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Carlos Alberto

S.D. Livros
20/4/2018
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Visão estratégica aliada a logística, um
pacto de sucesso
Declaremos guerra aos tabus que afastam a logística da boa e velha visão estratégica.
Evidenciar atalhos para sanar com mais facilidade problemas que insistem no atraso da
solução ideal já foi motivo de rejeição, o único fato é que com o desenvolvimento da
tecnologia podemos notar que este estigma caiu no desuso diante de tantas inovações no
mercado atual.

O ato de administrar antigamente era mera junção dos processos administrativos que
baseavam-se na direção, no controle, na organização e no planejamento. Ah profissionais
dessa época, gozavam de tempo para o término de um projeto que muita das vezes nem
prazo tinha. E ainda reclamavam! Hoje, se não soubermos gerir tais processos com
eficiência e rapidez somos tomados inesperadamente por várias conseqüências.

É certo que, no antigo mercado não havia a tecnologia de ponta como atualmente há,
porém também não havia Código de Defesa do Consumidor, o fantasma da maioria das
empresas.

Para delinear um projeto de sucesso, os gerentes devem possuir a visão estratégica que
muitos querem e poucos a possuem. Este requisito primacial deve estar inteiramente
ligado às tendências e necessidades do mercado que a todo tempo se modificam, travando
uma insistente busca pelo novo.

O misto de uma boa visão consiste na interação de buscar dentro de uma sociedade
aparentemente completa de produtos e serviços, uma brecha daquilo que ainda falta ou
precisa se aperfeiçoar; outro item seria levar mais a sério a temida Teoria do Risco onde
torna-se um fato perigoso sua não utilização nas crises que avassalam o mundo; gerentes
logísticos e estratégicos movem-se para reduzir riscos de investimentos que podem não
trazer retorno garantido; credenciar-se a cadeias de suprimento pode ser essencial para a
facilitação do andamento do projeto e por fim, o toque da qualidade no serviço
proporcionando a segurança pretendida pelo investidor.

O mundo precisa do inter-relacionamento entre técnicas e práticas que versem idéias


promissoras referentes a produtos e serviços "do futuro"; o avanço virá pautado em
realizações do vasto legado que antigos nos deixaram sem resolução, ou melhor, que nos
ofereceram a possibilidade de promulgá-las com mais amplitude de conhecimento,
elucidando uma maneira talvez mais concreta de dar certo! Este mundo, cheio de
desavenças e mistificado em opiniões deverá dar lugar a projeção da interligação de idéias
e divisão das mesmas promovendo equipes muito mais unidas. Líderes deverão abrir mão
da individualidade para dar lugar a participação de seus subordinados. Sendo assim, a
saga da renovação estará cada vez mais em evidencia. Diante da degradação que já se
instala em nosso laboratório natural busquemos soluções que não só o prejudiquem mas
as que também se proponham a revigorar o palco de experiência elevadas e conscientes
dos profissionais futuristas.

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Aliança de sucesso no mundo empresarial é com certeza o pacto da junção de uma
logística crescente a uma visão totalmente focada a mudanças e estrategicamente
promovendo resultados.

Inteligência Logística: um diferencial competitivo

Hoje é notório o crescimento do setor logístico no


mercado brasileiro e esse crescimento traz
consigo uma considerável melhora no nível de
serviço ao mercado oferecido pelas operadoras,
um aumento da produtividade das operações
logísticas e um maior profissionalismo do setor,
considerando o aumento do conhecimento sobre a
área, além de um maior desenvolvimento dos processos organizacionais com aplicações
de métodos e ferramentas logísticas.
Contudo, a este crescimento deve-se também o aumento da concorrência no mercado,
uma concorrência que vem se tornando cada vez mais acirrada, em que as empresas que
atuam no setor devem ter a capacidade de responder mais rapidamente e com mais
eficácia às mudanças do mercado e às exigências dos clientes, sem perder de foco a
qualidade dos serviços e o retorno financeiro, que muitas vezes está atrelado a
percentuais de rentabilidade baixos.
Dessa forma, as empresas têm que buscar meios que possam mantê-las diferenciadas em
seus mercados, que as permitam ser percebidas pelos clientes como empresas
qualificadas a satisfazê-los e que consigam manter a estrutura de custos controlada e em
um nível aceitável. Para tanto, são utilizadas estratégias, processos e recursos que
possam prepará-las para este desafio, porém, nenhum desses pilares trará efeitos
positivos se elas não tiverem um capital humano qualificado e treinado para conviver
nesse cenário.
É a partir dessa qualificação profissional que as empresas conseguem alcançar maiores
resultados e melhores desempenhos, tornando-as mais competitivas. Com profissionais
qualificados as ameaças e oportunidades presentes no mercado podem ser melhor
trabalhadas, juntamente com a redução das fraquezas organizacionais e incremento de
suas forças. É exatamente nesse pilar que se sustenta a Inteligência Logística.
Conceitualmente, a Inteligência Logística deve ser entendida como um conjunto de
competências e habilidades técnicas que permite à empresa responder de maneira mais
rápida e eficaz que a concorrência aos desafios apresentados pelos Clientes atuais e
potenciais (1). Isso significa que a partir de uma visão crítica e racional, a Inteligência
Logística objetiva orientar os processos organizacionais e produtivos direcionando-os
para o alcance dos resultados desejados.
Na prática, a Inteligência Logística corresponde a atividades multi-funcionais, ou até
mesmo multi-empresariais, que agregam conhecimentos e habilidades do capital
humano em prol de melhores resultados organizacionais e evolução dos processos
logísticos, mesmo que algumas pessoas não estejam diretamente ligadas à própria
operação logística.
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Não podemos esquecer que todos os processos, áreas ou setores de uma empresa estão
direta ou indiretamente ligados, e que todos compõem um sistema integrado e que
influenciam o resultado final. Assim, um bom resultado das operações logísticas não
acontece apenas pelos profissionais que atuam diretamente na área, mas também pela
participação de áreas de suporte. A integração de pessoas com habilidades e
conhecimentos técnicos de cada área permite uma visão mais generalista dos cenários,
sem perder o foco das particularidades de cada uma que influenciam e impactam no
resultado final das operações.
Com essa integração, no momento das tomadas de decisões, fatalmente aparecerão os
chamados ‘trade-offs” ou compensações, ou seja, objetivos desejados que para serem
alcançados necessitam de ações que se contradizem ou que anulam a força da outra.
Porém, esses “trade-offs” obrigam a organização a pensar mais objetivamente nos
resultados desejados para os clientes e para a própria empresa, reduzindo a
probabilidade de erros nas decisões, aprimorando os processos logísticos e tornando-se,
conseqüentemente, mais competitiva no mercado.
Somando-se a estas considerações, a Inteligência Logística permite que as operações
logísticas sejam pensadas não apenas em curto prazo, mas, buscando o equilíbrio
operacional a fim conseguirem resultados consistentes e efetivos, preocupa-se também
com a melhoria contínua dos serviços ao longo do tempo.
Como conclusão, podemos afirmar que a Inteligência Logística fomenta a produção de
soluções diferenciadas, criativas e direcionadas aos interesses e necessidades dos
clientes, apresentando-se como diferencial competitivo diante dos concorrentes.

Logística Lean - Os sete desperdícios Lean


A Logística Lean é um sistema puxado com reposição
frequente em pequenos lotes, estabelecido entre cada
uma das empresas e plantas ao longo do fluxo da
cadeia de suprimento. A cadeia de suprimentos
abrange o planejamento e o controle de todas as
atividades da logística. Nessas atividades existem
inúmeros desperdícios como, por exemplo:

1 - Defeitos ou retrabalho: Tempo e material perdido


por não fazer certo da primeira vez.

2 - Excesso de produção: Produzir antes da necessidade do cliente, em quantidade


superior as necessidades do cliente. Geralmente, este desperdício causa os sete demais
desperdícios.

3 - Excesso Estoque: além de ocuparem espaço, atrapalham o fluxo contínuo de todos os


processos, ocultando os seus reais desperdícios;

4 - Espera: refere-se a materiais, equipamento e pessoas paradas aguardando a operação


anterior ou a próxima a ser realizada;

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5 - Transporte: Deslocamento excessivo de materiais e produtos: todo o deslocamento
desnecessário

entre uma operação e outra, aumenta o risco de perdas, danos e atrasos, além de não
agregar valor algum ao produto final;

6 - Movimentação desnecessárias nas operações: Tempo para procurar ou movimentar


material ou informação.

7 - Processamento: São operações que existem apenas p/ corrigir alguma


falha/ineficiência em um determinado processo ou que são realizadas com equipamentos
de custo/tecnologia/precisão além do necessário.

A matriz BCG aplicada à LOGÍSTICA!


Matriz BCG (Boston Consulting Groupo) – Para Kotler (2000, p.
90,91)
“O Boston Consulting Group (BCG), líder em consultoria de
gestão , desenvolveu e popularizou a matriz de
crescimento/participação matriz (BCG). É dividida em quatro
células iguais, cada uma indicando um tipo diferente de negócio:

A – Pontos de interrogação: são produtos ou serviços em lançamento no mercado que


ainda geram muitas expectativas quanto ao seu sucesso. A maioria dos negócios iniciam
como um ponto de interrogação, justamente naquele momento que a empresa tenta
entrar em um mercado de alto crescimento em que já existe um líder. Um ponto de
interrogação exige muito investimento, porque a empresa tem que gastar dinheiro em
fábricas, equipamentos, capital intelectual para acompanhar o mercado de alto
crescimento e porque deseja assumir a posição de líder. O termo “ponto de interrogação
“é adequado porque a empresa tem que analisar seriamente se continuará a colocar
dinheiro no negócio ou não”. Deverá também, controlar o número de pontos de
interrogação que possui, pois os gastos são altos no plano de investimento para um
produto novo. Um exemplo claro é a entrada da Jequiti no mercado de cosméticos, onde
Natura e Boticário possuem grande share de mercado.

B – Estrelas: se o negócio do tipo ponto de interrogação for bem-sucedido, ele se torna


uma “estrela”. Uma estrela é líder em um mercado de alto crescimento. Mas não
produz, necessariamente, um fluxo de caixa positivo. A empresa deve gastar recursos
consideráveis para acompanhar a alta taxa de crescimento e repelir os ataques dos
concorrentes. Toda empresa deve ter algumas estrelas; não tendo nenhuma, preocupe-
se.

