Corazza em seu artigo realiza uma distinção clara entre o método linear e a ciência
que explica um método de um objeto específico. Para o pensamento linear é mister
uma indefinição da origem do pensamento econômico, pois segundo eles o mesmo
possui características de apenas acumular conhecimentos ao longo do tempo. Esse
método coleciona “verdades”, lapidando a economia para constatações ainda mais
concretas. É perceptível uma grande influência do pensamento positivista, dessa
forma a economia seria formada por uma única visão correta se aproximando das
ciências naturais. Os lineares pregavam literalmente que o conhecimento humano
caminha linearmente em busca da verdade.
Indo em direção oposta, a segunda linha de pensamento acreditava na aplicação
de método a partir de um objeto específico e que o capitalismo foi “ Conditio sine
qua non” existiria as ciências econômicas. O grupo argumenta baseando nas
modificações estruturais causadas pelo capitalismo como a existência e o domínio
do capital na produção de mercadorias levando as novas relações laborais. Eles
afirmam o capitalismo como modo de produção de bens e serviços ao qual o
objetivo é o lucro e a valorização do capital e não atender as necessidades
humanas. Além disso, colocam a indagação dos pensadores lineares em descrédito
quando deixam de lado os processos de evolução do conhecimento humano de
forma positiva e linear pois o progresso se dá por meio de saltos e revoluções no
pensamento econômico.