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SECON

AGENTE DE POSTURA
Leis inerentes ao cargo
SILVA, L. Anderson

2015
Principais Leis:
 LEI Nº 7.502/90
 LEI N° 7.055/77 – CÓDIGO DE POSTURA. EFPB

 LEI N° 7.862/97 – COMÉRCIO AMBULANTE.  LEI Nº 67.961/11


- TABELA
 LEI N° 8.106/01 – EXPLORAÇÃO DE
PUBLICIDADE E PROPAGANDA AO AR LIVRE.

 DECRETO Nº 85.056/16 – “FOOD TRUCK”

SECON – Secretaria Municipal de Economia


LEI N° 7.055
30/12/77
CÓDIGO DE POSTURA
LEI N° 7.709 PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO
18/05/94 HISTÓRICO, ARTÍSTICO, AMBIENTAL E CULTURAL
LEI N° 7.862
30/12/97
COMÉRCIO AMBULANTE
LEI N° 8.020 PRAZO MÁXIMO DE ATENDIMENTO ÀS PESSOAS
30/06/00 QUE UTILIZAM SERVIÇOS BANCÁRIOS
LEI N° 8.106 EXPLORAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA AO
28/12/01 AR LIVRE
LEI Nº 8.495
ALTERA A LEI Nº 8.106/01
04/01/06
LEI N° 8.577
30/03/07
ALTERA A LEI N° 8.020/00
LEI N° 9.005
16/01/13
ALTERA A LEI N° 8.020/00
DECRETO Nº 26.578 REGULAMENTA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE
14/04/94 COMÉRCIO AMBULANTE
DECRETO Nº 26.579 DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DE FEIRAS
14/04/94 LIVRES
DECRETO Nº 26.580 FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS E
14/04/94 HORTOMERCADOS
DECRETO Nº 39.326
10/10/01 COMPLEXO “VER-O-PESO”
DECRETO Nº 49.478
REGULAMENTA A LEI Nº 8.020/00
08/09/05
PRAÇA DA REPÚBLICA, FORMADO PELAS PRAÇAS
DECRETO Nº 67.961
DA REPÚBLICA, JOÃO COELHO E DA SEREIA
03/10/11

"Food Trucks"
DECRETO Nº 85.056
24/02/16

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LEI Nº 7.055 DE 30 DE DEZEMBRO DE 1977
CÓDIGO DE POSTURA

TÍTULO I - DO LICENCIAMENTO EM GERAL (art. 1)

CAPÍTULO I - DO ALVARÁ DE LICENÇA (art. 2 - 8)

CAPÍTULO II - DA LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA (art. 9 - 17)

CAPÍTULO III - DA LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES EM LOGRADOURO PÚBLICO (art. 18 - 20)

CAPÍTULO IV - DA LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS E URBANIZAÇÃO DE ÁREAS PARTICULARES (art. 21)

CAPÍTULO V - DA LICENÇA ESPECIAL (art. 22)

TÍTULO II – DA PROTEÇÃO ESTÉTICA, PAISAGÍSTICA E HISTÓRICA DA CIDADE

CAPÍTULO I – DA PROTEÇÃO ESTÉTICA (art. 23)

CAPÍTULO II – DO ASPECTO PAISAGÍSTICO E HISTÓRICO (art. 24)

TÍTULO III – DA HIGIENE PÚBLICA

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 25 - 28)

CAPÍTULO II – DA HIGIENE DOS LOGRADOUROS E VIAS PÚBLICAS (art. 29 - 36)

CAPÍTULO III – DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS EM GERAL (art. 37 - 43)

CAPÍTULO IV – DA HIGIENE DAS UNIDADES IMOBILIÁRIAS (art. 44 - 46)

CAPÍTULO V – DA HIGIENE DOS ALIMENTOS (art. 47 - 55)

TÍTULO IV – DA POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 56 - 57)

CAPÍTULO II – DA POLUIÇÃO DO AR (art. 58 - 62)

CAPÍTULO III – DA POLUIÇÃO SONORA (art. 63)

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CAPÍTULO IV – DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS (art. 64)

TÍTULO V – DOS COSTUMES, DA ORDEM E TRANQUILIDADE PÚBLICA

CAPÍTULO I – DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS (art. 65 - 74)

CAPÍTULO II – DO TRÂNSITO PÚBLICO (art. 75 - 78)

CAPÍTULO III – DA TRANQUILIDADE PÚBLICA (art. 79 - 81)

TÍTULO VI – DA SEGURANÇA DA POPULAÇÃO

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 82)

CAPÍTULO II – DAS INSTALAÇÕES ELETROMECÂNICAS (art. 83 - 86)

CAPÍTULO III – DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS (art. 87)

CAPÍTULO IV – DA PREVENÇÃO DE INCÊNDIO E COMBATE AO FOGO (art. 95 - 96)

CAPÍTULO V – DAS PEDREIRAS E JAZIDAS MINERAIS (art. 97 - 99)

CAPÍTULO VI – DOS ANIMAIS (art. 100 - 103)

TÍTULO VII – DAS ATIVIDADES EM LOGRADOUROS E VIAS PÚBLICAS

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 104 - 105)

CAPÍTULO II – DAS FEIRAS LIVRES (art. 106 - 112)

CAPÍTULO III – DO COMÉRCIO EVENTUAL E AMBULANTE (art. 113 - 118)

CAPÍTULO IV – DAS COMIDAS TÍPICAS, FLORES E FRUTAS (art. 119 - 121)

CAPÍTULO V – DAS BANCAS DE JORNAIS, REVISTAS E LIVROS (art. 122 - 125)

CAPÍTULO VI – DAS EXPLOSIÇÕES (art. 126 - 128)

CAPÍTULO VII – DOS MEIOS DE PUBLICIDADE (art. 129 - 134)

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CAPÍTULO VIII – DAS ATIVIDADES DIVERSAS (art. 135 - 138)

TÍTULO VIII – DOS MERCADOS, MATADOUROS, CASAS DE CARNE, AVES E PEIXARIAS

CAPÍTULO I – DOS MERCADOS (art. 139 - 143)

CAPÍTULO II – DOS MATADOUROS (art. 145 - 154)

CAPÍTULO III – DAS CASAS DE CARNES, PEIXES, AVES E MARISCOS (art. 155 - 158)

TÍTULO IX – DOS CEMITÉRIOS

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 159 - 162)

CAPÍTULO II – DAS INUMAÇÕES (art. 163 - 169)

CAPÍTULO III – DAS CONSTRUÇÕES (art. 170 - 179)

CAPÍTULO IV – DA ADMINISTRAÇÃO DOS CEMITÉRIOS (art. 180 - 185)

TÍTULO X – DO TRANSPORTE COLETIVO (art. 186 - 188)

TÍTULO XI – DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

CAPÍTULO I – DAS INFRAÇÕES (art. 189 - 192)

CAPÍTULO II – DAS PENALIDADES

SEÇÃO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 193 - 194)

SEÇÃO II – DA MULTA (art. 195 - 198)

SEÇÃO III – DA APREENSÃO E PERDA DE BENS E MERCADORIAS (art. 199 - 206)

SEÇÃO IV – DA SUSPENSÃO DE LICENÇA (art. 207)

SEÇÃO V – DA CASSAÇÃO DA LICENÇA (art. 208 - 209)

SEÇÃO VI – DA CASSAÇÃO DA MATRÍCULA (art. 210)

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SEÇÃO VII – DA DEMOLIÇÃO (art. 211)

TÍTULO XII – DO PROCESSO

CAPÍTULO I – DAS MEDIDAS PRELIMINARES (art. 212 - 215)

CAPÍTULO II – DAS MEDIDAS PREVENTIVAS

SEÇÃO I – DO EMBARGO (art. 216 - 221)

SEÇÃO II – DA INTERDIÇÃO (art. 222 - 226)

CAPÍTULO III – DO INÍCIO DO PROCESSO (art. 227 - 228)

CAPÍTULO IV – DO AUTO DE INFRAÇÃO (art. 229 - 240)

CAPÍTULO V – DO ATO ADMINISTRATIVO (art. 241 - 243)

CAPÍTULO VI – DO RECURSO VOLUNTÁRIO (art. 244 - 245)

CAPÍTULO VII – DO RECURSO DE OFÍCIO (art. 246)

CAPÍTULO VIII – DOS EFEITOS DA DECISÃO (art. 247 - 248)

CAPÍTULO IX – DAS AUTORIDADES PROCESSUAIS (art. 249 - 251)

TÍTULO XIII – DO FUNCIONAMENTO DAS FARMÁCIAS (art. 252)

TÍTULO XIV – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 253)

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LEI Nº 7.055 DE 30 DE DEZEMBRO DE IV – o exercício de atividades especiais.
1977. § 1º Para a concessão do alvará de
licença a Prefeitura verificará a
DA NOVA REDAÇÃO AO CÓDIGO DE oportunidade e conveniência da
POSTURA DO MUNICÍPIO DE BELÉM. localização do estabelecimento e do
exercício da atividade a ele atinentes,
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui bem como as implicações relativas ao
e eu sanciono a seguinte Lei: trânsito, estética e tráfego urbanos.
§ 2º A licença para funcionamento de
Art. 1º Este Código contém as medidas de qualquer prestadora de serviço somente
políticas administrativas a cargo do ocorrerá caso a pretensa empresa
Município de Belém, estabelecendo as dispuser de postos de atendimento ao
relações entre o poder público municipal e consumidor no Município de Belém. 1.
a população. Art. 3º Para concessão de alvará de
§ 1º Considera-se poder de polícia a licença o interessado deverá apresentar
atividade da administração pública, que, os elementos necessários ao
limitando ou disciplinando direito, preenchimento do formulário oficial.
interesse ou liberdade, regula a prática de Art. 4º Do alvará de licença deverão
ato, em razão de interesse público, constar os seguintes elementos:
concernente à segurança, à higiene, à I - nome do interessado;
ordem, aos costumes, à disciplina da II – natureza da atividade e restrições ao
produção do mercado e ao respeito à seu exercício;
propriedade, aos direitos individuais ou III – local do exercício da atividade e
coletivos, e ao exercício de atividades identificação do imóvel com o respectivo
econômicas dependentes de concessão ou número de inscrição no Cadastro
autorização do poder público, no território Imobiliário, quando se tratar de
do Município. estabelecimento fixo;
§ 2º Estas normas serão aplicáveis sem IV – número de inscrição do interessado
prejuízo das exigências previstas em leis no Cadastro Fiscal do Município;
especiais. V – horário do funcionamento, quando
houver.
TÍTULO I - DO LICENCIAMENTO EM Art. 5º O alvará de licença será expedido
GERAL pela Secretaria de Serviços Urbanos, nos
CAPÍTULO I - DO ALVARÁ DE casos dos itens, I, II e IV do art. 2.º e, no
LICENÇA caso do item III, pela Secretaria de
Obras.
Art. 2º Dependem de concessão de alvará Art. 6º Somente será concedida a licença
de licença: quando o interessado comprovar o
I – a localização e o funcionamento de pagamento da taxa devida nos termos da
estabelecimento comercial, industrial, de legislação tributária.
crédito, seguro, capitalização, Art. 7º O alvará de licença deverá ser
agropecuário, de prestação de serviço de mantido em bom estado de conservação,
qualquer natureza profissional ou não, as sendo renovável anualmente e afixado
empresas em geral; em local visível, devendo ser exibido à
II – a exploração de atividade comercial autoridade fiscalizadora, sempre que esta
ou de prestação de serviço em o exigir.
logradouros públicos; Art. 8º O alvará será obrigatoriamente
III – a execução de obras e urbanização substituído quando houver qualquer
de áreas particulares;

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alteração que modifique um ou mais concedida após a expedição de alvará de
elementos característicos. licença especial prevista neste Código.
Parágrafo Único. A modificação da licença Art. 13. Quando a atividade da empresa
devido ao disposto no presente artigo for exercida em vários estabelecimentos,
deverá ser requerida no prazo de trinta para cada um deles será expedido o
(30) dias, a contar da data em que se correspondente alvará de licença.
verifique a alteração. Art. 14. É vedado o exercício de qualquer
atividade industrial, comercial ou de
CAPÍTULO II - DA LICENÇA DE prestação de serviço em apartamento
LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO residencial, salvo as hipóteses seguintes:
DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA I – a de prestação de serviço, nos
pavimentos de prédio residencial
Art. 9º A localização e o funcionamento mediante transformação de uso, desde
de qualquer estabelecimento de que se não oponha a convenção de
produção, industrial, comercial, de condomínio ou, no silêncio desta, haja
crédito, seguro, capitalização, autorização dos condôminos;
agropecuário, de prestação de serviço de II – a de natureza artesanal, exercida
qualquer natureza, profissional ou não, pelo morador do apartamento, sem
clube recreativo, estabelecimento de emprego de máquina de natureza
ensino e empresa em geral, bem como o industrial, utilização de mais de um
exercício de atividade decorrente de auxiliar e o uso de letreiros.
profissão, arte, ofício ou função, Art. 15. Na concessão da licença para
dependem de alvará de licença. localização de estabelecimentos
Parágrafo Único. Para os efeitos deste comerciais, industriais e de prestação de
artigo, considera-se estabelecimento o serviço, a Prefeitura tomará em
local, ainda que residencial, de exercício consideração, de modo espacial:
de qualquer natureza das atividades nele I – os setores de zoneamento
enumeradas. estabelecidos em lei;
Art. 10. O funcionamento de açougues, II – o sossego, a saúde e a segurança da
leiterias, cafés, bares, restaurantes, população.
hotéis, pensões e outros Parágrafo Único. As pequenas indústrias e
estabelecimentos congêneres será oficinas que utilizam inflamáveis ou
sempre precedido de exame, no local, e explosivos, produzam emanações nocivas
de aprovação da autoridade sanitária à saúde ou ruídos excessivos, não
competente. poderão ser localizadas em setor
Art. 11. Quando se tratar de construção comercial.
nova, reforma ou ampliação de imóvel Art. 16. É vedada, no setor residencial, a
destinado a atividades industrial, localização de estabelecimento que, pela
comercial ou de prestação de serviço, a natureza de suas atividades:
licença de localização e funcionamento I - produza ruídos excessivos ou perturbe
somente será concedida após a expedição o sossego dos habitantes;
do “habite-se” ou aceitação da obra. 2. II – fabrique, deposite ou venda
Art. 12. A licença de localização e substâncias que desprendam pó, vapores,
funcionamento, quando se tratar de emanações nocivas ou resíduos que
estabelecimento em cujas instalações contaminem o meio ambiente;
devem funcionar máquina, motor ou III – venda, deposite ou utilize explosivos
equipamento eletromecânico em geral, e ou inflamáveis;
no caso de armazenamento de inflamável,
corrosivo ou explosivo, somente será

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IV – produza alteração na rede de energia e) de exposição de arte popular.
elétrica, prejudicando a utilização de Art. 19. A licença para exploração de
aparelhos eletrodomésticos; atividade em logradouro público é
V – utilize veículo de transporte de carga intransferível e será sempre concedida a
pesada ou transporte coletivo que título precário.
impeça, por qualquer meio, a locomoção Art. 20. Quando se tratar de licença para
de pedestres ou o tráfego de veículos. armação de circo, parque de diversão e
§ 1º As empresas comerciais que outras atividades semelhantes, com
exploram o transporte rodoviário de localização fixa, a Prefeitura, ao concedê-
cargas só obterão licença de localização la, exigirá se julgar conveniente, depósito
após comprovarem dispor de depósito e de até cem (100) Unidades Fiscais do
pátio de estacionamento de seus veículos, Município, como garantia de despesas
capazes de atender aos seus serviços. extraordinárias com limpeza, conservação
§ 2º O poder público, através de decreto, e recomposição do logradouro.
disciplinará as condições exigidas para a Parágrafo Único. O depósito será
expedição dessa licença. restituído se ficar apurado, através de
Art. 17. A licença de localização e vistoria, a desnecessidade de limpeza
funcionamento para utilização de terrenos especial ou reparos; em caso contrário,
destinados a pátio de estacionamento de será deduzido da quantia depositada o
veículos, além de outras exigências, valor das despesas pela execução dos
obriga o interessado a: serviços.
I – fechar o terreno por muro;
II – construir passeio fronteiriço ao CAPÍTULO IV - DA LICENÇA PARA
terreno; EXECUÇÃO DE OBRAS E
III - impermeabilizar, adequadamente, o URBANIZAÇÃO DE ÁREAS
piso do terreno; PARTICULARES
IV – construir cabine para abrigar o vigia;
V – instalar, na entrada do Art. 21. As normas para a execução de
estabelecimento, sinalização indicadora obras e urbanização de áreas
de tráfego de veículos. particulares, bem como para expedição
do alvará de licença, são as estabelecidas
CAPÍTULO III - DA LICENÇA PARA pelo Código de Obras e Edificações do
EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADES EM Município de Belém. 3.
LOGRADOURO PÚBLICO
CAPÍTULO V - DA LICENÇA ESPECIAL
Art. 18. A exploração de atividade em
logradouro público depende de alvará de Art. 22. O alvará de licença especial será
licença. expedido para o funcionamento, em
Parágrafo Único. Compreendem-se como caráter extraordinário e por prazo curto,
atividades nos logradouros públicos, entre de estabelecimentos industriais,
outras, as seguintes: comerciais e de prestação de serviços,
a) de comércio e prestação de serviço, sempre que, a critério da Prefeitura, a
em local pré-determinado, tais como: medida for considerada necessária para
banca de revistas, jornais, livros, frutas, evitar danos tais como:
feiras livres, engraxates; I – instalação de máquinas, motor e
b) de comércio e prestação de serviços equipamento eletromecânico em geral;
ambulantes; II – armazenamento de inflamável,
c) de publicidade; explosivo ou corrosivo;
d) de recreação e esportiva;

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III – funcionamento de atividade Prefeitura, através de regulamentação
prejudicial às condições do meio adotar medidas amplas, visando a:
ambiente. I – preservar os recantos naturais de
Parágrafo Único. Na concessão do alvará beleza paisagística e finalidade turística
especial a Prefeitura considerará a mantendo sempre que possível, a
segurança, a saúde, o sossego e o vegetação que caracteriza a flora natural
interesse da coletividade. da região;
II – proteger as áreas verdes existentes
TÍTULO II - DA PROTEÇÃO ESTÉTICA, no Município, com objetivos urbanísticos,
PAISAGÍSTICA E HISTÓRICA DA preservando, tanto quanto possível, a
CIDADE CAPÍTULO I - DA PROTEÇÃO vegetação nativa e incentivando o
ESTÉTICA reflorestamento;
III – preservar os conjuntos
Art. 23. Além das limitações à arquitetônicos, áreas e logradouros
propriedade privada, estabelecidas nas públicos da cidade que, pelo estilo ou
leis específicas visando a compor caráter histórico, sejam tombados, bem
harmoniosamente o conjunto urbanístico, assim quaisquer outros que julgar
incumbe à administração adotar através conveniente ao embelezamento e estética
de normas complementares, as medidas da cidade ou, ainda, relacionadas com
seguintes: sua tradição histórica ou folclórica;
I – regulamentar o uso de anúncios e IV – fiscalizar o cumprimento de normas
letreiros evitando que, pelo seu tamanho, relativas à proteção de beleza paisagística
localização ou forma, possam prejudicar a da cidade.
paisagem ou o livre trânsito; 4.
II – disciplinar a exposição de TÍTULO III - DA HIGIENE PÚBLICA.
mercadorias; CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
III – determinar a demolição de
edificações em ruína, ou condenada por Art. 25. Compete à fiscalização municipal
autoridade pública; zelar pela higiene e saúde públicas,
IV – impedir que, em áreas residenciais, tomando as providências necessárias para
visíveis dos logradouros públicos, sejam evitar e sanar irregularidades que
expostas peças de vestuário e objetos de venham a comprometê-las.
uso doméstico, salvo quando se tratar de Art. 26. As normas do poder de polícia
áreas de serviço com estendedores relativas à higiene pública serão
internos; fiscalizadas pelos órgãos do setor de
V – disciplinar a ornamentação das saúde do Município, excetuando-se as
fachadas dos estabelecimentos comerciais atinentes à higiene e limpeza dos
e de prestação de serviço, nos períodos logradouros públicos, de competência do
de carnaval, festejos juninos, natalinos e setor de serviços públicos.
outras festividades populares. Parágrafo Único. Enquanto inexistir setor
de saúde do Município, ficará responsável
CAPÍTULO II - DO ASPECTO pela fiscalização referida neste artigo,
PAISAGÍSTICO E HISTÓRICO através de convênio firmado com a
Prefeitura, a Secretaria de Estado de
Art. 24. Para proteger a paisagem, os Saúde Pública.
monumentos e os locais dotados de Art. 27. Quando for verificada infração às
particular beleza e fins turísticos, bem normas de higiene cuja fiscalização seja
como obras e prédios de valor histórico atribuída ao governo estadual ou federal,
ou artístico de interesse social, incumbe à a autoridade administrativa que tiver

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conhecimento do fato fica obrigada a de seis (06) meses para as necessárias
comunicá-lo ao órgão ou entidade correções;
competente. d) a não obediência a estas prescrições
Art. 28. À autoridade de saúde pública implica multa de 01 a 10 Unidades Fiscais
municipal compete verificar a do Município.
insalubridade dos estabelecimentos VI – construir qualquer tipo de piso sobre
comerciais, industriais, de prestação de o leito da rua permitindo-se apenas o
serviço, hortigranjeiros e das habitações rebaixamento do meio fio, até o nível da
que não reunam condições de higiene. rua, nas entradas de veículos.
Parágrafo Único. Verificada a a) os proprietários que já tenham
insalubridade, a administração promoverá construído fora das especificações deste
as medidas cabíveis para a interdição do artigo tem o prazo de 90 dias para as
estabelecimento ou da habitação. necessárias adaptações.
Parágrafo Único. (VETADO)
CAPÍTULO II - DA HIGIENE DOS Art. 31. A limpeza dos logradouros e vias
LOGRADOUROS E VIAS PÚBLICAS públicas e a coleta do lixo domiciliar são
serviços públicos executados diretamente
Art. 29. É dever de todo cidadão respeitar pela Prefeitura ou por empresa privada
os princípios de higiene e de conservação (VETADO) devidamente especializada.
dos logradouros e vias públicas. Art. 32. Os ocupantes de prédios devem
Art. 30. Nos logradouros e vias públicas é conservar limpos os passeios de suas
defeso: residências e estabelecimentos.
I – impedir ou dificultar a passagem de § 1º A lavagem ou varrição do passeio do
águas, servidas ou não, pelos canos, prédio residencial deve ser efetuada em
valas, sarjetas ou canais, danificando-os hora conveniente e de reduzido
ou obstruindo-os; movimento de tráfego.
II – impedir a passagem de pedestres nas § 2º Quando se tratar de estabelecimento
calçadas, com construção de tapumes ou comercial ou de prestação de serviço, a
depósito de materiais de construção ou lavagem e varrição dos passeios somente
demolição; tabuleiros, veículos ou serão efetuadas fora do horário normal de
qualquer outro corpo que sirva de atendimento ao público.
obstáculo para o trânsito livre dos Art. 33. Os proprietários ou moradores de
mesmos. imóveis são obrigados a providenciar a
a) é defeso também transformar as podação das suas árvores de modo a
calçadas em terrace de bar, colocação de evitar que as ramagens se estendam
cadeiras e mesas. 5. sobre os logradouros e vias públicas,
III – depositar ou queimar lixo, resíduos quando isso representar prejuízo para
ou detritos; livre circulação de veículos e pedestres.
IV – lavar veículos ou animais; Art. 34. Caberá aos seus proprietários a
V – instalar aparelhos de ar condicionados constante limpeza dos terrenos baldios,
de maneira que o resíduo aquoso se os quais deverão, obrigatoriamente
projete sobre o trânsito de pedestres: possuir muros de testada.
b) os aparelhos já instalados sem a Parágrafo Único. O muro de testada de
observância deste inciso tem três meses, que trata este artigo deverá ser
a contar da publicação desta lei, para a construído em alvenaria.
devida correção; Art. 35. Quando se constatar erosão,
c) os aparelhos instalados em altura desmoronamento ou carreamento de
inferior a três metros, nas partes terras para logradouros e vias públicas ou
externas das vias públicas, tem o prazo propriedades particulares, o proprietário

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do terreno, onde ocorrem ou passam vir a V – garçons e serviçais convenientemente
ocorrer estes fenômenos, deverá impedí- trajados, de preferência uniformizados.
los através de obras de arrimo e § 1º Além das exigências constantes
drenagem. deste artigo, os cômodos e móveis
Art. 36. Ficam os donos ou empreiteiros integrantes dos estabelecimentos, devem
de obras obrigados à pronta remoção dos ser periodicamente desinfetados, dentro
restos de materiais ou quaisquer objetos de prazos estabelecidos em ato
deixados nas vias públicas. administrativo.
§ 2º Os estabelecimentos de prestação de
CAPÍTULO III - DA HIGIENE DOS serviço que possuam instalações
ESTABELECIMENTOS EM GERAL fechadas, devem manter em
funcionamento aparelhos exaustores,
Art. 37. Estão sujeitos à fiscalização do acondicionadores, refrigeradores ou
setor de higiene do Município os renovadores de ar.
estabelecimentos: Art. 40. Nos estabelecimentos de
I – industrias, que fabriquem ou prestação de serviço relativos a
preparem gêneros alimentícios, tais barbearia, salão de beleza, de massagem
como: panificadora, torrefadora, fábricas ou de sauna, é obrigatório o uso da toalha
de bebidas e refrigerantes, moinhos de individual.
trigo, fábricas de doces; Parágrafo Único. Os responsáveis pela
II – comerciais, que depositem ou execução dos serviços nesses
vendam gênero alimentícios, tais como: estabelecimentos, durante o trabalho,
armazém, supermercado, açougue, usarão uniformes devidamente limpos.
peixaria, bar, quiosque, café; Art. 41. Os hospitais, casas de saúde,
III – de prestação de serviço, tais como: maternidade e pronto-socorro, além do
hotel, restaurante, matadouro, hospital, atendimento às condições gerais de
casa de saúde, pronto-socorro, barbearia, higiene, devem possuir as seguintes
salão de beleza, sauna. instalações:
Art. 38. Os estabelecimentos devem I - de copa e cozinha;
possuir instalações sanitárias em perfeitas II – hidráulica, com água quente e fria e
condições de uso. equipamento para desinfetação;
Art. 39. Nos hotéis, restaurante, cafés e III - de depósito apropriado para roupa
estabelecimentos congêneres, deverá ser servida;
observado o seguinte: IV - de depósito coletor de lixo;
I – utensílios domésticos, roupas e V – de roupas e lavanderia;
móveis permanentemente higienizados e Art. 42. Os edifícios de salas e de
mantidos em perfeito estado de apartamentos destinados a fins
conservação e apresentação; comerciais de prestação de serviço devem
II – instalações hidráulicas, elétricas e de ser dotados, nas áreas comuns de
esgotos em perfeitas condições de circulação, de pequenas caixas coletoras
funcionamento; de detritos.
III - aparelhos sanitários perfeitamente Art. 43. Nenhum armazém frigorífico,
asseados e providos de acessórios entreposto ou câmara de refrigeração
indispensáveis à utilização de seus poderá funcionar sem que esteja em
usuários; condições de preservar a pureza e
IV - utensílios domésticos guardados em qualidade dos produtos neles
móveis que permitam e seu arejamento e depositados.
não prejudiquem a sua higienização;

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CAPÍTULO IV - DA HIGIENE DAS § 1º. Consideram-se alterados ou
UNIDADES IMOBILIÁRIAS falsificados os gêneros alimentícios:
I – aos quais tenham sido adicionadas
Art. 44. As unidades imobiliárias devem substâncias que lhes modifiquem a
ser mantidas em condições de higiene e qualidade, reduzam seu valor nutritivo ou
habitabilidade. provoquem sua deteriorização;
Art. 45. Os proprietários ou moradores II – dos quais tenham sido retirados ou
são obrigados a manter em estado de substituídos, no todo ou e parte,
limpeza os quintais, pátios e terrenos das quaisquer dos elementos da sua
unidades imobiliárias de sua propriedade constituição normal;
ou residência. III – que tenham sido corados,
Parágrafo Único. Entre as condições revestidos, aromatizados, ou tratados por
exigidas neste artigo se incluem as substâncias, com o fim de ocultar fraude.
providências de saneamento, para evitar § 2º. Consideram-se deteriorados os
a estagnação de águas e poluição do meio gêneros alimentícios que estiverem
ambiente. decompostos, rancificados ou
Art. 46. Os proprietários de terrenos não apresentarem a ação de parasitas de
edificados ou em que houver construção qualquer espécie.
em ruínas, condenada, incendiada ou Art. 49. Os locais, utensílios e vasilhames
paralisada, ficam obrigados a adotar das padarias, hotéis, motéis, cafés, bares,
providências no sentido de impedir o restaurantes, lanchonetes, confeitarias,
acesso do público, o acúmulo de lixo, a sorveterias, quiosques e demais
estagnação de água e o surgimento de estabelecimentos onde se fabriquem ou
focos nocivos à saúde. vendam gêneros alimentícios serão
conservados sempre com o máximo
CAPÍTULO V - DA HIGIENE DOS asseio e higiene, de acordo com as
ALIMENTOS exigências do regulamento sanitário.
Art. 50. Não será permitido o
Art. 47. A Prefeitura exercerá, em funcionamento de hotéis, restaurantes,
colaboração com as autoridades sanitárias confeitarias, bares, cafés, sorveterias,
federais e estaduais, fiscalização sobre a lanchonetes, quiosques e congêneres,
produção, o comércio e o consumo dos sem que os mesmos sejam dotados de
gêneros alimentícios em geral. aparelhamento de esterilização aprovado
Parágrafo Único. Para efeitos deste pela fiscalização.
Código e de acordo com o regulamento de Art. 51. Em estabelecimentos dedicados
saúde pública, excetuados os ao fabrico, manipulação,
medicamentos, consideram-se gêneros acondicionamento, conservação,
alimentícios, todas as substâncias sólidas armazenagem, exposição e venda de
ou líquidas destinadas ao consumo, gêneros alimentícios, nenhum funcionário
devendo os produtos congelados conter o poderá ser admitido sem apresentar a
período da respectiva validade. carteira de saúde atualizada e renovada
Art. 48. Não será permitida a venda de anualmente.
quaisquer gêneros alimentícios Art. 52. Os veículos destinados a
deteriorados, falsificados ou nocivos à transporte de gêneros alimentícios
saúde, os quais serão apreendidos pelo deverão estar constantemente limpos e
funcionário encarregado da fiscalização e conservados.
removidos para local destinado à § 1º. Quando para transporte de ossos,
inutilização dos mesmos. sebo e restos de animais, os veículos

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deverão ser fechados e revestidos Art. 58. Para preservar a salubridade do
internamente com metal inoxidável. ar respirável, incube à administração
§ 2º. Não é permitido aos condutores de adotar as medidas seguintes:
veículos ou aos seus ocupantes o repouso I – localizar em setor industrial as
sobre os gêneros alimentícios que fábricas que produzam fumaça, odores
transportem. desagradáveis, nocivos e incômodos à
Art. 53. Aparelhos, vasilhames, utensílios população;
e materiais destinados ao preparo, II – impedir que sejam depositados nos
manipulação e acondicionamento de logradouros públicos, os materiais que
gêneros alimentícios deverão ser produzam aumento térmico e poluição do
aprovados pelas autoridades sanitárias ar;
competentes antes de serem utilizados. III – promover a arborização de áreas
Parágrafo único. Recipientes de ferro livres e proteção das arborizadas;
galvanizado não poderão ser utilizados IV – promover a construção ou o
para guardar gêneros alimentícios ácidos. alargamento de logradouros públicos que
Art. 54. Em açougues e peixarias, todos permitam a renovação frequente do ar;
os empregados, quando em serviço, serão V – disciplinar o tráfego dos transportes
obrigados a usar aventais e gorros coletivos, de modo a evitar a sua
convenientemente limpos. concentração no centro urbano;
Art. 55. A venda ambulante de gêneros VI – irrigar os locais poeirentos;
alimentícios só poderá ser feita em VII – evitar a suspensão ou
carrinhos fechados ou tabuleiros cobertos, desprendimento de material pulverizado
a fim de resguardar as mercadorias da ou que produza excesso de poeira;
ação do tempo, da poeira e de outros VIII – executar e fiscalizar os serviços de
elementos nocivos à saúde. asseio e limpeza dos logradouros
públicos, estabelecendo os locais de
TITULO IV - DA POLUIÇÃO DO MEIO destinação do lixo;
AMBIENTE IX – adotar qualquer medida contra a
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS poluição do ar;
X – impedir a incineração de lixo de
Art. 56. Para impedir ou reduzir a qualquer matéria, quando dela resultar
poluição do meio ambiente, a odor desagradável, emanação de gases
administração promoverá os meios a fim tóxicos ou se processe em local
de preservar o estado de salubridade do impróprio;
ar respirável, evitar os ruídos, os sons XI – impedir, no setor residencial ou
excessivos e a contaminação das águas. comercial, depósito de substâncias que
Art. 57. Para verificar o cumprimento das produzam odores incômodos.
normas relativas à preservação do meio Art. 59. Os estabelecimentos industriais
ambiente, a Prefeitura, a qualquer tempo, que produzam fumaça, desprendam
poderá inspecionar os estabelecimentos, odores desagradáveis, incômodos ou
as máquinas, os motores e prejudiciais à saúde deverão instalar
equipamentos, determinando as dispositivos para eliminar ou reduzir, ao
modificações que forem julgadas mínimo, os fatores de poluição;
necessárias e estabelecendo instruções Art. 60. A Prefeitura promoverá os meios
para o seu funcionamento. a fim de transferir para local adequado os
estabelecimentos que produzam fumaça,
CAPÍTULO II - DA POLUIÇÃO DO AR desprendam odores nocivos ou
prejudiciais.

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Art. 61. Os veículos de transporte coletivo IX – vetado;
devem ser dotados de dispositivos X – vetado.
antipoluentes.
Art. 62. A fim e evitar a poluição do ar a CAPÍTULO IV - DA POLUIÇÃO DAS
Prefeitura poderá determinar que os ÁGUAS
materiais de construção em geral sejam
transportados devidamente cobertos. Art. 64. Para evitar a poluição das águas,
a Prefeitura adotará, dentre outras, as
CAPÍTULO III - DA POLUIÇÃO seguintes medidas:
SONORA I – impedir que as indústrias, fábricas e
oficinas depositem ou encaminhem para
Art. 63. Para impedir ou reduzir a as praias, rios, lagos ou reservatórios de
poluição proveniente de sons e ruídos águas, resíduos ou detritos provenientes
excessivos, incumbe à administração de suas atividades;
adotar as seguintes medidas: 6. II – impedir a canalização de esgoto e
I – impedir a localização, em setores águas servidas para as praias e córregos;
residenciais ou comerciais, de III – proibir a localização de estábulos,
estabelecimento cujas atividades cocheiras, pocilgas, currais e congêneres
produzam ruídos, sons excessivos ou nas proximidades dos cursos d’água;
incômodos;
II – proibir a prestação dos serviços de TÍTULO V - DOS COSTUMES, DA
propaganda por meio de alto-falantes ou ORDEM E TRANQÜILIDADE PÚBLICA
megafones, fixos ou volantes, exceto a CAPÍTULO I - DOS DIVERTIMENTOS
propaganda eleitoral, nas épocas e forma PÚBLICOS
previstas em lei;
III – disciplinar e controlar o uso de Art. 65. Divertimentos públicos, para os
aparelhos de reprodução eletro-acústica efeitos deste Código, são os que se
em geral; realizarem nas vias públicas ou recintos
IV – disciplinar o uso de maquinária, fechados, de livre acesso ao público,
dispositivo ou motor de explosão que mediante pagamento ou não de entrada.
produzam ruídos ou sons, além dos Art. 66. Nenhum divertimento público
limites toleráveis, fixados em ato será realizado sem licença da Prefeitura.
administrativo; Art. 67. Os estabelecimentos de diversões
V – disciplinar o transporte coletivo de públicas deverão obedecer às exigências
modo a reduzir ou eliminar o tráfego em que se seguem:
áreas próximas a hospital, casa de saúde I – conservar as dependências em
ou maternidade; perfeitas condições de higiene;
VI – disciplinar o horário de II – possuir indicação legível e visível, à
funcionamento noturno de construções; distância dos locais de entrada e saída do
VII – impedir a localização, em zona de recinto;
silêncio ou setor residencial, de casas de III – manter em perfeito funcionamento
divertimentos públicos que, pela natureza os aparelhos exaustores,
de suas atividades, produzam sons acondicionadores, refrigeradores de ar;
excessivos ou ruídos incômodos; IV – possuir instalações sanitárias com
VIII – proibir propaganda sonora com indicação que permita distinguir o uso,
projetores de som e alto-falantes nas em separado, para os sexos masculino e
casas comerciais (VETADO), exceção feita feminino;
às casas que possuem sistema sonoro V - dotar o estabelecimento de
interno; dispositivos de combate a incêndio, em

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perfeitas condições de funcionamento, III – as películas deverão ser
sendo obrigatória a instalação de acondicionadas em recipiente especial,
extintores, em locais visíveis e de fácil incombustível e hermeticamente fechado.
acesso, de acordo com as normas legais Art. 73. Os estabelecimentos de diversões
de prevenção e combate ao incêndio; são obrigados a afixar, nos locais de
VI – conservar em funcionamento as entrada, de forma visível, o horário de
instalações hidráulicas; funcionamento.
VII – manter, durante os espetáculos, as Art. 74. A critério da Prefeitura, serão
portes abertas, podendo ser utilizado indicados os locais para armação de circo
reposteiros ou cortinas; e parque de diversões.
VIII – efetuar a desinfetação periódica do § 1º. A licença para o funcionamento
estabelecimento; desses estabelecimentos somente poderá
IX – manter o mobiliário em bom estado ser concedida por prazo não superior a
de conservação; seis meses e depois de vistoriadas suas
X – apresentar os empregados instalações.
convenientemente trajados, de § 2°. Ao conceder a licença, poderá a
preferência uniformizados. Prefeitura estabelecer as restrições que
Art. 68. Estão também sujeitas a julgar conveniente, no sentido de
licenciamento as atividades comerciais assegurar a ordem e o sossego da
exercidas no interior dos população, além das exigências do
estabelecimentos de diversão e praças depósito prévio em dinheiro de que trata
desportivas. o art. 20.
Art. 69. Constitui obrigação do
responsável pelo estabelecimento manter CAPÍTULO II - DO TRÂNSITO
a boa ordem durante a realização dos PÚBLICO
espetáculos.
Art. 70. Os divertimentos públicos, com Art. 75. O trânsito de pedestres, de
programação preestabelecida, serão veículos e de animais será disciplinado de
executados integralmente e deverão ser modo a manter a ordem, a segurança e o
iniciados na hora previamente fixada. bem-estar dos transeuntes e da
Parágrafo único. Em caso de modificação população em geral.
de programa ou de horário, a empresa Art. 76. O trânsito em logradouros
devolverá aos reclamantes o preço públicos somente será impedido ou
integral do ingresso. suspenso em consequência da execução
Art. 71. Os ingressos serão vendidos em de obra pública ou por exigência da
número não excedente ao da lotação do administração, mediante prévia
estabelecimento e deles deverão constar comunicação ao órgão de trânsito.
o preço, a data e o horário do espetáculo. Art. 77. O depósito de material de
Art. 72. Além das normas constantes do qualquer espécie, nos logradouros
art. 67, para o funcionamento de cinema públicos, terá o prazo de seis (06) horas
deverão ser observadas as exigências para a sua remoção, quando não for
seguintes: possível sua descarga no interior da
I – instalação dos aparelhos de projeção unidade imobiliária.
em local de fácil acesso e cuja construção Art. 78. Nos centros comerciais, a carga e
seja com material incombustível; descarga de materiais e mercadorias, de
II – não manter, no interior da cabine de qualquer natureza e para quaisquer fins,
projeção, número de películas superior às somente poderá ser feita nos horários
programadas para as sessões de cada estabelecidos pelo Poder Executivo,
dia; mediante decreto.

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Parágrafo único. Para fixação dos horários I – determinar a instalação de aparelhos e
de que trata este artigo, a Prefeitura dispositivos de segurança para eliminar
deverá considerar as características de riscos à população;
cada logradouro e via pública, II – negar ou cassar licença para
notadamente quanto à natureza das instalação e funcionamento de máquinas,
atividades neles desenvolvidas, ouvidas motores e equipamentos eletromecânicos
previamente as entidades representativas em geral ou para o exercício de qualquer
do empresariado de Belém. atividade que possa causar iminente
ameaça à segurança da população;
CAPÍTULO III - DA TRANQUILIDADE III – impedir o funcionamento de parelhos
PÚBLICA e equipamentos que ponham risco a
segurança de seus usuários;
Art. 79. Será considerado atentatório à IV – determinar a instalação de aparelhos
tranquilidade pública qualquer ato, de ar condicionado em recipientes que
individual ou de grupo, que perturbe o impeçam a queda d’água para as vias e
sossego da população. logradouros públicos.
Art. 80. A administração municipal
regulamentará o horário de realização de CAPÍTULO II - DAS INSTALAÇÕES
ensaios de escolas de samba, conjuntos ELETROMECÂNICAS
musicais, rodas de samba, batucadas,
cordões carnavalescos e atividades Art. 83. A instalação, reforma ou
semelhantes, de modo a preservar a substituição de elevadores, escadas
tranquilidade da população. rolantes e outros equipamentos
Art. 81. A administração impedirá, por equivalentes, quando destinados ao uso
contrário à tranquilidade da população, a público, dependem de licença especial da
instalação de diversões públicas em Prefeitura.
unidades imobiliárias de edifícios de Parágrafo único. Para a concessão da
apartamentos residenciais ou em locais licença de que trata este artigo, o
distando menos de 200m (duzentos interessado deverá fornecer as plantas e
metros) de hospital, templo, escola, asilo, documentos que forem exigidos pela
presídio e capela mortuária. administração para exame do pedido.
Parágrafo único. Não se aplicam as Art. 84. Os estabelecimentos que tenham
disposições deste artigo à instalação de por finalidade a instalação, reforma,
cinemas e teatros, em pavimentos térreos substituição e assistência técnica de
de edifícios de apartamentos residenciais. equipamentos eletromecânico, são
obrigados ao registro no órgão
TÍTULO VI - DA SEGURANÇA DA competente da Prefeitura.
POPULAÇÃO Art. 85. O funcionamento de qualquer
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS equipamento eletromecânico, destinado
ao uso da população, somente será
Art. 82. O poder de polícia será exercido permitido mediante comprovação da
sobre os estabelecimentos industriais, existência de contrato de manutenção
comerciais, de prestação de serviço e com firma técnica especializada.
outros que, pela natureza de suas § 1º. O proprietário ou responsável pelo
atividades, possam por em risco a prédio onde funcionam equipamentos
segurança da população, devendo a eletromecânicos deverá comunicar à
Prefeitura para tal fim adotar as medidas Prefeitura, anualmente, o nome da firma
seguintes: encarregada da prestação da assistência
técnica, juntando cópia do contrato.

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§ 2º. Quando ocorrer substituição da estabelecidas pelos órgãos federais e
firma de prestação da assistência técnica, estaduais competentes.
o proprietário ou responsável do prédio Art. 91. O transporte de explosivos e
comunicará o fato à Prefeitura, dentro do inflamáveis será efetuado mediante a
prazo de quinze (15) dias, encaminhando adoção das providências seguintes:
cópia do novo contrato de manutenção. I – não serem conduzidas, ao mesmo
Art. 86. Nos elevadores e ascensores tempo, num só veículo, explosivos e
deverão ser afixados, em lugar visível: inflamáveis;
I – o certificado do último exame e II – no veículo que transportar explosivos
vistoria da firma prestadora do serviço de ou inflamáveis somente serão permitidos
assistência técnica; o motorista e o pessoal encarregado da
II – a indicação da capacidade de peso e carga e descarga da material;
lotação; III – observância de horário para carga e
III – o certificado do seguro contra descarga, evitando-se, sempre que
acidente. possível, o percurso do veículo por
logradouros de tráfego intenso.
CAPÍTULO III - DOS INFLAMÁVEIS E Art. 92. Em dias de festividades
EXPLOSIVOS religiosas, tradicionais e outras de caráter
público, poderão ser usados fogos de
Art. 87. São considerados inflamáveis: artifícios e outros apropriados,
I – o fósforo e os materiais fosforados; observadas as normas fixadas pela
II - a gasolina e os demais derivados de Prefeitura e pelo órgão estadual.
petróleo; Art. 93. A Prefeitura, através de ato
III – os éteres, álcoois e óleos administrativo, regulamentará o fabrico,
combustíveis; comércio, armazenamento e uso dos
IV – os carburetos, o alcatrão e as explosivos e fogos de artifício permitidos.
matérias betuminosas líquidas; Art. 94. Fica sujeito a licença especial da
V – qualquer substância cujo ponto de Prefeitura a instalação de bombas de
inflamabilidade seja acima de 130 (cento gasolina e de depósito de outros
e trinta) graus centígrados. inflamáveis, mesmo para uso exclusivo de
Art. 88. Consideram-se explosivos: seus proprietários.
I – os fogos de artifício; § 1º. O requerimento de licença indicará
II – a nitroglicerina, seus compostos e local para a instalação, a natureza dos
derivados; inflamáveis e será instruído com planta de
III – a pólvora e o algodão de pólvora; descrição minuciosa das obras a executar.
IV – as espoletas e os estopins; § 2º. O poder Público Municipal negará a
V – os fulminantes e congêneres; licença se reconhecer que a instalação do
VI – os cartuchos de guerra, de caça e depósito ou da bomba de combustível
minas. prejudicará, de algum modo, a segurança
Art. 89. No interesse público, a Prefeitura ou a tranquilidade pública.
fiscalizará a fabricação, o comércio, o § 3º. A Prefeitura poderá estabelecer,
transporte, o depósito e o emprego de para cada caso, as exigências que julgar
inflamáveis e explosivos. necessárias ao interesse da segurança
Art. 90. A Prefeitura somente concederá pública.
licença para o fabrico, comércio e
depósito de mercadorias inflamáveis e CAPÍTULO IV - DA PREVENÇÃO DE
explosivas, mediante cumprimento, pelos INCÊNDIO E COMBATE AO FOGO
interessados, das exigências

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Art. 95. Para prevenção de incêndio e evasão desses materiais para as vias
combate ao fogo caberá à Prefeitura públicas.
adotar, em conjunto com os órgãos
estaduais e federais competentes, as CAPÍTULO VI - DOS ANIMAIS
medidas administrativas de sua alçada.
Art. 96. A Prefeitura Municipal de Belém Art. 100. Para segurança e tranquilidade
só concederá licença para construção ou da população, a Prefeitura exercerá o
reforma em prédio de qualquer natureza poder de polícia no sentido de impedir a
após cumpridas as exigências contidas na permanência de animais nas vias e
regulamentação da Lei de n.º 4.453, de logradouros públicos.
22 de dezembro de 1972, que criou o § 1º. Os animais soltos nas vias e
Serviço de Proteção e Prevenção Contra logradouros públicos serão apreendidos e
Incêndio do Corpo de Bombeiros da recolhidos a depósito, podendo ser
Polícia Militar do Estado do Pará. retirados pelo interessado no prazo de
dez (10) dias, mediante o pagamento de
CAPÍTULO V - DAS PEDREIRAS E multa e despesas com a manutenção.
JAZIDAS MINERAIS § 2º. Decorrido o prazo de que trata o
parágrafo anterior, os animais não
Art. 97. A exploração de jazidas de pedra retirados serão levados a leilão ou
e solos lateríticos, areias e jazidas encaminhados a entidades de pesquisa
minerais de uma maneira geral, além de científica.
licença de localização e funcionamento, Art. 101. É obrigatória a vacinação dos
dependerá de licença especial, nos casos animais por parte do seu proprietário, que
de emprego de explosivos. deverá manter o documento
Art. 98. A Prefeitura poderá, em qualquer comprobatório desta exigência, com
tempo, determinar a execução de obras, observância do prazo de validade.
inclusive de acessos próprios, nas áreas Art. 102. Para a condução dos cães e
ou locais de exploração de propriedades animais perigosos, pelas vias e
circunvizinhas, bem como de vias logradouros públicos, devem os
públicas, evitando a obstrução de cursos proprietários ou condutores adotar
e mananciais d’água, o carreamento do medidas de segurança da população.
material explorado para os leitos das Art. 103. Os espetáculos de feras e as
estradas e o acúmulo de água em exibições de animais perigosos somente
depressões resultantes de exploração. serão realizadas após a adoção
Parágrafo único. Em qualquer caso, os comprovada das medidas que permitam a
limites da área de exploração serão segurança dos espectadores.
disciplinados pela Prefeitura, devendo
esses limites situarem-se fora das faixas TÍTULO VII - DAS ATIVIDADES EM
de domínio das rodovias municipais, a LOGRADOUROS E VIAS PÚBLICAS
uma distância capaz de não comprometer CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
a estabilidade daquelas rodovias.
Art. 99. Os volumes de transporte de Art. 104. O exercício de qualquer
materiais de construção em geral, atividade comercial ou de prestação de
especialmente os materiais terrosos, serviço, profissional ou não, em vias
solos lateríticos a areias, nos limites da públicas e logradouros públicos, depende
zona urbana do Município, não deverão de licença da Prefeitura.
exceder a capacidade nominal dos § 1º. A atividade em via e logradouro
veículos transportadores, a fim de evitar público só será exercida em área
previamente indicada pela Prefeitura.

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§ 2º. Entende-se por logradouro público: Art. 110. À hora fixada para o
as ruas, praças, bosques, alamedas, encerramento da feira, os feirantes
travessas, passagens, galerias, pontes, suspenderão as vendas, procedendo à
praias, jardins, becos, passeios, estradas desmontagem das barracas, balcões,
e qualquer via aberta ao público no tabuleiros e respectivos pertences e a
território do Município. remoção rápida das mercadorias, de
Art. 105. No exercício do poder de polícia, forma a ficar o recinto livre e pronto para
a Prefeitura regulamentará a prática das o início imediato da limpeza.
atividades em logradouros públicos, Art. 111. É expressamente proibida a
visando a segurança, higiene, o conforto venda de bebidas alcóolicas nas feiras
e outras condições indispensáveis ao livres.
bem-estar da população. Art. 112. Os feirantes, por si ou por seus
prepostos, são obrigados a:
CAPÍTULO II - DAS FEIRAS LIVRES a) acatar as determinações
regulamentares feitas pelo fiscal e
Art. 106. As atividades comerciais nas guardar decoro para com o público;
feiras livres destinam-se ao b) manter em perfeito estado de higiene
abastecimento supletivo de gêneros as suas barracas ou balcões e aparelhos,
alimentícios essenciais à população bem como os utensílios empregados na
especialmente os de origem venda dos seus artigos;
hortigranjeira. c) não iniciar a venda de suas
Art. 107. A atividade de feirante somente mercadorias antes do horário
será exercida pelos interessados que regulamentar, nem prolongá-lo além da
obtiverem a devida licença, após estar hora do encerramento;
matriculado na Prefeitura. d) não ocupar área maior que a que lhes
§ 1º. O requerimento de matrícula será for concedida na distribuição de locais;
instruído com os seguintes documentos: e) não deslocar as suas barracas ou
a) carteira de identidade; tabuleiros para pontos diferentes que lhes
b) carteira de saúde. forem determinados;
§ 2º. A matrícula para o exercício da f) colocar etiquetas com os preços das
atividade será concedida a título precário, mercadorias.
podendo ser suspensa ou cassada nos
termos da presente lei. CAPÍTULO III - DO COMÉRCIO
§ 3º. Na concessão de licença, a EVENTUAL E AMBULANTE
Prefeitura dará preferência aos
produtores rurais, desde que Art. 113. O exercício do comércio
devidamente registrados nos órgãos eventual e ambulante dependerá de
competentes. licença, bem como de matrícula concedida
Art. 108. As feiras serão localizadas em a título precário, para o vendedor
áreas ou logradouros públicos, ambulante.
previamente estabelecidos pela § 1º. Considera-se comércio eventual o
Prefeitura, que disciplinará seu que é exercido em determinadas épocas
funcionamento, de modo a não prejudicar do ano, por ocasião de festejos e
o trânsito e acesso fácil para aquisição de comemorações populares, em locais
mercadorias. previamente autorizados pela Prefeitura.
Art. 109. As mercadorias serão expostas § 2º. Considera-se comércio ambulante a
à venda em barracas padronizadas atividade comercial ou a prestação de
desmontáveis ou tabuleiros, em perfeitas serviços em logradouro público, sem
condições de higiene e apresentação. instalação ou localização fixa.

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Art. 114. O requerimento de licença lixo ou resíduos provenientes do exercício
deverá ser instruído com os elementos da atividade.
seguintes: Art. 116. Os que exercerem o comércio
I - carteira de identidade; eventual ou ambulante em logradouro
II – carteira de saúde para os que público devem apresentar-se
negociarem com gêneros alimentícios; decentemente trajados, em perfeitas
III – atestado de antecedentes; condições de higiene, sendo obrigatório
IV - especificação dos meios que serão aos vendedores de gêneros alimentícios o
utilizados para o exercício da atividade. uso de uniforme ou guarda-pó.
§ 1º. A Prefeitura estabelecerá, quando Art. 117. Os vendedores ambulantes
da concessão da licença, os locais e deverão sempre portar a licença para o
horários de estacionamento dos veículos exercício da atividade e sua carteira de
a serem utilizados para o exercício da saúde.
atividade do comércio eventual e Art. 118. O vendedor ambulante que
ambulante, quando for o caso. exercer irregularmente essa atividade
§ 2º. Na concessão da licença para os sem estar devidamente matriculado, será
centros comerciais, a Prefeitura multado e terá apreendida a sua
considerará, de modo especial, as mercadoria.
características do logradouro público em Parágrafo único. As mercadorias
que será exercida a atividade comercial apreendidas serão removidas para o
eventual, ou que será percorrido pelo depósito municipal e posteriormente
comerciante ambulante, quanto à estética vendidas em leilão para indenização das
urbana, trânsito e outros elementos despesas e cobranças da multa
adequados. respectiva, caso as mesmas não sejam
§ 3º. Não será pela Prefeitura concedida pagas pelo infrator.
licença sempre que, no logradouro público
do centro comercial em que será exercida CAPÍTULO IV - DAS COMIDAS
a atividade comercial eventual, ou que TÍPICAS, FLORES E FRUTAS
será percorrido pelo comerciante
ambulante, bem como nos logradouros Art. 119. A Prefeitura poderá conceder
públicos próximos, existir permissão de uso de logradouro público
estabelecimento comercial permanente, para o comércio de comidas típicas, flores
com atendimento no setor da atividade do e frutas, desde que atendidas as
comércio a ser licenciada. exigências deste Código.
§ 4º. Com base nos elementos de que Art. 120. Para a outorga da permissão de
tratam os parágrafos 2º e 3º deste artigo, uso e concessão do alvará de licença, a
poderá a Prefeitura, ao licenciar Prefeitura verificará a oportunidade e
comerciantes ambulantes, estabelecer conveniência da localização do negócio
impedimento ao exercício da respectiva relativamente ao trânsito, à estética da
atividade em determinados logradouros cidade e ao interesse público.
públicos, os quais deverão expressamente Art. 121. Para o exercício das atividades
constar da correspondente licença. definidas neste capítulo o interessado
Art. 115. O local indicado para o exercício deverá observar, além de outras, as
do comércio eventual deverá ser mantido condições seguintes:
em perfeitas condições de asseio e I – apresentar-se asseado e
limpeza, ficando o comerciante ou convenientemente trajado;
prestador de serviço obrigado à utilização II – manter o local de trabalho limpo e
de recipientes adequados para a coleta do provido de recipiente para coleta de lixo
ou resíduos;

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III – utilizar recipientes e utensílios Art. 127. O pedido de autorização será
adequados e higienizados. dirigido ao chefe de Poder Executivo
Municipal e indicará o local, natureza,
CAPÍTULO V - DAS BANCAS DE caráter e prazo da exposição.
JORNAIS, REVISTAS E LIVROS Art. 128. O local da exposição deverá ser
mantido limpo, sendo o interessado
Art. 122. A Prefeitura outorgará responsável por qualquer dano que
permissão de uso de logradouro público porventura causar ao logradouro ou a
para instalação de bancas de jornais, bem público.
revistas e livros, desde que atendidas as
disposições deste Código. CAPÍTULO VII - DOS MEIOS DE
Art. 123. Para concessão do alvará de PUBLICIDADE
licença, a Prefeitura verificará a
oportunidade e conveniências da Art. 129. A colocação de cartazes, placas,
localização da banca e suas implicações faixas, letreiros e anúncios nos
relativamente ao trânsito, à estética da logradouros públicos, para fins de
cidade e ao interesse público. publicidade ou propaganda de qualquer
§ 1º. Quando as condições previstas espécie, dependem de prévia autorização
neste artigo, para concessão do alvará de da Prefeitura.
licença, forem modificadas com prejuízo Art. 130. Os pedidos de licença para a
do trânsito, publicidade ou propaganda a que se
da estética urbana e do interesse público, refere o artigo precedente devem conter:
a Prefeitura, de ofício, determinará a a) indicação dos locais em que serão
transferência da banca para outro local. colocados;
Art. 124. As bancas de jornais, revistas e b) natureza do material de confecção;
livros não poderão ser localizadas: c) dimensões;
I – a menos de 10,00m (dez metros) de d) inscrições e dizeres.
ponto de parada de coletivos; Art. 131. Tratando-se de anúncios
II – a menos de 50,00m (cinquenta luminosos, os pedidos deverão ainda
metros) de outra já licenciada; indicar:
III – em áreas que possam perturbar a a) sistema de iluminação a ser adotado;
visão dos condutores de veículos; b) tipo de iluminação, se fixa,
IV – em áreas que possam ocupar mais intermitente ou movimentada;
de 1/3 (um terço) da largura da calçada. c) discriminação das faixas luminosas e
Art. 125. As condições para o não luminosas do anúncio e das cores
funcionamento e os modelos das bancas empregadas.
serão estabelecidos em ato Art. 132. A Prefeitura não concederá
administrativo. licença para locação de anúncios ou
cartazes, quando:
CAPÍTULO VI - DAS EXPOSIÇÕES a) obstruam, interceptem ou reduzam o
vão das portas, janelas e respectivas
Art. 126. A Prefeitura poderá autorizar, bandeiras;
sem cobrança de qualquer taxa, a b) pelo seu número e má distribuição se
pintores, escultores, livreiros, artesãos e apresentem anti-estética;
entidades culturais ou de assistência c) sejam ofensivos à moral ou contenham
social a realizarem, em logradouros dizeres desfavoráveis a pessoas, crenças
públicos, a prazo certo, exposições de ou instituições.
livros ou de trabalhos de natureza
artística, cultural e artesanal.

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Art. 133. Em hipótese alguma será § 1º. Na concessão de licença serão
permitida a colocação de anúncios de levadas em conta a categoria do
natureza permanente: estabelecimento e a dimensão da área
a) nos terrenos baldios; para sua atividade.
b) quando prejudiquem o aspecto § 2º. O pedido de licença deverá ser
paisagístico do local; acompanhado de planta ou desenho
c) muros e gradis de parques e jardins. cotado, indicando a testada do prédio,
Parágrafo único. É vedada em edifícios largura do passeio com o número e a
públicos a colocação de cartazes de disposição das mesas e cadeiras.
qualquer natureza. § 3º. Quando se tratar de prédio em
Art. 134. Em hipótese alguma, será condomínio, o alvará de licença será
permitida a colocação de cartazes, concedido se o interessado apresentar
anúncios e faixas contendo ou não permissão outorgada pelo condomínio.
propaganda comercial, nem a fixação de Art. 138. A instalação de postes de linhas
cabos ou fios nos postes ou nas árvores telegráficas, telefônicas e de força e luz,
dos logradouros públicos. bem assim a colocação de caixas postais,
extintores de incêndio etc., nas vias
CAPÍTULO VIII - DAS ATIVIDADES públicas, dependem de autorização da
DIVERSAS Prefeitura.

Art. 135. A utilização do logradouro TÍTULO VIII - DOS MERCADOS,


público para colocação, em caráter MATADOUROS, CASAS DE CARNE,
transitório ou permanente, de alegoria ou AVES E PEIXARIAS
símbolo, qualquer que seja o seu CAPÍTULO I - DOS MERCADOS
significado, bem assim como outras
criações representativas dependerá de Art. 139. Mercado é o estabelecimento
licença da Prefeitura. público, sob administração e fiscalização
Art. 136. A Prefeitura só aprovará a do governo municipal, destinado à venda
armação de palanques, em logradouros de carne,
públicos, em caráter provisório, para peixe ou mariscos, gêneros alimentícios
festividades religiosas, cívicas ou e em geral e produtos de pequena
caráter popular e desde que: indústria, agrícola, extrativa ou artesanal.
a) não prejudiquem o trânsito público; Art. 140. Nos mercados o comércio far-
b) não impeçam calçadas nem o se-á em cômodos locados ou espaços
escoamento das águas pluviais, correndo abertos, nos termos da regulamentação
por conta dos responsáveis pelas específica.
festividades a reparação dos danos Art. 140. Nos mercados o comércio far-
porventura causados. se-á em cômodos locados ou espaços
c) sejam removidos no prazo máximo de abertos, nos termos da regulamentação
24 horas, a contar do encerramento dos específica.
festejos. Art. 141. É livre a entrada e saída de
Art. 137. A instalação de cobertura fixa pessoas no recinto dos mercados, no
ou removível sobre passeio, área de horário normal de funcionamento,
recuo e a colocação de mesas e cadeiras ficando, entretanto, sujeitas à ordem e
nesses locais, dependem de verificação de disciplina da administração interna.
sua oportunidade e conveniência tendo Art. 142. Nenhum produto poderá ser
em vistas as implicações relativamente à colocado à venda sem estar exposto em
estética da cidade e ao trânsito. estrados, mesas, tabuleiros, balcões ou
mostruários adequados.

