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Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DA
ARQUEOLOGIA HISTÓRICA BRASILEIRA

M aria Dulce G aspar*

Introdução Coleções de antigüidade foram formadas desde o


século VI antes da era Cristã. Nabónido, último rei
A Arqueologia Histórica brasileira é um campo da Babilônia, colecionou antiguidades e escavou em
de investigação fascinante que desvenda uma série Ur, mas não é possível considerar que a arqueolo­
de hábitos, costumes e mentalidades que se gia tenha surgido nesse momento (Daniel 1967).
estabeleceram no que veio a ser o território Foi necessária uma série de passos, acúmulo de
brasileiro e países vizinhos com o início da coloni­ saber, confluência de interesses, mudança de
zação européia. Para apresentar a história de sua paradigma para formar a disciplina. Nesse proces­
construção vou apoiar-me no balanço bibliográfico so, os viajantes, na era do antiquarismo, tiveram
da disciplina elaborado por Andrade Lima (1993). papel fundamental no que se refere ao acúmulo de
Em seu levantamento, apresenta as primeiras informações que levaram a uma reflexão sobre o
intervenções arqueológicas em contextos derivados passado.
dos europeus e seus descendentes e m ostra como Luiz de Castro Faria (1989) fornece uma
o início da disciplina estava atrelado aos trabalhos acurada leitura do início da disciplina que resumo e
de recuperação do patrimônio cultural brasileiro. apresento. O antiquarismo foi a primeira expressão
Como estratégia de abordagem do tema, vou do que mais tarde seria conhecido como arqueolo­
correlacionar os desdobramentos da Arqueologia gia clássica. No século XVI, os dilettanti já se
Histórica com a Arquitetura, a História sempre extasiavam diante das obras de arte do mundo
considerando-a como um desdobramento da antigo e fundavam uma estesia nova, erguida sobre
Arqueologia Pré-Histórica. Terei como referência a uma arqueografia poética, que atualizava o passado.
análise sobre Arqueologia brasileira empreendida No século XVIII, a sociedade de Antiquários,
por Prous (1991) e a avaliação dos períodos mais em ação desde o primeiro decênio, começa a
recentes feita por Barreto (2000). Vou também publicar a sua revista com o título de Arqueologia.
estabelecer correlações com as principais correntes É nessa tradição renascentista que a civilização
teóricas que nortearam as pesquisas na Europa e greco-romana é conhecida e reconhecida. A arte
Estados Unidos e que influenciaram a construção começa a contar com a sua própria história
da Arqueologia brasileira. Farei uma breve avalia­ recortada de todas as outras e que contaminará
ção da Ecologia Cultural, do Neo-Evolucionismo, toda a prática da arqueologia, pois alimentará o
da Nova Arqueologia (ou Arqueologia Processual) colecionismo - fome insaciável de peças belas e
e do Pós-Processualismo, sempre correlacionando raras. E a essa tradição que se filia à Arqueologia
com a Arqueologia Histórica. Clássica.
A Arqueologia, a que é pré-histórica, e que
interessa aqui, filia-se a outra tradição dominante
Breve histórico da Arqueologia do pensamento ocidental. Só no século XIX a
História Natural começa a se desdobrar em
É difícil estabelecer quando começou o Ciências Naturais. Foi com Charles Lyell e os seus
interesse por objetos relacionados com o passado. princípios de geologia, com o reconhecimento das
três idades sucessivas (pedra, bronze e ferro) com
Thomsen, e a sua popularização através dos
museus, com os postulados evolucionistas de
(*) Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Spencer que afirmava que “o progresso não é um
Janeiro-UFRJ, Pesquisadora do CNPq e FAPERJ.

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acidente e sim uma necessidade”, com a teoria da localização de “casas fortes”, que foram construídas
evolução de Charles Darwin, que as Ciências no século XVI, por Gabriel Soares de Souza em
Naturais vão se desdobrar. suas penetrações no sertão baiano. Nessa mesma
O surgimento das sociedades científicas, das época, Loureiro Fernandes desenvolveu um
universidades, dos museus, as revistas especializadas trabalho pioneiro na Serra Negra, no Paraná,
e o empenho dos naturalistas viajantes associado quando investigou ossadas humanas e vestígios de
com a realização de grandes expedições de argila destinados a lacrar as aberturas na rocha que
exploração compõem o ambiente intelectual foram utilizadas para sepultar corpos. Esses
inquieto que marca, de maneira profunda, o século túmulos foram identificados como pertencentes a
XIX. Como decorrência, ampliam-se a Geologia, a negros quilombolas, mas não foram feitos estudos
Botânica, a Zoologia, assim como a Anatomia mais detalhados. Na década de 1940, Virgínia
Humana desdobra-se em estudo comparado das Watson estudou a Ciudad Real do Guaira, antiga
raças e evolução do homem. É nessa outra grande vila espanhola quinhentista no Paraná, analisou as
tradição do pensamento ocidental que se insinua a cerâmicas e abriu caminho para futuros trabalhos
pré-história e que, muito posteriormente, se nesse povoado.
desdobra em Arqueologia Histórica. Já na década de 1950, ocorrem vários
A definição de Arqueologia Histórica Brasileira estudos: Padre Luiz Gonzaga Jaeger fez interven­
é o campo de saber que pretende dar conta da ções assistemáticas nas missões jesuíticas de São
introdução e do desenvolvimento no território que Nicolau, São Luiz Gonzaga e São Borja. Foram
se transformou na nação brasileira de novas feitas escavações na capela do antigo Colégio dos
práticas políticas, sociais e econômicas que Jesuítas, em Paranaguá, por Loureiro Fernandes,
caracterizavam países europeus em seu processo tendo como objetivo auxiliar os trabalhos de
de expansão territorial e ocupação das terras restauração do prédio. Inaugura-se um aspecto que
indígenas na América do Sul. vai marcar a trajetória da Arqueologia Histórica - o
A estruturação da Arqueologia Histórica, em desenvolvimento de estudos associados aos
diferentes países, é recente. Na Inglaterra, a prática trabalhos de restauração.
da Arqueologia em contexto medieval está presente Continuando com Andrade Lima (1993),
desde 1840, mas é só em 1957 que surge a durante um longo período, a Arqueologia Histórica
Society fo r M edieval Archaeology. Nos Estados brasileira dedica-se ao estudo de prédios coloniais,
Unidos, cresceu lentamente até a década de 1960, investiga igrejas, missões, conventos, fortificação e
quando se deu a criação, em 1967, da Sociedade solares etc.. E fortemente impregnada pela ideolo­
de Arqueologia Histórica. No mesmo ano foi criada gia então vigente nas esferas patrimoniais, cuja
a Sociedade de Arqueologia Pós-Medieval, na concepção elitista e arquitetônica de bem cultural
Inglaterra. A Austrália, três anos antes, já havia privilegia os monumentos de pedra e cal. Dessa
formado sua sociedade de Arqueologia Histórica. forma, a Arqueologia teve, como seu principal
Atualmente, em diferentes países da América Latina interesse, o estudo dos segmentos dominantes da
e no Canadá, há uma multiplicação de centros de sociedade brasileira. Foi reduzida, na maioria dos
pesquisas, sociedades científicas, cursos de pós- casos, a uma técnica a serviço de outras áreas de
graduação voltados para o estudo dos processos conhecimento, como a História e a Arquitetura.
relacionados com o estabelecimento dos europeus. Operou em um nível meramente arqueográfico, sem
(M eneses 1983a; Orser 1996). explorar o seu potencial interpretativo, ficando em
A Arqueologia Histórica é assim considerada um plano de relativa marginalidade frente à História,
uma disciplina recente no contexto cientifico. No à Arquitetura e à própria Arqueologia Pré-histórica.
Brasil, embora desde a década de 1930 algumas Analiso, agora, algumas características da
intervenções tenham sido realizadas em sítios pesquisa arqueológica no Brasil, no momento em
históricos na região Sul, foi apenas a partir da que surge um maior interesse em relação aos sítios
década de 1960 que a Arqueologia, como um todo, históricos. Na década de 1950, a Arqueologia
e a Arqueologia Histórica, em particular, adquiriram brasileira passa por um momento bastante impor­
características científicas mais sistemáticas. tante no que se refere a sua estruturação em termos
Segundo Andrade Lima (1993), já no final da científicos. São contribuições importantes a Missão
década de 1930, Hermán Kruse empenhou-se na Francesa e a influência de pesquisadores america­

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nos. Os arqueólogos franceses, seguindo o modelo tradições arqueológicas encontradas no Brasil que
adotado pelas várias missões francesas na América ainda hoje é uma referência importante para a pré-
do Sul, dedicaram-se aos estudos de sítios de história. No que se refere à análise de outros tipos
caçadores e dos grafismos rupestres e os pesquisa­ de sítios, a fragilidade teórico-metodológica dessa
dores americanos voltaram as suas atenções linha de pesquisa fica extremamente evidente e este
especialmente para os sítios cerâmicos e para os é o caso específico da abordagem de sítios
sambaquis (Barreto 1999). históricos.
É de particular interesse, a contribuição de É na década de 1960 que surgem os primeiros
Betty Meggers e Clifford Evans, especialmente as trabalhos de Arqueologia Histórica efetivamente
pesquisas desenvolvidas no bojo do Programa sistemáticos, tanto no sul como no nordeste do
Nacional de Pesquisa Arqueológica (PRONAPA), país. No Rio Grande do Sul, seguindo a orientação
ativo no período compreendido entre 1965/70 e do PRONAPA, são investigadas as missões
que construiu o primeiro panorama da pré-história jesuíticas e é criada a primeira fase cultural referen­
brasileira. Vou deter-me na contribuição do casal te ao período histórico, a fase Missões. São os
Evans, pois materiais históricos foram recuperados, trabalhos de localização de povoados cobertos
analisados e interpretados segundo a perspectiva pela vegetação, análise de materiais provenientes
abraçada por eles. Perspectiva esta que se difundiu de coletas de superfície e sondagens e identificação
amplamente no Brasil e, até os dias de hoje, é uma de técnicas introduzidas pelos europeus. No
referência. Em um determinado período, especial­ nordeste, à mesma época, surgiram pesquisas em
mente a década de 1970 e até mesmo 1980, as fortificações e igrejas de Pernambuco. No decorrer
estratégias de campo e de análise adotadas pelo dos anos 1970, os estudos relacionados com as
PRONAPA foram recorrentes na arqueologia Missões foram enfatizados tanto no sul como no
brasileira. Pode-se dizer que era a maneira nordeste do Brasil. Os estudos realizados nas
preponderante de se fazer pesquisa, muito embora Missões Jesuíticas-guarani apontaram para um
louváveis exceções sempre tivessem se destacado. tema de pesquisa que iria receber atenção significa­
Trata-se de uma linha de pesquisa fortemente tiva dos arqueólogos. São as investigações sobre
influenciada pela Ecologia Cultural americana, de contatos interétnicos e os fenômenos de aculturação,
Julian Steward, e especialmente pela visão de Betty que seriam aprofundados na década de 80
Meggers que prioriza os fenômenos naturais ao (Andrade Lima 1993).
construir interpretações sobre mudança social. No No Rio de Janeiro, Ondemar Dias identifica
PRONAPA, o casal Evans adotou como estratégia uma cerâmica que denomina de “cabocla”
de ataque dos sítios arqueológicos a realização de resultado do contato entre índios e europeus, material
coletas de superfície e de pequenas sondagens que passou a integrar a tradição Neobrasiliera e
feitas a partir de níveis artificiais. Os materiais que se refere ao período colonial. Segundo
foram ordenados segundo a seriação Ford, definição apresentada em Chmyz (1976:145), a
procedimento que organiza os vestígios a partir de tradição cultural Neobrasiliera é “...caracterizada
tipologias concebidas para detectar mudanças pela cerâmica confeccionada por grupos familiares,
através do tempo e do espaço. Segundo esta linha neobrasileiros ou caboclos, para uso doméstico,
de pesquisa, os materiais são classificados segundo com técnicas indígenas e de outras procedências,
as categorias de fase e tradição inspirados em onde são diagnosticadas as decorações: corrugada,
W illey& Phillips (1955). escovada, incisa, aplicada, digitada, roletada, bem
Para M eggers & Evans (1985), fase e tradição como asas, alças, bases planas em pedestal,
mantêm a mesma relação que gênero biológico cachimbos angulares, discos perfurados de
possui com a espécie, sendo que a tradição persiste cerâmica e pederneira”
por mais tempo e ocupa áreas mais extensas do A tradição Neobrasileira é um instrumento de
que a fase. A fase por sua vez é definida segundo análise que pretende dar conta do processo
uma seqüência seriada e representa a expressão desencadeado com a chegada dos europeus ao que
arqueológica de uma comunidade etnográfica. viria ser a nação brasileira. Porém, na maioria dos
No que se refere aos sítios cerâmicos, as trabalhos onde se observa o uso do termo, ele está
pesquisas realizadas no âmbito do PRONAPA voltado quase exclusivamente para a descrição de
forneceram um panorama espaço-temporal das cacos cerâmicos e a caracterização das técnicas de

