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Cristologia (Raoul Dederen) 62

A CRISTOLOGIA DA CARTA 8 DE E.G. WHITE


ESCRITA EM 1895
UM ESTUDO HISTÓRICO, CONTEXTUAL E ANALÍTICO

Lyell Vernon Heise *

INTRODUÇÃO

No início de 1896, um evangelista que há poucos meses estivera


lutando na distante Tasmânia, Austrália, num extenso distrito, com
poucos resultados e uma tendência natural à erudição do que ao
evangelismo agressivo, recebeu uma carta de 18 páginas de Ellen
White.1 Esta carta, cheia de amor e interesse, tratava, "primeiramente de
seu ministério, sua eficiência e seus sentimentos de desânimo, (e)
continha conselhos de como tornar seu ministério mais poderoso.2
Perdidos, em meio a essa longa carta, havia cinco parágrafos que tinham
conselhos sobre como este evangelista, pastor W.L.H. Baker, devia
apresentar o tema da natureza humana de Cristo. Despercebidas pelos
teólogos da Igreja durante 60 anos, estas palavras de conselhos foram
finalmente apresentadas a um público maior em fevereiro de 1955.3 Esse
foi um período de renovado interesse nos assuntos referentes à natureza
de Cristo, e desde então esse interesse não decaiu mais. Somente em
janeiro de 1974, foi permitida a publicação de outros parágrafos da
carta,4 uma vez que os teólogos da Igreja continuavam a estudar com
interesse os escritos de Ellen White sobre a natureza humana de Cristo.
Devido a grande quantidade de material agora disponível para ser
estudado, e algumas observações de Ellen White que parecem sugerir
que o pecado – ou a mancha do pecado –, estava presente na carne

*
Monografia de Lyell Vernon Heise, apresentada no cumprimento de um requisito do curso T60.0
Problemas em Teologia, do Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia de Andrews University,
Março 1975, não publicada.
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humana de Cristo, alguns se perguntaram se estas representavam uma
posição oficial de Ellen White, e se suas observações ao pastor Baker, na
Austrália, há oitenta anos, representavam uma forte polêmica contra um
ponto de vista decididamente heterodoxo. Outros se contentam em
deixar de lado a carta, e considerá-la como um enigma, e constroem o
ponto de vista de Ellen White fundamentados no que eles chamam de
fontes mais oficiais. Outros ainda vêm o conteúdo dessa carta como uma
contribuição à genuína Cristologia de Ellen G. White, e insistem no fato
de que deve ser dada suficiente importância em todo o exame da
natureza humana de Cristo.
Parece-me importante, à luz do interesse geral sobre o tema, que se
examinem as circunstâncias históricas em que a carta foi escrita; que a
carreira de Baker seja reconstruída tão detalhadamente como as fontes o
permitam, e que as influências que pesaram em sua carreira sejam
descobertas; que se realize uma análise literária e teológica da parte em
questão da carta, de mo do que se possa ver com clareza seu propósito
ainda que separada de outro material de Ellen White sobre o mesmo
tema.
O alcance deste trabalho será o seguinte: Apresentação de um
resumo da vida e carreira de Baker. De um material de quatro tipos
baseados num estudo realizado em todos os números do The Bible
Echo,5 de novembro de 1886 a abril de 1896. Relatórios sobre o trabalho
de Baker e artigos significativos escritos por ele, os quais lançam luz
quanto a seus interesses e atividades. Material proporcionado por Ellen
White, que mostra quais eram suas ocupações naquela época, e o
material que tanto obreiros como leigos tinham para ler; a importância da
obra de E.J. Waggoner nos editoriais, os artigos e as notícias (a
participação de Waggoner é significativa, uma vez que seu ponto de
vista sobre Cristologia era proeminente na Igreja após 1888, e foi uma
das causas do reavivamento do interesse nos anos 50 e sua continuação
até a atualidade); a influência de W.W. Prescott, que viajou pela
Austrália de setembro de 1895 a abril de I896, pregando em Instituições
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e Congressos. (Seus principais sermões foram publicados em The Bible
Echo.)
O contexto e os pontos principais da carta serão discutidos; e
finalmente será feita uma análise literária e teológica dos cinco
parágrafos que se referem a Cristologia. Como já mencionamos, este
trabalho referiu-se levemente a outros comentários de Ellen White sobre
a natureza humana de Cristo. O interesse do escritor limitou-se,
particularmente, no relevante material contido nesta carta. O trabalho de
relacioná-lo com a totalidade do material de Ellen White, fica como tema
de outro estudo.