C – Vacas leiteiras: quando a taxa anual de crescimento do mercado cai para abaixo de
10% , a estrela se torna uma vaca leiteira se ainda tiver a mais alta participação relativa
naquele mercado. Uma vaca leiteira gera muito caixa, se enquadraria em uma classe A
perante uma análise de curso ABC considerando o faturamento total do produto. A |5

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empresa não tem que financiar de forma considerável o produto ou serviço pois a taxa
de crescimento de mercado já diminuiu e as vendas estabilizaram em uma constância.
Como o negócio é líder, desfruta de economias de escala e de maiores margens de lucro.
A empresa utiliza seus negócios do tipo vaca leiteira para pagar as contas e apoiar seus
outros negócios. Empresas com apenas 1 (uma) vaca leiteira são altamente vulneráveis.
Se essa vaca começar a perder share de mercado, a empresa terá que realizar novos
investimentos, para manter a liderança no mercado.

D – Abacaxi ou Animais de estimação: são negócios com pequenas participações de


mercado e de baixo crescimento, apontando para o fim da linha de vida de um produto
ou serviço. Geram baixos lucros ou até mesmo prejuízos. A empresa que possui algum
animal de estimação ou abacaxi (poucos, de preferência) deve avaliar qual a razão de
mantê-los, desapegando do coeficiente de “apostar” ou simplesmente apegos
“sentimentais”. Os produtos devem ser posicionados na matriz e classificados de acordo
com cada quadrante:

Interrogação – fluxo de caixa ruim e baixa participação no mercado, produto novo.

Estrela – exige grande investimento e a participação no mercado deve ser mantida,


produto ou serviço que explodiu no mercado mas ainda exige grandes investimentos.

Vaca – lucro constante e geração de caixa alto e o crescimento do mercado é baixo, pois
houve estabilização das vendas.

Abacaxi ou animal de estimação – deve ser evitada numa empresa, baixa participação
de mercado e gera pouco lucro, trazendo prejuízos.

O objetivo da matriz BCG é oferecer a análise de portfólio de produtos ou de serviços


baseada no conceito do ciclo de vida do produto/serviço. Ela é utilizada para alocar
recursos em atividades de gestão de marcas e produtos (marketing), planejamento
estratégico e análise de portfólio. Esta matriz é uma das formas mais usuais de
representação do posicionamento de produtos ou unidades estratégicas de negócio da
empresa em relação a variáveis externas e internas.

“Em suma uma das relações com a logística é a identificação do potencial de venda dos
produtos para o planejamento de produção, abastecimento, compra de insumos, pois se
uma empresa não sabe identificar o potencial do seu produto ou serviço ela não
conseguirá administrar o fluxo de demandas, produção, transporte, PIVA (planejamento
interno de vendas). A matriz BCG ajuda na identificação e classificação dos produtos na
tomada de decisões para o planejamento estratégico da empresa.
No atual momento econômico a utilização da matriz BCG pode auxiliar na priorização
de produtos ou serviços que devem ser oferecidos no mercado, por exemplo, em tempos
de crise um produto de marca “desconhecida” pode ganhar market share (maior fatia no
mercado), devido ao preço menor em relação às grandes marcas, portanto priorizá-lo
para futuras ações de vendas pode ser um escape em um momento de retração do
mercado.

No aspecto do armazenamento, reconhecer o giro de produtos e futuras aquisições se


torna essencial para alocar de forma inteligente, compacta e segura os produtos dentro
do armazém, caso haja uma dificuldade na identificação do papel de cada produto no |6

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quadrante da projeção de vendas, a empresa pode ter gastos extras com locação de
espaços para comportar esta demanda não prevista ou também pelo baixo volume
projetado mediante a uma estimativa equivocada.

Quanto ao transporte desses produtos, a capacidade de movimentação e transporte


também sofre como uma péssima projeção, pois pode saturar a frota bem como deixá-la
ociosa, causando prejuízos pelo excesso não estimado ou pela ociosidade de uma
expectativa frustrada, por isso planejar de forma racional o lançamento de um produto,
entender o comportamento do mercado naquele momento, a tendência de mercado,
investir em business intelligence, não lançar produtos de forma deliberada (pois se
perde muito dinheiro por lançamentos mal sucedidos), de forma planejada, estruturada,
mantendo e entendendo o ciclo de vida de um produto é um fator decisivo para o bom
funcionamento da sua empresa e da sua logística que é orquestrada mediante a
projeções e planejamentos.

Saber oferecer o produto ou serviço certo em um momento de crise, pode ser um fator
decisivo para transformar a palavra CRISE em “CRIE” oportunidades.

Logística Off Shore


Segundo Cardoso (2004), o “apoio logístico terrestre e offshore” tem como finalidade,
garantir o deslocamento de pessoas e materiais até as unidades marítimas (sondas de
perfuração e plataformas), dentro de prazos pré-estabelecidos e com o melhor custo.
Além disso, o apoio logístico é responsável em retirar destas bases marítimas, os
materiais e resíduos sólidos inservíveis, de forma a ser dada a correta destinação final.

Logística de Apoio Offshore pode ser dividida em três grandes tipos de operações:
Logística de Cargas, Logística de Passageiros e Serviços.

Logística de Cargas: É responsável por


movimentar todo tipo de carga necessária para a
operação de perfuração e produção das unidades
marítimas. Essas cargas podem ser separadas em
três tipos: carga de geral (tubos, rancho,
materiais químicos, ferramentas, equipamentos
submarinos, etc), granéis sólidos e líquidos (cimento, baritina, bentonita, fluido de
poços, água, etc) e óleo diesel.

Carga geral: Cargas muito diversificadas (desde parafuso até árvore de natal molhada),
que são embarcadas no convés das embarcações e vão diretamente para as unidades
marítimas. Vale ressaltar que a operação é fortemente impactada por emergências,
principalmente das unidades de perfuração.

Granéis sólidos e líquidos: Os produtos são enviados diretamente para seu destino por
embarcações do tipo PSV, após armazenamento em plantas nos portos de atendimento
offshore. É importante citar que a quantidade reduzida de SKU’s e a forma em que são
armazenados permite que boa parte do estoque possa ser posicionada no porto. |7

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Óleo diesel: Dependendo da escala da operação, a demanda desse produto pode ser
atendida por embarcações de apoio, que são abastecidas em um hub marítimo. Caso
contrário, os PSVs recebem o óleo no fundeio ou atracados no berço para atender as
unidades marítimas.

Logística de Passageiros: Trata da movimentação de pessoas entre o continente e as


unidades marítimas. Essa operação é realizada por helicópteros e tem grande foco na
segurança operacional.

Serviços: São embarcações que prestam serviços para as unidades de produção e


perfuração. Esses serviços variam desde movimentação de âncoras e unidades até
combate a incêndios ou vazamentos de óleo.

Requisição de Transporte
A Requisição de Transporte é o documento que dá início ao processo de transporte de
materiais. A RT é emitida pelo proprietário do material através do sistema de gestão
empresarial (SAP) para que o material possa seguir corretamente até o seu destino. A
requisição de transportes deve conter os seguintes dados: descrição do material;
dimensões; peso; quantidade; valor unitário; local de origem; local de destino; modal de
transporte; requisitante; prazo para o atendimento. (CAIXETA-FILHO, 2010). Após o
preenchimento dos dados, é gerado o número da RT que ficará disponível ao pessoal do
armazém, que assim, poderão encaminhar o material para o processo de unitização.

Armazenamento
Segundo Leite (2000), nos armazéns é possível destacar as seguintes etapas.
a) Armazenamento: é a guarda do material. Nesta etapa, a mercadoria fica
acondicionada em local adequado, de acordo com suas necessidades específicas
(exemplo: local coberto e isento de poeira), com o objetivo de manter sua
funcionalidade e qualidade até o momento de sua utilização. Para isso, se classificam os
materiais em famílias, onde cada família possui um endereçamento nos armazéns, sendo
armazenada sempre no mesmo local, que foi pré-definido de acordo com suas
necessidades;
b) Separação: quando da emissão de uma RT, o pessoal do Armazenamento inicia o
processo de separação. Separação nada mais é do que retirar dos armazéns e separar os
materiais e quantidades solicitadas na RT para envio a uma determinada unidade
marítima. Esta atividade é conhecida também como picking; 4
c) Expedição: é a atividade de enviar os materiais separados para o destino. No caso da
logística de Apoio na indústria do petróleo, a atividade de expedição geralmente tem
como destino a área de Unitização, onde o material separado é preparado para o envio
ao destino final.
A unitização, geralmente, é uma área localizada em anexo ao armazém.

Unitização de cargas
Na Unitização, os produtos são agrupados em embalagens superiores (maiores), a fim
de facilitar e agilizar a movimentação das cargas, de forma a movimentar vários
materiais de uma só vez. Outra função da Unitização é a conservação e proteção dos
materiais embalados. Segundo Cardoso (2004), o processo de unitização no setor de
petróleo e gás pode ser assim definido:
a) Caixa metálica: contentor com abertura na face superior, utilizado para carga geral;
b) Cesta metálica: cesta utilizada para unitização de perfilados (perfis metálicos, tubos, |8

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calhas, etc;
c) Skid: estrutura metálica que serve de suporte para cilindros de gases industriais
(oxigênio, acetileno, etc.);
d) Container fechado comum: equipamento totalmente fechado, utilizado para cargas
secas;
e) Container frigorífico: equipamento utilizado para a unitização de alimentos para
suprir a mão-de-obra que está a bordo das unidades marítimas.
Após a Unitização, os materiais são liberados para que a área de Transporte Terrestre
possa programar o envio para os portos. Para esta programação, é necessário conhecer
as características da carga, ou seja, as dimensões e pesos dos materiais para que se
escolha o veículo adequado para o transporte. No caso de materiais para o embarque
aéreo, geralmente são transportados por veículos leves, tais como pickups e vans, por se
tratarem de materiais de pequeno porte.
Já os materiais de grande porte, que seguem para o embarque marítimo, realizam o
trajeto armazém-porto através de veículos pesados, como caminhões e carretas.
(CAIXETA-FILHO, 2010).

Porto Pré-embarque
Pré-Embarque é uma área de transferência do modal terrestre para o marítimo. Após
chegar ao Pré-Embarque, a carga é inspecionada. Na inspeção são verificados vários
pontos, tais como: avarias das cargas; lacres das embalagens; e requisição de transportes
em relação ao material físico.
Se houver alguma não conformidade observada nesta inspeção, o material não será
descarregado do caminhão e o proprietário do material é acionado para que realize as
correções. Se não for possível corrigir, o material retorna à sua origem. No entanto, se a
carga estiver dentro dos padrões pretendidos, ela é descarregada e encaminhada para a
área de pré-embarque.
A requisição desta forma é carimbada e assinada pelo conferente, e no sistema SAP, a
RT é atualizada em relação ao status do trecho terrestre, que é dado como atendido. E,
em relação ao trecho marítimo, o status passa a ser liberado para programação.
Os materiais ficam sob guarda temporária na área de Pré- Embarque até que a área de
programação do transporte marítimo aloque os mesmos em uma determinada
embarcação. (LEITE, 2000).