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Art. 143. Nos mercados será proibido o Art. 153. Se qualquer doença epizoótica
fabrico de produtos alimentícios e a for verificada nos animais recolhidos nos
existência de matadouros de animais. pastos ou currais do matadouro, o
Art. 144. Á administração dos mercados encarregado providenciará o imediato
competirá a disciplina interna dos isolamento dos doentes e suspeitos para
mesmos, a proteção dos consumidores e locais apropriados.
o zelo pela garantia e salubridade dos Art. 154. O serviço de transporte de
víveres e mantimentos expostos à venda. carnes do matadouro para os açougues
será feito em veículos apropriados,
CAPÍTULO II - DOS MATADOUROS fechados e com dispositivos para
ventilação, observando-se na sua
Art. 145. Nenhum animal destinado ao construção interna todas as prescrições
consumo público poderá ser abatido fora de higiene, de acordo com modelo
dos matadouros licenciados. aprovado pela Prefeitura.
Art. 146. É indispensável o exame
sanitário dos animais destinados ao CAPÍTULO III - DAS CASAS DE
abate, sem o que este não poderá ser e CARNES, PEIXES, AVES E MARISCOS
efetuado.
Art. 147. Qualquer que seja o processo de Art. 155. Os estabelecimentos destinados
matança adotado, é indispensável a à venda de carnes, peixes, mariscos,
sangra imediata e o escoamento do aves, deverão observar as normas de
sangue das rezes abatidas. higiene ditadas por este Código, pelo
Art. 148. O sangue, para uso alimentar ou Código Sanitário do Estado e leis
fim industrial, será recolhido em específicas.
recipientes apropriados, separadamente. Art. 156. Compete aos proprietários
Parágrafo único. Verificada a condenação dessas casas:
do animal, cujo sangue tiver sido I – manter o estabelecimento em
recolhido e misturado ao de outros, será completo estado de asseio;
inutilizado todo o conteúdo do respectivo II – não contratar como empregado
recipiente. pessoas não portadoras de carteira
Art. 149. As carnes consideradas boas sanitária expedida por Centro de Saúde;
para o consumo alimentar serão III – obrigar o uso, pelos cortadores e
recolhidas ao depósito de carne verde, vendedores, de aventais e gorros.
até o momento de seu transporte para os Art. 157. Os estabelecimentos deverão
açougues. dispor, obrigatoriamente, de instalações
Art. 150. Depois da matança do gado e frigoríficas.
da inspeção necessária, serão as vísceras, Art. 158. Para a limpeza de peixes e aves
consideradas boas para fins alimentares, deverão existir obrigatoriamente locais
lavadas em lugar próprio e colocadas em apropriados, bem como recipientes para
vasilhas apropriadas para o transporte recolhimento de detritos, não podendo
aos açougues. estes serem jogados no chão ou
Art. 151. Os couros serão imediatamente depositados sobre as mesas.
retirados para os curtumes próximos ou
salgados e depositados em lugar para tal TÍTULO IX - DOS CEMITÉRIOS
fim destinado. CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 152. É proibida, sob pena de
apreensão e inutilização, a insuflação de Art. 159. Os cemitérios terão caráter
ar ou qualquer gás nas carnes dos secular e serão fiscalizados pela Prefeitura
animais abatidos. Municipal de Belém que os administrará

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diretamente, ou através de companhia Art. 166. As concessões de perpetuidade
sua ou particular, mediante concessão. serão feitas para sepultura do tipo
§ 1º. É facultado às pessoas jurídicas de destinado a adultos e crianças, em
direito privado, que se organizarem para mausoléus simples ou geminados e sob
esse fim, explorar cemitérios particulares, as seguintes condições, que constarão do
mediante concessão da Prefeitura e título:
pagamento dos tributos e emolumentos a) possibilidade de uso do mausoléu para
devidos, observadas as disposições sepultamento de cônjuge e de parentes
constantes deste título, além de outros consanguíneos ou afins; outras pessoas
requisitos regulamentares que forem só poderão ser sepultadas mediante
estabelecidos pelo Poder Executivo. autorização do concessionário por escrito
§ 2º. É assegurado às associações e pagamento das taxas devidas;
religiosas, que já os possuam, administrar b) obrigação de construir, dentro de três
seus cemitérios particulares. (03) meses, os baldrames
Art. 160. No recinto dos cemitérios, além convenientemente revestidos e efetuar a
das áreas de enterramento, de ruas e cobertura da sepultura em alvenaria no
avenidas, serão reservados espaços para prazo máximo de um (01) ano;
construção de capela e salão mortuário. c) caducidade da concessão no caso de
Art. 161. Os cemitérios poderão ser não cumprimento do disposto na alínea b.
extintos e sua área transformada em Art. 167. Nenhum concessionário de
praça ou parque, quando tenha chegado a sepultura ou mausoléu poderá negociar
tal grau de saturação que se torne difícil a sua concessão, seja a que título for.
decomposição dos corpos, ou quando Art. 168. Havendo sucessão “causa
hajam se tornado muito centrais. mortis” através de partilha devidamente
Parágrafo único. Quando, do cemitério homologada pelo juiz, o herdeiro deverá
antigo para o novo, se tiver de proceder à registrar o seu direito na administração
trasladação de restos mortais, os do cemitério.
interessados terão direito de obter, neste, §1º. A Secretaria Municipal de
espaço igual em superfície, ao antigo Administração, a requerimento dos
cemitério. interessados, efetuará a transferência
Art. 162. É permitido a todas as religiões provisória da concessão, com validade de
praticar nos cemitérios os seus ritos. 5 (cinco) anos, renovável a cada final de
período por solicitação de sucessores do
CAPÍTULO II - DAS INUMAÇÕES concessionário falecido.
§ 2º. A transferência provisória far-se-á
Art. 163. Nenhum enterro será permitido mediante apresentação de Alvará Judicial
nos cemitérios sem a apresentação de para esse fim expedido. 7.
atestado de óbito devidamente firmado Art. 169. É de cinco (05) anos para adulto
por autoridade médica. e de três (03) anos para menores, o
Art. 164. As inumações serão feitas em prazo máximo a vigorar entre duas
sepulturas separadas, temporárias e inumações em um mesmo local.
perpétuas.
Art. 165. Nas sepulturas gratuitas, os CAPÍTULO III - DAS CONSTRUÇÕES
enterramentos serão feitos pelo prazo de
cinco (05) anos para adultos e de três Art. 170. As construções funerárias só
(03) anos para menores, não se poderão ser executadas nos cemitérios
admitindo com relação a elas prorrogação depois de expedido alvará de licença
de prazo. mediante requerimento do interessado,
dirigido à Secretaria de Serviços Urbanos,

23
o qual acompanhará o respectivo projeto, Art. 180. Á administração dos cemitérios
em duas vias. competirá os poderes de polícia,
Parágrafo único. Após aprovação, uma fiscalização dos assentamentos e
das vias do projeto de construção será registros e controle da organização
devolvida ao interessado, devidamente interna das necrópoles.
visada pela autoridade competente. Art. 181. O registro dos enterramentos
Art. 171. A Prefeitura deixará as obras de far-se-á em livro próprio e em ordem
embelezamento e melhoramento das numérica, contendo o nome do falecido,
concessões tanto quanto possível ao idade, sexo, estado civil, filiação,
gosto dos proprietários; porém, reservar- naturalidade, “causa mortis”, data e lugar
se-á o direito de rejeitar os projetos que do óbito e outros esclarecimentos que
julgar prejudiciais à boa aparência do forem necessários.
cemitério, à higiene e à segurança. Art. 182. Os cemitérios serão
Art. 172. Será permitida a construção de convenientemente fechados e neles a
baldrames até a altura de 0,40m, para entrada e permanência só serão
suporte de lápide. permitidas no horário previamente fixado
Art. 173. O serviço de conservação e pela administração.
limpeza de jazigos só poderá ser Art. 183. Excetuados os casos de
executado por pessoas registradas na investigação policial devidamente
administração do cemitério. autorizados por mandado judicial e de
Art. 174. A Prefeitura exigirá, sempre que transferência dos despojos, nenhuma
julgar necessário, que as construções sepultura poderá ser reaberta, mesmo a
sejam executadas por construtores pedido dos interessados, antes de
legalmente habilitados. decorrido os prazos para inumações
Art. 175. É proibida dentro do cemitério a previstos neste Código.
preparação de pedras ou de outros Art. 184. Para qualquer inumação em
materiais destinados à construção de sepulturas perpétuas deverá ser
jazigos e mausoléus. apresentado à administração o respectivo
Art. 176. Restos de materiais título de concessão.
provenientes de obras conservação e Art. 185. Decorridos os prazos para
limpeza de túmulos devem ser removidos inumações, as sepulturas poderão ser
imediatamente pelos responsáveis. abertas para novos enterramentos,
Art. 177. Do dia 25 de outubro a 1º de retirando-se as cruzes e os outros
novembro não se permitem trabalhos nos emblemas colocados sobre as mesmas.
cemitérios, a fim de ser executada, pela § 1º. Para esse fim, a administração fará
administração, a limpeza geral. publicar editais de aviso aos interessados
Art. 178. A Prefeitura fiscalizará a de que, no prazo de trinta (30) dias,
execução dos projetos aprovados das serão as cruzes e emblemas retirados e a
construções funerárias. ossada depositada no ossuário geral.
Art. 179. O ladrilhamento do solo em § 2º. As grades, cruzes, emblemas,
torno dos jazigos é permitido, desde que lápides e outros objetos retirados das
atinja a totalidade da largura das ruas de sepulturas serão postos, por espaço de
separação e sejam pelos interessados sessenta (60) dias,
obedecidas as instruções da à disposição dos interessados, que
administração do cemitério. poderão reclamá-los, findo o qual
passarão a pertencer à Prefeitura.
CAPÍTULO IV - DA ADMINISTRAÇÃO
DOS CEMITÉRIOS TÍTULO X - DO TRANSPORTE
COLETIVO

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Art. 186. A Prefeitura pode explorar o III – dos pais, tutores, curadores, quanto
serviço público de transporte coletivo do às pessoas de seus filhos menores,
Município, através de companhia a ser por tutelados e curatelados, respectivamente.
si criada, ou mediante o regime de
concessão ou permissão nos termos da CAPÍTULO II - DAS PENALIDADES
Constituição Federal. SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 187. O serviço de transporte coletivo
será prestado através de veículos Art. 193. São penalidades aplicáveis pelo
automotores, obedecendo ao Plano Município, no exercício do poder de
Diretor de Tráfego que for estabelecido polícia, isolada ou coletivamente, pela
pela municipalidade. mesma infração:
Art. 188. Incumbe à Prefeitura quando ao I – multa;
serviço de transporte urbano: II – apreensão;
I – baixa decreto regulamentando o III – perda de bens e mercadorias;
serviço público de transporte coletivo do IV – suspensão de licença;
município; V – cassação de matrícula;
II – promover os meios para a prestação VI – demolição.
adequada do serviço; Parágrafo único. As penalidades previstas
III – fiscalizar a execução do serviço, a neste capítulo serão aplicadas pela
aplicação das tarifas e o pagamento do autoridade competente, através de
preço público; processo fiscal.
IV – recomendar os processos mais Art. 194. A penalidade não onera o
econômicos e eficazes para a prestação infrator da obrigação de fazer ou
do serviço; desfazer, nem o isenta da obrigação de
V – fiscalizar as condições de higiene e reparar o dano resultante da infração, na
segurança dos veículos. forma prevista no Código Civil.

TÍTULO XI - DAS INFRAÇÕES E SEÇÃO II - DA MULTA


PENALIDADES
CAPÍTULO I - DAS INFRAÇÕES Art. 195. A multa será aplicada em
processo fiscal, iniciado pelo auto de
Art. 189. Constitui infração toda ação ou infração.
omissão contrária às disposições deste Art. 196. Aplicação da multa não excluirá
Código, de outras leis, decretos e atos a administração da competência de impor
normativos, baixados pela administração outras penalidades a que o infrator
no exercício de seu poder de polícia. estiver sujeito.
Art. 190. Será considerado infrator todo Art. 197. Aplicada a multa, não fica o
aquele que cometer, iniciar, constranger infrator exonerado do cumprimento da
ou auxiliar alguém na prática de infração obrigação que a administração lhe houver
à legislação de postura do município. determinado.
Art. 191. A responsabilidade por infração Art. 198. Na reincidência, a multa será
à norma de poder de polícia independe da aplicada em dobro.
intenção do agente ou responsável e da Parágrafo único. Reincidência é a
natureza e extensão dos efeitos do ato. repetição da prática de ilícito
Art. 192. A responsabilidade será: administrativo, pela qual o agente já
I – pessoal do infrator; tenha sido punido em decisão definitiva.
II – de empresa, quando a infração for
praticada por pessoa na condição de seu SEÇÃO III - DA APREENSÃO E PERDA
mandatário, preposto, ou empregado. DE BENS E MERCADORIAS

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Art. 199. A apreensão de bens e remessa da mercadoria apreendida ao
mercadorias ocorrerá quando apurado o órgão federal ou estadual competente,
exercício ilícito do comércio, transgressão com as necessárias indicações.
às normas de higiene pública ou como
medida assecuratória do cumprimento da SEÇÃO IV - DA SUSPENSÃO DE
penalidade pecuniária. LICENÇA
Art. 200. A apreensão deverá ser
cumulada com auto de infração e só Art. 207. A suspensão de licença consiste
ocorrerá em caso de reincidência, na na interrupção, por prazo não superior a
forma do artigo 199. um ano, da atividade constante do alvará,
Art. 201. Os bens ou mercadorias em consequência do não cumprimento de
apreendidas serão recolhidos a depósito norma prevista para seu regular exercício,
da Prefeitura, até que sejam cumpridas funcionamento ou, no caso de
pelo infrator, no prazo estabelecido, as estabelecimento, quando o interessado se
exigências legais ou regulamentares. opuser ao exame, verificação ou vistoria
Parágrafo único. Os bens ou mercadorias por agente da fiscalização municipal.
apreendidos serão levados a leilão com
observância da legislação pertinente, no SEÇÃO V - DA CASSAÇÃO DE LICENÇA
caso de não cumprimento das exigências
a que estiver obrigado o infrator. Art. 208. A cassação de licença consistirá
Art. 202. A devolução de bens e na paralisação da atividade constante do
mercadorias, quando couber, somente alvará, nos casos seguintes:
será feita após o pagamento da multa de I – não cumprimento, nos prazos
despesas com a apreensão. estabelecidos, de exigências que
Art. 203. O leilão será anunciado por motivarem a suspensão da licença,
edital, com prazo mínimo de oito (08) embargo ou indenização;
dias para sua realização, publicando-se II – quando ocorrer invalidação de licença
resumo – notícia no órgão oficial e em na forma prevista neste Código.
jornal de grande circulação. Art. 209. Cessados os motivos que
Art. 204. Encerrado o leilão, no mesmo determinarem a cassação da licença, o
dia será recolhido o sinal de vinte por interessado poderá restabelecer o
cento (20%) pelo arrematante, sendo-lhe exercício da atividade, subordinando-se
fornecida guia para o recolhimento da às exigências estabelecidas para outorga
diferença sobre o total do preço da de nova licença.
arrematação.
Art. 205. Quando o arrematante, no prazo SEÇÃO VI - DA CASSAÇÃO DA
de quarenta e oito (48) horas, a partir do MATRÍCULA
encerramento do leilão, não completar o
preço Art. 210. A cassação da matrícula poderá
da arrematação, perderá o sinal pago e os ocorrer nos casos seguintes:
bens e as mercadorias serão novamente I – pela não revalidação da carteira de
levados a leilão. saúde;
Art. 206. Além dos casos previstos neste II – quando o vendedor for acometido de
Código, a perda de mercadorias ocorrerá moléstia infecto-contagiosa;
quando a apreensão recair sobre III – venda de mercadoria deteriorada, de
substâncias entorpecentes, nocivas à procedência clandestina, ou nociva à
saúde ou outras de venda ilegal. saúde;
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo
a autoridade administrativa determinará a

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IV – quando o feirante se deslocar de § 4º. As despesas referidas no parágrafo
uma feira para outra sem a devida anterior não pagas no prazo de trinta (30)
autorização; dias, contados do término da demolição,
V – quando o feirante deixar de serão inscritas em dívida ativa.
comparecer, sem justa causa, quatro
vezes consecutivas à feira para a qual foi TÍTULO XII - DO PROCESSO
matriculado; CAPÍTULO I - DAS MEDIDAS
VI – sonegação de mercadorias ou PRELIMINARES
majoração de preços além dos limites
estabelecidos pelo órgão competente; Art. 212. Constituem medidas
VII – fraude nos pesos, medidas ou preliminares do processo, quando
balanças; necessárias à configuração da infração, o
VIII – agressão física ou moral a exame, a vistoria e a diligência.
terceiros, durante o exercício da atividade § 1º. Concluídas as providências de que
de feirante; trata este artigo, será lavrado o termo
X – admissão de empregado sem correspondente e apresentado relatório
matrícula a que estiver obrigado na circunstanciado.
Prefeitura; § 2º. Quando da medida preliminar ficar
XI – não pagamento de taxas municipais apurada a existência da infração, será
nos prazos estabelecidos. lavrado o competente auto.
Art. 213. Sempre que se verificar a
SEÇÃO VII - DA DEMOLIÇÃO existência de ato ou fato com
possibilidade de pôr em risco a
Art. 211. Além dos casos previstos no segurança, a saúde ou o bem-estar da
Código de Obras e Edificações, poderá população, proceder-se-á à necessária
ocorrer a demolição total ou parcial de vistoria.
construção que ponha em risco a Art. 214. A vistoria será realizada em dia
segurança da população, ou quando se e hora previamente marcados, na
tratar de ruínas que comprometam a presença de autoridade municipal e do
estética ou o aspecto paisagístico da responsável pelo ato ou fato que a
cidade. motivar.
§ 1º. A aplicação da penalidade prevista Parágrafo único. Na hipótese de não
neste artigo será precedida de vistoria comparecer o responsável far-se-á a
técnica e interdição. vistoria à sua revelia.
§ 2º. Se, por motivo de segurança, for Art. 215. Quando da vistoria ficar apurada
necessária a demolição imediata de a prática de infração da qual resulte risco
qualquer construção, o órgão competente à população, além da aplicação da
da Prefeitura procederá à vistoria prévia e penalidade a que o responsável estiver
intimará o proprietário ou responsável sujeito, será assinado prazo para
para executar a demolição em prazo pré- cumprimento da obrigação de fazer ou
fixado. não fazer, no sentido de eliminar o risco.
§ 3º. Findo o prazo sem que o Parágrafo único. Findo o prazo de que
proprietário ou responsável efetuem a trata este artigo, sem o cumprimento das
demolição, a Prefeitura a executará, medidas indicadas pela vistoria, será
ficando os infratores responsáveis pela aplicada ao infrator a penalidade que
indenização das despesas dela couber.
decorrentes, acrescidos de 30% (trinta
por cento) como preço da prestação de CAPÍTULO II - DAS MEDIDAS
serviço. PREVENTIVAS

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SEÇÃO I - DO EMBARGO Art. 218. Lacrado o auto de embargo, em
duas vias, a segunda será entregue ao
Art. 216. O embargo administrativo infrator para cumprimento das exigências
consiste no impedimento da prática de nele contidas, procedendo-se à intimação
ato contrário ao interesse público, ou que na forma do artigo 228.
seja proibido por lei ou regimento, Art. 219. O auto de embargo será lavrado
baixado no exercício do poder de polícia. pela autoridade administrativa
Parágrafo único. O embargo não impede a responsável pelos serviços de fiscalização
aplicação de penalidade estabelecida do poder de polícia.
neste Código. Art. 220. Quando ocorrer desrespeito à
Art. 217. O embargo poderá ser ordem de embargo, para seu
determinado, além de outros, nos casos cumprimento, será requisitada força
seguintes: policial.
I – quando o estabelecimento estiver Art. 221. A suspensão do embargo
funcionando: somente poderá ser autorizada depois de
a) com atividade diferente ou além removida a causa que a motivou.
daquela para a qual foi concedida a
licença; SEÇÃO II - DA INTERDIÇÃO
b) sem o alvará de licença;
c) em local não autorizado. Art. 222. A interdição consiste na
II – como medida de segurança da proibição do funcionamento de máquinas,
população ou do próprio pessoal motores e equipamentos eletromecânicos
empregado nos serviços do em geral, do uso ou ocupação de prédio
estabelecimento; ou local, e, ainda, da execução de obra,
III – para preservação da higiene pública; desde que ponham em risco a segurança,
IV – para evitar a poluição do meio a higiene e o bem estar da população ou
ambiente; a estabilidade de edificações.
V – quando a obra de construção não § 1º. Além dos casos previstos neste
obedecer às especificações do projeto ou artigo, a interdição ocorrerá quando não
estiver sendo executada sem o forem cumpridas as exigências do auto de
competente alvará de licença ou, ainda, embargo.
para assegurar a estabilidade e § 2º. A interdição será sempre
resistência das obras em execução, dos precedente de vistoria.
edifícios, dos terrenos ou dos § 3º. A interdição não impede a aplicação
equipamentos; de penalidade prevista neste Código.
VI – para suspender a execução de § 4º. Até que cessem os motivos da
qualquer ato ou fato contrário ou interdição, o bem interditado ficará sob a
prejudicial ao bem-estar da coletividade; vigilância da fiscalização municipal.
VII – quando se verificar falta de Art. 223. Lavrado o auto de interdição
obediência a limites, restrições ou proceder-se-á à intimação do interessado
condições determinadas nas licenças, obedecidas as disposições do art. 228.
para exploração de jazidas minerais ou Art. 224. O cumprimento das medidas
funcionamento de equipamento mecânico estabelecidas para a suspensão da
e de aparelhos de divertimentos; interdição deverá ocorrer em prazo fixado
VIII – quando se tratar de máquinas, pela administração.
motores e equipamentos eletromecânicos Parágrafo único. Expirado o prazo e
funcionando sem o necessário alvará de persistindo os motivos da interdição, será
licença especial. lavrado o competente auto de infração,
aplicando-se ao infrator a penalidade que

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couber, sem prejuízo do auto de c) no caso do inciso III, da data de
interdição. publicação no órgão oficial.
Art. 225. Quando a interdição recair em
obra de construção civil ou prédio e ficar CAPÍTULO IV - DO AUTO DE
comprovada, através de vistoria, a sua INFRAÇÃO
irrecuperabilidade, a Prefeitura
determinará prazo para sua demolição na Art. 229. O auto de infração é um dos
forma do disposto na Seção II, Capítulo II instrumentos por meio do qual se inicia o
do Título XI. processo para apurar infração às normas
Art. 226. O auto de interdição será de poder de polícia.
lavrado pela autoridade administrativa Art. 230. O auto conterá todos os
responsável pelos serviços de fiscalização elementos indispensáveis à identificação
do poder de polícia. do autuado e autuante, discriminação
clara e precisa do fato, indicação da
CAPÍTULO III - DO INÍCIO DO infração.
PROCESSO Art. 231. Da lavratura do auto intimar-se-
á o infrator, mediante entrega de cópia do
Art. 227. Verificada a violação de instrumento fiscal, observado o disposto
qualquer dispositivo da lei ou no capítulo anterior.
regulamento do poder de polícia Art. 232. O infrator terá o prazo de dez
municipal, o processo terá início por: (10) dias para defesa, que deverá ser
I – auto de infração; interposta através de petição entregue
II – ato administrativo do qual resulte contra recibo,
aplicação de penalidade prevista na no protocolo do órgão por onde corre o
legislação do poder de polícia; auto de infração, contando-se o prazo da
Art. 228. Iniciado o processo, intimar-se- data de intimação.
á o infrator: Art. 233. Decorrido o prazo fixado no
I – pessoalmente, mediante assinatura no artigo anterior, sem que o autuado tenha
auto ou instrumento fiscal; apresentado defesa, será considerado
II – através de carta registrada, com revel, lavrando-se no processo o termo de
aviso de recepção ou entrega por revelia.
protocolo, nos casos de: Art. 234. Apresentada a defesa, o
a) recusa do recebimento de cópia do autuante terá o prazo de dez (10) dias,
auto ou instrumento fiscal; para instrução do processo.
b) ausência do infrator; § 1º. O prazo fixado neste artigo poderá
III – por edital, quando: ser prorrogado, por igual período, a
a) impossível a intimação na forma dos critério do diretor do órgão.
itens anteriores; § 2º. No caso de impedimento legal do
b) desconhecido ou incerto o endereço do autuante ou não, apresentação da
infrator. instrução no prazo estabelecido no
Parágrafo único. A intimação considera-se parágrafo anterior, o processo será
feita: distribuído a outro funcionário que a
a) no caso do inciso I, da data da formulará, contando-se novo prazo.
assinatura do auto ou instrumento fiscal; Art. 235. A autoridade julgadora terá o
b) no caso do inciso II, da data de prazo de dez (10) dias, a contar do
entrega do aviso de recepção ou da do recebimento do processo, para exarar
recebimento do auto ou instrumento despacho decisório.
fiscal, através de protocolo; § 1º. Não se considerando habilitada para
decidir, a autoridade poderá, dentro do

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prazo de quarenta e oito (48) horas do Art. 241. Os secretários do Município, em
recebimento do processo, convertê-lo em suas respectivas áreas, poderão iniciar o
diligência ou submetê-lo a parecer processo através de ato administrativo.
jurídico ou técnico, passando a contar, da Art. 242. Iniciado o processo, é
data do retorno do processo, o prazo assegurado ao infrator o direito de
estabelecido para decisão. defesa, que deverá ser exercitado no
§ 2º. Para cumprimento da diligência ou prazo de dez (10) dias, a contar da data
emissão do parecer será fixado prazo não da notificação ou publicação do ato
superior a dez (10) dias, total ou parcial, administrativo.
do auto de infração. Parágrafo único. O instrumento de defesa
Art. 236. A decisão será proferida por será entregue no protocolo do órgão onde
escrito, com simplicidade e clareza, for iniciado o processo fiscal.
concluindo pela procedência ou Art. 243. O processo originário de ato
improcedência , total ou parcial, do auto administrativo terá o mesmo rito
de infração. processual do iniciado por auto de
Art. 237. Da decisão será notificado o infração.
interessado ou infrator, por instrumento
de comunicação contra recibo ou registro CAPÍTULO VI - DO RECURSO
em livro protocolo, ou mediante VOLUNTÁRIO
publicação no órgão oficial.
Art. 238. O prazo de pagamento da Art. 244. Da decisão de primeira instância
penalidade pecuniária é de dez (10) dias, cabe recurso voluntário, com efeito
a contar da ciência da decisão. suspensivo, dentro do prazo de dez (10)
Art. 239. Serão julgados em primeira dias, contado da data da ciência da
instância, como instância única, os decisão, á autoridade imediatamente
processos de que resultem aplicação de superior.
multa de valor inferior a uma Unidade § 1º. No caso de aplicação de penalidade
Fiscal do Município. pecuniária de valor inferior a uma
Parágrafo único. Quando a aplicação da Unidade Fiscal do Município não será
multa, no limite deste artigo, for admitido recurso.
cumulada com outra penalidade, caberá § 2º. O recurso será interposto perante a
recurso para julgamento da outra autoridade prolatora da decisão, que o
penalidade. encaminhará ao seu superior hierárquico,
Art. 240. O desacato a funcionário no devidamente instruído.
exercício das funções de agente fiscal § 3º. É vedado reunir em uma só petição
sujeita o autor à multa correspondente a recursos referentes a mais de uma
dez (10) vezes decisão, salvo quando proferias em um
o valor da prevista para a infração mesmo processo fiscal,
cometida, sem prejuízo da ação criminal e Art. 245. Julgado improcedente o recurso,
cassação da licença, quando couber. será intimado o recorrente para, no prazo
Parágrafo único. Para fins de instauração de dez (10) dias, a contar do recebimento
de processo penal, será lavrado auto de da intimação, dar cumprimento à decisão.
desacato para encaminhamento à
autoridade competente. CAPÍTULO VII - DO RECURSO DE
OFÍCIO
CAPÍTULO V - DO ATO
ADMINISTRATIVO Art. 246. A autoridade de primeira
instância recorrerá, de ofício, com efeito

30
suspensivo, sempre que julgar estiver subordinado o órgão responsável
improcedente o auto de infração, cuja pela expedição da providência fiscal.
penalidade seja de valor superior a uma Art. 250. Quando o processo se referir à
Unidade Fiscal do Município. aplicação de penalidade que não seja
§ 1º. O recurso de ofício será interposto pecuniária, a competência para decidir
mediante simples declaração no próprio em primeira instância é a seguinte:
despacho decisório. I – secretário do Município, nos casos de
§ 2º. A decisão sujeita a recurso de ofício suspensão e cassação de licença ou de
não se torna definitiva na instância matrícula de demolição:
administrativa, enquanto não for julgado II – diretor do Departamento, nos casos
o recurso interposto. de apreensão ou perda de bens e
mercadorias.
CAPÍTULO VIII - DOS EFEITOS DA Art. 251. Em segunda instância, é
DECISÃO competente para julgar o processo o
secretário do Município a que estiver
Art. 247. Considerada definitiva, a subordinado o diretor de Departamento
decisão produz os efeitos seguintes: que decidiu o processo em primeira
I – em processo originário de auto de instância, ou o Prefeito, nos casos em que
infração, obriga o infrator ao pagamento a decisão de primeira instância for
da penalidade pecuniária, dentro do prazo proferida pelo secretário do Município.
de dez
(10) dias; TÍTULO XIII - DO FUNCIONAMENTO
II – em processo do qual resulte a DAS FARMÁCIAS
aplicação de outra penalidade, ainda que
cumulativa, esta será cumprida no prazo Art. 252. Os alvarás para funcionamento
estabelecido pela autoridade julgadora. de farmácias só serão liberados, após o
§ 1º. No caso do não pagamento da estabelecimento comprovar o
penalidade pecuniária, o processo será cumprimento das exigências da Secretaria
encaminhado para inscrição do débito em de Estado de Saúde. 8.
dívida ativa. § 1º. Nos dias úteis, as farmácias abrirão,
§ 2º. No caso de não cumprimento de obrigatoriamente, para comercializar, das
penalidade prevista no item II o processo 07:30 às 20:00 horas, salvo algum
será encaminhado à Procuradoria do dispositivo de lei que contrarie essa
Município para adoção das medidas obrigatoriedade.
cabíveis. § 2º. Aos domingos, feriados nacionais ou
Art. 248. Quando o processo for locais e dias santos, ficarão de guarda,
encaminhado para inscrição de débito em das 07:30 às 18:00 horas, os
dívida ativa, aplicar-se-ão, no que couber, estabelecimentos farmacêuticos que,
as formalidades previstas no Código voluntariamente, quiserem abrir suas
Tributário e de Rendas do Município. portas, mediante o pagamento de um
taxa anual no valor de 02 UFM, desde que
CAPÍTULO IX - DAS AUTORIDADES não estejam de plantão.
PROCESSUAIS § 3º. O plantão das farmácias, cuja escala
será organizada pela Prefeitura,
Art. 249. Em primeira instância, é obedecerá invariavelmente ao horário das
competente para decidir o processo 07:30 às 07:30 do dia seguinte (diurna e
relativo à aplicação de penalidade noturnamente), nos domingos, feriados
pecuniária proveniente de auto de nacionais, locais e dias santos e das
infração o diretor do Departamento a que

31
21:00 às 07:30 do dia seguinte, nos dias Art. 255. Fica aprovada a Tabela Base
úteis. anexa, que passa a constituir parte
§ 4º. O referido plantão será dado no integrante deste Código.
menor grupo possível, no máximo dez Art. 256. A presente Lei entrará em vigor
(10), que se revezarão pela ordem, a a partir de 1º de janeiro de 1978,
critério da revogadas as disposições em contrário.
Prefeitura e de acordo com o interesse
público. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL
§ 5º. (VETADO). DE BELÉM, em 30 de Dezembro de
§ 6º. Os proprietários de farmácias são 1977
obrigados a conservar nas portas dos AJAX CARVALHO D’OLIVEIRA
estabelecimentos uma placa em que se Prefeito Municipal de Belém
leia estar a mesma de plantão, assim
como, ter em lugar visível uma relação de TABELA BASE PARA APLICAÇÃO DE
todas as farmácias do grupo de plantão, MULTAS
com os respectivos endereços, para
orientação dos interessados. 01. DA LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO E
§ 7º. Fica expressamente proibido o FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO
estabelecimento farmacêutico que não E INDÚSTRIA - 25 U.F.M.
estiver de plantão abrir suas portas para 02. DA LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO DE
comercializar depois das 21:00 horas, até ATIVIDADE EM LOGRADOURO
07:30 do dia seguinte. PÚBLICO - 10 U.F.M.
§ 8º. A falta de cumprimento das 03. DA LICENÇA ESPECIA - 50 U.F.M.
determinações constantes dos parágrafos 04. DA PROTEÇÃO ESTÉTICA,
deste artigo, importará multa ao PAISAGÍSTICA E HISTÓRICA DA
proprietário do estabelecimento, de 02 CIDADE - 50 U.F.M.
(duas) a 04 (quatro) Unidades Fiscais do 05. DA HIGIENE DOS LOGRADOUROS E
Município, em vigência, elevada ao dobro VIAS PÚBLICAS - 80 U.F.M.
nas reincidências. 06. DA HIGIENE DOS
ESTABELECIMENTOS EM GERAL - 80
TÍTULO XIV - DAS DISPOSIÇÕES U.F.M.
GERAIS. 07. DA HIGIENE DAS UNIDADES
IMOBILIÁRIAS - 10 U.F.M.
Art. 253. As infrações às disposições 08. DA HIGIENE DOS ALIMENTOS - 80
deste Código serão punidas com aplicação U.F.M.
de multa, variável de acordo com a 09. DA POLUIÇÃO DO AR - 150 U.F.M.
natureza, gravidade, risco e intensidade 10. DA POLUIÇÃO SONORA - 100 U.F.M.
do ato, sem prejuízo de outras 11. DA POLUIÇÃO DAS ÁGUAS - 150
penalidades a que o infrator estiver U.F.M.
sujeito. 12. DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS – 20
Parágrafo único. Em caso de reincidência, U.F.M.
a multa prevista para o ato será sempre
aplicada em dobro e em progressão TABELA BASE PARA APLICAÇÃO DE
geométrica. MULTAS. 9.
Art. 254. Sendo necessário regulamentar EVENTO
alguma norma deste Código, o Prefeito EXERCÍCIO
Municipal o fará através de decreto. COEFICIENTE UFM UFIR JAN A
DEZ/2000
IPCA-E

32
JAN/2001 [3] Lei nº 7.400, de 25/01/1988, DOM nº
IPCA-E JAN/2002 6242, de 25/01/1988, revogada, a parte
6,8 1,0641 1,0503 1,0649 territorial, pela Lei Complementar nº
Licença de localização e funcionamento do 02/99(LCCU).
comércio e indústria 25 170 180,9 190 [4] Regulamentado pelo Decreto nº
202,33 24.329, de 20/05/1992.
[5] Inciso II e letra “a”, do art. 30, com
Licença para exploração de atividade em nova redação dada pela Lei nº 7.275, de
logradouro público 10 68 72,36 76 80,93 20/12/1984.
[6] Regulamentado pelo Decreto nº
Licença especial 50 340 361,79 379,99 14.371,09/01/78. Publicado no DOM nº
404,65 3.741, de 12/01/78.
[7] Art. 168, com parágrafos 1º e 2º,
Proteção estética, paisagística e histórica acrescentados pela Lei nº 7.763, de
da cidade 50 340 361,79 379,99 404,65 13/07/95.
[8] Regulamentado pela Portaria 110/92,
Higiene dos logradouros e vias públicas GABS/SECON, 19/05/1992, DOM nº
80 544 578,87 607,99 647,45 7278, de 21/05/1992.
[9] Novos valores estabelecidos pela Lei
Higiene dos estabelecimentos em geral 80 nº 7.561, de 30/12/1991, publicada no
544 578,87 607,99 647,45 DOM nº 7.184, de 31/12/1991.

Higiene das unidades imobiliárias 10 68


72,36 76 80,93

Higiene dos alimentos 80 544 578,87


607,99 647,45

Poluição do ar 150 1020 1.085,38


1.139,98 1.213,96

Poluição sonora 100 680 723,59 759,98


809,31

Poluição das águas 150 1020 1.085,38


1.139,98 1.213,96

Dos divertimentos públicos 20 136 144,72


152 161,86
* Os resultados das operações estão em
Real.

[1] Parágrafo único do art. 2º


transformado em § 1º e § 2º acrescido
pela Lei nº 8.248, de 31/08/03, DOM nº
10.011, de 25/08/03.
[2] Vide Lei nº 7.737, de 16/11/1994
(DOM nº 7.905, de 05/12/1994).

33
LEI N° 7.709 DE 18 DE MAIO DE 1994
PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTISTÍCO, AMBIENTAL E
CULTURAL

CAPÍTULO I – DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, AMBIENTAL E CULTURAL (art. 1)

CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA (art. 2)

CAPÍTULO III – DO TOMBAMENTO (art. 3 - 20)

SEÇÃO ÚNICA – DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO (art. 21 – 33)

CAPÍTULO IV – DAS INTERVENÇÕES NO CENTRO HISTÓRICO E NA ÁREA DE ENTORNO (art. 34 - 35)

CAPÍTULO V – INCENTIVOS A PRESERVAÇÃO (art. 36 - 38)

CAPÍTULO VI – PENALIDADES (art. 39 - 45)

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 46)

34
LEI N° 7.709 DE 18 DE MAIO DE 1994 § 2°. Compete à Fundação Cultural do
Município de Belém a implementação da
PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DO política de proteção e valorização do
PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, Patrimônio
AMBIENTAL E CULTURAL. Histórico Cultural e, no que couber, o
disposto nesta Lei.
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui
e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO III - DO TOMBAMENTO

CAPÍTULO I - DO PATRIMÔNIO Art. 3° O Município, na forma desta Lei,


HISTÓRICO, ARTÍSTICO, AMBIENTAL procederá o tombamento total ou parcial
E CULTURAL DO MUNICÍPIO DE de bens imóveis, móveis e integrados de
BELÉM propriedade pública ou particular
existentes em seu território, que pelo seu
Art. 1° Constituem o Patrimônio Histórico, valor histórico, artístico, ambiental ou
Artístico, Ambiental e Cultural do cultural, ficam sob a especial proteção do
Município de Belém os bens de natureza poder Público municipal.
material e imaterial, tomados Parágrafo único. O tombamento deverá
individualmente ou em conjunto, recair de ofício sobre bens já tombados
relacionados à identidade, à memória, à pelos poderes Públicos federal e estadual.
ação dos grupos formadores da sociedade Art. 4° O processo de tombamento será
belenense, dentre os quais se incluem: iniciado a pedido de qualquer interessado,
I - as formas de expressão; proprietário ou não do bem respectivo,
II - os modos de criar, fazer e viver; por membro do Conselho de Patrimônio
III - as criações científicas, artísticas e Cultural, por iniciativa do Legislativo
tecnológicas; Municipal, por grupo de pessoas,
IV - as obras, objetos, documentos, incluindo-se associações e quaisquer
edificações e demais espaços destinados outras organizações interessadas na
às manifestações Artísticos-culturais; preservação e proteção da memória
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor cultural, ou ainda, por iniciativa do
Histórico, arquitetônico, paisagístico, Executivo Municipal.
Artístico, arqueológico, paleontológico, Art. 5° O tombamento de coisa
ecológico e científico, inerentes às pertencente à pessoa natural ou pessoa
reminiscências da formação de nossa jurídica, de direito Público ou privado, se
história cultural, dotados pela natureza ou fará voluntária ou compulsoriamente.
agenciados pela indústria humana. Art. 6° O tombamento do bem será
voluntário quando decorrer de proposta
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA do proprietário e o bem se revestir dos
requisitos necessários para constituir
Art. 2° O Poder Público Municipal parte integrante do patrimônio histórico,
promoverá, garantirá e incentivará a artístico, ambiental e cultural do Município
preservação, conservação, proteção, de Belém.
tombamento, fiscalização, execução de Parágrafo único. Sendo o proponente o
obras ou serviços visando a valorização proprietário do bem, o pedido será
do Patrimônio Cultural do Município de instruído com documento hábil de
Belém. comprovação de domínio.
§ 1°. Compete ao Poder Público Municipal Art. 7° Proceder-se-á o tombamento
promover a conscientização pública para compulsório sempre que a iniciativa for
a conservação do Patrimônio Cultural. do Poder Público Municipal, de qualquer

35
interessado, com exceção do disposto no circulação no Município, e será inscrito no
art. 6° desta Lei. respectivo Livro de Tombo.
Art. 8° A proposta de tombamento, Art. 12. O proprietário ou titular do
quando apresenta pelo proprietário ou domínio útil do bem poderá solicitar a
outro qualquer interessado, pessoa física impugnação do tombamento dentro do
ou jurídica, deverá ser encaminhada à prazo de 30 (trinta) dias contados da data
Fundação Cultural do Município de Belém da notificação, ou de sua ciência.
que instruirá o processo, encaminhando-o Art. 13. Caberá ao Conselho de
para o Conselho de Patrimônio Cultural, Patrimônio Cultural apreciar solicitação de
no prazo de 30 (trinta) dias. impugnação e emitir parecer final, no
§ 1°. Caberá ao Conselho do Patrimônio prazo de 30 (trinta) dias.
Cultural Municipal emitir parecer e Art. 14. O tombamento de bens de
deliberar sobre os pedido de tombamento domínio do Município independe de
de bens imóveis e integrados, de notificação.
reconhecido valor histórico, artístico, Art. 15. A Fundação Cultural do Município
ambiental, e cultural no prazo de 30 de Belém possuirá 04 (quatro) Livros de
(trinta) dias, e encaminhar ao Chefe do Tombo ou de Registros de Bens Culturais,
Poder Executivo Municipal para sua nos quais serão inscritos os bens a que se
homologação. refere o disposto no art. 1° desta Lei, a
§ 2°. A instrução a que se refere este saber:
artigo deverá conter dados de localização 1 - Livro de Tombo de Bens Naturais -
e descrição do bem, justificativa do incluem-se paisagens, espaços
tombamento, podendo, quando for o caso ecológicos, recursos hídricos,
ser anexados documentos, fotos, monumentos e sítios, reservas naturais,
desenhos e referências, além dos valores parques e reservas municipais;
do que se pretenda tombar. 2 - Livro de Tombo de bens Arqueológicos
§ 3°. O pedido de tombamento será e Antropológicos;
notificado por escrito ao proprietário do 3 - Livro de Tombo de bens Imóveis de
bem cultural objeto daquele instituto valor Histórico, arquitetônico e
jurídico. No caso de recusa em dar ciência urbanístico, quer urbanos e rurais e
a notificação, ou quando não se localizar paisagístico, como:
o proprietário, a notificação será obras; edifícios, conjuntos e sítios
publicada imediatamente no Diário Oficial urbanos ou rurais;
do Município. 4 - Livro de Tombo de bens móveis e
Art. 9°. Em caso de urgência ou de integrados de valor Histórico, Artístico,
interesse Público relevante, o Chefe do folclórico, iconográfico, toponímico,
Executivo Municipal poderá decretar o etnográfico, incluindo-se acervos de
tombamento definitivo. bibliotecas, arquivos, museus, coleções,
Art. 10. Com a abertura do processo de objetos e documentos de propriedade
tombamento o bem em exame terá o pública e privada.
mesmo regime de preservação de bem Art. 16. A Fundação Cultural do Município
tombado, até a decisão final do Conselho de Belém providenciará automática e
Municipal de Patrimônio. obrigatoriamente, a quando do
Art. 11. O tombamento será notificado tombamento de bem imóvel, o
por escrito ao proprietário do bem cultural assentamento do mesmo no Registro de
objeto daquele instituto jurídico e sairá Imóveis, e, no caso de bem móvel, o
automaticamente no Diário Oficial do assentamento será realizado no Registro
Município, em um jornal de grande de Títulos e Documentos.

36
Art. 17. Não são passíveis de cabíveis à proteção de bens sujeitos à sua
tombamento os bens pertencentes às tutela.
representações diplomáticas ou Art. 22. O bem tombado não poderá ser
consulares e as que integram exposições, destruído, demolido, mutilado,
certames ou eventos. desmontado ou abandonado, ressalvado o
Art. 18. O ato de tombamento deverá ser disposto no artigo 18 desta Lei.
anulado ou revogado pelo Chefe do Parágrafo único. Caberá à Fundação
Executivo Municipal nos casos em que Cultural do Município de Belém, em
manifestar ilegalidade ou por exigência conjunto com a Secretaria Municipal de
indeclinável do interesse Público, desde Urbanismo, analisar e aprovar projetos e
que ouvido o Conselho do Patrimônio serviços de reparação, pintura ou
Cultural. restauração ou qualquer obra de
Parágrafo único. O destombamento será intervenção nos bens imóveis tombados e
averbado no Livro de Tombo respectivo, de sua área de entorno de que trata este
conforme artigo 15. artigo. No caso de bens móveis e
Art. 19. Tudo bem tombado a nível integrados, esse procedimento ficar a
municipal será classificado em cinco cargo da Fundação Cultural do Município
categorias denominadas em: Preservação de Belém.
Arquitetônica Art. 23. Periodicamente, a Fundação
Integral, Preservação Arquitetônica Cultural do Município de Belém, em
Parcial, Imóveis de Reconstituição conjunto com a Secretaria Municipal de
Arquitetônica, de Acompanhamento e de Urbanismo, fará vistoria dos bens imóveis
Renovação. tombados, indicando e acompanhando os
Parágrafo único. A classificação de serviços ou obras que deverão ser
categorias de que trata este artigo será executados. Somente a Fundação Cultural
efetuada pela Fundação Cultural do do Município de Belém se ocupar dos bens
Município de Belém móveis e integrados tombados, indicando
Parágrafo único. A classificação de e acompanhando os serviços ou obras
categorias de que trata este artigo será que deverão ser executados.
efetuada pela Fundação Cultural do Parágrafo único. Os proprietários ou
Município de Belém e definirá o tipo de responsáveis dos bens tombados e dos
intervenção e de incentivos a localizados nas respectivas áreas de
preservação, conforme o artigo 34 e 37 entorno, não poderão criar impedimentos,
desta Lei. obstáculos à inspeção, sob pena de
Art. 20. Os projetos de lei que tratam do multa, elevada ao dobro em caso de
tombamento de bens culturais elaborados reincidência.
e aprovados pelo Poder Legislativo Art. 24. A fixação de painéis e letreiros
Municipal, deverão ser encaminhados ao sobre imóveis tombados e nas respectivas
Chefe do Executivo para sanção. áreas de entorno no Município de Belém,
Parágrafo único. A sanção ou veto do deverá ter prévia aprovação conjunta da
Prefeito se dará após consulta ao Secretaria Municipal de Urbanismo e da
Conselho de Patrimônio Cultural. Fundação Cultural do Município de Belém.
Art. 25. Em face da alienação onerosa de
SEÇÃO ÚNICA - DOS EFEITOS DO bens tombados pertencentes a pessoas
TOMBAMENTO naturais ou jurídicas de direito privado, o
Município terá direito de preferência,
Art. 21. O Poder Público Municipal tomará devendo manifestá-lo no prazo de 30
as medidas administrativas e judiciais (trinta) dias a partir da comunicação por
escrito do proprietário.

37
Parágrafo único. O proprietário deverá execução de construção, obra de serviço
comunicar por escrito ao titular da que interfira na estabilidade, ambiência
Fundação Cultural do Município de Belém e/ou visibilidade dos referidos bens.
a alienação do bem tombado no prazo de Art. 32. O entorno do bem tombado será
30 (trinta) dias. delimitado em processo instruído pela
Art. 26. Na transferência de propriedade Fundação Cultural do Município de Belém,
dos bens imóveis, móveis e integrados no prazo de 60 (sessenta) dias, após a
tombados deverão vendedor e data da homologação do tombamento,
comprador, comunicar à Fundação encaminhado ao Conselho do Patrimônio
Cultural do Município de Belém e fazer Cultural para deliberação. A decisão do
constar a transferência, no respectivo Conselho do Patrimônio Cultural será
cartório de registro, ainda que se trata de enviada ao Chefe do Poder Executivo
transmissão judicial ou causa mortis. Municipal para deliberação. A decisão do
Art. 27. No caso de deslocamento de bens Conselho do Patrimônio Cultural será
móveis e integrados tombados, deverá o enviada ao Chefe do Poder Executivo
proprietário obter prévia autorização do Municipal para homologação.
Conselho de Patrimônio Cultural, § 1°. O prazo de que trata este artigo
comprovando condições de segurança, poderá , em casos excepcionais, será
guarda e seguro desses bens. prorrogado uma única vez por igual
Parágrafo único. O pedido de autorização período, a critério do Conselho de
deverá ser encaminhado à Fundação Patrimônio Cultural.
Cultural do Município de Belém que § 2°. A instrução do processo de
repassar ao Conselho de Patrimônio delimitação da área do entorno deverá,
Cultural Municipal para deliberação. após ouvida a Secretaria Municipal de
Art. 28. O bem móvel tombado não Urbanismo, conter propostas de critérios
poderá sair do Município se não por de intervenção que visem a preservação e
tempo determinado, sem transferência de índices urbanísticos a serem adotados
domínio, para fins de intercâmbio cultural para novas edificações ali situadas.
ou restauração, a juízo do Conselho de § 3°. Enquanto a Fundação Cultural do
Patrimônio Cultural. Município de Belém não houver delimitado
Art. 29. Diante da tentativa de exportação a área de entorno do bem tombado, esta
de bens culturais tombados ou protegidos será delimitada pelas quadras
por lei, com exceção dos casos previstos circunvizinhas imediatas do bem em
pelo artigo 27 desta Lei, serão estes questão.
apreendidos, provisoriamente, pelo órgão § 4°. O entorno do bem tombado pelo
estadual competente, por determinação Município a homologação desta,
do Conselho do Patrimônio Cultural que obedecerá ao disposto no artigo 32 desta
tomar as medidas necessárias para a Lei.
guarda e conservação dos mesmos. Art. 33. Na área de entorno do bem
Art. 30. No caso de extravio ou furto de tombado, as formas especificas de tutela
qualquer objeto tombado, o respectivo dispostas nesta Lei prevalecerão sobre a
proprietário deverá dar conhecimento à Legislação Municipal Ordinária de Uso e
Fundação Cultural do Município de Belém, Ocupação do Solo.
no prazo de 24 horas, após a ocorrência
do fato. CAPÍTULO IV - DAS INTERVENÇÕES
Art. 31. Os imóveis tombados terão área NO CENTRO HISTÓRICO E NA ÁREA
de entorno, ambiência ou vizinhança, DE ENTORNO
para proteção da unidade Arquitetônica e
paisagística, na qual não será permitida a

38
Art.. 34. As intervenções em imóveis II - de desabamento ou demolição. O
situados no Centro Histórico de Belém e proprietário ser obrigado a uma
na área de entorno serão classificados Reconstituição Arquitetônica de acordo
segundo as categorias constantes no com critérios definidos pela Fundação
artigo 19, tais como: Cultural do Município de Belém.
I - Preservação Arquitetônica integral: § 2°. As intervenções de renovação
intervenção destinada à preservação das obedecerão aos índices urbanísticos
características Arquitetônicas, artísticas e constantes do Anexo III e IV.
decorativas internas e externas do imóvel Art. 35. Não serão admitidas modificações
em questão; no Centro Histórico relativa ao
II - Preservação Arquitetônica parcial: parcelamento do solo urbano, inclusive
intervenção destinada à conservação das remembramento e desmembramento de
características Arquitetônicas, artísticas e lote.
decorativas externas do imóvel em
questão; CAPÍTULO V - INCENTIVOS A
III - Reconstituição Arquitetônica: PRESERVAÇÃO
intervenção destinada à recuperação das
características Arquitetônicas, artísticas e Art. 36. O Município incentivará as
decorativas que anteriormente intervenções classificadas como de
compunham a fachada e cobertura na preservação Arquitetônica integral,
época da construção do imóvel em preservação Arquitetônica parcial, imóveis
questão. de Reconstituição Arquitetônica e os de
IV - Acompanhamento: intervenção acompanhamento, através da concessão
destinada à conservação da fachada de isenção de taxa para licenciamento da
externa e da cobertura do imóvel que obra.
embora não tenha características Art. 37. Os imóveis classificados no inciso
Arquitetônicas de interesse à preservação I, II, III e IV do artigo 34 desta Lei, bem
não interfere substancialmente na como os imóveis tombados pelo Município
paisagem devendo manter-se a harmonia situados fora dos limites do Centro
volumétrica. Histórico de Belém e de suas áreas de
V - Renovações: intervenção destinada à entorno, terão isenção do pagamento do
construção de nova edificação e ou Imposto sobre a Propriedade Predial e
substituição de uma edificação que não Territorial Urbano (IPTU), desde que
tem interesse à preservação. mantidos em bom estado de conservação,
§ 1°. Sobre os imóveis do que trata o obedecendo os índices abaixo
artigo 34, inciso I, II e III somente serão discriminados:
admitidas intervenções de preservação - 100% para os bens tombados e íntegros
Arquitetônica integral e parcial e de Arquitetonicamente (bens imóveis
Reconstituição Arquitetônica, ressalvando classificados na categoria de preservação
os seguintes casos: Arquitetônica integral);
I - em que apresentarem riscos à - 75% para bens imóveis parcialmente
segurança pública, devidamente modificados (bens imóveis classificados
comprovados por laudo técnico realizado na categoria de preservação Arquitetônica
pela Fundação Cultural do Município de parcial e os de Reconstituição
Belém e pela Secretaria Municipal de Arquitetônica);
Urbanismo. Dever ser providenciada - 10% para os classificados como de
imediatamente solução técnica a fim de acompanhamento.
manter as características originais do Art. 38. A isenção do pagamento de IPTU
mesmo; de que trata o artigo 36 desta Lei, será

39
concedida anualmente, mediante independentemente da existência de
solicitação do proprietário ou seu culpa ou dolo.
representante legal, podendo ser VIII - perda ou restrição de incentivos e
renovado ou não. benefícios fiscais concedidos pelo poder
Parágrafo único. A renovação da isenção Público.
do pagamento de IPTU de que trata este Parágrafo Único. A multa de que trata o
artigo, será concedida mediante vistoria inciso I deste artigo corresponder a, no
técnica realizada pela Fundação Cultural mínimo, 30% (trinta por cento) e no
do Município de Belém, comprovando a máximo 100% (cem por cento) do valor
boa conservação do imóvel. venal do respectivo bem tombado.
Art. 42. As multas serão impostas
CAPÍTULO VI – PENALIDADES mediante auto de infração pela
autoridade competente, devendo conter:
Art. 39. Constitui infração, para efeito I - nome do infrator e seu domicílio;
desta Lei, qualquer ação ou omissão que II - local e dia da lavratura;
importe na inobservância dos seus III - menção do fato que constitui a
preceitos, bem como aos do regulamento infração e do dispositivo legal violado;
e demais normas dela decorrentes. IV - notificação ao infrator para pagar a
Art. 40. As penalidades pelas infrações multa devida ou apresentar defesa nos
previstas nesta Lei não excluem a tomada prazos previstos.
de outras medidas e a aplicação de outras Parágrafo Único. A assinatura do autuado
sanções pelas autoridades municipais não constitui formalidade essencial à
competentes, inclusive pela via judicial, validade do auto, não implica em
com respaldo na Legislação Federal. confissão, nem a recusa agravar a pena.
Parágrafo único. O Conselho de Art. 43. O prazo para apresentação de
Patrimônio Cultural comunicar ao defesa contra imposição de multa ‚ de 30
Ministério Público Estadual as infrações (trinta) dias, contados da intimação.
cometidas, para as providências civis e Art. 44. A intimação ser feita pelo órgão
penas cabíveis. competente e comprovada com a
Art. 41. Sem prejuízo das demais assinatura do intimado ou de preposto
cominações estabelecidas em normas seu ou, no caso de recusa, com
federais, estaduais e municipais, os declaração escrita de quem fizer a
infratores sujeitar-se-ão as seguintes intimação.
sanções (Regulamentado pelo Dec. § 1°. A autoridade competente poderá
36.767, de 26/05/00 (DOM 9248, de optar pela intimação por via postal ou
31/05/00): telegráfica, com aviso de recepção.
I - multa; § 2°. A intimação será sempre feita por
II - embargo; via postal ou telegráfica, toda vez que
III - revogação da autorização; houver recusa do intimado em receber a
IV - cassação da licença; intimação.
V - demolição de obra ou remoção de Art. 45. A intimação deverá ser feita por
atividade incompatível com as normas edital quando a pessoa a ser intimada ou
pertinentes; seu preposto não for encontrada,
VI - interdição e suspensão das atividades considerando-se feita a intimação 20
incompatíveis com as normas (vinte) dias após a data de publicação do
pertinentes; edital, uma única vez, no órgão oficial e
VII - obrigação de reparar e indenizar os um dos jornais de maior circulação no
danos que houver causado Município.

40
CAPÍTULO VII - DAS Art. 51. Ficam tombados os imóveis
DISPOSIÇÕES GERAIS constantes do Anexo VII, bens imóveis de
Art. 46. O Centro Histórico de Belém com inestimável valor Histórico e ambiental.
seus limites definidos pela Lei de Art. 52. As mangueiras e samaumeiras
Desenvolvimento Urbano (Lei 7.401, de (Mangifera ¡ndice e Ceiba Sumahuma
29.01.1988), constitui conjunto respectivamente) existentes nos
arquitetônico e paisagístico tombado pela logradouros Públicos do Município de
Lei Orgânica do Município de Belém Belém, integram o Patrimônio Histórico e
(Anexo I). ambiental da cidade.
Art. 47. Fica criada a área de entorno do Parágrafo único. Caberá à Fundação
Centro Histórico de Belém conforme Cultural do Município de Belém,
constante no Anexo II e delimitado no determinar os casos em que, no interesse
Plano Diretor do Município de Belém do Patrimônio Histórico ou ambiental,
(Artigo 47 com NR dada pela Lei nº haver proteção especial a certos
8.655, de 31/07/2008 (DOM nº 11.189, exemplares garantindo a sua manutenção
2º caderno, de 31/07/2008). ou o replantio de mesma espécie.
Art. 47. Fica criada a área de entorno do Art. 53. As orlas marítimas e ribeirinhas
Centro Histórico de Belém conforme existentes no Município e nos Distritos de
constante no Anexo II e delimitado no Belém e todos os elementos que neles se
Plano Diretor do Município de Belém (Lei encontram ficam sob a guarda e proteção
n° 7.603 de 13/01/1993). (REDAÇÃO do poder municipal, de acordo com o que
ORIGINAL). estabelece o artigo 180 (cento e oitenta)
Art. 48. O Conselho do Patrimônio da Constituição Federal.
Cultural apreciará os critérios e Parágrafo único. Todas as orlas marítimas
procedimentos complementares e ribeirinhas sejam de propriedade
necessários à regulamentação pública ou privada não podem ser
do Centro Histórico de Belém e de seu demolidas, destruídas, mutiladas,
entorno, formulados pela FUMBEL - modificadas ou restauradas sem prévia
Fundação Cultural do Município de Belém. autorização da Fundação Cultural do
Art. 49. Passam a vigorar para o Centro Município de Belém.
Histórico de Belém e para o seu entorno a Art. 54. Fica criado o Fundo Municipal de
definição da delimitação de uso Preservação, destinado à conservação do
constantes do Anexo V. Patrimônio Cultural do Município de
Art. 50. Os gabaritos máximos admitidos Belém.
para as edificações situadas no Centro Parágrafo único. O Fundo Municipal de
Histórico de Belém e na área de entorno Preservação será constituído pelo produto
do Centro Histórico de Belém, estão de multas resultantes da aplicação desta
definidos no Anexo VI e Via. Lei, bem como por dotação orçamentaria,
§ 1°. A altura máxima ser medida a partir doações e contribuições de entes Públicos
do nível médio do meio-fio. ou particulares.
§ 2°. Serão admitidos volumes Art. 55. O Poder Executivo regulamentar
necessários como caixa d' água e casa de esta Lei, bem como os procedimentos
máquinas, com alturas superiores às necessários à implementação do Fundo
alturas definidas nesta Lei, desde que Municipal de Preservação no prazo de 120
estejam afastadas no mínimo 3,0m (três (cento e vinte) dias, contados da
metros) em relação às fachadas principais publicação desta Lei.
dos imóveis voltados para os logradouros Art. 56. Revogam-se as disposições em
Públicos. contrário, e em especial a Lei 7.498, de
18 de outubro de 1990.

41
Art. 57. Esta Lei entra em vigor na data prolongamento da Avenida Marechal
de sua publicação. Hermes; dobra à direita e segue por esta
até o início da poligonal.
GABINETE DO PREFEITO
MUNICIPAL DE BELÉM, 18 de Anexo II – Delimitação da área de
maio de 1994 entorno do Centro Histórico de Belém
HÉLIO MOTA GUEIROS A área de entorno do Centro Histórico de
Prefeito Municipal de Belém Belém compreende a área envolvida pela
poligonal que tem início na interseção da
Relação dos Anexos: Avenida Marechal Hermes com a Travessa
Visconde de Souza Franco; segue por
Anexo I - Delimitação do Centro Histórico esta até Rua Boaventura da Silva; dobra
de Belém. à direita e segue por esta até na
Anexo II - Delimitação da área de entorno interseção com a Travessa Quintino
no Centro Histórico de Belém. Bocaiúva; dobra à esquerda e segue por
Anexo III e IV – Modelos urbanísticos do esta até sua interseção com a Avenida
Centro Histórico de Belém e de sua área Nazaré; dobra à direita e segue por esta
de entorno. até sua interseção com a Travessa Rui
Anexo V – Definição de delimitação das Barbosa; dobra à esquerda e segue por
zonas de uso do Centro histórico de esta até sua interseção com a Avenida
Belém e de sua área de entorno. Comandante Braz de Aguiar; dobra à
Anexo VI – Delimitação das zonas de uso direita e segue por esta até sua
e gabarito máximo admitido para interseção com a Travessa Benjamim
edificações situadas no Centro Histórico Constant; dobra à esquerda e segue por
de Belém na sua área de entorno. esta até sua interseção com a Avenida
Anexo VII – Imóveis tombados no Conselheiro Furtado; dobra à direita e
Município de Belém e nos seus Distritos. segue por esta até sua interseção com a
Praça Amazonas contorna a Praça,
Anexo I – Delimitação do Centro Histórico incluindo-a nos limites da poligonal até
de Belém. sua interseção com a Rua Arcipreste
O Centro Histórico de Belém, tombado Manoel Teodoro; dobra à esquerda e
pela Lei Orgânica, compreende, conforme segue por esta até sua interseção com a
a Lei de Desenvolvimento Urbano (Lei Rua Cesário Alvim, segue por esta até a
7.401, de 29 de janeiro de 1988), área Baía do Guajará, dobra à direita e segue,
envolvida pelo poligonal que tem início na continuando às margens da Baía do
interseção da Avenida Marechal Hermes Guajará até o ponto de coordenadas
com a Avenida Assis de Vasconcelos; 777.545mE e 9.838.245mN, nas margens
segue por esta até sua interseção com a da Baía do Guajará; dobra à direita e
Rua Gama Abreu; segue por esta até sua segue por uma reta imaginária até a
interseção com a Avenida Almirante Avenida Almirante Tamandaré; segue por
Tamandaré; segue por esta até o ponto esta até sua interseção com a Rua Gama
de coordenadas 777.54mE e Abreu; segue por esta até sua interseção
9.838.245mN, nas margens da Baía do com a Avenida Assis de Vasconcelos;
Guajará; dobra à direita e segue, segue por esta até sua interseção com a
continuando às margens da Baía do Avenida Marechal Hermes; dobra à direita
Guajará até o ponto de coordenadas e segue por até o início da poligonal.
778.940mE e 9.841.245mN, localizados
na foz do igarapé sem denominação; sobe
por este até sua interseção com o

42
Anexo III – Modelos urbanísticos do Rua Doutor Malcher; segue por esta até a
centro histórico de Belém e da sua área interseção com a Travessa Capitão Pedro
de entorno. Albuquerque; dobra à direita e segue por
esta até sua interseção com a Rua
Anexo IV – Modelos urbanísticos Rodrigues dos Santos; dobra à esquerda
do centro histórico de Belém e e segue por esta até a sua interseção com
de sua área de entorno. a Rua Major Joaquim Távora; dobra à
direita e segue por esta até a sua
Anexo V – Delimitação das zonas de uso interseção com a Avenida 16 de
do Centro Histórico de Belém e de sua Novembro; dobra à direita e segue por
área de entorno. esta até a sua interseção com a Avenida
Tamandaré; dobra à direita e segue por
A área do Centro Histórico de Belém está esta até o início da poligonal.
subdividida nas seguintes zonas de uso:
ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO –
ZONA HABITACIONAL – ZHZ ZCS – 1
A zona ZH2 compreende a área envolvida A zona ZCS-1 compreende a área
pela poligonal que tem início na envolvida pela poligonal que tem início na
interseção da Rua Doutor Malcher com a interseção da Avenida Assis de
Avenida Almirante Tamandaré; segue por Vasconcelos com a Rua Ó de Almeida;
esta (sempre considerando o lado direito) segue por esta (sempre considerando o
até a sua interseção a Rua Boaventura; lado direito) até sua interseção com a
dobra à direita e segue por esta até a sua Travessa Padre Eutíquio; dobra à direita e
interseção com a Passagem do Carmo; segue por esta até o ponto de
segue por esta, contornando o Conjunto coordenadas 778.250mE e 9.839.175mN;
do Carmo, até sua interseção com a dobra á esquerda e contorna a Praça
Travessa Dom Bosco; dobra à direita e Saldanha Marinho até o ponto de
segue por esta até sua interseção com a coordenadas 778.100mE e 9.838.905mN,
Rua Siqueira Mendes; dobra à esquerda e na Rua João Diogo, dobra à direita e
segue por esta até o ponto de segue por esta até a sua interseção com a
coordenadas 777.615mE e 9.839.050mN Avenida Portugal; dobra à direita e segue
na Praça Frei Caetano Brandão; dobra à por esta até as margens da baía do
direita e contorna a praça até a Guajará; dobra à direita e contorna as
interseção com a Rua Padre Champagnat; margens da Baía do Guajará até a
segue por esta até a sua interseção com a projeção da Rua Frutuoso Guimarães;
Avenida Portugal; dobra à direita e segue dobra à direita e segue por esta até a sua
por esta até a sua interseção com a interseção com a Avenida Boulevard
Travessa Major Joaquim Távora; dobra à Castilho França; dobra à esquerda e
direita e segue por esta até sua segue por esta até a sua interseção com a
interseção com a Travessa capitão Pedro Avenida Assis de Vasconcelos; dobra à
Albuquerque; dobra à direita e segue por direita e segue por esta até o início da
esta até a sua interseção com a Rua poligonal.
Doutor Malcher; dobra à esquerda e
segue por esta até o início da poligonal. ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO –
ZCS – 2A
SONA HABITACIONAL – H3 A zona ZCS-2A compreende a área
A zona ZH3 compreende a área limitada limitada pela poligonal que tem início na
pela poligonal que tem início na interseção da Avenida Assis de
interseção da Avenida Tamandaré com a Vasconcelos com a Avenida Nazaré;

43
segue por esta (sempre considerando o ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO –
lado direito), até a sua interseção com a ZCS-4
Rua Gama Abreu; segue por esta Avenida A zona ZCS-4 compreende a área
Nazaré; segue por esta (sempre envolvida pela poligonal que tem início na
considerando o lado direito), até interseção da Rua Boaventura com a
a sua interseção com a Rua Avenida Almirante Tamandaré; segue por
Gama Abreu; segue por esta até uma reta imaginária (sempre
a sua interseção com a considerando o lado direito) até o ponto
Travessa 1º de Março; dobra à direita e de coordenadas 777.545Me e
segue por esta até a sua interseção com a 9.838.755mN; dobra à direita e segue por
Avenida Assis de Vasconcelos; dobra à uma reta até o pondo de coordenadas
direita e segue por esta até o início da 777.545mE e 9.838.755mN, na Rua
poligonal. Siqueira Mendes; dobra à direita até o
ponto de interseção com a Passagem do
ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO – Carmo; dobra à esquerda e segue por
ZCS-2B esta até a sua interseção com a Rua São
A zona ZCS-2B compreende a área Boaventura, e segue por esta até o início
limitada pela poligonal que tem na da poligonal.
interseção da Avenida Almirante
Tamandaré com a Avenida 16 de ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO –
Novembro; segue por esta (sempre ZCS-5
considerando o lado direito) até a sua A zona ZCS-5 compreende a área
interseção com a Rua João Diogo; dobra à envolvida pela poligonal que tem início na
direita e segue por esta até a sua interseção da Avenida Portugal com a Rua
interseção com a Rua São Francisco; Padre Champagnat; segue por esta
dobra à esquerda e segue pela rua que (sempre considerando o lado direito) até
contorna a Praça Saldanha Marinho até a a sua interseção com a Rua Doutor
sua interseção com a Avenida Padre Malcher; dobra à direita e contorna a
Eutíquio; dobra à direita e segue por esta Praça Frei Caetano Brandão até o ponto
até a sua interseção com a Avenida de coordenadas 777.615mE e
Almirante Tamandaré; dobra à direita e 9.839.050mN, na Rua Siqueira Mendes;
segue por esta até o início da poligonal. dobra à esquerda e segue por esta até a
sua interseção com a Travessa Joaquim
ZONA DE COMÉRCIO E SERVIÇO – Távora; dobra à direita e segue por uma
ZCS-3 reta até o ponto de coordenadas
A zona ZCS-3 compreende a área limitada 777.485mE e 9.838.255mN, nas margens
pela poligonal que tem início no ponto de da Baía do Guajará até o ponto de
interseção da Rua Gama Abreu com a coordenadas 777.755mE e 9.839.330mN;
Avenida Padre Eutíquio; segue por esta dobra à direita e segue pela Avenida
(sempre considerando o lado direito) até Portugal até o início da poligonal.
o ponto de interseção com a Rua Ó de
Almeida; dobra à direita e segue por esta A Área de entorno do Centro Histórico de
até a sua interseção com a Rua 1º de Belém está subdividida nas seguintes
Março; dobra à direita, até a sua zonas de uso:
interseção com a Rua Gama Abreu; dobra
à direita e segue por esta até encontrar o ZONA DE USO MISTO – ZUM1AD
início da poligonal. A zona ZUM1AD compreende a área
envolvida pela poligonal que tem início na
interseção da Rua Gama Abreu com a

44
Travessa Padre Eutíquio; segue por esta interseção com a Avenida Assis de
(sempre considerando o lado direito) até Vasconcelos; dobra à esquerda e segue
sua interseção com a Rua Arcipreste por esta até a sua interseção com a
Manoel Teodoro; dobra à esquerda e Avenida Nazaré; dobra à direita e segue
segue por esta até a sua interseção com a por esta até a sua interseção com a Rua
Rua Gama Abreu e dobra à Arcipreste Manoel Teodoro; dobra à
esquerda e segue por esta até o esquerda e segue por esta até a sua
início da poligonal. interseção com a Travessa Padre
Eutíquio; dobra à esquerda e segue por
ZONA DE USO MISTO – ZUM1AC esta até a sua interseção com a Avenida
A zona ZIM1AC compreende a área Conselheiro Furtado; dobra à esquerda e
envolvida pela poligonal que tem início na segue por esta até a sua interseção com a
interseção da Travessa Visconde de Souza Travessa Benjamim Constant; dobra à
Franco com a Avenida Marechal Hermes; direita e segue por esta até a sua
segue por esta até a sua interseção com a interseção com a Avenida Comandante
Rua Aristides Lobo; dobra á esquerda e Braz de Aguiar; dobra à direita e segue
segue por esta até a sua interseção com a por esta até a sua interseção com a
Travessa Benjamim Constant; dobra à Travessa Rui Barbosa; dobra à esquerda
direita e segue por esta até a sua e segue por esta até a sua interseção com
interseção com a Rua Tiradentes; dobra à a Rua Boaventura da Silva; dobra à
esquerda e segue por esta até a sua direita e segue por esta até a sua
interseção com a Travessa Quintino interseção com a Travessa Visconde de
Bocaiúva; dobra à esquerda e segue por Souza Franco; dobra à esquerda e segue
esta até a sua interseção com a Rua 28 por esta até o início da poligonal.
de Setembro; dobra à direita e segue por
esta até a sua interseção com a Travessa ZONA HABITACIONAL – ZH4AG
Visconde de Souza Franco; dobra à A zona ZH4AG compreende a área
esquerda e segue por esta até o início da envolvida pela poligonal que tem início na
poligonal. interseção da Avenida Almirante
Tamandaré com a Avenida 16 de
ZONA DE USO MISTO – ZUM1AE Novembro; segue por esta (sempre
A zona ZUM1AE compreende a área considerando o lado direito) até sua
limitada pela poligonal que tem início na interseção com a Praça Amazonas,
interseção da Travessa Visconde de Souza contorna pelas ruas sem nome que
Franco com a Rua 28 de Setembro; segue circundam o Presídio São José até sua
por esta (sempre considerando o lado interseção com a Rua Arcipreste Manoel
esquerdo) até a sua interseção com a Teodoro; dobra à esquerda e segue por
Travessa Quintino Bocaiúva; dobra à esta até a sua interseção com a Rua
esquerda e segue por esta até a sua Cesário Alvim; segue por esta até o ponto
interseção com a Rua Tiradentes; dobra à de coordenadas 777.900mE e
direita e segue por esta até a sua 9.837.450mN; dobra à direita e contorna
interseção com a Travessa Benjamim as margens da Baía do Guajará até a
Constant; dobra à direita e segue por Avenida Almirante Tamandaré; dobra à
esta até a sua interseção com a Rua direita e segue por esta até o início da
Aristides Lobo; dobra à esquerda e segue poligonal.
por esta até a sua interseção com a
Avenida Assis de Vasconcelos; dobra à ZONA HABITACIONAL – ZH6AE
esquerda e segue por esta até dobra à A zona H6AE compreende a área limitada
esquerda e segue por esta até a sua pela poligonal que tem início na

45
interseção da Avenida Almirante Conselheiro Furtado; dobra à
Tamandaré com a Avenida 16 de direita e segue por esta até a sua
Novembro; segue por esta até a sua interseção com a Travessa Padre
interseção com a Rua Arcipreste Manoel Eutíquio; dobra à esquerda e segue por
Teodoro; dobra à direita e segue por esta esta até a Avenida Almirante Tamandaré;
até a sua interseção com as Ruas sem dobra à esquerda e segue por esta até o
nome que contornam o Presídio início da poligonal.
São José; dobra à esquerda e
contorna o Presídio São José até [1]
a sua interseção com a Avenida [2]

46
LEI Nº 7.862 DE 30 DE DEZEMBRO DE 1997
COMÉRCIO AMBULANTE

TÍTULO I – DA CARACTERIZAÇÃO DO COMÉRCIO INFORMAL EM LOGRADOURO PÚBLICO.