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confecção. Investe-se, especialmente, no estudo da está vinculada apenas à filiação que se dá mediante
cerâmica colonial, outros materiais eventualmente exigências mínimas e à periodicidade das reuniões.
presentes nos sítios raramente são mencionados. Destaco, ainda, que a S AB é resultado do proces­
A visão reducionista desse esquema, fortemen­ so de amadurecimento da disciplina e que para seus
te marcado pelo determinismo ambiental, pouco se congressos são eleitos temas considerados como
adequa à interpretação de fenômenos pós-contato pertinentes e significativos pela comunidade
com europeu. A riqueza documental sobre este científica.
período - quer seja relato de cronistas, de religio­ Escolhi analisar os cadernos de resumos dos
sos ou toda a produção sobre o Brasil Colônia, encontros da SAB pois, diferentes dos anais das
Império e República - mostra a complexidade dos reuniões, eles melhor expressam os interesses
fatos sociais. Evidencia a inadequação dos instru­ enfocados em cada reunião. Corroborou minha
mentos de análise, amplamente utilizados pela opção o fato de os anais, muitas vezes, terem sido
Arqueologia brasileira, para dar conta do período divulgados de maneira tão tardia que, praticamente,
histórico. A tradição Neobrasileira, um dos coincidem com a reunião seguinte (este foi o caso
produtos do PRONAPA, teve vida curta. da X SAB, em 1999). Além do mais, por diferentes
A restrição de seu uso é um indicador de que motivos, nem todas as comunicações apresentadas
rapidamente a comunidade de pesquisadores nos encontros resultam em contribuições para os
percebeu que as premissas abraçadas pelo anais dos congressos. Alguns autores preferem
PRONAPA não poderiam dar conta de uma divulgar em outros meios e certos trabalhos não
realidade que envolvia os reinos de Portugal, têm fôlego para se transformarem em artigo. Dessa
Inglaterra, França e Holanda, diferentes povos forma, considero que os livros de resumos melhor
indígenas e nações africanas. As nações européias e expressam os interesses da comunidade no
suas colônias, em pleno mercantilismo e com momento de realização de cada congresso.
sofisticado controle de exploração do ambiente, Infelizmente, não encontrei o programa da IH
dificilmente poderiam ser estudadas à luz da versão reunião da SAB que ocorreu em Goiânia, em 1985.
da Ecologia Cultural introduzida no Brasil por Betty Para proceder à análise das contribuições
Meggers e Clifford Evans. estabeleci 10 categorias: caçadores, pescadores/
É nesse contexto científico que surge um dos coletores, horticultores/ceramistas, nativos,
desdobramentos da Arqueologia, a Arqueologia grafismos, antropologia física, teoria e método,
Histórica. Para avaliar o seu desenvolvimento, e abordagens regionais, patrimônio cultural, estudos
especialmente as relações com a Arqueologia Pré- de região, arqueologia histórica, arqueologia
histórica, analisarei as publicações relevantes que clássica e notícias. A categoria “caçadores” inclui as
divulgam os resultados de pesquisa no Brasil. Optei contribuições que versam sobre o início da
por fazer um balanço apoiando-me nos anais do III ocupação do território brasileiro, as reflexões sobre
Seminário Goiano, realizado em 1980, e, sempre as tradições Umbu, Humaitá e Itaparica, bem como
que possível, nos cadernos de resumos divulgados os estudos de indústrias líticas. “Pescadores/
pela Sociedade de Arqueologia Brasileira (S AB). coletores” refere-se aos grupos sociais que
Informo que não tive acesso nem ao caderno de ocuparam o litoral brasileiro, às tradições ou fases
resumos nem aos anais da reunião da S AB que denominadas de Macaé e Itaipu, aos estudos sobre
ocorreu em 1985. sambaquis sujos ou limpos e às adaptações
O III Seminário Goiano foi um momento litorâneas. “Horticultores/ceramistas” é a categoria
importante na história da disciplina, pois a comuni­ que agrupa os estudos relacionados com as
dade de pesquisadores se reuniu para elaborar uma tradições ceramistas e grupos horticultores, já a
síntese da ocupação pré-histórica do território categoria “nativos” reúne reflexões sobre grupos
nacional. Neste encontro, também, foi amadurecida indígenas quer seja da perspectiva da etnoarqueologia
a idéia de formar uma sociedade de arqueologia. ou da etnohistória.
A escolha em analisar os volumes das reuniões “Grafismo” aglutina as contribuições sobre
científicas da S AB para acompanhar a constituição pintura e gravura rupestre. “Antropologia Física”
da Arqueologia Histórica recai nos seguintes fatos: reúne os trabalhos que tratam de análise dos
a associação congrega número significativo de esqueletos humanos, já “teoria e método”, confor­
profissionais, a apresentação e publicação de idéias me o próprio título informa, incorpora reflexões

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sobre o tema. Neste caso, é preciso ressaltar que a arquitetônico. Os “estudos de caso” reúnem os
grande maioria das contribuições trata preferencial­ resumos que apresentam apenas os dados básicos
mente de métodos e que são raras as reflexões em relação a um determinado sítio histórico e até
teóricas. O item “patrimônio cultural” trata dos mesmo a um conjunto de sítios sem que seja
inventários de sítios, das avaliações e dos debates explicitado nenhum tipo de reflexão sobre hábitos
sobre política de preservação. Os “estudos de ou costumes. Já a categoria “estudo de materiais e
região” incorporam todos os levantamentos de área técnicas de análise”, como deixa claro a denomina­
e a arqueologia da paisagem. Já a categoria ção escolhida, agrupa comunicações que versam
denominada “Arqueologia Histórica” agrupa as sobre materiais típicos de sítios históricos, tal como
reflexões voltadas para o modo de vida que se a faiança, e técnicas de análise, quer seja de
estabeleceu após a colonização européia. “Arqueo­ materiais ou do próprio sítio.
logia clássica” agrupa as contribuições sobre Egito, A categoria “estudos de práticas cotidianas e
Mediterrâneo e outros. A categoria “notícias” mentalidades” reúne os trabalhos que enfocam
reúne os debates sobre os diferentes meios e os aspectos da vida cotidiana relacionado com o sítio em
diferentes fins de divulgação (educação, museus, estudo (práticas de higiene, poder, espaço, memória),
In ternet,...). E, também, o espaço destinado para a já as “reflexões sobre teoria e metodologia”
divulgação de resultados relacionados com novas agrupam os estudos que se caracterizam pela
técnicas de análise. (Tabela 1 e Gráfico 1). reflexão teórica. “Notícias” é uma categoria
Quero ressaltar os limites desta classificação bastante heterogênea e reúne apresentações de
que visa exclusivamente delinear a incorporação da projetos, notas de intenção de estudo, notícias de
temática da Arqueologia Histórica no seio da sítios e outros.
principal reunião científica de arqueólogos brasilei­ Bem sei que muitas contribuições poderiam se
ros. As primeiras reuniões caracterizam-se por encaixar em duas ou três categorias estabelecidas
tratar e ordenar os temas de maneira bastante mas cada uma delas integra uma única. Muito
empírica e de forma estanque. Com o desenvolvi­ embora as sessões (sejam simpósios, grupos de
mento da disciplina, eles vão se imbricando, trabalho ou mesa redonda) tenham sido preparadas
desdobrando-se e tomando-se mais complexos. para aprofundar temas específicos e que, portanto,
Um bom exemplo é o grafismo, no início era todas as contribuições poderiam ser encaixadas,
tratado de maneira isolada, praticamente restrito à em bloco, em uma mesma categoria, decidi
descrição de desenhos nas rochas e sua distribui­ reordená-las segundo os temas estabelecidos.
ção espacial. Atualmente, há todo um investimento Procedi desta maneira por considerar que o resumo
em associá-lo com os vestígios de solo e investigar expressa de maneira mais significativa a questão
as regras sociais que orquestraram a sua execução. focal da pesquisa e considerei, também, que, muitas
Com o passar dos anos e com o acúmulo de vezes, questões de ordem política também interfe­
conhecimento, a ordenação dos temas passou a ser rem na composição dos membros das sessões. A
menos empiricista e toma-se uma árdua tarefa Tabela 2 enfoca as contribuições de Arqueologia
enquadrá-los no modelo que regia os primeiros Histórica apresentadas nas reuniões da SAB e a
encontros da Sociedade de Arqueologia. Porém, sua respectiva classificação temática. O Gráfico 2,
como a Arqueologia Histórica inaugura a sua elaborado com os mesmos dados, permite uma
participação na V IS A B , em 1987, e já se passa­ melhor visualização da evolução desse campo de
ram mais sete encontros, optei por ater-me à saber e, em anexo, estão listados todos os traba­
ordenação temática das primeiras reuniões. lhos que foram analisados.
No que se refere especificamente à Arqueolo­ Na publicação que resultou do seminário de
gia Histórica e, também, a partir da leitura dos Goiás ficou bem claro quais os temas que os
resumos, estabeleci seis categorias: arqueologia de arqueólogos queriam priorizar: paleo-índio, arcaico
restauração, estudos de caso, estudos de materiais do litoral e do interior, cultivadores do planalto e do
e técnicas de análise, estudos de práticas cotidianas litoral e arte rupestre. Não foi feita qualquer
e mentalidades, reflexões sobre teoria e metodologia referência sobre Arqueologia Histórica, muito
e notícias. “Arqueologia de restauração” refere-se embora alguns pesquisadores já tivessem voltadas
às pesquisas que estão diretamente relacionadas suas atenções para o período colonial. Como já
com os trabalhos de recuperação do patrimônio mencionei, Virginia Watson já havia realizado