Transporte marítimo
Nesta etapa é realizada a programação do transporte marítimo. Para isto é definido um
cronograma de viagens de embarcações de forma que possa atender as unidades
marítimas com uma freqüência mínima de duas vezes por semana. O agrupamento das
unidades a serem atendidas, são definidas por sua distribuição geográfica. Desta forma,
as unidades que se localizam na mesma região, serão atendidas pelas mesmas
embarcações. (CAIXETA-FILHO, 2010).
Sobre os atendimentos emergenciais Caixeta-Filho (2010), complementa a explicação:
“Podem existir ainda, os atendimentos emergenciais, neste caso, serão destacadas
embarcações específicas para este atendimento”.

Backload
Os materiais ao serem transportados até as bases marítimas, e serem utilizados,
precisarão retornar a terra. O backload consiste em retornar materiais, resíduos ou
rejeitos destas unidades, propondo a destinação ou disposição final correta.
Segundo Caixeta-Filho (2010), entre os elementos que as operações de backload |9

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movimentam, pode-se destacar: ferramentas e equipamentos; embalagens de unitização
reutilizáveis; resíduos e rejeitos.
Os resíduos e rejeitos gerados nas sondas e plataformas marítimas e que necessitam de
disposição adequada, por conta de aspectos ambientais, são trazidos através das
embarcações até o porto. Daí em diante, os resíduos seguem para a destinação adequada
de acordo com o seu tipo.

Porto: Retroporto
O Retroporto é a área que tem por finalidade receber previamente as cargas
desembarcadas e que deverão ser direcionadas posteriormente a destinos diversos.
Assim como na operação de pré-embarque, logo após a atracação da embarcação no
porto, o conferente executa uma inspeção nas cargas de backload, seguindo um check-
list, que orienta os pontos a serem observados. Os principais pontos são semelhantes aos
inspecionados no pré-embarque, tais como: eslingas, condição da carga, descrição da
RT e o material físico, inclusive quantidade. (LEITE, 2000).
Se estiver tudo certo após a conferência, o operacional do retroporto então analisa quais
são as cargas que estão no convés da embarcação para definir quais os equipamentos de
movimentação de carga que deverão utilizar no desembarque das mesmas. Segundo
Cardoso (2004), os equipamentos mais utilizados, tanto na área de pré- embarque
quanto no retroporto, são: guindastes telescópicos, guindastes de esteira e
empilhadeiras.
Na área do retroporto, as cargas são dispostas separadamente de acordo com o tipo de
material e destinatário da carga. Por exemplo, no caso de produtos químicos, existe uma
área adequada, de acordo com a legislação, para o armazenamento temporário dentro do
retroporto. Esta área deve possuir barreiras de contenção para proteção contra
vazamentos, piso impermeável para que o produto não migre para o solo e contamine o
mesmo, bem como sistema de sucção do produto caso haja vazamento. (LEITE, 2000).

Logística para e-commerce: guia completo para uma


gestão eficaz:
O processo de logística para e-commerce tem alta
relevância no desempenho das vendas online. Afinal, o
correto controle de estoque, cálculo de frete,
planejamento de vendas e até o empacotamento do
produto são fundamentais para garantir uma boa
experiência de compra ao cliente e, consequentemente,
o crescimento da marca.
Apesar da importância de todos esses pontos, muitos
empreendedores ainda enfrentam dificuldades na operação logística de sua loja virtual.
Além dos altos custos com manuseio e armazenagem, uma pesquisa promovida pela
Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) apontou que 61% das lojas
virtuais têm como principal problema o atraso nas entregas, o que impacta diretamente a
experiência de compra e a fidelização do cliente. Mais da metade dos contatos
realizados nos SACs das lojas virtuais são motivados por problemas com entrega de
pedidos.
Para mudar esse cenário só há uma forma: conhecer a fundo os principais pontos que
envolvem a logística no comércio eletrônico, a fim de definir as melhores estratégias
para a sua empresa. | 10

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Justamente para ajudá-lo nessa tarefa elaboramos um Guia Completo de Logística para
E-commerce. Assim, você poderá criar mecanismos para melhorar o processo de
entrega dos produtos da sua loja e definir as melhores táticas para a expansão dos seus
negócios e das vendas online. Conheça abaixo os pontos fundamentais para a boa gestão
do seu e-commerce.

Logística para e-commerce: Etapa #1 – Planejamento de vendas e operações

O sucesso de uma loja virtual está intimamente ligado ao processo de armazenagem,


expedição e entrega dos produtos. Afinal, para que se efetive uma venda é necessário
que o produto esteja disponível.
Ainda assim, muitas vezes o cliente entra em um site com a intenção de compra e se
deparada com a mensagem “produto indisponível”. Para evitar esse tipo de situação, é
imprescindível uma minuciosa gestão de estoque e o adequado planejamento de vendas.
É aí que entra o sales and operation plan (S&OP), ou seja, vendas e planejamento das
operações.

Logística para e-commerce: Etapa #2 – Controle de estoque

O objetivo básico do controle de estoque é evitar o acúmulo ou a falta de produtos, além


de ajudar a controlar as finanças e o espaço físico da empresa. Senão, podem acontecer
duas situações que impactam a margem de lucro: um determinado produto com alta
procura pode ficar indisponível, acarretando perda de vendas, ou você pode ter no
estoque muitos produtos com baixa procura.
Após definir o tipo de estoque do seu e-commerce, veja como fazer o correto controle:

1. Defina uma política clara de estoques

É importante definir quais níveis de estoque serão mantidos, quais serão os critérios e
lead time de reposição (tempo entre o pedido e a entrega real do material no estoque) e
quais critérios serão adotados para a liquidação de estoques obsoletos e promocionais.

2. Implemente uma robusta ferramenta de controle

Existem sistemas gratuitos que comportam até determinada quantidade de itens no


estoque (SKU’s) e ferramentas mais econômicas para gerir estoques maiores.

3. Conduza inventários permanentes

O que não é medido não é controlado, por isso, realize inventários frequentes. Não
encare o inventário somente como uma obrigação contábil, faça a conciliação dos itens,
mesmo que parcialmente, com frequência até diária. Além das perdas financeiras,
vender e não ter o produto para atender é um risco fatal para os lojistas.

4. Minimize os níveis de estoque

Existem oportunidades raras de compra que justificam antecipar a reposição e manter os


níveis mais elevados no estoque. Mas lembre-se: estoque é dinheiro empilhado. Sempre
que possível, tenha um alinhamento forte com o fornecedor e puxe o estoque somente
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quando necessário.

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5. Não tenha receio de liquidar e queimar estoque

Se o produto não está girando ou chegando ao ponto de obsolescência, queime, faça


promoção, seja criativo no canal de venda. Poucos itens “valorizam” ao longo do tempo
dentro de um estoque.
O estoque deve ser o resultado de um plano comercial realístico e alinhado de forma
estratégica. Não há controle de estoque que compense um plano inadequado de
suprimentos e vendas. Por isso, dedique mais tempo ao plano e política de estoques.

Logística para e-commerce: Etapa #3 – Aplique a Curva ABC

A curva ABC é uma adaptação do Teorema de Pareto. Segundo o economista italiano


que dá nome ao modelo, 80% das consequências são influenciadas por 20% das causas.
Adaptando o modelo proposto para o estoque, a relação é a mesma: repara-se que 80%
dos produtos mais vendidos de uma loja representam, em média, 20% do total de
produtos, que são categorizados no grupo A. Na categoria B, os 15% mais vendidos
representam 30% e nos 5% restantes, que representam a categoria C, concentram-se
50% dos seus produtos.
Dentre as ferramentas de controle de estoque, a curva ABC é uma das mais eficazes,
pois otimiza tempo e espaço, gera economia e ajuda na tomada de decisão do que vale a
pena manter e que produtos poderiam ser descontinuados consoante o custo de
produção.

Logística para e-commerce: Etapa #4 – Defina indicadores de performance

Os KPIs (key performance indicator ou indicadores chave de performance) são


utilizados para avaliar e medir o nível de desempenho de processos chaves para a
empresa. Você pode aplicá-los em todo o processo logístico do seu e-commerce, desde
os pedidos ao fornecedor até o momento em que o cliente recebe a encomenda. Os
indicadores logísticos fundamentais no e-commerce são Acuracidade de Inventário,
Order Fill Rate (OFR), Order Cycle Time (OCT), On Time in Full (OTIF).

Logística para e-commerce: Etapa #5: Reduza custos

Os gastos com embalagem, empacotamento e frete consomem uma parcela preciosa do


orçamento do lojista. Para ter uma ideia, somente o estoque e o manuseio são
responsáveis por grande parte dos custos de uma loja virtual, totalizando 37,4% dos
gastos nesse setor, segundo levantamento realizado em 2015 pela Associação Brasileira
de Comércio Eletrônico (ABComm).
Outro ponto sensível é que normalmente o profissional se desdobra para dar conta de
inúmeras atividades administrativas e, ao mesmo tempo, precisa garantir o crescimento
do seu e-commerce. O problema é que alguns desses processos consomem muitas horas
do dia, o que torna difícil ter tempo livre para analisar soluções inovadoras e alavancar
as vendas.
Para reduzir custos e ter mais tempo livre, aposte em soluções inovadoras no mercado,
como o serviço oferecido pela Mandaê. A empresa de logística tem como principal
objetivo oferecer aos e-commerces a tranquilidade de enviarem os seus produtos com
segurança, qualidade e menor custo.
Ao possibilitar o acesso às melhores transportadoras do país em um único serviço, a
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empresa descomplica a logística com uma solução completa, que simplifica o processo
e minimiza problemas.

INDICATOR “O INDICADOR-CHAVE DE
DESEMPENHO”
O KPI “Key Performance Indicator” é um sinalizador de desempenho que mede através
de dados a performance de atividades, metas, processos, resultados de uma organização
ou processo.

Geralmente os KPIs são utilizados para análise de cenários, tomadas de decisões,


acompanhamentos estratégicos, além da melhoria contínua através de dados coletados,
garantindo assim o bom desempenho de processos de uma organização, seu uso permite
à gestão o entendimento de um cenário através do levantamento de dados, permitindo o
controle e a manutenção de metas e objetivos diários.