CAPÍTULO I – DA CONCEITUAÇÃO (art. 1 - 3)

TÍTULO II – DA LICENÇA PARA O COMÉRCIO INFORMAL EM LOGRADOURO PÚBLICO (art. 4)

CAPÍTULO I – DO REQUERIMENTO (art. 5 - 7)

CAPÍTULO II – DA PERMISSÃO (art. 8 - 13)

CAPÍTULO III – DA TRANSFERÊNCIA DO TERMO DE PERMISSÃO (art. 14 - 16)

TÍTULO IV – DOS MODELOS E RESPECTIVAS FINALIDADES (art. 17)

CAPÍTULO II – DO COMÉRCIO EXERCIDO EM CARROS DE LANCHES FIXOS E ITINERANTES (art. 18 - 20)

CAPÍTULO III – DA DISTRIBUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO (art. 21 - 25)

TÍTULO V – DAS RESPONSABILIDADES DO PERMISSIONÁRIO (art. 26 - 27)

CAPÍTULO VI – DAS PROIBIÇÕES (art. 28)

TÍTULO VII – DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I – DOS TIPOS DE PENALIDADES (art. 29 - 30)

CAPÍTULO II – DA MULTA (art. 31 - 33)

CAPÍTULO III – DA APREENSÃO DE EQUIPAMENTOS E MERCADORIAS (art. 34 - 36)

CAPÍTULO IV – DA SUSPENSÃO DA ATIVIDADE (art. 37 - 38)

CAPÍTULO V – DA REVOGAÇÃO DA PERMISSÃO (art. 39)

TÍTULO VIII – DA TRIBUTAÇÃO (art. 40)

TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS (art. 41)

47
LEI Nº 7.862 DE 30 DE DEZEMBRO DE XVI - flores e velas;
1997. XVII - fichas telefônicas;
XVIII- carnês de sorteio e loteria;
XIX - lustrações e consertos de calçados;
DISPÕE SOBRE O COMÉRCIO AMBULANTE XX - conserto de relógios e afins;
EM BELÉM E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. XXI - confecções de chaves;
XXII - artigos de correspondência
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui XXIII - serviços fotográficos;
e eu sanciono a seguinte Lei: XXIV - comidas típicas regionais;
XXV - demais atividades congêneres ou
TÍTULO I - DA CARACTERIZAÇÃO DO assemelhadas, devidamente registradas
COMÉRCIO INFORMAL na SECON.
EM LOGRADOURO PÚBLICO Art. 3º Equiparam-se, para os efeitos
CAPÍTULO I - DA CONCEITUAÇÃO desta Lei, os expositores e os vendedores
de trabalhos artísticos, educativos, e
Art. 1º Considera - se comércio informal culturais, artesãos, inclusive os das feiras
em logradouro público toda atividade do artesanato e feiras especiais.
comercial ou prestação de serviços
realizados diretamente ao consumidor, de TÍTULO II - DA LICENÇA PARA O
caráter permanente ou eventual, exercida COMÉRCIO INFORMAL EM
do maneira fixa, itinerante ou LOGRADOURO PÚBLICO
estacionária, em vias ou logradouros
públicos. Art. 4º A Secretaria Municipal de
Parágrafo único. Fica a Secretaria de Economia - SECON será responsável pelo
Economia autorizada a fazer planejamento, coordenação, controle e
levantamento sócio-econômico junto aos fiscalização das atividades de comércio
permissionários. informal em logradouro público.
Art. 2º Para efeito do disposto nesta Lei,
são consideradas atividades de comércio CAPÍTULO I - DO REQUERIMENTO
informal em logradouros públicos e
prestação de serviços ambulantes, as que Art. 5º A pessoa interessada em exercer
se referem ao seguinte: atividades do comércio informal em
I - cigarros e guloseimas em geral; logradouro público devo requerer
II - confecções em geral; correspondente Termo de Permissão,
III - bijuterias , miudezas, brinquedos; junto à SECON, mediante preenchimento
IV - discos e fitas cassetes usados; de formulário próprio e fornecimento dos
V – sucatas de aparelhos domésticos seguintes documentos.
(VETADO) I - fotocópia da Cédula de Identidade;
VI - lanches rápidos ; II - fotocópia do CIC/CPF;
VII - jornais e revistas; III - fotocópia da Carteira do Manipulador
VIII - livros usados e material escolar; de Alimentos ou Carteira de Saúde;
IX - sorvetes, picolés, pipocas, sucos, IV - croqui do local a ser ocupado durante
água mineral, refrigerante e raspa; o exercício da atividade;
X - calçados, bolsas, cintos e similares; V - comprovante de pagamento da taxa
XI- produtos regionais e sazonais; de expediente;
XII - ervas medicinais e temperos secos; VI - modelo e medidas do equipamento o
XIII – batata frita e churrasco (VETADO); ser utilizado;
XIV - frutas em geral; VII - duas fotografias de tamanho 3x4;
XV - milho verde;

48
VIII - comprovante de endereço permissionário qualquer forma de
residencial; exclusividade ou direito de retenção sobre
IX - prova de ter sido o equipamento ou a área de instalação do equipamento.
unidade vistoriado pelo órgão sanitário Art. 9º O Termo de Permissão terá
competente do Município, em nome do validade de um ano a contar da data de
requerente, quando se tratar de comércio sua expedição, podendo ser renovado por
de gêneros alimentícios. iguais e sucessivos períodos, a critério da
X - declaração, com firma reconhecida, de Administração Pública Municipal mediante
que não possui renda mensal regular, requerimento do interessado, que deverá
decorrentes de vínculo empregatício com ser entregue no protocolo da SECON, no
pessoa jurídica pública ou privada, ou penúltimo mês de validade do Termo
exerce atividades econômicas geradores expirante.
do ronda regular. § 1º. A renovação prevista neste artigo
§ 1º. Os atuais permissionários deverão, poderá ser outorgada se o permissionário
para efeito de regulamentação da rua estiver em débito, decorrente das
situação, obedecer as exigências contidas disposições destra Lei.
no caput deste artigo. § 2º A SECON terá o prazo máximo de
§ 2º. O permissionário tem direito a um sessenta dias para resolver sobre a
auxiliar, que será o seu substituto, em renovação do Termo de Permissão, sob
situações eventuais, cuja identificação pena de se considerar automaticamente
deverá ser informada à SECON, desde o renovado.
momento em que for admitido. § 3º O Município constituirá, no prazo
Art. 6º Deferido o pedido, o interessado máximo de sessenta dias da promulgação
terá prazo de trinta dias para recebimento desta Lei, uma Comissão Paritária entre o
do Termo de Permissão, junto à SECON, Poder Público e a Sociedade Civil,
mediante comprovação de pagamento do representativa dos diversos segmentos,
preço público correspondente às com direito a acompanhar todos os
características do equipamento, local de processos pertinentes à atividade do
instalação e tipo de comércio ou serviços, comércio informal em logradouro público.
objeto da permissão. Art. 10. Não haverá renovação quando o
Art. 7º Em caso de indeferimento do permissionário infringir dispositivos
pedido referido no artigo anterior, o específicos desta Lei, ou por interesse
interessado poderá encaminhar pedido de público superveniente.
reconsideração da SECON no prazo de 05 Parágrafo único. Em qualquer das
(cinco) dias úteis a contar da data em que hipóteses mencionadas no caput deste
oficialmente tornar conhecimento da artigo, o permissionário não tem direito a
referida decisão. qualquer tipo de indenização por parte da
Administração Municipal.
CAPITULO II - DA PERMISSÃO Art. 11. A Secretaria Municipal de
Economia - SECON outorgará apenas um
Art. 8º O exercício da atividade de Termo de Permissão por interessado com
comércio informal em logradouro público requerimento deferido.
dependerá de Termo de Permissão a título Art. 12. Por ocasião da outorga da licença
precário unilateral, oneroso e “intuito para exercer atividades de comércio
personae” a ser outorgado por ato do informal em logradouro público e desde
Secretário Municipal de Economia. que os equipamentos usados sejam
Parágrafo único. A outorga do Termo de fornecidos pelo Município, o
Permissão não gera privilégio de qualquer permissionário firmará um Termo de
natureza, nem assegura ao

49
Responsabilidade, comprometendo - se a disposições contidas neste Título, será
mantê-los em perfeitas condições de uso, calculado levando em conta o tipo de
desde seu recebimento até a sua equipamento a ser utilizado e sua
devolução, sob pena de indenização por localização, na forma especificada na
dano a bem público. legislação vigente.
Art. 13. A Secretaria Municipal de Art. 16. O valor do preço público de que
Economia - SECON outorgará, no trata o artigo anterior terá como
máximo, dois Termos de Permissão por referencia a UFIR e será pago anualmente
unidade familiar, que resida sob o mesmo à Secretaria Municipal de Finanças ou
teto, salvo, se for comprovado que o através do Documento de Arrecadação
interessado passou a integrar ou Municipal - DAM, emitido pela Secretaria
constituir novo grupo familiar (VETADO). Municipal de Economia.
Parágrafo único. O disposto neste artigo
não se aplica aos permissionários em TÍTULO IV - DOS MODELOS E
relação aos casos comprovadamente RESPECTIVAS FINALIDADES
existentes até a data de publicação desta
Lei, cuja validade se esgota na renovação Art. 17. Nas atividades de comércio
do Termo de Permissão (VETADO). informal em logradouro público serão
utilizados apenas equipamentos de
CAPÍTULO III - DA TRANSFERÊNCIA modelos padronizados pela SECON, com
DO TERMO DE PERMISSÃO especificações adequadas aos tipos de
comércio ou serviço, conforme
Art. 14. A transferência da titularidade do discriminação a seguir:
termo de permissão requer a expressa I- banca de jornais e revistas;
solicitação do permissionário e somente a) mercadorias principais: jornais,
terá eficácia mediante autorização da revistas, pôsteres, folhetos, cartões -
Secretaria Municipal de Economia. postais, guias turísticos, figurinhas,
(VETADO) adesivos, almanaques, opúsculos de lei e
§ lº. O direito de transferência de que decretos e outros periódicos;
trata o “caput” deste artigo poderá ser b) mercadorias secundárias: cigarros,
concedido excepcionalmente ao fichas te1efônicas, selos, envelopes,
permissionário por incapacitação física canetas, lápis, filmes fotográficos, pilhas
adquirida ou em razão de caso fortuito ou elétricas, isqueiros, fósforos.
força maior, antes de decorrido o período II - banca estacionária: doces e bombons,
de 2 (dois) anos. (VETADO) cigarros, ferragens, produtos regionais,
§ 2°. A transferência da permissão consertos de relógios, confecção de
prevista neste artigo não poderá ser chaves e afins;
outorgada se o permissionário estiver em III- caixotes: serviços de conserto e
débito decorrente das disposições desta lustração de calçados;
Lei. (VETADO) IV - carrinho: picolés, raspa - raspa,
§ 3°. Poderá ocorrer transferência do pipoca, água de coco verde, sorvete e
Termo de Permissão por sucessão causa milho verde cozido;
mortis, conforme legislação pertinente em V - carro-lanche: lanches rápidos (bolos,
vigor, desde que solicitada à Secretaria refrigerantes, sucos, salgados e doces);
Municipal de Economia no prazo de 90 VI- carro de cachorro-quente: lanches
(noventa) dias, pena de revogação rápidos (sanduíches);
automática do referido Termo (VETADO) VII- tabuleiros itinerantes: miudezas em
Art. 15. O Preço público a ser pago pelos geral, café, cigarro e água;
permissionários. em cumprimento às

50
VIII - carro de comidas típicas: comidas noventa dias, sob pena de cancelamento
típicas; da autorização.
IX - trailler e similares: lanches rápidos; Art. 20. Considera-se comércio itinerante
X - barraca desmontável: confecções em aquele que fica em constante circulação,
geral, bijuterias, miudezas, variedades, como:
brinquedos, artesanatos, calçados, bolsas, I- carros de sorvetes e picolés;
cintos, e similares, frutas em geral; II - carros de “hot-dog”,
XI - bancada desmontável: flores e velas; III - carros de pipoca;
XII – carro para venda de batata frita e IV - outros assemelhados.
churros (VETADO) Parágrafo único. No caso de eventos
XIII – carro de hot – dog; públicos será permitido, por no máximo
XIV – bancada removível: para exposição duas horas, estacionamento destes
e venda de calçados; equipamentos em vias o logradouros
XV – equipamento de serviços públicos, desde que não seja prejudicada
fotográficos. a circulação de pedestres.
Parágrafo único. Os equipamentos
especificados no caput deste artigo terão CAPÍTULO III - DA DISTRIBUIÇÃO,
suas especificações técnicas definidas LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
pela SECON.
Art. 21. No processo de distribuição e
CAPÍTULO II - DO COMÉRCIO localização de equipamentos destinados
EXERCIDO EM CARROS DE LANCHES ao exercício da atividade de comércio
FIXOS E ITINERANTES informal de logradouro público, a SECON
observará diretrizes os critérios que
Art. 18. O estabelecimento de carros fixos segurem perfeitas condições de tráfego
para comercialização de lanches será dos veículos automotores e da circulação
permitida apenas em área particular e em e segurança dos pedestres, assim como
conjuntos habitacionais. de conservação e preservação
Art. 19. Nos carros de lanches poderá ser paisagística dos logradouros públicos e
permitida a colocação de toldo, sendo que das áreas que compõem o patrimônio
o balanço do mesmo não poderá ser artístico-histórico-cultural da cidade.
superior a dois metros e meio, contados a Art. 22. Ressalvados os casos já
partir do corpo do carro. existentes de permissionários licenciados
§ 1º. Nas laterais dos carros de lanches, e levantados pela SECON até 30 de
em área limitada pelo comprimento do janeiro de 1997, ficam vetadas atividades
carro e largura de dois metros e meio, de comércio informal em logradouros
contados de suas laterais, poderá ser públicos nos seguintes locais: (VETADO)
permitida a colocação de cadeiras, I – Rua João Alfredo;
mediante requerimento dos interessados II – Rua Santo Antônio;
(VETADO). III – Avenida Presidente Vargas;
§ 2 °. Será permitida a veiculação de IV – Avenida Portugal;
mensagens publicitárias nos carros de V – Avenida Boulevard Castilho França;
lanches e módulos , independente da VI – Avenida Brás de Aguiar;
mesma anunciar marcas de produtos, à VII – Avenida Nazaré;
venda ou não, no veículo mediante VIII – em frente às portas de edifícios,
autorização da SECON. repartições públicas, quartéis, hospitais,
§ 3°. Necessitando de reparos gerais, os templos e outros inconvenientes ao
trailles poderão ser retirados do exercício das atividades de comércio
estacionamento, retornando em até informal em logradouro público;

51
IX – em uma distância inferior a 5 II - manter o equipamento em
(cinco) metros das esquinas e dos abrigos funcionamento diário, permanecendo na
de passageiros de transporte coletivo, em direção do mesmo por um período
calçadas iguais ou inferiores a 2 (dois) mínimo de seis horas, excetuando-se os
metros de largura. casos de motivo de força maior
Art. 23. Nas ruas e avenidas, o número devidamente justificado perante a
de bancas destinadas à venda de jornais fiscalização da SECON;
e revistas será determinado de forma a III - manter o equipamento em perfeito
assegurar espaço à circulação de estado de conservação e higiene,
pedestre, sendo que a distância mínima providenciando, por sua conta e risco, os
entre elas será: consertos que se fizerem necessários;
I - de cinquenta metros, em áreas com IV - fixar seu equipamento ou usar em
elevada concentração comercial; lugar visível ou correspondente Termo de
II - de cento e cinquenta metros em Permissão, crachá de identificação do
áreas com baixa concentração comercial. permissionário e do substituto eventual, e
Parágrafo único. O disposto neste artigo o comprovante de pagamento das taxas
não se aplica às bancas de jornais e de licença, todos fornecidos pelo órgão
revistas já existentes na data de competente, devidamente atualizados;
publicação desta Lei (VETADO). V - usar de urbanidade o respeito para
Art. 24. A mudança de localização das com os companheiros de trabalho e
atividades de comércio informal em usuários;
logradouros público ou a substituição do VI - utilizar recipiente apropriado para
modelo de equipamento somente poderão lixo e detritos;
ocorrer mediante prévia autorização da VII - conservar a padronização do
Secretaria Municipal de Economia. equipamento e pintá-lo sempre que
Art. 25. O equipamento utilizado na necessário ou intimado para tal;
atividade de comércio exercido de forma VIII - comparecer à SECON sempre que
estacionária ou itinerante não poderá solicitado;
pernoitar no local de sua instalação, IX - solicitar prévia autorização à SECON,
sendo obrigatório seu recolhimento diário. sempre que necessitar suspender o
exercício da atividade por período
TÍTULO V - DAS superior a trinta dias úteis;
RESPONSABILIDADES DO X - utilizar pinças de manuseio de
PERMISSIONÁRIO alimentos para os que não possuam
invólucro próprio;
Art. 26. Toda e qualquer serviço ou XI - manter os produtos alimentícios em
atividade inerente ao exercício do perfeitas condições de higiene,
comércio informal em logradouro público devidamente protegidos de insetos e
será praticado em nome do impurezas;
permissionário e por sua conta e risco, XII - empregar instrumentos de pesos o
sem prejuízo da observância da legislação medidas adotados pela legislação vigente,
vigente. quando o seu comércio deles necessitar;
Art. 27. São deveres do permissionário: XIII - no comércio de produtos
I - providenciar a aquisição ou fabricação alimentícios, utilizar apenas copos o
do equipamento objeto da atividade, nos talheres descartáveis;
modelos o especificações definidos de XIV - portar carteira de manipulador de
conformidade com os tipos produtos ou alimentos, quando comercializar produtos
serviços a serem comercializados; alimentícios;

52
XV - indicar à SECON o seu substituto devidamente comprovados pela
eventual; fiscalização da SECON;
XVI - usar sapatos, vestimenta e gorro XIV - instalar seu equipamento fora do
limpos e bem asseados; horário estabelecido pela SECON;
XVII - manter à disposição dos órgãos de XV - comercializar carnes, peixes,
fiscalização nas notas fiscais mariscos, bebidas alcóolicas, armas e
comprobatórias da origem das munições de qualquer espécie, explosivos
mercadorias, quando couber, sob pena do corrosivos ou produtos de fácil
serem apreendidas as de origem obscura. combustão, pássaros e outros animais,
vedada também e exploração de seus
CAPITULO VI - DAS PROIBIÇÕES instintos e habilidades sob qualquer
forma;
Art. 28. É vedado ao permissionário: XVI - instalar barracas fixas e similares
I - modificar a localização do em desacordo com essa Lei.
equipamento, sem a prévia autorização
da SECON; TÍTULO VII - DAS PENALIDADES
II - fazer uso de muros, passeios, CAPÍTULO I - DO S TIPO S DE
árvores, postes, banco, caixotes, tábuas, PENALIDADES
encerados ou toldos, com o propósito de
ampliar os limites do equipamento e que Art. 29. Nos casos de autuação por
venham a alterar sua padronização; infração a dispositivos desta Lei, serão
III - apregoar suas atividades através de aplicadas penalidades pecuniárias ou
quaisquer meios de divulgação sonora; administrativas, isoladas ou cumulativas,
IV - efetuar escavações nas vias e de acordo com a natureza e gravidade
logradouros públicos; das respectivas ocorrência.
V - expor mercadorias ou volumes além Art. 30. As penalidades previstas nesta
do limite ou capacidade do equipamento; Lei serão aplicadas de acordo com as
VI - utilizar equipamento sem a devida disposições dos artigos 193 e 194 da Lei
permissão ou modificar as condições de Nº 7.055, de 30.12.1977, que aprovou o
uso determinado para tal; Código Posturas do Município de Belém,
VII - distribuir, trocar ou expor compreendendo:
mercadorias que não se enquadrem no I - multa;
objeto principal do seu comércio, na II – suspensão da atividade
forma prevista nesta Lei; III - apreensão de equipamentos e
VIII - perturbar a ordem pública; mercadorias;
IX - passar a direção do negócio a IV - revogação do Termo de Permissão.
substituto não cadastrado junto à SECON;
X - impedir ou dificultar o livre trânsito de CAPÍTULO II - DA MULTA
veículos e pedestres nas vias ou
logradouros públicos; Art. 31. A multa será aplicada sempre que
XI - jogar lixo ou detritos, provenientes o permissionário infringir qualquer dos
de seu comércio, ou de outra origem nas dispositivos relacionados nos artigos 27 e
vias o logradouros públicos; 28 desta Lei.
XII - expor e vender produtos sem Art. 32. Os valores correspondentes às
condições de consumo; multas que vierem a serem aplicadas pela
XIII - deixar a direção do seu negócio por SECON serão calculados com base na
tempo superior a duas horas diárias, UFIR e deverão ser pagos à Secretaria
excetuando-se os casos de força maior, Municipal de Finanças - SEFIN, após a
decisão do órgão competente.

53
§1º. O autuado terá prazo de dez dias, a § 4º. Quando não houver reclamação pelo
contar da data do recebimento, ou permissionário dos bons apreendidos, até
comunicação, do auto de infração, para o prazo de trinta dias, os mesmos serão
apresentar a defesa escrita junto a levados a leilão ou doados na forma da
SECON. Lei.
§2º. Da decisão do Diretor da SECON Art. 35. Do auto de apreensão constarão,
caberá recurso ao Secretário Municipal de obrigatoriamente:
Economia. I - nome completo, endereço e identidade
Art. 33. Decorrido o prazo definido no § do infrator;
1º do artigo anterior, sem que o autuado II - especificação do equipamento ou
tenha apresentado sua defesa, poderá mercadoria e estado em que se
apresentar recurso ao Secretário encontram
Municipal de Economia, nas condições III - data e local da apreensão;
previstas no Código de Posturas do IV - prazo da retirada do equipamento ou
Município do Belém. mercadorias apreendidas;
V - indicação do artigo infringido;
CAPÍTULO III - DA APREENSÃO DE VI - identificação do responsável pela
EQUIPAMENTOS E DE MERCADORIAS lavratura do auto;
VII - a assinatura do infrator, e no caso
Art. 34. A apreensão de equipamentos e do recusa, a de duas testemunhas
mercadorias pela SECON deverá ser feita idôneas, nos termos da Lei Civil.
mediante o respectivo auto de apreensão Parágrafo único. Obrigatoriamente e após
e ocorrerá nos seguintes casos: identificação, no ato da apreensão, o
I - comercialização de qualquer produto fiscal deverá fazer “in loco” a relação das
ou serviço nos locais vedados nos artigos mercadorias apreendidas, que ao final
22 e 23 desta Lei; deverá ser assinada pelo proprietário da
II - exercício ilícito do comércio e referida mercadoria e pelo fiscal
transgressão às normas de higiene responsável pela apreensão.
pública. Art. 36. Após a execução do auto de
§ 1º. Os produtos perecíveis apreendidos apreensão de mercadorias não perecíveis
na conformidade dos incisos I e II serão ou equipamentos, a devolução dos
imediatamente entregues a instituições pertences do permissionário somente
filantrópicas mediante Termo de poderá ocorrer mediante comprovação do
Recebimento. pagamento da multa correspondente e
§ 2º. As mercadorias não perecíveis o os eventuais taxas.
equipamentos serão recolhidos ao Parágrafo único. Em caso de avarias ou
depósito até que sejam compridas, pelo perdas de equipamentos ocorridos no
infrator, as exigências legais depósito da SECON, ou enquanto estiver
regulamentares, tendo a SECON que sob sua responsabilidade, a
proceder a sua devolução, no prazo de Administração Pública responderá
três dias úteis. civilmente, ficando o responsável pelo
§ 3º. Quando a apreensão recair sobro dano sujeito às penalidades previstas na
produtos tóxicos e nocivos à saúde, ou legislação pertinente.
cuja venda for ilegal, a perda da
mercadoria será definitiva, devendo ser CAPITULO IV - DA SUSPENSÃO DA
remetida aos órgãos estaduais ou federais ATIVIDADE
competentes, com as indicações
necessárias. Art. 37. A suspensão da atividade será
aplicada pela SECON e cumulativamente

54
com outras penalidades, quando o Municipal § lº. No caso do início de
permissionário cometer uma das atividades, a taxa anual deverá ser paga
seguintes infrações: antecipadamente, e quando se tratar de
I - reincidir, na mesma infração, no renovação o pagamento deverá ser
período de noventa dias; realizado no mesmo período destinado ao
II - mudar a localização original do requerimento, conforme artigo 10, caput,
equipamento, sem prévia autorização da desta Lei.
SECON; §2º. Estão isentos da taxa:
III - usar equipamento em desacordo com I - os vendedores ambulantes que não
o modelo o especificações técnicas possuam equipamentos de exposição
previstas pela SECON; e/ou comercialização;
IV - descumprir as ordens emanadas das II - os deficientes físicos;
autoridades municipais competentes; III - as pessoas com idade superior a
V - apregoar suas atividades através de sessenta anos que comprovadamente não
qualquer meio de divulgação sonora possuam condições físicas para exercício
VI - efetuar alterações físicas nas vias e de outra atividade econômica, desde que
logradouros públicos, sem a devida requerido;
autorização de órgão competente; IV - os egressos do Sistema Penitenciário,
VII - expor ou vender produtos sem durante os dois primeiros anos.
condição de consumo.
Art. 38. A suspensão prevista no artigo TÍTULO IX - DAS DISPOSIÇÕES
anterior será por prazo variável entre um GERAIS E TRANSITÓRIAS
e cinco dias, a critério da SECON.
Art. 41. As bancas de jornais e revistas
CAPITULO V - DA REVOGAÇÃO DA instaladas em áreas de domínio privado,
PERMISSÃO para serem classificadas como tal, ficarão
sujeitas a todas as determinações desta
Art. 39. A revogação do Termo de Lei.
Permissão ocorrerá por ato do Secretário Art. 42. A Secretaria Municipal de
Municipal de Economia, nos seguintes Economia - SECON não outorgará Termo
casos: de Permissão para instalação de qualquer
I - reincidência em qualquer das equipamento do comércio ambulante em
infrações, previstas no art. 37 desta Lei; áreas integrantes de Parques Ecológicos o
II - pela não renovação da Permissão; de preservação paisagística.
III - quando houver transferência da Parágrafo único. Os permissionários cujos
Permissão sem autorização da SECON; equipamentos encontram-se instalados
IV - quando comprovada a situação do em desacordo com o disposto nesta Lei
vínculo empregatício ou funcional do terão prazo de 90 (noventa) dias, a
permissionário com pessoa pública ou contar da data de publicação da mesma,
privada; para requerer sua transferência sob pena
V - em virtude do interesse público. de revogação do respectivo Termo de
Permissão.
TÍTULO VIII - DA TRIBUTAÇÃO Art. 43. No caso da Administração Pública
Art. 40. As taxas devidas pelo uso de área adotar novo padrão de equipamentos,
pública, no exercício do comércio ou deverá respeitar os já existentes, que não
atividades profissionais ambulantes, bem poderão ser trocados até o limite de sua
como as devidas pelo uso de vida útil (VETADO).
equipamento público, serão cobradas de Art. 44. A qualquer tempo, sempre que o
acordo com a Legislação Tributária interesse público exigir, poderá a

55
Prefeitura, mediante notificação prévia Decretos que regulamentem esta
de 30 (trinta) dias, transferir a localização questão.
do equipamento permitido para atividade Art. 49. Esta Lei entra em vigor na data
de comércio ambulante ou revogar a de sua publicação, revogadas as
permissão outorgada. disposições em contrário.
Art. 45. A Secretaria Municipal de
Economia manterá rigorosa fiscalização GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL
com vistas ao atendimento das DE BELÉM,
disposições da Lei nº 7.055, de 30.12.77, em 30 de dezembro de 1997.
que aprovou o Código de Posturas do EDMIISON BRITO RODRIGUES
Município do Belém, bem como o Prefeito Municipal de Belém
estabelecido nesta Lei.
Art. 46. Aqueles permissionários que, na
data da vigência da Lei Orgânica, vinham
ocupando, sem título hábil, áreas ou
logradouros públicos permitidos para
comercialização de produtos pertinentes
às vias e logradouros públicos, deverão
requerer sua regularização no prazo
máximo de sessenta dias, a contar da
data de publicação desta sob pena de
remoção sumária.
Art. 47. Nos dias de festividades públicas
e eventos, o exercício do comércio
informal em logradouro público, nas áreas
circundantes ao local de realização
destes, poderá ser excepcionalmente
autorizado pelo Secretário Municipal de
Economia.
Art. 48. A utilização das vias públicas no
exercício do comércio informal, para
colocação de mesas e cadeiras,
dependerá de prévia autorização da
Secretaria Municipal do Economia
devendo o interessado formular o seu
pedido através de requerimento próprio,
o qual deve conter obrigatoriamente os
seguintes dados:
I - quantidade de mesas e cadeiras a
serem utilizados;
II - tipo e modelo das mesas e cadeiras a
serem utilizadas;
III - metragem da calçada e definição da
área a ser ocupada;
IV - horário pretendido para colocação e
retirada das mesas e cadeiras.
Parágrafo único. A colocação de mesas e
cadeiras deverá obedecer as Leis ou

56
LEI Nº 8.020 DE 30 DE JUNHO DE 2000.

LEI Nº 8.020 DE 30 DE JUNHO DE e outros segmentos contemplados na Lei.


2000. (Artigo 1º-A AC pela Lei nº 8.577, de
30/03/2007 (DOM nº 10.869, de
DISPÕE SOBRE O PRAZO MÁXIMO DE 02/04/2007).
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS QUE Art. 2º O não cumprimento das
UTILIZAM SERVIÇOS BANCÁRIOS EM disposições desta Lei sujeitará o infrator
GERAL. às seguintes punições:
I - advertência;
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM, estatui II - multa de duzentas UFIR' s (Unidades
e eu sanciono a seguinte Lei: Fiscais de Referência);
III - multa de quatrocentas UFIR's
Art. 1º Ficam as agências de todos os (Unidades Fiscais de Referência) até a
estabelecimentos de crédito integrantes quinta reincidência;
do Sistema Financeiro, no âmbito do IV - após a quinta reincidência a agência
Município de Belém, obrigadas a atender bancária terá o seu alvará de
os usuários que recorrem aos seus funcionamento suspenso.
serviços no prazo máximo de: (Artigo 1º Parágrafo único. As denúncias dos
com NR dada pela Lei nº 8.577, de munícipes devidamente comprovadas
30/03/2007 (DOM nº 10.869, de deverão se encaminhadas ao órgão
02/04/2007). municipal competente do Poder Executivo
I – até 20 (vinte) minutos em dias Municipal, encarregado de zelar pelo
normais; cumprimento desta Lei, concedendo
II – até 30 (trinta) minutos em vésperas direito de defesa do Banco (Parágrafo
ou após feriados prolongados. único acrescentado pela Lei nº 8.195, de
Art. 1º. Ficam as agências bancárias, no 16/12/2002, DOM nº 9858, de
âmbito do Município de Belém, obrigadas 30/12/2002).
a atender os usuários que recorrerem aos Art. 3º (VETADO).
seus serviços num prazo máximo de: Art. 4º Será obrigatória a afixação da
I - até vinte minutos em dias normais; presente lei, nas agências bancárias, em
II - até trinta minutos em vésperas ou local visível ao público.
após feriados prolongados; Parágrafo único. Que seja obrigado às
§ 1º. O tempo de atendimento referido agências bancárias fixarem a presente
nos incisos I e II, leva em consideração o Lei, em local visível, com o número do
fornecimento habitual dos serviços telefone do disk-denúncia para a
essenciais à manutenção do ritmo normal fiscalização. (Parágrafo único AC pela Lei
das atividades bancárias. nº 8.577, de 30/03/2007 (DOM nº
§ 2º. Excetuam-se dos incisos I e II deste 10.869, de 02/04/2007).
artigo, os recebimentos de salários em Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de
espécie, feitos por empresas, através dos sua publicação.
estabelecimentos alcançados pela Art. 6º Revogam-se as disposições em
presente Lei. (REDAÇÃO ORIGINAL). contrário.
Art. 1º-A Que seja acrescentado mais de GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL
um caixa no período de 25 a 10 do mês DE BELÉM, 30 de Junho de 2000.
subsequente nas agências bancárias para EDMILSON BRITO RODRIGUES
atender os idosos, grávidas e deficientes Prefeito Municipal de Belém

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LEI Nº 8.106 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2001
EXPLORAÇÃO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA AO AR LIVRE

CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I – DOS OBJETIVOS (art. 1)

SEÇÃO II – DOS CONCEITOS NORMATIVOS (art. 2 - 3)

SEÇÃO III – DAS NORMAS DE PROCEDIMENTOS (art. 4 - 12)

CAPÍTULO II – DO CENTRO HISTÓRICO (art. 13 - 15)

CAPÍTULO III – DO LICENCIAMENTO (art. 16 - 19)

CAPÍTULO IV – DO VALOR DA LICENÇA (art. 20)

CAPÍTULO V – DAS PROIBIÇÕES (art. 21 - 27)

CAPÍTULO VI – DOS RESPONSÁVEIS E PENALIDADES (art. 28 - 33)

CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS (art. 34)

ANEXOS

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LEI Nº 8.106 DE 28 DE DEZEMBRO DE como seus entornos e os espaços
2001. territoriais especialmente protegidos pelo
Plano Diretor do Município e demais leis
DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO DE que disponham sobre a preservação e
PUBLICIDADE E PROPAGANDA AO AR proteção do patrimônio histórico,
LIVRE NO MUNICÍPIO DE BELÉM E DÁ artístico, ambiental e cultural. (Parágrafo
OUTRAS PROVIDÊNCIAS. único com NR dada pela Lei nº 8.495, de
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM: 04/01/2006.)
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE Parágrafo único. São considerados
BELÉM estatui e eu sanciono a seguinte elementos significativos da paisagem do
lei: Município de Belém do Pará a orla do Rio
Guamá e da Baía do Guajará, os maciços
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES vegetais expressivos, os parques e seus
GERAIS entornos, as áreas funcionais de interesse
SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS cultural e paisagístico, os monumentos
públicos, as obras de arte, os prédios de
Art. 1º O ordenamento da veiculação de interesse sociocultural ou de adequação
propaganda ao ar livre no Município de volumétrica, os prédios tombados, bem
Belém visa à melhoria da qualidade de como seus entornos e os espaços
vida da população, com os seguintes territoriais especialmente protegidos pelas
objetivos: Leis n. 7.603, de 13 de janeiro de 1993, e
I – organizar, controlar e orientar o uso n. 7.709, de 18 de maio de 1994.
de propaganda ao ar livre de qualquer (REDAÇÃO ORIGINAL)
natureza, respeitando o interesse
coletivo, as necessidades de conforto SEÇÃO II - DOS CONCEITOS
ambiental, o interesse urbanístico e as NORMATIVOS
prerrogativas individuais;
II – garantir a segurança das edificações Art. 2º Para os efeitos desta lei,
e a integridade física e mental da classificam-se como equipamentos de
população; publicidade ao ar livre todos os elementos
III – garantir as condições de segurança, destinados aos anúncios móveis ou
fluidez e conforto no deslocamento de afixados nos logradouros públicos ou
veículos e pedestres; visíveis deste. (Caput do artigo 2º com
IV – garantir a proteção dos elementos NR dada pela Lei nº 8.495, de
significativos do patrimônio histórico, 04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad de
artístico, cultural e paisagístico do 04/01/2006.)
Município de Belém. Art. 2º Para os efeitos desta lei,
Parágrafo único. São considerados classificam-se como equipamentos de
elementos significativos da paisagem do publicidade ao ar livre todos os elementos
Município de Belém, principalmente, a destinados ao anúncio de comércio, de
orla do Rio Guamá e da Baía do Guajará, indústria e de serviço afixados nos
os maciços vegetais expressivos, os logradouros públicos ou visíveis destes.
parques e seus entornos, as áreas (REDAÇÃO ORIGINAL)
funcionais de interesse cultural e § 1º Qualquer inscrição de propaganda de
paisagístico, os monumentos públicos, as comércio, de serviço ou de indústria em
obras de arte, os prédios de interesse toldos, marquises, muros e paredes em
sociocultural ou de adequação geral será considerada, para os efeitos de
volumétrica, os prédios tombados, bem

59
licenciamento, como publicidade ao ar própria, localizado no interior do imóvel,
livre. destinado à veiculação de anúncios,
§ 2º Os relógios e termômetros instalados conforme ANEXO 2;
na cidade, quando dotados de anúncios V – PAINEL ELETRÔNICO: equipamento
de terceiros, classificar-se-ão como publicitário composto por expositor
equipamentos publicitários sujeitos eletrônico, montado em estrutura
também às regras para afixação de metálica, apresentando mensagens em
equipamentos urbanos em calçadas. movimento, localizado no interior do
§ 3º Excluem-se do disposto no caput as imóvel, destinado à veiculação de
placas não luminosas com até vinte anúncios, conforme demonstrado no
decímetros quadrados, fixadas nas ANEXO 2;
paredes externas dos imóveis, desde que VI – LETREIRO OU PLACA:
destinadas à identificação, limitadas a equipamento publicitário confeccionado
apenas uma unidade, e as placas e em materiais diversos, dotado ou não de
letreiros de identificação de lojas iluminação própria, FIXADO EM
paralelos à fachada da edificação, que FACHADAS ou colocado sobre estrutura
ocupem até trinta por cento da mesma. própria, NO INTERIOR DO IMÓVEL,
Art. 3º Ficam estabelecidas as seguintes identificando sua atividade, conforme
definições:
demonstrado nos ANEXO 3-A,
I – área do equipamento de divulgação: é
a soma das áreas de todas as superfícies ANEXO 3-B E ANEXO 3-C;
de exposição de anúncios presentes no VII – PLACA SINALIZADORA:
veículo de divulgação, podendo estar equipamento publicitário confeccionado
distribuídas em uma ou mais faces; em chapa metálica, fixado em logradouro
II – altura da edificação: é a distância público através de suporte metálico,
vertical medida da soleira até o ponto destinado à sinalização turística,
mais alto da cobertura da edificação, educativa ou indicação de localização de
exceto os volumes necessários como equipamentos especiais e de logradouros
caixa-d'água ou casa de máquinas, desde públicos, admitindo a aposição de placa
que afastadas, no mínimo, três metros publicitária nos termos de permissão da
dos limites da edificação; Prefeitura Municipal de Belém, conforme
III – OUTDOOR: equipamento demonstrado no ANEXO 4-A;
publicitário composto por painel rígido VIII – PLACA SINALIZADORA TIPO
para fixação de cartazes substituíveis, TOTEM: equipamento publicitário
dotado ou não de iluminação própria, confeccionado em chapa metálica, com
localizado no interior do imóvel, destinado base em concreto armado, fixado no
à veiculação de anúncios e serviços, passeio público, destinado à indicação de
conforme demonstrado no ANEXO 1; logradouros públicos, admitindo espaço
IV – PAINEL LUMINOSO (BACKLIGHT) publicitário, podendo ser utilizado
OU ILUMINADO (FRONTLIGHT), somente quando se tratar de projetos
PAINEL MULTIFACETADO (TRIEDRO) especiais, de uso coletivo, nos termos de
E SIMILARES: equipamentos permissão da Prefeitura Municipal de
publicitários compostos por painéis, Belém, conforme demonstrado no
geralmente confeccionados em vinil ANEXO 4-B;
impresso, montados em estruturas IX – PINTURA PUBLICITÁRIA: anúncio
metálicas, com iluminação embutida aplicado diretamente sobre muros,
(backlight) ou direcional (fronlight), paredes, fachadas, toldos de edificações e
podendo ter mensagens estáticas ou com na superfície externa das bancas de
movimento (triedo), fixados em coluna revista;

60
X – INFLÁVEL: equipamento publicitário com propriedades de escoamento das
confeccionado em material sintético, descargas elétricas de provável circulação
inflável, localizado em imóvel particular, em superfície de massa metálica.
para a divulgação de eventos, conforme § 2º Manter observância das Normas
demonstrado no ANEXO 5; Regulamentadoras (NR) SSMT/MTB “NR-
XI – FAIXA: equipamento publicitário 10 em 10.1.2: Nas instalações e serviços
confeccionado em tira horizontal de tecido em eletricidade, devem ser observadas no
ou material flexível, fixado nas laterais, projeto, execução, operação,
no interior do imóvel ou em logradouro manutenção, reforma e ampliação, as
público, destinado à veiculação de normas técnicas oficiais estabelecidas
eventos, conforme demonstrado no pelos órgãos competentes e, na falta
ANEXO 6; destas, as normas internacionais
XII – BANNER: equipamento publicitário vigentes.”
confeccionado em tira vertical de tecido § 3º Deverá ser preservada a observância
ou material flexível, fixado na da Lei n. 8.078/90 – Código de Defesa do
extremidade superior, no interior do Consumidor (CDC) “Art. 39 – VIII: É
imóvel ou em logradouro público, vedado ao fornecedor de produtos ou
destinado à veiculação de eventos, serviços, colocar no mercado de consumo
qualquer produto ou serviço em
conforme demonstrado no ANEXO 6;
desacordo com as normas expedidas
XIII – TOTEM: equipamento publicitário
pelos órgãos oficiais competentes ou, se
confeccionado em materiais diversos, com
normas específicas não existirem, pela
ou sem iluminação, fixado diretamente ao
Associação Brasileira de Normas Técnicas
solo ou sobre base própria, no interior do
ou outra entidade.”
imóvel, identificando sua atividade,
§ 4º Os equipamentos de publicidade que
conforme demonstrado no ANEXO 7; não tenham sido regulamentados por esta
XIV – EMPENA: equipamento publicitário lei ficarão sujeitos à análise específica dos
confeccionado em material flexível, órgãos competentes para sua instalação.
apoiado em estrutura metálica, com § 5° os equipamentos publicitários
iluminação própria, fixado na empena compostos de estrutura metálica, com ou
cega de edifícios e destinado à veiculação sem iluminação própria, afixados sobre as
de anúncios, conforme demonstrado no calçadas ou no interior de residências,
ANEXO 8; obrigatoriamente deverão dispor de
XV – RELÓGIO E TERMÔMETRO: aterramento, com a finalidade de eliminar
equipamento publicitário composto de descargas elétricas, obedecendo às
painel luminoso, com duas faces, em normas da Associação Brasileira de
geral montado sobre suporte metálico, no Normas Técnicas – ABNT.
logradouro público, com função de
informar o horário e alternadamente a SEÇÃO III - DAS NORMAS DE
temperatura do local, além de anunciar PROCEDIMENTOS
produtos e serviços, conforme
demonstrado no ANEXO 9; Art. 4º Os equipamentos de publicidade
XVI – TOPO: equipamento publicitário dos tipos outdoor, painel eletrônico,
confeccionado em material flexível, totem ou similares não poderão ocupar
apoiado em estrutura metálica, com ou vias e logradouros públicos nem se
sem iluminação e fixado no topo das projetar sobre os mesmos.
edificações; Parágrafo único. Os equipamentos a que
§ 1º Para os efeitos desta lei, classifica-se se referem o caput deste artigo, se não
como aterramento o dispositivo técnico estiverem veiculando publicidade,

61
com contrato em vigor, deverão ser I – a projeção não poderá ultrapassar
retirados ou mantidos com mensagens de dois metros do alinhamento, respeitado o
cunho educativo nos termos apresentados limite da calçada;
pela regulamentação desta Lei, no prazo II – altura mínima do solo à base inferior
de 72 (setenta e duas) horas, da vigência do equipamento igual a oito metros;
do contrato de veiculação ou da III – altura máxima do solo ao topo do
notificação pelo órgão municipal painel de vinte metros, salvo em áreas
competente. (Parágrafo único AC pela Lei com legislação específica;
nº 8.495, de 04/01/2006, DOM nº 10573, IV – a instalação do equipamento deve
2º cad de 04/01/2006.) observar as normas da ABNT para as
Art. 5º O equipamento do tipo outdoor redes primária e secundária de energia
deverá ter dimensões máximas de 9 elétrica.
(nove) metros de largura por 3 (três) § 2º O distanciamento entre os
metros de altura, inclusa a moldura, com equipamentos será de no mínimo cem
altura mínima do solo à base do painel metros de raio, não podendo ser
igual a 2,5 (dois metros e meio), e altura localizados a menos de quinze metros das
máxima do solo à extremidade superior esquinas.
do painel de 12 (doze) metros, conforme § 3º Será admitida a fixação de até dois
demonstrado no ANEXO 1. painéis sobre a mesma base de
§ 1º Quando o outdoor for instalado em sustentação.
fachadas de edificações, é permitida a Art. 7º O equipamento de publicidade do
projeção máxima de 30 (trinta) tipo letreiro ou placa deverá ter área
centímetros sem afixação no solo público. máxima de exposição com dois metros
§ 2º Deverá ser respeitado o quadrados, não podendo ter qualquer
distanciamento mínimo de 1 (um) metro apoio sobre o espaço público, conforme
entre um e outro outdoor, admitindo-se demonstrado nos Anexos 3-A, 3-B e 3-C.
conjuntos de até 5 (cinco) unidades, Parágrafo único. É admitida a projeção do
respeitando o distanciamento mínimo de equipamento sobre o passeio, observado
120 (cento e vinte) metros lineares entre o seguinte, conforme ANEXOS 3-A E
os diversos conjuntos, conforme ANEXO 3-B.
demonstrado no ANEXO 10. I – a projeção não pode ultrapassar um
§ 3º Nas ruas com largura inferior a 22 metro e cinquenta centímetros do
(vinte e dois) metros não é permitida a alinhamento;
afixação de outdoors confrontantes. II – a projeção deve estar afastada do
§ 4º O equipamento publicitário meio fio em no mínimo cinquenta
caracterizado como outdoor deverá ser centímetros;
instalado de forma que as superfícies se
configurem num mesmo plano, proibidas III – a altura mínima do solo à base
as superfícies curvas ou irregulares. inferior do equipamento é de dois metros
Art. 6º O equipamento de publicidade do e meio;
tipo painel luminoso (backlight) ou IV – a instalação do equipamento deve
iluminado (frontlight), painel eletrônico, observar as normas da ABNT para as
painel multifacetado (triedro) e similares redes primária e secundária de energia
terão área máxima de 40 (metros) elétrica.
quadrados, como demonstrado no Art. 8º O equipamento de publicidade do
ANEXO 2. tipo placa sinalizadora somente poderá
§ 1º É admitida a projeção dos ser instalado no passeio público
equipamentos sobre o passeio, observado obedecendo aos seguintes critérios,
o seguinte: ANEXO 4-A E ANEXO 4-B:

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I – aprovação pelo órgão municipal observadas as normas da ABNT para as
competente; redes primária e secundária de energia
II – não poderá gerar interferência no elétrica.
tráfego, seja ele de veículos ou § 4º O equipamento publicitário do tipo
pedestres; inflável poderá ser liberado para outros
III – localizar-se nas esquinas dos fins diferentes dos descritos no caput
passeios, quando utilizadas deste artigo, dependendo de parecer
especificamente para indicação de técnico dos órgãos competentes e
logradouros públicos, conforme observados os critérios desta lei.
ANEXO 4-A; § 5º Será permitido o uso de banners
IV – localizar-se na faixa do passeio mais para outros fins, diferentes dos descritos
próxima ao meio-fio, guardando no caput deste artigo, nas seguintes
afastamento da linha extrema deste de condições:
50 (cinquenta) centímetros; I – para anúncio de venda ou aluguel de
V – preservar a faixa destinada imóveis afixados na fachada ou no
preferencialmente ao deslocamento do interior do imóvel;
pedestre e dos portadores de deficiência II – para divulgação de promoções de
ou mobilidade reduzida. lojas, quando localizados no interior do
Art. 9º O uso de faixas, banners e imóvel.
infláveis será autorizado para anúncios Art. 10. O equipamento publicitário do
institucionais sem fins lucrativos, tipo totem deverá ter área máxima de
incluindo as associações civis, as oito metros quadrados, somadas todas as
associações comunitárias, sindicais, faces de exposição.
categorias profissionais e estudantis, em Art. 11. O equipamento publicitário do
locais previamente determinados pelo tipo empena deverá respeitar o
órgão competente, e em caráter distanciamento mínimo de quinhentos
transitório, a fim de divulgar a realização metros de raio de outro equipamento do
de eventos ou atividades peculiares, no mesmo tipo já existente.
âmbito de sua atuação. Art. 12. O equipamento publicitário do
§ 1º Os responsáveis pelas faixas, tipo relógio e termômetro deverá ter a
banners e infláveis poderão colocá-los no área total do painel não excedente, em
período máximo de cinco dias antes e cada face, a duzentos e quarenta
retirá-los até no máximo quarenta e oito centímetros quadrados, dos quais cento e
horas depois do evento ao qual se noventa centímetros quadrados
destina. destinados à propaganda.
§ 2º Durante o período de exposição, as § 1º A superfície das caixas dos relógios
faixas, banners e infláveis deverão ser não poderá ser inferior a um metro
mantidos em perfeitas condições de quadrado em cada face.
fixação e conservação, sendo § 2º O equipamento publicitário do tipo
expressamente vedada a fixação em relógio e termômetro deverá respeitar os
árvores e postes de distribuição de seguintes critérios para sua instalação,
energia elétrica e sinalização urbana, bem conforme ANEXO 9:
como nos elementos significativos da I – a largura máxima do equipamento não
paisagem de Belém, definidos no poderá exceder a um metro e vinte
parágrafo único do art. 1º desta lei. centímetros e altura máxima de dois
§ 3º O equipamento publicitário do tipo metros;
inflável, quando em forma de balão ou II – o bordo inferior do painel deverá ficar
similares, deverá ser fixado através de entre dois metros e cinquenta centímetros
tirantes à edificação ou ao solo, e dois metros e oitenta centímetros de

63
altura em relação ao piso. O bordo b) encaixe nos vãos das portas, faceando
superior deverá ficar na altura máxima de a parte inferior das vergas, sem projetar
cinco metros; além do alinhamento da fachada;
III – a ligação à rede elétrica deverá, c) altura livre mínima de dois metros e
obrigatoriamente, ser subterrânea; vinte centímetros do piso à face inferior
IV – só poderá ser fixado em praças e em do letreiro;
vias com canteiro central de largura igual d) dimensão máxima de cinquenta
ou superior a três metros; centímetros no sentido da altura;
V – quando localizado em praças, sua e) iluminação embutida quando se tratar
fixação deverá estar fora do passeio, no de letreiro confeccionado em acrílico ou
canteiro lateral a este, mantendo uma similar;
distância de 20 (vinte) centímetros em f) iluminação externa quando se tratar de
relação ao mesmo; letreiro confeccionado em outro material,
VI – deverão ser respeitados os seguintes permitida a colocação de um único spot
distanciamentos, tendo como referência o de no máximo cem watts para cada metro
eixo da coluna de sustentação: de comprimento ou fração de metro
a) cem metros de raio entre este superior a cinquenta centímetros;
elemento e outro equipamento II – letreiro perpendicular à fachada,
publicitário, salvo os indicadores de conforme demonstrado no ANEXO 12:
logradouros públicos; a) fixação no pavimento térreo, afastado
b) seiscentos metros de raio entre dois da fachada;
equipamentos do mesmo tipo; b) altura livre de dois metros e oitenta
c) cinco metros de raio entre este centímetros, respeitada a espessura
equipamento e os equipamentos urbanos máxima de vinte centímetros;
de orientação e sinalização; c) dimensão máxima de quarenta
d) quinze metros de outro elemento de centímetros quadrados, não podendo
grande porte (quiosques e cabinas); nenhuma dimensão ultrapassar oitenta
e) cinco metros do eixo de gola de centímetros, respeitada a espessura
árvores. máxima de vinte centímetros;
d) afastamento de no mínimo cinquenta
CAPÍTULO II - DO CENTRO centímetros do meio fio;
HISTÓRICO e) ausência de perfuração e encobrimento
de fachada revestida em azulejo, pedras
Art. 13. No Centro Histórico de Belém só de lioz ou mármore, bandeiras em ferro
será permitida a afixação de trabalhado e esquadrias originais em
equipamentos publicitários dos tipos madeira, podendo ser utilizada a borda
letreiro ou placa, pintura publicitária e frontal de marquise, toldo ou outro lugar
relógio e termômetro. que não danifique esses elementos;
Art. 14. O equipamento publicitário fixado f) iluminação embutida quando se tratar
no Centro Histórico de Belém não poderá de letreiro confeccionado em acrílico ou
encobrir total ou parcialmente os similar;
elementos decorativos das fachadas dos g) iluminação externa quando se tratar de
imóveis e deverá obedecer aos seguintes letreiro confeccionado em outro material,
parâmetros: permitida a colocação de um único spot
I – letreiro paralelo à fachada, conforme de no máximo cem watts para cada face;
demonstrado no ANEXO 11: h) permissão do uso de neon nas letras e
a) fixação no pavimento térreo; no emolduramento, sendo que neste,
apenas em duas linhas.