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trabalho com enfoque de Arqueologia Histórica na Logo após, em outubro de 1985, a Secretaria
cidade Real do Guaira, Chmyz (1963; 1964) deu do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, atual
continuidade às suas pesquisas. Blasis, em 1961, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
já havia publicado trabalho considerado pioneiro na Nacional, órgão responsável pela preservação do
Missão Jesuítica de Santo Inácio Mini. Na realida­ patrimônio cultural brasileiro, e a Fundação Pró-
de, desde a década de 60, ocorreram várias Memória, organizaram o Seminário de Arqueologia
abordagens de sítios históricos. Histórica, no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. O
Logo após o III Seminário Goiano, em 1981, encontro reuniu um grande número de participantes,
ocorre a I reunião científica da SAB. O livro de cerca de 340 pessoas. Segundo Andrade Lima
resumos conta com 39 contribuições agrupadas em (1993), nesse momento, a disciplina foi parcial­
grandes temas: caçadores e coletores, início da mente resgatada da inferioridade em relação ao
agricultura e horticultores, modelos etnográficos campo da pré-história, iniciando uma nova etapa.
para a arqueologia, arte rupestre, temas variados. Foi, de fato, uma surpresa a quantidade e a
Nenhuma sessão intitulada arqueologia histórica e qualidade de trabalhos apresentados.
nenhuma linha sobre material histórico. Significati­ Nesses dois seminários, o de São Paulo e o do
vamente, apesar de já existir um certo acúmulo de Rio de Janeiro, fica bem clara uma das característi­
informações, não ocorre nenhuma referência a cas que marcam o início da arqueologia histórica.
qualquer tipo de questão relacionada ao período Surge atrelada ao processo de recuperação da
pós-contato com os europeus. Isso indica que, até memória nacional que investe de maneira significati­
então, os arqueólogos definiam o seu perfil como va na restauração de prédios e monumentos.
estudiosos do período antes do contato com o Processo que é levado adiante, principalmente por
europeu. Só na reunião de 1987 é que temas como arquitetos e historiadores, e é com os primeiros que
sítios do século XIX, trabalhos sobre restauração, se dão os maiores conflitos. Como numa batalha,
guerras, entre outros, são tratados no âmbito das pois é assim que, segundo Bourdieu (1983), se
reuniões da SAB. A Arqueologia Histórica surge na pode pensar as relações entre as disciplinas - os
IV reunião da SAB, em 1987, com peso e forte arqueólogos disputam verba, tempo, espaço e
determinação de marcar presença, entre todas as interpretação com os arquitetos, já que são estes
categorias é a que apresenta maior número de profissionais que tocam as obras e, em certas
contribuições. A partir desse momento, com alguma circunstâncias, convocam arqueólogos. Essa
oscilação, só vai crescer e se desdobrar (ver situação marcou os trabalhos apresentados nos
Tabela 1, Gráfico 1). seminários. Muitos projetos foram concebidos sem
É na esfera pública que lida com a preservação a participação de arqueólogos e as equipes tiveram
do patrimônio histórico cultural da nação que a uma série de dificuldades em impor o seu ritmo de
pesquisa em Arqueologia Histórica ganha evidência. trabalho e p osições.
Algumas prefeituras reconhecem a importância do A disputa da Arqueologia Histórica é com
trabalho de arqueólogos. Em São Paulo é celebra­ arquitetos, pois nesse momento a Arqueologia
do um convênio entre a prefeitura e a Universidade Histórica ainda não produz conhecimento que
de São Paulo e Margarida Andreatta coordena uma pudesse contrariar interpretações já existentes.
série de estudos. As informações obtidas, apesar Disputa espaço para realizar trabalhos de campo,
de certas dificuldades que marcam o desenvolvi­ em seu próprio ritmo de pesquisa, e não pressiona­
mento da pesquisa, começam a influenciar os da por cronograma de obra. Significativamente, o
trabalhos de restauração. Lá também, ocorre o I embate, nesse momento, não se dá com a História,
Seminário do Patrimônio Histórico da Cidade de pois esta disciplina recebe, com certa simpatia, as
São Paulo. É um grupo restrito que se reúne e fica contribuições de arqueólogos. Para alguns domínios
claro o confronto entre arqueólogos e arquitetos, os da história, a incorporação de informações obtidas
primeiros sendo vistos claramente como empecilho a partir da análise da cultura material é mesmo uma
para o cronograma de obras. Ulpiano Bezerra de tradição, sendo recorrente nos estudos de Egito e
Meneses explicita que uma nova ordem precisa ser Grécia.
imposta - os trabalhos de arqueologia devem Por outro lado, a própria História começa
preceder as intervenções arquitetônicas e de rever criticamente o potencial informativo do
restauração. documento escrito, especialmente no que se refere

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ao fato de o documento escrito ser essencialmente comunidade missioneira sem relacioná-la com uma
representação (Meneses 1983b). Nesse mesmo realidade mais ampla na qual está inserida. Pedro
movimento, começa a valorizar outras evidências Paulo Funari, por sua vez, um dos mais combativos,
da cultura material que, por sua vez, passam a ser inúmeras vezes ressalta a especificidade da
consideradas também como documentos. Arqueologia Histórica (Funari 1991,1996).
Os arqueólogos historiadores são implacáveis Já na SAB, em 1987, a Arqueologia Histórica
nos seus argumentos, A mo Kem, Pedro Paulo marca sua presença com 14 comunicações sob a
Funari e Carlos Guimarães, separadamente e em coordenação de A mo Kem. Vários arqueólogos,
diferentes situações, ressaltam a importância do até então voltados exclusivamente para a pré-
tipo de informação que pode ser obtida através do história, passam também a divulgar os resultados
estudo da cultura material. Na visão desses autores, de estudos de materiais provenientes do período de
a cultura material permite lançar “um novo olhar” contato com os europeus. O próprio Arno abando­
sobre determinadas realidades sociais. Entre as na os estudos em sambaqui e volta-se para o
várias peculiaridades que a caracterizam, está a estudo das Missões Jesuíticas, Gabriela Martin
possibilidade de dar voz aos segmentos menos apresenta os estudos em Missão Vila Flor, M arga­
privilegiados que não tiveram a oportunidade de rida Andreatta e Dorath Uchôa analisam uma
registrar, por escrito, a sua experiência social. caieira que fabricava a cal proveniente de um
Nesse sentido, a cultura material permite sambaqui e Tânia Andrade Lima estuda os sítios
desvendar informações que nunca foram menciona­ históricos do Rio de Janeiro. A partir de 1993 são
das nos relatos das elites dominantes (religiosa, mais recorrentes os trabalhos no campo da
política ou econômica) por desconhecimento, por Arqueologia Histórica. É destaque o grupo de
não considerar relevante ou simplesmente pelo puro trabalho intitulado Arqueologia Africana no Brasil,
desejo de omitir. Permite estudar, em detalhe, por coordenado por Pedro Paulo Funari e o curso
exemplo a organização nos Quilombos, o seu denominado Arqueologia Histórica no Brasil,
cotidiano, estratégias de sobrevivência e proteção. coordenado por A mo Kem com a participação de
Destruir certas pré-noções amplamente divulgadas Paulo Tadeu de Albuquerque e Tania Andrade
pela história, quer seja que os Quilombos manti- Lima
nham-se praticamente isolados ou que todas as A maioria dos trabalhos é descritiva, outros
Missões eram iguais em decorrência do traçado são apenas informes de intenções. Alguns são
urbanístico imposto pelas ordens religiosas, e tc .... decorrentes de obras de restauração e se limitam a
(Funari 2000; K em 1994) contribuir para o processo de recuperação de
A pesquisa de A m o Kern: (1994,1998) prédios e monumentos. O seu número indica o
mostra, de um lado, a complexidade das relações grande peso que essa linha de atuação tem na
entre jesuítas e Guarani; de outro, as relações do Arqueologia brasileira. Porém, destacam-se alguns
Povo das Missões com outros grupos indígenas, que já apresentam questões mais elaboradas como
com a coroa espanhola e com a portuguesa sempre o estudo do processo de implantação de ordem
à procura de mão de obra já “civilizada”. Apresen­ burguesa na cidade do Rio de Janeiro. Tania
ta, em detalhes, o processo que denomina de Andrade Lima, em 1987, apresenta “a tralha
“transculturação”, a manutenção de uma série de doméstica” recuperada em sítios históricos do Rio
costumes indígenas, a mistura de determinados de Janeiro. O criativo título de seu trabalho permite
hábitos em certos domínios (o traçado urbanístico vislumbrar a leitura inovadora do modo de vida que
europeu e a permanência de grandes casas para se instalou no Brasil com a chegada da corte
familias extensas), e a imposição de certos hábitos portuguesa e que teve desdobramentos com “Chá e
pelos jesuítas, como o uso do arado por homens. simpatia”, em 1999, título também sugestivo, no
Am o Kem, historiador de formação e treinado qual é investigada como a cerimônia se estruturou
em arqueologia no Rio Grande do Sul, estado que na Inglaterra e as feições que tomou no Brasil
cedo desenvolveu uma sólida tradição de pesquisa patriarcal.
em Missões, é um dos primeiros a estabelecer um Se existia restrição, por parte dos pre­
debate acirrado com a História. Em diversas historiadores, em relação àqueles que se voltam
situações, critica a maioria dos trabalhos de história para os temas históricos, tal conduta já não se
que se limita a uma análise interna estrutural da sustenta. Vários profissionais que integram a SAB,