• Indicadores de qualidade: tempo de entregas fora do prazo x entregas dentro


do prazo, apontando desvios e permitindo assim o controle da qualidade de um
serviço ou atividade específica, uma entrega em atraso gera perda de qualidade a
um serviço.
• Indicadores de processo: indicador de acuracidade de estoque, contagem física
x contagem sistêmica, indicando se o estoque físico está igual ao sistêmico, pode
indicar falha operacional e medir a qualidade do processo vigente.
• Indicadores financeiros: Indicador comparativo de resultados financeiros, um
exemplo é analisar o resultado de acuracidade de estoque, mensurando as perdas
e comparando com os os meses ou semanas anteriores.
• Indicadores de acuracidade: Indicador que mostra a assertividade de um
apontamento.
• Indicadores de tempo: Indicador do “lead time” (ciclo) de um serviço, produto
ou processo.

Vejamos abaixo um exemplo de KPI de controle de estoque para um PRODUTO A:

sem-tc3adtulo

• Neste exemplo foi realizada a


contagem física de um produto, comparada
ao saldo do sistema no mesmo dia.
• As contagens de Fevereiro, Abril,
Junho foram 100%, sem sobras e sem
faltas, não havendo divergências.
• As contagens de Janeiro e Março
resultaram em sobras de 25 e 67 peças
respectivamente.
• Na contagem de Maio contabilizou
falta de 20 peças.

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Verifica-se que há alguma falha no processo, pois o ideal é que a acuracidade
(assertividade físico x sistema) seja 100% exata, possibilitando assim análises e
medidas corretivas para que a meta de 100% de acuracidade seja alcançada.

Quem não mede, não controla e quem não controla, não gerencia! O KPI é uma
ferramenta gerencial analítica que pode indicar diversos pontos de melhoria em um
processo, medir a evolução de diretrizes que estão dando certo ou errado, ou seja, pode
ser a bússola para tomadas de decisões e melhorias contínuas em qualquer organização
ou processo. Não há limites para a variação e número de indicadores que podem ser
produzidos, já que cada empresa possui um produto ou serviço específico, dentro de um
processo muito particular que varia com a região, legislação, setor, segmento, cultura
organizacional.

Como utilizar os KPIs na logística


Quando tratamos da aplicação de KPIs na logística, é comum que as empresas adotem
diferentes tipos de indicadores. Isso porque os objetivos de cada companhia são
particulares – logo, a forma de se avaliar e medir o desempenho dos respectivos
processos também é diferente. Para algumas empresas de logística, os indicadores de
tempo são considerados mais estratégicos, enquanto para outras, os custos ou a
qualidade são mais relevantes. Para entender um pouco mais sobre a utilização dos KPIs
pelas empresas de logística e como eles podem beneficiar o desempenho dessas
companhias, continue acompanhando nosso post!

O que são KPIs


Os Indicadores Chave de Desempenho ou KPIs (do inglês, Key Performance Indicator)
servem para medir e avaliar o desempenho de processos considerados mais
importantes por uma empresa. Por meio desses indicadores, uma companhia pode medir
como seus processos são executados e se são hábeis para gerar resultados, de acordo
com seus objetivos.

Os KPIs exercem um papel importante no dia a dia das empresas, especialmente


considerando as ações dos gestores – que podem ser mais assertivos, direcionando suas
equipes para os objetivos maiores da companhia. Além dos processos internos, os KPIs
podem ser utilizados para avaliação de processos externos, que incluem parceiros e uma
cadeia de suprimentos, por exemplo.

Com o acompanhamento desses indicadores, uma empresa consegue avaliar sua


performance em um determinado espaço de tempo e pode também se autoavaliar de
acordo com o seu desempenho nesse período.

Tipos de KPIs
Alguns dos KPIs mais utilizados pelas empresas são o “Time to Market”, que mede e
avalia o tempo de lançamento de um produto, desde o desenvolvimento do conceito até
a disposição para venda; e o “Lead Time”, que mede e avalia a duração de um
determinado processo. Outros relevantes são: | 14

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• OTIF: Sigla em inglês de “On time in Full”, ou traduzindo, “no tempo e
completo”. Esse KPI é utilizado para a distribuição de produtos e/ou
gerenciamento de fornecedores.
• Stock Out: KPI utilizado para determinar o número de vezes ou dias em que
determinado item do estoque chega ao saldo zero.
• Market Share: Mede a fatia de mercado que um determinado produto atinge em
um período.
• Produtividade Homem/Hora: KPI de produtividade que avalia o número de
unidades produzidas por cada funcionário.
• Ociosidade: KPI que mede o percentual de tempo que uma máquina, equipe ou
planta que ficam parados.
• Giro de Estoque: KPI que avalia o consumo e o saldo médio de estoque.

Esses KPIs, no entanto, não são os únicos. Portanto, nada impede que novos sejam
criados de acordo com as necessidades e objetivos de empresa. Atualmente, com uma
simples planilha de Excel, é possível estabelecer KPIs específicos, que podem
aprimorar a atividade de logística.

Com a alta competitividade de alguns setores – como é o caso da logística -, grandes


empresas vêm se empenhando em desenvolver KPIs para cada parte específica do
processo de produção, permitindo que a avaliação seja feita com mais objetividade e
melhorando ainda mais o desempenho dessas companhias.

O que é a missão de um negócio?

Você com certeza já entrou em uma empresa e


avistou um quadro ou uma placa com uma
frase com o seguinte título: Nossa missão.

A missão é a razão de existir de uma empresa.


Quando bem elaborada, permite ao
empreendedor definir a natureza e a direção fundamental do negócio, além de definir a
importância dada aos clientes.

Ela torna mais clara a compreensão do tipo de negócio no qual o empreendimento irá
operar. Por isso, é importante definir as responsabilidades que o empreendimento
assume perante as pessoas e instituições com quem irá interagir.

“Uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que faz, ela se define
pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é razão de existir da
organização e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa.”
Peter Drucker

Ao definir sua missão, a organização se coloca diante do mercado, dos clientes,


colaboradores e fornecedores, bem como da sociedade. Com isso, todos os envolvidos
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devem se guiar pela missão
determinada pela empresa,
buscando alcançar resultados
almejados em curto, médio e longo
prazo.

Normalmente, os fundadores
definem a missão da organização.
Quando o negócio é criado, é
necessário estabelecer os objetivos
sociais, humanos e financeiros da
empresa. Por isso, a visão e os valores da instituição devem ser elaborados junto com a
missão.

Algumas perguntas são necessárias para definir a missão da empresa, são elas:

Por que seu negócio existe?


O que ele faz?
Qual é a sua função no mercado?
O que o diferencia dos demais?
Como pretende se posicionar no mercado?

Segue abaixo missões extraídas pelo Sebrae de algumas renomadas empresas.

Gostaria de saber a opinião de vocês sobre as mesmas:

"Servir alimentos de qualidade, com rapidez e simpatia, num ambiente limpo e


agradável." McDonald's

“Atender e superar as expectativas dos nossos clientes e parceiros, fornecendo produtos


seguros e com qualidade diferenciada, através de modernas tecnologias e elevada
qualificação das pessoas, atuando com responsabilidade social e ambiental e gerando
valor para nossos clientes, parceiros, empregados, acionistas e para a sociedade.” Seara

“Somos uma família global e diversificada, com um legado histórico do qual nos
orgulhamos e estamos verdadeiramente comprometidos em oferecer produtos e serviços
excepcionais, que melhorem a vida das pessoas.” Ford

“Fabricar produtos de altíssima qualidade, preservando seu sabor com sofisticação e


originalidade.” Kopenhagem

Neste caso, missão dada é missão cumprida?

Análise SWOT
Também conhecida como análise FOFA ou matriz SWOT, é uma análise pautada no
equilíbrio entre o ambiente interno de uma empresa – Forças (Strenghts) e Fraquezas
(Weaknesses) – e o ambiente externo – Oportunidades (Opportunities) e Ameaças
(Threats). Por isso a sigla SWOT.
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Foi desenvolvida na década de 60 na Universidade de Stanford e, rapidamente, se
transformou num exercício/método utilizado por todas as principais empresas do mundo
na formulação de suas estratégias

A análise SWOT e a análise SWOT cruzada.


O termo SWOT é um acrônimo das palavras strengths,
weaknesses, opportunities e threats, que significam:
força, fraquezas, oportunidades e ameaças, no Brasil
costumamos usar a expressão FOFA (forças,
fraquezas,oportunidades e ameaças). Kenneth Andrews
e Roland Christensen foram os desenvolvedores dessa
matriz tão utilizada mundialmente, auxiliando o
planejamento estratégico empresarial de diversos
profissionais e empresas no mundo inteiro.

A estrutura da análise SWOT constitui-se de:

• Strengths (forças) – vantagens internas da empresa em relação às concorrentes. Ex.:


qualidade do produto oferecido, bom serviço prestado ao cliente, solidez financeira, etc.

• Weaknesses (fraquezas) – desvantagens internas da empresa em relação às


concorrentes. Ex.: altos custos de produção, má imagem, instalações desadequadas,
marca fraca, etc.;

• Opportunities (oportunidades) – aspectos externos positivos que podem potenciar a


vantagem competitiva da empresa. Ex.: mudanças nos gostos dos clientes, falência de
empresa concorrente, etc.;

• Threats (ameaças) – aspectos externos negativos que podem por em risco a vantagem
competitiva da empresa. Ex.: novos competidores, perda de trabalhadores fundamentais,
etc.

A análise SWOT cruzada consiste em cruzar as informações dos quatro quadrantes, de


forma a obter uma moldura que permita delinear estratégias importantes para o futuro
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da empresa/instituição.

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Para a análise SWOT Cruzada é preciso primeiro fazer uma análise clara do ambiente,
ou seja, pesquisar profundamente as forças e fraquezas e saber identificar as
oportunidades e ameaças. Para cada cruzamento é importante saber criar
objetivos/estratégias:

• Pontos fortes x Oportunidades = estratégia ofensiva / desenvolvimento das vantagens


competitivas.
• Pontos fortes x Ameaças = estratégia de confronto para modificação do ambiente a
favor da empresa.
• Pontos fracos x Oportunidades = estratégia de reforço para poder aproveitar melhor as
oportunidades.
• Pontos fracos x Ameaças = estratégia defensiva com possíveis modificações profundas
para proteger a empresa

E como usar a análise SWOT na LOGÍSTICA? Haverá uma infinidade de


possibilidades!!!