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III – pintura publicitária ou letreiro em deixando a FUMBEL de pronunciar-se no
relevo, conforme demonstrado no prazo de trinta dias, fica o interessado
ANEXO 13, DESENHO 1: previamente autorizado a instalar o
a) fim exclusivo de veiculação do nome equipamento.
do estabelecimento, vedada a aplicação
sobre a cantaria e azulejos e a CAPÍTULO III - DO LICENCIAMENTO
interceptação de elementos decorativos
da fachada; Art. 16. Nenhum equipamento publicitário
b) execução no térreo ou nos pavimentos poderá ser instalado, exposto ao público
superiores, desde que cada pavimento ou mudado de local sem prévia
comporte atividade comercial única e autorização da Secretaria Municipal de
distinta; Economia.
c) letras em relevo não superior a dois Parágrafo único. Estão excluídos do
centímetros; disposto no caput deste artigo os
d) letras pintadas diretamente sobre a equipamentos do tipo banner e faixa,
parede, em cor única, permitida a pintura quando utilizados apenas para divulgação
de frisos de no máximo 4 (quatro) de venda e aluguel de imóveis.
centímetros de largura e inadmitidas Art. 17. Os pedidos de licença para
pintura de fundo diferenciada da cor da publicidade ao ar livre serão previamente
fachada e utilização de tintas submetidos à aprovação da Secretaria
fosforescentes; Municipal de Economia e instruídos com
e) iluminação através de um spot de no os seguintes documentos:
máximo cem watts para cada metro de I – requerimento do interessado, com
comprimento ou fração de metro superior comprovante de pagamento da taxa de
a cinquenta centímetros. expediente;
IV – pintura em toldos e marquises, II – cópia do contrato social e suas
conforme demonstrado no ANEXO 13, alterações, da empresa exploradora do
equipamento (Inciso II com NR dada pela
DESENHO 2, admitida para publicidade
Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM nº
exclusiva do estabelecimento e execução
10.573, 2º cad. de 04/01/2006);
na barra inferior, paralela ao imóvel.
II – cópia do contrato social da empresa
Art. 15. O licenciamento para instalações
exploradora do equipamento; (REDAÇÃO
de equipamentos publicitários dentro do
ORIGINAL).
Centro Histórico de Belém e seu entorno
III – no caso de publicidade em imóvel de
dependerá de parecer da Fundação
terceiros, autorização constando, de
Cultural do Município de Belém – FUMBEL,
forma expressa, a permissão para o
fundamentada nesta lei e nas
acesso da fiscalização e o cumprimento
complementares em vigor.
das disposições legais pertinentes pelo
§ 1º O parecer a ser expedido pela
órgão competente, expedida (Inciso III
FUMBEL deverá respeitar o prazo de trinta
com NR dada pela Lei nº 8.495, de
dias, contados da data em que o
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de
interessado protocolar o pedido.
04/01/2006);
§ 2° A FUMBEL terá até no máximo cinco
a) pelo proprietário do imóvel;
dias úteis após a data de protocolo para
b) pelo condomínio ou associação,
pronunciar-se sobre o interesse das
quando em área comum;
demais instâncias, estadual e federal, no
c) pelo representante legal, em caso de
processo.
imóvel público ou institucional.
§ 3º De posse de autorização do órgão
III – autorização do proprietário, no caso
competente do Patrimônio Histórico, do
de publicidade em imóvel de terceiros,
Estado e da União, quando for o caso,

65
bem como autorização do condomínio ou respeitadas a inviolabilidade de domicílio
associação, caso seja instalado em área e a privacidade dos moradores.
comum, onde fique expressa a permissão § 4º. O licenciamento do equipamento
para o acesso da fiscalização do órgão publicitário não apenas se constitui em
público, prevista em contrato; (REDAÇÃO uma obrigatoriedade, como torna a
ORIGINAL). empresa proprietária do equipamento ou
IV – projeto do equipamento a ser o proprietário do imóvel responsável por
instalado, com indicação do tipo de quaisquer danos materiais e pessoais que
suporte e especificação dos tipos de porventura venha a causar em
materiais e cores a serem utilizados; decorrência de sua instalação e
V – croquis de localização, com indicação manutenção nos termos da lei.
exata do local e informações que § 5º. Todas as licenças vigorarão pelo
possibilitem a análise do pedido; prazo de 12 (doze) meses a contar da
VI – informações sobre o sistema de data expressa no termo de permissão,
iluminação, quando houver; salvo quando, ainda que licenciado o
VII – cópia da Taxa de Licença para local, seja este requerido pelo Poder
Localização – TLPL, em nome da empresa Público em benefício da comunidade,
proprietária do equipamento; ficando facultado ao proprietário do
VIII – comprovante de regularidade fiscal imóvel ou à empresa detentora do
no exercício e Certidão Negativa de equipamento a indicação de outro local
Débito – CND inscrito na dívida ativa do para transferência, satisfeitas as
Município. exigências legais, de acordo com a
§ 1º. Os incisos IV e VI não se aplicam legislação que rege a matéria.
aos equipamentos tipo outdoor. § 6º. A renovação de licença dar-se-á
4§ 2º. No caso de licenciamento de sempre no quinto dia útil do mês de
equipamentos a Secretaria Municipal de março de cada exercício, independente da
Economia, terá o prazo de trinta dias data expressa no termo de permissão,
úteis para analisar o requerimento (§ 2º devendo ser requerida trinta dias antes
com NR dada pela Lei nº 8.495, de da data do vencimento, com a
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de apresentação dos documentos observados
04/01/2006). no art. 17, incisos I, VII e VIII.
§ 2º. No caso de licenciamento de novos § 7º. As empresas exploradoras de
equipamentos do tipo outdoor por publicidade ao ar livre deverão manter
empresas já cadastradas na Secretaria anexa ao equipamento plaqueta
Municipal de Economia, terá esta o prazo padronizada contendo nome de fantasia,
de 15 (quinze) dias úteis para analisar o telefone e número do processo de
requerimento. (REDAÇÃO ORIGINAL). licenciamento junto à Secretaria Municipal
§ 3º. A autorização de uso do imóvel para de Economia, devendo assegurar que a
implantação de equipamento de referida identificação esteja sempre
publicidade implicará, obrigatoriamente, visível e legível, nas seguintes condições:
em fornecimento ao Poder Público de I – para equipamentos do tipo outdoor, a
autorização para o acesso ao interior do placa deverá ter dimensões de 30 (trinta)
imóvel pelos agentes públicos, o quanto centímetros de altura por 40 (quarenta)
seja suficiente para realizar-se a centímetros de largura, devendo estar
diligência, durante o dia, no horário afixada no canto superior direito do
compreendido entre as 8 (oito) e as 18 mesmo, ANEXO 1;
(dezoito) horas, sempre que for II – para equipamentos do tipo painel
necessário ao cumprimento das luminoso, painel multifacetado, painel
disposições legais pertinentes, eletrônico e empena, a placa deverá ter

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dimensões de cinquenta centímetros de histórico, artístico e cultural, se o local de
altura por um metro de largura, devendo instalação de publicidade for bem
ser afixada ao centro na parte inferior do tombado ou em processo de
painel, ANEXO 2 E ANEXO 8. tombamento, cabendo aos citados órgãos
4§ 8º. Obrigatoriamente todas as placas analisarem possíveis interferências no
de OUTDOOR instaladas no Município ambiente e visibilidade do bem
conterão mensagem de cunho preservado;
educacional, devidamente orientadas pelo IV – parecer técnico do órgão ambiental
Poder Executivo, na moldura, com letras competente, quando da instalação do
de altura mínima de 10 (dez) centímetros equipamento. (Inciso IV com NR dada
e nos termos apresentados pelo pela Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM
regulamento desta Lei (§ 3º com NR dada nº 10.573, 2º cad. de 04/01/2006)
pela Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM IV – parecer técnico do órgão ambiental
nº 10.573, 2º cad. de 04/01/2006). competente, quando da instalação em
§ 8º. Todas as placas de outdoor praças públicas. (REDAÇÃO ORIGINAL).
instaladas no Município conterão a Art. 19. Para cada estabelecimento
seguinte mensagem, na moldura: "Limpar poderá ser autorizada uma área para
Belém é dever seu também", com letras pintura publicitária nunca superior a dez
de altura mínima de dez centímetros. por cento da fachada do próprio
(REDAÇÃO ORIGINAL). estabelecimento, respeitada a área
§ 9º. Fica obrigatória a manutenção de máxima de quinze metros quadrados.
todos os equipamentos caracterizados Parágrafo único. Existindo mais de um
como publicitários em perfeitas condições estabelecimento em uma mesma
de uso e exposição, sob pena de cassação edificação, a área destinada à publicidade
das respectivas licenças e da retirada da deverá ser subdividida de forma
publicidade pelo órgão às expensas do proporcional.
responsável.
§ 10. A licença para exploração de CAPÍTULO IV - DO VALOR DA
atividade publicitária é intransferível e LICENÇA
sempre será concedida a título precário,
nos termos da legislação em vigor. Art. 20. A taxa de licença para
Art. 18. O órgão responsável pelo autorização de publicidade será cobrada
licenciamento, em função da anualmente, sendo obrigatório o
complexidade do equipamento ou do local recolhimento da referida taxa quando do
em que o mesmo será instalado, poderá seu deferimento, observado o valor de R$
exigir outros documentos para instrução 15,00 (quinze reais), corrigido através do
do pedido de licenciamento, além dos IPCA-E, a cada metro quadrado por
previstos nos incisos do art. 17 desta lei, equipamento. (NR)
a saber: Parágrafo único. Os equipamentos do tipo
I – Anotação de Responsabilidade Técnica OUTDOOR serão taxados por placa em
– ART emitida pelo órgão competente; R$ 140,00 (cento e quarenta reais), para
II – pareceres técnicos de órgãos públicos novo licenciamento e, em R$ 70,00
e de empresas concessionárias de serviço (setenta reais), para a renovação da
público, sempre que necessários à análise licença. Corrigidos pelo IPCA-E, com base
do projeto; na data de publicação desta Lei. (NR).
III – expressa autorização dos órgãos Art. 20. A taxa de licença para
competentes da Administração Pública autorização de publicidade será cobrada
municipal, estadual e federal, anualmente, sendo obrigatório o
responsáveis pela proteção do patrimônio recolhimento da referida taxa quando do

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seu deferimento, observados os seguintes públicas, de ensino, filantrópicas e
valores: cruzamentos de vias;
I – cinco reais a cada metro quadrado VII – obstrua ou prejudique a visibilidade
para equipamentos com área de até cento de placa de numeração, nomenclatura
e cinquenta metros quadrados; das ruas e outras de informações oficiais
II – um real e oitenta centavos a cada de utilidade pública;
metro quadrado, sobre a área excedente, VIII – produza ofuscamento, cause
para equipamentos com área superior a insegurança ao trânsito de veículos e
cento e cinquenta metros quadrados. pedestres ou prejudique o bem estar da
Parágrafo único. O recolhimento da taxa população do entorno;
poderá ser realizado mensalmente, IX – veiculada em cavaletes nos
conforme o disposto na Lei n. 7.863/97. logradouros públicos;
(REDAÇÃO ORIGINAL). X – exposta no interior de cemitérios,
salvo os anúncios orientadores;
CAPÍTULO V - DAS PROIBIÇÕES XI – esteja fora das dimensões e
especificações desta lei, bem como
Art. 21. Não será permitida a exploração diferente do projeto original aprovado;
de publicidade ao ar livre quando: XII – quando se apresente conteúdo de
I – (REVOGADO - Inciso I revogado pela caráter pornográfico e exploração sexual.
Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM nº Art. 22. As passarelas de pedestres não
10.573, 2º cad. de 04/01/2006). poderão ser utilizadas para exposição de
I - por sua natureza, provoque veículos publicitários.
aglomeração prejudicial ao livre trânsito Parágrafo único. A exposição de veículos
de pessoas e veículos; (REDAÇÃO publicitários deverá obedecer à distância
ORIGINAL). mínima de dez metros das passarelas
II – (REVOGADO - Inciso II revogado pela previstas no caput.
Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM nº Art. 23. É vedada a colocação de
10.573, 2º cad. de 04/01/2006). equipamentos publicitários sobre a
II - prejudique ou comprometa, de cobertura de edificações.
alguma forma, o aspecto paisagístico da § 1º Excetuam-se do disposto no caput os
cidade, seus panoramas naturais, equipamentos destinados à identificação
monumentos típicos e tradicionais; dos prédios, previamente analisados pelo
(REDAÇÃO ORIGINAL). órgão competente, observado o seguinte:
III – comprometa a segurança da área I - apresentação em estrutura adequada,
onde serão instalados; vedada a utilização de madeira;
IV – obstrua as portas, janelas ou II - existência de sinalizador de segurança
quaisquer aberturas destinadas à noturno, vedado o uso de holofotes e
iluminação, ventilação ou acesso, assemelhados quando não projetados
comprometendo a salubridade e diretamente sobre o equipamento, na
segurança do local; forma da legislação em vigor; (REDAÇÃO
V – contrarie as disposições contidas nos ORIGINAL).
artigos 81 a 94, da Lei n. 9.503, de 21 de III – utilização restrita aos limites da
setembro de 1997 – Código de Trânsito cobertura;
Brasileiro; IV – ausência de prejuízo aos imóveis
VI – prejudique, impeça ou dificulte a vizinhos;
visibilidade da sinalização e a segurança V – não interferência em raios de ação de
do trânsito, saídas e entradas de hospitais para-raios e heliportos.
e similares, órgãos policiais, instituições § 2° Os equipamentos do tipo topo não
poderão ser utilizados na cidade de Belém

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a partir da publicação desta lei, Art. 28. As pessoas físicas e jurídicas que,
observado o seguinte: por ação ou omissão, infringirem qualquer
I – (REVOGADO - Incisos I e II revogados dispositivo desta lei ficam sujeitas às
pela Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM seguintes penalidades, nos termos da Lei
nº 10.573, 2º cad. de 04/01/2006). n. 7.055, de 30 de Dezembro de 1977:
I – os equipamentos existentes poderão I – advertência (NR);
permanecer em regime de tolerância, II – multa (NR);
sendo permitida sua exploração pelas III – apreensão do equipamento
empresas proprietárias; (REDAÇÃO publicitário (NR);
ORIGINAL). IV – suspensão ou cassação da licença
II – (REVOGADO - Incisos I e II (NR).
revogados pela Lei nº 8.495, de *Incisos do artigo 28 com NR dada pela
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM nº
04/01/2006). 10.573, 2º cad. de 04/01/2006).
II – será admitido o acréscimo de I – multa;
somente mais um painel por empresa, II – apreensão do equipamento
observados os contratos assinados publicitário;
anteriormente à data de publicação desta III – suspensão da licença;
lei. (REDAÇÃO ORIGINAL). IV – cassação da licença;
Art. 24. É vedada a superposição de V – demolição. (REDAÇÃO ORIGINAL)
equipamentos do mesmo tipo ou de tipos § 1º As penalidades serão aplicadas sem
diferentes. prejuízo de outras que igualmente por
Art. 25. É vedada na área urbana do força de lei possam ser impostas por
Município a colocação de equipamentos autoridades estaduais ou federais.
publicitários que emitam odores ou § 2º As penalidades previstas nesse
causem poluição sonora. artigo podem ser aplicadas ao mesmo
Art. 26. É vedada a transferência de infrator isoladas ou cumulativamente.
licença e/ou equipamentos. (Artigo 26 § 3º Responderá cumulativamente pela
com NR dada pela Lei nº 8.495, de infração quem de qualquer modo
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de concorrer para sua prática ou dela se
04/01/2006). beneficiar.
Art. 26. Os casos considerados especiais § 4º. Constatada irregularidade será
serão analisados pelo órgão competente, inserida no equipamento tarja na cor
observadas as exigências de verde, com letras na cor branca,
licenciamento previstas nesta lei. contendo descrição da infringência do
(REDAÇÃO ORIGINAL). preceito legal e, não havendo
Art. 27. É vedada na área urbana do regularização, no prazo de sete dias, o
Município manter em funcionamento equipamento será apreendido ou
publicidade com iluminação intermitente demolido e a licença será suspensa ou
ou equipada com luzes ofuscantes, cassada (§ 4º AC pela Lei nº 8.495, de
quando não projetados diretamente sobre 04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de
o equipamento, a partir das vinte e duas 04/01/2006.).
horas de um dia até as seis horas do dia § 5º. A suspensão ocorrerá da seguinte
seguinte. forma (§ 5º AC pela Lei nº 8.495, de
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de
CAPÍTULO VI - DOS RESPONSÁVEIS E 04/01/2006):
PENALIDADES a) por 06 (seis) meses, no caso de
reincidência;

69
b) por 01 (um) ano, no caso de segunda II – ter procurado, de algum modo, evitar
reincidência; ou atenuar as consequências do ato ou
c) por 02 (dois) anos, quando a dano. (REDAÇÃO ORIGINAL).
reincidência for igual ou superior a 03 Art. 31. São situações agravantes:
(três) vezes. I – ser reincidente;
§ 6º. A cassação ocorrerá quando na II – prestar falsas informações ou omitir
análise da suspensão, verificar-se a dados técnicos;
existência de fraude, dolo ou má-fé. (AC) III – dificultar, embaraçar ou impedir a
Art. 29. Para os efeitos desta Lei, as ação fiscalizatória;
multas e taxas a serem aplicadas aos IV – deixar de comunicar imediatamente
infratores observarão os seguintes limites a ocorrência de incidentes que ponham
(Art. 29 com NR dada pela Lei nº 8.495, em risco a população.
de 04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. Parágrafo único. Nas situações de
de 04/01/2006.): reincidência, a multa será aplicada em
I – multa no caso de irregularidade: R$ dobro, bem como o enquadramento nas
300,00 (trezentos reais) corrigidos pelo suspensões referidas no § 5º, do artigo
IPCA-E, diárias com base na data de 28 desta Lei. (Parágrafo único do Art. 31
publicação desta Lei, observando-se o com NR dada pela Lei nº 8.495, de
disposto no § 4º do artigo 28 desta Lei; 04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de
II – taxe referente à depósito: R$ 750,00 04/01/2006.).
(setecentos e cinquenta reais), corrigidos Parágrafo único. Nas situações de
pelo IPCA-E, com base na data de reincidência, a multa será aplicada em
publicação desta Lei; dobro. (REDAÇÃO ORIGINAL).
III – taxa referente ao serviço de Art. 32. O pagamento da multa não exime
apreensão: R$ 1.000,00 (hum mil reais) o infrator de regularizar a situação que
corrigidos pelo IPCA-E, com base na data deu origem à sanção, dentro dos prazos
de publicação desta Lei. estabelecidos para cada caso.
§ 1º. Para proceder a retirada do Art. 33. As sanções previstas neste
equipamento apreendido a empresa capítulo, os procedimentos relativos à
efetuará os pagamento de multa, defesa e recursos obedecerão ao disposto
depósito e do serviço de apreensão. na Lei nº 7.055, de 29 de dezembro de
§ 2º. Só haverá novo licenciamento para 1977, e suas alterações caso ocorra.
empresa infratora mediante a quitação (Art. 33 com NR dada pela Lei nº 8.495,
das multas e taxas estipuladas no de 04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad.
parágrafo anterior. de 04/01/2006).
§ 3º. No caso do inciso I deste artigo, Art. 33. As sanções previstas neste
sendo o infrator primário, terá desconto capítulo, os procedimentos relativos à
de 50% (cinquenta por cento) do valor da defesa e recursos obedecerão ao disposto
multa que lhe couber. (NR). na Lei n. 7.055, de 30 de Dezembro de
Art. 29. Para os efeitos desta lei, as 1977. (REDAÇÃO ORIGINAL).
multas a serem aplicadas aos infratores
variam de 50 (cinquenta) reais a 1 (um) CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES
mil reais. (REDAÇÃO ORIGINAL). FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 30. (REVOGADO - Art. 30 revogado
pela Lei nº 8.495, de 04/01/2006, DOM Art. 34. A competência para o
nº 10.573, 2º cad. de 04/01/2006). licenciamento e a fiscalização da
Art. 30. São situações atenuantes: publicidade ao ar livre é da Secretaria
I – ser primário; Municipal de Economia, ressalvada a

70
competência específica da Fundação ou realizem qualquer tipo de publicidade
Cultural do Município de Belém. sujeita a licenciamento e fiscalização por
Art. 35. Qualquer nova tipologia de parte do Poder Público tem o prazo de
anúncios ou equipamentos publicitários cento e oitenta dias para a adequação de
surgidos e não regulados na referente Lei, seus equipamentos às disposições
deverá no mínimo respeitar as normas regulamentares e requerimento de novas
impostas para o tipo de equipamento licenças, a contar da publicação desta lei,
publicitário similar, com a utilização por na seguinte proporção (REDAÇÃO
analogia de normas que tratem da ORIGINAL):
matéria. (Art. 35 com NR dada pela Lei nº I – (REVOGADO)
8.495, de 04/01/2006, DOM nº 10.573, II - (REVOGADO)
2º cad. de 04/01/2006). III - (REVOGADO)
Art. 35. Qualquer nova tipologia de IV - (REVOGADO)
anúncios ou equipamentos publicitários § 1º. (REVOGADO)
surgidos e não regulados deverá, no § 2º. (REVOGADO)
mínimo, respeitar as normas impostas § 3º. (REVOGADO)
para o tipo de equipamento publicitário * (Incisos I, II, III e IV e § § 1º, 2º, 3º e
similar. (REDAÇÃO ORIGINAL). 4º, do art. 37, revogados pela Lei nº
Art. 36. Por ocasião de eventos populares 8.495, de 04/01/2006, DOM nº 10.573,
ou institucionais, e nos casos previstos no 2º cad. de 04/01/2006).
artigo 35, a critério do Poder Executivo I – no primeiro bimestre, adequar vinte e
Municipal, poderão ser expedidos cinco por cento do total de equipamentos;
competentes atos especiais dispondo II – no segundo bimestre, adequar mais
sobre a publicidade, observados os cinquenta por cento do total de
princípios estabelecidos nesta Lei (Art. 36 equipamentos;
com NR dada pela Lei nº 8.495, de III – no terceiro bimestre, adequar os
04/01/2006, DOM nº 10.573, 2º cad. de últimos vinte e cinco por cento do total de
04/01/2006) equipamentos;
Art. 36. Por ocasião de eventos populares IV – para o caso de painéis luminosos
ou institucionais, a critério do Poder (frontlight) e painéis multifacetados
Executivo municipal, poderão ser (triedro) que se encontrem no interior do
expedidos atos administrativos especiais imóvel a menos de quinze metros das
dispondo sobre a publicidade, observados esquinas e com contratos anteriores à
os princípios estabelecidos nesta lei. promulgação desta lei, terão o prazo de
(REDAÇÃO ORIGNAL). doze meses para adaptação ou retirada.
Art. 37. As pessoas físicas e jurídicas que, § 1º Os percentuais definidos tomarão
na data da publicação desta lei, explorem como base a quantidade declarada de
ou realizarem qualquer tipo de equipamentos junto à SECON, adequação
publicidade sujeita a licenciamento e esta que deverá priorizar as áreas
fiscalização por parte do Poder Público centrais da cidade.
têm o prazo de 120 (cento e vinte) dias § 2º As empresas que exploram a
para a adequação de seus equipamentos publicidade ao ar livre deverão informar à
às disposições regulamentares e SECON ao final de cada bimestre o local e
requerimentos de nova licença, a contar quantidade de equipamentos adequados.
da publicação desta Lei. (Art. 37 com NR § 3º As empresas deverão apresentar até
dada pela Lei nº 8.495, de 04/01/2006, quinze dias após a vigência desta lei a
DOM nº 10.573, 2º cad. de 04/01/2006). relação da quantidade de equipamentos
Art. 37. As pessoas físicas e jurídicas que, publicitários instalados no Município de
na data da publicação desta lei, explorem

71
Belém. § 4º Cada empresa deverá, até a
data de promulgação desta lei, apresentar
um contrato fechado de empena, no qual
a localização do referido equipamento
deverá estar a pelo menos cem metros de
raio afastado de outro equipamento, do
mesmo tipo, já existente. (REDAÇÃO
ORIGINAL).
Art. 38. Trinta dias após a vigência desta
lei, as empresas proprietárias dos
equipamentos publicitários deverão
recolher aos cofres públicos valor
referente a cinquenta por cento da
quantidade declarada de equipamentos
junto à SECON, até o próximo
licenciamento, em que se dará o
ajustamento das quantidades.
Parágrafo único. O valor recolhido será
proporcional aos meses restantes do
exercício.
Art. 39. Esta lei entrará em vigor na data
de sua publicação.
Art. 40. Revogam-se as disposições em
contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL


DE BELÉM, 28 de Dezembro de 2001.
EDMILSON BRITO RODRIGUES
Prefeito Municipal de Belém

72
LEI Nº 8.577 DE 30 DE MARÇO DE 2007

LEI Nº 8.577 DE 30 DE MARÇO DE Parágrafo único. Que seja obrigado às


2007 agências bancárias fixarem a presente
Lei, em local visível, com o número do
ALTERA A LEI N° 8.020/00, QUE “DISPÕE telefone do disk-denúncia para a
SOBRE O PRAZO MÁXIMO DE fiscalização”. (AC)
ATENDIMENTO AS PESSOAS QUE Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de
UTILIZAM SERVIÇOS BANCÁRIOS EM sua publicação.
GERAL”, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS,
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, em 30 de março de 2007.
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE DUCIOMAR GOMES DA COSTA
BELÉM, estatui e eu sanciono a seguinte Prefeito Municipal de Belém.
Lei:

Art. 1º O art. 1º da Lei nº 8.020/2000,


que “Dispõe sobre o prazo máximo de
atendimento as pessoas que utilizam
serviços bancários em geral”, passa a ter
a seguinte redação:
“Art. 1º Ficam as agências de todos os
estabelecimentos de crédito integrantes
do Sistema Financeiro, no âmbito do
Município de Belém, obrigadas a atender
os usuários que recorrem aos seus
serviços no prazo máximo de: (NR).
I – até vinte minutos em dias normais;
II – até trinta minutos em vésperas ou
após feriados prolongados”.
Art. 2º Adita artigo 1º-A, na Lei nº
8.020/2000, que “Dispõe sobre o prazo
máximo de atendimento as pessoas que
utilizam serviços bancários em geral”,
com a seguinte redação:
“Art. 1º - A Que seja acrescentado mais
de um caixa no período de 25 a 10 do
mês subsequente nas agências bancárias
para atender os idosos, grávidas e
deficientes e outros segmentos
contemplados na Lei.” (AC).
Art. 3º (VETADO).
Art. 4º Adita parágrafo único ao artigo 4º
da Lei nº 8.020/2000, que “Dispõe sobre
o prazo máximo de atendimento as
pessoas que utilizam serviços bancários
em geral”, com a seguinte redação:
“Art. 4º [...].

73
LEI Nº 9.005 DE 16 DE JANEIRO DE 2013

LEI Nº 9.005 DE 16 DE JANEIRO DE atendimento ao público existente na


2013 agência. (AC).
Parágrafo único. Os Bancos deverão
ALTERA A LEI N° 8.020/00, QUE “DISPÕE exibir, em local visível nas suas agências,
SOBRE O PRAZO MÁXIMO DE as seguintes informações: o número
ATENDIMENTO ÀS PESSOAS QUE desta Lei; o direito à senha numérica
UTILIZAM SERVIÇOS BANCÁRIOS EM onde conste horário de entrada e de
GERAL”, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. atendimento; o direito a, no mínimo,
quinze assentos para uso preferencial de
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM idosos, portadores de deficiência,
promulga a seguinte Lei: gestante e pessoas com crianças de colo;
e o(s) local (is) do(s) bebedouro(s) para
Art. 1º. O caput do Art. 1º, da Lei nº uso dos clientes.” (AC).
8.020, de 30 de junho de 2000, que Art. 3º. O Art. 2º, da Lei nº 8.020, de 30
“Dispõe sobre o prazo máximo de de junho de 2000, que “Dispõe sobre o
atendimento às pessoas que utilizam prazo máximo de atendimento às pessoas
serviços bancários no Município de Belém” que utilizam serviços bancários no
passa a vigorar com a seguinte redação: Município de Belém” passa a ter a
“Art. 1º Os Bancos com agências situadas seguinte redação:
no Município de Belém são obrigadas a “Art. 2º O não cumprimento desta Lei
fornecer aos usuários senhas numéricas sujeitará o infrator às seguintes
de atendimento que identifiquem a penalidades aferidas relativamente a cada
instituição bancária e a agência, agência onde se verificar a infração: (NR).
registrem o horário de entrada e de I - Advertência com prazo de trinta dias
efetivo atendimento, bem como, para regulamentação;
disponibilizar, em local visível, a II - Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
informação da escala de trabalho dos na primeira atuação;
caixas e demais funcionários da agência, III - Multa de R$ 20.000,00 (vinte mil
estabelecendo em prazo máximo para o reais) na segunda atuação;
referido atendimento de: IV - Multa de R$ 40.000,00 (quarenta mil
I - Até vinte minutos em dia normais; reais) na terceira atuação e
II - Até trinta minutos em vésperas ou V - Suspensão da licença de
após feriados prolongados”. (NR) funcionamento da agência, por prazo
Art. 2º. Adita o Art. 1º - A na Lei nº indeterminado.
8.020, de 30 de junho de 2000, que § 1º. A suspensão da licença de
“Dispõe sobre o prazo máximo de funcionamento somente cessará,
atendimento às pessoas que utilizam mediante a regulamentação do
serviços bancários no Município de atendimento nos moldes previstos nesta
Belém”, com a seguinte redação: Lei. (NR).
“Art. 1º - A O atendimento preferencial § 2º. O auto de infração será publicado
aos idosos, gestantes, pessoas portadoras no Diário Oficial do Município. (NR)
de deficiência física e pessoas com § 3º. O Município disponibilizará meios
crianças de colo será realizado através de eficazes para o recebimento das
senhas numéricas preferenciais e a oferta denúncias e respectiva averiguação, bem
de, no mínimo, cinco assentos de correta como para a fiscalização do cumprimento
ergometria por cada caixa de desta Lei.” (NR).

74
Art. 4º Adita o Art. 2º - A na Lei nº
8.020, de 30 de junho de 2000, que
“Dispõe sobre o prazo máximo de
atendimento às pessoas que utilizam
serviços bancários no Município de
Belém”, com a seguinte redação:
“Art. 2º - A Os Bancos deverão
disponibilizar em todas as suas agências,
pelo menos, um bebedouro de água e
copos descartáveis para uso dos clientes
a ser disponibilizado no salão de
atendimento para o público em geral.”
(AC).
Art. 5º Os Bancos terão o prazo máximo
de cento e oitenta dias, a contar da data
da publicação desta Lei, para adequarem
atendimento ao público nas agências ao
disposto nesta Lei.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor, cento e
oitenta dias após sua publicação.

CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM,


EM 16 DE JANEIRO DE 2013.
Ver. PAULO QUEIROZ
Presidente.

75
DECRETO Nº 26.578 DE 14 ABRIL DE 1994
REGULAMENTA O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DE COMÉRCIO AMBULANTE

TÍTULO I – DA CARACTERIZAÇÃO DO COMÉRCIO AMBULANTE

CAPÍTULO I – DA CONCEITUAÇÃO (art. 1 - 3)

CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA (art. 4)

TÍTULO II – DA LICENÇA PARA O COMÉRCIO AMBULANTE

CAPÍTULO I – DO REQUERIMENTO (art. 5 - 7)

CAPÍTULO II – DA PERMISSÃO (art. 8 - 18)

CAPÍTULO III – DA TRANSFERÊNCIA DO TERMO DE PERMISSÃO (art. 19 - 20)

TÍTULO III – DO PREÇO PÚBLICO (art. 21 - 22)

TÍTULO IV – DOS EQUIPAMENTOS DE TRABALHO

CAPÍTULO I – DOS MODELOS E RESPECTIVAS FINALIDADES (art. 23)

CAPÍTULO II – DA DISTRIBUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO (art. 24 - 28)

TÍTULO V – DAS RESPONSABILIDADES DO PERMISSIONÁRIO (art. 29 - 30)

TÍTULO VI – DAS PROIBIÇÕES (art. 31)

TÍTULO VII – DAS PENALIDADES

CAPÍTULO I – DOS TIPOS DE PENALIDADES (art. 32 - 33)

CAPÍTULO II – DA MULTA (art. 34 - 38)

CAPÍTULO III – DA APREENSÃO DE EQUIPAMENTOS E DE MERCADORIAS (art. 39 - 41)

CAPÍTULO IV – DA SUSPENSÃO DA ATIVADADE (art. 42 - 43)

CAPÍTULO V – DA REVOGAÇÃO DA PERMISSÃO (art. 44 - 45)

TÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS (art. 46)

76
DECRETO N° 26.578 DE 14 DE ABRIL XVII – fichas telefônicas;
DE 1994. XVIII – carnês de sorteio e loterias;
XIX - lustração e consertos de calçados;
REGULAMENTA O EXERCÍCIO DA XX – conserto de relógio e afins;
ATIVIDADE DE COMÉRCIO AMBULANTE XXI – confecção de chaves;
NO MUNICÍPIO DE BELÉM E DÁ OUTRAS XXII – artigos de correspondência;
PROVIDÊNCIAS. XXIII – serviços fotográficos;
Art. 3º Equiparam-se, para efeito desse
TÍTULO I - DA CARACTERIZAÇÃO DO Decreto, os expositores e vendedores de
COMÉRCIO AMBULANTE trabalhos artísticos, educativos e
CAPÍTULO I - DA CONCEITUAÇÃO culturais, artesãos, inclusive os das feiras
de artesanato e feiras livres.
Art. 1º É considerado comércio ambulante
toda atividade comercial ou de prestação CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
de serviços, de caráter permanente ou ADMINISTRATIVA
eventual, exercida de maneira
estacionária ou itinerante, em vias ou Art. 4º O planejamento, a coordenação, o
logradouros públicos, por pessoas que disciplinamento, o controle e a
não possuam qualquer espécie de vínculo fiscalização da atividade do comércio
empregatício ou funcional com pessoa ambulante constituem competência
pública ou privada. exclusiva da Secretaria Municipal de
Parágrafo Único. A restrição contida no Economia através do seu Departamento
“caput” deste artigo não se aplica aos de Comércio e Publicidade em Vias
permissionários que estejam exercendo Públicas – DCPV.
suas atividades na data da publicação
deste Decreto. TÍTULO II - DA LICENÇA PARA O
Art. 2º Para efeito do disposto neste COMÉRCIO AMBULANTE
Decreto, são consideradas atividades de CAPÍTULO I - DO REQUERIMENTO
comércio ambulante a comercialização ou
exposição de: Art. 5º A pessoa interessada em exercer
I – cigarros ou guloseimas em geral; atividade de comércio ambulante deve
II – confecção em geral; requerer o correspondente Termo de
III – bijouterias, miudezas, brinquedos, Permissão junto ao Departamento de
utilidades do lar e variedades; Comércio e Publicidade em Vias Públicas,
IV – discos e fitas cassetes usados; mediante preenchimento de formulário
V – ferragens e sucata de aparelhos próprio e fornecimento dos seguintes
domésticos; documentos:
VI – lanches rápidos; I – fotocópia da Cédula de Identidade;
VII – jornais e revistas; II – fotocópia do CIC;
VIII – livros usados e material escolar; III – fotocópia da Carteira de Manipulador
IX – sorvetes, picolés, pipocas, sucos, de Alimentos ou Carteira de Saúde;
água mineral e raspa-raspa; IV – croqui do local a ser ocupado
X – calçados, bolsas, cintos e similares; durante o exercício da atividade;
XI – produtos regionais e sazonais; V – comprovante de pagamento da taxa
XII – ervas medicinais e tempero seco; de expediente;
XIII – batata frita e churros; VI – modelo e medidas do equipamento a
XIV – frutas do sul; ser utilizado;
XV – côco verde e milho verde; VII – duas fotografias recentes de
XVI – flores e velas; tamanho 3 x 4;

77
VIII – comprovante de endereço interessado poderá encaminhar pedido de
residencial; reconsideração ao Departamento de
IX – prova de quitação da contribuição Comércio e Publicidade em Vias Públicas
sindical; – DCPV, no prazo de 05 (cinco) dias úteis,
X – declaração, com firma reconhecida, a contar da data em que oficialmente
de que não possui renda mensal regular, tomar conhecimento da referida decisão.
decorrente de vínculo empregatício ou Parágrafo Único. O pedido de
funcional, com pessoa pública ou privada. reconsideração deverá ser devidamente
Parágrafo Único. O atendimento ao fundamentado, sob pena de definitivo
disposto no caput deste artigo é arquivamento do processo.
obrigatório, também, para os atuais
permissionários, que devem regularizar a CAPÍTULO II - DA PERMISSÃO
sua situação, de acordo com as
disposições contidas neste Decreto, Art. 8º O exercício da atividade de
excetuando-se a exigência prevista no comércio ambulante dependerá do Termo
inciso X deste artigo. de Permissão a título precário, unilateral,
Art. 6º No âmbito da Secretaria Municipal oneroso e “intuitiu personae”, a ser
de Economia – SECON, o processo de outorgado por ato do Secretário Municipal
requerimento à outorga do Termo de de Economia.
Permissão observará o seguinte trâmite: Art. 9º A outorga do Termo de Permissão
I – entrada do requerimento no protocolo não gera privilégio de qualquer natureza,
da Secretaria Municipal de Economia; nem assegura ao permissionário qualquer
II – exame do requerimento e forma de exclusividade ou direito de
documentos anexos pelo DCPV; retenção sobre a área de instalação do
III – vistoria do local do equipamento, equipamento.
quando julgada conveniente; Art. 10. O Termo de Permissão tem
IV – parecer técnico do setor competente validade de 01 (um) ano a contar da data
do DCPV; de sua expedição, podendo ser
V – despacho do diretor do DCPV; prorrogado por iguais e sucessivos
VI – parecer da Assessoria Jurídica da períodos, a critério da Administração
SECON; Pública Municipal.
VII – despacho do titular da SECON; Parágrafo Único. A renovação prevista
VIII – comunicação do resultado ao neste artigo não poderá ser outorgada, se
interessado; o permissionário estiver em débito,
IX – expedição e entrega do Termo de decorrente das disposições deste Decreto.
Permissão; Art. 11. A renovação do Termo de
X – arquivamento do processo. Permissão poderá ocorrer a qualquer
Parágrafo Único. Em caso de deferimento tempo, a critério da Secretaria Municipal
do pedido, o interessado tem prazo de 30 de Economia – SECON.
(trinta) dias para recebimento do Termo Não haverá renovação, quando o
de permissionário infringir dispositivos
Permissão, junto ao DCPV, mediante específicos deste Decreto, ou por
comprovação de pagamento referente ao interesse público superveniente,
preço público correspondente às que inviabilize sua continuidade no
características do equipamento, local de mesmo ou em outro local.
instalação e tipo de comércio ou serviços, Parágrafo Único. Em qualquer das
objeto da permissão. hipóteses mencionadas no caput deste
Art. 7º Em caso de indeferimento do artigo, o permissionário não tem direito a
pedido referido no artigo anterior, o

78
qualquer tipo de indenização por parte da c) que o Trailler esteja em perfeito estado
Administração Pública Municipal. de conservação e limpeza;
Art. 12. A Secretaria Municipal de d) permanente possibilidade de remoção.
Economia – SECON outorgará apenas um Art. 17. A existência de propaganda
Termo de Permissão por interessado com comercial de terceiros no Trailler somente
requerimento deferido. será permitido mediante pagamento da
Art. 13. Por ocasião da outorga da licença respectiva taxa de publicidade.
para comércio ambulante e desde que os Art. 18. O uso de toldo nos Traillers
equipamentos usados pelo ambulante somente será permitido com autorização
sejam fornecidos pelo Município, o e padronização pela Secretaria Municipal
vendedor firmará um termo de de Economia.
responsabilidade, comprometendo-se a
mantê-los em prefeitas condições de uso, CAPÍTULO III - DA TRANSFERÊNCIA
desde seu recebimento até a sua DO TERMO DE PERMISSÃO
devolução, sob pena de indenização por
dano em bem público. Art. 19. A transferência de titularidade do
Art. 14. A Secretaria Municipal de Termo de Permissão requer a expressa
Economia – SECON não outorgará Termo solicitação do permissionário e somente
de Permissão ao cônjuge, ascendente, terá eficácia mediante autorização da
descendente ou parente até segundo grau Secretaria Municipal de Economia.
do permissionário, que resida sob o § 1º. O direito de transferência de que
mesmo teto, salvo se for comprovado que trata o caput deste artigo poderá ser
o interessado passou a integrar ou concedido ao permissionário que
constituir novo grupo familiar. comprovadamente contar com pelo
Parágrafo Único. O disposto neste artigo menos 02 (dois) anos de efetivo exercício
não se aplica aos permissionários em na atividade do comércio ambulante, no
relação aos casos comprovadamente local permitido, ou antes de decorrido
existentes, até a data da publicação deste aquele período, excepcionalmente, por
Decreto. incapacitação física adquirida ou por outra
Art. 15. A Secretaria Municipal de razão fortuita e involuntária que lhe
Economia – SECON não outorgará Termo impossibilite a continuidade de suas
de Permissão para o exercício da atividades.
atividade de comércio ambulante nas § 2º. A transferência da permissão
seguintes situações: prevista neste artigo não poderá ser
I – instalação de barracas fixas e outorgada, se o permissionário estiver em
similares; débito decorrente das disposições deste
II – venda de carnes, peixe, mariscos, Decreto.
bebidas alcóolicas, armas e munições de Art. 20. Poderá ocorrer transferência do
qualquer espécie, explosivos, corrosivos Termo de Permissão por sucessão causa
ou produtos de fácil combustão; mortis, mediante manifestação escrita do
III – pássaros e outros animais. cônjuge sobrevivente ou de qualquer
Art. 16. A concessão de licença para o descendente, nesta ordem, dirigida ao
comércio ambulante de “Trailler” está Departamento de Comércio e Publicidade
condicionada ao preenchimento dos em Vias Públicas, no prazo de 30 (trinta)
seguintes requisitos: dias, a contar da data do falecimento do
a) em área particular ou em conjuntos permissionário.
habitacionais fora do perímetro urbano; § 1º. A habilitação de descendentes, por
b) seja requerida em nome do sucessão causa mortis, na forma e prazo
proprietário do Trailler; referidos no caput deste artigo, requer a

79
expressa desistência do cônjuge b) mercadorias secundárias – cigarros,
sobrevivente ou de ascendente, se for o fichas telefônicas, selos, envelopes,
caso, assim como, a anuência formal dos canetas, lápis, filmes fotográficos, pilhas
demais descendentes, quando houver. elétricas, isqueiros, fósforos;
§ 2º. Se ao fim do prazo referido no caput II – banca estacionária: doces e
deste artigo, não houver manifestação de bombons, cigarros, ferragens, produtos
interesse do cônjuge ou de descendente regionais, consertos de relógios e afins.
do permissionário e, dar continuidade à III – caixotes: serviços de consertos e
atividade, o Termo de Permissão ficará lustração de calçados;
automaticamente revogado. IV – carrinho: picolés, raspa-raspa,
pipoca, água, côco verde, sorvetes e
TÍTULO III - DO PREÇO PÚBLICO milho verde cozido;
V – carro-lanche: lanches rápidos (bolos,
Art. 21. O preço público a ser pago pelos refrigerantes, salgados e doces);
permissionários, em cumprimento das VI – carro de cachorro-quente: lanches
disposições contidas neste título, será rápidos (sanduíches);
calculado levando em conta o tipo de VII – tabuleiro itinerante: miudezas em
equipamento a ser utilizado e sua geral, café, cigarro e água;
localização, na forma especificada na Lei VIII – carro de comidas típicas: comidas
nº 7.645, de 12 de julho de 1993. típicas;
Art. 22. O valor do preço público do que IX – trailler: lanches rápidos;
trata o artigo anterior será anual, terá X – barraca desmontável: confecções em
como referência a Unidade Fiscal do geral, bijouterias, miudezas, variedades,
Município de Belém – UFM e será anual brinquedos, artesanatos, calçados, bolsas,
pago à Secretaria Municipal de Finanças cintos e similares;
ou através do Documento de Arrecadação XI – bancada desmontável: flores e velas;
Municipal – DAM, emitido pela Secretaria XII – carro para venda de batata frita e
Municipal de Economia. churros;
XIII – carro de hot-dog;
TÍTULO IV - DOS EQUIPAMENTOS DE XIV – bancada removível: para exposição
TRABALHO e venda de calçados.
CAPÍTULO I - DOS MODELOS E Parágrafo Único. Os equipamentos
RESPECTIVAS FINALIDADES mencionados no caput deste artigo terão
as suas especificações técnicas na forma
Art. 23. Na atividade de comércio indicada no Anexo
ambulante, serão utilizados apenas II, integrante deste Decreto.
equipamentos de modelos padronizados
pelo Departamento de Comércio e CAPÍTULO II - DA DISTRIBUIÇÃO,
Publicidade em Vias Públicas – DCPV, com LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
especificações adequadas aos tipos de
comércio ou serviços, conforme Art. 24. No processo de distribuição e
discriminação a seguir: localização de equipamentos destinados
I – bancas de jornais e revistas: ao exercício da atividade do comércio
a) mercadorias principais – jornais, ambulante, o Departamento de Comércio
revistas, pôsteres, folhetos, cartões- e Publicidade em Vias Públicas – DCPV
postais, guias turísticos, figurinhas, observará diretrizes e critérios que
adesivos, almanaques, opúsculos de leis e assegurem perfeitas condições de tráfego
decretos e outros periódicos; dos veículos automotores e de circulação
e segurança dos pedestres, assim como

80
de conservação e preservação substituição do modelo de equipamento
paisagística dos logradouros públicos e somente poderão
das áreas que compõem o patrimônio ocorrer mediante prévia autorização do
artístico-histórico-cultural da cidade. Departamento de Comércio e Publicidade
Art. 25. Ressalvados os casos já em Vias Públicas – DCPV.
existentes de permissionários licenciados, Art. 28. O equipamento utilizado na
fica vedada atividade do comércio atividade do comércio ambulante não
ambulante nos seguintes locais: poderá pernoitar no local de sua
I – Av. João Alfredo; instalação, sendo obrigatório o seu
II – Trav. Santo Antônio; recolhimento diário, após o encerramento
III – Boulevard Castilho França, da Trav. das atividades, ou nos horários
Frutuoso Guimarães à Av. Portugal; estabelecidos pelo Anexo I deste Decreto,
IV – Av. Presidente Vargas; exceto as bancas de jornais e revistas.
V – Av. Bráz de Aguiar;
VI – Av. Nazaré; TÍTULO V - DAS
VII – em frente às portas de edifícios, RESPONSABILIDADES DO
estabelecimentos comerciais, bancos PERMISSIONÁRIO
repartições públicas, quartéis, templos e
outros locais inconvenientes ao exercício Art. 29. Todo e qualquer serviço ou
do comércio ambulante; atividade inerente ao exercício do
VIII – em uma distância inferior a 05 comércio ambulante será praticado em
(cinco) metros das esquinas, em abrigos nome do permissionário e
de passageiros de transportes coletivos e por sua conta e risco, sem prejuízo da
em calçadas iguais ou inferiores a 02 observância da legislação vigente.
(dois) metros de largura. Art. 30. São deveres do permissionário:
a) nos locais a que alude o inciso anterior, I – providenciar a aquisição ou fabricação
poderá ser autorizada excepcionalmente a do equipamento objeto da sua atividade,
atividade em forma de feiras e a nos modelos e especificações definidos no
exposição e venda de trabalhos artísticos, Anexo II deste Decreto, de conformidade
culturais e educativos, ou ainda em com os tipos de produtos ou serviços a
outras condições especiais com a serem comercializados;
aprovação do titular da Secretaria II - manter o equipamento em
Municipal de Economia. funcionamento diário permanecendo na
Art. 26. Nas ruas e avenidas, o número direção do mesmo por um período
de bancas destinadas à venda de jornais mínimo de 06 (seis) horas, excetuando-se
e revistas será determinado de forma a os casos de motivo de força maior
assegurar espaço à de circulação de devidamente justificados perante a
pedestres: fiscalização do Departamento de
I – distância mínima entre bancas: Comércio e
a) área com elevada concentração Publicidade em Vias Públicas – DCPV;
comercial, 50 metros; III – manter o equipamento em perfeito
b) área com baixa concentração estado de conservação e higiene,
comercial, 150 metros. providenciando, por sua conta e risco, os
Parágrafo Único. O disposto neste artigo consertos que se fizerem necessários;
não se aplica às bancas de jornais e IV – fixar em seu equipamento ou usar
revistas já existentes na data de em lugar visível o correspondente Termo
publicação deste Decreto. de Permissão, crachá de identificação de
Art. 27. A mudança de localização da permissionário e do substituto eventual, e
atividade do comércio ambulante ou a o comprovante de pagamento das taxas

81
de licença, todos fornecidos pelo órgão
municipal competente, devidamente TÍTULO VI - DAS PROIBIÇÕES
atualizados;
V – usar de urbanidade e respeito para Art. 31. É vedado ao permissionário:
com os companheiros de trabalho e o I – modificar a localização do
público em geral; equipamento, sem a prévia autorização
VI – zelar pela higiene pessoal e usar do Departamento de Comércio e
uniforme padronizado, excetuando-se, Publicidade em Vias Públicas-
quanto ao uso do uniforme, os DCPV;
permissionários que não exerçam II – fazer uso de muros, paredes,
atividades que envolvem a passeios, árvores, postes, bancos,
comercialização de gêneros alimentícios; caixotes, tábuas, encerados ou toldos
VII – zelar pela higiene do equipamento e com o propósito de ampliar os limites do
acessórios; equipamento e que venham a alterar sua
VIII – utilizar depósito apropriado para padronização;
lixo e detritos, quando comercializados III – colocar ou afixar cartazes, anúncios
produtos alimentícios; ou outros quaisquer impressos na parte
IX – conservar a padronização do externa do equipamento, salvo anúncios
equipamento e pintá-lo sempre que de campanha educativa ou elucidativa
necessário empreendida por órgão público;
X – comparecer ao DCPV sempre que IV – apregoar suas atividades através de
solicitado; qualquer maio de divulgação sonora;
XI – solicitar prévia autorização do DCPV, V – utilizar dizeres ofensivos ao decoro
sempre que necessitar suspender o público;
exercício de atividade por período VI – efetuar escavações nas vias e
superior a 05 (cinco) dias úteis e inferior logradouros públicos;
a 30 (trinta) dias úteis; VII – expor mercadorias ou volume além
XII – utilizar pinças de manuseio de do limite ou capacidade do equipamento;
alimentos que não possuam invólucro VIII – utilizar equipamento sem a devida
próprio; permissão ou modificar as condições de
XIII – manter os produtos alimentícios uso determinado para tal;
em perfeitas condições de higiene, IX – distribuir, trocar ou expor
devidamente protegidos de insetos e mercadorias que não se enquadrem no
impurezas; objeto principal do seu comércio, na
XIV – empregar instrumentos de pesos e forma prevista neste Decreto;
medidas adotados pela legislação vigente, X – transferir a outorga do termo de
quando o seu comércio deles necessitar; permissão à revelia do DCPV;
XV – no comércio de produtos XI – perturbar a ordem pública;
alimentícios, utilizar apenas copos, pratos XII – passar a direção do negócio a
e talheres descartáveis; substituto não cadastrado junto ao DCPV;
XVI – portar carteira de manipulador de XIII – impedir ou dificultar o livre trânsito
alimentos, quando comercializar produtos de veículos e pedestres nas vias ou
alimentícios; logradouros públicos;
XVII – indicar ao DCPV o seu substituto XIV – jogar lixo ou detritos, provenientes
eventual; de seu comércio, ou de outra origem, nas
XVIII – cumprir as ordens emanadas das vias e logradouros públicos;
autoridades municipais competentes; XV – instalar o equipamento em expressa
XIX – usar sapatos, bota, calça e gorro autorização do DCPV;
limpos e bem passados.

82
XVI – expor e vender produtos sem após a lavratura dos respectivos autos de
condições de consumo; infração.
XVII – deixar a direção de seu negócio § 1º O autuado terá o prazo de 10 (dez)
por tempo superior a 02 (duas) horas dias, a contar da data do recebimento do
diárias, excetuando-se os casos de força auto de infração, para apresentar defesa
maior, devidamente comprovados pela escrita ao titular do Departamento de
fiscalização do DCPV; Comércio em Vias Públicas.
XVIII – instalar seu equipamento fora do § 2º Das decisões do diretor do DCPV
horário estabelecido neste Decreto. caberá recurso ao Secretário Municipal de
Economia.
TÍTULO VII – DAS PENALIDADES Art. 36. Decorrido o prazo definido no §
CAPÍTULO I - DOS TIPOS DE 1º do artigo anterior, sem que o autuado
PENALIDADES tenha apresentado sua defesa, poderá
apresentar recurso ao Secretário
Art. 32. Nos casos de autuação por Municipal de Economia, nas condições
infração a dispositivos deste Decreto, previstas no Código de Posturas do
serão aplicadas penalidades pecuniárias Município de Belém.
ou administrativas, isoladas ou Art. 37. Não tendo havido a interposição
cumulativas, de conformidade com a do recurso ou em caso de improvimento
natureza e gravidade das respectivas deste, o valor da multa não paga será
ocorrências. inscrito no livro da dívida ativa do
Art. 33. As penalidades previstas neste Município e cobrado pela via judicial.
Decreto serão aplicadas de acordo com as Art. 38. Para efeito dos cálculos
disposições dos artigos 193 e 194 da Lei correspondentes às multas a que se
nº 7.055, de 30/12/1977, que aprovou o refere este Decreto, observa-se-ão as
Código de Posturas do Município de disposições contidas na legislação vigente
Belém, compreedendo: sobre a matéria.
I – multa;
II – apreensão de equipamento e de CAPÍTULO III - DA APREENSÃO DE
mercadorias; EQUIPAMENTOS E DE MERCADORIAS
III – perda de equipamento e de
mercadorias; Art. 39. A apreensão de equipamentos e
IV – suspensão da atividade; de mercadorias pelo Departamento de
V – revogação do termo de permissão. Comércio e Publicidade em Vias Públicas
– DCPV deverá ser feita mediante o
CAPÍTULO II - DA MULTA respectivo auto de apreensão, e ocorrerá
nos seguintes casos:
Art. 34. A multa será aplicada sempre que I – comercialização de qualquer produto
o permissionário infringir qualquer dos ou serviço nos locais vedados nos arts. 25
dispositivos relacionados nos artigos 30 e e 26 deste Decreto;
31 deste II – exercício ilícito do comércio e
Decreto. transgressão às normas de higiene
Art. 35. Os valores correspondentes às pública;
multas, que vieram a ser aplicadas pelo III – uso de equipamento com
Departamento de Comércio e Publicidade especificações em desacordo com que
em Vias Públicas – DCPV, serão estabelece o Anexo II deste Decreto.
calculados com base na Unidade Fiscal do § 1º Os produtos perecíveis apreendidos
Município – UFM e deverão se pagos à na conformidade dos incisos I, II, III
Secretaria Municipal de Finanças – SEFIN, serão, imediatamente entregues a

83
instituições filantrópicas mediante termo II – mudar a localização original do
de recebimento. equipamento, sem a prévia autorização
§ 2º As mercadorias não perecíveis e os do DCPV;
equipamentos serão recolhidos ao III – usar equipamento em desacordo
depósito da Secretaria Municipal de com o modelo e especificações técnicas
Economia, até que sejam cumpridas pelo previstas neste Decreto;
infrator, no prazo de 48 (quarenta e oito) IV – descumprir as ordens emanadas das
horas, as exigências legais e autoridades municipais competentes;
regulamentares. V – apregoar suas atividades através de
§ 3º Quanto a apreensão recair sobre qualquer meio de divulgação sonora;
produtos tóxicos e nocivos à saúde, ou VI – efetuar escavações nas vias e
cuja venda for ilegal, a perda da logradouros públicos;
mercadoria será definitiva, devendo ser Art. 43. A suspensão prevista no artigo
remetida aos órgãos estaduais ou federais anterior será aplicada por prazo variável
competentes, com as indicações entre 01 (um) e 05 (cinco) dias a critério
necessárias. do Departamento de Comércio e
§ 4º Os bens ou mercadorias apreendidas Publicidade em Vias Públicas – DCPV.
serão levados a leilão, com observância
da legislação pertinente, no caso do não CAPÍTULO V - DA REVOGAÇÃO DA
cumprimento das exigências a que estiver PERMISSÃO
obrigado o infrator.
Art. 40. Do auto de apreensão constarão: Art. 44. A revogação do Termo de
I – nome completo; Permissão ocorrerá por ato do Secretário
II – especificação do equipamento ou Municipal de Economia, nos seguinte
mercadoria; casos:
III – data e local da apreensão; I – reincidência em qualquer das
IV – prazo da retirada do equipamento ou infrações referidas nos incisos II a VI do
mercadorias apreendidos; art. 42;
V – indicação do artigo anterior. II – pela não renovação da permissão;
Art. 41. Após a execução do auto de III – quando houver transferência da
apreensão de mercadorias não perecíveis permissão sem autorização do DCPV;
ou equipamentos, a devolução dos IV – exposição ou venda de produtos sem
pertences do permissionário somente condições de consumo;
poderá ocorrer, mediante comprovação V – quando comprovada a situação de
do pagamento da multa correspondente. vínculo empregatício ou funcional do
permissionário com pessoa pública ou
CAPÍTULO IV - DA SUSPENSÃO DA privada, excetuando-se os casos a que se
ATIVIDADE refere o disposto no parágrafo único do
art. 1º deste Decreto;
Art. 42. A suspensão da atividade será VI – não pagamento de taxas municipais
aplicada pelo Departamento de Comércio nos prazos estabelecidos.
e Publicidade em Vias Públicas – DCPV e Art. 45. Quando revogado o Termo de
cumulativamente com outras penalidades, Permissão por motivo de infração, o
quando o permissionário cometer uma permissionário não poderá mais requerer
das seguintes infrações: nenhuma permissão para comercializar ou
I – reincidir, na mesma infração, no expor suas mercadorias nas condições
período de 90 (noventa) dias; previstas neste Decreto.

84
TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES Art. 51. Nos dias de festividades públicas
GERAIS E TRANSITÓRIAS e eventos, o exercício do comércio
ambulante e pontos estabelecidos
Art. 46. As bancas de jornais e revistas poderão ser autorizados pelo Secretário
instaladas em área de domínio privado, Municipal de Economia.
para serem classificadas como tal, ficarão Art. 52. A utilização das vias públicas,
sujeitas a todas as determinações para colocação de mesas e cadeiras,
contidas neste Decreto. dependerá de prévia autorização da
Art. 47. A Secretaria Municipal de Secretaria Municipal de Economia,
Economia – SECON não outorgará Termo devendo o interessado formular o seu
de Permissão para instalação de qualquer pedido através de requerimento próprio
equipamento de comércio ambulante em contendo os seguinte dados:
áreas integrantes de parques ecológicos e I – fotocópia de CGC;
de preservação paisagísticas. II – fotocópia do Alvará de Localização da
Parágrafo Único. Os permissionários cujos PMB;
equipamentos encontram-se instalados III – fotocópia do comprovante de
em desacordo com o disposto neste pagamento da taxa de horário especial;
Decreto terão prazo de 90 (noventa) dias, IV – fotocópia do pagamento de
a contar da data de publicação do identificação ou publicidade;
mesmo, para requerer sua transferência, V – quantidade de mesas e cadeiras;
sob pena de revogação do respectivo VI – registro da JUCEPA;
Termo de Permissão. VII – metragem da calçada;
Art. 48. Sempre que o interesse público VIII – comprovante do pagamento da
exigir e em qualquer tempo, poderá a taxa de expediente.
Prefeitura, mediante notificação prévia de Art. 53. O funcionamento dos terraces
30 (trinta) dias, transferir a localização do será permitido de Segunda a Domingo, no
equipamento permitido para a atividade horário de 18:00 às 05:00 horas do dia
do comércio ambulante ou revogar a seguinte.
permissão outorgada. Art. 54. As mesas e cadeiras devem ser
Art. 49. A Secretaria Municipal de removíveis, ficando proibido a utilização
Economia, através do Departamento de de qualquer outro tipo de equipamento.
Comércio e Publicidade em Vias Públicas Art. 55. Os proprietários de
– DCPV, manterá rigorosa fiscalização estabelecimentos comerciais, que
com vistas ao atendimento das utilizarem as vias públicas para uso de
disposições da Lei nº 7.055, de 30/12/77, terraces, devidamente licenciados pela
que aprovou o Código de Posturas do SECON, deverão colocar as mesas e
Município de Belém, bem como do cadeiras dentro dos limites de 2/3 (dois
estabelecido neste Decreto. terços) da largura da calçada,
Art. 50. Aqueles que, na data da vigência dependendo da localização, sendo o
da Lei Orgânica, vinham ocupando, sem restante obrigatoriamente destinado ao
título hábil, áreas ou logradouros públicos passeio público.
permitidos para comercialização de Art. 56. Os casos omissos serão dirimidos
produtos pertinentes às vias e pelo Secretário Municipal de Economia.
logradouros públicos, deverão requerer Art. 57. Este Decreto entrará em vigor na
sua regularização no prazo máximo de 60 data de sua publicação, revogadas as
(sessenta) dias, a contar da data da disposições em contrário.
publicação deste decreto, sob pena de
remoção sumária. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL
DE BELÉM,

85
em 14 de abril de 1994.
Hélio Mota Gueiros
Prefeito Municipal de Belém

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ANEXO I
EQUIPAMENTOS/ATIVIDADES HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.

Tabuleiro de café e cigarro ............................................................ 07:00 às 20:00


Tabuleiro de bombons, fixa telefônica, etc ....................................... 07:00 às 22:00
Confecção em geral, bijouterias, miudezas, brinquedos, utilidades do lar e variedades
.................................................................................................. 08:00 às 18:00
Discos e fitas cassetes usados ........................................................ 08:00 às 18:00
Ferragens e sucatas de aparelhos domésticos .................................. 08:00 às 18:00
Lanches rápidos ........................................................................... 08:00 às 19:00
Jornais e revistas ......................................................................... 08:00 às 22:00
Livros usados e material escolar ..................................................... 08:00 às 18:00
Sorvetes, picolés, pipocas, sucos, água mineral e raspa-raspa ........... 08:00 às 18:00
Calçados, bolsas, cintos e similares ................................................ 08:00 às 18:00
Produtos regionais e sazonais ........................................................ 08:00 às 18:00
Ervas medicinais e tempero seco .................................................... 08:00 às 18:00
Batata frita .................................................................................. 08:00 às 22:00
Frutas do sul ................................................................................ 08:00 às 19:00
Coco verde .................................................................................. 08:00 às 22:00
Flores e velas............................................................................... 08:00 às 18:00
Carnês de sorteio e loterias ........................................................... 08:00 às 18:00
Lustrações e consertos de calçados................................................. 08:00 às 18:00
Conserto de relógio e afins ............................................................ 08:00 às 18:00
Confecção de chaves .................................................................... 08:00 às 18:00
Artigos de correspondência ............................................................ 08:00 às 18:00
Serviços fotográficos ..................................................................... 08:00 às 18:00
Comidas típicas ............................................................................ 09:00 às 22:00
Carro de hot-dog .......................................................................... 09:00 às 20:00
Trailler: lanches rápidos ................................................................ 08:00 às 06:00
Carro de cachorro quente .............................................................. 17:00 às 06:00.

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DECRETO N° 26.579 DE 14 DE ABRIL DE 1994
DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DE FEIRAS LIVRES

CAPÍTULO I – CONCEITO E FINALIDADE (art. 1)

CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA (art. 2 - 3)

CAPÍTULO III – DAS FEIRAS LIVRES (art. 4 - 5)

CAPÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO (art. 6 - 18)

CAPÍTULO V – DA PERMISSÃO DE USO E DO FEIRANTE (art. 19 - 36)

CAPÍTULO VI – DA COMERCIALIZAÇÃO (art. 37 - 46)

CAPÍTULO VII – DOS EQUIPAMENTOS (art. 47 - 50)

CAPÍTULO VIII – DAS OBRIGAÇÕES (art. 51 - 53)

CAPÍTULO IX – DAS PENALIDADES (art. 54 - 66)

CAPÍTULO X – DOS DIREITOS DOS PERMISSIONÁRIOS (art. 67 - 73)

CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÕES FINAIS (art. 74)

88
DECRETO N° 26.579 DE 14 DE ABRIL área de influência, forem suficientes para
DE 1994. atender ao abastecimento da população.
Art. 5º As feiras livres funcionarão em
DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DE vias e logradouros públicos ou em
FEIRAS LIVRES NO MUNICÍPIO DE terrenos de propriedade municipal ou
BELÉM, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. particular, especialmente abertos à
população para tal finalidade, desde que
CAPÍTULO I - CONCEITO E instalados e fiscalizados pela Secretaria
FINALIDADE Municipal de Economia – SECON.

Art. 1º Considera-se “Feira Livre” o local CAPÍTULO IV - DA ORGANIZAÇÃO E


previamente designado pela FUNCIONAMENTO
Administração Pública Municipal, dotado
de equipamentos padronizados, Art. 6º Na elaboração dos projetos para
removíveis ou não, destinados às padronização de feiras livres serão
atividades comerciais a nível de varejo, observadas, além das normas do
voltada para o abastecimento de gêneros processo de comercialização e urbanismo,
alimentícios à população, especialmente as relativas à saúde pública, saneamento
os de origem hortigranjeira. e limpeza.
Art. 7º As feiras livres não poderão
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA situar-se em raio inferior a 1.000 (mil)
metros uma das outras, resguardando-se
Art. 2º Compete à Secretaria Municipal de os casos já existentes.
Economia da Prefeitura Municipal de Art. 8º Os equipamentos padronizados,
Belém, por força da Lei Municipal nº utilizados na comercialização das feiras
7.341, de 18 de março de 1986, livres serão determinados pela Secretaria
desenvolver as atividades de Municipal de Economia, considerando-se
planejamento e administração do sistema os grupos de produtos a serem
de feiras do Município de Belém. comercializados.
Art. 3º Fica delegada ao Secretário § 1º Para vendas de produtos de origem
Municipal de Economia competência para animal, os modelos de equipamentos
criar feiras livres, localiza-las, suspender- deverão ser submetidos à aprovação da
lhes o funcionamento, remaneja-las e autoridade sanitária competente.
extingui-las, total ou parcialmente, em § 2º Será obrigatória a existência de
atendimento ao interesse público e recipiente adequado para o
respeitadas as exigências higiênicas, acondicionamento de resíduos sólidos
viárias e urbanísticas em geral. (lixo) decorrentes da comercialização.
Art. 9º Na montagem das feiras livres, os
CAPÍTULO III - DAS FEIRAS LIVRES equipamentos serão agrupados por
setores, segundo os ramos de comércio.
Art. 4º As feiras livres têm caráter Art. 10. Os dias e horários de
supletivo de abastecimento, e o seu abastecimento e funcionamento das feiras
dimensionamento, remanejamento, livres serão fixados pela SECON. Em
suspensão, funcionamento, reclassificação casos especiais, fica facultado à SECON
ou extinção poderão ocorrer, a juízo da dilatar ou reduzir o horário de
Secretaria Municipal de Economia – funcionamento.
SECON, quando os equipamentos
abastecedores fixos, existentes na sua

89
Art. 11. Só será permitida Grupo VII – Serviços: sapateiros,
descarga de mercadorias em relojoeiros e comércio de sacos plásticos
seus respectivos equipamentos, e de pano 2,5%;
no período de 02 (duas) Grupo VIII – Outros: produtos de
horas antecedentes ao início do umbanda, ervas medicinais, plantas e
funcionamento da feira, visando não flores ornamentais e artesanato regional,
prejudicar o atendimento e a segurança 2,5%.
dos consumidores. § 1º Nas feiras em que, atualmente, o
Art. 12. A comercialização de carnes, percentual do grupo hortigranjeiro esteja
peixes, mariscos e aves deverá observar abaixo do definido, caso haja abertura de
às normas de higiene sanitária, previstas vagas, estas deverão ser destinadas a
na legislação vigente. este grupo, até atingir o percentual
Art. 13. Encerrado o horário de mínimo estipulado.
funcionamento da feira, deverá o feirante § 2º Se considerada inviável, a feira será
iniciar os trabalhos de limpeza, desativada, podendo os feirantes ser
arrumação, fechamento e/ou remoção remanejados para outras, caso existam
dos equipamentos, no prazo máximo de vagas.
01 (uma) hora. Art. 18. A Secretaria Municipal de
Art. 14. A SECON realizará diariamente o economia – SECON poderá, comprovada a
controle de frequência dos feirantes. conveniência da medida e através de
Art. 15. O funcionamento dos sistemas portaria específica, alterar o número, a
sonoros nas feiras livres e sua respectiva metragem e as especificações técnicas da
programação dependerá da prévia estrutura dos equipamentos de
permissão da SECON e da SESMA. comercialização nas feiras livres.
Art. 16. As feiras livres são classificadas
nas categorias “A” e “B”, conforme os CAPÍTULO V - DA PERMISSÃO DE USO
termos da Lei Municipal nº 7.645/93, de E DO FEIRANTE
12/07/93.
Art. 17. Nas feiras livres, somente Art. 19. Respeitadas as restrições deste
poderão ser comercializados os produtos Decreto, podem comercializar nas feiras
classificados nos grupos a seguir as pessoas físicas maiores e capazes, nos
relacionados, respeitando-se os temos da legislação vigente, bem como
percentuais mínimos das quantidades de as pessoas jurídicas legalmente
equipamentos por feira; constituídas.
Grupo I – Hortigranjeiros: hortaliças, Art. 20. Para habilitar-se ao exercício de
frutas e granjeiros (aves abatidas e feirante é necessário o preenchimento de
ovos), 60%; formulário com os seguintes dados:
Grupo II – Farinha: farinha seca, d’água e Nome, endereço, número da Carteira de
de tapioca, 12,5%; Identidade, número do CIC, Sexo, Idade,
Grupo III – Frutos do Mar: pescado, Ocupação Principal, Produtos que deseja
mariscos e crustáceos, 10%; comercializar, Carteira de Saúde, Carteira
Grupo IV – Mercearias: latarias, cereais, de Manipulador de Alimentos, 02 (duas)
laticínios, condimentos e óleos, 5%; fotos 3 x 4, instruindo requerimento ao
Grupo V – Industrializados: armarinhos, Secretário Municipal de Economia.
confecções, calçados; utensílios de Parágrafo único. As pessoas jurídicas
cozinha e ferragens, 5%; deverão apresentar certidão de Registro
Grupo VI – Comidas: refeições prontas, na Junta Comercial, Contrato Social,
lanches, mingau e pratos regionais, CGC/MF, Certidões Negativas das
2,5%; Fazendas Federal, Estadual e Municipal,

90
Inscrição Municipal, o Produto de uso, ressalvados os débitos porventura
que pretende comercializar, existentes.
instruindo Art. 27. Verificadas vagas de feirantes, a
requerimento dirigido ao Secretário Secretaria Municipal de Economia –
Municipal de Economia. SECON publicará edital, com o prazo de
Art. 21. Pessoas Jurídicas deverão indicar 15 (quinze) dias, para convocação de
um único preposto para cada matrícula interessados. As vagas serão preenchidas
adquirida, o qual deverá permanecer a com observância dos seguintes critérios
frente do equipamento, sob pena de técnicos sucessivamente:
revogação da permissão de uso. I – por feirante, que já estejam operando
Art. 22. Não será deferida permissão de na mesma feira e desejem obter outra
uso a sócio ou cônjuge de sócio de pessoa permissão;
jurídica já feirante. II – por feirantes que desejam alterar o
Art. 23. A permissão de uso concedida seu ramo de comércio;
para o exercício das atividades previstas III – por feirantes que estejam operando
neste Decreto sê-lo-á a título precário, em outras feiras e delas desejem ser
podendo, a qualquer tempo, ser transferidos, respeitado o início de
cancelada unilateralmente e a critério atividade, onde o feirante mais antigo
exclusivo da Administração Municipal, por terá a preferência do ramo de comércio;
oportunidade ou conveniência IV – por aqueles que, pela primeira vez,
supervenientes, consoante as normas requererem a permissão de uso,
disciplinadoras que regem a matéria, observada a ordem cronológica de
inerentes a utilização dos bens Públicos entrada dos requerimentos.
de uso especial. Parágrafo único. Se, após a observância
Art. 24. O feirante poderá ocupar até no dos critérios técnicos estabelecidos neste
máximo 03 (três) equipamentos de artigo, ainda sobrarem vagas, serão
comercialização, obedecendo aos critérios expedidos novos editais.
técnicos definidos no artigo 27, Art. 28. Aos feirantes pertencentes às
ressalvando-se os casos já existentes. feiras das categorias “A” e “B”, que
Parágrafo único. Serão contados como vierem a sofrer processo de extinção,
número de equipamentos aqueles redução de equipamentos ou supressão
destinados à esposa, filhos e parentes até do ramo de comércio, a Secretaria
o 2º grau. Municipal de Economia – SECON, antes de
Art. 25. Anualmente, no prazo executar as referidas medidas, publicará
estabelecido pela Secretaria Municipal de edital específico oferecendo vagas em
Economia – SECON, e enquanto vigente a feiras para os atingidos, respeitando, para
permissão de uso, o feirante deverá efeito de classificação, o início de
providenciar a revalidação e atualização atividade, a preferência
de sua matrícula, exibindo o comprovante ao feirante mais antigo e o grupo de
de contribuição sindical, Carteira de comércio.
Saúde atualizada e outros documentos Art. 29. O feirante deverá estar à frente
que, na oportunidade, lhe forem exigidos. de seu equipamento e exercer
Parágrafo único. A revalidação da pessoalmente o seu comércio, sob pena
matrícula poderá ser indeferida, quando o de revogação da permissão de uso.
feirante apresentar antecedentes que não § 1º O disposto neste artigo não se aplica
o recomendem para o exercício da ao feirante que indicar preposto, que
atividade ora regulamentada. deverá ser matriculado e cadastrado pela
Art. 26. O feirante poderá, a qualquer Secretaria Municipal de economia –
tempo, solicitar baixa total da permissão SECON e permanecer à frente do

91
equipamento durante o período Art. 33. O disposto no artigo anterior
de comercialização, sob pena de aplica-se ao feirante que contar, no
cassação mínimo 65 (sessenta e cinco) anos de
sumária da matrícula e revogação da idade, desde que tenha exercido pelo
permissão de uso. menos 20 (vinte) anos consecutivos a
§ 2º O preposto indicado não poderá atividade de feirante permissionário, bem
vincular-se a mais de uma matrícula. como àquele que, com qualquer idade,
Art. 30. O feirante poderá contar com o completar 30 (trinta) anos consecutivos
concurso de empregados, e será de sua de exercício como permissionário, ou se
inteira responsabilidade a observância das aposentar de acordo com as leis
leis trabalhistas e previdenciária. previdenciárias.
Parágrafo único. Os empregados de Parágrafo único. No caso de
feirantes deverão, durante suas aposentadoria, o pedido de transferência
atividades, apresentar-se munidos de da permissão somente será considerado
ficha de saúde fornecida pelo órgão definitivo após comprovação da mesma.
municipal competente, da qual conste não Não apresentado o comprovante
sofrerem de moléstia contagiosa ou respectivo, no prazo de 120 (cento e
infectocontagiosa. vinte) dias, contados do despacho que
Art. 31. Os feirantes, pessoas físicas ou deferir a transferência, prorrogáveis a
jurídicas, respondem, perante a juízo da Administração, se a demora for
Administração, pelos atos de seus justificada, será a transferência tornada
empregados e prepostos, quanto à insubsistente, retornando a permissão ao
observância dos regulamentos municipais. primeiro titular.
Parágrafo único. Os empregados e Art. 34. Nos casos previstos no artigo 32,
prepostos serão considerados com exceção do item III, e no artigo 35,
procuradores, para efeito de receber o beneficiário será matriculado
autuações, intimações e demais ordens independentemente do pagamento do
administrativas. preço de início de comércio previsto no
Art. 32. Falecendo o feirante ou art. 87, parágrafo único, da Lei nº
resultando inválido, poderá o Secretário 7.056/77.
Municipal de Economia, ressalvados os Art. 35. O feirante que, por mais de 02
interesses da Administração, deferir a (dois) anos, exercer, em seu nome, o
permissão de uso ao seu cônjuge. comércio nas feiras livres, poderá a juízo
Parágrafo único. Na desistência do da Administração, transferir sua matrícula
cônjuge, poderá, da mesma forma, ser a terceiros, que passarão a ser
atribuída a permissão, obedecida a permissionários.
seguinte ordem de preferência, e desde § 1º O feirante que obtiver sua matrícula
que comprovado, pelo interessado, estar nos termos deste artigo, ocupará, nas
capacitado para o exercício do comércio: feiras, o mesmo lugar de seu antecessor,
I – aos filhos maiores, ascendentes, a após cumprir as formalidades previstas no
outros descendentes maiores ou artigo 20 e recolher aos cofres
colaterais do permissionário, comprovada municipais, a título de taxa de
expressamente a desistência dos que transferência, a importância
também concorram na mesma classe; correspondente a 01 (uma) vez o preço
II – à sua companheira, nos termos da anual da permissão de uso da área.
legislação em vigor; § 2º O preço a que se refere o parágrafo
III – diretamente a terceiros anterior, poderá ser recolhido em até 10
interessados, com desistência expressa (dez) parcelas iguais e mensais.
de todos os herdeiros.

