melhores idéias para os problemas a serem solucionados pelo
grupo.

1.4 - Teoria da Expectativa

Cada empresa e cada situação de trabalho oferecem as pessoas um


conjunto de incentivos, o próprio trabalho, o ambiente e recompensas materiais
e psicológicas como prêmios e o reconhecimento pelo bom desempenho.

A teoria da expectativa procura explicar como as crenças e expectativas


das pessoas combinam-se com os estímulos, para produzir algum tipo de força
motivacional. Essa teoria retrata a idéia intuitiva de que o esforço depende do
resultado que se deseja alcançar. Em essência, a teoria da expectativa
estabelece que: o desempenho é proporcional ao esforço, o esforço é
proporcional à importância que se atribui ao resultado do desempenho e
também a crença de que o esforço produz o desempenho. Se o resultado for
importante, a motivação para o esforço será intensa. Em resumo, a motivação
27
para fazer algum tipo de esforço depende da importância atribuída ao
resultado.

1.4.1 – Valor do Resultado

O primeiro componente da teoria da expectativa é a importância do


resultado. A importância ou valor do resultado final do esforço é relativa e
depende de cada pessoa. Para alguém, um emprego pode ser uma
recompensa muito atraente. Para outra pessoa, pode não significar nada. Para
outra, um estágio no exterior pode ser a recompensa desejada. Para outra
pessoa, o estágio pode ser indesejável, porque significa ficar longe de casa e
da família. A importância do resultado depende da satisfação associada a sua
obtenção. A satisfação associada ao resultado, por sua vez, depende de
necessidades e características que variam de uma pessoa a outra.

1.4.2 – Desempenho e Resultado

O segundo componente da teoria da expectativa é a crença de que o


desempenho permite alcançar o resultado. Se acreditar que a aprovação no
concurso garante o emprego, você se esforçará para ser aprovado. Se
acreditar que o concurso é uma farsa, porque alguns protegidos receberam
antecipadamente as respostas, sua motivação ficará bastante reduzida. Se
acreditar que o bom desempenho no trabalho produzirá algum resultado
indesejável, tal como uma transferência para outra cidade, que vai afastá-lo de
sua família, sua motivação também diminuirá e seu desempenho,
provavelmente, cairá.

1.4.3 – Esforço e Desempenho

O terceiro componente da teoria da expectativa é a crença de que o


esforço produz o desempenho (que produz o resultado). Se o desempenho
esperado é passar no concurso, é preciso estudar. Se você acredita que do
esforço depende alta probabilidade de aprovação, sua motivação será alta.

A teoria da expectativa liga o esforço ao desempenho e o desempenho


ao resultado. De acordo com a teoria da expectativa, tudo depende da
importância do resultado. Administrar a motivação torna-se um processo de
28
administrar recompensas que sejam compatíveis com as necessidades,
características e crenças das pessoas. Desse modo, a teoria da expectativa
fornece uma explicação sobre o processo de interação entre os motivos
externos e internos.

1.5 – Práticas Motivacionais

As práticas motivacionais compreendem todos os tipos de incentivos e


recompensas que as organizações oferecem a seus empregados na tentativa
de conseguir o desempenho que possibilite a realização de seus objetivos. As
práticas motivacionais abrangem desde os elogios e desafios propostos pelos
gerentes até a participação dos funcionários no processo decisório, nos lucros
ou na propriedade da empresa, passando por benefícios, prêmios, programas
de enriquecimento do trabalho e planos de carreiras.