• Análise SWOT em um processo de transporte de cargas;

• Análise SWOT em um processo de planejamento de produção;

• Análise SWOT em um processo de agendamento e abastecimento do varejo;

• Análise SWOT no processo intermo do seu departamento, afim de aperfeiçoá-lo;

• Análise SWOT em um processo de compras, compreendendo o cenário interno e sua


relação com os agentes externos;

“A análise SWOT pode ser usada de diversas formas, como análise pessoal,
profissional, para uma determinada situação, em uma empresa, para análise de um
ambiente externo, interno, inclusive pode ser utilizado para sua vida pessoal: levante
suas fraquezas e use-as como oportunidades de crescimento, por exemplo minha
fraqueza é não falar inglês fluente, logo a oportunidade é aprender (realizando um
curso), avalie as ameaças internas e externas e intensifique suas forças, por exemplo
possuo boa comunicação, as ameaças são os profissionais que se comunicam bem
também, logo aperfeiçoe esta força para que as ameaças externas se enfraqueçam. Esta
poderosa ferramenta pode ajudar em diversas situações, basta aplica-la de forma
correta.”

Princípios do controle de estoque


O controle de estoque é o procedimento adotado pelas empresas para registrar, fiscalizar
e gerir a entrada e saída de matérias-primas, mercadorias produzidas e/ou vendidas. Pois
tão importante quanto ter um estoque é saber gerenciar o mesmo. Segundo Borges (et
al, 2010) um dos principais motivos para se ter um bom planejamento e controle de
estoques é o grande impacto financeiro que é possível alcançar através do aumento da
eficácia e eficiência das operações da Organização.

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O controle de estoque é aplicável a todos os itens, de matérias-primas até produtos
acabados. Abrange estoque em todas as fases do processo, da produção, compra até a
entrega do produto acabado ou venda na loja. Visto que esse processo é um fator
preponderante para o sucesso ou fracasso de uma empresa, é de extrema importância ter
profissionais capacitados e sistemas que auxiliem no controle de estoques.
A organização do estoque evita acúmulo ou
falta de produtos, além de ajudar a controlar
as finanças e o espaço físico da empresa,
porém muitas empresas têm dificuldades em
realizar o controle do estoque de forma
profissional. Pois quando a
organização começa a perder clientes,
produtos e claro, dinheiro, pode ser o
momento de reorganizar o sistema, o
inventário, e procurar meios alternativos e mais eficazes de controlar o estoque. Um
bom controle significa que a empresa tem os produtos certos, na quantidade certa, na
hora exata e alocados de forma correta. A grande dificuldade do controle está ligada à
falta de conhecimento dos gestores de como realizar o planejamento dos produtos em
estoque.
Para se organizar um estoque, primeiramente devemos descrever algumas
determinações e conhecer os princípios para um eficaz controle de estoque, confira
abaixo:
Determinar o que deve permanecer em estoque. Número de itens;
A definição da quantidade de produtos ou do número de itens a serem estocados
depende principalmente da análise da demanda. Não vale de nada estocar uma grande
quantidade de itens no qual a demanda seja baixa, da mesma forma que é preciso
garantir o fornecimento das mercadorias que são mais comercializadas. Portanto, é
importante analisar o histórico das vendas, e estimar quanto será vendido de cada
produto. Outra questão a ser analisada é o tempo para que a mercadoria seja entregue
pelo fornecedor e o prazo em que costumam ser vendidas, evitando atrasos nas entregas.
Determinar quando se deve reabastecer o estoque. Prioridade;
As reposições dos diferentes produtos podem ser periódicas ou contínuas. A reposição
periódica consiste em pedidos que são recebidos num tempo determinado, mas há
o risco de faltar algum produto caso os hábitos de consumo se alterem ou ocorra
aumento nas vendas. A reposição contínua mantém baixo o nível de estoque, realizando
pedidos com maior frequência, o que diminui os gastos com armazenagem, dessa forma
é adotada normalmente para produtos de maior valor agregado e os pedidos são
realizados quando o estoque estiver acabando.
Determinar a quantidade de estoque que será necessário para um período pré-
determinado;
A sazonalidade e a incerteza do mercado são umas das principais razões para a
existência do estoque, principalmente o estoque de segurança, portanto é nesse | 19

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momento que o eficaz controle de estoque mostra ainda mais o seu valor, de posse de
todas as informações apuradas durante todo o ano, poderá se prever a demanda em
certas épocas, mesmo que não sejam exatas, porém, mais próximo possível do acerto.
Determinar um responsável
O ideal é que seja definido um único funcionário responsável pelo controle do estoque,
ou dois funcionários alinhados, para que não se perca o controle das mercadorias
armazenadas. É substancial, também, que os responsáveis estejam preparados para
prever a necessidade de cada produto. Para isso, é fundamental investir em cursos e
material de treinamento.
Deve-se também seguir alguns princípios, tais como:
• Identificar e retirar do estoque os itens danificados.
• O controle da entrada e saída de materiais deve ser totalmente rigoroso, portanto
é essencial uma elaboração de procedimentos eficazes para tal fim, e deve-se
constituir em uma obrigatoriedade a ser cobrada;
• Controlar o estoque em termos de quantidade e valor e fornecer informações
sobre sua posição;
• Todas as movimentações (Entradas e Saídas) devem ser registradas em um
sistema informatizado, ou no mínimo em fichas;
• Toda e qualquer saída do estoque, seja ela transferência, venda, doação, troca,
dentre outros, deve sempre está acompanhada de sua respectiva nota fiscal ou de
uma requisição de saída;
• Adotar sistemas de inventários, por exemplo, Cíclicos, rotativos e inventários
gerais, dependendo do tamanho do estoque e da movimentação poderá ser
adotado mais de um modelo de inventário;
• Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as
necessidades;
O estoque é fundamental para que o processo de produção/venda da empresa atue com
um mínimo de desníveis. Dessa forma o controle de estoque acompanha e controla o
nível de estoque e o investimento financeiro envolvido.

Estoque (Conceitos, Classificação, dentre outros)


Geralmente, os estoques significam um dos investimentos mais elevados nas contas que
compõem a estrutura de capital de giro nas empresas simplificadas. Essas contas são
representadas pelas aplicações em caixa, contas a receber e estoques. Por conta desse
alto de investimento, o item estoque tem grande substancialidade no contexto da
empresa. Portanto, quando o empresário for realizar compras para suprir as
necessidades de sua empresa, deve analisar, para evitar que o entusiasmo do presente se
transforme em problemas para o futuro.

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Atualmente, uma das grandes dificuldades encontradas pelas empresas, consiste
em melhor precisão dos seus índices de demanda. As incertezas relacionadas ao
mercado e o processo produtivo das organizações são inerentes ao contexto apresentado,
trazendo consigo características peculiares a cada caso. Por isso, Wanke (1999) afirma
que no mundo real a taxa de consumo de produtos não é totalmente previsível, podendo
variar consideravelmente em torno da média. Wanke (1999) ainda ressalta que, assim
como o mercado, fatores internos também podem gerar variações significantes, tais
como no lead time de ressuprimento, podendo ocasionar atrasos na entrega de produtos.
Dessa forma, as empresas baseiam-se em estoques para atender as variações como tais
supracitadas.
Mas afinal, o que é estoque?
Segundo Chiavenato (2005), estoque é a composição de materiais (matérias-primas,
materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados, produtos
acabados), que em determinado momento não é utilizado na empresa, mas que será
utilizado futuramente.
Moreira (2004), por sua vez, define como sendo quaisquer quantidades de bens físicos
conservados de forma improdutiva por determinado intervalo de tempo, tanto de
produtos acabados, como de matérias-primas ou produtos intermediários.
Citamos ainda, Slack, Chambers e Johnston (2001), estoques referem-se à acumulação
de recursos materiais em um sistema de transformação.
Desta forma, em um mercado bastante imprevisível o estoque possui grande relevância
na vitalidade das empresas, pois com a implementação dos mesmos, a empresa poderá
atender novos clientes de forma mais ágil e mesmo que o seu fornecedor venha a
“falhar” no suprimento, a organização pode ter um tempo maior para elaboração de
estratégias, caso exista um estoque de segurança. Mais abaixo veremos sobre a
importância e funções dos estoques, tipos de estoques e etc.
Função do estoque
Apesar de não ser uma função atrativa ao processo empresarial, pois trata-se de um
processo que acaba não agregando valor direto ao negócio da empresa, o estoque
desempenha uma função essencial, visto que desenvolvem diferentes papéis
dependendo dos objetivos a serem alcançados, funcionam como reguladores do
abastecimento de produtos ao mercado, impulsionadores para as vendas ou até mesmo
como diferenciadores perante os concorrentes, pois, em muitas vezes, os clientes
desejam os produtos no mesmo momento da compra, não estando disposto a esperar
pela entrega.
Martins e Alt (2004) Citam que os estoques têm a função de reguladores do fluxo de
negócios. Dessa forma, torna-se imprescindível que a empresa tenha bem definida sua
política de estoques, ou seja, os princípios pelos quais o abastecimento e a saída de
produtos, sejam acabados ou não, seguem.

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Por isso, a empresa necessita desenvolver estratégias gerenciais eficazes para o estoque,
pois em muitos momentos, o mesmo pode ser o diferencial entre o sucesso e fracasso
empresarial, possibilitando o atingimento ou não dos objetivos empresariais.
Vantagens e Desvantagem
Os fatores mais relevantes que levam as organizações a constituir estoques são:
• Podem-se constituir estoques com uma finalidade especulativa, comprando-se os
mesmos a baixos preços para os vender a preços altos;
• Para assegurar o consumo regular de um produto em caso de a sua produção ser
irregular;
• Geralmente, na compra de grandes quantidades beneficia-se de uma redução do
preço unitário;
• Não sendo prático o transporte de produtos em pequenas quantidades, opta-se
por encher os veículos de transporte no intuito de economizar nos custos de
transporte;
• A existência de estoque pode-se justificar apenas pela legítima preocupação em
fazer face às variações de consumo;
• Para prevenção contra atrasos nas entregas, provocados por avarias durante a
produção, greves laborais, problemas no transporte, etc;
• Armazenamento de produtos, se a produção for superior ao consumo, em alturas
de crise poderá contribuir para evitar tensões sociais;
• Beneficia-se da existência de estoques, quando este evita o incômodo de se fazer
entregas ou compras muito frequentes.
Os principais inconvenientes na constituição de estoques são:
• Fragilidade de certos produtos, que não possuem condições de serem mantidos
estocados ou poderão ser mantidos em períodos muito curtos;
• Custo de posse traduzido no fato de existir material não vendido que vai acabar
por imobilizar capital sem acrescentar valor;
• A ruptura apresenta-se como um enorme inconveniente, visto que a ocorrência
desta irá provocar vendas perdidas e em casos extremos poderá levar à perda de
clientes.
Gestão de Estoques
Pode ser para ter uma reserva de produtos ou matérias-primas, pode ser pela incerteza
do volume de mercadorias que será demandado pelo consumidor ou mesmo por
demandas sazonais, o controle de estoque é afortunado em detalhes que é considerado
um ramo da Administração.