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considerada até então como domínio dos estudio­ disciplina científica. Muitos consideraram que a
sos do período pré-colonial, passam a dedicar-se solução para este problema era incorporar os
ao tema. Em todos os encontros há trabalhos de métodos e fundamentos das ciências experimentais,
Arqueologia Histórica e cada vez é maior o número mas predominou uma perspectiva assumida por
de intervenções (grupos de trabalho, mesas David Clarke que tratou de transformar a Arqueo­
redondas, vídeos, cursos, painéis) (ver Tabela 1 e logia em ciência, atribuindo-lhe um campo específi­
Gráfico 1). co, com objetivo e método próprios. Para tom ar a
Por volta de meados da década de 1990, os Arqueologia uma ciência capaz de explicar
pesquisadores que se dedicam ao estudo do diferenças e similitudes culturais inspiraram-se em
período colonial consideraram que tinham questões três linhas de pesquisa. 1) no Evolucionismo
e problemas específicos e iniciaram um movimento Americano, de Leslie White, que procurou
para criar uma associação, seguindo, assim, o estabelecer relações comensuráveis entre energia
modelo de outros países. Cabe perguntar, por que, tecnológica e o desenvolvimento das civilizações; 2)
diferente do que ocorreu na Austrália, Inglaterra e na Ecologia Cultural, de J. Steward, com o seu
Estados Unidos, o projeto não se concretizou. Não evolucionismo multilinear - entendido no âmbito
creio que a iniciativa de criar uma associação das articulações da cultura e meio-mabiente.; 3) No
específica não tenha se efetivado em decorrência Funcionalismo da antropologia britânica (de
do pequeno número de profissionais engajado no Radcliff Brown e Malinoswski) principalmente no
projeto, já que um grupo restrito de pesquisadores conceito de adaptação, que termina por tom ar a
teve fôlego para criar o Fórum de Arqueologia, cultura equivalente a um sistema adaptativo.
quando discordaram dos caminhos adotados pela Foi um movimento efervescente com significa­
SAB. Até hoje o projeto não se concretizou e tiva produção, novas abordagens e com repercus­
parece não ser mais necessário. Pesquisadores que são importante na própria definição da Arqueolo­
se dedicam ao estudo da Arqueologia Histórica gia. Segundo essa corrente teórica, o objeto de
foram presidentes da SAB - Gabriela Martin, eleita estudo é o sistema cultural, quer seja no passado
em 1991; A m o Kern, em 1993; Paulo Tadeu de longínquo dos primeiros caçadores quer seja na
Albuquerque, em 1995 eTania Andrade Lima, em atualidade. Fica para trás o recorte temporal que
1999 - e o espaço está aberto para tratamento de desde o início da Arqueologia delimitou esse campo
temas relacionados com o período após o contato de saber. A disciplina deixa de se restringir a um
com os europeus. determinado período (o pré-histórico), etapa na
Fica claro que a arqueologia no Brasil ampliou qual não se conta com documentos escritos.
significativamente o seu campo de estudo, o Caracteriza a Nova Arqueologia uma preocupação
período pós-contato com europeus passou a ser, sistemática em estabelecer analogias com gmpos
também, foco de interesse de muitos estudiosos, atuais e, portanto, uma valorização dos estudos de
especialmente após 1999 quando ocorre uma etnoarqueologia. São inúmeras as pesquisas com
espécie de boom da Arqueologia Histórica. sociedades vivas.
Considero que o abandono do projeto de criação Apesar das fortes críticas que recebeu,
de uma sociedade voltada para o estudo do algumas bem merecidas, a Nova Arqueologia foi
período histórico está relacionado com a mudança um dos movimentos mais criativos da Arqueologia.
que ocorreu na própria definição da Arqueologia Uma verdadeira tempestade de idéias. Convém
em países que influenciam a disciplina no Brasil. lembrar que as influências da Nova Arqueologia só
Na década de 1960, ocorreu um importante chegaram ao Brasil por volta da década de 1980.
movimento nos Estados Unidos e Inglaterra. Segundo Andrade Lima (2000) enquanto nos países
Ulpiano Bezerra de Meneses (mimeo) fornece um de língua inglesa condenavam-se as tipologias, as
balanço das contribuições que resumo a seguir. construções cronológicas, as infindáveis descrições
Trata-se de uma reação ao Histórico Culturalismo, com fim em si mesmas e o método indutivo, no
approach de pesquisa difundido por Franz Boas e Brasil ocorria um movimento oposto. Florescia uma
que dominava as pesquisas arqueológicas desde o ecologia cultural bastante equivocada. As exceções
início do século passado. Foi um movimento são pesquisas de etnoarqueologia, padrões de
capitaneado por Lewis Binford e que teve como assentamento abordando caçadores, sambaquieiros
preocupação central tomar a Arqueologia uma e horticultores e, na Arqueologia Histórica, os

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estudos voltados para entender fenômenos de do. Este é o tema de pesquisa, inúmeras vezes
aculturação e a instalação do modo de vida burguês mencionado, do projeto coordenado por William
no Brasil colônia e república (Barreto 2000). Rathje (1996). Trabalho que é utilizado como um
Uma avaliação das premissas teórico-metodológicas exemplo do potencial informativo da cultura
difundidas pela Arqueologia Processual deixa claro material e mostra que geralmente “o que a pessoa
que elas não são adequadas para dar conta de diz” é muito diferente “do que a pessoa faz”
processos de interação e conflito cultural que Rathje e seus colegas coletaram lixo doméstico na
marcaram o período histórico no Brasil. Refiro-me cidade de Tucson, Arizona, e estudaram seu
a toda diversidade de grupos indígenas, os diferen­ conteúdo. Na análise, ficou claro que as estimativas
tes contingentes europeus (portugueses, franceses, dos habitantes desta cidade, sobre o total de lixo
holandeses) com interesses distintos e contraditóri­ que eles produzem, é totalmente incorreta. E
os, que abrangem uma enorme gama de motivações especialmente equivocada em relação ao descarte
que vão desde aspirações religiosas até a mais pura de latas de cerveja, sendo esta conduta uma
exploração comercial. Completa, ainda, o panora­ estratégia para camuflar o alto consumo de álcool.
ma a forte presença de diferentes etnias africanas. É também uma especificidade do Pós-
Toda esta complexidade, dificilmente, poderia ser processualismo encorajar vozes alternativas na
aprofundada a partir de uma visão normativa de Arqueologia. Ocorre, lentamente, um crescimento
cultura difundida pela Nova Arqueologia. do pluralismo interpretativo e a interação de
É no que se pode chamar de “segunda múltiplos pontos de vista para construir conheci­
revolução da Arqueologia”, movimento denominado mento. Assim, nas últimas duas décadas, a Arqueo­
de Arqueologia Pós-processual que a Arqueologia logia Ocidental passou por processo bastante
Histórica brasileira, já com o seu lugar assegurado decisivo de debates, críticas e revisões de linhas
na comunidade acadêmica, vai florescer. teóricas dominantes, desembocando em pluralismo
A crítica mais agressiva à Arqueologia Proces­ teórico, temático e metodológico jamais visto na
sual veio de Cambridge e começou minando o história da Arqueologia. Este movimento foi
positivismo da Nova Arqueologia. Critica-se o desencadeado pelas críticas de Cambridge à
approach sistêmico, a influência da Ecologia Arqueologia Processual e depois continuou com o
Cultural e dos esquemas evolucionarlos que aparecimento de um novo leque de perspectivas
dominaram os estudos das sociedades. Ian Hodder, teóricas. Deste conturbado período surge uma
um dos destaques desse movimento, mostrando a Arqueologia mais reflexiva quanto a sua natureza
influência da Escola de Frankfurt, resiste a toda Trata-se de um quadro muito mais favorável
tentativa de transformar a Arqueologia em uma para o desenvolvimento da Arqueologia Histórica.
Ciência Natural. Volta as suas atenções para o Não se questiona mais se estudar o período
artefato enquanto símbolo. Propõe que símbolos histórico é Arqueologia ou não. Valoriza-se, na
materiais refletem e simultaneamente criam a lógica análise, o uso de múltiplas fontes - cultura material,
interna que guia as ações práticas para todos os documento escrito e discurso - cada uma com suas
membros da comunidade. Comportamento é especificidades para construir interpretações.
negociação entre indivíduos e entre diferentes Enfoca-se o conflito entre segmentos sociais que
subgrupos (classes, gêneros e minorias) onde esses compartilham e fazem leitura divergente de uma
símbolos circulam (Mclntosh 1996). Em suas mesma prática social. Entram em foco a Arqueolo­
interpretações, os processualistas recuperam a gia de gênero, de classes de idade, classes sociais,
abordagem de Leroi-Gourhan, especialmente sua diferentes etnias e credos religiosos.
idéia de cadeia de atividades, e apoiam-se no Apoiada na reflexão de Barreto (2000), é
estruturalismo, não na corrente de Lévi-Strauss pertinente avaliar a repercussão na Arqueologia
com sua perspectiva mais transcultural, mas sim no Brasileira das mudanças ocorridas nos Estados
particularismo de Clifford Geertz. Unidos e Europa. Como já ressaltei, a partir da
Ian Hodder (1992) proclam a que a Arqueolo­ década de 80 chegam ao país os reflexos da Nova
gia é o estudo da cultura material, em qualquer Arqueologia. Velhos temas são tratados sob novas
tempo e lugar. Desta maneira, fomece total perspectivas. A antigüidade da ocupação do
legitimidade aos estudos históricos e aos contem­ território brasileiro, que vem sendo estudada desde
porâneos. Até o lixo, recém-descartado, é estuda­ os primordios da Arqueologia, passa a ser analisa­

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da à luz de teorias sobre a entrada do homem na Bahia. No esforço para sair do isolamento em que
América. Os sambaquis, outro tema mais que se colocou em decorrência de um a série de opções
centenário, recebe novo tratamento. Investiga-se a criticáveis, as Arqueologias (a pré e a histórica)
organização social e padrões de assentamento. saem juntas para correrem atrás do tempo perdido.
Novos temas são incorporados. Processo de Mas significativas, ainda, para a Arqueologia
mudança, sedentarização, transição para a agricul­ Histórica, são as reuniões de Teoria Arqueológica
tura e complexificação social. São abandonadas as na América do Sul, iniciadas em 1998. Trata-se de
estáticas categorias de pré-cerâmico, cerâmico ou um alinhamento com os colegas da América do Sul
histórico. Surgem novas abordagens como as com os quais é possível compartilhar as especificidades
pesquisas de etnoarqueologia e ocorre a integração do fazer Arqueologia nos trópicos. A Arqueologia
de novas fontes de informação, arqueólogos Histórica se faz presente através de um dos
passam a lidar com dados históricos, lingüísticos e organizadores do evento, Pedro Paulo Funari.
biológicos. A Arqueologia Histórica se fortalece. Porém, há ainda um longo caminho a percor­
A Arqueologia brasileira, seguindo uma rer. Segundo a avaliação de Tânia Andrade Lima
tendência ocidental, é mais auto-reflexiva sobre a (2000), são poucos, muito poucos, os que incorpo­
própria produção. São significativos os esforços de ram os preceitos da Nova Arqueologia e muito
síntese e as avaliações históricas sobre os rumos da menos os que acompanham as críticas feitas pelos
disciplina ou de temas específicos. São destaques arqueólogos de Cambridge. Mais raras ainda são
as contribuições de Prous (1991), Mendonça de as pesquisas que direcionam suas investigações
Souza (1991), Funari (1989), Barreto (1999; para o estudo de relações de poder e dominação,
2000), Robrahn-González (2000). para aspectos cognitivos e simbólicos, identificando
Arqueólogos brasileiros fazem enorme esforço o indivíduo como negociador ativo das regras
para sair do isolamento que aprisiona a disciplina. A sociais e admitindo suas escolhas como ideologica­
série de seminários organizados por Edna Morley, mente determinadas, valorizando a estrutura mental,
do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico os sistemas de crenças e ideologia e considerando
Nacional, traz ao Brasil vários profissionais conflito e contradição cultural. O pluralismo
americanos, entre eles Michael Schiffer, J. Parson, interpretativo ainda vai demandar muito tempo para
Norman Yoffe, Suzanne e Paul Fish. Estas visitas se instalar no país, muito embora, já tenha imprimi­
científicas culminam com o que já é considerado um do algumas de suas marcas na Arqueologia
marco do atual período - o Congresso sobre Histórica que mais facilmente incorpora as inova­
Teoria e Método realizado na Universidade de São ções teóricas.
Paulo, em 1995. Nele, arqueólogos brasileiros, Apesar de muitos trabalhos ainda serem
americanos e franceses sentam, lado a lado, em um eminentemente descritivos e outros tantos atrelados
profícuo intercâmbio científico. A troca de informa­ ao que se denomina “Arqueologia da Restauração”
ção científica substituiu o tradicional treinamento em esse campo da Arqueologia apresenta particulari­
técnicas especializadas que durante muito tempo dades interessantes que permitem um desenvolvi­
caracterizou a contribuição de arqueólogos mento rápido da disciplina que a partir de 1980 se
estrangeiros (Castro Faria 1989). impôs enquanto campo de saber e abriu espaço
Com a globalização, a difusão de informações junto aos arquitetos, historiadores e pré-historiado-
através de meios eletrônicos e a popularização das res. Construiu interpretações inovadoras sobre
viagens de avião, os pesquisadores brasileiros hábitos, costumes e mentalidades do Brasil colônia
passam a freqüentar, com regularidade, os centros e república. Temas nunca imaginados, são explora­
mais avançados de Arqueologia. dos. Fala-se de práticas obsessivas em relação à
No primeiro simpósio brasileiro apresentado excreção de humores como forma de comporta­
na Society fo r American Archaeology, em 1996, mento disciplinar da sociedade carioca do século
denom inado “A P anoram a o f B razilian XIX, estuda-se globalização (Andrade Lima 1996,
Archaeology”, coordenado por M aria Dulce 2002 ).
Gaspar, Paulo De Blasis e Edna Morley, uma das Cabe pensar o que este domínio da Arqueolo­
importantes contribuições é um trabalho de gia tem de particular. O aspecto ímpar da Arqueo­
Arqueologia Histórica. Paulo Zanettini apresentou logia Histórica é a sua capacidade de dispor
as práticas de guerra adotadas em Canudos, na simultaneamente do registro documental e do