Atualmente as práticas motivacionais usadas por organizações da


são: redesenho de cargos, programas de incentivos e participação nos lucros e
resultados.
O Redesenho de cargos foram atividades criadas para resolver
problemas de desempenho humano causados por atividades muito
especializadas, com tarefas muito simples e repetitivas. As principais técnicas
utilizadas são: alargamento de tarefas, rodízio e empowerment.
O Alargamento de tarefas significa aumentar a quantidade de
tarefas que uma pessoa desempenha, diminuindo sua especialização. É a
forma mais simples de reduzir as desvantagens da especialização excessiva. O
alargamento refere-se apenas ao aumento de atividades, sem afetar o poder
de decisão do funcionário. Ou seja, é dar a oportunidade deste de realizar
tarefas novas e diferentes, que lhe traga conhecimento e este esteja sempre se
reciclando.
O Rodízio de cargos consiste em fazer as pessoas trocarem de
posição dentro de uma unidade de trabalho. Todos os funcionários
desempenham todas as atividades, o que possibilita reduzir o cansaço e o
tédio, bem como aumentar as qualificações. A empresa pode optar em
determinados períodos faze com que os colaboradores do setor A conheçam a
29
rotina e o trabalho do setor B e vice-versa, os envolvidos nesse esquema
acabam por se tornarem polivalentes, e por conhecerem a rotina dos outros,
podem trazer idéias e melhorias.
O empoderamento ou Empowerment significa atribuir poderes a
alguém e é uma palavra que traduz a prática de transferir poderes de decisão a
funcionários individuais e a equipes. O empoderamento não envolve apenas a
redefinição das atividades do funcionário, como também de suas competências
e do papel do gestor, ele vai além do simples alargamento e enriquecimento de
cargos.
Primeiro ele envolve a transferência de atividades de planejamento,
organização e controle, de um gestor para um funcionário ou uma equipe.
Assim, o funcionário e a equipe tornam-se autogeridos, absorvendo parte
importante das atribuições do chefe. Segundo compreende o incremento das
competências do funcionário, por meio de programas de capacitação continua
de modo a assegurar a eficácia no desempenho de suas atribuições ampliadas.
E por fim, envolve a redefinição do papel do chefe, que assume funções
semelhantes às de técnico de equipe esportiva. O técnico fornece o
treinamento, apoio e orientação, para que os jogadores possam fazer seus
trabalhos sozinhos.
Existem também Programas de incentivos que têm o objetivo de
estimular ou premiar o desempenho. Estes representam o reconhecimento da
administração e dos colegas pelo desempenho do trabalhador. É estimulante
para muitos perseguir um incentivo em competição com outros ou consigo
mesmo, em busca de reconhecimento ou auto-realização. Reconhecimento e
auto-estima são necessidades importantes para qualquer pessoa.
Os programas de incentivos estão normalmente associados a algum
tipo de campanha, competição interna ou projeto de aprimoramento do
desempenho das pessoas e da empresas. Existem quatro categorias principais
de incentivos: programas de reconhecimento (elogiando e destacando o
funcionário perante os demais), incentivos monetários (dando prêmios,
aumentos ou ônus salarial), mercadorias (como eletroeletrônicos, móveis,
30
eletroportáteis e outros) e viagens, sendo estas destinadas a equipe, setor ou
grupo que se destacou no seu serviço .
A participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da
empresa é assegurada pela Lei nº 10.101, de 19 de dezembro de 2000. A
legislação em vigor determina que a Participação nos lucros e resultados - PLR
seja negociada entre a empresa e seus empregados e um representante do
sindicato ou com a representação direta do sindicato. Ao final de determinado
período a empresa pode ceder uma quantia calculada em porcentagem sobre
os lucros.
Mas as práticas motivacionais não param nesses itens. Grandes
empresas optam em estimular os colaboradores trazendo mais incentivos. O
auxilio casamento se constitui como uma certa quantia destinada ao
trabalhador que após ter se destacado em suas atividades receberá e o
empregará em seu matrimônio. Há ainda, o programa de workshops e
pequenos seminários realizados pelos empregados. Todos os meses são
escolhidos pessoas para apresentarem palestras, o conteúdo é cedido pelos
organizadores e os encarregados estudam e criam seus trabalhos. Podemos
ainda citar a criação de Creches destinadas aos filhos dos funcionários, isso
visando manter os mesmos próximos aos seus filhos.
Destacam-se ainda o uso de ginástica laboral, cursos de línguas
(inglês/ espanhol), incentivos com pagamentos de parcelas de Pós-graduações
e MBA, fundo de pensão, fitness room (para exercícios físicos com orientação
médica), remuneração variável para empregados de nível de supervisão e
profissionais seniores (baseado nos resultados da empresa em nível global) e
carro com reembolso das despesas de manutenção e uso para gerentes e
diretores.
31
Capítulo III
1.- A interação dos motivos interiores com os estímulos do
ambiente para a produção determinada do estado de
Motivação.

Todos os estudos motivacionais já realizados chegaram a mesma


conclusão: as pessoas se desempenham melhor em tarefas que elas mesmas
estão motivadas para realizar. Por que isso? Parece que a motivação é um
mistério para a maioria das pessoas. Embora muito se tenha escrito a seu
respeito, ela permanece pouco compreendida.