A Carreira de W.L.H. Baker

W.L.H. Baker nasceu em Iowa, em 12 de março de 1858.6 Tinha


apenas 10 anos de idade quando seus pais se tornaram Adventistas do
Sétimo Dia. Pouco se sabe sobre os detalhes de sua educação formal. No
entanto, sendo um jovem de 24 anos, encontrou emprego na
relativamente nova Casa Publicadora, dirigida pela Igreja na costa
ocidental. Durante cinco anos, de 1882 a 1887, Baker trabalhou na
Pacific Press Publishing House. Pouco se sabe, também, de suas
responsabilidades ali, exceto que ele deve ter adquirido uma experiência
bastante ampla em impressão e publicação, pois em 1887 foi chamado
para a Austrália, para ajudar na recém iniciada publicação e distribuição
de um jornal missionário, The Bible Echo, e na realização de reuniões de
evangelismo agressivo. É importante notar que durante três, dos anos
que Baker trabalhou na Pacific Press, E.J. Waggoner também fazia parte
do pessoal da Instituição. De 1884 a 1886, Waggoner atuou como
Redator Assistente do The Signs of the Times sob a direção de seu pai,
J.H. Waggoner; e de 1886 a 1891, foi Redator do jornal, associado nesse
cargo a A.T. Jones.7 Waggoner e Baker devem ter-se conhecido bem, e é
muito provável que Waggoner, que era mais velho, tenha exercido uma
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considerável influência sobre o jovem Baker, especialmente por ocupar o
posto de Redator-Chefe, cargo de certa influência teológica .
Baker e sua esposa foram para a Austrália em 1887. Trabalharam
primeiramente na Echo Publishing House, e depois na obra pastoral. No
início de 1888 Baker recebeu a credencial de ministro Licenciado.8
Trabalhou ao lado de M.C. Israel, um pregador pioneiro na Austrália,
visitando igrejas e dirigindo reuniões evangelísticas. Em 1891 Baker já
havia sido ordenado. Nesse mesmo ano foi nomeado membro da Mesa
Admin1strativa da Associação9 e seu primeiro artigo apareceu no The
Bible Echo.10 Em 1892 foi convidado para fazer parte do corpo docente
da nova "Bible Training School" (Escola de Treinamento Bíblico), de
Melbourne.11 A Escola iniciou suas atividades em 24 de agosto, e Baker
permaneceu ali até setembro de 1894, quando os planos para a
transferência da Escola começaram a ser realizados.12
Em novembro de 1894, Baker foi enviado junto com o irmão
Teasdale, para supervisionar a obra no norte da Tasmânia e dirigir uma
campanha evangelística na cidade de Launceston.13 A tarefa foi muito
difícil e é lógico supor que foi a primeira vez que Baker teve que dirigir
um programa em tal isolamento, e distante da ajuda de pessoas
experientes. Apesar da campanha de Launceston não ter sido um sucesso
em termos de número de almas ganhas , e de Teasdale e ter partido para
Queensland em maio15, Baker continuou, embora bastante desanimado
durante o transcurso da mesma. Foi no início do ano seguinte (1896),
que Ellen White escreveu a carta a Baker, a qual estamos investigando.16
Baker deve ter tido talento administrativo como também docente,
pois por volta de 1897 havia se tornado presidente da Nova Associação
New South Wales,17 e em 1900 foi nomeado Presidente de Campo na
Nova Zelândia.18 Enquanto Baker esteve ali recebeu mais
correspondência de Ellen White.19 No entanto, as cartas se referiam a
certas dificuldades que os irmãos estavam enfrentando diante das
atitudes de um obreiro da Nova Zelândia. Ellen White não faz referência
a nenhuma dificuldade doutrinaria ou administrativa com relação a
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Baker. Este atuou como Presidente na maioria das Associações
australianas: Victoria, 1906-190920; Tasmânia, 1909-191021; Oeste da
Austrália, 1910-19U.22 Por volta de 1914 passou novamente a atuar
como professor de Bíblia, desta vez no Colégio Missionário
Australasiano, em Cooranbong, New South Wales.23
Em 1916, Baker foi para o trabalho pastoral em New South
Wales.24 Tinha, então, 58 anos e, sem dúvida, sentiu-se feliz em fazer
uma pausa nas responsabilidades administrativas e institucionais. Em
1918 foi para o trabalho pastoral em Victoria25; e em 1921, passou uma
breve temporada em Avondale, novamente como professor de Bíblia.26
Nesse mesmo ano regressou aos Estados Unidos, após 34 anos na
Austrália. Seus anos finais na obra foram dedicados ao trabalho em
Instituições Adventistas em Takoma Park, Loma Linda e no Colégio
Oakwood. Após alguns anos de jubilado, faleceu em fevereiro de 1933.
Este resumo da carreira de Baker nos mostra que ele foi um homem
de talento que ocupou posições de responsabilidade na denominação. A
maior parte de sua experiência anterior a 1895, foi adquirida no setor de
publicações e do ensino. Como veremos mais adiante, atraía-lhe a área
acadêmica e as investigações neste sentido pareciam agradar-lhe.
Embora tenha se ocupado, na maior parte do tempo, como administrador,
mais tarde pôde ainda dedicar algum tempo ao ministério do ensino.
Seus últimos dias na obra nos Estados Unidos foram dedicados ao ensino
da Bíblia — o que no início havia sido tão agradável para ele.