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Na gestão de estoques devem ser considerados todos os custos incorridos de qualquer
decisão ou metodologia que venha a ser empregada na organização. O dinamismo do
mercado, sobretudo, influencia diretamente nesses meios apresentados.
No Brasil os estudos modernos de gerenciamento de estoque só deram inicio na década
de 50 e até hoje os resultados são satisfatórios. Neste sentido, Viana (2000) diz que “em
qualquer empresa, os estoques representam componentes extremamente significativos,
seja sob aspectos econômicos financeiros ou operacionais críticos”.
Bowersox et al (2006), dizem que o gerenciamento de estoque é o processo integrado
pelo qual são obedecidas às políticas da empresa com relação aos estoques. A
abordagem usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos para a
distribuição. Portanto, gestão e controle de estoque é o procedimento que
contempla desde a escolha do tipo de estoque que a empresa vai trabalhar e o sistema de
organizá-lo até mesmo o inventário que deve ser feito periodicamente.
Em um mercado bastante competitivo como nos dias atuais, as gestões de estoques que
conseguem atender as necessidades da empresa sem comprometer recursos
desnecessariamente é um desafio que muito provavelmente significará um diferencial de
atendimento frente aos concorrentes.
Freitas (2008) considera a gestão de estoque uma das atividades chave para a
administração da empresa, pois ela está relacionada com a eficiência das empresas em
gerirem seus processos.
Sendo assim, gerenciar estoques significa tomar decisões em um âmbito mais geral da
empresa, envolvendo departamentos de compras, produção, vendas e financeiros. De
acordo com Dias (1993), é preciso integrar e controlar quantidades e valores de todas as
atividades envolvidas, prevalecendo-se sobre a preocupação única a respeito de vendas
e compras. Aumentar a eficiência da utilização de recursos internos equivale à
economia de custos, menores desperdícios e maior eficiência do processo como um
todo.
Tipos de Estoques
Existem diversas classificações dos estoques. De acordo com a natureza dos produtos
fabricados, das atividades da empresa, os estoques recebem diferentes classificações
(Filho, 2006, p. 62). Pois o desequilíbrio entre as taxas de fornecimento e de demanda
levam a diferentes
tipos de estoque.
Abaixo, apresentamos alguns que podem ser considerados como as descrições mais
costumeiras, vejam:
Estoque Mínimo: Quantidade determinada previamente para que ocorra o acionamento
da solicitação do pedido de compra. Às vezes é confundido com “Estoque de
Segurança”. Também denominado “Ponto de Ressuprimento”;
Estoque Médio: Metade do lote médio de compra ou fabricação, adicionado ao estoque
de segurança;
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Estoque de matéria-prima e materiais auxiliares: Nestes estoques encontramos
materiais secundários, como componentes que irão integrar o produto final. São
usualmente compostos por materiais brutos destinados à transformação (Filho, 2006, p.
62). (Usualmente para fábricas).
Estoque operacional: É um tipo de estoque destinado a evitar possíveis interrupções na
produção por defeito ou quebra de algum equipamento. É constituído por lubrificantes
ou quaisquer materiais destinados a manutenção, substituição ou reparos tais como
componentes ou peças sobressalentes (Filho, 2006, p. 63).
Estoque de produtos acabados ou Estoques de mercadorias: São formados por
materiais ou produtos em condições de serem vendidos (Filho, 2006, p. 63).
Estoque Máximo: Refere-se à quantidade determinada previamente para que ocorra o
acionamento da parada de novos pedidos, por motivos de espaço ou financeiro;
Estoque em Trânsito: Tempo no qual as mercadorias permanecem nos veículos de
transporte durante sua entrega;
Estoque Inativo: Estoque de produtos obsoletos ou que não tiveram saída em
determinado período (que pode variar de acordo com a determinação do gestor).
Estoque de segurança ou mínimo: São as quantidades guardadas para garantir o
andamento do processo produtivo caso ocorram aumento na demanda do item por parte
do processo ou atraso no abastecimento futuro (Cabral, 1998, p. 265).
Estoque Pulmão: Quantidade determinada previamente e de forma estratégica;
Estoque Sazonal: Quantidade determinada previamente para se antecipar a uma
demanda maior que é prevista de ocorrer no futuro, fazendo com que a produção ou
consumo não sejam prejudicados e tenham uma regularidade.
A caracterização dos diversos modelos de estoque torna-se relevante à medida que, para
cada aspecto apresentado, existem diversas metodologias que explicitam formas em que
o gestor pode tratar cada um.
A escolha do tipo de estoque ou dos tipos de estoques que a organização irá adotar,
também é um quesito primordial para a sobrevivência da empresa, pois com
o(s) modelo(s) certo(s) se tornará mais viável a gestão e a elaboração de estratégias
quanto a qualquer empecilho de atendimento a demanda.

Gestão de Estoques – Qual a sua importância para as


Organizações?

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A área de Estoques nos
diversos segmentos das
organizações e em muitas delas
não recebe a devida atenção por
parte dos gestores. Então
podemos perguntar, qual a
importância para as
organizações da Gestão dos
Estoques? Às vezes sem a
devida percepção dos mesmos são áreas que com certeza podem prejudicar e muito a
competitividade da empresa, pois afeta diretamente a sua produtividade e
consequentemente a sua lucratividade.

Diante desse cenário o poder de competitividade também desaba e isso se torna


catastrófico para o negócio. Os estoques sem dar a devida importância, podem se tornar
drenos muitas vezes imperceptíveis, trazendo sérios prejuízos do fluxo de caixa e como
consequência problemas nos resultados do exercício. E a Manutenção é uma das áreas
onde a falta ou má Gestão de Estoques podem trazer sérios prejuízos para os setores
produtivos da empresa.

Gestão de Estoque
Diante do exposto acima podemos afirmar que a Gestão de Estoque é fundamental para
gerenciar dois tipos de estoques, os de “recursos ociosos” e os de “recursos não
ociosos” e que ambos possuem valor econômico e que são destinados ao atendimento
das necessidades futuras ou imediatas de materiais numa organização.

Porém na falta desses recursos inevitavelmente acontecerá a paralisação de fabricação, a


descontinuidade das operações ou de serviços, além de outros custos adicionais que só
trazem prejuízos financeiros para a empresa.

No caso dos “recursos ociosos”, são investimentos em materiais de estoque


principalmente para a área de manutenção e áreas administrativas que não trazem para a
organização aplicações diretas que produzam lucros, diferentemente dos “recursos não
ociosos” que estão ligados diretamente às áreas produtivas tais como insumos e
matérias primas.

Por que se preocupar com a Gestão de Estoques?


Com certeza os vários tipos de estoques são uma das maiores preocupações, não só dos
gestores dessas áreas, mas também de outros departamentos da organização devido ao
seu grau de importância e relevância no impacto das operações como um todo e
podemos citar os departamentos:

Financeiro
Devido à quantidade de recursos financeiros que os estoques demandam em recursos
financeiros que ficam “parados” e acabam conforme o tempo de ociosidade se
depreciando e também devido aos seus custos de armazenagem e de pessoal;

Comercial | 25

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Preocupação de uma possível falta de produto acabado por problemas ocasionados pela
falta de material de estoque da produção (matérias primas e insumos) podendo acarretar
em prejuízo no atendimento aos clientes;

Industrial
Preocupação com a possibilidade de suas linhas de produção ficar ociosas ou com baixa
produtividade devido a uma possível falta de matéria-prima e insumos para produzir ou
materiais de manutenção para corrigir eventuais problemas nas máquinas ou
equipamentos.

Tipos de Estoques
Acima tratamos das definições e finalidade dos estoques, agora vamos procurar
entender as diversas variáveis de materiais e como podemos fazer a classificação dos
itens, em categorias, tipos ou grupos de materiais de estoque.

As categorias podem variar entre uma e outra organização e talvez você leitor possa
discordar ou dar falta de alguma categoria, porém de um modo geral nas organizações
de manufatura e serviços vamos encontrar as seguintes categorias:

Estoque de matérias-primas (MPs);


Estoque de materiais em processo (produto semi-acabado);
Estoque de produto acabado;
Estoque de materiais auxiliares (administrativos);
Estoque de insumos (materiais para produção);
Estoque de materiais de manutenção.

Fonte: Manutenção em Foco


Gestão de Estoques (Função, importância e princípios)
A gestão de estoques se refere à gestão dos recursos materiais que podem ajudar a
organização a gerar receita no futuro, pois visa garantir a máxima disponibilidade de um
produto com o menor estoque possível.