92
Art. 36. Formalizada a Art. 41. É expressamente proibido o
permissão, proceder-se-á à comércio de produtos hortigranjeiros e
matrícula do feirante, anotando- farinhas sobre transportes num raio de
se no departamento competente 1.000 (mil) metros em torno da feira
o número de seu registro, livre, sob pena de apreensão do veículo e
seu nome, seu domicílio, número do da respectiva carga.
processo pelo qual obteve a permissão, Art. 42. O óleo a granel deverá ser
data de início de sua atividade, grupo de acondicionado em recipiente próprio, do
produto em que lhe será permitido operar qual constará indicação bem visível de
e outras observações pertinentes. sua procedência e qualidade. Em se
§ 1º O feirante recolherá aos cofres tratando de produto composto, será
municipais, a título de preço de início de obrigatória a indicação da respectiva
comércio, a importância correspondente à porcentagem.
classe e à metragem do equipamento, de Art. 43. A manteiga, o queijo e outros
conformidade com os termos do art. 87, derivados do leite, bem como todos os
parágrafo único, da Lei 7.056/77 e da Lei produtos preparados e aqueles que
Municipal nº 7.645/93, possam ou devam ser consumidos sem
de 12/07/93. cozer, deverão estar devidamente
§ 2º Ao feirante será entregue um cartão protegidos de qualquer contaminação por
de identificação, contendo: impurezas do ambiente.
a) nome; Parágrafo único. Os produtos que
b) número de matrícula; necessitarem de temperatura adequada
c) data do início de atividade; deverão, durante a comercialização, ser
d) grupo e subgrupo de comércio; conservados em equipamentos
e) registro da feira designada; apropriados.
f) metragem permitida; Art. 44. A venda de queijo ralado, de
g) antiguidade da permissão de uso. presunto fatiado e mussarela fatiada será
permitida, quando o produto for
CAPÍTULO VI - DA inspecionado e embalado nos
COMERCIALIZAÇÃO estabelecimentos de origem, ou quando
solicitado pelo comprador e na sua
Art. 37. Só será permitida a venda de presença.
carne “in natura” nas feiras livres, quando Art. 45. A venda de camarões frescos
os equipamentos destinados à sua sem casca só será permitida quando
comercialização obedecerem às embalados e inspecionados no
especificações emanadas da Vigilância estabelecimento de origem.
Sanitária do Município. Art. 46. É obrigatório o uso de recipiente
Art. 38. O documento fiscal, que de material resistente e de fácil limpeza,
comprove a procedência de todos os para recebe os detritos provenientes da
produtos a serem comercializados nas comercialização, os quais deverão ser
feiras livres, deverá ser exibido quando acondicionados em sacos plásticos para
solicitado pela fiscalização competente. posterior recolhimento.
Art. 39. A comercialização de gênero
alimentício de origem animal e derivados CAPÍTULO VII - DOS EQUIPAMENTOS
deverá obedecer à legislação vigente.
Art. 40. As atividades relativas ao grupo Art. 47 Para exposição e venda dos
de comidas deverão obedecer às produtos comercializados nas feiras livres,
exigências emanadas dos órgãos estadual serão empregadas bancas e barracas,
e municipal de saúde. obrigatoriamente dotadas de toldos que

93
não permitam a passagem da Art. 50. Deverá o feirante manter
luz e que abriguem toda a equipamentos e instalações
mercadoria exposta. rigorosamente dentro das especificações
Parágrafo único. A Secretaria técnicas e do espaço físico determinado
Municipal de Economia – SECON, pela SECON, constante do Ato
determinará o tipo Administrativo de Permissão.
dos demais equipamentos tendo em vista
os grupos de produtos a cuja CAPÍTULO VIII - DAS OBRIGAÇÕES
comercialização se destinem.
Art. 48. A localização dos equipamentos Art. 51. Durante o horário de
nas feiras livres será feita de modo a não funcionamento das feiras livres, o feirante
impedir o acesso de pedestres aos deverá portar os seguintes documentos:
prédios situados no local, mantida, I – Cartão de identificação do feirante,
obrigatoriamente, entre eles e os conjuntamente com o documento que
equipamentos, uma passagem de 60 cm comprove sua identidade;
(sessenta centímetros), no mínimo, que II – Carteira de Saúde atualizada,
deverá estar sempre desimpedida. expedida pelo órgão competente da
Art. 49. Na montagem das feiras, os Administração Municipal.
equipamentos serão agrupados em Art. 52. Ocorrendo extravio de qualquer
setores, segundo os seus ramos de dos documentos da sua atividade, deverá
comércio. o feirante notificar a fiscalização e
§ 1º Em todas as feiras livres, a requerer, por escrito,
metragem máxima dos equipamentos a 2ª via ai órgão competente.
deverá ser padronizada de acordo com o Art. 53. Os feirantes deverão, ainda,
grupo de produtos comercializados, atender às seguintes obrigações:
conforme abaixo especificado: I – não fornecer mercadorias para
a) Hortifrutigranjeiros 1.50 x 1.00 revenda no recinto das feiras livres em
b) Farinha 2.00 x 1.00 que estiverem operando, bem como no
c) Frutos do Mar 2.00 x 1.00 local do exercício de sua atividade;
d) Mercearia 2.00 x 1.00 II – não participar de feira clandestina ou
e) Industrializado 1.20 x 1.00 de feira que não tenha sido designada em
f) Comidas 2.00 x 1.00 sua matrícula;
g) Serviços 1.50 x 1.00 III – colocar sua mercadorias
h) Outros 1.50 x 1.00 rigorosamente dentro dos limites de seus
§ 2º Será permitida a comercialização equipamentos;
conjunta, no mesmo equipamento, dos IV – afixar sobre as mercadorias, de
produtos pertencentes ao mesmo grupo modo bem visível, indicação de seus
de comércio. preços, observados os tabelamentos
§ 3º Por ocasião da formalização do ato estabelecidos pelos órgãos competentes;
de permissão de uso para feiras livres e V – instalar a balança empregada para a
desde que os equipamentos usados pelos comercialização de seus produtos em
feirantes sejam fornecidos pelo Município, local que permita ao comprador verificar
o feirante firmará um termo de a exatidão do peso da mercadoria,
responsabilidade, comprometendo-se a conservando, devidamente aferidos, os
mantê-los em perfeitas condições de uso, seus pesos e medidas;
desde seu recebimento até a sua VI – usar, no exercício de sua atividade, o
devolução sob pena de indenização por uniforme que for estabelecido pela
dano em bem público. Secretaria Municipal de Economia –
SECON;

94
VII – observar irrepreensível compostura, XIX – indenizar todo e qualquer dano que
discrição e polidez no trato com o público; voluntária ou involuntariamente venha
VIII – apregoar sua mercadoria ocorrer ao Patrimônio Municipal;
sem algazarra; XX – fornecer periodicamente as
IX – não se utilizar de postes ou informações técnicas solicitadas pela
árvores existentes no local onde gerência da feira;
estiver instalada XXI – pesar as mercadorias com
a feira para colocação de mostruário ou exatidão;
para qualquer outra finalidade; XXII – trocar, sempre que solicitado,
X – observar rigorosamente o horário de qualquer mercadoria vendida ou fazer
funcionamento das feiras; restituições do valor correspondente,
XI – usar papel adequado para embrulhar desde que fique apurada a procedência da
os gêneros alimentícios, vedado o reclamação efetuada;
emprego de jornais, impressos, papéis XXIII – conservar rigorosamente dentro
usados ou quaisquer outros que dos padrões da higiene os equipamentos
contenham substâncias químicas públicos, aparelhos e utensílios
prejudiciais à saúde; empregados na venda de seus artigos, de
XII – manter rigorosa higiene pessoal, do conformidade com as exigências
vestuário, dos equipamentos e do local de emanadas dos órgãos competentes;
trabalho; XXIV – observar os preços, bem como
XIII – observar rigorosamente as manter os instrumentos de pesos e
exigências de ordem higiênico-sanitária medidas dentro dos padrões técnicos
previstas na legislação em vigor, quanto à determinados pelos Órgãos Federais de
exposição e venda de gêneros Abastecimento e de Metrologia;
alimentícios; XXV – descarregar mercadorias somente
XIV – exibir, quando solicitado pela dentro do horário permitido;
fiscalização, documento fiscal de compra XXVI – acatar as orientações dos
dos produtos a serem comercializados; servidores da administração municipal no
XV – efetuar, nos prazos estabelecidos, o exercício de suas funções em razão delas;
pagamento dos tributos devidos à XXVII acatar a execução de ato legal sem
Prefeitura em decorrência de sua violência ou ameaça a servidores
condição de feirante, sua matrícula nos competentes para executa-lo;
prazos estabelecidos, bem como exibir o XXVIII – não se apresentar no local de
carnê de pagamento sempre que trabalho em estado de embriaguez ou
solicitado pela gerência da feira; entorpecência;
XVI – acatar as ordens e instruções da XXIX – não usar ou portar armas no
Administração Municipal, especificamente recinto da feira;
aquelas emanadas da Secretaria XXX – não exercer qualquer atividade
Municipal de Economia – SECON; paralela às especificadas no artigo 17;
XVII – obedecer a setorização dos grupos XXXI – não manter material inflamável ou
de produtos determinada pela SECON, de explosivo nos equipamentos de
acordo com a sua atividade; comercialização;
XVIII – realizar manutenção dos XXXII – comercializar mercadorias em
equipamentos públicos usados no perfeito estado de consumo;
exercício de suas atividades comerciais, XXXIII – exibir, sempre que solicitado, a
mantendo-os em perfeito estado de documentação exigida para exercício de
conservação e utilização; sua atividade;
XXXIV – em caso de ausência, justificar,
por escrito, à gerência da feira.

95
necessário ao exercício de suas atividades
CAPÍTULO IX - DAS PENALIDADES na feira;
e) praticar atos simulados ou prestar
Art. 54. Os feirantes e os seus prepostos falsas declarações perante a
estão sujeitos às seguintes Administração, para burla das leis e
penalidades, que poderão ser regulamentos;
aplicadas isoladas ou f) proceder com indisciplina ou
conjuntamente: turbulência, ou exercer suas atividades
I – multa; em estado de embriaguez ou de
II – suspensão de atividade; entorpecência;
III – revogação da permissão de uso e g) resistir à execução de ato legal,
cancelamento da matrícula. mediante violência ou ameaça servidor
Art. 55. Verificada qualquer infração a competente para executa-la;
dispositivos deste Decreto, o infrator será h) não exercer pessoalmente seu
multado pela autoridade incumbida da comércio nas feiras livres, salvo as
fiscalização, nos termos da legislação em exceções previstas neste decreto;
vigor. i) deixar de regularizar a situação dos
Parágrafo único. Ao feirante multado por empregados e prepostos, quer quanto à
03 (três) vezes consecutivas na mesma Administração Municipal, quer quanto aos
infração em feira livre, será aplicada pena órgãos competentes dos Ministérios do
de suspensão. Trabalho e Previdência Social;
Art. 56 A penalidade de suspensão da j) descumprir as obrigações previstas nos
atividade poderá ser aplicada ao feirante artigos 51 e 53, bem como quaisquer
que infringir qualquer dos dispositivos outras especificadas neste decreto;
deste Decreto, pelo prazo de 05 (cinco) a k) em caso de reincidência ao disposto no
60 (sessenta) dias. parágrafo único do artigo 55;
Art. 57. A penalidade de revogação da l) atrasar o pagamento de tributos
permissão de uso e cancelamento da municipais por um período de 90
matrícula, verificada a gravidade do caso (noventa) dias.
e os antecedentes do infrator, poderá ser Art. 58. O disposto no artigo anterior
aplicada ao feirante que: aplica-se também a permissionários de
a) expuser à venda, ou mantiver em feiras móveis.
depósito ou sob guarda, para fins de Art. 59. Os dirigentes sindicais ou de
comércio, durante a realização da feira, associações de classe que estejam na
carne “in natura”, cuja comercialização condição de permissionários públicos
não esteja dentro dos padrões exigidos estão isentos do controle de frequência,
pelos órgãos competentes; desde que haja indicação de preposto.
b) permitir que terceiros, não autorizados Art. 60. É vedado ao feirante transferir
pela Administração, usem, parcial ou sua permissão de uso a terceiros, sem
totalmente, ainda que temporariamente, autorização da Secretaria Municipal de
os seus equipamentos, durante a Economia – SECON, sob pena de
realização da feira livre; revogação da permissão e cancelamento
c) faltar à feira por 10 (dez) vezes da matrícula.
consecutivas, ou 20 (vinte) vezes Art. 61. As penalidades de exclusão da
alternadas, durante o ano civil, sem feira, cancelamento da matrícula,
apresentação de justificativa relevante; suspensão de atividade e revogação de
d) adulterar ou rasurar, permissão de uso serão aplicadas pelo
fraudulentamente, qualquer documento Secretário Municipal de Economia –
SECON, mediante processo.

96
Art. 62. A aplicação de qualquer dias, à SECON, a contar do dia em que foi
penalidade será anotada no prontuário do cientificado, acompanhada das provas
infrator, para verificação de seus que julgar necessárias.
antecedentes administrativos. Art. 69. Será permitido ao feirante indicar
Art. 63. Para aplicação das penalidades à SECON um preposto para responder e
aos infratores, deverá a desenvolver atividades de trabalho no
notificação demonstrar com local permitido, através de formulário
clareza a infração cometida, a próprio, nos seguintes casos:
disposição legal infringida, hora I – por 120 (cento e vinte) dias, em casos
e data da ocorrência, bem como de gravidez e/ou pós-natalidade,
levar as assinaturas de suas mediante a apresentação do atestado
testemunhas. médico até 10 (dez) dias após o
Parágrafo único. Para aplicação da pena afastamento;
de advertência por escrito, a notificação II – por 08 (oito) dias, em caso de
não requererá testemunhas. casamento e nascimento de filhos,
Art. 64. Na apreensão de equipamentos comprovado o fato, mediante
dos feirantes, será lavrado o auto de apresentação de certidão respectiva, em
apreensão com duas testemunhas, até 30 (trinta) dias.
fazendo-se posteriormente a remessa do Art. 70. No caso de falta por motivo de
material ao depósito da SECON. doença, deverá ser apresentado o
Parágrafo único. A devolução dos atestado médico após ausência de 15
equipamentos e mercadorias somente (quinze) dias, podendo o feirante ficar
será feita mediante a regularização da ausente da feira no período estipulado
atividade exercida e o pagamento de pelo atestado.
multa aplicada ao caso concreto, prevista § 1º No terceiro dia de ausência, o
na legislação vigente. feirante, pelo motivo acima descrito,
Art. 65. A aplicação de qualquer sanção deverá fazer o comunicado em formulário
prevista neste Decreto, não exime o próprio da SECON. Nos casos em que o
infrator de sanar, quando for o caso, a feirante estiver impossibilitado de
irregularidade constatada. preencher pessoalmente o formulário,
Art. 66. O feirante que tiver seu cadastro este poderá ser preenchido por um
cancelado em uma feira livre fica proibido parente, devendo indicar o preposto que
de se cadastrar para comercializar em irá substituí-lo.
outra feira no Município de Belém. § 2º Em todos os casos de afastamento
justificado, a permissão ficará vigorando,
CAPÍTULO X - DOS DIREITOS DO desde que o feirante continue recolhendo
PERMISSIONÁRIO os tributos públicos municipais.
Art. 71. O feirante ou preposto por ele
Art. 67. Por falecimento do cônjuge, filho, indicado poderá contratar empregados,
pai, mãe, irmãos, cunhados, sobrinhos ou ficando sob sua inteira responsabilidade a
pessoa que, nos casos legalmente observância das leis trabalhistas e
previstos, viva sob sua dependência previdenciária.
econômica, poderá o feirante deixar de Art. 72. O feirante portador de moléstia
comparecer à feira durante 03 (três) dias. contagiosa deverá notificar o fato à
Art. 68. O feirante, quando autuado, gerência da feira, que autorizará o seu
suspenso, ou tido o seu cadastro afastamento do local onde desenvolve
cancelado, por infração a dispositivos suas atividades de trabalho.
deste Decreto, poderá apresentar defesa Parágrafo único. No caso de afastamento
por escrito, no prazo máximo de 10 (dez) definitivo, o equipamento de uso do

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feirante afastado ficará à disposição da III – dimensionar as feiras livres e
SECON e deverá ser ocupado de estabelecer o número e localização de
conformidade com os critérios definidos seus equipamentos;
no artigo 32 deste Decreto. IV – apreender mercadorias, veículos e
Art. 73. Após cada 12 (doze) meses no equipamentos encontrados na área de
efetivo exercício das atividades de localização das feiras livres em desacordo
trabalho, poderá o feirante com as prescrições legais;
afastar-se pelo prazo de 30 V – dar conhecimento imediato ao
(trinta) dias, desde que Secretário Municipal de Economia de
comunique o fato e indique seu qualquer irregularidade verificada nas
substituto à gerência da feira. feiras, ou que envolva feirantes;
CAPÍTULO XI - DISPOSIÇÕES FINAIS VI – dar atendimento aos interessados na
atividade em feira livre;
Art. 74. À Secretaria Municipal de VII – afastar os ambulantes que se
Economia, além de outras atribuições encontrem na área de localização das
previstas neste Decreto, compete ainda: feiras, bem como fazer cessar qualquer
I – elaborar normas pertinentes às feiras tipo de comércio clandestino que ali se
livres, orientando e supervisionando o realize;
cumprimento da legislação; VIII – identificar a necessidade de
II – manter atualizado o cadastro dos planificação de feiras, bem como sua
equipamentos de abastecimento de cada execução.
feira livre, bem como de seus agentes Art. 76. O servidor designado para
manipuladores; exercer fiscalização nas feiras deverá
III – executar as atividades usar, durante o seu trabalho, identificação
administrativas de licenciamento de externa, conforme modelo a ser
feirantes; estabelecido pela Secretaria Municipal de
IV – arrecadar os tributos municipais Economia – SECON.
devidos pelos feirantes, bem como decidir Art. 77. Fica proibido ao servidor
sobre qualquer alteração ou modificação exercente de atividades nas feiras livres
de suas permissões de uso; efetuar compras durante o seu horário de
V – fiscalizar o cumprimento das normas trabalho, bem como aos servidores da
legais e posturas relativas às feiras livres; SECON tratar de interesses de feirantes
VI – promover a realização de feiras livres junto às repartições públicas.
extraordinárias, com a participação Art. 78. Fica proibido o comércio exercido
somente de permissionários cadastrados por ambulantes no local onde esteja
na Secretaria instalada a feira livre, bem como qualquer
Municipal de Economia – SECON. tipo de campanha para venda de gêneros
Art. 75. Ao Departamento de Feiras, alimentícios, quer sejam em bancas,
Mercados e Portos compete: barracas ou veículos.
I – fiscalizar o cumprimento de todas as Parágrafo único. Serão apreendidos e
normas legais referentes ao encaminhados aos depósitos municipais
funcionamento das feiras livres e às as mercadorias, veículos, equipamentos,
atividades ligadas às mesmas, bem como folhetos, formulários e todo e qualquer
às relativas aos seus equipamentos e aos material utilizado na comercialização
seus agentes manipuladores; irregular, exceto mercadorias perecíveis.
II – intimar e autuar os feirantes que Estas, quando apreendidas, deverão ser
estiverem em desacordo com as normas analisadas por fiscais da vigilância
preconizadas neste Decreto; sanitária e, se em condições de consumo,
doadas a entidades filantrópicas. Se

98
apresentarem sinais de deteriorização,
deverão ser inutilizadas.
Art. 79. A taxa de transferência de
matrícula entre pessoas jurídicas será
cobrada em dobro e recolhida de uma só
vez aos cofres municipais.
Art. 80. Os atos praticados por terceiros,
em nome dos permissionários de feiras
livres, somente serão admitidos mediante
a apresentação de procuração por
instrumento público.
Art. 81. Será denominado “Dia do
Feirante” o dia 28 de agosto de cada ano.
Art. 82. Ficam os gerentes de feiras livres
do Município de Belém, responsáveis pela
fiel observância de comercialização nas
feiras livres.
Art. 83. É expressamente proibido aos
funcionários da SECON possuir qualquer
equipamento de comercialização nas
feiras livres.
Art. 84. A transferência e/ou permissão
para novos feirantes somente poderão ser
autorizados pelo Secretário Municipal de
Economia.
Art. 85. Os casos omissos serão
apreciados e decididos pela SECON.
Art. 86. Este Decreto entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

HÉLIO MOTA GUEIROS


Prefeito Municipal de Belém

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DECRETO N° 26.580 DE 14 DE ABRIL DE 1994
FUNCIONAMENTO DOS MERCADOS E HORTOMERCADOS

CAPÍTULO I – CONCEITO E FINALIDADE (art. 1)

CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA (art. 2 - 3)

CAPÍTULO III – DA ORGÂNIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO (art. 4 - 15)

CAPÍTULO IV – DA PERMISSÃO DE USO E DO PERMISSIONÁRIO (art. 16 - 39)

CAPÍTULO V – DA COMERCIALIZAÇÃO (art. 40 - 46)

CAPÍTULO VI – DOS EQUIPAMENTOS (art. 47 - 50)

CAPÍTULO VII – DAS OBRIGAÇÕES (art. 51 - 58)

CAPÍTULO VIII – DAS PENALIDADES (art. 59 - 62)

CAPÍTULO IX – DOS DIREITOS DO PERMISSIONÁRIO (art. 63 - 69)

CAPÍTULO X – DO RATEIO DAS DESPESAS (art. 70 - 71)

CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÕES FINAIS (art. 72)

100
DECRETO N° 26.580 DE 14 DE ABRIL gêneros alimentícios e artigos de utilidade
DE 1994 na vida doméstica, terão, no mínimo, as
seguintes seções:
DISPÕE SOBRE O FUNCIONAMENTO DOS a) QUITANDA – para venda de frutas,
MERCADOS E HORTOMERCADOS DO verduras, legumes, bulbos, tubérculos,
MUNICÍPIO DE BELÉM, E DÁ OUTRAS ovos e demais mercadorias características
PROVIDÊNCIAS. do ramo;
b) AÇOUGUE – para venda de carne em
CAPÍTULO I - CONCEITO E geral, vísceras e miudezas de animais de
FINALIDADE corte;
c) AVÍCOLA – para venda de aves
Art. 1º Os mercados e hortomercados abatidas, pequenos animais e ovos;
municipais são unidades da Secretaria d) FRUTOS DO MAR – para venda de
Municipal de Economia e têm por pescados frescos, congelados, mariscos e
finalidade propiciar à população o crustáceos;
abastecimento de gêneros alimentícios e e) EMPÓRIO – para venda de cereais e
de outros artigos da vida doméstica. grãos alimentícios, produtos do grupo
“batata, cebola e alho”, alimentos
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA básicos, latarias, massas, doces,
conservas, artigos de uso pessoal e
Art. 2º Compete à Secretaria Municipal de doméstico do ramo e demais produtos
Economia da Prefeitura Municipal de característicos desse comércio;
Belém, por força da Lei Municipal nº f) MERCEARIA – para venda de frios,
7.341, de 18 de março de 1986, as salgados e laticínios em geral;
atividades do planejamento e g) UTILIDADES DOMÉSTICAS – para
administração dos mercados e venda de artefatos de uso no lar,
hortomercados municipais de Belém. confeccionados em madeira, cerâmica,
Art. 3º Compete exclusivamente à plástico, couro, fibras, alumínio, metais e
Secretaria Municipal de Economia – similares;
SECON a criação de mercados e h) COMIDAS – refeições prontas, lanches,
hortomercados municipais, bem como mingau e pratos regionais.
localiza-los, dimensiona-los, suspender- Art. 6º São proibidas vendas ambulantes
lhes o funcionamento, extingui-los total dentro do recinto dos mercados e
ou parcialmente, em atendimento ao hortomercados e serão apreendidas as
interesse público e respeitadas as mercadorias oferecidas à venda fora dos
exigências de ordem higiênico-sanitárias equipamentos.
e urbanísticas em geral. Art. 7º Salvo autorização expressa da
Secretaria Municipal de Economia –
CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E SECON, o uso dos equipamentos dos
DO FUNCIONAMENTO mercados e hortomercados será
exclusivamente para a sus
Art. 4º Os dias e horários de comercialização.
funcionamento dos mercados e Art. 8º Só serão permitidas modificações
hortomercados municipais serão fixados nas especificações técnicas da estrutura
pela Secretaria Municipal de Economia – dos equipamentos de comercialização,
SECON. Em casos especiais, fica facultado desde que haja autorização da Secretaria
à SECON dilatar ou reduzir o horário de Municipal de Economia.
funcionamento. Art. 9º Encerrado o horário de
Art. 5º As áreas dos mercados e funcionamento dos mercados e
hortomercados destinados à venda de

101
hortomercados, deverão os usuários previsto no art. 19 e sob a forma de
proceder à limpeza e arrumação da área Permissão de Uso.
interna de seus equipamentos de Parágrafo único. A Secretaria Municipal de
trabalho. Economia, publicará edital com prazo de
Art. 10. Os mercados e hortomercados 15 dias para convocação dos
são classificados nas categorias “A”, “B” e interessados.
“C”, conforme o Decreto Municipal nº Art. 18. Para habilitar-se à vaga, deverá o
25.261/93, de 20/01/93. interessado encaminhar requerimento ao
Art. 11. Cada mercado e hortomercado Secretário Municipal de economia e
municipal terá, pelo menos, um preencher formulário próprio, constando
Administrador de Mercado, responsável os seguintes dados: nome, endereço,
pela boa ordem, asseio e conservação dos número da carteira de identidade, número
mesmos e o exato cumprimento das do CIC, sexo, idade, ocupação principal e
disposições contidas neste Decreto. ramo de comércio que pretende explorar.
Art. 12. Os mercados e hortomercado Parágrafo único. As pessoas jurídicas
serão mentidos limpos, obedecidos os deverão apresentar Certidão de Registro
preceitos de higiene indispensáveis. na Junta Comercial, Contrato Social,
Art. 13. A Secretaria Municipal de CGC/MF, Certidões Negativas das
economia poderá executar, contratar ou Fazendas Federal, Estadual e Municipal,
autorizar os permissionários, através de Inscrição Municipal e o grupo de produto
suas associações ou sindicatos, a que pretende comercializar.
realizarem os serviços de limpeza e Art. 19. As vagas serão preenchidas com
higienização dos locais. observância dos seguintes critérios
Art. 14. Na hipótese dos serviços serem sucessivamente:
realizados às expensas dos I – por permissionários que já estejam
permissionários, cabe à Administração operando no mesmo mercado e desejam
supervisionar e orientar a execução dos obter outra permissão de uso;
trabalhos. II – por permissionários que desejam
Art. 15. Nos mercados e hortomercados alterar seu ramo de comércio;
que não disponham de frigoríficos, a III – por permissionários que estejam
Secretaria Municipal de Economia poderá operando em outro mercado ou
autorizar os permissionários a instalarem hortomercado e dele desejem ser
câmaras frigoríficas para armazenagem transferido, respeitando o início de
de seus produtos, e, nos equipados, atividade a favor do permissionário mais
pequenas câmaras, indispensáveis à antigo que terá a preferência;
comercialização. IV – por aqueles que pela primeira vez,
requereram a Permissão de Uso,
CAPÍTULO IV - DA PERMISSÃO DE observada a ordem cronológica de
USO E DO PERMISSIONÁRIO entrada dos requerimentos.
Parágrafo único. Se, após a observância
Art. 16. Respeitadas as restrições deste dos critérios estabelecidos neste artigo,
Decreto, podem comercializar nos ainda sobrarem vagas, serão expedidos
mercados e hortomercados as pessoas novos editais de convocação.
físicas maiores e capazes, nos termos da Art. 20. O permissionário deverá contar
legislação vigente, bem como as pessoas com o concurso de preposto e
jurídicas legalmente constituídas. empregados, sendo de sua inteira
Art. 17. As vagas existentes nos responsabilidade a observância integral
mercados e hortomercados municipais da legislação trabalhista e previdenciária
serão preenchidas de conformidade com o e os encargos dela decorrentes.

102
Parágrafo único. Os empregados e/ou correspondente à classe e metragem do
prepostos de permissionários deverão, equipamento, de conformidade com os
durante suas atividades, apresentar-se termos do art. 87, parágrafo único, da Lei
munidos de ficha de saúde fornecida pelo nº 7.056/77, e do Decreto Municipal nº
órgão competente, da qual não conste 25.261/93, de 20/01/03.
sofrerem de moléstia contagiosa ou Parágrafo único. A matrícula para
infectocontagiosa. inicialmente, na forma do disposto no
Art. 21. Compete ao permissionário “caput” deste artigo, deverá ser renovada
organizar e manter atualizado o cadastro anualmente.
de seus empregados ou gerentes. Art. 28. Anualmente, no prazo
Art. 22. Será permitido ao permissionário estabelecido pela Secretaria Municipal de
ocupar no máximo 03 (três) Economia – SECON, e enquanto vigente a
equipamentos de comercialização, Permissão de Uso, o permissionário
obedecendo aos critérios definidos no deverá providencias a revalidação de sua
artigo 19, respeitando-se as situações já credencial, exibindo o comprovante de
existentes. contribuição sindical, carteira de saúde
Art. 23. Não será concedida permissão de atualizada e outros documentos que lhe
uso a cônjuge de integrante de pessoa forem exigidos, devendo, ainda, recolher
jurídica permissionária. na oportunidade, o preço público
Art. 24. Será admitida, a juízo da respectivo fixado pela administração.
Administração, a unificação de Parágrafo único. A revalidação dever;a
compartimento, até o máximo de 03 ser negada ao permissionário cujos
(três) unidades, desde que pertençam a antecedentes não recomendem para o
idêntico ramo de comércio. exercício da atividade a que se refere a
Art. 25. Os permissionários respondem permissão.
civilmente pelos seus auxiliares, Art. 29. Ocorrendo o falecimento ou a
empregados ou gerentes quanto à invalidez do permissionário, poderá o
observância das leis e regulamentos Secretário Municipal de Economia,
municipais. ressalvados os interesses da
Parágrafo único. Os empregados e administração, deferir a permissão de uso
prepostos serão considerados ao seu cônjuge.
procuradores, para efeito de recebimento Parágrafo único. Na desistência do
de intimações, notificações, autuações e cônjuge, poderá, da mesma forma, ser
demais ordens administrativas, dirigidas atribuída a permissão, obedecida a
ao permissionário. seguinte ordem de preferência, e desde
Art. 26. A permissão de uso concedida que comprovado, pelo interessado estar
para exercício das atividades previstas capacitado para o exercício do comércio:
neste Decreto sê-lo-á a título precário, I - aos filhos maiores, ascendentes, a
podendo, a qualquer tempo, ser outros descendentes maiores ou
cancelada unilateralmente e a critério colaterais do permissionário, comprovada
exclusivo da Administração Municipal, por expressamente a desistência dos que
oportunidade ou conveniência também concorram na mesma classe;
supervenientes, consoante as normas II – à sua companheira, nos termos da
disciplinadoras que regem a matéria legislação em vigor;
inerentes à utilização dos bens públicos III – diretamente a terceiros
de uso especial. interessados, com desistência expressa
Art. 27. O permissionário recolherá aos de todos os herdeiros.
cofres municipais, a título de preço de Art. 30. O disposto no artigo anterior
início de comércio, a importância aplica-se também ao permissionário que

103
contar, no mínimo, 65 (sessenta e cinco) Parágrafo único. Quando não mais lhe
anos de idade, desde que tenha exercido interessar permanecer operando no
pelo menos 20 (vinte) anos consecutivos mercado ou hortomercado, o
à atividade de permissionário, bem como permissionário estará obrigado, com
àquele que, com qualquer idade, antecedência mínima de 30 (trinta) dias,
completar 30 (trinta) anos consecutivos a comunicar, por escrito, tal decisão.
de exercício como permissionário, ou se Art. 33. A Permissão de Uso deverá ser
aposentar de acordo com as leis formalizada por instrumento próprio até
previdenciárias. 60 (sessenta) dias após a publicação do
Parágrafo único. No caso de despacho homologatório da decisão, sob
aposentadoria, o pedido de transferência pena de revogação, e terá caráter pessoal
deverá ser instruído com o protocolo do e intransferível, ressalvando-se os casos
requerimento apresentado ao INSS, a previstos neste Decreto.
transferência da permissão comente será Art. 34. Formalizada a permissão,
considerada definitiva após comprovação proceder-se-á ao credenciamento do
da mesma. Não apresentado o permissionário, anotando-se o número de
comprovante respectivo, no prazo de 120 registro, nome, domicílio, número do
(cento e vinte) dias, contado do despacho processo pelo qual obteve a permissão,
que deferir a transferência, prorrogáveis a data do início da atividade, grupo de
juízo da Administração, se a demora for produto em que está autorizado a
justificada, será a transferência tornada comercializar, metragem da área ocupada
insubsistente, retornando a permissão ao e o mercado ou hortomercado em que
primeiro titular. será permitido operar.
Art. 31. Ressalvado o disposto no artigo Parágrafo único. Ao permissionário será
26 o permissionário que, por mais de 02 entregue uma credencial de identificação,
(dois) anos, exercer, em seu nome, o contendo: a) nome; b) número de
comércio nos mercados ou registro; c) grupo de comércio; d) data
hortomercados, poderá, a juízo da de início de atividade.
Administração, se a demora for Art. 35. Para a formalização da Permissão
justificada, será a transferência tornada de Uso, o permissionário deverá recolher
insubsistente, retornando a permissão ao o valor devido correspondente à lavratura
primeiro titular. do Ato, conforme os termos do art. 27
§ 1º O permissionário que obtiver sua deste Decreto.
matrícula nos termos deste artigo Art. 36. A Taxa de Ocupação de Uso de
ocupará nos Mercados ou Hortomercados Bens Públicos será paga anualmente e
o mesmo lugar que seu antecessor, após calculada de acordo com o estabelecido
cumprir as formalidades previstas no no Decreto Municipal nº 25.261/93, de
artigo 18 e recolher aos cofres 20/12/1993.
municipais, a título de taxa de Art. 37. Nenhum permissionário poderá
transferência, a importância apregoar as suas mercadorias ou chamar
correspondente a 01 (uma) vez o preço atenção para o seu equipamento por meio
anual da permissão de uso da área. de campainhas ou outro meio perturbador
§ 2º O preço a que se refere o parágrafo do silêncio, que deve ser mantido.
anterior poderá ser recolhido em até 10 Art. 38. A Permissão de Uso poderá ser
(dez) parcelas iguais e mensais. revogada conforme o disposto no art. 26
Art. 32. O permissionário poderá, a ou ainda, quando:
qualquer tempo e recolhidos os preços a) O permissionário sublocar ou arrendar
públicos municipais devidos, pedir baixa no todo ou em parte o seu equipamento;
da permissão de uso.

104
b) Houver falta de pagamento dos conservação específicas de cada um, em
Tributos Municipais por mais de 90 consonância com as normas técnicas
(noventa) dias; vigentes.
c) O permissionário se tornar elemento de Parágrafo único. A venda de queijo
indisciplina, turbulento, ébrio habitual, ou ralado, presunto ou mussarela fatiados
pratique ato atentatório à boa ordem e ao será permitida quando solicitado pelo
decoto no Mercado ou Hortomercado; comprador e na sua presença.
d) Venha o permissionário sofrer de Art. 43. Quando forem comercializados
moléstia contagiosa ou repugnante, produtos congelados, os equipamentos
constatada pelo órgão competente da deverão atingir a temperatura
Administração Pública; preconizada para a devida conservação,
e) O equipamento ficar ocioso por mais ou seja, no mínimo –10ºc (dez graus
de 30 (trinta) dias; centígrado negativos).
f) Infrinja o permissionário qualquer Art. 44. A venda de pescados em filé será
disposição deste Decreto. permitida, quando forem previamente
Parágrafo único, Fica assegurado, na preparados e inspecionados em
hipótese da letra “d”, o direito de estabelecimento de origem e vendido em
transferência para terceiros, obedecendo embalagens apropriadas, ou quando o
aos critérios estabelecidos no artigo 29 pescado for filetado por solicitação do
deste Decreto. comprador e na sua presença.
Art. 39. É vedado ao permissionário § 1º Não será permitida, na área
transferir sua permissão de uso a destinada à limpeza dos peixes, a
terceiros, sem autorização da Secretaria colocação de proteção que impeça a sua
Municipal de Economia – SECON, sob perfeita visualização pelo comprador.
pena de revogação da permissão e § 2º A venda de camarões sem casca só
cancelamento da matrícula. será permitida, quando embalados e
inspecionados no estabelecimento de
CAPÍTULO V - DA COMERCIALIZAÇÃO origem.
Art. 45. Haverá nos mercados e
Art. 40. A comercialização de carne e hortomercados uma balança para
vísceras “in natura” ou congeladas, que verificação de pesos franqueada ao
de suínos ou bovinos, deverá observar os público.
preceitos contidos nas normas técnicas Art. 46. Não será permitido o emprego de
sanitárias vigentes, bem como a jornais, papéis velhos ou quaisquer
comercialização de pescado. impressos que contenham substâncias
Art. 41. A venda de aves abatidas, químicas prejudiciais à saúde para
inteiras ou fracionadas, será permitida embrulhar gêneros alimentícios, desde
desde que procedentes de que fiquem ou possam ficar em contato
estabelecimentos devidamente direto com aqueles.
inspecionados pelas autoridades
sanitárias competentes. CAPÍTULO VI - DOS EQUIPAMENTOS
Art. 42. Os derivados do leite, os frios e
embutidos, bem como os produtos Art. 47. Os equipamentos existentes nos
preparados e aqueles que possam ou mercados e hortomercados não poderão
devam ser consumidos sem cozimentos, ser modificados ou alterados em suas
deverão estar devidamente protegidos de disposições pelos permissionários. A
qualquer contaminação por impurezas do administração, todavia, poderá faze-lo, a
ambiente, observando-se, durante seu requerimento do permissionário e à custa
transporte e exposição, as condições de

105
deste, desde que a obra não seja mercados e hortomercados deverá ser
prejudicial à estética do prédio. apresentado sempre que solicitado pela
Art. 48. Os permissionários serão fiscalização competente.
obrigados a manter os equipamentos em Art. 56. Os permissionários deverão,
perfeito estado de higiene, limpeza e ainda, atender às seguintes
conservação. determinações:
Art. 49. Os equipamentos para a venda I – vender somente produtos integrantes
de produtos de origem animal deverão do grupo previsto em sua credencial;
obedecer às exigências higiênico- II – não fornecer mercadorias para venda
sanitárias previstas na legislação vigente. ou revenda a terceiros, no horário de
Art. 50. Será proibida a colocação de funcionamento do Mercado e
qualquer mercadoria ou volume fora do Hortomercado;
limite de cada equipamento, bem como a III – não ceder a terceiros sua credencial
empilhação dentro do equipamento maior ou equipamento;
que a altura das divisórias, assim como IV – descarregar e carregar veículos de
qualquer depósito de vasilhames vazios. transporte de mercadorias no horário
determinado, estacionando-os de acordo
CAPÍTULO VII - DAS OBRIGAÇÕES com as instruções da Administração;
V – colocar suas mercadorias e caixarias
Art. 51. Os permissionários deverão rigorosamente dentro dos limites de seus
fornecer, controlar seu uso, e manter equipamentos;
atualizados os CartÕes de Identificação VI – afixar sobre as mercadorias, antes
de seus empregados ou gerentes, do início do funcionamento e de modo
conforme modelo padronizado bem visível, indicação dos preços;
estabelecido pela Secretaria Municipal de VII – instalar a balança empregada para a
Economia – SECON. comercialização de seus produtos em
Art. 52. Ocorrendo extravio de qualquer local que permita ao comprador verificar
documento de sua atividade, deverá o a exatidão do peso das mercadorias,
permissionário cientificar imediatamente conservando devidamente aferidos os
a Administração, providenciando, ato pesos e medidas;
contínuo, solicitação da expedição de VIII – usar, no exercício de suas
segunda via. atividades, o uniforme que for
Art. 53. Os permissionários e seus estabelecido pela Administração;
empregados são obrigados a usar IX – adotar irrepreensível compostura,
aventais e gorros, de modelo, cor e tecido discrição e polidez no trato com o público;
aprovados pela Administração, e deverão X – manter rigorosa higiene pessoal, do
estar sempre em perfeita condição de vestuário, dos equipamentos e do local de
asseio pessoal. trabalho;
Art. 54. Durante o horário de XI – observar rigorosamente as
comercialização dos Mercados e exigências de ordem higiênico-sanitárias
Hortomercados, os permissionários, seus previstas para o comércio exercido
prepostos e empregados deverão portar quanto à exposição de gêneros
os seguintes documentos: alimentícios;
a) Credencial de Identificação; XII – acatar ordens e instruções da
b) Carteira de saúde atualizada e Administração Municipal;
expedida por órgão oficial. XIII – efetuar, na data estipulada, o
Art. 55. O documento oficial que pagamento dos tributos e preços devidos
comprove a procedência de todos os à Municipalidade em decorrência da
produtos a serem comercializados nos permissão exercida;

106
XIV – não faltar 10 (dez) dias de XXV – apregoar seu mercadoria em
comercialização consecutivos ou 30 algazarra;
(trinta) intercalados num período de 06 XXVI- realizar manutenção dos
(seis) meses, sem prévia comunicação e equipamentos públicos usados no
justificativa, que será apresentada à exercício de suas atividades comerciais,
Secretaria Municipal de Economia, por mantendo-os em prefeito estado de
escrito, para análise e manifestação; conservação e utilização;
XV – responder civilmente pelos atos de XXVII- indenizar todo e qualquer dano
seus prepostos e empregados nas que voluntária ou involuntariamente
dependências do equipamento, quanto à venha dar ao patrimônio municipal;
observância das leis e regulamentos de XXVIII – pesar as mercadorias com
Mercados e Hortomercados do Município, exatidão;
bem como por danos ou prejuízos XXIX – trocar, sempre que solicitado,
causados à Administração Municipal ou a qualquer mercadoria vendida ou fazer
terceiros e ainda por todo e qualquer restituições do valor correspondente,
ônus trabalhista e previdenciário desde que fique apurada a procedência da
decorrente do vínculo jurídico reclamação efetuada;
estabelecido entre o permissionário e XXX – observar os preços, bem como
seus prepostos e empregados; manter os instrumentos de pesos e
XVI – não suspender suas atividades medidas, dentro dos padrões técnicos
durante o horário de funcionamento sem determinados pelos órgãos federais de
prévia e expressa autorização da abastecimento e de metrologia.
Administração; Art. 57. Será de responsabilidade dos
XVII – recolher de imediato e em permissionários o rateio do valor
recipientes próprios todo e qualquer correspondente aos encargos
detrito e varredura a que der causa; provenientes do consumo de água, esgoto
XVIII – não se apresentar no local de e energia elétrica, bem como aqueles
trabalho em estado de embriaguez ou decorrentes dos serviços de limpeza,
entorpecência; higienização, desratização, manutenção e
XIX – não usar ou portar armas no conservação, vigilância, seguro contra
recinto do mercado; incêndio, instalação de sistema de
XX – não manter material inflamável ou sonorização e de telefonia, e outros
explosivo nos equipamentos de encargos que vierem a ser instituídos pela
comercialização; Administração que se referirem ao
XXI – comercializar mercadorias em funcionamento e operacionalização dos
perfeito estado de consumo; Mercados e Hortomercados Municipais.
XII – exibir, sempre que solicitado, a Art. 58. O rateio a que se refere o artigo
documentação exigida para o exercício de anterior será realizado pela
sua atividade; Administração, levando em conta a
XXIII – em caso de ausência, justificar-se metragem da área ocupada, o ramo de
por escrito, à Administração do Mercado atividade e os equipamentos existentes
ou Hortomercado; na área permissionada.
XXIV – usar papel adequado para
embrulhar os gêneros alimentícios, CAPÍTULO VIII - DAS PENALIDADES
vedado o emprego de jornais, impressos,
papéis usados ou quaisquer outros que Art. 59. As penalidades aplicadas por
contenham substâncias químicas infração às normas do presente Decreto
prejudiciais à saúde; são as seguintes:
a) suspensão temporária da permissão;

107
b) revogação da permissão de uso e I – por 120 (cento e vinte) dias, em casos
conseqüente cancelamento definitivo da de gravidez e/ou pós-natalidade,
credencial. mediante a apresentação de atestado
Art. 60. A suspensão temporária da médico, até 10 (dez) dias após o
permissão será aplicada a critério da afastamento;
Secretaria Municipal de Economia – II – por 08 (oito) dias, em caso de
SECON, de acordo com a gravidade da casamento e nascimento de filhos,
falta cometida, pelo prazo de 05 (cinco) a devendo comprovar o fato, mediante
30 (trinta) dias de comercialização, apresentação de Certidão respectiva em
quando verificada qualquer infração a até 30 (trinta) dias.
dispositivos deste Decreto. Art. 65. No caso de falta por motivo de
Parágrafo único. A suspensão não doença, deverá ser apresentado o
desobriga o permissionário do pagamento atestado médico no prazo de 15 (quinze)
dos valores devidos à Municipalidade, dias, podendo o permissionário ficar
decorrentes da permissão de uso. ausente do Mercado ou Hortomercado no
Art. 61. A reincidência em qualquer período estipulado pelo atestado.
infração prevista no presente Decreto, § 1º No terceiro dia de ausência, o
resultará na revogação da permissão de permissionário deverá fazer o comunicado
uso e o consequente cancelamento da em formulário próprio da SECON. Nos
matrícula. casos em que o permissionário tiver
Parágrafo único. A revogação da impossibilitado de preencher o formulário,
permissão de uso e o cancelamento da este poderá ser preenchido por um
matrícula serão propostos pelo parente, devendo indicar o preposto que
Departamento de Feiras, irá substituí-lo.
Mercados e Portos e efetivado pelo § 2º Em todos os casos de afastamento
Secretário Municipal de Economia. justificado, a permissão ficará vigorando
Art. 62. As infrações de ordem higiênico- desde que o permissionário continue
sanitária, além das penalidades contidas recolhendo os tributos municipais.
neste Decreto, estarão sujeitas, também, Art. 66. O permissionário ou preposto por
às previstas na legislação que regula a ele indicado poderá contratar
matéria. empregados, ficando sob sua inteira
responsabilidade a observância das leis
CAPÍTULO IX - DOS DIREITOS DO trabalhistas e previdenciária.
PERMISSIONÁRIO Art. 67. Os dirigentes sindicais ou de
associações de classe que forem
Art. 63. O permissionário quando permissionários públicos estão isentos do
autuado, suspenso, ou tendo o seu controle de frequência, desde que haja
cadastro cancelado pro infração a indicação de preposto.
dispositivos deste Decreto, poderá Art. 68. O permissionário portador de
apresentar defesa por escrito no prazo moléstia contagiosa deverá comunicar o
máximo de 10 (dez) dias à SECON, a fato à Administração do Mercado ou
contar do dia em que foi cientificado, Hortomercado, que autorizará o seu
acompanhada das provas que julgar afastamento do local onde desenvolve
necessárias. suas atividades de trabalho.
Art. 64. Será permitido ao permissionário, Parágrafo único. No caso de afastamento
através de formulário próprio, indicar à definitivo, o equipamento de uso do
SECON um preposto para responder e permissionário afastado ficará à
desenvolver suas atividades no local de disposição da SECON e deverá ser
trabalho, nos seguintes casos:

108
ocupado de conformidade com os critérios qualquer alteração ou modificação de
definidos no art. 29 deste Decreto. suas Permissões de Uso;
Art. 69. Após cada 12 (doze) meses no V – fiscalizar o cumprimento das normas
efetivo exercício das atividades de legais e posturas relativas aos Mercados e
trabalho, poderá o permissionário afastar- Hortomercados.
se pelo prazo de 30 (trinta) dias, desde Art. 73. Ao Departamento de Feiras,
que comunique o fato e indique o seu Mercados e Portos comete:
substituto à Administração do Mercado e I – fiscalizar o cumprimento de todas as
Hortomercado. normas legais referentes ao
funcionamento dos mercados e
CAPÍTULO X - DO RATEIO DAS hortomercados e às atividades ligadas aos
DESPESAS mesmos, bem como às relativas aos seus
equipamentos e aos seus agentes
Art. 70. Os permissionários dos Mercados manipuladores;
Municipais passarão a responder pelo II – intimar e autuar os permissionários
valor correspondente aos encargos que estiverem em desacordo com as
provenientes do consumo de energia normas contidas neste Decreto;
elétrica, água, esgoto, assim como dos III – dar conhecimento imediato ao
serviços de limpeza e vigilância, no prazo Secretário Municipal de Economia de
de 180 (cento e oitenta) dias a contar da qualquer irregularidade verificada nos
publicação deste Decreto. mercados e hortomercados ou que
Art. 71. A cobrança far-se-á mediante envolva permissionários;
rateio, de acordo com tabela previamente IV – dar atendimento aos interessados
aprovada pela Secretaria Municipal de nas atividades de mercados e
Economia – SECON, levando-se em conta hortomercados;
a metragem da área ocupada, o ramo de V – afastar os ambulantes que se
atividade, os eletrodomésticos e eletro- encontrem na área de localização dos
eletrônicos existentes na área mercados e hortomercados, bem como
permissionária. fazer cessar qualquer tipo de comércio
irregular ou clandestino que ali se
CAPÍTULO XI - DISPOSIÇÕES FINAIS realizar;
VI – identificar a necessidade de
Art. 72. À Secretaria Municipal de planificação dos mercados e
Economia, além de outras atribuições hortomercados, bem como sua execução.
previstas neste Decreto, compete ainda: Art. 74. O servidor designado para
I – elaborar normas pertinentes aos exercer fiscalização nos mercados ou
mercados e hortomercados, orientando e hortomercados deverá usar, durante seu
supervisionando o cumprimento da trabalho, identificação externa, conforme
legislação; modelo a ser estabelecido pela Secretaria
II – manter atualizado o cadastro dos Municipal de Economia – SECON.
equipamentos de abastecimento de cada Art. 75. Fica proibido ao servidor
mercado e hortomercado, bem como dos exercente de atividades nos mercados e
seus agentes manipuladores; hortomercados efetuar compras durante o
III – executar as atividades seu horário de trabalho, bem como aos
administrativas no licenciamento dos servidores da SECON tratarem de
permissionários; interesses dos permissionários junto às
IV – por via bancária, arrecadas os repartições públicas.
tributos municipais devidos pelos Art. 76. As mercadorias e todo e qualquer
permissionários, bem como decidir sobre material utilizado na comercialização

109
irregular serão encaminhadas aos
depósitos municipais, exceto as
perecíveis. Esta, quando apreendidas,
deverão ser analisadas por fiscais da
vigilância sanitária e, se em condições de
consumo, doadas a entidades
filantrópicas. Se apresentarem sinais de
deteriorização, deverão ser inutilizadas.
Art. 77. A taxa de transferência de
matrícula entre pessoas jurídicas, será
cobrada em dobro e recolhi de uma só
vez aos cofres municipais.
Art. 78. Os atos praticados por terceiros
em nome dos permissionários somente
serão admitidos mediante a apresentação
de procuração por instrumento público.
Art. 79. Ficam os administradores de
mercados e hortomercados do Município
de Belém responsáveis pela fiel
observância do que dispõe este Decreto.
Art. 80. É expressamente proibido aos
funcionários da SECON possuir qualquer
equipamento de comercialização nos
mercados e hortomercados municipais.
Art. 81. A transferência e/ou permissão
para novos permissionários somente
poderão ser autorizadas pelo Secretário
Municipal de
Economia.
Art. 82. Os casos omissos serão
apreciados e decididos pela SECON.
Art. 83. Este Decreto entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL


DE BELÉM, 14 de abril de 1994.
HÉLIO MOTA GUEIROS
Prefeito Municipal de Belém

110
DECRETO Nº 39.326 DE 10 DE OUTUBRO DE 2001
COMPLEXO “VER-O-PESO”

CAPÍTULO I – DA FINALIDADE

CAPÍTULO II – DA COMPETÊNCIA

CAPÍTULO III – DO FUNCIONAMENTO

TIPO DE CARGA LOCAL HORÁRIO VEÍCULO

CAPÍTULO IV – DAS POSTURAS NO COMPLEXO

CAPÍTULO V – DOS EQUIPAMENTOS

CAPÍTULO VI – DA PERMISSÃO DE USO

CAPÍTULO VII – DAS OBRIGAÇÕES

CAPÍTULO VIII – DAS PENALIDADES

CAPÍTULO IX – DOS DIREITOS DO PERMISSIONÁRIO

CAPÍTULO X – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

111
DECRETO Nº 39.326 DE 10 DE um representante dos lojistas que
OUTUBRO DE 2001 desenvolvam atividades na área, um
representante dos taxistas, assim como
REGULAMENTA O USO DO COMPLEXO dos freteiros, banqueiros, balanceiros,
“VER-O-PESO” E DÁ OUTRAS guardadores de carro e, ainda, um
PROVIDÊNCIAS. representante da cooperativa que
gerencia o estacionamento da área.
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, no
uso das atribuições que lhe são conferidas CAPÍTULO III - DO FUNCIONAMENTO
por lei, decreta:
Art. 3º O horário de funcionamento dos
CAPÍTULO I - DA FINALIDADE setores do complexo obedecerá a
seguinte tabela:
Art. 1º O presente decreto é o - MERCADO DE CARNE 06:00 – 16:00h
instrumento legal que normaliza todas as - MERCADO DE PEIXE 06:00 – 13:00h
atividades inerentes ao funcionamento do - LOJAS EXTERNAS AOS MERCADOS
“Complexo Ver-o-Peso”, considerando 06:00 – 18:00h
suas especificidades e suas importância - SETOR DE HORTIFRUTIGRANJEIROS
para o 03:00 – 17:00h
Município de Belém. - SETOR DE ERVAS MEDICINAIS 06:00 –
17:00h
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA - SETOR DE REFEIÇÕES 24h
- SETOR DE INDUSTRIALIZADOS 06:00 –
Art. 2º A administração do “Complexo 17:00h
Ver-o-Peso” será exercida por órgãos - ATACADO DE PEIXE 03:00 – 09:00h
municipais responsáveis por serviços - ATACADO DE FRUTAS 03:00 – 08:00h
necessários ao bom funcionamento do Art. 4º A carga e descarga acontecerá nos
complexo, sob a coordenação da seguintes horários e locais, sob a
Secretaria de Economia – SECON, em fiscalização da Companhia de
conjunto, também, com o Condomínio Transportes de Belém – CTBEL:
Participativo, de caráter consultivo, que
auxiliará a Prefeitura de Belém na gestão
e administração deste complexo. TIPO DE CARGA LOCAL HORÁRIO VEÍCULO
§ 1º Os órgãos do governo municipal com Lojas/Comércio Castilho 14:00h – Até 8
atuação no complexo, cujos França 24:00h ton.
representantes por eles indicados Feiras/Cereais Oriental do 14:00h – Até 1,5
exercerão suas atividades Mercado 24:00h ton.
Feiras/Hortifruti Lateral do 00:00h – Até 1,5
especificamente no referido espaço são:
granjeiros Mercado 09:00h ton.
SECON (coordenadora geral), SESMA
de Ferro
(vigilância sanitária), SESAN (limpeza Frete Praça do 06:00h – Até 1,5
pública), FUNVERDE (meio-ambiente), Relógio 18:00h ton.
FUMBEL (patrimônio histórico), Peixe Doca do 03:00h – Até 8
BELEMTUR (turismo), CTBEL (transporte Ver-o-Peso 09:00h ton.
urbano), SEURB (urbanismo), GBEL
(guarda municipal), FUNPAPA Art. 5º Toda mercadoria exposta á venda
(problemática social) e DABEL (Distrito na feira e nos mercados deverá ser de
Administrativo de Belém). boa qualidade e devidamente protegida
§ 2º O Condomínio Participativo, de contra possível contaminação.
caráter consultivo, será constituído por

112
Art. 6º As mercadorias a serem baia, tendo como horário limite até às
comercializadas na feira serão agrupadas 07:00h da manhã.
por setores, ficando expressamente Art. 12. A comercialização no atacado de
proibida a comercialização de mercadorias frutas ficará restrita à área da Feira do
distintas àquelas setorizadas. Açaí.
Art. 7º A comercialização de carne e do § 1º Somente será permitido o ingresso
pescado ficará restrita aos respectivos de produtos destinados ao atacado de
mercados. frutas por via fluvial, exceção ao açaí, na
Art. 8º Nas áreas de venda de carne e Feira do Açaí.
pescado, não será permitido qualquer § 2º Os demais produtos destinados ao
outro ramo de negócio diverso da atacado de frutas que ingressam na
especialidade que lhes corresponde. cidade por via rodoviária deverão ser
Art. 9º A entrada de carne no Mercado encaminhados à CEASA.
Bolonha só será permitida de madrugada, Art. 13. É proibido o armazenamento de
no horário de 0:00h às 6:00h, sendo gêneros alimentícios ou outros produtos
obrigatória a apresentação de nota fiscal ao complexo Ver-o-Peso.
e certificado sanitário. Art. 14. Os veículos de transporte de
Art. 10. Todo pescado que ingressar no carnes e de pescados deverão ser
mercado de peixe, deverá obedecer ao tecnicamente adequados para esse fim.
horário estabelecido no artigo 4º (quarto) Art. 15. É proibida a filetagem e salga do
e apresentar o certificado sanitário. peixe no local.
§ 1º Somente as embarcações e Parágrafo único. A filetagem do peixe
caminhões cadastrados na vigilância poderá ocorrer somente na área interna
sanitária poderão desembarcar pescado do mercado e na presença do
no local, sendo obrigatório que os consumidor.
mesmos atendam às normas Art. 16. É proibido o processamento de
estabelecidas para este fim. mandioca, e o cozimento da maniva no
§ 2º O controle sanitário do pescado será local.
realizado diretamente nos caminhões e Art. 17. É proibido o abate de animais no
embarcações, sendo liberado para local.
comercialização somente após a Art. 18. A venda de animais será
fiscalização dos órgãos competentes. permitida somente para os galináceos e
§ 3º O pescado impróprio para o consumo palmípedes.
será apreendido e retirado imediatamente Art. 19. As aves, quando vivas, deverão
do local, ficando o comerciante deste ser expostas à venda dentro de gaiolas
produto sujeito às penalidades da lei. apropriadas que possibilitem limpeza e
§ 4º As caixas utilizadas para o lavagem diárias.
transporte do pescado deverão ser de Art. 20. As aves, quando mortas, deverão
material impermeável e lavável, ficar, obrigatoriamente, em balcões
adequado para este fim. frigoríficos ou em câmeras frigoríficas.
§ 5º O pescado liberado para o consumo Art. 21. A venda de bebida alcoólica fica
humano receberá um certificado de restrita somente ao setor de alimentação,
qualidade, que deverá ser apresentado no como complemento da atividade principal.
local de destino (mercado municipal, Parágrafo único. É vedado o uso dos
supermercados, etc...). equipamentos destinados à venda de
Art. 11. A comercialização no atacado de refeições para a comercialização exclusiva
produtos oriundos dos pequenos de bebidas alcoólicas.
produtores (folhosas), acontecerá na área Art. 22. São proibidas a exposição ou
localizada entre o mercado de ferro e a comercialização de bebidas e outros