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registro arqueológico, ou seja, daquilo que foi expostos em decorrência da exploração de


escrito e o que realmente foi feito. E, da confronta­ conchas para o fabrico da cal. Isto quer dizer que
ção dos dois, construir interpretações que evidenci­ não houve escavação, apenas preparação e registro
em novas leituras da realidade que se propõe a das informações contidas nos perfis. Em uma
investigar. segunda etapa, com a mesma duração que a
Além disso, como sugere Andrade Lima anterior e desenvolvida por cinco arqueólogos, teve
(1993), é preciso destacar o forte apelo emocional como objetivo a verificação das informações
das pesquisas realizadas em sítios históricos junto à obtidas através do ataque vertical e melhor entender
sociedade, que se identifica profundamente com os o programa mortuário; foi feita a decapagem de
materiais europeus e africanos recuperados nas uma pequena área funerária de 25,5m2, sendo que
escavações. Brasileiros sentem que ali, de fato, a profundidade máxima alcançada foi de 50 cm nos
estão os seus antepassados e a sua memória. É locais onde havia covas e buracos de estacas. Isto
uma situação completamente diferente da enfrenta­ fornece uma dimensão do ritmo diferenciado de
da pelos pesquisadores que estudam o modo de produção de dados básicos entre a Arqueologia
vida dos caçadores, sambaquieiros ou horticultores. que conta com documentos escritos e a que se
Há um distanciamento emocional em relação à restringe à análise da cultura material (Fish et al.
ancestralidade indígena que a Arqueologia Pré- 2000; Gaspar et al. 2002).
Histórica traz à tona. Assim, considerando a disposição de toda a
Um outro aspecto precisa ser considerado. Os comunidade de arqueólogos em sair do isolamento
pesquisadores que dispõem de documentos científico que manteve e ainda mantém a disciplina
escritos sobre os temas de estudo podem rapida­ isolada em relação às outras ciências sociais, as
mente contar com informações fundamentais para facilidades de comunicação decorrentes da
proceder suas análises, como por exemplo, globalização, o forte apego afetivo da sociedade
delinear o objeto de pesquisa em seu contexto brasileira em relação aos materiais provenientes do
espaço-temporal. Esta simples tarefa, para os período histórico e a relativa rapidez com que é
estudiosos do Brasil pré-colonial, implica uma série possível obter certos dados básicos para sustentar
de procedimentos custosos no que se refere a reflexões sobre o período colonial, é possível
tempo e investimento financeiro na pesquisa de esperar um forte e rápido desenvolvimento da
campo. Arqueologia Histórica. A quantidade de trabalhos
Menciono um exemplo brasileiro, para dar apresentada na reunião da SAB, de 2001, ultrapas­
uma dimensão local ao problema. A Arqueologia sa meia centena e mostra o vigor desse campo de
brasileira, desde os seus primórdios, tem se voltado estudo. Esta previsão não se apóia apenas em
para os estudos de sambaqui. São mais de mil títulos números, mas também na criatividade dos estudos.
já publicados, centenas de datações radiocarbônicas. Jardins são tratados como artefatos, investigam-se
É possível imaginar que a abordagem de um hábitos da higiene bucal, as redes de serviço de
problema específico, relacionado com a sociedade água e esgoto, sistemas de defesa, ataque e
sambaquieira, poderia ser facilmente equacionada. comunicação entre fortes. Desvenda-se todo um
Mas esta não é a realidade de pesquisa quando o cotidiano fascinante.
objeto de estudo é o Brasil antes do contato com
os europeus (Barbosa & Gaspar 1998; Gaspar
1996). Agradecimentos
Apenas para realizar uma análise estrutural da
cadeia de atividades que resultou no processo de Agradeço a Márcia Barbosa e a Elisa Dalcin
incremento do sambaqui de Jabuticabeira II, Santa Pinheiro por terem auxiliado no levantamento
Catarina, foram 40 dias de campo de uma equipe realizado nos livros de resumos da SAB, ao Paulo
composta por 15 profissionais treinados. A equipe Zanettini por ter disponibilizado texto inédito e a
estudou 130 metros de perfis, previamente Angela Buarque pela leitura cuidadosa do original.

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Estudos Bibliográficos: Ensaios — Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

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Estudos Bibliográficos: Ensaios -R ev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

Gráfico 2 - Abordagens mais recorrentes em Arqueologia Histórica publicadas em livros de resumos das
reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira.

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Estudos Bibliográficos: Ensaios —Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

1987 Estudos de caso Intervenções arqueológicas nas m issões Kem, A. A.


jesuíticas do Rio Grande do Sul

Caieira do Brasil colônia: remanescentes na Andreatta, M.D.


“Ilha do Casqueirinho”

Pesquisas arqueológicas na missão Carmelita Martin, G & Farraz, S.


da Vila Flor (RN)

Escavações arqueológicas na aldeia de São Ribeiro, P.A.M.; Ribeiro, C.T.


Nicolau do Rio Pardo, RS, Brasil & da Silveira, I.

Arqueologia histórica da guerra de Canudos Zanettini, P.E.

A mão de obra indígena no Rio de Janeiro Dias Jr., 0 .

1987 Estudos de A tralha doméstica em meados do século XIX: Lima, T.A.; da Fonseca,
materiais e um estudo comparado de utensílios cotidianos M.P.R; Sampaio, A.C.O.;
técnicas de em sítios históricos do Rio de Janeiro Nepomuceno, A.F-. &
análise Martins, A.H.D.

1987 Teoria e Arqueologia e história Magalhães, M.P.


metodologia

1987 Notícias Análise dos vestígios arqueológicos de São Kem, A. A.; Cunha, J.;
Lourenço em laboratório Cazetta, M.; Nobre, E.;
Santos, R. & Ribeiro, C.

Intervenção arqueológica na missão de São Kem, A. A.; Souza, J.O.;


Lourenço: análise espacial e trabalhos de Santos, M.C.; Tochetto,
campo F.B.; Thadeu, V.T.; Vietta,
K.; Cunha, J.; Santos, R.;
Escosteguy, F. & Ribeiro, C.

A pesquisa arqueológica na casa da fundição da Silva, C.E.F. & Pardi,


do ouro de Goiás: primeiros resultados M.L.F.

0 projeto arqueológico e histórico de São Kem, A.A. & Ribeiro, P.M.


Lourenço

A arqueologia histórica no contexto do projeto de Ataíde, Y.D.B.


de desenvolvimento integral da área do sertão
de Canudos

Ruínas do Abarabebê e seu entorno: projeto Uchôa, D .P


de preservação

1989 Estudos de Categorias cerâmicas do sítio arqueológico Arakaki, F.R.


materiais e histórico Casa da Marquesa de Santos
técnicas de
análise

283
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13\ 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

1989 Noticias Reconstrução histórica do mosteiro de São Maximino, E.P.B.


Bento de Santos através dos seus testemunhos
arqueológicos: primeiros levantamentos

P ro g ram a arq u eo ló g ico , h istó ric o e de Uchôa, D.P. & Shimizu, G Y.


recuperação e manejo ambiental da ilha do
Casqueirinho, Cubatão, São Paulo, Brasil

1989 Práticas A rq u ite tu ra e a rq u e o lo g ia in d u s tria l: Couto, E.T.D. & Campos,


cotidianas e reconhecimento e análise do espaço fabril no M.C.
mentalidades município de São Paulo

A siderurgia do século XVI ao XVIII na Vila Andreatta, M.D.


de São João do Ipanema. Iperú. São Paulo

1989 Arqueologia de Vale do A nhangabaú - São Paulo. Um a Juliani, L.J.C.O.


Restauração experiência em arqueologia urbana

Missões religiosas no vale do São Francisco Martin, G.

1991 Teoria e Perspectiva da arqueologia histórica no Brasil Albuquerque, M.


metodologia

M apa de valorização arqueológica do sítio Cazzetta, M.


urbano: instrumento preventivo de tutela do
patrimônio arqueológico urbano

Arqueologia africana no Brasil Funari, P.P. A.

Arqueologia histórica: arqueologia ou história? Pacheco, L.M.S.

Abordagem geoarqueológica de sítios históricos Lucena, V.

1991 Estudos de caso Arqueologia histórica/industrial. Bairro da Andreatta, M.D.


fundação - São Caetano do Sul - São Paulo

Missões religiosas do século XVII e XVIII: Albuquerque, P.T.S.;


subsídio para um programa de arqueologia Cazzetta, M.
urbana no estado do Rio Grande do Norte

Projeto de arqueologia da Serra do Itapeti - Andreatta, M.D.


Capela de Santo Alberto. Mogi das Cruzes,
São Paulo

Pesquisa arqueológica no Forte São José da Correa, A.M.M.C. &


Ponta Grossa. Florianópolis - SC Montardo, D.L.