A motivação é comumente associada às empresas, mas na verdade ela


afeta as relações humanas em qualquer organização ou grupo, seja uma
família, uma escola ou a loja da esquina. Qualquer um que seja responsável
pelos resultados dos esforços de outras pessoas deve tentar instalar nelas uma
motivação intrínseca, caso queira ter sucesso.

Motivação é uma contratação da expressão “motivo-em-ação”. Ela é a


personificação de uma meta pela qual se luta, a busca de alguma coisa
considerada desejável e válida.

A motivação é produzida dando-se a outra pessoa um ou mais motivos


para fazer o que você lhe pede.

O trabalhador moderno é claramente motivado por algo mais que a


atração do dinheiro e da segurança, ou pela ameaça de punição e demissão. O
dinheiro não é a única coisa que as pessoas desejam. Se fosse assim, as
pessoas ricas seriam as mais felizes do mundo. Ao mesmo tempo, porém, não
existe evidência de que a pessoa média deixou de desejá-lo, ou as coisas que
ele pode comprar. Além disso, as pessoas tentam naturalmente evitar
problemas e confrontos e preferem o conforto e a segurança de um emprego
estável.
32
Você pode motivar. Obter o melhor dos outros quer dizer criar um
ambiente produtivo e se tornar um encorajador. Mas, não exija demais de você
mesmo.

Como disse Maslow, a motivação vem de dentro da pessoa, de seus


impulsos. Por mais árduo que seja seu trabalho, se os desejos e habilidades do
outro não estiverem presentes, você não poderá fazer nada com os estímulos
ou incentivos que você oferece.

Você pode motivar os outros, desde que espere obter o melhor. Pode
estipular padrões altos, mais realistas, e contar com que as pessoas, você
incluído, os alcancem. Se está entusiasmado com as metas e a missão do
grupo, com as pessoas do grupo e com você mesmo, as pessoas em geral
responderão do mesmo modo.

Ao mesmo tempo, você tem de deixar que as pessoas cometam erros


com os quais aprenderão. Elas devem ter a autonomia de trabalhar sobre seus
pontos fracos e melhorar sua produtividade. Ao mesmo tempo que mostra o
seu reconhecimento pelo o que as pessoas fazem e as recompensas pelos
seus sucessos ou realizações, você precisa também lhes dar um retorno
negativo, ou eles vão ficar sem saber o que você pensa ou sente. Podem não
saber que não estão alcançando os padrões.

Entenda os que as pessoas querem para si mesmas e o que estão


dispostas a dar para conseguir o que querem ou precisam. Dessa maneira,
você vai saber que recompensas (ou suspensão de recompensas) funcionarão
com elas e quais não funcionarão. Suas decisões serão mais apropriadas e as
delas satisfarão as necessidades da situação.

Como em qualquer situação em que pessoas trabalham juntas, seus


empregados terão divergências. Você deve encorajar discussões produtivas; é
daí que nascem a criatividade e a inovação. Ao mesmo tempo você deve
ajudar a resolver conflitos que poderiam prejudicar o funcionamento do trabalho
em equipe.
33
Seus empregados querem que você atenda a essas expectativas. Está
no contrato psicológico de vocês que você vai encorajá-los a darem o melhor
de si, dando você também o melhor de si.

Criar um ambiente onde as pessoas possam se sentir bem com você,


consigo mesmas e entre si, e estar confiantes na satisfação das próprias
necessidades, ao mesmo tempo em que cooperam com o grupo.

Se as pessoas não estão motivadas a fazer alguma coisa ou a alcançar


uma meta, você pode persuadi-las a fazer algo que elas prefeririam não fazer,
mas, a menos que estejam prontas a assumir as atitudes e os valores do
motivador, o comportamento não será permanente. O fator de disposição não
está presente.