113
gêneros alimentícios alternados, IV – rede de linha;
deteriorados, adulterados ou falsificados, V – folha plástica incolor, transparente;
os quais serão apreendidos pelo VI – folha de papel impermeável;
funcionário encarregado da fiscalização e VII – papel branco.
removidos para local destinado a Art. 28. Os permissionários da feira e dos
inutilização dos mesmos. mercados deverão apresentar-se em seus
§ 1º Entende-se por: locais de trabalho devidamente
a) alteração, a modificação parcial e uniformizados e identificados.
superficial do produto pela ação de Art. 29. Os carregadores assim como os
agentes naturais, como o calor e o ar; vendedores, para atuarem no complexo,
b) deterioração, a modificação que o deverão também ser cadastrados junto a
produto sofre quando a alteração alcança SECON.
a sua constituição, dando origem a corpos Parágrafo único. Só será permitida a
tóxicos nocivos à saúde; atuação desses trabalhadores,
c) adulteração, a modificação decorrente devidamente uniformizados e
de subtração, total ou parcial do principal identificados.
constitutivo do produto, ou da adição de Art. 30. Encerrando o horário de
elemento estranho em qualquer funcionamento da feira, deverá o feirante
quantidade; iniciar os trabalhos de limpeza,
d) falsificação, a substituição integral de arrumação e fechamento o equipamento,
um produto por outro de constituição no prazo máximo de 01 (uma) hora, a fim
diversa. de que a Prefeitura
Art. 23. Os gêneros alimentícios para possa efetuar a limpeza do complexo.
consumo imediato, que já tenham sofrido
processo de cocção, assadura ou fervura CAPÍTULO IV - DAS POSTURAS NO
ou ainda possam ser ingeridos sem COMPLEXO
cozimento, deverão ser expostos em
pequenas vitrines ou similares protegidos Art. 31. É proibido na área do complexo
contra poeira e insetos. “Ver-o-Peso”:
Parágrafo único. É obrigatório o uso de I – Realizar atividades ou eventos que
pinças para retira-los, não sendo produzam poluição sonora ou
permitido pegá-los diretamente com as atmosférica;
mãos. II – praticar atos obscenos que atendem
Art. 24. As frutas expostas à venda não ao pudor e aos bons costumes;
poderão estar descascadas ou fatiadas. III – soltar bombas, foguetes, morteiros e
Art. 25. O gelo destinado ao uso outros explosivos, perigosos ou ruidosos,
alimentar deverá ser fabricado com água salvo em datas festivas públicas ou
potável, isenta de qualquer tradicionais;
contaminação. IV – dar tiros com armas de fogo ou fazer
Art. 26. Não é permitida a utilização de algazarra;
jornais ou quaisquer impressos e de V – degradar de qualquer forma os
papéis usados para embrulhar gêneros recursos naturais;
alimentícios. VI – podar, cortar, derrubar ou sacrificar
Art. 27. Os produtos comercializados na árvores da arborização pública;
feira serão acondicionados nos seguintes VII – jogar lixo de qualquer espécie no rio
tipos de embalagens: e nas áreas internas ou externas da feira
I – saco plástico incolor; e dos mercados;
II – saco de papel;
III – rede de plástico;

114
VIII – queimar lixo, resíduos ou detritos XXV – a colocação de mesas e cadeiras
quando prejudicarem a vizinhança ou em locais sem a prévia autorização do
cansem ao tráfego; órgão competente;
IX – danificar, pintar, escrever ou pichar XXVI – colocar caixotes, cestos, balaios,
as construções, muros, árvores, placas, mesas, cadeiras, frutas, legumes ou
lixeiras, sinalizações, postes de quaisquer outros objetos ou mercadorias
iluminação e demais equipamentos; nas áreas de circulação interna ou
X – retirar placas de identificação e de externa;
sinalização; XXVII – estender redes u varais para
XI – a panfletagem e a afixação de secagem ou conserto;
qualquer tipo de propaganda (placas, XXVIII – lavar, consertar ou pintar
faixas, cartazes, etc...) e, quando equipamentos ou utensílios nas áreas de
autorizada, não poderá ser afixada nos circulação;
equipamentos, árvores ou vias de acesso XXIX – animais no interior do mercado;
do logradouro público; XXX – circulação de bicicletas;
XII – causar dano a bem do patrimônio XXXI – o uso de bebidas alcoólicas no
público; local de trabalho;
XIII – utilizar equipamento de som, rádio XXXII – jogos de baralho, dominó, dama
ou gravador com volume que cause e outros nas áreas internas e externas;
perturbações aos demais no complexo; XXXIII – a exposição de gêneros
XIV – praticar ato de vandalismo nas alimentícios em contato direto com o solo,
instalações sanitárias; sem a devida proteção;
XV – fazer comércio sem prévio XXXIV – não manter material inflamável
licenciamento; ou explosivo nos equipamentos de
XVI – vendedores ambulantes nas áreas comercialização;
internas ou externas dos mercados, XXXV – a instalação de auto-falantes no
impedindo ou dificultando a circulação complexo.
nestes locais;
XVII – fazer ligação elétrica ou de CAPÍTULO V - DOS EQUIPAMENTOS
telefonia na via pública, de forma a
embaraçar o livre trânsito de pedestres e Art. 32. É proibido no complexo, sem
prejudicar a estética do logradouro; prévia licença do órgão municipal
XVIII – armar corretos ou palanques sem competente, fazer alteração nas
a prévia autorização da Prefeitura; dependências e equipamentos, sob pena
XIX – nadar, banhar-se no rio e fazer de cancelamento da permissão de uso.
fogueiras; Art. 33. É obrigatório manter na área
XX – maltratar ou matar os animais; interna do boxe recipiente com tampa
XXI – banhar animais no rio; apropriado para acondicionamento do lixo
XXII – lavar animais ou veículos nas vias produzido no exercício da atividade,
públicas; utilizando sacos plásticos.
XXIII – estacionar veículos fora das áreas Art. 34. É de responsabilidade do
previstas para estacionamento ou sobre permissionário a conservação,
os passeios; manutenção, asseio e higiene do boxe,
XXIV – reservar lugar para desde seu recebimento até a sua
estacionamento de veículos nos devolução, sob pena de indenização por
logradouros públicos com cadeiras, dano em bem público.
cavaletes, caixas ou qualquer tipo de Art. 35. É vedado utilizar para quaisquer
objeto; outros fins os equipamentos, tabuleiros,

115
bancas de frutas ou de produtos que não recomendem para o exercício da
hortifrutigranjeiros. atividade ora regulamentada.
Art. 36. É terminantemente proibido o uso Art. 43. O permissionário poderá, a
de boxes como moradia, ainda que de qualquer tempo, solicitar baixa total da
forma temporária, sob pena de imediata permissão de uso, ressalvados os débitos
cassação do termo de permissão. porventura existentes.
Art. 37. É proibido escoar a água de Art. 44. O permissionário deverá esta à
lavagem interna dos boxes para as áreas frente de seu equipamento e exercer
comuns. pessoalmente o seu comércio, sob pena
de revogação da permissão de uso.
CAPÍTULO VI - DA PERMISSÃO DE § 1º. O disposto neste artigo não se
USO aplica ao permissionário que indicar
preposto, que deverá ser matriculado e
Art. 38. Podem comercializar no cadastrado pela Secretaria Municipal de
“Complexo do Ver-o-Peso”, as pessoas Economia – SECON e permanecer a frente
físicas maiores e capazes, nos termos da do equipamento durante o período de
legislação vigente, bem como as pessoas comercialização, sob pena de cassação
jurídicas legalmente constituídas. sumária da matrícula e revogação da
Art. 39. Pessoas Jurídicas deverão indicar permissão de uso concedida ao
um único preposto, o qual deverá permissionário.
permanecer a frente do equipamento sob § 2º. O preposto indicado não poderá
pena de revogação da permissão de uso. vincular-se a mais de uma matrícula.
Art. 40. As permissões de uso para o Art. 45. Os permissionários, pessoas
exercício das atividades previstas neste físicas ou jurídicas, respondem perante a
Decreto serão concedidas à título precário administração pelos atos de seus
e em números limitados, podendo, a empregados e prepostos quanto à
qualquer tempo, serem canceladas a observância dos regulamentos municipais.
critério da administração municipal ouvido Parágrafo único. Os empregados e
o condomínio participativo do complexo. prepostos serão considerados
Art. 41. O permissionário poderá ocupar procuradores para efeito de receberem
até no máximo 03 (três) equipamentos de intimações e demais ordens
comercialização. administrativas.
Parágrafo único. Serão contados côo Art. 46. Falecendo o permissionário ou
número de equipamentos aqueles resultando inválido, poderá o Secretário
destinados a esposa, filhos e parentes até Municipal de Economia, ressalvados os
2º grau. interesses da administração, e ouvido o
Art. 42. Anualmente, no prazo condomínio participativo deferir a
estabelecido pela Secretaria Municipal de permissão de uso ao seu cônjuge.
Economia – SECON, o permissionário Parágrafo único. Na desistência do
deverá providenciar a atualização da sua cônjuge poderá da mesma forma ser
matrícula, exibindo a carteira de saúde atribuída a permissão a outrem
atualizada, o certificado de capacitação, o obedecendo à seguinte ordem de
atestado de vistoria de equipamento e preferência e desde que se comprove,
outros documentos que, na oportunidade, pelo interessado, estar capacitado para o
lhe forem exigidos. exercício do comércio.
Parágrafo único. A revalidação da I – Aos filhos maiores, ascendentes, a
matrícula poderá ser indeferida, quando o outros descendentes maiores ou
permissionário apresentar antecedentes colaterais do permissionário comprovada

116
expressamente a desistência dos que III – colocar suas mercadorias
também concorram na mesma classe; rigorosamente dentro dos limites de seus
II – a sua companheira, nos termos da equipamentos;
legislação em vigor; IV – afixar sobre as mercadorias, de
III – diretamente a terceiros interessados modo bem visível, a indicação dos preços;
após desistência expressa de todos os V – instalar a balança empregada para a
herdeiros. comercialização de seus produtos em
Art. 47. O disposto no artigo anterior local que permita ao comprador verificar
aplica-se também ao permissionário que a exatidão do peso da mercadoria,
contar, no mínimo, com 65 (sessenta e conservando devidamente aferida os seus
cinco) anos de idade desde que tenha pesos e medidas;
exercido pelo menos 20 (vinte) anos VI – zelar pela conservação, manutenção,
consecutivos na atividade de feirante asseio e higiene do boxe, assumindo total
permissionário, bem como aquele que, responsabilidade pelo mesmo;
com qualquer idade, completar 30 (trinta) VII – tratar com urbanidade o público;
anos consecutivos de exercício como VIII – apregoar sua mercadoria sem
permissionário, ou ainda, aquele que se algazarra;
aposentar de acordo com as leis IX – reparar quaisquer danos ocasionados
previdenciárias. ao prédio ou às instalações, mesmo os
Parágrafo único. No caso da provenientes do uso regular do boxe;
aposentadoria, o pedido de transferência X – observar o horário estabelecido para
deverá ser instituído com o protocolo do funcionamento do complexo, bem como
requerimento apresentado ao INSS. os fixados para a carga e descarga de
mercadorias;
CAPÍTULO VII - DAS OBRIGAÇÕES XI – zelar pela observância na qualidade
e estado de manutenção das mercadorias
Art. 48. Durante o horário de expostas à venda, bem como, pelos
funcionamento da feira e dos mercados, materiais e processos utilizados para
os permissionários deverão portar os embrulhos e embalagens;
seguintes documentos: XII – manter rigorosa higiene pessoal e
I – Crachá de identificação expedido pela do vestuário;
Secretaria Municipal de Economia – XIII – observar rigorosamente as
SECON; exigências de ordem higiênico sanitária
II – carteia de saúde atualizada expedida quanto à exposição, manipulação
pela Secretaria Municipal de Saúde – e venda de gêneros alimentícios;
SESMA. XIV – exibir, quando solicitado pela
Art. 49. Ocorrendo extravio de qualquer fiscalização, documento fiscal de compra
dos documentos relacionados à sua dos produtos a serem comercializados;
atividade, deverá o permissionário XV - efetuar, nos prazos estabelecidos, o
comunicar a fiscalização e requerer por pagamento dos tributos devidos à
escrito a 2ª via ao órgão competente. Prefeitura em decorrência de sua
Art. 50. Os permissionários deverão, condição de permissionário, bem como
ainda, atender às seguintes obrigações: exibir o carnê de pagamento, sempre que
I – Não fornecer mercadoria para revenda solicitado, à fiscalização do complexo;
em local diverso do autorizado dentro do XVI – fornecer as informações técnicas
complexo; solicitadas pela administração do
II - não participar de feira clandestina ou complexo;
de feira que não tenha sido designada em XVII – obedecer à setorização das
sua matrícula; mercadorias determinada pela SECON;

117
XVIII – acatar as determinações da administração, a fim de burlar as leis e
administração do complexo; regulamentos;
XIX – substituir, sempre que solicitado, V – proceder com indisciplina ou
qualquer mercadoria vendida ou fazer turbulência, ou exercer suas atividades
restituições do valor correspondente, em estado de embriaguez ou
desde que fique apurada a procedência da entorpecência;
reclamação efetuada; VI – não cumprir as exigências referentes
XX – não se apresentar no local de à limpeza do logradouro e higiene
trabalho em estado de embriaguez ou pessoal;
entorpecência. VII – resistir à execução de ato legal,
mediante violência ou ameaça a servidor
CAPÍTULO VIII - DAS PENALIDADES competente para executa-la;
VIII – não exercer pessoalmente seu
Art. 51. O permissionário e os seus comércio no complexo, salvo as exceções
prepostos estão sujeitos às seguintes previstas neste Decreto;
penalidades, que poderão ser aplicadas IX – deixar de regularizar a situação dos
isolada ou conjuntamente: empregados e prepostos, quer quanto à
I – Advertência; Administração Municipal, quer quanto aos
II – suspensão de atividade; órgãos competentes dos Ministérios do
III - revogação da permissão de uso e Trabalho e Previdência Social;
cancelamento da matrícula. X – o permissionário do equipamento no
Art. 52. A penalidade de suspensão da qual for constatada a venda de drogas ou
atividade poderá ser aplicada ao a prática de jogos de azar, terá sua
permissionário que infringir qualquer dos licença de uso sumariamente cancelada,
dispositivos deste Decreto, pelo prazo de ficando ainda o infrator proibido de
05 (cinco) a 60 (sessenta) dias. receber permissão de uso para qualquer
Art. 53. A penalidade de revogação da outro espaço público.
permissão de uso e cancelamento da Art. 54. A SECON realizará diariamente o
matrícula, verificada a gravidade do caso controle de frequência dos
e os antecedentes do infrator, poderá ser permissionários.
aplicada ao feirante que: Parágrafo único. O permissionário que
I – Expressar à venda, ou mantiver em faltar ao trabalho por 07(sete) dias
depósito ou sob guarda, para fins de consecutivos ou 15 (quinze) dias
comércio, carne “in natura”, pescados ou alternados durante o mês, sem prévia
qualquer outro alimento impróprio para comunicação à administração, será
consumo; advertido. Na reincidência, será suspensa
II – permitir que terceiros, não a permissão de uso concedida e na
autorizados pela administração do reincidência após a suspensão, terá a
complexo, usem, parcial ou totalmente, licença cassada.
ainda que temporariamente, os seus Art. 55. Os dirigentes sindicais ou de
equipamentos, durante o funcionamento associações de classe que estejam na
do complexo; condição de permissionários públicos
III – adulterar ou rasurar, estão isentos do controle de frequência
fraudulentamente, qualquer documento desde que haja indicação de preposto.
necessário ao exercício de suas atividades Art. 56. As penalidades de exclusão do
no complexo; complexo, cancelamento da matrícula,
IV – praticar atos simulados ou prestar suspensão da atividade e revogação da
falsas declarações perante a permissão de uso serão efetivadas pelo

118
Secretário Municipal de Economia, dias, podendo o premissionário se
mediante processo. ausentar no período estipulado pelo
Art. 57. A aplicação de qualquer atestado.
penalidade será anotada no prontuário do § 1º No terceiro dia de ausência, o
infrator para verificação de seus permissionário deverá fazer o comunicado
antecedentes administrativos. em formulário próprio da SECON,
Art. 58. Para aplicação das penalidades devendo indicar o preposto que irá
aos infratores, deverá a notificação substituí-lo no período em que estiver
demonstrar com clareza a infração ausente.
cometida, a disposição legal infringida, § 2º Em todos os casos de afastamento
hora e data da ocorrência. justificado, a permissão ficará vigorando
Art. 59. A aplicação de qualquer sanção desde que o feirante continue recolhendo
prevista neste Decreto, não exime o os tributos públicos municipais.
infrator de sanar, quando for o caso, a Art. 64. O permissionário ou preposto por
irregularidade constatada. ele indicado poderá contratar
empregados, ficando sob sua inteira
CAPÍTULO IX - DOS DIREITOS DO responsabilidade a observância das leis
PERMISSIONÁRIO trabalhistas e previdenciárias.
Art. 65. O permissionário portador de
Art. 60. Por falecimento do cônjuge, filho, moléstia contagiosa deverá ser afastado
pai ou mãe, poderá o permissionário do local onde desenvolve suas atividades
deixar de comparecer ao local de trabalho de trabalho.
durante 08 (oito) dias. Parágrafo único. No caso de afastamento
Art. 61. O permissionário, quando definitivo, o equipamento de uso do
suspenso ou tido seu cadastro, cancelado permissionário afastado ficará à
por infração aos dispositivos deste disposição da Secretaria de Economia –
Decreto, poderá apresentar defesa por SECON.
escrito, no prazo máximo de 10 (dez) dias Art. 66. Após cada 12 (doze) meses no
a contar da data em que foi cientificado, à efetivo exercício das atividades de
SECON acompanhada das provas que trabalho, poderá o permissionário afastar-
julgar necessárias. se, pelo prazo de 30 (trinta) dias, desde
Art. 62. Será permitida, ao permissionário que comunique o fato e indique seu
indicar um preposto para responder e substituto à administração do complexo.
desenvolver atividades de comercialização
no local permitido, através de formulário CAPÍTULO X - DAS DISPOSIÇÕES
próprio encaminhado à SECON, nos FINAIS
seguintes casos:
I – Por 120 (cento e vinte) dias em caso Art. 67. Aos órgãos municipais
de gravidez e/ou pós-natalidade mediante responsáveis pela administração do
a apresentação do atestado médico até complexo, de acordo com suas
10 (dez) dias após o afastamento; competências, além de outras atribuições
II – por 08 (oito) dias em caso de previstas neste Decreto, compete ainda:
casamento e nascimento de filhos, desde I – Celebrar convênios com outras esferas
que comprovado o fato mediante a de governo que possuam atuação na
apresentação de certidão respectiva no área;
prazo de até 30 (trinta) dias. II – controlar o trânsito na área;
Art. 63. No caso de falta por motivo de III – executar a coleta de resíduos e a
doença, deverá ser apresentado o limpeza diária da área do complexo;
atestado médico no prazo de 15 (quinze)

119
IV – zelar pela preservação do meio-
ambiente; e
V – do patrimônio público.
Art. 68. Serão apreendidos e
encaminhados aos depósitos municipais
as mercadorias, veículos, equipamentos,
tabuleiros, folhetos, formulários e todo e
qualquer material utilizado na
comercialização irregular, exceto as
mercadorias perecíveis e, em condições
de consumo, serão doadas à entidades
filantrópicas porém, se apresentarem
sinais de deterioração, deverão ser
inutilizadas.
Art. 69. É expressamente proibido aos
funcionários públicos municipais lotados
no complexo, possuir qualquer
equipamento de comercialização.
Art. 70. Os funcionários públicos
municipais lotados no “Complexo Ver-o-
Peso”, serão responsáveis pela
fiscalização para o fiel cumprimento das
normas constantes neste decreto.
Art. 71. Este Decreto entrará em vigor na
data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL


DE BELÉM, 10 de outubro de 2001.
EDMILSON BRITO RODRIGUES
Prefeito Municipal de Belém.

120
DECRETO Nº 49.478 DE 08 DE fiscalizar o cumprimento da Lei nº
SETEMBRO DE 2005 8.020/2000 pelas agências bancárias
localizadas no âmbito do Município Belém.
Art. 3º A aferição dos prazos fixados será
DECRETO Nº 49.478 DE 08 DE efetuada por meio eletrônico, ficando
SETEMBRO DE 2005. instalado um aparelho no início da fila de
atendimento bancário, onde será emitido
REGULAMENTA A LEI Nº 8.020, DE 30 DE um cupom com a data e hora de entrada
JUNHO DE 2005, QUE DISPÕE SOBRE O do usuário na fila. Haverá ainda, outro
PRAZO MÁXIMO DE ATENDIMENTO ÀS aparelho junto ao funcionário que
PESSOAS QUE UTILIZAM SERVIÇOS efetuará este atendimento, registrando no
BANCÁRIOS EM GERAL. cupom a hora do início do mesmo, para a
devida comprobação do tempo gasto na
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, no espera.
uso das atribuições que lhe são conferidas § 1º. A fiscalização desse lapso temporal
pelo art. 94, incisos VII e XX, da Lei será feita por agentes especialmente
Orgânica do Município de Belém, treinados para a função.
§ 2º. A agência que não instituir o
Considerando a competência também método para controle de tempo, previsto
outorgada ao Chefe do Poder Executivo neste decreto, estará sujeita as penas
pelo inc. V, do citado art. 94, da LOMB, previstas no art. 5º.
quanto à regulamentação de leis, visando Art. 4º As denúncias dos munícipes,
a sua fiel execução; Considerando a desde que devidamente comprovadas,
ne4cessidade de regulamentação da Lei deverão se encaminhadas à Secretaria
nº 8.020, de 30 de junho de 2000, que Municipal de Economia – SECON, no
disciplina o tempo de permanência de prazo máximo de sessenta dias. A SECON
usuários nas filas dos bancos, alterada é também o órgão responsável por aplicar
pela Lei nº 8.015, de 16 de dezembro de as multas previstas para penalizar a
2002, que introduziu parágrafo único ao agência bancária que inobservar os
seu art. 2º, e Considerando, ainda que a tempos mínimos estabelecidos para
regulamentação do aludido diploma legal atendimento dos usuários, conforme o
facilitará a fiscalização de seu caso.
cumprimento por parte do órgão Art. 5º As multas a serem impostas à
municipal competente, contribuindo, agência infratora, são as seguintes:
sobremaneira, para otimizar a prestação I – Em caso de primeira reclamação será
dos serviços bancários em geral, efetuada advertência por escrito;
II – na primeira reincidência, multa no
DECRETA: valor de R$ 315,12 (TREZENTOS E
Art. 1º Para os efeitos da Lei nº 8.020, de QUINZE REAIS E DOZE CENTAVOS);
30 de junho de 2000, serão levados em III – na segunda, terceira, quarta e
conta os prazos de vinte minutos nos dias quinta reincidência, multa no valor de R$
úteis, e de trinta minutos na véspera ou 630,24 (SEISCENTOS E TRINTA REAIS E
após feriados prolongados, como VINTE E QUATRO CENTAVOS);
suficientes à prestação dos serviços IV – após a quinta reincidência,
bancários, apenas ressalvadas as suspensão de seu alvará de
hipóteses previstas nos § 1º e 2º, do seu funcionamento.
art. 1º.
Art. 2º Fica a Secretaria Municipal de
Economia – SECON incumbida de

121
§ 1º. Caso ocorram mais de uma
reclamação, referentes a fato ocorrido na
mesma agência bancária e no mesmo dia
de funcionamento, será efetuada apenas
uma penalidade prevista neste decreto,
respeitada para tal, a ordem de
reincidência.
§ 2º. As reincidências só serão
consideradas como tal, se ocorrerem no
mesmo ano calendário.
Art. 6º Fica assegurado à agência
bancária penalizada o direito de
apresentar recursos da autuação e da
cobrança da multa, protocolando os
mesmos junto ao órgão fiscalizador, que
se ocupará dos trâmites posteriores, até
final.
Parágrafo único. O prazo para recurso
será de sete dias úteis a contar da data
de recebimento da notificação.
Art. 7º Os caixas eletrônicos, mesmo que
localizados no interior das agências
bancárias, não se acham abrangidos pelas
disposições da lei ora regulamentada.
Art. 8º As agências bancárias, ficam
obrigadas a afixar a Lei nº 8.020/2000,
na íntegra, assim como este regulamento,
em local de fácil visibilidade para o
público.
Art. 9º Este Decreto entra em vigor a
partir de dois de janeiro do ano de dois
mil e seis.

PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS,


em 08 de setembro de 2005.
DUCIOMAR GOMES DA COSTA
Prefeito Municipal de Belém.

122
DECRETO Nº 67.961 DE 03 DE OUTUBRO DE 2011
PRAÇA DA REPÚBLICA, FORMADO PELAS PRAÇAS DA REPÚBLICA, JOÃO COELHO E DA
SEREIA

CAPÍTULO I – DOS FUNDAMENTOS

CAPÍTULO II – DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS PERMITIDAS

CAPÍTULO III – DO ORDENAMENTO DAS ATIVIDADES

CAPÍTULO IV – DO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES

CAPÍTULO V – DO COMÉCIO DE ALIMENTOS E BEBIDAS NA FEIRA DO ARTESANATO

CAPÍTULO VI – DO FUNCIONAMENTO DO QUIOSQUE BAR DO PARQUE

CAPÍTULO VII – DAS PROIBIÇÕES

CAPÍTULO VIII – DOS EVENTOS CULTURAIS

CAPÍTULO IX – DA ORDENAÇÃO DO TRÂNSITO

CAPÍTULO X – DA PRESERVAÇÃO DO COMPLEXO DA PRAÇA DA REPÚBLICA

CAPÍTULO XI – DA GESTÃO DOS RESÍDUOS

CAPÍTULO XII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

ORDENAMENTO DO COMPLEXO DA PRAÇA DA REPÚBLICA

123
DECRETO Nº 67.961 DE 03 DE CAPÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS
OUTUBRO DE 2011
Art. 1º O planejamento, a organização e a
DISCIPLINA O USO DO COMPLEXO DA racionalização do uso, com
PRAÇA DA REPÚBLICA, FORMADO PELAS sustentabilidade, de espaços nos
PRAÇAS DA REPÚBLICA, JOÃO COELHO E logradouros do Complexo da Praça da
DA SEREIA. República, formado pelas praças da
República, João Coelho e da Sereia, para
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, no o exercício de atividades econômicas,
uso das atribuições que lhe confere os sociais e culturais, obedecerá ao disposto
artigos 93 e 94, incisos III, V, VII, XX e neste Decreto, de acordo com as normas
XXVIII, da Lei Orgânica do Município; e princípios do Código de Posturas e Plano
Considerando as competências do Diretor do Município de Belém, da Lei
Município contidas na Lei Orgânica do municipal no 7.862, de 30 de dezembro
Muni cípio de Belém, de acordo com as de 1997, da Lei federal nº 10.257, de 10
normas e princípios do Código de de julho de 2011, (Estatuto das Cidades),
Posturas e Plano Diretor do Município, da da Lei federal no 12.305, de 02 de agosto
Lei municipal no 7.862, de 30 de de 2010, (Política Nacional de Resíduos
dezembro de 1997, da Lei municipal no Sólidos) e, sem prejuízo das exigências
8.578, de 03 de abril de 2007, da Lei previstas em leis especiais.
federal no 10.257, de 10 de julho de
2001,(Estatuto das Cidades), e da Lei CAPÍTULO II - DAS ATIVIDADES
federal no 12.305, de 02 de agosto de ECONÔMICAS PERMITIDAS
2010, (Política Nacional de Resíduos
Sólidos); Art. 2º São permitidas as seguintes
Considerando que é dever do Município atividades econômicas no Complexo da
promover a preservação do meio Praça da República:
ambiente natural e construído, do I – venda de artesanato;
patrimônio cultural, histórico, artístico e II – venda de pequenos produtos
paisagístico; industrializados;
Considerando que o Complexo da Praça III – venda de produtos diversos,
da República, formado pelas Praças da compreendendo confecções em geral,
República, João Coelho e da Sereia é um bijuterias, miudezas, brinquedos,
espaço de lazer, de esporte, de calçados, bolsas, cintos e similares;
contemplação e de realização de intensa IV – venda revistas, jornais e similares;
interação social e econômica; V – venda de coco;
Considerando a necessidade de promover VI – venda de sorvete, picolé, pipoca,
o ordenamento, a disciplina, a biscoito, beijo de moça, rosca, água
conservação, o controle e a fiscalização mineral, refrigerantes e sucos
das atividades desenvolvidas no industrializados;
Complexo da Praça da República, com o VII – venda de pequenos serviços, tais
objetivo de preservar o seu patrimônio como: locação de carrinho, fotográficos,
artístico, histórico, cultural e ambiental, engraxate, tatuagem em rena, consertos
assegurando um ambiente preservado e de relógio e celular, e similares;
equilibrado social e ecologicamente para a VIII – atividades artísticas, educativas e
presente e futuras gerações; culturais;
IX – venda de quadros, antiquários,
D E C R E T A: plantas e peixes ornamentais;
X – venda de doces;

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XI – venda de salgados; pela Secretaria Municipal de Economia –
XII – venda de sucos e compotas SECON, devendo respeitar a distância
artesanais de frutas regionais. mínima de 40 (quarenta) centímetros
Paragrafo único. A venda de comidas entre cada equipamento e preservando
típicas, lanches, café da manhã e 02 (dois) metros da sarjeta das ruas
refeições em geral são permitidas transversais à Avenida Presidente Vargas.
exclusivamente no prédio da “Praça da § 5º É vedada a mudança do local e da
Alimentação” destinado a este fim, atividade sem prévia autorização da
localizado na Avenida Assis de SECON, sob pena de cancelamento da
Vasconcelos, em frente à Praça da autorização e apreensão, inclusive de
República. mercadorias contidas em equipamentos
irregulares.
CAPÍTULO III - DO ORDENAMENTO § 6º A qualquer tempo, sempre que o
DAS ATIVIDADES interesse público exigir, poderá a
Prefeitura transferir a localização dos
Art. 3º Para organização, funcionamento equipamentos permitidos.
e racionalização dos espaços no Com
plexo da Praça da República serão CAPÍTULO IV - DO EXERCÍCIO DAS
permitidas as atividades de que trata o ATIVIDADES
presente, nos locais, conforme disposição,
quantidade e especificação dos Art. 4º As atividades econômicas só
equipamentos, nos dias e horários poderão ser desenvolvidas por pessoas
definidos no Anexo deste Decreto. licenciadas e portadoras do Termo Único
§ 1º Excepcionalmente, a critério da de Permissão de Uso, emitido pela
Secretaria Municipal de Economia – SE Secretaria Municipal de Economia –
CON, em período festivo, poderá ser SECON.
estabelecido dia e horário de § 1º Os permissionários deverão:
funcionamento diferenciado daquele I – trajar-se de acordo com a atividade
previsto no Anexo deste Decreto. exercida;
§ 2º Fica estabelecido o número de 46 II – obter e usar o Crachá de
(quarenta e seis) artesãos na categoria Identificação, com foto, expedido pela
de visitantes que, ocasionalmente, SECON;
poderão ocupar espaço destinado à venda III – zelar pelo bom ambiente de
de artesanato pelos associados da trabalho, mantendo o local e seu entorno
Associação dos Artesãos e Expositores do sempre limpo e organizado;
Pará Amazônia – AR TEPAM, desde que IV – manter dois terços da calçada livre,
haja vacância, eventual ou definitiva, do de forma a garantir o direito de ir e vir
espaço ocupado. dos transeuntes;
§ 3º Fica estabelecido o número de 48 V – promover a preservação do
(quarenta e oito) pessoas na categoria de patrimônio artístico, histórico, cultural e
vendedores de produtos industrializados e ambiental do Complexo da Praça da
artesanato que, ocasionalmente, poderão República;
ocupar espaço destinado à venda de VI – acondicionar o lixo em recipientes
produtos industrializados e artesanato, individuais com tampas, revestidos por
desde que haja vacância, eventual ou sacos plásticos, com seleção e
definitiva, do espaço ocupado. acondicionamento correto de acordo com
§ 4º Os equipamentos deverão ser o serviço de coleta seletiva, recolhendo
padronizados de acordo com a atividade posteriormente aos respectivos
exercida e conforme modelo aprovado containeres localizados onde a Secretaria

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Municipal de Saneamento – SESAN pão caseiro sem recheio, empadão,
determinar; bolinho de queijo ou de carne, esfiha de
VII – promover junto aos clientes e carne ou frango, quibe frito, risole de
demais frequentadores a seleção e o camarão ou de carne, pastel folhado e de
acondicionamento correto do lixo; forno.
VIII – usar de urbanidade e respeito para § 3º A produção dos doces, salgados e
com os demais permissionários e os sucos não poderão ser realizados na
frequentadores das praças, bem como, Praça.
com os agentes públicos municipais; § 4º Os doces e salgados devem ser
IX – manter exposição adequada de acondicionados em embalagens próprias
mercadorias, observando a capacidade do com identificação, contendo: nome do
equipamento; fabricante, data de fabricação e prazo de
X – contribuir para a tranquilidade e a validade.
ordem pública; § 5º O bolo de que trata o § 1o deve ser
XI – observar as normas relativas às vendido em fatias, observadas as
atividades permitidas, local, dia e horário condições estabelecidas no parágrafo
de funcionamento; anterior.
XII – participar periodicamente de cursos § 6º A validade dos doces está
de capacitação promovidos pela Prefeitura condicionada ao prazo máximo de três
Municipal de Belém; dias e os salgados deverão ser produzidos
XIII – obter e manter atualizada a com validade diária.
Carteira de Saúde para o exercício de § 7º A comercialização dos produtos
qualquer atividade econômica permitida; especificados neste artigo será fiscalizada
XIV – buscar a excelência na atividade pela Secretaria Municipal de Economia –
desenvolvida. SECON, através do Departamento de
§ 2º A qualquer tempo, sempre que o Comércio e Publicidade em Vias Públicas
interesse público exigir, poderá a – DCPV, pela Secretaria Municipal de
Prefeitura revogar o Termo Único de Saúde – SESMA, por intermédio do
Permissão de Uso. Departamento de Vigilância Sanitária –
DEVISA, e pelo Sistema Municipal de
CAPÍTULO V - DO COMÉRCIO DE Ordem Pública – SIMOP, através da
ALIMENTOS E BEBIDAS NA FEIRA DO Coordenadoria Municipal de Manutenção
ARTESANATO de Ordem Pública – COMOP.
§ 8º Além de outras diligências que
Art. 5º O comércio de doces, salgados, cabem ao Departamento de Vigilância
sucos e compotas artesanais, descritas Sanitária – DEVISA, no exercício da
nos incisos X, XI e XII do artigo 2o deste fiscalização em referência, compete ao
Decreto, serão exclusivamente permitidas mesmo, o cadastramento de todos os
nos espaços designados para a Feira do manipuladores que comercializam os
Artesanato, destinados aos associados da produtos especifica dos neste artigo.
ARTE PAM. § 9º O Departamento de Vigilância
§ 1º Consideram-se produtos do tipo Sanitária – DEVISA deverá operar através
doces: bolo, brigadeiro, olho de sogra, de programação de coleta de amostra dos
madalena, salva-vidas, cajuzinho, produtos na fase de sua fabricação e de
beijinho, monteiro-lopes, casadinho, sua comercialização.
quadradinho de maracujá, queijadinha e § 10. Os manipuladores dos produtos
docinho de uva. deverão usar equipamentos de proteção
§ 2º Consideram-se produtos do tipo individual em bom estado de
salgados: coxinha de frango, empada, conservação, limpos, camisa de manga

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curta, preferencial mente de cor clara, X – não usar caixa de isopor em
proteção para os cabelos, sapatos condições impróprias;
fechados, sendo proibido o uso de XI – não acondicionar alimentos e bebidas
adornos, tais como brincos, anéis, em contato direto com o chão.
pulseiras, relógios e outros.
§ 11. É proibido a exposição e venda dos CAPÍTULO VI - DO FUNCIONAMENTO
seguintes alimentos: tortas salgadas de DO QUIOSQUE BAR DO PARQUE
todo tipo, tortas doces, tortas com
coberturas e recheios a base de ovos Art. 6º O funcionamento do quiosque da
(marshmallow e chantelly), crepes e Praça da República, conhecido como “Bar
alimentos a base de caranguejo. do Parque”, obedecerá às normas e
§ 12. Os permissionários comerciantes princípios descritos nas legislações
dos produtos especificados neste artigo constantes do artigo 1° deste Decreto.
deverão se ajustar as seguintes
condições: CAPÍTULO VII - DAS PROIBIÇÕES
I – obter e manter atualizado a Carteira
de Saúde e Certificado de Manipulador de Art. 7º Aos permissionários é vedado:
Alimentos; I – ausentar-se da área de trabalho, nos
II – capacitar-se periodicamente através horários de atividade, por tempo superior
de treinamento para manipuladores de a duas horas;
alimento sobre boas práticas para II – faltar por quatro finais de semanas
serviços de alimentação, por profissional consecutivos ou 12 alternados durante
devida mente capacitado; um ano, ressalvados os casos de
III – produzir os alimentos em local necessidade, devidamente justificados à
fechado, com proteção contra vetores, SECON;
intempéries e outros agentes de III – utilizar fonte sonora, sem a devida
contaminação ambiental; autorização da Secretaria Municipal de
IV – usar obrigatoriamente materiais Meio Ambiente – SEMMA;
descartáveis; IV – depositar lixo no espaço da Praça,
V – utilizar de lixeira com tampa, de bem como, utilizar-se das cestas de lixo
tamanhos adequados e devidamente destinadas aos resíduos dos
revestidos por sacos plásticos; frequentadores;
VI – manter um atendente, exclusivo, V – incinerar resíduos no espaço da
para o manuseio de dinheiro; Praça;
VII – acondicionar as bebidas em caixas VI – vender ou consumir bebida alcoólica
térmicas com gelo produzido com água no Complexo da Praça da República ou
potável; em seu entorno;
VIII – ao manipular os alimentos, abster- VII – morar na Praça, bem como armar
se de fumar, falar, cantar, assobiar, barracas de camping e similares;
espirrar, cuspir, tossir, comer ou praticar VIII – instalar equipamento fixo na Praça
outros atos que possam contaminar o ou no seu entorno, salvo quando
alimento e a bebida; devidamente autorizado;
IX – não fazer o contato direto de IX – vender ou consumir produtos em
alimentos com material contaminante, embalagens de vidro;
tais como: papel impresso, jornais, X – afixar cartazes ou faixas em árvores,
papelões, sacos de lixo, sacolas de monumentos, postes de iluminação e
supermercado e saco de material colorido demais elementos que compõem o
ou reciclado; patrimônio histórico, artístico, ambiental e
cultural do Município de Belém;

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XI – lavar equipamentos ou utensílios na CAPÍTULO X - DA PRESERVAÇÃO DO
Praça; COMPLEXO DA PRAÇA DA REPÚBLICA
XII – o uso de calçadas para a locação de
mesas, cadeiras, caixas ou qualquer outra Art. 13. Cabe a todo cidadão zelar pela
barreira física que avance sobre os dois preservação das características originais
terços de calçada reservado para os do Complexo da Praça da República, bem
transeuntes. como do seu entorno, devendo:
I – preservar o meio ambiente;
CAPÍTULO VIII - DOS EVENTOS II – jogar o lixo nos coletores comuns ou
CULTURAIS seletivos, se for o caso;
III – obedecer o local, dia e horário da
Art. 8º As atividades culturais com coleta regular de lixo;
características cênicas só poderão ser IV – manter a integridade do patrimônio
realiza das no Anfiteatro e em locais público;
determinados expressamente, mediante V – não pisotear, escavar ou perfurar a
prévia autorização da Prefeitura Municipal grama;
de Belém. VI – não afixar cartazes e faixas nas
Art. 9º Qualquer atividade cultural ou árvores, monumentos e postes de
serviço que utilize fonte sonora deverá ter iluminação e sinalização.
licença da Secretaria Municipal de Meio Art. 14. A segurança do patrimônio
Ambiente – SEMMA e obedecer aos artístico, histórico, cultural e ambiental do
padrões de emissão de sons e ruídos Complexo da Praça da República é
estabelecidos em lei. competência da Guarda Municipal de
Parágrafo único. Ficam sujeitos às Belém – GBEL.
determinações deste artigo os eventos
beneficentes, religiosos, de utilidade CAPÍTULO XI - DA GESTÃO DOS
pública e os promovidos por órgãos RESÍDUOS
públicos.
Art. 10. Fica proibida a instalação de Art. 15. A gestão de resíduos no
palco nas praças, salvo quando Complexo da Praça da República será
autorizados pela Prefeitura Municipal de realizada conforme orientação e
Belém. fiscalização da Secretaria Municipal de
Saneamento – SESAN, observando-se o
CAPÍTULO IX - DA ORDENAÇÃO DO seguinte:
TRÂNSITO I – os permissionários e os organizadores
de eventos são responsáveis diretos e
Art. 11. Cabe à Companhia de solidários pelos resíduos sólidos
Transportes do Município de Belém – provenientes de suas atividades na área
CTBEL a organização diferenciada do do Complexo da Praça da República e em
trânsito, do estacionamento e da seu entorno;
sinalização do Complexo da Praça da II – a limpeza e higiene da área de
República aos domingos e feriados. influência do equipamento ou atividade
Art. 12. O estacionamento da Rua da Paz, são de responsabilidade do permissionário
entre o calçadão do Teatro da Paz e a ou autorizatário, conforme o caso,
Avenida Presidente Vargas será destinado devendo mantê-la limpa durante todo o
aos domingos e feriados para as tempo de funcionamento até o
atividades de educação no trânsito, com a encerramento da atividade, quando o
locação de carrinhos movidos à bateria, local deverá estar completamente limpo e
por permissionários. desobstruído;

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III – cada equipamento, de acordo com a associação de catadores de materiais
atividade, deverá ter até três tipos de recicláveis, legalmente constituída e
recipientes para resíduos, sendo um para registrada junto aos órgãos competentes,
resíduos orgânicos, um para os materiais inclusive na própria SESAN.
aproveitáveis com destino às cooperativas § 3º Compete à SESAN em conjunto com
de catadores de materiais recicláveis e o a SEMMA definir a quantidade,
outro de rejeitos; localização, construção e instalação dos
IV – os materiais recicláveis ou pontos de entrega voluntária de materiais
reutilizáveis deverão ser selecionados, recicláveis no Complexo da Praça da
separados e entregues as cooperativas de República e em seu entorno.
catadores de materiais recicláveis ou § 4º A SESAN disponibilizará os horários
encaminhados aos pontos de entrega para a coleta dos resíduos sólidos e os
voluntária; pontos de entrega voluntária que se
V – os permissionários que em suas fizerem necessários.
atividades produzam resíduos orgânicos
de verão manter recipientes adequados e CAPÍTULO XII - DAS DISPOSIÇÕES
separados dos demais resíduos; FINAIS
VI – os demais resíduos, que não sejam
materiais orgânicos ou não aproveitáveis Art. 16. O descumprimento de qualquer
pelas cooperativas de catadores de dispositivo deste Decreto acarretará a
materiais recicláveis, serão considerados aplicação das penalidades previstas na
rejeitos e deverão ser acondicionados e legislação vigente.
separados dos outros resíduos; Art. 17. Os casos omissos relacionados ao
VII – copos, talheres e pratos plásticos e uso sustentável do Complexo da Pra ça da
demais descartáveis, após o uso, deverão República serão decididos pelo conjunto
ser limpos e acondicionados em lixeiras de gestores municipais afins ao uso e
de forma que reduzam os volumes, de preservação dos espaços públicos
acordo com a orientação da SESAN; envolvendo as Praças da República, João
VIII – os permissionários para venda de Coelho e da Sereia.
coco deverão acondicionar seus resíduos Art. 18. Este Decreto entra em vigor na
em recipientes adequados e suficientes data de sua publicação.
para toda sua produção, com posterior Art. 19. Revoga-se o Decreto no 38.943,
seleção e recolhimento aos locais de 22 de junho de 2001, e demais
determinados pela Secretaria Municipal de disposições em contrário.
Saneamento – SESAN.
§ 1º Os permissionários e os PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS,
autorizatários poderão ser penalizados, 03 DE OUTUBRO DE 2011.
na forma da lei, pelo descumprimento do DUCIOMAR GOMES DA COSTA
disposto neste artigo e respondem na PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM
esfera administrativa e judicial, de forma
individual e/ou solidária, por impactos e ANEXOS disponíveis em:
danos que possam causar ao meio
ambiente do Complexo da Praça da
República e seu entorno.
§ 2º Para a realização de eventos no
Complexo da Praça da República, a
organização dos mesmos deverá
apresentar à SESAN, contrato de
prestação de serviço com cooperativa ou

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DECRETO Nº 67.961 DE 03 DE OUTUBRO DE 2011
ORDENAMENTO DO COMPLEXO DA PRAÇA DA REPÚBLICA

PRAÇA DA REPÚBLICA

EQUIPAMENTOS DIA E HORÁRIO DE ATIVIDADE


ATIVIDADE PERMITIDA LOCAL
DISPOSIÇÃO QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO DIA HORÁRIO
Venda de artesanato pelos associados da Calçada da Avenida Presidente Vargas entre Em seguimento
ARTEPAM Rua da Paz e Rua Osvaldo Cruz. duplo
Fila paralela à Barracas padronizadas (1,00m x Sábado, Domingo e
114 06h às 17h
sarjeta 1,00m) Feriados.
Fila paralela ao Barracas padronizadas (1,00m x Sábado, Domingo e
Teatro Waldemar 109 1,00m) Feriados. 06h às 17h
Henrique
Venda de artesanato: Quadros; Antiquários; Calçada da Rua Osvaldo Cruz entre Av. P. Em seguimento Equipamentos padronizados Sábado, Domingo e
Plantas e Peixes ornamentais; Etc, pelos Vargas e acesso ao Anfiteatro. único, em fila. 43 conforme modelo aprovado pela Feriados. 06h às 17h
associados da ARTEPAM SECON.
Venda de artesanato pelos artesãos Passarela de acesso ao Monumento da Em seguimento Barracas padronizadas (1,20m x Domingo e Feriados.
13 06h às 17h
independentes República. único, em fila. 1,00m)
Venda de produtos industrializados e Calçada da Rua Osvaldo Cruz entre Av. Assis Em seguimento Barracas padronizadas (1,20m x Domingo e Feriados.
86 06h às 17h
artesanato de Vasconcelos e acesso ao Anfiteatro. único, em fila. 1,00m)
Venda de produtos industrializados e Calçada da Av. Assis de Vasconcelos entre a Em seguimento Barracas padronizadas (1,20m x Domingo e Feriados.
artesanato Rua Osvaldo Cruz e a projeção da faixa de único, em fila. 21 1,00m) 06h às 17h
pedestre de acesso à Rua Tiradentes.
Venda de brinquedos; Sorvete; Picolé; Área Central e Lateral externa do Anfiteatro. Dispersas nas Equipamentos padronizados Domingo e Feriados.
Biscoito; Bombom; Água mineral; calçadas do interior 39 conforme modelo aprovado pela 06h às 17h
Refrigerante e Suco industrializado da Praça SECON.
Venda de Coco Quadrilátero entre Av. P. Vargas, Rua Osvaldo Dispersos nos Equipamentos padronizados Todos os dias.
Cruz, Av. Assis de Vasconcelos e Rua da Paz pontos definidos 11 conforme modelo aprovado pela 24 horas.
pala SECON. SECON.
Locação de Carrinhos Estacionamento da Rua da Paz entre Av. P. No local Carrinhos movidos à bateria Domingo e Feriados.
Vargas e Teatro da Paz. especificado, sendo
07 permissionários
autorizados com o 35 06h às 17h
limite individual de
05 (cinco)
Carrinhos.

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Venda de Revistas; Jornais e similares Paralela a parte interna da calçada da Av. P. Paralela a calçada. Barraca de Revista conforme Todos os dias. Conforme
Vargas. 2 modelo aprovado pela SECON. legislação
específica

PRAÇA JOÃO COELHO

EQUIPAMENTOS DIA E HORÁRIO DE ATIVIDADE


ATIVIDADE PERMITIDA LOCAL
DISPOSIÇÃO QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO DIA HORÁRIO

Em seguimento
duplo
Venda de produtos industrializados e Calçada na Av. P. Vargas entre Rua da Paz e Fila paralela à Barracas padronizadas (1,20m x
113 Domingo e Feriados 06h às 17h
artesanato Av. Nazaré. sarjeta 1,00m)
Fila paralela ao Bar Barracas padronizadas (1,20m x
95 Domingo e Feriados 06h às 17h
do Parque 1,00m)
Calçada da Av. P. Vargas a partir do final da fila
interior dos equipamentos de venda de Mostruários próprios da
Venda de artesanato produzidos pelos
industrializados e artesanato, contornando a Em fila única. 40 atividade, limitados a (1,20m x Todos os dias. 06h às 17h
integrantes do Movimento Hippie.
Praça pela Av. Assis de Vasconcelos, até a 1,00m)
Alameda Irmãos Nobre.
Conforme
Paralela a parte interna da calçada da Av. P. Bancas de Revista conforme
Venda de Revistas; Jornais e similares. Paralela a calçada 2 Todos os dias. legislação
Vargas e Assis de Vasconcelos. modelo aprovado pela SECON.
específica.

PRAÇA DA SEREIA

EQUIPAMENTOS DIA E HORÁRIO DE ATIVIDADE


ATIVIDADE PERMITIDA LOCAL
DISPOSIÇÃO QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO DIA HORÁRIO

Conforme
Paralela a parte interna da calçada da Av. P. Bancas de Revista conforme
Venda de Revistas; Jornais e similares. Paralela a calçada 1 Todos os dias legislação
Vargas modelo aprovado pela SECON
específica.

131
LEI N.º 8.495 04 DE JANEIRO DE Parágrafo único. Os equipamentos a que
2006. se referem o caput deste artigo, se não
estiverem veiculando publicidade, com
ALTERA A LEI Nº 8.106, DE 28 DE contrato em vigor, deverão ser retirados
DEZEMBRO DE 2001, E DÁ OUTRAS ou mantidos com mensagens de cunho
PROVIDÊNCIAS. educativo nos termos apresentados pela
regulamentação desta Lei, no prazo de
O PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, setenta e duas horas, da vigência do
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE contrato de veiculação ou da notificação
BELÉM, estatui e eu sanciono a seguinte pelo órgão municipal competente”. (AC)
Lei: Art. 4º Os incisos II e III e §§ 2º e 8º do
artigo 17 da Lei nº 8.106, de 28 de
Art. 1º O parágrafo único do artigo 1º, da dezembro de 2001, passa a vigorar com
Lei nº 8.106, de 28 de dezembro de a seguinte redação:
2001, passa a vigorar com a seguinte “Art. 17..........
redação: II – cópia do contrato social e sua
“Art. 1º.......... alterações, da empresa exploradora do
Parágrafo único. São considerados equipamento;
elementos significativos da paisagem do III – no caso de publicidade em imóvel de
Município de Belém, principalmente, a terceiros, autorização constando, de
orla do Rio Guamá e da Baía do Guajará, forma expressa, a permissão para o
os maciços vegetais expressivos, os acesso da fiscalização e o cumprimento
parques e seus entornos, as áreas das disposições legais pertinentes pelo
funcionais de interesse cultural e órgão competente, expedida:
paisagístico, os monumentos públicos, as a) pelo proprietário do imóvel;
obras de arte, os prédios de interesse b) pelo condomínio ou associação,
sócio-cultural ou de adequação quando em área comum;
volumétrica, os prédios tombados, bem c) pelo representante legal, em caso de
como seus entornos e os espaços imóvel público ou institucional.
territoriais especialmente protegidos pelo § 2º. No caso de licenciamento de
Plano Diretor do Município e demais leis equipamentos a Secretaria Municipal de
que disponham sobre a preservação e Economia, terá o prazo de trinta dias
proteção do patrimônio histórico, úteis para analisar o requerimento.
artístico, ambiental e cultural.” (NR) § 8º. Obrigatoriamente todas as placas
Art. 2º O caput do artigo 2º da Lei nº de outdoor instaladas no Município
8.106, de 28 de dezembro de 2001, conterão mensagem de cunho
passa a vigorar com a seguinte redação: educacional, devidamente orientadas pelo
“Art. 2º Para os efeitos desta lei, Poder Executivo, na moldura, com letras
classificam-se como equipamentos de de altura mínima de 10 (dez) centímetros
publicidade ao ar livre todos os elementos e nos termos apresentados pela
destinados aos anúncios móveis ou regulamenta desta Lei.” (NR)
afixados nos logradouros públicos ou Art. 5º O inciso IV do artigo 18 da Lei nº
visíveis destes. ”(NR) 8.106, de 28 de dezembro de 2001,
Art. 3º Acrescente-se o parágrafo único passa a vigorar com a seguinte redação:
ao artigo 4º da Lei nº 8.106, de 28 de “Art. 18..........
dezembro de 2001, com a seguinte IV – parecer técnico do órgão ambiental
redação: competente, quando da instalação do
“Art. 4º.......... equipamento. ”(NR)
Art. 6º O artigo 20 da Lei nº 8.106, de 28 b) por 01 (um) ano, no caso de segunda
de dezembro de 2001, passa a vigorar reincidência;
com a seguinte redação: c) por 02 (dois) anos, quando a
“Art. 20. A taxa de licença para reincidência for igual ou superior a 03
autorização de publicidade será cobrada (três) vezes.
anualmente, sendo obrigatório o § 6º. A cassação ocorrerá quando na
recolhimento da referida taxa quando do análise da suspensão, verificar-se a
seu deferimento, observado o valor de R$ existência de fraude, dolo ou má-fé.”(NR)
15,00 (quinze reais), corrigido através do Art. 9º O artigo 29 da Lei nº 8.106, de 28
IPCA-E, a cada metro quadrado por de dezembro de 2001, passa a vigorar
equipamento. (NR) com a seguinte redação:
Parágrafo único. Os equipamentos do tipo “Art. 29. Para os efeitos desta Lei, as
outdoor serão taxados por placa em R$ multas e taxas a serem aplicadas aos
140,00 (cento e quarenta reais), para infratores observarão os seguintes
novo licenciamento e, em R$ 70,00 limites:
(setenta reais), para a renovação da I – multa no caso de irregularidade: R$
licença. 300,00 (trezentos reais) corrigidos pelo
Corrigidos pelo IPCA-E, com base na data IPCA-E, diárias com base na data de
de publicação desta Lei. ” (NR) publicação desta Lei, observando-se o
Art. 7º O artigo 26 da Lei nº 8.106, de 28 disposto no § 4º do artigo 28 desta Lei;
de dezembro de 2001, passa a vigorar II – taxe referente à depósito: R$ 750,00
com a seguinte redação: (setecentos e cinquenta reais), corrigidos
“Art. 26. É vedada a transferência de pelo IPCA-E, com base na data de
licença e/ou equipamentos.” (NR) publicação desta Lei;
Art. 8º O artigo 28 da Lei nº 8.106, de 28 III – taxa referente ao serviço de
de dezembro de 2001, passa a vigorar apreensão: R$ 1.000,00 (hum mil reias)
com nova redação nos incisos I, II, III e corrigidos pelo IPCA-E, com base na data
IV e acrescido dos §§ 4º, 5º e 6º com a de publicação desta Lei.
seguinte redação: § 1º. Para proceder a retirada do
“Art. 28.......... equipamento apreendido a empresa
I – advertência; efetuará os pagamento de multa,
II – multa; depósito e do serviço de apreensão.
III – apreensão do equipamento § 2º. Só haverá novo licenciamento para
publicitário; empresa infratora mediante a quitação
IV – suspensão ou cassação da licença. das multas e taxas estipuladas no
§ 4º. Constatada irregularidade será parágrafo anterior.
inserida no equipamento tarja na cor § 3º. No caso do inciso I deste artigo,
verde, com letras na cor branca, sendo o infrator primário, terá desconto
contendo descrição da infringência do de 50%(cinquenta por cento) do valor da
preceito legal e, não havendo multa que lhe couber.”(NR)
regularização, no prazo de sete dias, o Art. 10. O parágrafo único do artigo 31
equipamento será apreendido ou da Lei nº 8.106, passa a vigorar com a
demolido e a licença será suspensa ou seguinte redação:
cassada. “Art. 31..........
§ 5º. A suspensão ocorrerá da seguinte Parágrafo único. Nas situações de
forma: reincidência, a multa será aplicada em
a) por 06 (seis) meses, no caso de dobro, bem como o enquadramento nas
reincidência; suspensões referidas no § 5º, do artigo
28 desta Lei.”(NR)

2
Art. 11. Os artigos 33, 35, 36 e 37 da Lei Prefeito Municipal de Belém
nº 8.106, passam a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 33. As sanções previstas neste
capítulo, os procedimentos relativos à
defesa e recursos obedecerão ao disposto
na Lei nº 7.055, de 29 de dezembro de
1977, e suas alterações caso ocorra.
(NR)
Art. 35. Qualquer nova tipologia de
anúncios ou equipamentos publicitários
surgidos e não regulados na referente
Lei, deverá no mínimo respeitar as
normas impostas para o tipo de
equipamento publicitário similar, com a
utilização por analogia de normas que
tratem da matéria. (NR)
Art. 36. Por ocasião de eventos populares
ou institucionais, e nos casos previstos no
artigo 35, a critério do Poder Executivo
Municipal, poderão ser expedidos
competentes atos especiais dispondo
sobre a publicidade, observados os
princípios estabelecidos nesta Lei.
Art. 37. As pessoas físicas e jurídicas que,
na data da publicação desta lei, explorem
ou realizarem qualquer tipo de
publicidade sujeita a licenciamento e
fiscalização por parte do Poder Público
tem o prazo de 120 (cento e vinte) dias
para a adequação de seus equipamentos
às disposições regulamentares e
requerimentos de nova licença, a contar
da publicação desta Lei.”(NR)
Art. 12. O Poder Executivo
regulamentará, no que couber, as
matérias de que tratam esta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data
de sua publicação.
Art. 14. Ficam revogados os incisos I e II
do artigo 20; os incisos I e II do § 2º do
artigo 23; o artigo 30; e, os incisos I, II,
III e IV e §§ 1º, 2º, 3º e 4º do artigo 37
da Lei nº 8.106, de 28 de dezembro de
2001, e demais disposições em contrário.

PALÁCIO ANTÔNIO LEMOS, 04 de janeiro


de 2006.
DUCIOMAR COSTA

3
SUMÁRIO

Título I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES .................................................... 1


Título II – DO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO ............. 1
Capítulo I – DO PROVIMENTO ............................................................................. 1
Seção I – Das Disposições Gerais..................................................................... 1
Seção II – Da Nomeação ....................................................................................... 2
Seção III – Do Desenvolvimento na Carreira ..................................................... 5
Seção IV – Da Transferência ........................................................................... 5
Seção V – Da Readaptação ............................................................................. 5
Seção VI – Da Reversão ................................................................................. 6
Seção VII – Do Aproveitamento ....................................................................... 6
Seção VIII – Da Reintegração .......................................................................... 7
Seção IX – Da Recondução ............................................................................. 7
Capítulo II – DA VACÂNCIA ................................................................................ 7
Capítulo III – DA REDISTRIBUIÇÃO ..................................................................... 7
Capítulo IV – DA SUBSTITUIÇÃO ......................................................................... 8
Título III – DOS DIREITOS, VANTAGENS E OBRIGAÇÕES .................................. 8
Capítulo I – DA JORNADA DE TRABALHO .............................................................. 8
Capítulo II – DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO ............................................. 8
Capítulo III – DAS VANTAGENS DE ORDEM PECUNIÁRIA ........................................ 9
Seção I – Das Disposições Gerais ...................................................................... 9
Seção II – Das Gratificações ................................................................................ 10
Subseção I – Da Gratificação por Regime Especial de Trabalho .......................... 10
Subseção II – Da Gratificação por Atividades Especiais ..................................... 10
Subseção III – Da Gratificação por Produtividade ............................................. 11
Subseção IV – Da Gratificação por Serviço Extraordinário ................................. 11
Subseção V – Da Gratificação Natalina ........................................................... 12
Seção III – Dos Adicionais .............................................................................. 12
Subseção I – Do Adicional por Tempo de Serviço ............................................. 12
Subseção II – Do Adicional de Férias .............................................................. 13
Subseção III – Do Adicional de Escolaridade ................................................... 13
Subseção IV – Do Adicional de Turno ............................................................. 13
Subseção V – Do Adicional de Cargo em Comissão ........................................... 14
Seção IV – Das Indenizações .......................................................................... 14
Capítulo IV – DAS LICENÇAS ............................................................................ 14
Seção I – Das Disposições Gerais .................................................................... 14
Seção II – Da Licença para Tratamento de Saúde .............................................. 15
Seção III – Da Licença por Acidente em Serviço ................................................ 16
Seção IV – Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família ..................... 16
Seção V – Da Licença à Gestante, Adotante e Paternidade .................................. 16
Seção VI – Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge ............................ 17
Seção VII – Da Licença para Prestação do Serviço Militar ................................... 17
Seção VIII – Da Licença para Atividade Política ................................................. 17
Seção IX – Da Licença para Atividade Sindical................................................... 17
Seção X – Da Licença Prêmio .......................................................................... 18
Seção XI – Da Licença para Tratar de Interesses Particulares .............................. 18
Capítulo V – DAS FÉRIAS ................................................................................. 18
Capítulo VI – DAS CONCESSÕES ....................................................................... 19
Capítulo VII – DO TEMPO DE SERVIÇO .............................................................. 19
Capítulo VIII – DO DIREITO DE PETIÇÃO ........................................................... 20
Capítulo IX – DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ORGÃO OU ENTIDADE............. 21
Capítulo X – DO REGIME DISCIPLINAR .............................................................. 22
Seção I – Dos Direitos e Deveres .................................................................... 22
Seção II – Das Proibições ............................................................................... 23
Seção III – Das Responsabilidades .................................................................. 24
Capítulo XI – DA ACUMULAÇÃO ........................................................................ 25
Título IV – DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA .................................................. 26
Capítulo I – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................ 26
Capítulo II – DOS BENEFÍCIOS ......................................................................... 26
Seção I – Da Aposentadoria ............................................................................ 26
Seção II – Do Salário-Família .......................................................................... 28
Seção III – Do Auxílio à Natalidade .................................................................. 29
Seção IV – Do Auxílio-Funeral ......................................................................... 29
Seção V – Do Auxílio-Reclusão ........................................................................ 29
Seção VI – Da Pensão por Morte ..................................................................... 29
Seção VII – Do Pecúlio Facultativo ................................................................... 30
Capítulo III – DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE ........................................................... 30
Capítulo IV – DO CUSTEIO .................................................................................. 31
Título V – DAS PENALIDADES E DA SUA APLICAÇÃO ....................................... 31

2
Capítulo I – DO AFASTAMENTO PREVENTIVO ...................................................... 33
Título VI – DO PROCESSO ADMINISTRATIVO .................................................. 34
Capítulo I – DA APURAÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULARIDADES ............................... 34
Capítulo II – DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO .................................................. 34
Título VII – DOS FUNCIONÁRIOS EM SITUAÇÃO ESPECIAL ............................. 36
Capítulo Único – DO SERVIÇO RELATIVO À EDUCAÇÃO ........................................ 36
Título VIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .............................. 36
Capítulo Único ................................................................................................ 36

3
LEI Nº 7.502 DE 20 DE NOVEMBRO DE previstos em lei, e terão existência por
1990. tempo determinado, extinguindo-se
automaticamente ao termo do prazo
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS estabelecido ou com a cessação do estado
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO de necessidade de que resultarem.
MUNICÍPIO DE BELÉM. Art. 5º - Os cargos de provimento
efetivo da administração pública municipal
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui e direta, das autarquias e fundações públicas
eu sanciono a seguinte Lei: serão organizados e providos em carreiras.
Art. 6º - Quadro é o conjunto de
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES cargos efetivos e em comissão e de
funções gratificadas, integrantes das
PRELIMINARES
estruturas dos órgãos do Município, das
autarquias e das fundações públicas
municipais.
Art. 1º - Esta Lei institui o Estatuto
dos Funcionários Públicos do Município de Art. 7º - O sistema de carreira dos
Belém. funcionários municipais deverá observar as
diretrizes estabelecidas nesta Lei.
Art. 2º - As disposições desta Lei
constituem o regime jurídico único Art. 8º - É proibida a prestação de
aplicável aos funcionários de qualquer serviços gratuitos, ressalvada a
categoria do Município de Belém, suas participação em órgãos de deliberação
autarquias e fundações. coletiva para os quais lei exija gratuidade.
Art. 3º - Para efeito desta Lei, TÍTULO II - DO PROVIMENTO,
funcionário é a pessoa legalmente VACÂNCIA, REDISTRIBUIÇÃO E
investida em cargo público. SUBSTITUIÇÃO
Parágrafo Único - Equipara-se CAPÍTULO I - DO PROVIMENTO
também a funcionário o pessoal contratado
SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
por tempo determinado para exercer
função decorrente de necessidade
temporária de excepcional interesse
Art. 9º - São requisitos básicos para
público, sujeitando-se ao regime
o ingresso no serviço público do Município
estatutário previsto nesta Lei.
de Belém:
Art. 4º - Cargo público, como
I - a nacionalidade brasileira ou
unidade básica da estrutura
equiparada;
organizacional, é o conjunto de atribuições
e responsabilidades cometidas a um II - o gozo dos direitos políticos;
funcionário, mediante retribuição III. - a quitação com as obrigações
padronizada e paga pelos cofres públicos. militares e eleitorais;
§ 1º - Os cargos públicos, acessíveis IV - o nível de escolaridade exigido
a todos os brasileiros, são criados por Lei, para o exercício do cargo;
com denominação própria e em número
certo, para provimento em caráter efetivo V - a idade mínima de dezoito anos;
ou em comissão. e

§ 2º - As funções temporárias são VI - ser julgado apto em inspeção de


criadas por ato administrativo de gestão, saúde por serviço médico competente.
nas situações especificas dos casos
Parágrafo Único - Às pessoas desenvolvimento do funcionário na
portadoras de deficiência é assegurado o carreira, mediante progressão e ascensão
direito de se inscrever em concurso público funcional, serão estabelecidos em lei
para provimento de cargo cujas atribuições específica.
sejam compatíveis com a deficiência de Art. 15 - O concurso será de provas
que são portadoras, para as quais serão ou de provas e títulos, conforme dispuser
reservadas até vinte por cento das vagas o regulamento.
oferecidas no concurso.
§ 1º - Será de provas ocupacionais o
Art. 10 - O provimento dos cargos concurso público de provimento dos cargos
públicos municipais far-se-á por ato para cujo desempenho a lei não exija
administrativo de gestão. qualquer nível de escolaridade.
Art. 11 - A investidura em cargo § 2º - Qualquer que seja o tempo de
público ocorrerá com a posse. serviço, o funcionário que tiver ingressado
Parágrafo Único - A investidura em no serviço público mediante concurso de
função temporária ocorrerá nos termos e provas ocupacionais terá ascensão
condições da respectiva contratação. funcional através de processo seletivo
interno.
Art. 12 - São formas de provimento
em cargo público: Art. 16 - O concurso público terá
validade de dois anos, podendo ser
I - nomeação;
prorrogado uma única vez, por igual
II - ascensão; período.
III - transferência; Parágrafo Único - O prazo de
IV - readaptação; validade do concurso e as condições de
sua realização serão fixados em edital, que
V - reversão; será publicado no Diário Oficial do
VI - aproveitamento; Município.
VII - reintegração; e Art. 17 - Posse é a aceitação
expressa das atribuições, deveres, direitos
VIII – recondução
e responsabilidades inerentes ao cargo
público, com o compromisso de bem
SEÇÃO II - DA NOMEAÇÃO servir, formalizada com a assinatura do
termo pela autoridade competente e pelo
empossado.
Art. 13 - A nomeação far-se-á: § 1º - O prazo inicial para a posse
I - em caráter efetivo, quando se deverá ser prorrogado em até cento e
tratar de cargo de provimento efetivo; ou vinte dias, a requerimento do interessado.