A colonização suíça na ilha de Superagüi a Giovannetti, S.


partir de William Mochaud

Vale do Anhangabaú - arqueologia e salvamento Juliani, L.J.C.O. &


em área urbana Campos, M.C.

284
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de A rqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores
1991 Estudos de A faiança portuguesa do século XVI a XIX no Albuquerque, P.T.S.
materiais e sítio Vila Flor - RN
técnicas de
análise

1991 Notícias Povoamento luso-açorita de Santo Antônio da Jacobus, A.L.


Patrulha (RS): resgate do patrimônio histórico
- arqueológico

A calçada do Lorena: um caso feliz de uso, Zanettini. P.E.


p r e s e rv a ç ã o e d is s e m id a in fo rm a ç ã o
arqueológica em São Paulo

1991 Práticas Projeto Ouro Preto. Locus I: casa da festa. Junqueira, P.A.
cotidianas e
mentalidades

Escavações arqueológicas nas missões guaranis Kem, A. A.

Trabalhos arqueológicos na redução guarani de Kem, A. A. & Oliveira, L.D.


São Lourenço Mártir

0 projeto “Langsdorff de Volta”: arqueologia Lima, T.A.; Sousa, A.C.;


da fazenda da m andioca. M agé, Rio de Martins, A.H.D. & Carrilho,
Janeiro Y.O.

Arqueologia histórica no vale do Paraíba: a Fonseca, M.P.R. & Lima,


fazenda São Fernando, Vassouras, RJ T.A.

Villa Rica dei Spiritu Santo: ruínas de uma Parellada, C.I.


cidade colonial espanhola no interior do Paraná

Defesa, ataque, comunicação: a reprodução Vianna, H.


das rotinas de um Forte colonial

1991 Arqueologia de Arqueologia e história das artes - ciências Meneses, J.L.M.


Restauração auxiliares na restauração de bens móveis e
imóveis

A rq u e o lo g ia da P raça da L ib erd ad e: a Paula, F.L. & Baeta, A.M.


recuperação da memória urbana

Casas de câmara e de cadeia no Ceará Veloso, F.A.S.

A parte e o todo: estudo dos m ateriais Vianna, H.


encontrados na periferia da fonte-reservatório
do Forte de Santo Antonio de Ratones/SC

1993 Estudos de caso 0 Forte de Óbidos, uma unidade de defesa na Lucena, V.


conquista do norte do Brasil - um projeto de
pesquisa. (C)

285
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

A pesquisa arqueológica histórica na usina de Souza, M.L.S.


força e luz Santa Cruz de Goiás, Goiás. (C)

Arqueologia histórica - antigas redes dos Menezes, J.L.M.


serviços de águas e esgotos do R ecife:
subsídios para o arqueólogo. (C)

1993 Estudos de Preservação de objetos metálicos, resgatados Albuquerque, M. & Lima, A.


materiais e de sítios arqueológicos históricos. (C)
técnicas de
análise

Objetos feitos em osso e queratina provenientes Sousa, A.C. & Carrilho,


de sítios históricos do séc. XIX-RJ. (C) Y.O.

Traços diagnósticos em padrõe Willow como Padilha, C.


marcadores cronológicos de sítios históricos
do século XIX. (PA)

1993 Notícias Subsídios docum entais para a pesq u isa Assis, V.M.A.
arqueológica: as missões religiosas no nordeste
brasileiro. (C)

La Colonia dei Sacramento Zambetogliris, N.F.

A rq u e o lo g ia h is tó ric a en la B ah ia de Curbelo, C. & Perez, L.C.


Maldonado. (C)

Chiquitos: estrutura das missões jesuíticas do Lima e Costa, I.F.


oriente boliviano no século XVIII. (C)

Current research on missions of Alta Califórnia, Hoover, R.L.


EUA. (C)

Arqueologia histórica nas missões guaranis. (C) Kern, A.A.

Lições de catecismo em tupi antigo. (C) Sena, C.P.

A companhia de Jesus e a formação do espaço Brandão, R.P.


urbano de Niterói. (C)

Escavações em Igreja jesuítica do séc.XVI: Guerra, E.


mostra fotográfica. (PA)

Projeto arqueológico, ecológico, antropológico, Uchôa, D.P.


histórico, museológico e turístico do município
de Ubatuba, estado de São Paulo, SP. Sítio
arqueológico do Mar Virado. (PA)

La arqueologia urbana en la Colonia dei Zambetogliris, N.F.


Sacramento. Uruguay. (PA)

286
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

F o rte de Ó bidos - a rq u e o lo g ia de um Albuquerque, M.; Santos, C.


monumento. (V) & Lucena, V.

Projeto Fortaleza dos Reis Magos. (V) Fagundes, J.E. &


Spencer, W.B.

Fotointerpretación en arqueologia histórica. Isla Cluchy, M.E.F.


Gorriti - departamento de Maldonado - Uruguay

Projeto arqueológico reserva biológica Atol das Albuquerque, P.T.S. &


Rocas. César, P.

1993 Práticas Um a unidade religiosa no Brasil Colonial - Albuquerque, M.


cotidianas e estudo arqueológico da Igreja da Graça,
mentalidades Olinda - PE. (C)

Fortaleza dos reis magos: uma fronteira de Albuquerque, P.T.S.;


contato. (C) Pacheco, L.S.; Spencer, B.
& Lago, C.

Higiene e saúde nos lixos domésticos do Rio Lima, T. A.; Sousa, A.C.;
de Janeiro - século XIX. (C) Ferreira, L.F.; Araújo, A. &
Rangel, A.

Análise da malha urbana de Villa Rica dei Parellada, C.I.


espiritu Santo (1 5 9 2 - 1632)/Fênix-PR . (C)

De morcegos e caveiras a cruzes e livros: a Lima, T.A.


representação da morte em cemitérios cariocas
do século X IX (estudo de iden tid ad e e
mobilidade sociais). (C)

Costumes funerários no Brasil: um banco de Galvão, V.


dados. (PA)

A pesquisa arqueológica na usina de força e Souza, M.L


luz, Santa Cruz de Goiás, Goiás. (PA)

Louça branca e com portam ento social no Symanski, L.C.P.


século XIX. (PA)

Projeto de arqueologia histórica: “Ruínas do Uchôa, D.P. & Cazzetta, M.


Abarebebê” . (PA)

1993 Arqueologia de Arqueologia histórica - Capela Santo Alberto. Andreatta, M.D.


Restauração Mogi das Cruzes - São Paulo. (C)

Arqueologia histórica do Solar da Marqueza Campos, M.C. & Juliani,


de Santos. (C) L.J.C.O.

Arquitetura franciscana: uma trajetória. (C) M ello Neto, U.P.

287
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13\ 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Intervenção arqueológica na casa Fernão Dias; Paula, F.L.; Veloso, T.G & col.
Pedro Leopoldo - Minas Gerais. (C)

La arqueologia urbana en la colonia dei Sacramento. Zambetogliris, N.F.


Uruguay. (C)

Projeto Fortaleza dos Reis Magos. (PA) Albuquerque, P.T.S.;


Pacheco, L.S.; Spencer,
W.B.; Lago, C.; Barreto,
I.C. & Moura, S.B.

1995 Teoria e Método e teoria no projeto Arqueologia Histórica Kem, A. A.


metodologia Missioneira. (C)

La concepción simbólica dei espacio. Un ejemplo Curbelo, C.


a partir de la arqueologia histórica. (C)

1995 Estudos de Cultura material européia do sítio arqueológico Ognibeni, D.


materiais e histórico RG-23 - Rio Grande, RS - Brasil. (PA)
técnicas de
análise

1995 Notícias Intervenções arqueológicas em Porto Alegre, RS, Cappelletti, A. & Tocchetto, F.
Brasil o exemplo de dois sítios históricos na área
central da cidade. (C)

S istem atização crono-espacial de unidades Albuquerque, M. & Lucena, V.


funcionais em Pernambuco: uma abordagem de
pré-escavação. (C)

A presença francesa no nordeste do Brasil no Guerra, M.E.


século XVI: um a contribuição da história à
arqueologia. (C)

A proxim ación al estúdio de un m odelo de Caggiano, M. A.


construcción rural. (C)

O levantamento arqueológico de sítios de engenhos Silva, O .P


na parte sul da ilha de Santa Catarina. (C)

A capitania de Itamaracá no século XVI. (C) Galvão, V.

La colonia dei Sacramento. (C) Zambetogliris, N.F.

Archaeological research at the presidio of Santa Hoover, R.L.


Barbara, Califórnia. (C)

A história da redução de São Joaquim. (PA) Herberts, A.L.

Pesquisa arqueológica em Porto Alegre. (PA) Cappelletti, A. ; Tocchetto,


F. & Osório, S.

288
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

A inform atização do projeto Arqueologia Krebs, D.T.


Histórica Missioneira. (PA)

Arqueologia histórica missioneira: informatização Lemos, V.D.C.


dos dados cartográficos e topográficos. (PA)

P ro g ram a de a rq u e o lo g ia u rb an a p ara Praciano, V. & Cazzetta, M.


Fortaleza. (PA)

Arqueologia missioneira: 10 anos de história. (V) Severo, F.; Golin, T. &


Soares, A.

Arqueologia histórica missioneira - ano dez. (E) Barcellos,A.

Reconstituição do povoado missioneiro de São Amoedo, A.P.B.


João Batista.

1995 Práticas A cerâmica como fonte documental para a Uessler, C.O.


cotidianas e reconstituição do cotidiano no sítio arqueológico
mentalidades de São Miguel das missões-RS-Brasil. (C)

Refugos domésticos e práticas de despejo no Lima, T.A.: Souza, A.C.;


século XIX: um estudo de caso. (C) Symanski, L.C. & Thomaz,
L.V.

1995 Arqueologia de Arqueologia de salvamento: estudo de caso Soares, A.L.R.


Restauração na charqueada São João. (C)

0 solar da Travessa Paraíso: exemplo de Carle, C.B. & Oliveira, A.T.D.


arqueologia histórica no município de Porto
Alegre. (C)

Solar da M arqueza de Santos. Arqueologia Campos, M.C. & Juliani,


histórica. (C) L.J.C.O.

Pesquisa arqueológica histórica no sub-solo do Andreatta, M.D.


Museu Paulista. (C)

1997 Estudos de caso Contribuições da arqueologia para a interpretação Funari, P.P. A.


do Quilombo dos Palmares. (S)

Assentamentos negros no norte-fluminense - Azevedo Netto, C.X.;


identificação de localização. (C) Amantino, M. & Lotufo, C. A.

Projeto histórico arqueológico Jardim das


Princesas. (E)

1997 Estudos de Etnobotânicados sítios arqueológicos históricos Veloso, T.P.G.; Cardoso,


materiais e em Goiás. (C) J.S. & Guimarães, C.M.
técnicas de
análise

289
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Cachimbos africanos, indígenas e brasileiros Vianna, H.


das Coleções Etnográficas do Museu Nacional:
um a contribuição à análise da categoria
“Material Neobrasileiro” em arqueologia. (C)

Análises anátomo-patológicas de esqueletos Tuma, I.M.; Locks, M.;


humanos do sítio histórico da Igreja do Rosário Lessa, A. & Gunzburger, P.
dos Homens B rancos, Largo do Carm o,
Belém, Pará, Brasil. (C)

Coleção de louças da Igreja de N.S. da Assunção, Najjar, R.P.M. & Rezende,


Anchieta/ES - Projeto de Restauração. (PA) C.A.