Apesar de que muitas pessoas pensam que o


controle de estoque se limita apenas ao controle de
entradas e saídas das mercadorias, na verdade, ele
ocupa um lugar muito mais estratégico na empresa,
uma vez que compõe o chamado capital de giro.
Para que a gestão de estoque seja eficiente, a
empresa deve fazer um bom planejamento da demanda, monitorar cuidadosamente o
inventário e garantir a qualidade do seu armazém.
Segundo Martins e Alt (quinta tiragem, 2003) a gestão de estoques constitui em ações
que permitem o administrador analisar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem
localizados, bem manuseados e controlados. A gestão de estoque busca garantir a
máxima disponibilidade de produto, com o menor de estoque possível. A gestão de
estoques entende que quantidade de estoque parada é capital parado. Ou seja, não esta
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tendo nenhum retorno do investimento efetuado e, por outro lado, este capital investido
poderia estar suprindo a urgência de outro segmento da empresa, motivo pelo qual o
gerenciamento deve projetar níveis adequados, objetivando manter o equilíbrio entre
estoque e consumo. Os níveis devem ser atualizados periodicamente para evitar
problemas provocados pelo crescimento do consumo ou vendas e alterações dos tempos
de reposição.
Para fazer o gerenciamento de estoque é preciso que existam profissionais capacitados a
isso. De acordo com o segmento da empresa, pode ser mais ou menos complexo realizar
a gestão de estoque, o que vai depender dos tipos de estoques, número de itens
comercializados e das matérias-primas empregadas, quando for o caso.
Na gestão de estoques devem ser considerados todos os custos incorridos de qualquer
decisão ou metodologia que venha a ser empregada na organização. O dinamismo do
mercado, sobretudo, influencia diretamente nesses meios apresentados.
Uma má gestão no estoque pode acarretar em inúmeros prejuízos à empresa. Dentre eles
elevação do cancelamento de pedidos, parada de produção por falta de matérias, falta de
espaço para armazenamento, desgastes desnecessários em inventários, quantidades
maiores de estoque enquanto a produção permanece constante, e assim por diante.
Abaixo citamos mais impactos de uma má gestão de estoque:
• Periódicas e grandes dilatações dos prazos de entregas dos produtos acabados e
do tempo de reposição da matéria prima;
• Perder de vista os 20% dos produtos que representam 80% da sua venda;
• Quantidades maiores de estoque, enquanto a produção permanece constante;
• Perder o pico da sazonalidade;
• Elevação do número de cancelamento de pedidos;
• Obsolência;
• Não alimentar continuamente as lojas com itens básicos;
• Vencimento das mercadorias;
• Variação excessiva da quantidade a ser produzida;
• Parada de produção por falta de material;
• Falta de espaço para armazenamento;
• Baixa rotação dos estoques;
• Desgastes com inventários;
• Dentre outros impactos negativos que serão analisados de acordo com o tipo de
estoque e mercado da empresa ou indústria.
Importância da gestão de estoque
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A Gestão de Estoques tem reflexos diretos e significativos na eficiência operacional e
nas finanças da empresa.
Pelo fato de ser um dos ativos de maiores substancialidades quanto ao capital circulante
da empresa, já que pode ser liquidado a qualquer momento, o controle de estoque ou
gestão de estoque deve ser visto de maneira estratégica, integrando-se aos diversos
setores da empresa, já que impacta diretamente em muitas atividades — desde a
produção até o comercial e financeiro da empresa. A falta de um controle de estoque
adequado pode representar a perda de uma possibilidade de venda para as empresas,
desistências de pedidos, dentre outros prejuízos.
Nos dias atuais muitas empresas visam manter estoques mínimos para tentarem obter
vantagem competitiva no mercado. Com os baixos valores agregados aos estoques, elas
conseguem ter a oportunidade de investir o capital ao invés de deixá-lo ocioso em forma
de estoques, pois, estoque é capital parado.
Porém, somente manter o estoque mínimo não é o bastante para uma gestão de estoque
de qualidade, diversos fatores devem ser avaliados, por exemplo, a variação da
demanda, não cumprir os prazos por falta de matéria-prima devido à um atraso do
fornecedor, etc. Por esse motivo a gestão de estoque se faz cada vez mais importante,
pois com um ótimo controle de estoque a empresa/Indústria poderá reduzir a quantidade
de insumos e mercadorias a um nível ideal, sem excedentes, criando uma vantagem
competitiva para a empresa em relação aos recursos financeiros, que não precisam ser
comprometidos sem a devida necessidade. E por outro lado não correrá o risco de sofrer
com a falta de insumos e ou mercadoria acarretando assim que o seu cliente
busque outra empresa que possua o item desejado em seu estoque ou no caso de
indústria que o seu cliente opte por um concorrente que possa disponibilizar os seus
produtos mais breve.
Função da Gestão de Estoque
A gestão age como protetora do aumento dos preços, é também quem incentiva as
economias na produção e mais, é essa gestão que protege as empresas das incertezas na
demanda e no tempo de reabastecimento do estoque.
Segue principais funções:
• Determinar “o que” manter em estoque;
• Determinar quando reabastecer;
• Determinar quanto requisitar;
• Acionar o processo de reabastecimento;
• Receber, estocar e suprir os materiais conforme requerido pelos usuários;
• Realizar saneamento do estoque.
É fundamental gerir as tarefas do cotidiano, ou seja, o responsável dentro desta
organização fica encarregado de controlar as possíveis necessidades dos clientes, a
reposição do estoque e assim a saída de determinado produto. | 28

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Os princípios da gestão de estoques são:
Previsão da demanda:
Esta é uma habilidade especializada. Uma empresa deve ser capaz de prever demandas
de bens e produtos específicos em um momento específico do ano.
Monitoramento do sistema:
Um inventário deve ter um mecanismo de monitoramento da quantidade em estoque, a
todo momento.
Qualidade de armazém:
O armazém deve ser capaz de manter o estoque em boas condições. Materiais
desperdiçados geram perdas de oportunidades e receitas.
Para se obter um controle de estoque satisfatório, alguns hábitos devem se fazer
necessários dentro da organização, tais como:
• O primeiro passo é estabelece a realização do controle de estoque de uma forma
frequente e padronizada;
• Ter um registro de todos os seus produtos, sejam eles insumos ou bens de
consumo, definindo em sua ficha as características de cada produto, suas
unidades de medida, localização de cada um dentro da empresa, data e
quantidades de entrada e saída no estoque e seus respectivos custos de aquisição
e de venda;
• Pesquise ou elabore a melhor maneira de armazenagem desses produtos;
• Obtenha um bom layout de armazém para que facilite as operações e
movimentações dos produtos em estoque;
• Identificação e mapeamento do seu armazém;
• Utilize um bom sistema de gestão;
• Defina estoque mínimo e estoque máximo, pois tanto excesso quanto falta de
estoque podem apresentar problemas para a sua empresa;
• Realize inventários de forma frequente;
• Classifique seu estoque, dentre outras.
Como visto a gestão de estoque deve está ligado a diversos setores da organização,
só pelo fato de ser uma área fundamental, mais também que o estoque pode levar a
empresa ao sucesso ou ao fracasso, tudo isso vai depender de como a organização lida
com a sua gestão de estoque.

ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUE

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Administração e controle de estoque.

Na administração de estoque é fundamental


fazer controles diários com a finalidade de
entender a acuracidade do mesmo, pois é
isso que nos trará enormes benefícios na
missão final de atender ao cliente.
Estabelecer a quantidade de produtos de
cada SKU fisicamente e verificar se condiz com o que está lançado no sistema é
primordial. Arrumar, ordenar, aplicar programas como 5S é um diferencial.

Mas e conforme minha experiência, entendo que é fundamental ter perseverança no


controle diário.

Aqui listei alguns erros comuns que podem te ajudar!!

13 principais erros de controle de estoque que sua empresa não pode cometer:

1.Não ter produtos ou ter produtos em excesso no estoque.


2. Não realizar o controle de produtos expostos nas prateleiras diariamente.
3. Não saber qual é o período médio de estoque,
Ele indica quantos dias, em média, um item permanece em estoque.
4. Não conhecer o seu estoque mínimo,
Abaixo desse número a empresa pode sofrer perda de vendas por falta de mercadoria.
5. Não saber o ponto de compra,
Estabelece em que momento a compra precisa ser feita para não haver falta nem excesso
de estoque.
6. Não buscar conhecimento em pesquisas de mercado (benchmarks),
Através delas é possível entender como as empresas do mesmo ramo gerem seus
estoques.
7. Não saber estimular o consumidor a comprar mercadorias que estão paradas no
estoque.
8. Não realizar controles rígidos de mercadorias,
Controlar as entradas e saídas de mercadorias, incluindo quantidade, unidade de venda,
data, fornecedor/cliente, valor.
9. Não saber calcular o valor do seu estoque,
Calcular o valor de suas mercadorias em estoque é fundamental para a tomada de
decisão de política de compra e venda e até de novos investimentos.
10. Não utilizar softwares especialistas em gestão de estoque,
11. Não utilizar estratégias de estoque diferentes conforme o ponto de venda de cada
produto.
12. Não realizar o correto planejamento de capital de giro e espaço de armazenagem em
itens sazonais.
13. Não realizar parceria com fornecedores chave de negócio.
Em alguns momentos somente uma mudança de relacionamento já é suficiente para
reduzir diversos custos logísticos.
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Gerenciamento de estoque
O WMS – Warehouse Management System significa Sistema de Gerenciamento de
Armazém.

Este tipo de software assume o total


controle do armazém desde a
chegada do material, passando pelo
armazenamento até o fim do seu
ciclo dentro do armazém no setor de
expedição. Digamos que podemos
administrar nosso estoque desde a
chegada dos materiais (recebimento), passando por endereçamento de paletes,
estocagem dos mesmos, controle de quantitativo, ordenar nossa sequencia de preparação
de peidos (picking), conferencia de pedidos preparados e posteriormente, enviar para a
área de expedição.
Tenho visto nas minhas consultorias e visitas a empresas, que varias delas ainda não
utilizam este tipo de software, o que, sem sombra de duvidas, acarreta maiores
problemas nas operações de logística e fundamentalmente a perda do controle da
operação e obviamente, o atendimento ao cliente (% S.L.A estabelecido) é difícil de
atender.
Também percebo que varias empresas, trabalham com planilhas de excel para manter
algum tipo de controle e com isto, evidentemente acabam perdendo o controle total das
mesmas.
Digamos que uma empresa que ainda não utiliza um Sistema de gerenciamento de
armazém terá ou tem maiores problemas que aquelas que já o possuem.
A falta desta ferramenta desorganiza nosso P.D.C. A e não conseguimos estabelecer
metas claras e possíveis.
Um WMS tem como objetivos principais reduzir o tempo de todos os movimentos do
armazém, estabelecer a Ordem, planejar os recursos, evitar perdas de lotes de materiais,
eliminar o ruído de comunicação, reduzir o custo operacional e dar ao cliente final
maior confiabilidade.
Isto tem a ver como a disponibilidade e rapidez que o WMSM se comunica com as
áreas de : ERP/EDI/CLIENTES/ROTEIRIZADR/TMS/SITES/SEFAZ/EMISSAO DE
NF.

Como administrar um estoque?


Lucro é a diferença entre vendas (faturamento) e gastos (despesas, custos). Isso significa
que redução de gastos também traz aumento no lucro, e não só apenas vender mais.
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Melhorar a lucratividade com aumento de vendas exige maior gasto de compras de
materiais, de fabricação, de embalagens e de estocagem. Melhorar a lucratividade por
meio do estoque não exige nada disso; basta uma BOA administração dele.

Por isso os prisionais de Logística, vivemos


constantemente o desafio de “reduzir” o
dinheiro “parado” no armazém, e isso se faz
evitando que aja mercadorias de mais ou de
menos. Atenção a perda de validades dos
produtos.
Em resumo: menor quantidade estocada e por menor tempo gera redução de gastos em
armazenagem e movimentação de matérias.
Podemos imaginar que o estoque é nada mais que um banco de valores, onde seu
patrimônio está em produtos e não em moeda. Se você parar para pensar, talvez sua
empresa tenha mais “dinheiro” em mercadorias no estoque do que na conta corrente no
banco.
Princípios básicos de controle de Estoque:
Recebimento de matérias: A conferencia dos produtos recebidos é de soma
importância, pois essas quantidades saram lançadas no sistema de gestão.
Profissional de Logística se faz necessário conferir qualidade, quantidade e
especificações dos produtos que estamos recebendo, inclusive a verificação junto à nota
fiscal do fornecedor.
Inventários Periódicos: A realização de inventários periódicos é fundamental para
ajustar saldos em estoque. Ocorre que às vezes e por diferentes razoes, temos
divergências entre as informações sistêmicas e os produtos físicos. Isso deve estar
sempre ajustado.
Indicadores de Desempenho: uma das melhores formas de administrar um estoque é
criar indicadores de desempenho e dentre eles, fazer a curva ABC e giro de estoque é
fundamental, pois terá uma visão exata de como realmente está seu estoque.
Implantar Sistemas Informatizados: É claro que no mundo tecnológico que estamos
vivendo é absolutamente necessária a implantação de sistemas de controle de estoque
(WMS), o que fará que tenha maior controle do estoque, menores perdas de materiais e
maior eficácia nas operações.