II - em comissão, para cargos de § 2º - Se a posse não se concretizar


confiança, de livre exoneração. dentro do prazo, o ato de provimento será
tornado sem efeito.
Art. 14 - A nomeação para cargo de
provimento efetivo depende de prévia § 3º - A posse poderá se realizar
habilitação em concurso público de provas mediante procuração.
ou de provas e títulos, obedecida a ordem § 4º - Em se tratando de funcionário
de classificação e o prazo de sua validade. em licença ou em qualquer outro
Parágrafo Único - Os demais afastamento legal, o prazo será contado
requisitos para o ingresso e o do término do impedimento.

5
§ 5º - Só haverá posse nos casos de e, finda a missão ou estudo, somente
provimento de cargo público por nomeação decorrido igual período será permitida
e ascensão funcional nova ausência.
§ 6º - No ato da posse o funcionário § 3º - Ao funcionário beneficiado
apresentará, obrigatoriamente, declaração pelo disposto neste artigo não será
de bens e valores que constituem seu concedida exoneração ou licença para
patrimônio e declaração sobre o exercício tratar de interesse particular antes de
de outro cargo, emprego ou função decorrido período igual ao da ausência,
pública, além de outros documentos ressalvada a hipótese do ressarcimento
comprobatórios da satisfação das das despesas havidas com o seu
condições exigidas para investidura no afastamento.
cargo, salvo se já fornecidas § 4º - O servidor autorizado a
anteriormente. afastar-se para estudo em área do
Art. 18 - Exercício é o efetivo interesse do serviço público, fora do
desempenho das atribuições do cargo. Município, com ônus para os cofres
municipais, deverá sequentemente prestar
§ 1º - É de trinta dias o prazo para o
serviço, por igual período, ao Município.
servidor entrar em exercício, contados:
§ 5º - O servidor efetivo, mediante a
I - da data da posse, no caso de
sua concordância, poderá ser colocado à
nomeação; e
disposição de qualquer órgão da
II - da data da publicação oficial do administração direta ou indireta da União,
ato, nos demais casos. Estados, Distrito Federal e outros
§ 2º - Os prazos deverão ser Municípios, com ou sem ônus para o
prorrogados, a requerimento do Município de Belém, desde que observada
interessado, por trinta dias. a reciprocidade.

§ 3º - Na transferência, o prazo para § 6º - Na condenação criminal


o exercício do servidor em férias ou em transitada em julgado, se esta não for
licença será contado a partir do termo final determinante da demissão, continuará ele
desses eventos. afastado até o cumprimento total da pena,
com direito a dois terços do vencimento ou
§ 4º - A não entrada em exercício, remuneração.
ou a sua interrupção por mais de trinta
dias, é tipificada como abandono de cargo. § 7º - O exercício do mandato
eletivo federal, estadual ou distrital
Art. 19 - O funcionário não poderá determina o afastamento do cargo,
ausentar-se do Estado sem autorização emprego ou função, com prejuízo do
superior, nos casos de estudos ou missão vencimento ou remuneração.
especial com ou sem vencimentos.
Art. 20 - Ao entrar em exercício, o
§ 1º - A ausência do País dependerá funcionário nomeado para o cargo de
de autorização do Prefeito, para os provimento efetivo ficará sujeito a estágio
funcionários vinculados ao Poder probatório por período de até dois anos,
Executivo, e de autorização da Comissão durante o qual sua aptidão e capacidade
Executiva da Câmara Municipal, para os serão objeto de avaliação para
funcionários vinculados ao Poder desempenho do cargo, observados os
Legislativo. seguintes requisitos:
§ 2º - O afastamento para estudo ou I - idoneidade moral;
cumprimento de missão especial poderá
ser autorizado até o limite de quatro anos II - assiduidade;

6
III - disciplina; e
IV - produtividade. SEÇÃO III - DO DESENVOLVIMENTO
§ 1º - Até o fim do período de NA CARREIRA
dezoito meses, o chefe direto do
funcionário, ouvido o corpo funcional do
setor, deverá manifestar-se sobre o Art. 23 - O desenvolvimento na
atendimento, pelo mesmo, dos requisitos carreira dar-se-á por:
fixados pelo estágio. I - progressão funcional; e
§ 2º - Da avaliação desfavorável II - ascensão funcional.
cabe recurso com efeito suspensivo, no
prazo de oito dias contados da ciência do Art. 24 - Progressão funcional far-se-
funcionário. á pela elevação automática do funcionário
à referência imediatamente superior na
§ 3º - Decorrido o prazo previsto no escala de vencimento do cargo.
parágrafo anterior sem a interposição de
recurso, não sendo o funcionário Art. 25 - Ascensão funcional far-se-á
considerado habilitado no estágio, o pela elevação do funcionário de cargo da
mesmo será exonerado. categoria funcional a que pertencer para
cargo da referência inicial de categoria
§ 4º - O funcionário não poderá ser mais elevada, sem prejuízo dos
promovido, transferido, removido, vencimentos.
redistribuído, reclassificado ou posto à
disposição de outros órgãos ou entidades, Art. 26 - A ascensão funcional
e nem obter as licenças constantes nos dependerá de aprovação em concurso
incisos VI, X e XI do artigo 93, durante o seletivo interno de provas ou de provas e
período do estágio. títulos.

Art. 21 - O funcionário adquirirá Art. 27 - Através de ato, o Poder


estabilidade após dois anos de efetivo Executivo e o Poder Legislativo darão a
exercício, quando habilitado em concurso conhecer o numero de vagas destinadas à
público. ascensão funcional.

Art. 22 - O funcionário estável Art. 28 - A ascensão não interrompe


somente poderá ser demitido em virtude o tempo de serviço, que contado no novo
de sentença judicial transitada em julgado posicionamento na carreira, a partir da
ou mediante processo administrativo em data da publicação do ato que ascender o
que lhe seja assegurada ampla defesa. funcionário.

Parágrafo Único - O pessoal admitido Parágrafo Único - O servidor que não


para funções temporárias poderá ser estiver no exercício do cargo, ressalvadas
dispensado antes do prazo estabelecido: as hipóteses consideradas como de efetivo
exercício, não concorrerá à ascensão
I - mediante comunicação de três funcional.
dias, se tiver cessado o estado de
necessidade que determinou sua
contratação; SEÇÃO IV - DA TRANSFERÊNCIA
II - sem comunicação prévia, se
houver justa causa por falta apurada em
sindicância sumária. Art. 29 - Transferência é a passagem
do funcionário estável de cargo efetivo
para outro de igual denominação e

7
vencimento, pertencente a quadro de Art. 33 - Reversão é o retorno ao
pessoal diverso, no âmbito do Município. serviço ativo de funcionário aposentado
por invalidez, quando comprovadamente
Art. 30 - A transferência dar-se-á:
forem declaradas insubsistentes as razões
I - a pedido, atendida a conveniência determinantes da aposentadoria.
do serviço; e
Art. 34 - A reversão far-se-á no
II - de ofício, no interesse da mesmo cargo ou no cargo resultante de
administração, ouvido o servidor. sua transformação.
Parágrafo Único - Havendo Art. 35 - Não poderá reverter o
interessados em maior número que o de aposentado que alcançar o limite da idade
vagas, a seleção será feita através do para aposentadoria compulsória.
critério antiguidade.
Art. 31 - Será admitida a
SEÇÃO VII - DO APROVEITAMENTO
transferência de funcionário ocupante de
cargo de quadro em extinção para igual
situação em quadro de outro órgão ou
Art. 36 - Aproveitamento é o
entidade.
reingresso à atividade de funcionário em
disponibilidade, em cargo de atribuições e
SEÇÃO V - DA READAPTAÇÃO vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.
§ 1º - O aproveitamento será
Art. 32 - Readaptação é a forma de obrigatório quando restabelecido o cargo
provimento do funcionário em cargo de de cuja extinção decorreu a
atribuição e responsabilidades compatíveis disponibilidade.
com a limitação que tenha sofrido em sua
§ 2º - Se o aproveitamento se der
capacidade física ou mental, verificada em
em cargo de padrão inferior ao provento
inspeção médica.
da disponibilidade, terá o funcionário
§ 1º - Em qualquer hipótese, a direito à diferença.
readaptação não poderá ser deferida se
Art. 37 - Extinto o cargo ou
acarretar aumento da remuneração do
declarada a sua desnecessidade, o
readaptando.
funcionário estável ficará em
§ 2º - Se a readaptação for deferida disponibilidade, com proventos
em cargo cuja remuneração seja menor proporcionais ao tempo de serviço.
que a remuneração antes percebida pelo
Art. 38 - O aproveitamento
readaptando, a parcela será paga como
dependerá de prévia comprovação da
diferença pessoal permanente.
capacidade física e mental do funcionário,
§ 3º - O funcionário readaptado por junta médica pericial do Município.
perde definitivamente sua vinculação com
§ 1º - Se julgado apto, o funcionário
o cargo anteriormente exercido.
assumirá o exercício do cargo no prazo de
§ 4º - Se não houver possibilidade trinta dias, contados da publicação do ato
de readaptação, o funcionário será de aproveitamento.
aposentado.
§ 2º - Verificada a incapacidade
definitiva, o funcionário em disponibilidade
SEÇÃO VI - DA REVERSÃO será aposentado no cargo que
anteriormente ocupava.

8
Art. 39 - Será tornado sem efeito o III - ascensão;
aproveitamento e cassada a
IV - transferência;
disponibilidade se o funcionário não entrar
em exercício no prazo legal, salvo por V - readaptação;
doença comprovada por junta médica VI - aposentadoria; e
pericial do Município.
VII - falecimento.
Art. 44 - A exoneração dar-se-á a
SEÇÃO VIII - DA REINTEGRAÇÃO pedido do funcionário ou de ofício.
Parágrafo Único - A exoneração de
Art. 40 - Reintegração é a ofício ocorrerá:
reinvestidura do funcionário estável no I - quando se tratar de cargo em
cargo anteriormente ocupado, quando comissão;
invalidada a sua demissão por decisão
II - quando não satisfeitas as
administrativa ou judicial, com
condições do estágio probatório;
ressarcimento de todas as vantagens.
III - quando o funcionário não
Art. 41 - A reintegração será feita no
assumir o exercício do cargo no prazo
cargo anteriormente ocupado e, se este
legal;
houver sido transformado, no cargo
resultante. IV - quando da investidura do
funcionário em outro cargo de provimento
Parágrafo Único - Encontrando-se
efetivo.
provido o cargo, o seu eventual ocupante
será reconduzido ao cargo de origem, sem Art. 45 - A vacância de função
direito à indenização ou aproveitado em gratificada dar-se-á por dispensa, a pedido
outro cargo, ou, ainda, posto em ou de ofício, ou por destituição.
disponibilidade remunerada.

CAPÍTULO III - DA REDISTRIBUIÇÃO


SEÇÃO IX - DA RECONDUÇÃO

Art. 46 - Redistribuição é a
Art. 42 - Recondução é o retorno do movimentação do funcionário, com o
funcionário estável ao cargo anteriormente respectivo cargo, para quadro de pessoal
ocupado. de outro órgão ou entidade cujos planos
de cargos e vencimentos sejam idênticos,
Parágrafo Único - Encontrando-se
observando sempre o interesse da
provido o cargo de origem, o funcionário
administração
será aproveitado em outro, observado o
disposto no artigo 36. § 1º - A redistribuição ocorrerá para
o ajustamento de quadros de pessoal às
necessidades dos serviços, inclusive nos
CAPITULO II - DA VACÂNCIA casos de reorganização, extinção ou
criação de órgão ou entidade.
§ 2º - Nos casos de extinção de
Art. 43 - A vacância do cargo
órgão ou entidade, os funcionários que não
ocorrerá de:
puderem ser redistribuídos, na forma,
I - exoneração; deste artigo, serão colocados em
II - demissão;

9
disponibilidade ate o seu aproveitamento, § 2º - Nos serviços que exijam
na forma do artigo 36. trabalho aos sábados, domingos e feriados
será estabelecida escala de revezamento.
Art. 51 - A duração do trabalho
CAPITULO IV - DA SUBSTITUIÇÃO
poderá ser prorrogada a critério da
administração, mediante retribuição
Art. 47 - Haverá substituição, no pecuniária suplementar.
caso de impedimento legal ou afastamento
do titular de cargo em comissão ou função
CAPÍTULO II - DO VENCIMENTO E DA
gratificada, quando se tornar indispensável
REMUNERAÇÃO
tal providencia em face das necessidades
de serviço.
Art. 48 - Nas hipóteses consideradas Art. 52 - Vencimento é a retribuição
necessárias, os ocupantes de cargo em pecuniária pelo desempenho efetivo do
comissão terão substitutos indicados no trabalho no exercício de cargo público e
regimento interno ou em ato regulamentar corresponde ao valor fixado em lei.
e, em caso de omissão, serão previamente
§ 1º - A retribuição do pessoal
designados.
admitido para funções temporárias será
§ 1º - O substituto indicado assumirá fixada no ato que determinar a admissão,
automaticamente o exercício do cargo nos não podendo ser superior ao vencimento
afastamentos e impedimentos do titular. dos cargos análogos.
§ 2º - O substituto fará jus à § 2º - Não haverá vencimento nem
diferença da remuneração do cargo ou à retribuição inferior ao salário mínimo
gratificação de função respectiva, pagas na fixado em lei, nacionalmente unificado.
proporção dos dias de efetiva substituição.
§ 3º - O vencimento é irredutível e a
remuneração obedecerá ao limite e
TÍTULO III - DOS DIREITOS, princípios previstos no artigo37, inciso XV,
da Constituição Federal e no artigo 18,
VANTAGENS E OBRIGAÇÕES
inciso XXII da Lei Orgânica do Município de
CAPÍTULO I - DA JORNADA DE Belém.
TRABALHO Art. 53 - Remuneração é o
vencimento acrescido das gratificações e
demais vantagens de caráter permanente
Art. 49 - A jornada de trabalho não atribuídas ao funcionário pelo exercício de
poderá ser superior a 40 nem inferior a 20 cargo público.
horas semanais, na forma que dispuser a
lei ou norma regulamentar. Parágrafo Único - As indenizações,
auxílios e demais vantagens ou
Art. 50 - A jornada de trabalho será gratificações de caráter eventual não
cumprida no expediente que a integram a remuneração.
administração municipal estabelecer para
o funcionamento das repartições. Art. 54 - Proventos são os
rendimentos atribuídos ao funcionário em
§ 1º - Em casos especiais, atendida razão da aposentadoria ou disponibilidade.
a natureza do serviço, poderá ser
estabelecido horário para a prestação do Art. 55 - Quando investido em cargo
trabalho. em comissão, o funcionário deixará de

10
perceber o vencimento de seu cargo CAPÍTULO III - DAS VANTAGENS DE
efetivo. ORDEM PECUNIÁRIA
Art. 56 - O funcionário perderá: SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
I - a remuneração dos dias que faltar
ao serviço, salvo nas hipóteses previstas
no artigo 123; e Art. 61 - Além do vencimento,
poderão ser atribuídas ao funcionário, na
II - metade da remuneração, no caso
forma que dispuser o regulamento, as
de suspensão convertida em multa, na
seguintes vantagens:
forma prevista no § 2º do artigo 197.
I - gratificações;
Parágrafo Único - As faltas ao
serviço, até o máximo de oito dias por II - adicionais; e
ano, não excedendo a uma por mês, em III - indenizações.
razão de causa relevante, poderão ser
abonadas pelo titular do órgão, quando
requeridas no dia útil subsequente. SEÇÃO II - DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 57 - Salvo por imposição legal
ou mandato judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou provento. Art. 62 - Aos funcionários poderão
ser concedidas as seguintes gratificações:
Parágrafo Único - Mediante
autorização do funcionário, poderá haver I - por regime especial de trabalho:
consignação em folha de pagamento a a) em tempo integral; e
favor de terceiros, a critério da
b) em dedicação exclusiva;
administração, na forma estabelecida em
regulamento. II - por atividades especiais:
Art. 58 - As reposições e a) de função;
indenizações ao Município serão b) de localização especial de
descontadas em parcelas mensais e não trabalho, na forma prevista em
excedentes à décima parte da regulamento;
remuneração ou provento.
c) pelo exercício de atividades em
Art. 59 - O funcionário em débito condições insalubres ou perigosas;
com a Fazenda Municipal que for demitido,
exonerado, ou que tiver sua aposentadoria d) de elaboração de trabalho técnico
ou disponibilidade cassada, terá o prazo de especializado, na forma prevista em
sessenta dias para quitá-lo. regulamento; e

Parágrafo Único - A não quitação do e) de fiscalização ou coordenação de


débito no prazo previsto neste artigo processos seletivos, na forma prevista em
implicará em sua inscrição na dívida ativa regulamento;
do Município. III - por produtividade;
Art. 60 - O vencimento, a IV - por serviço extraordinário;
remuneração e o provento não serão
V - gratificação natalina; e
objeto de arresto, sequestro ou penhora
exceto nos casos de prestação de VI - gratificação de permanência.
alimentos de homologação ou decisão
judicial.

11
SUBSEÇÃO I - DA GRATIFICAÇÃO POR periculosidade deverá optar por uma
REGIME ESPECIAL DE TRABALHO delas, não sendo permitida a acumulação.
Parágrafo Único - O direito à
gratificação de insalubridade ou
Art. 63 - A gratificação de tempo periculosidade cessa com a eliminação das
integral ou de dedicação exclusiva será condições ou dos riscos que deram causa a
devida ao funcionário ocupante de cargo sua concessão.
efetivo, comissionado ou em função
gratificada, quando convocado para Art. 68 - É vedado à funcionária
prestação de serviços em regime especial gestante ou lactante o trabalho em
de trabalho. atividades ou operações consideradas
insalubres ou perigosas.
Art. 64 - A gratificação devida ao
funcionário convocado a prestar serviço Art. 69 - A gratificação de
em regime de tempo integral ou de insalubridade por trabalho com raios-X ou
dedicação exclusiva obedecerá às substâncias radioativas corresponde a
seguintes bases percentuais: quarenta por cento sobre o vencimento
básico do funcionário.
I - tempo integral: cinquenta por
cento do vencimento-base do cargo, com § 1º - Os locais de trabalho e os
carga horária mínima de duas horas, além funcionários que operem com raio-X ou
da jornada normal de trabalho diária; e substâncias radioativas devem ser
mantidos sob controle permanente, de
II - dedicação exclusiva: cem por modo que as doses de radiação ionizante
cento do vencimento-base do cargo. não ultrapassem o nível máximo previsto
§ 1º - A concessão da gratificação na legislação específica.
por regime especial de trabalho dependerá § 2º - Os funcionários a que refere o
de prévia e expressa autorização do parágrafo anterior devem ser submetidos
Prefeito ou da Comissão Executiva da a exames médicos periódicos.
Câmara Municipal, sendo vedada a
percepção cumulativa.
§ 2º - VETADO. SUBSEÇÃO III - DA GRATIFICAÇÃO
POR PRODUTIVIDADE

SUBSEÇÃO II - DA GRATIFICAÇÃO
POR ATIVIDADES ESPECIAIS Art. 70 - A gratificação por
produtividade será concedida ao
funcionário que, no desempenho de suas
Art. 65 - A gratificação de função atribuições, contribuir para o
será fixada em lei e atribuída às atividades aprimoramento e incremento do serviço
que indicar. público, e em especial das atividades de
arrecadação e fiscalização de tributos e
Art. 66 - Ao funcionário que exercer
outras rendas.
atividades, com habitualidade, em locais
insalubres ou em contato permanente com Parágrafo Único - As condições para
substâncias tóxicas ou com risco de vida, aferição, critérios, prazos ou formas de
será concedida uma gratificação sobre o pagamento serão definidas em
vencimento do cargo efetivo, na forma da regulamento, observando os limites legais.
lei.
Art. 67 - O funcionário que fizer jus
às gratificações de insalubridade e de

12
SUBSEÇÃO IV - DA GRATIFICAÇÃO remuneração devida em dezembro, por
POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO mês de exercício no respectivo ano civil.
Parágrafo Único - A fração igual ou
superior a quinze dias será considerada
Art. 71 - O serviço extraordinário como mês integral.
será remunerado com o acréscimo de
cinquenta por cento em relação à hora Art. 76 - A gratificação natalina será
normal de trabalho. paga até o dia vinte de dezembro de cada
ano.
Parágrafo Único - Em se tratando de
serviço noturno, o valor da hora será Art. 77 - A gratificação natalina não
acrescido de mais vinte por cento. poderá ser considerada como calculo de
qualquer vantagem pecuniária.
Art. 72 - Somente será permitido
serviço extraordinário para atender a Art. 78 - O funcionário exonerado
situações excepcionais e temporárias, perceberá uma gratificação natalina
respeitado o limite máximo de horas proporcionalmente aos meses de efetivo
diárias, conforme se dispuser em exercício, calculada sobre a remuneração
regulamento. do mês de exoneração.

Parágrafo Único - Em situação de


emergência, previamente definida pelo SEÇÃO III - DOS ADICIONAIS
Chefe do Poder Executivo, o limite para o
desempenho de serviço extraordinário
poderá ser elevado para o máximo de Art. 79 - Ao funcionário serão
quatro horas nos dias úteis e de oito horas concedidos os adicionais:
em dias de descanso obrigatório.
I - adicional por tempo de serviço;
Art. 73 - A concessão da gratificação
II - adicional de férias;
por serviço extraordinário dependerá, em
cada caso, de ato expresso dos titulares III - adicional de escolaridade;
dos órgãos municipais, no qual serão IV - adicional de turno; e
obrigatoriamente fixados o período e o
serviço a ser prestado. V - adicional de cargo em comissão.

Art. 74 - O exercício de cargo em


comissão e de função gratificada impede o SUBSEÇÃO I - DO ADICIONAL POR
recebimento da gratificação por serviço TEMPO DE SERVIÇO
extraordinário.
Parágrafo Único - O recebimento da
gratificação de tempo integral ou Art. 80. O adicional por tempo de
dedicação exclusiva excluirá a percepção serviço será devido por triênio de efetivo
cumulativa da gratificação por serviço exercício, até o máximo de doze.
extraordinário. § 1º - Os adicionais serão calculados
sobre a remuneração do cargo, nas
seguintes proporções:
Subseção V - Da Gratificação Natalina
I - aos três anos, 5%;
II - aos seis anos, 5% - 10%;
Art. 75 - A gratificação natalina
corresponderá a um doze avos da III - aos nove anos, 5% - 15%;
IV - aos doze anos, 5% - 20%;

13
V - aos quinze anos, 5% - 25%; exercício a lei exija habilitação
correspondente conclusão do primeiro grau
VI - aos dezoito anos, 5% - 30%;
do ensino oficial;
VII - aos vinte e um anos, 5% -
II - na quantia correspondente a
35%;
sessenta por cento, ao titular de cargo
VIII - aos vinte e quatro anos, 5% - para cujo exercício a lei exija habilitação
40%; correspondente à conclusão do segundo
IX - aos vinte e sete anos, 5% - grau do ensino oficial;
45%; III - na quantia correspondente a
X - aos trinta anos, 5% - 50%; cem por cento, ao titular do cargo para
cujo exercício a lei exija habilitação
XI - aos trinta e três anos, 5% - correspondente à conclusão do grau
55%; universitário.
XII - após trinta e quatro anos, 5% - Parágrafo Único - A gratificação pela
60%. docência em atividade de treinamento será
Art. 81 - O funcionário fará jus ao atribuída ao servidor no regime hora-aula,
adicional a partir do mês em que desde que esta atividade não seja inerente
completar o triênio, independente de ao exercício do cargo, desde que fora do
solicitação. horário de expediente normal.

SUBSEÇÃO II - DO ADICIONAL DE SUBSEÇÃO IV - DO ADICIONAL DE


FÉRIAS TURNO

Art. 82 - Independentemente de Art. 84 - O adicional de turno é a


solicitação, será pago ao funcionário, por vantagem pessoal e eventual devida ao
ocasião das férias, um adicional de um funcionário durante o tempo em que for
terço da remuneração correspondente ao submetido a:
período de férias. I - jornada de trabalho que deva ser
Parágrafo Único - No caso do desempenhada entre as vinte e duas horas
funcionário ocupar cargo em comissão ou de um dia e as cinco horas do dia
estar no exercício de função gratificada, as seguinte, correspondendo a quarenta por
respectivas vantagens devem ser cento do vencimento-base;
consideradas no calculo do adicional de II - trabalho aos sábados, domingos
que trata este artigo. e feriados, em escala de revezamento,
correspondente a vinte por cento do
vencimento-base.
SUBSEÇÃO III - DO ADICIONAL DE
ESCOLARIDADE Art. 85 - O adicional de turno, apesar
de eventual, é devido nas férias e nas
licenças remuneradas, se o funcionário
Art. 83 - O adicional de escolaridade, houver desempenhado trabalho nas
calculado sobre o vencimento-base, será condições do artigo anterior, durante os
devido nas seguintes proporções: últimos doze por cento meses.
I - na quantia correspondente a vinte § 1º - Somente após três anos de
por cento, ao titular de cargo para cujo percepção do adicional de turno a

14
vantagem será incluída nos proventos da gratificada implicará, automaticamente, na
aposentadoria ou disponibilidade. perda da vantagem pessoal respectiva.
§ 2º - Se a aposentadoria resultar de
acidente em serviço, o adicional de turno SEÇÃO IV - DAS INDENIZAÇÕES
será incluído nos proventos, qualquer que
seja o tempo de sua percepção.
§ 3º - VETADO. Art. 90 - O funcionário que, em
missão oficial ou de estudo, se afastar da
sede, em caráter eventual ou transitório,
SUBSEÇÃO V - DO ADICIONAL DE para outro ponto do território nacional ou
CARGO EM COMISSÃO do exterior, fará jus a passagens e diárias,
para cobrir as despesas de pousada e
alimentação.
Art. 86 - O funcionário efetivo
Parágrafo Único - A diária será
nomeado para cargo em comissão,
concedida por dia de afastamento, sendo
cessado esse exercício, fará jus a
devida pela metade quando o
perceber, como vantagem pessoal, o
deslocamento não exigir pernoite fora da
adicional de que trata o inciso V, do
sede.
art. 79, desta Lei, que corresponderá à
quinta parte da diferença entre o Art. 91 - O funcionário que receber
vencimento do cargo efetivo e o indevidamente diárias será obrigado a
vencimento do cargo em comissão, por restituí-las integralmente, no prazo de
ano de efetivo exercício, até o máximo de cinco dias, ficando ainda, se for o caso,
cinco quintos. sujeito a punição disciplinar.
Parágrafo Único - Quando mais de Art. 92 - No arbitramento das diárias
um cargo em comissão for exercido sem será considerado o local para o qual foi
interrupção, no período anual aquisitivo, o deslocado o funcionário.
adicional será calculado em relação ao
vencimento do cargo mais elevado.
CAPÍTULO IV - DAS LICENÇAS
Art. 87 - O adicional de que trata o
artigo anterior aplica-se também ao SEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
exercente de função gratificada, tomando-
se como base de cálculo a quinta parte do
valor da respectiva gratificação, até o Art. 93 - Conceder-se-á ao
máximo de cinco quintos. funcionário licença:
Art. 88 - O funcionário que tiver I - para tratamento de saúde;
adquirido direito ao máximo de cinco II - por motivo de acidente em
quintos fará jus à atualização progressiva serviço;
de cada parcela do adicional, mediante a
substituição de cada quinta parte mais III - por motivo de doença em
antiga pela nova quinta parte, calculada pessoa da família;
em relação ao último vencimento ou IV - à gestante;
gratificação, se aquele ou esta for
V - paternidade;
superior.
VI - por motivo de afastamento do
Art. 89 - A pena de destituição do
cônjuge;
cargo em comissão ou da função

15
VII - para prestação de serviço causa para cessação do desempenho de
militar; funções temporárias.
VIII - para atividade política;
IX - para atividade sindical; SEÇÃO II - DA LICENÇA PARA
X - a título de prêmio por TRATAMENTO DE SAÚDE
assiduidade e comportamento;
XI - para tratar de interesse Art. 95 - A licença para tratamento
particular. de saúde poderá ser concedida a pedido
§ 1º - As licenças previstas nos ou de ofício, com base em inspeção
incisos I a IV serão precedidas de inspeção médica realizada pelo órgão competente
médica realizada pelo órgão competente do Município, sem prejuízo da
do Município. remuneração.
§ 2º - O funcionário não poderá Parágrafo Único - Sempre que
permanecer em licença por período necessário, a inspeção médica será
superior a vinte e quatro meses, salvo nos realizada na residência do funcionário ou
casos dos incisos VI, VII, VIII e IX. no estabelecimento hospitalar onde se
encontrar internado.
§ 3º - É vedado o exercício de
atividade remunerada durante o período Art. 96 - A licença superior a
das licenças previstas nos incisos I a IV sessenta dias só poderá ser concedida
deste artigo. mediante inspeção realizada por junta
médica oficial.
§ 4º - A licença concedida dentro de
sessenta dias do término da anterior, da § 1º - Em casos excepcionais, a
mesma espécie, será considerada como prova da doença poderá ser feita por
prorrogação. atestado médico particular se, a juízo da
administração, for conveniente ou
Art. 94 - O pessoal contratado para
impossível a ida da junta médica à
função temporária terá direito as licenças
localidade de residência do funcionário.
previstas nos incisos I, II, III, IV e V do
artigo 93. § 2º - Nos casos referidos no
parágrafo anterior, o atestado só produzirá
§ 1º - Na data do termo final do
efeitos depois de homologado pelo serviço
tempo previsto para admissão termina a
médico oficial do Município.
vinculação do pessoal temporário com a
administração municipal, cessando as § 3º - Verificando-se, a qualquer
licenças concedidas. tempo, ter ocorrido má-fé na expedição do
atestado ou do laudo, a administração
§ 2º - O disposto no parágrafo
promoverá a punição dos responsáveis.
anterior não se aplica à licença por motivo
de acidente em serviço, que somente Art. 97 - Findo o prazo da licença, o
cessará com o restabelecimento da funcionário será submetido à nova
capacidade física ou com a aposentadoria inspeção médica, que concluirá pela volta
do licenciado. ao serviço, pela prorrogação da licença ou
pela aposentadoria.
§ 3º - Se do acidente resultar
invalidez permanente, a licença será Art. 98 - O atestado e o laudo da
transformada em aposentadoria. junta médica não se referirão ao nome ou
natureza da doença, salvo quando se
§ 4º - Os demais motivos de licença,
tratar de lesões produzidas por acidente
previstos no artigo 93, constituem justa
em serviço e doença profissional.

16
consequente apresentação ao órgão de
lotação do funcionário.
SEÇÃO III - DA LICENÇA POR
ACIDENTE EM SERVIÇO § 3º - A licença de que trata este
artigo será concedida com vencimento ou
remuneração:
Art. 99 - Será licenciado com I - integrais, até noventa dias;
remuneração integral o funcionário
acidentado em serviço. II - dois terços, quando excedente
de noventa dias;
Art. 100 - Para conceituação do
acidente e da doença profissional, serão III - um terço, quando superior a
adotados os critérios da legislação social cento e vinte dias e não exceder a
do trabalho. trezentos e sessenta e cinco dias;

§ 1º - Equipara-se ao acidente em IV - sem vencimento, quando


serviço o dano decorrente de agressão exceder de trezentos e sessenta e cinco
sofrida e não provocada pelo funcionário dias.
no exercício do cargo.
§ 2º - A prova do acidente será feita SEÇÃO V - DA LICENÇA À GESTANTE,
no prazo de dez dias, prorrogável quando ADOTANTE E PATERNIDADE
as circunstâncias o exigirem.
Art. 101 - As normas desta Seção
aplicam-se também ao pessoal contratado Art. 103 - Será concedida licença a
para funções temporárias. funcionária gestante ou à mãe adotiva de
criança de até um ano de idade por cento
e vinte dias consecutivos, sem prejuízo da
SEÇÃO IV - DA LICENÇA POR MOTIVO remuneração.
DE DOENÇA EM PESSOA DA FAMÍLIA § 1º - A licença poderá ter início no
primeiro dia do nono mês de gestação,
salvo antecipação por prescrição médica.
Art. 102 - Poderá ser concedida
licença ao funcionário por motivo de § 2º - No caso de nascimento
doença do cônjuge, companheiro ou prematuro, a licença terá início a partir do
companheira, padrasto ou madrasta, parto.
ascendente, descedente, enteado e § 3º - No caso de natimorto,
colateral consanguíneo ou afim até o decorridos trinta dias do evento, a
segundo grau civil, mediante comprovação funcionária terá direito a mais trinta dias
médica. de repouso remunerado.
§ 1º - A licença somente será Art. 104 - Para amamentar o próprio
deferida se a assistência direta do filho até a idade de seis meses, a
funcionário for indispensável e não puder funcionária lactante terá direito, durante a
ser prestada simultaneamente com o jornada de trabalho, a uma hora de
exercício do cargo. descanso, que poderá ser parcelada em
§ 2º - A comprovação das condições dois períodos de meia hora.
previstas neste artigo, como preliminar Art. 105 - À funcionária que adotar
para a concessão da licença, far-se-á criança de até doze meses de idade serão
mediante inspeção de saúde procedida concedidos cento e vinte dias de licença
pelo órgão médico competente, que
emitirá o correspondente laudo, para

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remunerada, para ajustamento do adotado SEÇÃO VIII - DA LICENÇA PARA
ao novo lar. ATIVIDADE POLÍTICA
Parágrafo Único - No caso de adoção
de criança com mais de um ano de idade,
o prazo de que trata este artigo será de Art. 109 - A partir do registro da
trinta dias. candidatura perante a Justiça Eleitoral e
até o dia seguinte ao da eleição, o
Art. 106 - Até que a lei venha funcionário candidato a cargo eletivo fará
disciplinar o disposto no artigo 7º, XIX, jus à licença com remuneração integral,
da Constituição Federal, serão concedidos salvo se a legislação eleitoral dispuser em
cinco dias de licença paternidade para o contrário.
cônjuge ou companheiro, por ocasião do
nascimento do filho. Parágrafo Único - Ao funcionário
público em exercício de mandato eletivo
aplicam-se as disposições do
SEÇÃO VI - DA LICENÇA POR MOTIVO artigo 38 da Constituição Federal vigente.
DE AFASTAMENTO DO CÔNJUGE
SEÇÃO IX - DA LICENÇA PARA
Art. 107 - Poderá ser concedida ATIVIDADE SINDICAL
licença ao funcionário para acompanhar
cônjuge, companheiro ou companheira,
funcionário público civil ou militar, para Art. 110 - É assegurado o direito à
outro ponto do território nacional, para o licença com remuneração ao funcionarão
exterior ou para exercício de mandato eleito para desempenho de mandato de
eletivo dos Poderes Executivo e diretoria em confederação, federação ou
Legislativo. sindicato representativo da sua categoria
profissional.
§ 1º - A licença será por prazo
indeterminado e sem remuneração. Parágrafo Único - A licença terá
duração igual a do mandato, podendo ser
§ 2º - Na hipótese do deslocamento prorrogada no caso de reeleição.
de que trata este artigo, o funcionário
poderá ser colocado à disposição de outro
órgão público, sem ônus para o Município. SEÇÃO X - DA LICENÇA PRÊMIO

SEÇÃO VII - DA LICENÇA PARA Art. 111 - O funcionário terá direito,


PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR como prêmio de assiduidade e
comportamento, à licença de sessenta dias
em cada período de três anos de exercício
Art. 108 - Ao funcionário convocado ininterrupto, em que não haja sofrido
para o serviço militar será concedida qualquer penalidade disciplinar ou
licença, na forma e condições previstas na criminal.
legislação específica.
Art. 112 - Não se concederá licença
Parágrafo Único - Concluído o serviço prêmio ao funcionário que, no período
militar, o funcionário terá até trinta dias, aquisitivo:
sem remuneração, para reassumir o
I - sofrer penalidade disciplinar ou
exercício do cargo.
criminal;

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II - afastar-se do cargo em virtude CAPÍTULO V - DAS FÉRIAS
de:
a) licença para tratamento em
Art. 117 - Após doze meses de
pessoa da família que ultrapasse a trinta
exercício o funcionário fará jus,
dias consecutivos ou não durante o triênio;
anualmente, a trinta dias consecutivos de
b) licença para tratar de interesses férias, não podendo ser levada à conta de
particulares; férias qualquer falta ao serviço.
c) licença por motivo de afastamento Parágrafo Único - Em casos
do cônjuge, companheiro ou companheira; excepcionais, as férias poderão ser
III - faltar ao serviço fracionadas em dois períodos de quinze
injustificadamente mais de seis dias dias corridos, observado sempre o
durante o período aquisitivo. interesse do serviço.

Art. 113 - Para efeito de Art. 118 - O funcionário que opere


aposentadoria adicional por tempo de direta e permanentemente com raio-X e
serviço, será contado em dobro o tempo substâncias radioativas gozará,
de licença prêmio que o funcionário não obrigatoriamente, vinte dias consecutivos
houver gozado. de férias por semestre de atividade
profissional, proibida em qualquer hipótese
Art. 114 - A requerimento do a acumulação..
funcionário, a licença poderá ser gozada
em períodos não inferiores a trinta dias, Art. 119 - As férias do pessoal
observada a conveniência do serviço. integrante do grupo Magistério são de
quarenta e cinco dias e coincidirão com os
Parágrafo Único - Deferida a licença, períodos das férias escolares, obedecendo
a administração terá o prazo de sessenta às restrições regulamentares.
dias para liberar o funcionário.
Art. 120 - Cabe ao órgão competente
organizar, no mês de novembro, as
SEÇÃO XI - DA LICENÇA PARA TRATAR escalas de férias para o ano seguinte,
DE INTERESSES PARTICULARES atendendo sempre que possível a
conveniência dos funcionários.
Parágrafo Único - Depois de
Art. 115 - A critério da programada, a escala só poderá ser
administração, poderá ser concedida ao modificada com a anuência do funcionário
funcionário estável licença para trato de interessado e da chefia de serviço.
assuntos particulares, pelo prazo de até
dois anos consecutivos, sem remuneração. Art. 121 - É proibida a acumulação
de férias, salvo por absoluta necessidade
§ 1º - Não poderá ser negada licença de serviço e pelo máximo de dois anos
quando o afastamento for comunicado com consecutivos.
antecedência mínima de trinta dias.
Parágrafo Único - Para os efeitos de
§ 2º - A licença poderá ser aposentadoria e adicional de tempo de
interrompida a qualquer tempo, a pedido serviço, contar-se-á em dobro o período
do funcionário. de férias não gozadas, mediante
Art. 116. Só poderá ser concedida solicitação do funcionário e após
nova licença depois de decorridos dois deferimento pela autoridade competente.
anos do término da anterior. Art. 122 - Não serão interrompidas
as ferias em gozo, salvo por motivo de

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calamidade pública, comoção interna, Art. 127 - A apuração do tempo de
convocação para júri, serviço militar ou serviço será feita em dias, que serão
eleitoral ou por motivo relevante de convertidos em anos, considerando o ano
superior interesse público. como de trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo Único - Feita a conversão,
os dias restantes, até cento e oitenta e
CAPÍTULO VI - DAS CONCESSÕES
dois, não serão computados,
arredondando-se para um ano quando
Art. 123 - Sem qualquer prejuízo, excederem este número, para efeito de
poderá o funcionário ausentar-se do aposentadoria.
serviço: Art. 128 - Além das ausências ao
I - por um dia, para doação de serviço previstas no artigo 123, são
sangue; consideradas como efetivo exercício os
afastamentos em virtude de:
II - até oito dias, por motivo de:
I - férias;
a) casamento;
II - exercício de cargo em comissão
b) falecimento do cônjuge, ou equivalente a sua função em órgão ou
companheiro ou companheira, pais, entidade dos Poderes da União, dos
madrasta, padrasto, filhos ou enteados e Estados, dos Municípios se do Distrito
irmãos. Federal, quando colocado regularmente à
Art. 124 - Poderá ser concedido disposição;
horário especial ao funcionário estudante III - desempenho do mandato eletivo
de nível superior quando comprovada a federal, estadual ou municipal:
incompatibilidade entre o horário escolar e
o da repartição, sem prejuízo do exercício IV - convocação para o serviço
do cargo. militar;

Parágrafo Único - Para efeito do V - requisição para o Tribunal do Júri


disposto neste artigo, será exigida a e outros serviços obrigatórios por lei;
compensação de horários na repartição, VI - missão ou estudo no exterior,
respeitada a duração semanal do trabalho. quando autorizado o afastamento; e
VII - licenças:
CAPÍTULO VII - DO TEMPO DE a) à gestante;
SERVIÇO b) para tratamento da própria saúde,
até dois anos;

Art. 125 - É contado, para todos os c) por motivo de acidente em serviço


efeitos legais, o tempo de serviço público ou doença profissional;
prestado ao Município de Belém, qualquer d) prêmio;
que tenha sido a forma de admissão ou de
e) paternidade, pelo prazo mínimo
pagamento.
de cinco dias, nos termos da lei; e
Art. 126 - Considera-se como tempo
f) licença para atividade sindical.
de serviço prestado a órgãos dos Poderes
da União, Estados e Municípios inclusive Parágrafo Único - V E T A D O
suas autarquias, fundações públicas e às Art. 129 - Contar-se-á para efeito de
empresas de economia mista. aposentadoria e disponibilidade:

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I - o tempo de serviço público I - do indeferimento do pedido de
prestado em cargo ou função federal, reconsideração; e
estadual ou municipal; II - das decisões sobre recursos
II - a licença para tratamento de sucessivamente interpostos.
saúde de pessoa da família do funcionário, § 1º - O recurso será dirigido à
até noventa dias; autoridade imediatamente superior à que
III - a licença para atividade política tiver expedido o ato ou proferido a
ou sindical; decisão, e sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades.
IV - tempo correspondente ao
desempenho de mandato eletivo federal, § 2º - Terá caráter de recurso o
estadual ou municipal, antes do ingresso pedido de reconsideração quando o autor
do funcionário no serviço público do despacho, decisão ou ato houver sido o
municipal; Prefeito ou a Comissão Executiva da
Câmara.
V - tempo de serviço em atividade
privada vinculada à previdência social; Art. 132 - O prazo para interposição
do pedido de reconsideração ou de recurso
VI - o tempo de serviço ativo nas
Forças Armadas e auxiliares, prestado é de trinta dias, a contar da publicação ou
da ciência, pelo interessado, da decisão
durante a paz, computando-se pelo dobro
recorrida.
o tempo de operação real de guerra.
Art. 133 - A representação será
§ 1º - O tempo em que o funcionário
dirigida ao chefe imediato do funcionário,
esteve aposentado por invalidez ou em
ao qual cabe, se a solução não for de sua
disponibilidade será apenas contado para
alçada encaminhá-la a quem for de direito.
nova aposentadoria ou disponibilidade.
Parágrafo Único - Se não for dado
§ 2º - É vedada a contagem
andamento à representação, dentro do
cumulativa de tempo de serviço prestado
prazo de cinco dias, poderá o funcionário
concomitantemente em mais de um cargo,
dirigi-la direta e sucessivamente à
função ou emprego.
autoridade superior.
Art. 134 - Para o exercício do direito
CAPÍTULO VIII - DO DIREITO DE de petição, é assegurada vista do processo
PETIÇÃO ou documento, na repartição, ao
funcionário ou seu representante legal.
Art. 135 - O direito de petição
Art. 130 - É assegurado ao
prescreve a partir da data da publicação,
funcionário o direito de requerer, pedir
no órgão oficial, do ato impugnado, ou
reconsideração e recorrer, bem como o de
quando este for de natureza reservada, da
representar.
data em que dele tiver conhecimento o
Parágrafo Único - O requerimento, a funcionário:
representação e o pedido de
I - em cinco anos, quanto aos atos
reconsideração serão apresentados no
de que decorrem a demissão, cassação de
órgão de lotação do servidor e decidido
disponibilidade, ou que afetem interesse
pela autoridade que tenha expedido o ato
patrimonial e créditos resultantes das
ou proferido a decisão, no prazo
relações de trabalho; e
improrrogável de trinta dias.
Art. 131 - Caberá recurso:

21
II - em cento e vinte dias, nos b) para exercício de cargo técnico ou
demais casos, salvo quando outro prazo em casos previstos em leis específicas.
for fixado em lei. Art. 141 - Nenhum funcionário
Parágrafo Único - Os recursos ou poderá ser posto disposição, ou de
pedidos de reconsideração, quando qualquer forma ter exercício em repartição
cabíveis e apresentados dentro do prazo diferente daquela em que estiver lotado,
de que trata o artigo 132, interrompem a sem prévia autorização do Prefeito ou da
prescrição, determinando a contagem de Comissão Executiva, formalizada através
novos prazos, a partir da data da de ato competente.
publicação, no Diário Oficial do Município, Art. 142 - O afastamento para
do despacho denegatório ou restritivo do estudo ou missão oficial no exterior
pedido. obedecerá ao disposto em legislação
Art. 136 - A prescrição é de ordem pertinente.
pública, não podendo ser relevada pela
administração.
CAPÍTULO X - DO REGIME
Art. 137 - O pedido de
DISCIPLINAR
reconsideração e o recurso não tem efeito
suspensivo; o que for provido retroagirá, SEÇÃO I - DOS DIREITOS E DEVERES
nos efeitos, à data do ato impugnado.
Art. 138 - A administração deverá
rever seus atos, a qualquer tempo, quando Art. 143 - São direitos do
eivados de ilegalidade. funcionário, além daqueles
especificamente conferidos neste Estatuto:
Art. 139 - São fatais e
improrrogáveis os prazos estabelecidos I - ter condição adequada ao
neste capítulo, salvo por motivo de força trabalho;
maior. II - receber da administração os
Parágrafo Único - Os prazos que se equipamentos e vestuários exigidos pela
vencerem em sábado, domingo, feriado, natureza do serviço;
santificado ou considerado de frequência III - participar de treinamento de
facultativa, ficam dilatados até o primeiro prevenção de acidente de trabalho;
dia útil subsequente.
IV - ter acesso ao acervo
bibliográfico de sua repartição;
CAPÍTULO IX - DO AFASTAMENTO V - sugerir providências que visem o
PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU aperfeiçoamento do serviço;
ENTIDADE VI - representar contra ato
manifestamente ilegal ou abuso de poder
de seus superiores;
Art. 140 - O funcionário, mediante
sua concordância, poderá ser cedido para VII - custeio do tratamento de
ter exercício em outro órgão ou entidade saúde, quando a licença for concedida nos
dos Poderes da União, dos Estados, do termos do artigo 93, inciso II.
Distrito Federal ou de outros Municípios, Art. 144 - São deveres do
nas seguintes hipóteses: funcionário:
a) para exercício de cargo em I - manter assiduidade;
comissão ou função de confiança; e
II - ser pontual;

22
III - usar de discrição; XIV - submeter-se à inspeção de
saúde periódica, perante junta médica
IV - tratar com urbanidade as partes,
oficial do Município, quando for
atendendo-as sem preferências pessoais;
determinada pela administração;
V - desempenhar pessoalmente, com
XV - usar os equipamentos e
zelo e presteza, os encargos que lhe
vestuários fornecidos pela administração,
competirem e os trabalhos de que for
de acordo com a natureza do trabalho;
incumbido dentro de suas atribuições;
XVI - atender preferencialmente a:
VI - ser leal às instituições
constitucionais e administrativas a que a) requisições destinadas à defesa
servir; da Fazenda Pública Municipal;
VII - observar as normas legais e b) pedidos de certidões para fins de
regulamentares. direito;
§ 1º - Considera-se substituto c) pedidos de informações do Poder
processual os Sindicatos dos Servidores Legislativo;
Públicos Municipais em toda e qualquer d) diligências solicitadas por
demanda em que seja parte interessada o comissão de inquérito; e
servidor e o Poder Público.
e) deprecados judiciais.
§ 2º - E assegurada a participação
permanente e paritária do servidor nos Parágrafo Único - Será considerado
colegiados dos órgãos do Município de como coautor o superior hierárquico que,
Belém que seus interesses, profissionais recebendo denúncia ou representação a
ou previdenciários, sejam objeto de respeito de irregularidades no serviço ou
discussão e deliberação. falta cometida por funcionário seu
subordinado, deixar de tomar as
VIII - respeitar e acatar seus providências necessárias a sua apuração.
superiores hierárquicos, obedecendo às
suas ordens, exceto quando
manifestamente ilegais; SEÇÃO II - DAS PROIBIÇÕES
IX - quando indicado pela
administração, frequentar cursos
legalmente instituídos, para seu Art. 145 - Ao funcionário é proibido:
aperfeiçoamento e especialização; I - retirar, sem prévia permissão da
X - providenciar para que esteja autoridade competente, qualquer
sempre em dia, no assentamento documento ou objeto existente na
individual, a sua declaração de família; repartição;
XI - manter espírito de cooperação e II - ausentar-se do serviço durante o
solidariedade para com os companheiros expediente sem prévia autorização do
de trabalho; chefe imediato;
XII - zelar pela economia e III - entreter-se, durante as horas de
conservação do material que lhe for trabalho, em palestras, leituras e outras
confiado; atividades estranhas ao serviço;
XIII - apresentar-se ao serviço IV - deixar de comparecer ao serviço
convenientemente trajado ou sem causa justificada;
uniformizado, quando for o caso; V - tratar de interesses particulares
na repartição;

23
VI - exercer comércio entre os assistenciais a parentes até o segundo
companheiros de serviço, mover ou grau;
subscrever listas de donativos dentro da XIX - receber estipêndios de firmas
repartição; fornecedoras ou de entidades fiscalizadas
VII - recusar fé a documentos no país ou no estrangeiro, principalmente
públicos; quando estiver em missão referente à
compra de material ou fiscalização de
VIII - opor resistência injustificada
qualquer natureza;
ao andamento de documento e processo
ou execução de serviço; XX - valer-se de sua qualidade de
funcionário para desempenhar atividades
IX - empregar material do serviço
estranhas às funções ou para lograr, direta
público em serviço particular;
ou indiretamente, qualquer proveito; e
X - receber propina, comissão,
XXI - praticar atos de sabotagem
presente ou vantagem de qualquer
contra o serviço público.
espécie, em razão de suas atribuições;
Parágrafo Único - Não está
XI - cometer a outro funcionário
compreendida nas proibições deste artigo
atribuições estranhas às do cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência a participação do funcionário em sociedade
em que o Município seja acionista, bem
e transitória;
assim na direção ou composição de
XII - exercer quaisquer atividades cooperativas ou associações de classe.
que sejam incompatíveis com o exercício
Art. 146 - É vedado ao funcionário
do cargo ou função e com o horário de
trabalhar sob as ordens imediatas de
trabalho;
parentes até o segundo grau, salvo
XIII - proceder de forma desidiosa; quando se tratar de função de confiança e
XIV - participar da gerência ou livre escolha, não podendo exceder de dois
administração de empresas que o números de auxiliares nestas condições.
mantenham relações comerciais ou
administrativas com o governo sejam por
SEÇÃO III - DAS
este subvencionadas ou estejam
diretamente relacionados com a finalidade RESPONSABILIDADES
da repartição ou serviço em que esteja
lotado;
Art. 147 - Pelo exercício irregular de
XV - requerer ou promover a as atribuições, o funcionário responde civil,
concessão de privilégios, garantias e juros penal e administrativamente.
ou outros favores semelhantes, federais,
estaduais ou municipais, exceto o de § 1º - A responsabilidade
intervenção própria; administrativa não exime o funcionário da
responsabilidade civil ou criminal que no
XVI - praticar usuras sob qualquer caso couber, e o pagamento de qualquer
de suas formas; indenização não o exime de pena
XVII - aceitar representação de disciplinar em que incorrer.
Estado estrangeiro, sem autorização do § 2º - As cominações civis, penais e
Presidente da república; disciplinares poderão acumular-se, sendo
XVIII - constituir-se procurador de independentes entre si, bem como as
partes ou servir de intermediário perante instâncias civis, penal e administrativa.
qualquer repartição pública, salvo quando
se tratar de benefícios previdenciários ou

24
Art. 148 - O funcionário é omissão do responsável pelo ajuizamento
responsável por todos os prejuízos que da ação, constitui falta de exação no
nessa qualidade causar à Fazenda Pública cumprimento do dever.
por dolo ou culpa, devidamente apurados. Art. 150 - O funcionário que adquirir
Parágrafo Único - Caracteriza-se materiais em desacordo com as
especialmente a responsabilidade: disposições legais e regulamentares será
responsabilizado pelo respectivo custo,
I - pela sonegação de valores e
sem prejuízo das penalidades disciplinares
objetos confiados à sua guarda ou
cabíveis, podendo, se houver prejuízo para
responsabilidade, por não prestar contas
o erário, ser descontado da remuneração.
ou por não as tomar, na forma e no prazos
estabelecidos pelas leis, regulamentos, Art. 151 - Nos casos de indenização
instruções e ordens de serviço; à Fazenda Pública, resultante de ato
doloso, o funcionário será obrigado a
II - pela falta ou inexatidão das
repor, de uma só vez, a importância do
necessárias averbações nas notas de
prejuízo causado em virtude de alcance,
despacho, guias e outros documentos da
desfalque ou omissão em efetuar
receita ou que tenham com eles relação;
recolhimento ou entrada nos prazos legais.
III - pelas faltas, danos, avarias e
Art. 152 - Fora dos casos previstos
quaisquer outros prejuízos que sofrerem
no artigo anterior, a importância da
os bens e os materiais sob sua guarda ou
indenização poderá ser descontada do
sujeitos a seu exame ou fiscalização; e
vencimento ou remuneração, não
IV - por qualquer erro de cálculo ou excedendo o desconto a décima parte do
redução contra a Fazenda Pública. valor destes.
Art. 149 - A responsabilidade civil Art. 153 - Será igualmente
decorre de procedimento doloso ou responsabilizado o funcionário que, fora
culposo que importe prejuízo da Fazenda dos casos expressamente previstos nas
Pública ou de terceiros. leis, regulamentos ou regimentos, cometer
§ 1º - O ressarcimento de prejuízo a pessoas estranhas à repartição o
causado à Fazenda Pública, no que desempenho de encargos que lhe
exceder os limites de caução e na falta de competirem ou aos seus subordinados.
outros bens que respondam pela Art. 154 - A responsabilidade
indenização, será liquidado mediante administrativa resulta de atos ou omissões
desconto em prestações mensais não praticadas no desempenho de cargo ou
excedentes da décima parte da função.
remuneração.
§ 2º - Tratando-se de dano causado
CAPÍTULO XI - DA ACUMULAÇÃO
a terceiro, responderá o funcionário
perante a Fazenda Pública, através de
composição amigável ou ação regressiva.
Art. 155 - É vedada a acumulação
§ 3º - Não sendo possível a remunerada de cargos públicos, exceto
composição amigável, a ação regressiva quando houver compatibilidade de
deverá ser iniciada no prazo de noventa horários:
dias da data em que transitar em julgado a
a) a de dois cargos de professor;
condenação imposta.
b) a de um cargo de professor com
§ 4º - A não observância do disposto
outro técnico ou científico; e
no parágrafo anterior, por ação ou

25
c) a de dois cargos privativos de Art. 160 - Os benefícios serão
médico. concedidos nos termos e condições
definidos em regulamento, observadas as
Art. 156 - A proibição de acumular
disposições desta Lei:
estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, empresas públicas, Art. 161 - Os benefícios concedidos
sociedades de economia mista e fundações ao funcionário e a seus dependentes
mantidas pelo Poder Público. compreendem:
Parágrafo Único - A proibição de I - quanto ao funcionário:
acumular não se aplica ao aposentado, a) aposentadoria;
quando investido em cargo comissionado.
b) salário família; e
Art. 157 - A acumulação de cargos,
ainda que lícita, fica condicionada à c) auxílio natalidade;
comprovação de compatibilidade de II - quanto aos dependentes:
horária.
a) auxílio-funeral;
b) auxílio-reclusão;
TÍTULO IV - DA PREVIDÉNCIA E
c) pensão por morte; e
ASSISTÊNCIA
d) pecúlio facultativo.
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES
GERAIS
CAPÍTULO II - DOS BENEFÍCIOS

Art. 158 - O Município prestará SEÇÃO I - DA APOSENTADORIA


assistência ao funcionário e a seus
dependentes, através da manutenção do
Art. 162 - O funcionário será
Plano de Seguridade Social.
aposentado:
Parágrafo Único - Na seguridade
I - por invalidez permanente, sendo
social, são prevalentes os seguintes
os proventos integrais, quando
objetivos:
decorrentes de acidentes em serviço,
I - universalidade da cobertura do moléstia profissional ou doença grave
atendimento; contagiosa e incurável ou doença
II - uniformidade dos benefícios; incurável, especificada em lei e
proporcionais nos demais casos;
III - irredutibilidade do valor dos
benefícios; II - compulsoriamente, os do sexo
masculino, aos setenta anos de idade, e as
IV - caráter democrático da gestão do sexo feminino, aos sessenta e cinco
administrativa, com a participação do anos de idade, com proventos
servidor estável e do aposentado no proporcionais ao tempo de serviço; e
colegiado da autarquia de previdência e
assistência do Município de Belém. III - voluntariamente:

Art. 159 - Entre as normas de a) aos trinta e cinco anos de serviço,


assistência incluem-se: se homem, e aos trinta, se mulher, com
proventos integrais;
I - assistência à saúde; e
b) aos trinta anos de efetivo
II - previdência e seguro. exercício em funções de magistério, se

26
professor, e vinte e cinco anos, se mínimo de dois anos consecutivos, ou
professor com proventos integrais; padrão imediatamente inferior, desde que
superior a um ano, se menor o lapso de
c) aos trinta anos de serviço, se
tempo desse exercício.
homem, e aos vinte e cinco se mulher,
com proventos proporcionais ao tempo de Art. 164 - A aposentadoria
serviço; compulsória será automática e declarada
por decreto, com vigência a partir do dia
d) aos sessenta e cinco anos de
imediato aquele em que o funcionário
idade, se homem, e aos sessenta, se
atingir a idade limite de permanência no
mulher, com proventos proporcionais ao
serviço ativo.
tempo de serviço.
Parágrafo Único - O funcionário se
§ 1º - Consideram-se doenças
afastará do serviço do cargo no dia
graves, contagiosas ou incuráveis as que a
imediato àquele em que atingir a idade
Lei indicar com base na medicina
limite.
especializada.
Art. 165 - A aposentadoria voluntária
§ 2º - O funcionário ocupante de
ou por invalidez vigorará a partir da data
cargo em comissão terá direito à
da publicação do respectivo ato.
aposentadoria se preencher todos os
requisitos deste artigo, mesmo não sendo § 1º - A aposentadoria por invalidez
titular de cargo efetivo, desde que tenha será precedida de licença para tratamento
prestado, pelo menos, cinco anos de de saúde, por período não excedente a
serviço ao Município de Belém, suas vinte e quatro meses.
autarquias e fundações. § 2º - Expirado o período de licença
§ 3º - Nos casos de exercícios de e não estando em condições de reassumir
atividades consideradas insalubres ou o cargo, ou de ser readaptado, o
perigosas, a aposentadoria de que trata o funcionário será aposentado.
inciso III, alíneas a e c, observará o § 3º - O lapso de tempo
disposto em regulamento. compreendido entre o término da licença e
§ 4º - A aposentadoria em cargos ou a publicação do ato de aposentadoria será
empregos temporários observará o considerado como de prorrogação da
disposto na lei federal. licença.
Art. 163 - Será aposentado com Art. 166 - O provento da
proventos correspondentes ao vencimento aposentadoria será revisto na mesma data
ou remuneração de cargo em comissão ou e proporção sempre que se modificar a
função gratificada o funcionário efetivo que remuneração do funcionário da atividade.
o venha exercendo por mais de cinco anos § 1º - São estendidos aos inativos
consecutivos ou dez anos alternados, no
quaisquer benefícios ou vantagens
Município de Belém. posteriormente concedidos ao funcionário
§ 1º - As vantagens definidas neste em atividade, inclusive quando
artigo são extensivas ao funcionário que, à decorrentes de transformação ou
época da aposentadoria, contar ou perfizer reclassificação do cargo ou função em que
dez anos, consecutivos ou não, em cargo se deu a aposentadoria.
em comissão ou função gratificada. § 2º - Quando proporcional ao tempo
§ 2º - Quando mais de um cargo ou de serviço, o provento não será inferior ao
função tenha sido exercido, serão menor vencimento básico pago pelo
atribuídos os proventos de maior padrão, Município.
desde que lhe corresponda o exercício

27
Art. 167 - Os proventos de IV - a mãe, que não exerça atividade
aposentadoria do funcionário afastado para remunerada não perceba pensão ou
servir em outro órgão ou entidade serão qualquer outro rendimento superior ao
calculados pelo nível de vencimento e salário mínimo; e
remuneração de seu cargo no Município de V - o cônjuge, companheiro ou
Belém. companheira, que não exerça atividade
Art. 168 - Ao funcionário aposentado remunerada, nem possua renda própria.
será paga a gratificação natalina, no mês § 1º - Equiparam-se ao filho o
de dezembro, em valor equivalente ao enteado, o tutelado ou o curatelado, sem
respectivo provento. meios próprios de subsistência.
Art. 169 - Ao funcionário fica § 2º - Para os efeitos deste artigo,
assegurado o direito de não comparecer ao considera-se renda própria a importância
trabalho a partir do nonagésimo primeiro igual ou superior ao salário mínimo.
dia subsequente ao do protocolo do
requerimento da aposentadoria, sem § 3º - Sendo invalido o dependente,
prejuízo da percepção de sua o salário-família será pago em dobro.
remuneração, caso não seja antes Art. 172 - Quando o pai e a mãe
cientificado do indeferimento, na forma da forem funcionários municipais e viverem
lei. em comum, o salário-família será pago a
um deles, quando separados, será pago a
um e outro, de acordo com a distribuição
SEÇÃO II - DO SALÁRIO-FAMÍLIA dos dependentes.
Parágrafo Único - Ao pai e a mãe
Art. 170 - O salário família é devido equiparam-se o padrasto e a madrasta e,
ao funcionário ativo ou inativo do na falta destes, os representantes legais
Município, por dependente econômico. dos incapazes.
Parágrafo Único - O salário família Art. 173 - O salário-família será pago
corresponderá a cinco por cento do salário mesmo nos casos em que, continuando
mínimo. titular do cargo, o funcionário deixe de
receber vencimentos, por qualquer motivo.
Art. 171 - Consideram-se
dependentes econômicos, para efeitos de Art. 174 - Quando ocorrer óbito de
salário família: funcionário que perceba salário-família,
este benefício continuará a ser pago a seus
I - o filho menor de dezoito anos de
dependentes, sem prejuízo da pensão a
qualquer natureza;
que fizerem jus.
II - o filho inválido de qualquer idade
Art. 175 - Sobre o salário-família não
ou sexo, desde que total e
incidirá qualquer contribuição, mesmo
permanentemente incapaz para o
previdenciária ou fiscal, nem quaisquer
trabalho;
deduções ou descontos.
III - o filho estudante até vinte e
Art. 176 - A concessão e supressão
quatro anos, que frequentar cursos de
de salário-família serão processadas na
primeiro e segundo graus ou superior em
forma estabelecida em regulamento.
estabelecimentos de ensino oficial ou
oficializado, e que não exerça atividade
remunerada, nem possua renda própria.