1997 Notícias Projeto de intervenção arqueológica em Porto Etchevame, C. & Motta, L.B.
Seguro. (P)

Programa de arqueologia urbana Recife. (C) Albuquerque, P.T.S. &


Cazzetta, M.

Arqueologia histórica - Distrito de Taquara Bulchaim, J.J.S.; Melo, R.B.


Pitimbú - Paraíba. (C) & Costa, G.G

Arqueologia da cidade: reflexões e propostas Tocchetto, F.B.


para Porto Alegre. (C)

Missões religiosas na Paraíba: resgate histórico Lima e Costa, I.F.;


e arqueológico. (C) Feliciano, M.L.M. &
Oliveira, E.C.S.

Projeto de pesquisa interdisciplinar - Engenho Andreatta, M. D.


São Jorge dos Erasmos - Santos - SP. (C)

São Miguel de Itaiacecó: uma redução do Hilbert, K. & Brochado, J.P.


primeiro período no Rio Grande do Sul. (C)

Aldeamento de São Bamabé e adjacências: de Oliveira, N.V.; dos


aspectos arqueológicos e antropológicos. (C) Santos, P.R.; Lima, J.O.;
Ferreira, A.; da Paz, L.V.B.
& Brandão, A.P.GA.

Atlas arqueológico do Recife. (C) Menezes, J.L.M.

1997 Práticas Análise especial e práticas de descarte de Symanski, L.C.P.


cotidianas e refugo em uma unidade doméstica oitocentista:
mentalidades o Solar Lopo Gonçalves. (C)

Arqueologia histórica em um assentamento Ognibeni, D.


doméstico rural no Rio Grande do Sul. (C)

Arqueologia histórica de Canudos. (C) Zanettini, P.E. & Robrahn-


González, E.M.

290
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resum os de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Cemitério Santana: a morte entre o moderno e Carvalho, H.B.


o tradicional na sociedade goianiense. (C)

P ic h a ç õ e s em B elo H o riz o n te : um a Isnardis,A.


e tn o a rq u e o lo g ia de p in tu ra s ru p e stre s
urbanas. (C)

Jardins como artefatos: o Passeio Público do Martins, C.C.


Rio de Janeiro no século XIX. (C)

Breve estudo sobre estruturas de queim a Cardoso, J.S.; Zaroni, L.;


(fogões, fornalhas e fomos) em sítios do Projeto Veloso, T.P.G. & Guimarães,
de Salvamento Histórico Arqueológico da UHE C.M.
Serra da Mesa, GO. (C)

Analisando o núcleo urbano do Rio de Janeiro Minetti, A.


na mudança de ordens - uma arqueologia da
paisagem. (C)

Hábitos de higiene bucal discutidos a partir dos Sant’Ana, V.B.


vestígios materiais - século XIX. (C)

1997 Arqueologia de A tividades arqueológicas na 4a Etapa de Landa, B. S.


Restauração Restauração do Mercado Público Cental de
Porto Alegre. (C)

Catedral Velha - Natal/RN: uma experiência Albuquerque, P.T.S.; Barreto,


em restauração. (C) I.C.R. & M oura, S.B.

As intervenções arqueológicas da campanha Kem, A.A.


de 1994 na Igreja do Rosário dos Homens
Brancos (Largo do Carmo, Belém). (C)

Arquitetura franciscana: o Museu de Tudo. (C) Mello Neto, U.P

Sítio arqueológico histórico Capela Santo Alberto: Andreatta, M.D.


escavação, reconstrução e restauro. (PA)

Evidências arqueológicas da Região da Serra Andreatta, M.D. &


do Itapety - Mogi das Cruzes SP. Chermann, D.

1997 Teoria e A arqueologia histórica/industrial e o Portinho Maximino, E.P.B.


metodologia da Bertioga. (C)

Edifícios demolidos do bairro do Recife - área Menezes, J.L.M.


do Pilar. (C)

500 Anos de implantação do sistema colonial Albuquerque, M. & Lucena, V.


português no nordeste do Brasil - a contribuição
da arqueologia histórica. (C)

291
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Frontera del desierto. Perspectiva transdisciplinaria Austral, A. & Rocchietti, A.M.


de la arqueologia histórica argentina. (C)

La expanción capitalista a tierras antárticas. El Senatore, M.X. & Zarankin, A.


caso de la península Byers, Isla Livingston,
Shetland del Sur. (C)

Entre la historia y la arqueologia: problemas Cuaranta, P.L. & Escudero,


lógicos y nuevas perspectivas. (C) C.S.

Arquitetura como tecnologia do poder no Zarankin, A.


mundo capitalista. (C)

1999 Estudos de caso Cultura material, descoberta e colonização do Kem, A. A.


Brasil: uma síntese sódo-cultural ibero-indígena (Q

0 bairro da Ribeira: sua evolução histórica e Madeiros, I.H.A. &


as transformações do seu espaço. (C) Silva, M.L.

Arqueologia histórica: Taquara - Distrito de Lima e Costa, I.F. &


P itim bú-P B . (C) Lucena, M.T.

A m issão religiosa dos padres de Santo Lopes, P.R.C.


Antônino em Joanes, Ilha de Marajó - um
estudo arqueológico. (C)

0 bairro da Ribeira: sua evolução histórica e Medeiros, I.H.A. & Silva,


as transformações do seu espaço. (C) M.L.

0 sitio arqueológico Serra da Caçaria, Floresta Silva Jr, L.S.


- PE: um sítio nos brejos de altitude. (C)

A paisagem da cidade: arqueologia da área Thiesen, B.V.


central de Porto Alegre no século XIX. (C)

1999 Estudos de 0 estudo da telha na arqueologia histórica, uma Macedo, J.; Suarez, S.M. &
materiais e proposta de sistematização: a experiência na Najjar, R.
técnicas de Igreja da Venerável Ordem Terceira de São
análise Francisco da Penitência, Rio de Janeiro/RJ. (C)

Austeridade e limitações do cotidiano: as louças Symanski, L.C.P.


dos primeiros colonizadores da região da UHE
- Machadinho (RS). (C)

Artefatos de vidro no Forte do Brum. (C) Guerra, E.

A beleza que se põe na mesa - “a faiança Tavares, G.


grossa” do Forte do Brum. (PA)

Na paz e na guerra - os cachimbos brancos Cavalcante, L.


do Forte do Brum. (C)

292
Estudos Bibliográficos: Ensaios —Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269 301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Colonia dei Sacramento. Loza portuguesa Zambetogliris, N.F.


siglos XVII -X V III

Os cachimbos vermelhos do Forte do Brum - Pereira, A.


Recife - PE. (PA)

1999 Notícias O sítio histórico arqueológico Santa Clara - Baeta, A.M.; Paula, F.L. &
um marco da colonização no vale do rio Mucuri Mazzoni Filho, M.
no século X IX -M G . (C)

Arqueologia da Sé, Salvador (BA). (C) Etchevame, C. A.; Palermo


Neto, F. & Souza, A.C.

Ocupações humanas nos municípios de Porto Etchevame, C. A.; Cardoso,


Seguro e Santa Cruz Cabrália: prim eiras T.; Motta, L.B. &
abordagens. (C) Nascimento, L. A.V.

Arqueologia em Praia do Forte e na Casa da Soares, I.D.C. & col.


Torre de Garcia D ’Ávila. (C)

Características arquitetônicas das missões Lima e Costa, I.F. &


religiosas na Paraíba - Distrito de Taquara - Feliciano, M.L.M.
Pitimbú. (C)

O traçado do caminho das tropas. (C) Oliveira, L.D.; Silva, A.F.;


Bentlin, A. & Morais, M.

Escavações no Registro de Santa V itória - Oliveira, L.D.; Silva, A.F.;


RS. (C) Bentlin, A. & Morais, M.

Salvamento arqueológico - Sítio Taboatão - Andreatta, M.D.; Chermann,


Mogi das Cruzes - SP. (C) C.; Fernandes, V.C. &
Tomiyama, N.H.

Estudo de valoração do subsolo arqueológico Mesquita, M.H.; Veras, 0 .


urbano do núcleo central de Fortaleza, Ceará. (C) & Cazzetta, M.

Sítio histórico São Francisco: contribuição à


arqueologia histórica. (C) Bomal, W.G.

Processo de formação e desenvolvimento dos


bairros do Recife. (C) Canto, A.C.L. & Schneider,
E.R.M.
Parque “Quinta da Boa Vista”, Rio de Janeiro:
aspectos históricos e arqueológicos. (C) Niemeyer, H. & Zaroni, L.

Missões religiosas na Paraíba: resgate histórico e Lima e Costa, I.F.; Lucena,


arqueológico-municípiodePitimbu-Taquara. (Q M.T. & Fanco, M.I.M.

Remanescentes coloniais no nordeste - portos Milfont, M.


e barracas do nordeste do Brasil. (C)

293
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Projeto a G rande Vila Boa / Subprojeto Souza, M.A.T.


Ouro Fino. (C)

Salvamento arqueológico - Sítio Taboão - Andreatta, M.D.


Mogi das Cruzes - SP. (PA)

Arqueología subacuática en Uruguay. (C) Lezama, A.

Intervenção de resgate em uma unidade de Nascimento, L.A.V.


produção açucareira do século XVI: o engenho
doTacimirim. (C)

A iconografia no planejamento da prospecção da Silva, A.S.N.F.; Araújo,


arqueológica. (PA) J.C.S.; Rodrigues, W.N. &
Ferreira, Z. A.

Projeto arqueológico Tremembé - Ceará - Nascimento, A.; Gomes, J.V.


Brasil. (C) & Luna, S.

Cidadania e pertencimento: uma experiência de Tocchetto, F.B. & dos Reis,


interação entre arqueolo g ia e educação J.A.
patrimonial. (C)

L evan tam en to dos bens arq u eo ló g ico s Chmyz, I.; Chmyz, J.C.G &
associados às ruínas de Ciudad Real dei Brochier, L.L.
G u a y rá , com p r o p o s ta s p a ra o
d e s e n v o lv im e n to tu r ís tic o e g e s tã o
patrimonial. (C)

Centro histórico de Araruna. (C) Costa, I.F.L.; Feliciano,


M.L.M. & Freire, E.M.C.

1999 Práticas A rqueologia da paisagem em um contexto Sousa, A.C.


cotidianas e fabril da ordem escravocrata: fábrica de
mentalidades pólvora - RJ (século XIX ). (C)

Vestígios domésticos em unidades rurais de Cardoso, T.


Porto Seguro. (C)

0 ovo da serpente: um a arqueologia do Lima, T. A.


capitalismo embrionário no Rio de Janeiro,
século XIX. (C)

Chá e simpatia: uma estratégia de gênero no Lima, T. A.