Obra e Escritos de W.L.H. Baker *

Antes de 1891, as únicas referências sobre Baker, que aparecem no


The Bible Echo, referem-se a seu trabalho com Tenney e Israel em
reuniões evangelísticas e de Igreja no campo de Victoria. Seu primeiro
artigo no The Bible Echo, apareceu na edição de abril de 1891, na p. 100.

*
Estudos baseados no The Bible Echo, 1886-1896.
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O título, "Memorizando a Escritura", mostra seu interesse no valor do
estudo da Bíblia. Tem especial significado uma série de artigos escritos
por Baker intitulada: "Alguns Homens da Reforma". Esta série
demonstra grande investigação e interesse em estudos históricos. Baker
começa a perfilar-se como um homem mais erudito. De 1º de janeiro a
15 de julho de 1892, estes artigos apareceram ininterruptamente, Huss,
Jerônimo, Lutero, Calvino, Zwínglio, Tyndale, Latimer, e Knox, foram
temas de seus artigos.27 Após a conclusão dessa série, Baker foi
nomeado para ensinar na nova Escola de Treinamento Bíblico.28
Em meados de 1893, Baker realizou uma viagem a Tasmânia como
representante da Igreja e da Escola e dirigiu uma série de reuniões nos
finais de semana. "Nosso tema principal era o espírito de Cristo, sua
importância e como podemos obtê-lo".29 Baker informou no The Bible.
Echo, naquele mesmo mês, sobre o trabalho da Igreja Adventista em
Hamburgo, dando especial ênfase no desenvolvimento da reforma.30 Em
setembro vemo-lo escrevendo sobre os habitantes da Terra do Fogo, ao
Sul da América do Sul, e sobre os vários esforços feitos para alcançar
esse povo com o evangelho.31 Durante esse mês informa-se sobre a sua
visita às igrejas do interior de Victoria entre os períodos escolares, e
além disse escreveu um artigo sobre o progresso das missões em Java.32
Livingstone é o tema de um artigo de Baker aparecido em
novembro de 1893.33 Um batismo realizado em julho de 1894 mostrou os
frutos de seu trabalho.34
Um relatório de novembro conta da partida de Baker e Teasdale
para a Tasmânia, onde Launceston seria o cenário de seu trabalho por
alguns meses.35 The Bible Echo de 17 de dezembro de 1894, apresenta na
primeira pagina a história do início dessa missão e registra interessantes
comentários sobre considerações cristocêntricas dos evangelistas.36 No
entanto, essa primeira chama de sucesso logo feneceu. Para um homem
que se havia ocupado em tarefas de publicações e na obra educacional, e
no evangelismo apenas como assistente de outros, a experiência da
Tasmânia foi um cálice bastante amargo. Para mérito de Baker, deve
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dizer-se que apesar do trabalho ter sido árduo, um relatório no The Bible
Echo de abril de 1895, dizia que ele e Teasdale tinham visitado o distrito
e obtido alguns resultados.37
Com a partida de Teasdale em maio,38 Baker e sua esposa ficaram
sós. Em junho ele começou uma série de reuniões na pequena cidade de
Bishopbourne.39 Parece que essa campanha não logrou o sucesso que se
esperava, pois em fevereiro de 1896 ele estava bastante desanimado.
Baker, certamente, assistiu a uma ou outra das importantes reuniões
campais realizadas no final de 1895 em Melbourne e Hobart, e fez
contatos com Ellen White ali.40 Ela deve ter percebido seu desânimo e
exatamente dois meses mais tarde foi impressionada a escrever-lhe. A
carta referia-se ao fato de que Baker havia deixado a Tasmânia;41
provavelmente estava em Victoria na ocasião em que recebeu a carta.
Em abril de 1896 estava novamente dirigindo reuniões nos subúrbios de
Melbourne; Baker, certamente, deve ter sido beneficiado com as
instruções e encorajamento de Ellen White.42
Em todo o material publicado a respeito de Baker ou escrito por ele,
não existe nenhuma referência de que tenha apresentado temas sobre a
natureza de Cristo de forma tio controvertida a ponto de provocar uma
firme declaração de parte de Ellen White. É óbvio que necessitava de
conselho, mas o cuidadoso estudo que temos feito de suas atividades
mostra que seu interesse no tema estava dentro dos limites amplamente
aceitáveis.

Os Escritos de Ellen White no The Bible Echo

Desde suas primeiras publicações, The Bible Echo apresentou


artigos de Ellen White em todos os números. Durante 1892, no entanto, a
ênfase em seus artigos mudou a temas tais como a fé, a justificação e a
obra expiatória de Cristo. Apareceram os seguintes títulos:
Vós Sois Completos nEle.
A Obra de Deus para Crer em Cristo.

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