Uma pessoa tem que estar disposta a ceder, caso contrário nada do que
você possa fazer vai convencê-la a seguir sua liderança, porque a pessoa está
motivada a fazer outra coisa.
34
CONCLUSÃO

O ambiente de trabalho de uma empresa não deve ser estruturado


apenas para o alcance de um objetivo. Dentro deste acontecem relações com
várias pessoas e estas precisam estar sempre animadas, encorajadas e
motivadas a trabalhar de forma mais efetiva, para isso se faz útil aplicar certas
técnicas motivacionais.
Motivar é entender as necessidades do meu cliente interno e
proporcionar meios para que ele adquira conhecimento, realize melhor seu
trabalho aliado às ferramentas úteis e claro cada vez mais se fidelize a
empresa. Um funcionário motivado se torna mais produtivo, ajudando e
incentivando os outros a se motivarem também.
Motivar um funcionário não é apenas aumentar seu salário. As praticas
motivacionais são bastante simples, indo desde um simples curso de
capacitação até mesmo a oportunidades de crescimento.
A motivação é, portanto, um elemento propulsor e dinamizador do
comportamento humano. Existe no interior da pessoas e é ativada pelas
necessidades (desejos, aspirações, objetivos individuais, idéias, poder, entre
outros), próprias de cada indivíduo.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração. 2ª


ed. Rev. Atual. São Paulo: Campos, 2003.

CHIAVENATTO, Idalberto. Administração de Recursos Humanos, Ed. Atlas,


São Paulo, 1999 – 4ª edição.

MACGREGOR, D. Motivação e Liderança. São Paulo: Brasiliense, 1973.

MASLOW, A.H. Uma Teoria da Motivação Humana. O comportamento


humano na empresa. Rio de Janeiro, FGV, 1972.

BERGAMINI, Cecília – Motivação nas organizações, Ed. Atlas, São Paulo,


1994 – 4ª edição.

DUBRIN, Andrew J. Princípios de Administração. 4ª ed. Rio de Janeiro: JC


editora, 2002.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Introdução à Administração. 6ª ed. São


Paulo: Atlas, 2002.

MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria Geral da Administração. Da


Revolução Urbana à Revolução Digital. São Paulo: Atlas, 2004.

MAITLAND, Iain. Como Motivar Pessoas. São Paulo: Nobel, 2000.

MONTANA, Patrick J; CHARNOM, Bruce H. Administração. 2ª ed. São Paulo:


Saraiva, 2003.

STAPLES, Dr. Walter Doyler. Pense como um vencedor!. Pioneira, São


Paulo, 1994.
36

WEISS, Donald. Motivação e Resultado. Nobel, São Paulo, 1991.

ASSIS, Maria Alice Altenburg de; NAHAS, Markus Vinícius. Aspectos


motivacionais em programas de mudança de comportamento alimentar.
Revista Nutrição, Campinas, v. 12, ano 2005.

CASTRO, Duval Muniz de. Viver o trabalho - uma abordagem humanista da


motivação. Revista Tecnologia & Humanismo. P. 19-24. São Paulo, 1994
37
ÍNDICE
Folha de Rosto ---------------------------------------------------------------- 02
Agradecimentos -------------------------------------------------------------- 03
Dedicatória --------------------------------------------------------------------- 04
Resumo -------------------------------------------------------------------------- 05
Metodologia -------------------------------------------------------------------- 07
Sumário -------------------------------------------------------------------------- 08
Introdução ---------------------------------------------------------------------- 09

Capítulo I

1.- Significado da Palavra Motivação e do Processo da


Motivação ----------------------------------------------------------------------- 13

1.1- Motivação para o Trabalho: De que se trata? ---------------- 14

1.2- Motivos Internos e Externos --------------------------------------- 16

1.3- Necessidades Humanas --------------------------------------------- 18

Capítulo II

1.- Principais Teorias da Motivação ----------------------------------- 20

1.2- Teoria dos Dois Fatores --------------------------------------------- 23

1.3- Teoria de Stacy A. Adams ------------------------------------------- 25

1.4- Teoria da Expectativa ------------------------------------------------- 26

1.4.1- Valor do Resultado ------------------------------------------ 27

1.4.2- Desempenho e Resultado --------------------------------- 27

1.4.3- Espaço e Desempenho -------------------------------------27

1.5- Práticas Motivacionais ----------------------------------------------- 28


38
Capítulo III

1.- A Interação dos Motivos Interiores com os Estímulos do


Ambiente para a produção determinada do Estado de
Motivação ----------------------------------------------------------------------- 31

Conclusão ---------------------------------------------------------------------- 34

Referências Bibliográficas ------------------------------------------------ 35

Anda mungkin juga menyukai