Rio de Janeiro oitocentista. (C)

A religiosidade como fator de preservação de Silva, A.M.C. & Silva, M.B.


um monumento. (C)

Exposição ricos e pobres no século XIX: uma Tocchetto, F.B. & Costa, F.M.
arqueologia da diferença. (PA)

294
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia H istórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

C o lo n ia d ei S a c ra m e n to . C a sa de los Zambetogliris, N.F.


Gobernadores. (C)

O s cam in h o s da m a n iço b a na serra da Oliveira, A.S.N.


Capivara, São Raimundo Nonato - Piauí. (PA)

1999 Arqueologia de O Outeiro de Santa Catarina: um resgate de Maximino, E.P.B.


Restauração emergência. (C)

Projeto Casa de Orações dos Jesuítas. (C) Soares, I.D.C. & col.

A rqueologia histórica e a restauração de Najjar, R.


monumentos: a experiência na Igreja de Nossa
Senhora da Assunção, Espírito Santo. (C)

A igreja da Venerável Ordem Terceira de São Najjar, R.; Silva, R.C.P.;


Francisco da Penitência: arqueologia num Fortuna, C. A.; Plens, C.R.
programa de restauração. (C) & Goulart, M.C.

Restauração do sítio histórico de Acauã. (C) Lima e Costa, I.F.;


Feliciano, M.L.M.; Freire,
E.M.C. & Chianca, M.F.S.

2001 Teoria e Lecturas de la sociedad moderna: cultura Zarankin, A. & Senatore, M.X.
metodologia material, discursos y practicas cotidianas. (S)

A arqueologia em sítios históricos - tópicos Kern, A.A.


para uma releitura epistemológica das reflexões
teóricas e práticas arqueológicas recentes. (S)

2001 Estudos de caso Arqueologia Histórica do novo milênio. (S) Funari, P.P. A.

0 papel da Arqueologia Histórica no mundo Lima, T. A.


globalizado. (S)

Estilos de vida: uma forma de ruptura hacia la Themen, M.


cultura material. (GT)

M etodologia e técnicas de levantamento de Thiesen,B.V.


unidades arqueológicas em centros urbanos: a
experiência de Porto Alegre. (C)

Inferências sócio-históricas no âmbito do sítio Etchevame, C.; Souza, A.C.


arqueológico da antiga Sé de Salvador. (C) & Palermo, F.

Prospecções arqueológicas na área do Colégio Fernandes, H.L.A. & Mota,


dos Jesuítas - Salvador (BA) GB.

Pesquisa arqueológica dos remanescentes da Nascimento, L. A.V.


Igreja de São Francisco de Assis (séc. XVI) no
sítio Outeiro da Glória - Porto Seguro/B A. (C)

295
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Escavações arqueológicas na catedral de São Mentz Ribeiro, P.A. & Penha,


Pedro, Rio Grande, RS, Brasil. (C) A.P.

A rqueologia da prim eira Sé do Brasil: os Costa, C.A.S.


materiais costrutivos. (PA)

RS.JA.17 - Casa do Riachuelo - uma visão Santos, P.A.G.


histórica através da pesquisa. (PA)

P rospecção arqueológica em resid ên cia Comerlatto, F.


oitocentista do conjunto histórico da Praça XV,
município de Florianópolis - SC. (PA)

La transformación del aisaje en un sector Caggiano, M.A.


pampeano a mediados del siglo XIX. Un
abordaje a la arqueología histórica

Arqueologia histórica em Vila Valqueire, RJ. Dias, 0 .; Carvalho, E. &


O sítio Rochedo Nascimento, G.

As lapas do Itacambiraçu: arqueologia de uma Guimarães, C.M. & Reis,


ocupação no século XX F.M.M.

Abastecimento de água na cidade de São Paulo Vilar, D.D. & Fonseca, F.P.
no final do século XIX: o Sistema Cantareira -
exemplo de arqueologia industrial

Entre senzalas e quilombos: “comunidades do Agostini, C.


mato” em Vassouras do oitocentos

Negros ou índios? Prática m utilatória na Líryo, A. & Carvalho, C. R.


primeira catedral do Brasil

2001 Estudos de Caracterização química de faianças antigas Castro, F.


materiais e portuenses. (GT)
técnicas de
análise

Faiança portuguesa: uma reflexão. (GT) Fernandes, I.M.

Análise da faiança portuguesa: controvérsias e Albuquerque, M.


estratégias. (GT)

La cerâmica portuguesa. Colônia Del Sacramento: Zambetogliris, N.F.


Uruguay. (GT)

Avança Tietê: faiança colonial. (GT) Zanettini, P.E.

A faiança portuguesa - demarcador cronológico Albuquerque, PT.


na arqueologia brasileira

296
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Muitas bordas, poucos fundos: reciclagem de Lima, T. A.


faianças portuguesas dos séculos XVII e
XVin. (GT)

Sepultamentos no espaço sagrado; levantamento Tavares, A .C .P & M oraes,


de registros de óbitos da primeira catedral do J.M.
Brasil (antiga igreja da Sé de Salvador - BA). (C)

As am ostras faunísticas da Igreja de São Almeida, M.B.


Lourenço dos índios-Niterói/RJ.(C)

Caracterização microanalítica de artefatos Campos, G.N. &


metálicos de sítios históricos do Estado do Rio Solorzano,G
de Janeiro.(C)

Arqueologia da prim eira Sé do Brasil: os Porto, K.S.


materiais ósseos humanos. (PA)

Arqueologia da primeira Sé do Brasil: materiais Barbosa, M.K.


cerâmicos de uso doméstico. (PA)

Identificação das faianças inglesas azuis e Pinheiro, E.D.


brancas recuperadas no antigo cais da Praça
XV, Rio de Janeiro. (PA)

Platos y escudillas portuguesas en la mesa de Zambetogliris, N.F. &


Colonia dei Sacramento. (PA) Garibaldi, E. V.

2001 Notícias Casa da Torre de Garcia d’Ávila: A arqueologia Soares, I.D.C.


reescreve a sua história. (C)

Dois grafismos quinhentistas no estado da Almeida, GA. & Madeira, A. L.


Bahia.(C)

Antiga fábrica de vinho de caju Tito Silva & Canto, A.C.L.


Cia.(PB): pesquisas arqueológicas e educação
patrimonial. (C)

Projeto para o resgate histórico e arqueológico Silva, A. F.


do registro de Santa Vitória: levantamento
histórico como suporte para o salvamento
arqueológico. (C)

Sitio Lavras de Afonso Sardinha Jaraguá - Andreata, M & col.


SP. (P)

Cultura material e possibilidades de intervenção Comerlato, F.;


no Forte Sant’Ana, Ilha de Santa Catarina. (P)

Prevenindo os impactos urbanos em áreas de Maximino, E.P & Goularti, D.


potencialidades arqueológicas. (PA)

297
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

A Sé antiga: arqueologia urbana e memória E tchevarne, C.; de Sousa,


social. (V) A.C. & Oliveira, J.O.

Arqueologia no Jardim da Luz - São Paulo Campos, M.C.

Expressões do corpo e do espírito:cultura Souza, M.A.T. & Symanski,


material escrava em sítios rurais do Mato L.C.P.
Grosso, séculos XVIII e XIX

A contribuição da arqueologia para o resgate de Oliveira, A.P.P.L. &


da história dos excluídos na Zona da M ata Simões, M.C.S.R.
Mineira

Escavando “desaparecidos” em cemitério no de Oliveira, N. V.


Rio de Janeiro

Guido Tomás Marlière: texto e contexto de um de Sousa, J.L.P.


genocídio

A relevância da literatura de viajantes e Paríso, M.H.B.


cronistas: possibilidades e limites na arqueologia

As obras geográficas árabes em Al-Andalus: Teixeira, S.


contribuição para a arqueologia

A literatura de viajantes e cronistas: possibilidades Luft, V. J.


e limites na arqueologia

Arqueologia da paisagem urbana de Morais, D.

2001 Práticas Práticas de descarte de refugo e mudanças de Simanky,L.C.


cotidianas e visão de mundo em um ambiente rural - o sítio
mentalidades Fazenda Camurugi (BA). (S)

Entre práticas e discursos: a construção social Souza, M.A.T.


do espaço no contexto de Goiás do século
XVIII. (S)

As rep resen taçõ es da Sé: p o lissem ia e Souza, A.C.


recursividade da cultura material. (C)

Arqueologia, história e paisagem: o caso da Cali, P.


Juréia. (C)

Uma discussão sobre práticas e apropriações Tochetto, F.B.


da cultura material em unidades domésticas da
Porto Alegre oitocentista. (C)

Vestígios materiais de uma vila operária: um Plens, C.R.


estudo das modificações comportamentais no
operariado paulista no século XIX. (C)

298
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

ANEXO (cont.)
Classificação dos resumos de Arqueologia Histórica publicados em livros de resumos
das reuniões científicas da Sociedade de Arqueologia Brasileira
Ano Abordagens Título Autores

Hierarquia e distribuição de itens de consumo Symanski, L.C.P.


em sítios rurais do Mato Grosso, séculos XVIII
e XIX. (C)

Análise espacial das armações catarinenses e Comerlato, F.;


suas estruturas remanescentes: um estudo
através da arqueologia histórica. (C)

Charqueadas pelotenses no século XIX: Ognibeni, D.O.


consolidação do poder no espaço ocupado. (C)

Sítio Fazenda de Baixo: o estudo de caso em Cardoso, J.S. &Veloso, T.P.G


arqueologia da paisagem. (C)

2001 Arqueologia de R e sg a te s a rq u e o ló g ic o s em u n id a d e s Albuquerque, M.


Restauração religiosas. (GT)

Mosteiro de Santa Clara-a-Velha de Coimbra. Santos, P.C.B.A.


A arqueologia num mosteiro suspenso no
tempo. (GT)

0 arqueólogo de estrutura em projetos de Albuquerque, P.T.


restauração. (GT)

Arqueologia e restauração arquitetônica. (GT) Najjar, R.

A im p o rtâ n c ia da a rq u e o lo g ia p a ra a Ribeiro, R.T. M.


restauração. (GT)

0 papel da arqueologia dentro de um projeto Najjar, R. & col.


de restauração arquitetônica: o exemplo da
Igreja dos Reis Magos/ES. (C)

Arqueologia e arquitetura - sítio Capela Santo Andreatta, M.D. & col.


A lberto - séc. X V II - rec o n stru ir sem
destruir. (C)

Projeto de prospecções arqueológicas da Najjar, R. & col.


igreja de São Lourenço dos índios - Niterói/
RJ. (C)

Arqueologia da Fazenda da Mandioca, Rio de Vasconcellos, L.P.S.


Janeiro, século XIX: o olhar da arquitetura. (C)

A rqueologia em um casarão oitocentista da Baeta, A.M.; Camargo,


antiga Vila do Príncipe-Serro/MG P.M.; Lima, S.J.F.S. & de
Miranda, M.C.S.

299
Estudos Bibliográficos: Ensaios - Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 13: 269-301, 2003.

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Recebido para publicação em 20 de dezembro de 2003.

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