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Seção III - *Do Auxílio à Natalidade * remuneração.* · Redação dada pela Lei
Extinto pela Resolução 005/CP-IPMB, nº 7.508, de 24/01/91, publicada no DOM
de 18/03/99, publicada no DOM nº nº 6957, de 24/01/91.
8988, de 29/04/99. Parágrafo Único - O pagamento do
auxílio-reclusão cessará a partir do dia
imediato àquele em que o funcionário for
Art. 177 - O auxílio-natalidade será posto em liberdade, ainda que condicional.
devido à funcionária por motivo de
nascimento de filho, em quantia
equivalente a duas vezes o menor SEÇÃO VI - DA PENSÃO POR MORTE
vencimento básico pago pelo Município,
inclusive no caso de natimorto.
Art. 183 - Por morte do funcionário,
Art. 178 - Não sendo a parturiente seus dependentes farão jus a uma pensão
funcionária municipal, o auxílio será pago global calculada em proporção à totalidade
ao cônjuge ou companheiro funcionário de remuneração ou dos proventos.* ·
municipal. Redação dada pela Lei nº 7.508, de
Art. 179 - Se o funcionário falecer 24/01/91, publicada no DOM nº 6957, de
antes de verificado o parto, a viúva ou 24/01/91.
companheira terá direito ao recebimento Parágrafo Único - Também terão
do auxílio-natalidade. direito à pensão por morte os dependentes
Art. 180 - Na hipótese de parto de quem tenha sido contratado para
múltiplo, o valor pago será correspondente função temporária, se o falecimento tiver
a tantos auxílios natalidade quantos forem ocorrido em consequência direta de
os filhos. acidente em serviço.
Art. 184 - São beneficiários das
pensões:
SEÇÃO IV - *DO AUXÍLIO-FUNERAL *
EXTINTO PELA RESOLUÇÃO Nº 005- I - o cônjuge;
CP/IPMB, DE 18/03/99, PUBLICADA II - a pessoa desquitada, separada
NO DOM Nº 8988, DE 29/04/99. judicialmente, ou divorciada com
percepção de pensão alimentícia;
III - a companheira ou companheiro
Art. 181 - O auxílio-funeral é devido que tenha sido designado pelo funcionário
à família do funcionário falecido na e comprove que vivia em comum há cinco
atividade ou do aposentado, em valor anos ou que tenha um filho em comum;
equivalente a duas vezes o menor
vencimento básico pago pelo Município. IV - os filhos de qualquer condição,
até vinte e um anos de idade ou, se
inválidos, enquanto durar a invalidez;
SEÇÃO V - DO AUXÍLIO-RECLUSÃO V - o pai e a mãe que comprovem
dependência econômica do funcionário; e
Art. 182 - A família do funcionário VI - o irmão, órfão de pai e sem
afastado do cargo por motivo de prisão ou padrasto, até vinte e um anos, e o
condenado judicialmente à pena que inválido, enquanto durar a invalidez, que
implique em perda do cargo será devido o comprove dependência do funcionário.
auxílio-reclusão, no valor correspondente a Art. 185 - Concedida a pensão,
setenta e cinco por cento da qualquer prova posterior ou habilitação

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tardia, que implique exclusão beneficiaria, Art. 190 - O pecúlio facultativo se
só produzirá efeitos a partir da data em constituirá de valor a ser fixado por
que for oferecida. regulamentação própria.
Art. 186 - Não faz jus a pensão o Art. 191 - O direito ao pecúlio
beneficiário que for condenado pela pratica facultativo caducará decorridos cinco anos,
de crime doloso de que resultou a morte contados do óbito do funcionário.
do funcionário.
Art. 187 - Acarreta perda da CAPÍTULO III - DA ASSISTÈNCIA À
qualidade de beneficiário:
SAÚDE
I - o seu falecimento;
II - o seu casamento, em se tratando
de cônjuge, companheira ou companheiro; Art. 192 - A assistência à saúde do
funcionário e de sua família compreende
III - a anulação do casamento, assistência médica, hospitalar,
quando a decisão ocorrer após a odontológica e farmacêutica, prestada pelo
concessão da pensão ao cônjuge; órgão de previdência do Município, na
IV - a cessação da invalidez, em se forma estabelecida em regulamento.
tratando de beneficiário inválido; Parágrafo Único - O direito conferido
V - a maioridade de filho, irmão neste artigo será assegurado, também,
órfão ou pessoa designada, aos vinte e um aos filhos menores de dezoito anos e de
anos de idade; e dezoito até vinte e quatro anos de idade,
desde que matriculados em curso regular
VI - a renúncia expressa.
de estabelecimento de ensino oficial ou
Art. 188 - A pensão poderá ser oficializado e eu não tenham renda
requerida a qualquer tempo, prescrevendo própria.
tão somente as prestações exigíveis a
mais de cinco anos.
CAPÍTULO IV - DO CUSTEIO

SEÇÃO VII - DO PECÚLIO


FACULTATIVO Art. 193 - O plano de seguridade
social do funcionário do Município de
Belém será custeado com o produto da
Art. 189 - O pecúlio facultativo arrecadação de contribuições obrigatórias
objetiva proporcionar ao contribuinte, por do funcionário e do Município.
sua própria iniciativa, possibilidade de § 1º - A contribuição devida pelo
garantir, após sua morte, a uma ou mais funcionário, para custeio do plano, terá
pessoas expressamente designadas, ajuda caráter obrigatório, em valor equivalente a
financeira, sob a forma de pagamento oito por cento da remuneração.
único.
§ 2º - A contribuição do Município
Parágrafo Único - A declaração de corresponderá ao valor do custeio da
beneficiários será feita ou alterada a aposentadoria e do salário-família, além do
qualquer tempo, nela se mencionando o montante igual do valor das contribuições
critério da divisão do pecúlio, no caso de efetivamente arrecadadas dos funcionários
mais de um beneficiário. no mês anterior, nos termos do § 1º deste
artigo.

30
TÍTULO V - DAS PENALIDADES E DA destituição, sem perda do cargo efetivo de
SUA APLICAÇÃO que seja titular.
Art. 199 - Será aplicada a pena de
demissão nos casos de:
Art. 194 - São penas disciplinares:
I - abandono de cargo;
I - repreensão;
II - procedimento irregular de
II - suspensão; natureza grave;
III - destituição de função; III - ineficiência no serviço;
IV - demissão; IV - aplicação indevida de dinheiro
V - demissão a bem do serviço público;
público; e V - incontinência pública escandalosa
VI - cassação de aposentadoria e e prática de jogos proibidos;
disponibilidade. VI - embriaguez habitual em serviço;
Art. 195 - Na aplicação das penas VII - ofensa física em serviço contra
disciplinares serão consideradas a funcionário ou particular, salvo em
natureza e a gravidade da infração e os legítima defesa;
danos que dela provierem para o serviço
público. VIII - insubordinação grave em
serviço;
Art. 196 - A pena de repreensão será
aplicada por escrito, no caso de falta de IX - ausência ao serviço, sem causa
cumprimento dos deveres, a que não seja justificável, por mais de quarenta e cinco
cominada penalidade mais severa. dias interpoladamente, durante um ano;

Art. 197 - A pena de suspensão, que X - praticar a usura em qualquer de


não excederá a trinta dias, será aplicada suas formas;
em caso de falta grave ou de reincidência. XI - pedir, por empréstimo, dinheiro
Parágrafo Único - O funcionário ou quaisquer valores a pessoas que tratem
suspenso perderá todas as vantagens e de interesses ou os tenham na repartição
direitos decorrentes do exercício do cargo. ou estejam sujeitos à sua fiscalização; e

Art. 198 - A destituição de função XII - coagir ou aliciar subordinados


gratificada dar-se-á: ou qualquer outra pessoa, usando das
prerrogativas funcionais com objetivos de
I - quando se verificar falta de natureza político partidária.
exação no seu desempenho;
§ 1º - Considerar-se-á abandono de
II - quando for constatado que, por cargo o não comparecimento injustificado
negligência ou benevolência, o funcionário do funcionário por mais de trinta dias
contribuiu para que se não apuras o consecutivos.
devido tempo, a falta de outrem,
§ 2º - A pena de demissão por
III - quando ocorrer a aplicação de ineficiência no serviço só será aplicada
pena prevista no artigo 197 deste quando verificada a impossibilidade de
Estatuto. readaptação.
Parágrafo Único - Ao detentor de Art. 200 - Será aplicada a pena de
cargo em comissão enquadrado nas demissão a bem do serviço público ao
disposições deste artigo caberá a pena de funcionário que:

31
I - praticar crime contra a Art. 204 - A aplicação de penalidade
administração pública, nos termos da lei prescreverá em:
penal; I - um ano, a de repreensão;
II - revelar segredos de que tenha II - dois anos, a de suspensão;
conhecimento em razão do cargo, desde
que o faça dolosamente e com prejuízo III - três anos, a de destituição de
para o Município ou particulares; função e demissão por abandono de cargo
ou faltas excessivas ao serviço;
III - lesar o patrimônio ou os cofres
públicos; IV - quatro anos, a de cassação de
aposentadoria ou disponibilidade e
IV - receber ou solicitar propinas, demissão, nos casos não previstos no item
comissões ou vantagens de qualquer anterior; e
espécie, diretamente ou por intermédio de
outrem, ainda que fora de suas funções, V - cinco anos, nos casos de
mas em razão delas; demissão a bem do serviço público.
V - exercer advocacia administrativa; § 1º - O prazo da prescrição contar-
e se-á da data do conhecimento do ato ou
fato por quem proceder a sua apuração.
VI - apresentar com dolo declaração
falsa em matéria de salário-família, sem § 2º - No caso de inquérito
prejuízo da responsabilidade civil e de administrativo, a prescrição interrompe-se
procedimento criminal que no caso couber. na data da instauração.
Art. 201 - O ato que demitir o § 3º - O prazo da prescrição será
funcionário mencionará sempre a suspenso quando ocorrer qualquer
disposição legal em que se fundamenta. hipótese do artigo 93.
Art. 202 - Será aplicada a pena de § 4º - Se a infração disciplinar for
cassação de aposentadoria ou também prevista como crime na lei penal,
disponibilidade, se ficar provado que o por esta regular-se-á a prescrição sempre
inativo: que os prazos forem superiores aos
estabelecidos neste artigo.
I - praticou, quando em atividade,
falta grave para a qual é cominada nesta Art. 205 - O funcionário que, sem
Lei a pena de demissão ou de demissão a justa causa deixar de atender à exigência
bem do serviço público; legal de autoridade competente para cujo
cumprimento seja marcado prazo certo,
II - aceitou ilegalmente cargo ou terá suspenso o pagamento de sua
função pública; remuneração até que satisfaça essa
III - aceitou representação de Estado exigência.
estrangeiro, sem prévia autorização do Parágrafo Único - Uma vez cumprida
Presidente da República; e a exigência, o funcionário receberá a
IV - praticou a usura em qualquer de remuneração cujo pagamento tiver sido
suas formas. suspenso.
Art. 203 - As penas de suspensão Art. 206 - O funcionário terá direito à
superior a quinze dias, destituição de diferença de retribuição do:
função, demissão e de cassação da I - tempo de serviço relativo ao
aposentadoria ou disponibilidade serão período em que tenha estado preso ou
aplicadas pelo Prefeito ou, nos casos de suspenso, quando do processo não houver
funcionários do Poder Legislativo, pela
Comissão Executiva da Câmara Municipal.

32
resultado pena disciplinar ou esta se TÍTULO VI - DO PROCESSO
limitar à de repreensão; e ADMINISTRATIVO
II - período do afastamento que CAPÍTULO I - DA APURAÇÃO SUMÁRIA
exceder do prazo da suspensão disciplinar
DE IRREGULARIDADES
aplicada em caráter preventivo.
Art. 207 - Deverão constar do
assentamento individual do funcionário Art. 211 - A autoridade que tiver
todas as penas que lhe forem impostas. ciência de qualquer irregularidade no
serviço público é obrigada a promover-lhe
a apuração imediata por meios sumários
CAPÍTULO I - DO AFASTAMENTO ou mediante Inquérito Administrativo.
PREVENTIVO
Art. 212 - A apuração sumária por
meio de sindicância não ficará adstrita ao
rito para o Inquérito Administrativo,
Art. 208 - O afastamento preventivo
constituindo simples averiguação, e será
do cargo até trinta dias será ordenado pela
procedida por dois servidores de condição
autoridade competente que determinar a
hierárquica nunca inferior a do indiciado.
instauração de processo administrativo,
desde que o afastamento do funcionário Parágrafo Único - A sindicância
seja necessário para a apuração de falta deverá ser concluída no prazo de quinze
cometida no exercício de suas atribuições. dias, prorrogável uma única vez por igual
período.
Parágrafo Único - Poderá ser
prorrogado até noventa dias o prazo de Art. 213 - Se no curso da apuração
afastamento, findo o qual cessarão ficar evidenciada falta punível com pena
automaticamente os respectivos efeitos, superior à repreensão e suspensão
ainda que o processo administrativo não correspondente, o responsável pela
esteja concluído. apuração comunicará o fato ao superior
imediato, que solicitara, pelos canais
Art. 209 - O funcionário terá direito à
competentes, a instauração do inquérito
contagem do tempo de serviço:
administrativo.
I - relativo ao período em que esteja
afastado preventivamente, quando do
processo administrativo não houver CAPÍTULO II - DO INQUÉRITO
resultado pena disciplinar ou esta se ADMINISTRATIVO
limitar a repreensão;
II - relativo ao período do
afastamento preventivo que exceder do Art. 214 - O Inquérito Administrativo
prazo previsto neste regulamento; precederá à aplicação das penas de
suspensão, de destituição de função,
III - relativo ao período de prisão demissão, demissão a bem do serviço
preventiva e ao pagamento de diferença público e cassação de aposentadoria.
corrigida da remuneração, desde que
reconhecida sua inocência em sentença Art. 215 - São competentes para
judicial transitada em julgado. determinar a instauração do processo
administrativo o Prefeito, os secretários
Art. 210 - O afastamento preventivo municipais e os diretores das autarquias
é medida acautelatória e não constitui ou das fundações, assim como a Comissão
pena. Executiva da Câmara, em relação aos
funcionários do Poder Legislativo.

33
Art. 216 - O inquérito será realizado se tratar de sobrestamento, na
por uma comissão designada pela responsabilidade administrativa dos
autoridade que houver determinado sua membros da comissão.
abertura, composta de trás funcionários, § 2º - O sobrestamento do Inquérito
os quais poderão ser, inclusive, Administrativo só ocorrerá em caso de
aposentados. absoluta impossibilidade de
§ 1º - No ato de designação será prosseguimento, a juízo da autoridade
indicado um dos membros para dirigir, administrativa competente para a sua
como presidente, os trabalhos da instauração.
comissão, competindo a este indicar o Art. 219 - Os órgãos públicos, sob
secretário. pena de responsabilidade de seus titulares,
§ 2º - A comissão, sempre que atenderão com a máxima presteza às
necessário, dedicará todo o tempo aos solicitações da comissão, inclusive
trabalhos do inquérito, ficando seus requisição de técnicos e peritos, devendo
membros, em tais casos, dispensados do comunicará prontamente a impossibilidade
serviço na repartição. de atendimento em caso de força maior.
§ 3º - A comissão procederá a todas Parágrafo Único - Em caso de
as diligências convenientes, recorrendo, necessidade, o Poder Municipal poderá
quando necessário, a vistorias ou perícias. contratar elementos técnicos externos
necessários a investigação, desde que não
§ 4º - Quando houver indícios de
haja similar no serviço público municipal.
alcance a administração municipal poderá
designar funcionário que tenha habilitação Art. 220 - Ultimada a instrução, será
para acompanhar as investigações e feita, no prazo de trás dias, a citação do
diligências em defesa do erário. indiciado para apresentação de defesa no
prazo de dez dias, sendo-lhe facultada
§ 5º - O defensor do erário poderá
vista no processo, durante todo esse
requerer no processo o que for de direito,
período, na sede da comissão.
inclusive a reinquirição do indiciado ou de
testemunhas. § 1º - Havendo dois ou mais
indiciados, o prazo será comum e de vinte
Art. 217 - Se de imediato ou no
dias.
curso do Inquérito Administrativo ficar
evidenciado que a irregularidade envolve § 2º - Estando o indicado em lugar
crime, o presidente da comissão, por incerto, será citado por edital, publicado
intermédio da autoridade instauradora, a duas vezes no órgão oficial e uma vez em
comunicará ao Ministério Público. jornal de grande circulação.
Art. 218 - O inquérito deverá estar § 3º - O prazo de defesa poderá ser
concluído no prazo de noventa dias prorrogado pelo dobro, para diligências
contados da data da instalação da consideradas imprescindíveis.
comissão, prorrogáveis sucessivamente Art. 221 - Nenhum acusado será
por períodos de trinta dias, em caso de julgado sem ampla defesa, que poderá ser
força maior, e a juízo da autoridade produzida em causa própria, permitindo-se
administrativa determinadora da acompanhamento do inquérito, em todas
instauração do inquérito, até o máximo de as suas fases, pelo funcionário acusado ou
noventa dias. por seu defensor.
§ 1º - A não observância desses Art. 222 - Em casos de revelia, o
prazos não acarretará nulidade do presidente da comissão designará, de
inquérito, importando, porém, quando não

34
ofício, um funcionário para defender o TÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES
indiciado. FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 223 - Concluída a defesa, a Capítulo Único
comissão remeterá o processo à
autoridade competente, com relatório onde
será exposta a matéria de fato e de Art. 227 - O dia 28 de outubro é
direito, concluído pela inocência ou consagrado ao funcionário público.
responsabilidade do indiciado, indicando,
no último caso, as disposições legais que Art. 228 - Os prazos previstos neste
entender transgredidas e as respectivas Estatuto contar-se-ão por dias corridos,
penas. não se computando o dia de início e
prorrogando-se o vencimento que incidirá
Art. 224 - Recebido o processo, a em sábado, domingo ou feriado para o
autoridade competente proferirá a decisão primeiro dia útil seguinte.
no prazo de quarenta e cinco dias.
Art. 229 - Lei especial instituirá o
§ 1º - A autoridade julgadora Plano de Carreira a dos Funcionários do
decidirá à vista dos fatos apurados pela Município.
comissão, não ficando, todavia, vinculada
à conclusões do relatório. Art. 230 - Para atender aos casos de
necessidade temporária de excepcional
§ 2º - Se a autoridade julgadora interesse público, poderão ser efetuadas
entender que os fatos não foram apurados contratações de pessoal por tempo
devidamente, determinará o reexame do determinado, na forma estabelecida na Lei
inquérito pela própria comissão ou através nº 7.453, de 5 de julho de 1989, que fica
de outra a ser designada da mesma forma mantida no que não colidir com as normas
que a anterior. deste Estatuto.
Art. 225 - O funcionário só poderá Art. 231 - A vantagem pessoal de
ser exonerado, a pedido, após a conclusão que trata o artigo 32 da Lei n° 27.444, de
do Inquérito Administrativo a que 17 de maio de 1989, fica extinta e
responder e do qual não resultar pena de substituída pelo adicional do cargo em
demissão ou demissão a bem do serviço comissão, artigo 79 desta Lei, ressalvados,
público. sem caráter cumulativo, o direito adquirido
e os casos pendentes da hipótese do
artigo 42 da supracitada lei, até o término
TÍTULO VII - DOS FUNCIONÁRIOS EM
do recesso posterior a este período
SITUAÇÃO ESPECIAL legislativo.
Capítulo Único - DO SERVIÇO § 1º - Ao funcionário, ativo ou
RELATIVO À EDUCAÇÃO inativo, que venha percebendo a
vantagem pessoal do sistema anterior, fica
assegurado o direito de optar pelo
Art. 226 - Aos funcionários que adicional do cargo em comissão, devendo
desempenham trabalho de magistério são manifestar sua opção até o nonagésimo
mantidos os direitos previstos em estatuto dia da vigência desta Lei.
próprio, sem prejuízo dos deveres e
§ 2º - A falta de manifestação
direitos estabelecidos nesta Lei, os quais
escrita, no prazo aqui estipulado, será
não serão cumulativos.
considerada opção definitiva e irrevogável
pelo sistema anterior.

35
Art. 232 - O adicional previsto no
artigo 79, inciso I, desta Lei, em sistema
de triênios, substitui qualquer outro
adicional por tempo de serviço.
Art. 233 - A licença especial de que
trata o artigo 123 da Lei n° 27.000, de 27
de julho de 1976, fica substituída pela
licença prêmio, na forma estabelecida no
artigo 93, inciso X, deste Estatuto.
Art. 234 - Esta Lei entra em vigor no
dia 28 de outubro deste ano, mas as
obrigações financeiras dela resultantes
somente terão vigência a partir de 1º de
janeiro do próximo exercício orçamentário.
Art. 235 - Serão subsidiários do
presente Estatuto, nos casos omissos, os
Estatutos dos Funcionários Públicos Civis
da União e do Estado.
Art. 236 - Ressalvados o direito
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada, são revogadas as disposições em
contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE


BELÉM, em 20 de dezembro de 1990.

AUGUSTO REZENDE
Prefeito de Belém.

36
DECRETO N° 85.056 DE 24 DE FEVEREIRO DE 2016.
DISCIPLINA O LICENCIAMENTO, OS LOCAIS E HORÁRIOS DE ESTACIONAMENTO DOS
VEÍCULOS AUTOMOTORES ADAPTADOS - "FOOD TRUCKS".

CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS (art. 1 - 3)

CAPÍTULO II - DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO – COMAC (art. 4)


CAPÍTULO III - DOS EQUIPAMENTOS, GENÊROS ALIMENTÍCIOS E PONTOS
PASSÍVEIS DE PERMISSÃO DE USO
SEÇÃO I - DOS EQUIPAMENTOS (art. 5)

SEÇÃO II - DOS ALIMENTOS (art. 6 - 8)


SEÇÃO III - DA FIXAÇÃO DOS PONTOS PARA O EXERCÍCIO DO COMÉRCIO DO
CHAMAMENTO PÚBLICO DOS INTERESSADOS (art. 9 – 12)
SEÇÃO IV - DOS LIMITES E CONDIÇÕES PARA A DEFINIÇÃO DOS PONTOS
PASSÍVEIS DE OUTORGA DE PERMISSÃO DE USO QUE DEVERÃO SER
OBSERVADOS PELA COMAC (art. 13 - 15)
CAPÍTULO IV - DO PROCEDIMENTO PARA QUE OS INTERESSADOS
FORMALIZEM PEDIDOS PARA ATUAR NOS PONTOS PASSÍVEIS DE PERMISSÃO
DE USO
SEÇÃO I - DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO – TPU (art. 16)

SEÇÃO II - DO PEDIDO FORMULADO PELOS INTERESSADOS (art. 17)


SEÇÃO III - DA ANÁLISE DA VIABILIDADE DO PEDIDO E SEU RESPECTIVO
TRÂMITE (art. 18 - 20)
CAPÍTULO V - DO PREÇO PÚBLICO (art. 21 - 23)
CAPÍTULO VI - DA DISTRIBUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS
PERMISSIONÁRIOS (art. 24 - 25)
CAPÍTULO VII - DO COMÉRCIO DE ALIMENTOS DURANTE A REALIZAÇÃO DE
EVENTOS (art. 26 - 29)
CAPÍTULO VIII - DAS RESPONSABILIDADES DO PERMISSIONÁRIO

SEÇÃO I - DAS CONDIÇÕES GERAIS (art. 30 - 32)

SEÇÃO II - DOS DEVERES DOS PERMISSIONÁRIOS (art. 33)

SEÇÃO III - DAS PROIBIÇÕES (art. 34)

CAPÍTULO IX - DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS (art. 35 - 38)

CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS (art. 39 - 42)


38
DECRETO N° 85.056 DE 24 DE utilizados para o exercício da atividade do
FEVEREIRO DE 2016. comércio de venda alimentos em vias e
áreas públicas, previsto no art. 114, §1º,
DISCIPLINA O LICENCIAMENTO, OS da Lei Municipal nº 7.055, de 30 de
LOCAIS E HORÁRIOS DE dezembro de 1977 - Código de Posturas do
ESTACIONAMENTO DOS VEÍCULOS AU- Município de Belém.
TOMOTORES ADAPTADOS - "FOOD Parágrafo único. As disposições desse
TRUCKS" - A SEREM UTILIZADOS PARA O decreto não se aplicam ao comércio de
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DO COMÉRCIO alimentos em feiras livres nem a quaisquer
DE ALIMENTOS EM VIAS E ÁREAS outras atividades previstas em legislação
PÚBLICAS, DENTRE OUTRAS específica.
PROVIDÊNCIAS, COM BASE NO ART. 114, Art. 2º O comércio de alimentos em
§1º, DA LEI MUNICIPAL Nº 7.055, DE 30 veículos estacionados em vias e áreas pú-
DE DEZEMBRO DE 1977 - CÓDIGO DE blicas será exercido mediante permissão
POSTURAS DO MUNICÍPIO DE BELÉM. de uso, a título precário, oneroso, pessoal
CONSIDERANDO O INCISO XX, DO e intransferível, podendo ser revogada a
ARTIGO 94, DA LEI ORGÂNICA DO qualquer tempo, sem que assista ao
MUNICÍPIO DE BELÉM, QUE CONFERE AO permissionário qualquer direito à
CHEFE DO PODER EXECUTIVO, indenização.
AUTORIDADE PARA EXPEDIR ATOS Art. 3º Para fins deste decreto
PRÓPRIOS DA ATIVIDADE considera-se:
ADMINISTRATIVA; CONSIDERANDO AS I - Produto ou alimento perecível:
NORMAS E PRINCÍPIOS DO CÓDIGO DE produto alimentício, “in natura”,
POSTURAS E PLANO DIRETOR DO MU- semipreparado, industrializado ou
NICÍPIO DE BELÉM; CONSIDERANDO A preparado pronto para o consumo que,
NECESSIDADE DE DISCIPLINAR O pela sua natureza ou composição,
LICENCIAMENTO, OS LOCAIS E HORÁRIOS necessita de condições especiais de
DE ESTACIONAMENTO DOS VEÍCULOS temperatura para sua conservação
AUTOMOTORES ADAPTADOS - "FOOD (refrigeração, congelamento ou
TRUCKS" - A SEREM UTILIZADOS PARA O aquecimento), tais como bebidas e
EXERCÍCIO DA ATIVIDADE DO COMÉRCIO alimentos à base de leite, produtos
DE ALIMENTOS EM VIAS E ÁREAS lácteos, ovos, carne, aves, pescados,
PÚBLICAS, DENTRE OUTRAS mariscos ou outros ingredientes.
PROVIDÊNCIAS, COM BASE NO ART. 114, II - Produto ou alimento não perecível:
§1º, DA LEI MUNICIPAL Nº 7.055, DE 30 produto alimentício que, pela sua natureza
DE DEZEMBRO DE 1977 - CÓDIGO DE e composição, pode ser mantido em
POSTURAS DO MUNICÍPIO DE BELÉM; E, temperatura ambiente até seu consumo e
CONSIDERANDO A NECESSIDADE DE não necessita de condições especiais de
FIXAR DISPOSIÇÕES GERAIS A RESPEITO conservação (refrigeração, congelamento
DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ou aquecimento), desde que observadas
MUNICIPAL DE “FOOD TRUCK”, às condições de conservação e
armazenamento adequadas, as
D E C R E T A: características intrínsecas dos alimentos e
bebidas, o tempo de vida útil e o prazo de
CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS validade.

Art. 1º Este Decreto disciplina o CAPÍTULO II - DA COMISSÃO DE


licenciamento, os locais e horários de ACOMPANHAMENTO - COMAC
estacionamento dos veículos automotores
adaptados - "Food Trucks" - a serem
Art. 4º Fica constituída a Comissão de CAPÍTULO III -DOS
Acompanhamento – COMAC, com o fim de EQUIPAMENTOS, GENÊROS
garantir o cumprimento da finalidade ALIMENTÍCIOS E PONTOS PASSÍVEIS
prevista no art. 1º deste decreto, a ser DE PERMISSÃO DE USO
constituída por representantes dos
seguintes órgãos e entidade da SEÇÃO I - DOS EQUIPAMENTOS
Administração Municipal:
I - Secretaria Municipal de Economia – Art. 5º O comércio de alimentos em vias
SECON; e áreas públicas compreende a venda
II - Secretaria Municipal de Saúde – direta, em caráter permanente ou
SESMA, por meio do seu Departamento de eventual, sempre de modo estacionário,
Vigilância Sanitária – DEVISA; em veículos automotores, assim
III - Secretaria Municipal de Meio considerados os equipamentos montados
Ambiente – SEMMA. sobre veículos amotor ou rebocados por
IV - Secretaria Municipal de Saneamento estes, desde que recolhidos ao final do
– SESAN; expediente, com o comprimento máximo
V - Secretaria Municipal de Urbanismo – de 7m (sete metros), largura máxima de
SEURB; e, 2,20m (dois metros e vinte centímetros) e
VI - Superintendência Executiva de altura máxima de 3m (três metros).
Mobilidade Urbana de Belém – SEMOB. Parágrafo Único. Os veículos
§1º O Diretor do Departamento de automotores devem estar licenciados junto
Comércio e Publicidade em Vias Públicas ao Departamento de Trânsito do Pará -
da SECON e outro servidor público da DETRAN/PA e devidamente cadastrados na
mesma Secretaria serão os representantes SEMOB.
titular e suplente, respectivamente, da
SECON na COMAC. SEÇÃO II - DOS ALIMENTOS
§2º Cada órgão/entidade constante dos
incisos II a VI, por meio de seu dirigente, Art. 6º Poderão ser comercializados nas
deverá indicar servidor público suplente e vagas de estacionamento mencionadas
titular para compor a COMAC, neste decreto alimentos preparados e
impreterivelmente, no prazo de 5 (cinco) produtos alimentícios industrializados
dias a contar da data de publicação deste prontos para o consumo, sejam estes
decreto. produtos perecíveis ou não perecíveis.
§3º O Diretor do Departamento de §1º A COMAC poderá sugerir aos
Comércio e Publicidade em Vias Públicas titulares dos órgãos indicados no art. 4º
da SECON coordenará a COMAC, podendo deste decreto minuta de Portaria conjunta
o Secretário Municipal de Economia, toda- contendo a lista de produtos que não
via, nomear um dos servidores poderão ser comercializados nos pontos
componentes da comissão para o exercício mencionados nas Seções III e IV, Capítulo
da coordenação. III, deste decreto.
§4º Poderão ser convocados para §2º Somente será permitida a
reuniões da COMAC outros órgãos e entes comercialização de produtos ou alimentos
públicos, de acordo com a necessidade e a perecíveis mediante a disponibilização de
tipificação das ações desenvolvidas. equipamentos específicos, em número
§5º Os membros, titulares e suplentes, suficiente, que garantam as condições
da COMAC serão designados por meio de especiais de conservação dos alimentos
Portaria do Secretário Municipal de resfriados, congelados ou aquecidos.
Economia. §3º Fica vedada a comercialização de
bebidas alcoólicas nos equipamentos pre

40
vistos neste decreto, exceto na hipótese II – O número de identificação e o nome
prevista no Capítulo VII. próprio de cada ponto para efeito de
Art. 7º O armazenamento, o transporte, registro e controle pelos órgãos da
a manipulação e a venda de alimentos Administração Municipal;
deverão observar a legislação sanitária III - O número de vagas de
vigente no âmbito federal, estadual e estacionamento cujo uso será permitido
municipal. em cada um desses pontos;
Parágrafo único. Todos os equipamentos IV - Horários de estacionamento dos
deverão ter depósito de captação dos veículos a serem utilizados para o exercício
resíduos líquidos gerados para posterior da atividade do comércio nos pontos
descarte de acordo com a legislação em tratados neste artigo;
vigor, vedado o descarte na rede pluvial. V – Croqui anexo à Portaria Conjunta,
Art. 8º O Secretário Municipal de Saúde, do local do ponto com o layout e o dimen-
através do Departamento de Vigilância sionamento da área a ser ocupada,
Sanitária – DEVISA poderá aplicar, além indicação do posicionamento do
do disposto neste decreto, outras normas equipamento e das mesas, bancos,
vigentes que assegurem condições cadeiras e toldos retráteis ou fixos, se for
higiênico-sanitárias e o cumprimento das o caso.
boas práticas nas atividades relacionadas Parágrafo único. A COMAC quando da
com alimentos, equipamentos e utensílios elaboração da minuta da Portaria conjunta
mínimos para a comercialização de indicada no caput, poderá optar pela
alimentos com segurança sanitária. criação de “pontos de Food Truck”
distribuindo-os por Distritos.
SEÇÃO III - DA FIXAÇÃO DOS Art. 11. A Portaria Conjunta mencionada
PONTOS PARA O EXERCÍCIO DO no art. 10 deste decreto será acompanha-
COMÉRCIO da de chamamento público para
DO CHAMAMENTO PÚBLICO DOS apresentação, por eventuais interessados,
INTERESSADOS de pedidos de permissão de uso de vagas
de estacionamento.
Art. 9º Poderão ser instalados pontos Parágrafo único. Os pedidos de
passíveis de outorga de permissão de uso permissão de uso de vagas de
em vagas de estacionamento localizadas estacionamento deverão ser protocolados
nas vias e logradouros públicos, largos, na SECON e seguirão o trâmite tratado no
praças e parques municipais previamente Capítulo IV deste decreto.
definidos pela Administração Municipal, Art. 12. Sempre que houver
nos termos deste decreto. disponibilidade de novos pontos ou
Art. 10. Após prévio estudo realizado disponibilidade de vagas de
pela COMAC, referida comissão elaborará estacionamento que estejam ociosas nos
minuta de Portaria Conjunta a ser assinada pontos existentes, a COMAC sugerirá ao
pelos titulares dos órgãos indicados no art. titulares dos órgãos indicados no art. 4º
4º deste decreto, a qual deverá ser deste decreto minuta de Portaria Conjunta
publicada no prazo máximo de 60 a fim de divulgar a disponibilização de tais
(sessenta) dias a contar da data da espaços públicos.
publicação deste Decreto, estabelecendo: Parágrafo único. A Portaria Conjunta
I - Os pontos passíveis de outorga de mencionada no caput deste artigo deverá,
permissão de uso nas vias e áreas mencio- sempre, vir acompanhada de novo
nadas no artigo anterior (ou “pontos de chamamento público para apresentação
Food Truck”), especificando a localização dos pedidos por eventuais interessados,
de cada um deles; seguindo-se, da mesma forma, o

41
procedimento estatuído no Capítulo IV outorga de permissão de uso será
deste decreto. suspenso sem prévio aviso.

SEÇÃO IV - DOS LIMITES E CAPÍTULO IV - DO PROCEDIMENTO


CONDIÇÕES PARA A DEFINIÇÃO DOS PARA QUE OS INTERESSADOS
PONTOS PASSÍVEIS DE OUTORGA DE FORMALIZEM PEDIDOS PARA ATUAR
PERMISSÃO DE USO QUE DEVERÃO NOS PONTOS PASSÍVEIS DE
SER OBSERVADOS PELA COMAC PERMISSÃO DE USO

Art. 13. A COMAC quando dos estudos SEÇÃO I - DO TERMO DE


para a definição dos pontos passíveis de PERMISSÃO DE USO - TPU
outorga de permissão de uso, observará
diretrizes e critérios que assegurem Art. 16. O Termo de Permissão de Uso -
perfeitas condições de tráfego dos veículos TPU para comércio de alimentos em vagas
automotores e da circulação e segurança de estacionamento constitui documento
dos pedestres, assim como de conservação indispensável para a instalação dos
e preservação paisagística dos logradouros equipamentos nas vagas de
públicos e das áreas que compõem o estacionamento de vias e áreas públicas,
patrimônio artístico-histórico-cultural da bem como para o início da atividade,
Cidade. devendo conter todos os dados
Art. 14. A instalação de equipamentos necessários à:
em passeios públicos deverá respeitar a I - Qualificação do permissionário;
faixa livre de pelo menos 1,20m (um II - Identificação da permissão;
metro e vinte centímetros) para trânsito III - Características do equipamento;
de pedestres. IV - Local de instalação;
Parágrafo único. Poder-se-á estabelecer V - Tipo de comércio ou serviços, objeto
uma faixa livre maior do que a prevista no da permissão.
caput deste artigo, Considerando-se as §1º Para todos os efeitos legais,
normas e diretrizes fixadas pela SEMOB. entende-se que o Termo de Permissão de
Art. 15. Na hipótese de qualquer Uso - TPU vem a ser um título precário,
solicitação de intervenção por parte da unilateral, oneroso, pessoal e
Administração Municipal, obras na via ou intransferível, a ser outorgado por ato do
implantação de desvios de tráfego, Secretário Municipal de Economia.
restrição total ou parcial ao §2º Não será concedido mais de um
estacionamento no lado da via, Termo de Permissão de Uso - TPU para
implantação de faixa exclusiva de ônibus, qualquer outra vaga de estacionamento
bem como em qualquer outra hipótese de em pontos de “Food Truck” nas seguintes
interesse público, os pontos passíveis de situações:
outorga de permissão de uso nas vias e I – Quando a pessoa jurídica requerente
áreas mencionados neste decreto poderão já for detentora de Termo de Permissão de
ser modificados, suspensos por tempo Uso - TPU referente a outra vaga de
determinado e/ou indeterminado e até estacionamento em pontos de “Food
mesmo cancelados definitivamente Truck”;
mediante Portaria elaborada pela COMAC e II – Quando os sócios da pessoa jurídica
assinada pelos titulares dos órgãos requerente, bem como seus respectivos
indicados no art. 4º deste decreto. ascendentes, descendentes e cônjuges
Parágrafo único. No caso de serviços ou e/ou parceiros, forem partícipes de outra
obras emergenciais, o ponto passível de pessoa jurídica que já seja detentora de
Termo de Permissão de Uso - TPU

42
referente a qualquer outra vaga de I - Qualificação completa do requerente,
estacionamento em pontos de “Food de seus sócios e respectivos cônjuges;
Truck”; II - Os equipamentos a serem
§3º A outorga do Termo de Permissão utilizados;
de Uso - TPU não gera privilégio de qual- III - Os alimentos e bebidas a serem
quer natureza, nem assegura ao comercializados;
permissionário qualquer forma de IV - Endereço eletrônico do sócio
exclusividade ou direito de retenção sobre administrador para contato e envio de
a área de instalação do equipamento. notificações, juntamente com a declaração
§4º O Termo de Permissão de Uso – TPU de que aceita receber notificações da
tem validade de 01 (um) ano a contar da SECON por endereço eletrônico;
data de sua expedição, podendo ser §1º O pedido deverá, ainda, ser
prorrogado por iguais e sucessivos instruído com os seguintes documentos:
períodos, a critério da Administração I - Cópia do contrato social da pessoa
Municipal. jurídica solicitante, devidamente
§5º A prorrogação prevista no parágrafo arquivado, ou Certificado da Condição de
anterior não poderá ser outorgada se o Microempreendedor Individual -CCMEI,
permissionário estiver em débito, perante emitido pela Receita Federal do Brasil;
o Município de Belém, em função das II - Cópia do Registro Civil e do
disposições deste decreto. Cadastro de Pessoa Física - CPF dos sócios
§6º Não haverá prorrogação, quando o da pessoa jurídica;
permissionário infringir dispositivos espe- III - Cópia de comprovante de
cíficos deste decreto, ou por interesse residência atualizado em nome do
público superveniente, que inviabilize sua representante legal da pessoa jurídica
continuidade no mesmo ou em outro local. requerente;
§7º Em qualquer das hipóteses IV - Comprovante de inscrição no
mencionadas nos §§ 5º e 6º, o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas –
permissionário não tem direito a qualquer CNPJ/MF;
tipo de indenização por parte da V - Comprovante de inscrição no CMC –
Administração Municipal. Cadastro Mobiliário Municipal;
§8º O procedimento para a obtenção do VI - Comprovante do Cadastro
Termo de Permissão de Uso - TPU obe- Informativo Municipal – CADIN em nome
decerá ao disposto nas demais Seções da pessoa jurídica requerente;
deste Capítulo. VII - Descrição dos equipamentos que
serão utilizados de modo a atender às con-
SEÇÃO II - DO PEDIDO FORMULADO dições técnicas necessárias em
PELOS INTERESSADOS conformidade com a legislação sanitária,
de higiene e segurança do alimento,
Art. 17. No prazo de 60 (sessenta) dias controle de geração de odores e fumaça;
contados a partir da publicação no Diário VIII - Indicação dos auxiliares, com o
Oficial do Município da Portaria conjunta respectivo registro civil e do Cadastro de
referida nos arts. 10, 11 e 12 deste Pessoa Física - CPF;
decreto, a pessoa jurídica interessada IX- Cópia do Controle de Saúde
deverá formalizar o pedido dirigido ao (Carteira de Saúde e/ou Atestado de
Diretor do Departamento de Comércio e Saúde Ocupacional) e comprovante de
Publicidade em Vias Públicas da SECON, Treinamento dos Manipuladores de
mediante preenchimento de formulário Alimentos em nome dos sócios da pessoa
próprio, a ser protocolado na SECON, jurídica e dos auxiliares indicados
indicando: anteriormente;

43
X - Certificado de Registro e VIII - Fabricação de sorvetes e outros
Licenciamento de Veículos – CRLV em gelados comestíveis.
nome do requerente; §4º O modelo do pedido administrativo
XI - Declaração de que a pessoa jurídica e a lista de documentos necessários para a
requerente não é detentora de qualquer sua respectiva instrução serão
outro Termo de Permissão de Uso – TPU disponibilizados aos interessados pela
referente a qualquer outra vaga de Divisão de Eixos do Departamento de
estacionamento em pontos de “Food Comércio e Publicidade em Vias Públicas
Truck”; da SECON.
XII – Declaração de que os sócios da §5º A pessoa jurídica requerente
pessoa jurídica requerente, bem como poderá, em relação ao inciso X, do §1º,
seus respectivos ascendentes, deste artigo, indicar em seu requerimento
descendentes e cônjuges e/ou parceiros um veículo reserva caso o veículo principal
não são partícipes de qualquer outra apresente falhas ou qualquer outro
pessoa jurídica que já seja detentora de problema que inviabilize a sua utilização
Termo de Permissão de Uso - TPU temporária ou definitivamente.
referente a qualquer outra vaga de
estacionamento em pontos de “Food SEÇÃO III - DA ANÁLISE DA
Truck”; VIABILIDADE DO PEDIDO E SEU
XIII - Cópia da Licença de RESPECTIVO TRÂMITE
Funcionamento do Órgão Sanitário
competente do Município de Belém em Art. 18. A análise de todos os pedidos
nome do requerente quando se tratar de apresentados em função do chamamento
gêneros alimentícios; público enunciado nos arts. 10, 11 e 12
XIV – Cópia do DAM - Documento de deste decreto deverá ser encerrada pela
Arrecadação Municipal devidamente pago SECON no máximo em até 60 (sessenta)
na rede bancária autorizada comprovando dias após o encerramento do prazo aludido
o pagamento da Taxa de Expediente. no art. 17 e obedecerá ao seguinte rito:
§2º A pessoa jurídica de que trata o §1º O pedido mencionado no caput do
caput do presente artigo deve estar devi- art. 17 deverá ser formalizado perante o
damente constituída com estabelecimento Protocolo Geral da SECON, no horário de
regularmente licenciado no Município de atendimento ao público;
Belém. §2º O Protocolo Geral da SECON, ao
§3º O alvará de funcionamento do receber o pedido indicado neste artigo,
estabelecimento deverá contemplar pelo deverá:
menos uma das seguintes atividades: I - Capear o pedido;
I - Fabricação de massas alimentícias; II - Anotar o dia e hora exata em que o
II - Fabricação de produtos de recebeu, a fim de ter arquivada a ordem
panificação; cronológica com a qual os mesmos foram
III - Restaurantes e similares; apresentados;
IV - Pizzaria; III - Numerar todos os pedidos, a partir
V - Lanchonetes, casas de chá, de sucos do número 1 (um) em diante, com o obje-
e similares; tivo de melhor controlar o fluxo processual
VI - Fornecimento de alimentos que se seguirá;
preparados preponderantemente para IV - Enviar os autos, imediatamente,
consumo domiciliar; para o Diretor do Departamento de
VII - Fabricação de chocolates e Comércio e Publicidade em Vias Públicas
derivados; que, incontinenti, encaminhará o caso para
o Chefe da Divisão de Eixos do

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Departamento de Comércio e V - Se o pedido atende às demais
Publicidade em Vias Públicas; imposições deste decreto e à legislação em
§3º O Chefe da Divisão de Eixos emitirá vigor;
Parecer Técnico, por meio de análise de §4º Os autos, em seguida, serão
Agente de Postura e Ordem Econômica, devolvidos, com o Parecer Técnico, pelo
respondendo, objetivamente, às seguintes Chefe da Divisão de Eixos ao Diretor do
questões: Departamento de Comércio e Publicidade
I - Se a documentação apresentada em Vias Públicas;
anexa ao pedido atendeu ao disposto no §5º Após, o Diretor do Departamento de
art. 17, deste decreto. Comércio e Publicidade em Vias Públicas
a) Caso não tenha sido atendido este encaminhará os autos para o Núcleo
primeiro requisito, o Chefe da Divisão de Setorial de Assuntos Jurídicos da SECON
Eixos notificará o interessado para que, no (NSAJ/SECON) para elaboração de Parecer
prazo de 5 (cinco) dias a contar do Jurídico;
recebimento da notificação, apresente, §6º O NSAJ/SECON, após elaborar o
retifique ou até mesmo reapresente o devido “Parecer Jurídico”, encaminhará os
documento indicado; autos ao Diretor Geral da SECON, que
b) A análise do Parecer Técnico ficará procederá à análise final da documentação
sobrestada até que haja o cumprimento, apresentada e, tendo como base os
ou não, no prazo indicado, das diligências Pareceres Técnico e Jurídico, proferirá
indicadas na alínea “a” deste parágrafo; despacho de deferimento ou indeferimento
c) Caso haja o cumprimento exitoso das da outorga do Termo de Permissão de Uso
diligências apontadas na alínea “a” deste - TPU.
parágrafo, o Chefe da Divisão de Eixos I - O despacho de deferimento da
retomará a confecção do Parecer a partir permissão de uso conterá o nome do
do disposto no inciso II deste parágrafo; permissionário, o equipamento, os
d) Caso não haja o cumprimento exitoso alimentos a serem comercializados e os
das diligências apontadas na alínea “a” dias e períodos de atividade.
deste parágrafo, o Chefe da Divisão de II - O despacho de indeferimento,
Eixos encerrará, imediatamente, a análise devidamente fundamentado, será exarado
do Parecer concluindo pelo indeferimento quando constatada alguma violação aos
do pedido, submetendo-o, na forma do termos deste decreto.
§4º do presente artigo, ao Diretor do §7º Após, o Diretor Geral da Secretaria
Departamento de Comércio e Publicidade Municipal de Economia encaminhará ao
em Vias Públicas. Diretor do Departamento de Comércio e
II - Se há compatibilidade entre o Publicidade em Vias Públicas os autos com
equipamento e os pontos mencionados nas a decisão devidamente prolatada;
Seções III e IV do Capítulo III deste §8º O Diretor do Departamento de
decreto; Comércio e Publicidade em Vias Públicas,
III - Se a qualidade técnica da proposta em sequência, enviará os autos ao Chefe
se coaduna com os termos deste decreto; da Divisão de Eixos a fim de que o
IV - Se ainda há vagas de mesmo:
estacionamento nos pontos passíveis de I - Na hipótese de deferimento do
outorga mencionados nas Seções III e IV, pedido, notifique o interessado
do Capítulo III, deste decreto e em qual determinando-lhe que compareça à Seção
posição de apresentação encontra-se o de Arrecadação do Departamento de
pedido, na forma do disposto nos incisos II Administração da SECON para obter o
e III do §2º do art. 18. carnê correspondente ao pagamento
mensal do Termo de Permissão de Uso -

45
TPU, mediante DAM - Documento de II - Convocar o interessado para que
Arrecadação Municipal, na forma e compareça à sala da Diretoria do Departa-
conforme os preços estatuídos no Capítulo mento de Comércio e Publicidade em Vias
V deste decreto; Públicas a fim de assinar a TPU e receber a
II – Na hipótese de indeferimento do sua respectiva via;
pedido, notifique o interessado para dar- §12º Após, o Chefe da Divisão de Eixos
lhe ciência acerca da negativa ao seu enviará os autos administrativos ao Diretor
pedido; do Departamento de Comércio e
III – Ainda no caso de indeferimento do Publicidade em Vias Públicas solicitando o
pedido, o interessado poderá encaminhar arquivamento provisório dos mesmos até
pedido de reconsideração da decisão do ulterior deliberação;
Diretor Geral ao Secretário Municipal de §13º O Diretor do Departamento de
Economia, no prazo de 10 (dez) dias a Comércio e Publicidade em Vias Públicas,
contar da data em que for cientificado. ao receber os autos do Chefe de Divisão
IV - O pedido de reconsideração deverá de Eixos com pedido de arquivamento
ser devidamente fundamentado, sob pena provisório, os encaminhará para o arquivo
de arquivamento definitivo do processo. de TPU’s em vigor outorgadas pelo
§9º Após o pagamento aludido no inciso Departamento de Comércio e Publicidade
I, do §8º supra, o interessado deverá, no em Vias Públicas da SECON.
Protocolo Geral da SECON, apresentar Art. 19. O Secretário Municipal de
petição dirigida ao Diretor do Economia poderá delegar, mediante
Departamento de Comércio e Publicidade Portaria, à Diretoria Geral da Secretaria
em Vias Públicas, mediante modelo Municipal de Economia a competência para
fornecido pela Chefia da Divisão de Eixos assinar a TPU, na forma prevista no inciso
do Departamento de Comércio e I do §11º, art. 18, deste decreto.
Publicidade em Vias Públicas, solicitando o Art. 20. Ao permissionário é facultado
recebimento do Termo de Permissão de solicitar, a qualquer tempo, o cancelamen-
Uso - TPU, juntando, para tanto, cópia do to de sua permissão, respondendo pelos
DAM devidamente pago na rede bancária débitos relativos ao preço público.
autorizada;
§10º No caso de pagamento parcelado, CAPÍTULO V - DO PREÇO PÚBLICO
o interessado deverá, pelo menos, pagar,
de imediato, a primeira parcela, juntando Art. 21. O preço público pela permissão
cópia do comprovante de pagamento da de uso enunciada neste decreto corres-
mesma na petição aludida no parágrafo ponderá:
anterior; I - Na hipótese de pagamento em uma
§11º Recebida a petição com cópia do única parcela anual a R$ 2.500,00 (dois
DAM anexo, na forma do §9º do presente mil e quinhentos reais);
artigo, o Diretor do Departamento de II - Na hipótese de pagamento mensal,
Comércio e Publicidade em Vias Públicas a R$ 300,00 (trezentos reais) em 12
encaminhará a mesma ao Chefe da Divisão parcelas iguais e consecutivas, totalizando
de Eixos para que seja juntada nos R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais);
respectivos autos administrativos. Em Parágrafo primeiro. Todos os valores
sequência, o Chefe da Divisão de Eixos previstos neste decreto serão reajustados
confeccionará: anualmente com a utilização do Índice de
I - O Termo de Permissão de Uso - TPU, Preços ao Consumidor Amplo Especial –
cabendo-lhe colher a assinatura do Se- IPCA-E, ou outro que venha a ser adotado
cretário Municipal de Economia a fim de pelo Município, sempre no dia 1º de
formalizá-la; Janeiro de cada ano.

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Parágrafo segundo. A COMAC poderá Seções III e IV do Capítulo III deste
sugerir aos titulares dos órgãos indicados decreto.
no art. 4º deste decreto minuta de Portaria Art. 25. O fluxo de distribuição,
conjunta prevendo e regulamentando, em localização e funcionamento dos
caráter excepcional, pontos fixos de “Food permissionários deverá ser pormenorizado
Truck”, sendo que na hipótese de na Portaria indicada no artigo anterior,
pagamento anual, o valor a ser cobrado obedecendo aos seguintes critérios
será de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e, mínimos:
na hipótese de pagamento mensal, o valor I - O primeiro ponto (conforme número
a ser cobrado será de R$ 600,00 de identificação em ordem crescente es-
(seiscentos reais) em 12 parcelas iguais e tabelecido por força do inciso II, do art.
consecutivas, totalizando R$ 7.200,00 10, deste decreto) será o primeiro a
(sete mil e duzentos reais). No mais, receber permissionários, selecionados de
aplicar-se-ão a esses pontos, no que acordo com a ordem cronológica de
couber, o presente decreto. apresentação de seus pedidos (inciso II e
Art. 22. O não recolhimento do preço III, do §2º, do art. 18, deste decreto),
público, dentro do prazo estipulado no Ter- sempre limitado ao número de vagas de
mo de Permissão de Uso - TPU, implicará estacionamento previstas para o mesmo
na cobrança da multa moratória de 0,33% ponto;
(trinta e três centésimos por cento), por II - No segundo dia de funcionamento,
dia de atraso, sobre o valor da parcela os permissionários que antes ocupavam o
devida e não paga, até o limite de 20% primeiro ponto passarão para o segundo
(vinte por cento), e a atualização ponto, sempre de acordo com numeração
monetária pelo Índice de Preços ao atribuída aos mesmos pontos na ordem
Consumidor Amplo Especial – IPCA-E e crescente (inciso II, do art. 10, deste
juros de mora de 1% (um por cento) ao decreto);
mês, contados a partir do mês seguinte ao III – Ainda no segundo dia, novos
do vencimento. permissionários (sempre selecionados de
Art. 23. O pagamento dos valores acordo com a ordem cronológica de
descritos no art. 21 não afastará a apresentação de seus pedidos (incisos II e
cobrança de outras taxas e preços públicos III, do §2º, do art. 18, deste decreto)
incidentes sobre a atividade exercida pelo iniciarão suas atividades no primeiro
permissionário. ponto;
IV - Assim se sucederá até que todos os
CAPÍTULO VI - DA DISTRIBUIÇÃO, permissionários ocupem todos os pontos;
LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO V - Todos os pontos indicados nas
DOS PERMISSIONÁRIOS Seções III e IV deste decreto terão
rotatividade diária;
Art. 24. O Diretor do Departamento de VI - O primeiro grupo de permissionários
Comércio e Publicidade em Vias Públicas que encerrar suas atividades diárias no
deverá elaborar, após o encerramento da último ponto voltará para o primeiro ponto
análise do último pedido resultante do cha- e reiniciará o rodízio, seguindo-se, assim,
mamento público enunciado nos arts. 10, sucessivamente em relação aos demais
11 e 12 deste decreto, minuta de Portaria grupos de permissionários;
a ser assinada pelo Secretário Municipal de Parágrafo primeiro. Todo e qualquer
Economia convocando todos os equipamento utilizado pelos
interessados para que iniciem as suas permissionários não poderá pernoitar em
atividades nos pontos indicados nas quaisquer das vagas de estacionamento
dos pontos indicados nas Seções III e IV

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deste decreto, sendo obrigatório o de higiene e segurança do alimento,
recolhimento diário. controle de geração de odores e fumaça;
Parágrafo segundo. A disposição dos V - Indicação dos alimentos a serem
grupos de permissionários dos pontos de comercializados.
“Food Truck” poderá, mediante pedido dos Art. 27. A autorização de que trata o
interessados, ser alterada a critério de artigo anterior, que diz respeito
juízo de conveniência e oportunidade da unicamente ao uso do equipamento objeto
Secretaria Municipal de Economia - deste decreto, não dispensa o interessado
SECON. da obtenção das demais licenças e
respectivos pagamentos de taxas e preços
CAPÍTULO VII - DO COMÉRCIO DE públicos para a realização do evento.
ALIMENTOS DURANTE A REALIZAÇÃO Art. 28. O comércio de alimentos e
DE EVENTOS bebidas alcoólicas em eventos organizados
pela Administração Municipal dependerá de
Art. 26. A comercialização de alimentos autorização prévia e específica das entida-
e bebidas alcoólicas em evento que ocorra des ou dos órgãos públicos promotores do
em vias e áreas públicas, evento.
independentemente da lotação ou área Art. 29. Aplica-se o disposto neste
ocupada, depende da obtenção de Capítulo à realização de feiras
autorização prévia perante o gastronômicas.
Departamento de Comércio e Publicidade Parágrafo único. O pagamento do preço
em Vias Públicas da SECON, conforme público e eventuais taxas para a realização
previsto no art. 18 deste decreto. do evento obedecerá aos ditames da
§1º O responsável pela organização do legislação municipal em vigor.
evento deverá solicitar uma única autori-
zação contemplando a relação de todas as CAPÍTULO VIII - DAS
pessoas jurídicas participantes, bem como RESPONSABILIDADES DO
a indicação de responsável pelo controle PERMISSIONÁRIO
de qualidade, segurança e higiene dos
alimentos a serem comercializados. SEÇÃO I - DAS CONDIÇÕES GERAIS
§2º O requerimento deverá ser instruído
com a documentação prevista nos incisos I Art. 30. Todo e qualquer serviço ou
a VI, do § 1º, do art. 17 deste decreto, atividade inerente ao exercício do comércio
bem como: informal em logradouro público será
I - Identificação do local da realização praticado em nome do permissionário e
do evento, contendo a completa identifica- por sua conta e risco, sem prejuízo da
ção da via ou área pública; observância da legislação vigente.
II - Indicação do dia e horário do evento Art. 31. O estacionamento do veículo
ou calendário de eventos; nas vias públicas deverá obedecer às
III - Croqui do local com o layout e o regras previstas no Código de Trânsito
dimensionamento da área a ser ocupada, Brasileiro - CTB e nas resoluções do
indicação do posicionamento do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN,
equipamento e das mesas, bancos, bem como à regulamentação estabelecida
cadeiras e toldos retráteis ou fixos, se for pela SEMOB.
o caso; Art. 32. Os veículos deverão possuir as
IV - Descrição dos equipamentos que seguintes características:
serão utilizados de modo a atender às con- I - Abastecimento próprio de água
dições técnicas necessárias em potável compatível com o volume de
conformidade com a legislação sanitária, comercialização realizada;

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II - Reservatório para acumulação de VIII - Coletar e armazenar todos os
águas servidas compatível com o volume resíduos sólidos e líquidos para posterior
de água utilizada em bom estado de descarte de acordo com a legislação em
higiene e conservação; vigor, vedado o descarte na rede pluvial;
III - Fonte própria de geração de IX - Manter higiene pessoal e do
energia. vestuário de sócios e auxiliares;
§1º Não será permitido o uso da energia X - Manter o equipamento em estado
elétrica pública às expensas do Município adequado de conservação e higiene provi-
de Belém. denciando, quando necessários, os
§2º A destinação final e adequada da consertos;
água utilizada é de responsabilidade do XI - Solicitar prévia autorização à
permissionário, sendo vedado o descarte SECON sempre que necessitar suspender o
nas galerias de águas pluviais. exercício da atividade por período superior
a 10 (dez) dias úteis;
SEÇÃO II - DOS DEVERES DOS Parágrafo único. Necessitando de
PERMISSIONÁRIOS reparos gerais, os equipamentos
mencionados no art. 5º deste decreto,
Art. 33. São deveres do permissionário: poderão ser retirados temporariamente de
I - Apresentar-se, pessoalmente ou circulação, retornando em até 90
através de seu representante legal, (noventa) dias, sob pena de cancelamento
durante o período de comercialização, do Termo de Permissão de Uso - TPU.
munido dos documentos necessários à sua
identificação, exigência que se aplica SEÇÃO III - DAS PROIBIÇÕES
também aos auxiliares;
II - Responder, perante a Administração Art. 34. Fica proibido ao permissionário:
Municipal, por atos decorrentes de sua I - Alterar o equipamento, sem prévia
permissão e dos termos da legislação em autorização da autoridade que expediu o
vigor; Termo de Permissão de Uso - TPU;
III - Comunicar previamente à SECON II - Manter ou ceder equipamentos ou
as mudanças de auxiliar, acompanhadas mercadorias para terceiros;
da documentação indicada nos incisos VIII III - Manter ou comercializar
e IX, do §1º, do artigo 17 deste decreto; mercadorias não autorizadas;
IV - Pagar o preço público e os demais IV - Depositar caixas ou qualquer outro
encargos devidos em razão do exercício da objeto em vias e áreas públicas e em
atividade; desconformidade com o Termo de
V - Afixar, em lugar visível e durante Permissão de Uso - TPU;
todo o período de comercialização, o V - Causar dano ao bem público ou
Termo de Permissão de Uso - TPU; particular no exercício de sua atividade;
VI - Armazenar, transportar, manipular VI - Permitir a permanência de animais
e comercializar apenas os alimentos aos na área abrangida pelo respectivo equi-
quais está autorizado; pamento;
VII - Manter permanentemente limpa a VII - Montar seu equipamento em vaga
área ocupada pelo equipamento, bem de estacionamento diversa do ponto que
como o seu entorno, instalando recipientes lhe fora estabelecido, ou ainda fora dos
apropriados para receber o lixo produzido, limites, dias e horários estabelecidos para
que deverá ser acondicionado em saco o uso da vaga, salvo a exceção contida no
plástico resistente e colocado na calçada, parágrafo segundo, do art. 25, deste
observando-se os horários de coleta; decreto;

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VIII - Estacionar o equipamento em XIX – Transferir, a qualquer título, o
desacordo com a regulamentação expedida Termo de Permissão de Uso - TPU.
pelo órgão executivo municipal de
trânsito; CAPÍTULO IX - DAS INFRAÇÕES
IX - Utilizar postes, árvores, gradis, ADMINISTRATIVAS
bancos, canteiros e edificações para a
montagem do equipamento e exposição Art. 35. É de competência do Poder
das mercadorias; Público, por meio de seus órgãos e entida-
X - Perfurar ou de qualquer forma des, no âmbito de suas atribuições, a
danificar calçadas, áreas e bens públicos fiscalização de todos os aspectos
com a finalidade de fixar seu decorrentes da comercialização de
equipamento; alimentos sobre rodas, nos pontos e
XI - Comercializar ou manter em seu respectivas vagas de estacionamentos, em
equipamento produtos em desacordo com veículos automotores adaptados - "Food
a legislação sanitária aplicável; Trucks".
XII - Fazer uso de muros, passeios, Art. 36. Detectadas quaisquer
árvores, postes, banco, caixotes, tábuas, irregularidades será instaurado processo
encerados ou toldos, ou qualquer outro administrativo nos órgãos/entidades
material ou objeto, com o propósito de competentes para apuração e eventual
ampliar os limites do equipamento ou de aplicação de penalidades.
alterar os termos de sua permissão; §1º Serão garantidos o contraditório e a
XIII - Apregoar suas atividades através ampla defesa ao eventual infrator, me-
de quaisquer meios de divulgação sonora diante procedimento administrativo
ou utilizar qualquer tipo de equipamento próprio, observadas as normas aplicáveis
sonoro; relativas ao objeto da fiscalização.
XIV - Utilizar banners, cavaletes, balões §2º As penalidades poderão ser
flutuantes ("blimps"), infláveis, letreiros aplicadas concomitantemente por mais de
luminosos, faixas, bandeirolas ou um órgão/entidade na esfera de cada
quaisquer outros elementos publicitários competência.
além dos que componham o veículo; Art. 37. O descumprimento das
XV – Realizar atividades de condições da permissão de uso ensejará a
panfletagem, ativação de marcas ou aplicação das penalidades previstas na Lei
promotores de degustação fora da área de Municipal nº 7.055, de 30 de dezembro de
estacionamento do permissionário. 1977 - Código de Posturas do Município de
XVI - Jogar lixo ou detritos, Belém.
provenientes de seu comércio ou de outra Art. 38. A COMAC deverá no prazo de
origem, nas vias ou áreas públicas; 180 (cento e oitenta) dias após a publica-
XVII - Utilizar a via ou área pública para ção deste decreto propor aos titulares dos
colocação de quaisquer elementos do tipo órgãos indicados no art. 4º deste decreto
cerca, parede, divisória, grade, tapume, minuta de Instrução Normativa conjunta
barreira, caixas, vasos, vegetação ou ou- indicando as medidas administrativas que
tros que caracterizem o isolamento do cada órgão poderá vir a adotar em face de
local de manipulação e comercialização; eventuais infrações administrativas
XVIII - Manipular e comercializar os cometidas pelos permissionários.
produtos de forma que o vendedor, o ma-
nipulador, o consumidor e as demais CAPÍTULO X - DISPOSIÇÕES FINAIS
pessoas envolvidas na atividade E TRANSITÓRIAS
permaneçam na pista de rolamento;

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Art. 39. As despesas decorrentes da
execução deste decreto correrão por conta
das dotações orçamentárias próprias,
suplementadas se necessário.
Art. 40. Aplica-se subsidiariamente a
legislação municipal referente ao uso do
espaço público, no que couber.
Art. 41. Este decreto entra em vigor na
data de sua publicação.
Art. 42. Revogam-se as disposições em
contrário.

PALÁCIO ANTONIO LEMOS, EM 24 DE


FEVEREIRO DE 2016.
ZENALDO RODRIGUES COUTINHO
JUNIOR
Prefeito Municipal de Belém

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Para Trabalhos Similares: (91) 8258-7202 /
trojanderson@hotmail.com
CITAÇÕES DO ESTATUTO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no


exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (EC no 19/98).

I – tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de


seu cargo, emprego ou função;

II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função,


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários,


perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a
norma do inciso anterior;

IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato


eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento;

V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores


serão determinados como se no exercício estivesse.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988

Art. 7º, XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei.

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