CONTROLE DE ESTOQUE
Nesse momento a tecnologia se transformou em um grande aliado para que o mercado
logístico tivesse vantagem competitiva e uma resposta mais rápida em todos os quesitos
necessários para um controle de estoque adequado. Desde o aprimoramento da
tecnologia, a respeito da produção de redes de internet, controle e transporte, tentando
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com isso colocar algumas formas e novas tendências, para um mercado que se torna mais
importante aliada a um quesito cada vez inovador que é a tecnologia.

Como a tecnologia pode ajudar no controle de estoque?

Tanto para a previsão de demanda


quanto para o controle dos níveis de
estoques existem modelos
matemáticos que são utilizados para
automatizar este processo. Diversos
softwares fazem isso
automaticamente, ajudando as
empresas a ganhar tempo, obter resultados melhores, e claro, aumentar seu lucro.

Outra forma de apoio da tecnologia em todo esse processo acontece por meio do
chamado VMI (Vendor-Managed Inventory – ou Estoque Controlado pelo Vendedor).
Nessa situação, o fornecedor é responsável pelo controle de estoques dos seus clientes –
é o vendedor que decide quanto e quando entregar. Todos saem ganhando, pois o
vendedor só depende dele para que seu produto esteja sempre disponível nos clientes e
estes não precisam mais se preocupar em gastar tempo no controle de estoques e pedidos
de compra. Novamente, sem esse tipo de tecnologia seria praticamente impossível
gerenciar tal sistema.

A realidade é que Tecnologia da informação deve estar presente em toda a cadeia de


suprimento de matérias, desde a compra do produto, o recebimento e controle de
quantidade e obviamente estoque, separação. expedição , entrega e devoluções de pedidos
ou entregas insucedidas, ainda na área de logística Reversa.

SISTEMA DE ENDEREÇAMENTO DO DEPÓSITO! QUAL


É O SEU?

Para visitar um amigo, caso você


não saiba onde ele more,
naturalmente você pedirá o
endereço e alguns pontos de
referência para facilitar a
localização.

Caso possua um GPS, basta pedir o Código do Endereçamento Postal (CEP) da casa
para chegar de forma rápida e segura até a rua onde ele mora. Assim também como
ocorre com o carteiro para localizar o imóvel (residencial ou comercial) para entregar a
encomenda.

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Agora imagine só, se não existissem os endereços e o CEP?!! Como achar uma casa em
uma cidade? Esta cidade com 1 ou 2 ou 5 ou 10 ou 20 milhões de habitantes!!!??

Pense como seria difícil nossa vida…

Adotando a mesma linha de raciocínio, ao trabalhar com estoque, você precisará


guardar a mercadoria, além disso, deverá movimentá-la para melhor ocupação do
espaço, contá-la durante um inventário, retirá-la para carregar um veículo e por ai vai.
Mas ai te pergunto, como você saberá onde estará com espaço vago? Como você saberá
onde está a mercadoria para contá-la ou movimentá-la?

Para realizar o controle de estoque é necessário que o depósito, almoxarifado ou


armazém possua um sistema de endereçamento de depósito para localização das
mercadorias. Pois as dificuldades serão as mesmas de uma cidade, claro que em
proporções bem menores.

Pensando nisso, existem quatro tipos de sistemas de endereçamento conhecidos no


mercado, são eles:

Sistema de endereçamento de depósito por memórias: trata-se do sistema mais simples.


O estoquista tem que decorar onde é que estão todos os produtos. Simples assim!
Quando alguém solicita algo, ele já sabe de cabeça onde está e ainda sabe se tem saldo
disponível. Esse é o cara!! Este tipo de sistema geralmente é aplicado a pequenos
estoques, ou seja, locais onde o mix e o volume sejam baixos e com uma pessoa sob
supervisão. A grande desvantagem deste sistema é o tal do “SE”. SE o funcionário
esquecer, SE o funcionário não for trabalhar, SE o funcionário sair de férias, SE, SE e
SE…

Sistema de endereçamento de depósito fixo: trata-se da localização padrão para um


produto no estoque. Independente se há saldo ou não do produto, o seu espaço está
reservado. Sempre que o fornecedor entregar a mercadoria, esta será sempre
armazenada no mesmo local. A grande desvantagem deste sistema está relacionado à
capacidade de armazenagem contra a quantidade estocada, pois se zerar o estoque, o
espaço ficará vazio e sem como utilizá-lo. Caso a comprar acima do normal, | 34

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


ultrapassará a capacidade. Trata-se da velha discussão sobre a gangorra! Hora encima,
hora embaixo!

Sistema de endereçamento de depósito rotativo: neste caso, nenhum produto tem espaço
cativo no depósito. Se possui saldo de estoque, então estará em algum endereço. Caso
contrário, não ocupará espaço algum. A grande desvantagem deste sistema está na
atualização constante do endereço do produto. Para isso, pode recorrer a soluções em
sistemas informatizados (software) para controlar o estoque, pois torna-se
completamente difícil memorizar a posição atual do produto no estoque.

Sistema de endereçamento de depósito misto: compreende a junção dos sistemas de


endereçamento fixo e rotativo. O produto poderá, simultaneamente, possuir um espaço
fixo e, de acordo com volume estocado, possuir endereços rotativos. Trata-se de um
sistema muito robusto para atender às mais diversas situações e necessidades logísticas.
A grande desvantagem deste sistema é bem similar ao sistema rotativo: atualização
constante do endereço do produto. Mais do que nunca, deve-se utilizar um sistema
informatizado (software) para o controle do estoque.

À medida que a empresa ganha maturidade e melhora seus controles internos, o seu
sistema de endereçamento vai sofisticando. Geralmente segue a sequência: primeiro o
endereçamento por memórias, em seguida o endereçamento fixo, e por fim utilizam o
endereçamento rotativo ou misto.

Manter o estoque organizado e endereçado reduz os índices de avarias, inversões e


faltas de mercadorias, aumenta a produtividade na armazenagem, movimentação e
expedição das mercadorias. São muitos os ganhos.

7 passos para fazer o controle de estoque


Estoque é dinheiro, seja ele pequeno ou grande e independente dos produtos que
armazena. Material parado ou em falta é sempre sinônimo de perda – financeira ou
competitiva, a má gestão impacta diretamente nos negócios. Por isso, você deve estar
atento a dinâmica do setor e verificar o que os resultados dizem sobre ele: ganho ou
perda?

Se suas compras – ou reposições – são feitas geralmente apenas quando se percebe a


falta do produto ou ainda, há excessos, certamente você está tendo problemas.

Para te ajudar a fazer uma boa gestão de estoque reunimos sete dicas simples e fáceis de
serem adotadas em seu negócio e que contribuirão na busca por bons resultados. Veja:

7 dicas para um controle de estoque eficiente

1- Organização: ordenar o espaço físico por tipo de produto; identificar os corredores,


prateleiras e criar endereços de armazenamento torna o procedimento de
condicionamento, localização e retirada mais fácil e ágil. Por exemplo, deixar os
produtos de maior saída em áreas mais acessíveis, como prateleiras mais baixas. Ou
ainda, ao ser solicitado um produto, você verificará no sistema que ele se encontra no
corredor azul, estante 1, prateleira 5 (CA- E1-P5). | 35

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


2-Fluxo de entrada/ saída: toda movimentação deve ser registrada no ato. A entrada
ou saída de um produto da empresa ou do almoxarifado deverá ser inserida no sistema/
registros do setor no momento do acontecimento seja por meio de nota fiscal de
entrada/saída, requisição de material ou ordem de produção. Desta maneira, é possível
ter conhecimento da demanda, tempo de requisição e chegada dos produtos e assim
fazer um planejamento financeiro de acordo com a realidade e necessidade da empresa.

3- Procedimentos de controle: ter procedimentos de checagem/ conferência dos


produtos é fundamental para um controle eficiente de estoque. Tanto no recebimento
quanto na expedição, todo material deve ser checado para ver se está de acordo com a
nota ou solicitação do item.

4-Inventário: adotar o inventário como uma peça periódica ao invés de anual ajudará
no processo de controle do estoque, permitindo verificar a necessidade de ajustes na
gestão do controle de estoque, bem como, tornando a administração mais eficiente.

5-Capacitação dos colaboradores: uma equipe bem treinada e atenta aos processos
diminui o risco de erro seja na entrada ou saída de algum item.

6-Integração: é preciso entender que o estoque não é um departamento isolado. As


informações que ali estão servem de base para outros setores, como compras,
financeiro, produção, planejamento. Por isso, é importante ter a integração entre eles,
pois, uma informação errônea pode resultar em gasto desnecessário ou atraso na
produção.

7-Automatização: ter um sistema de gestão integrado para controlar todas as


movimentações no estoque agiliza o processo e melhora o controle, permitindo ainda, a
elaboração de relatórios e análise dos dados mais facilmente.

Curva ABC
A curva ABC, também chamada de
análise de Pareto ou regra 80/20, é um
método de categorização de estoques,
cujo objetivo é determinar quais são os
produtos mais importantes de uma
empresa. Foi desenvolvido pelo
consultor de qualidade romeno-
americano Joseph Moses Juran, que
verificou que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. O
nome "Pareto" é uma homenagem ao economista italiano Vilfredo Pareto, que em um
estudo observou que 80% das riquezas são concentradas nas mãos de 20% da
população, sendo que boa parte do entendimento da curva ABC se deve a esse estudo de
Pareto.

Logística x Supply Chain: saiba a diferença entre eles:

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Existem, em especial, dois conceitos que, devido à sua
integração, podem ser unificados por alguns gestores:
trata-se de “logística” e “supply chain” (cadeia de
suprimentos).

Naturalmente, eles estão muito associados, mas


apresentam algumas diferenças que o gestor deve
conhecer para tornar sua administração mais eficiente.

Logística

A logística é um conceito que significa organização e contabilidade. Na verdade, ele


tem origem francesa: vem do termo “logistique”, ciência que trata do planejamento e da
realização de diferentes projetos.

O conceito originou-se das estratégias de guerra (armazenamento, distribuição e


manutenção de diversos itens, como armas, alimentos, roupas, transporte e
medicamentos).

Com o decorrer do tempo, logística passou a denominar o gerenciamento dos materiais


usados em determinadas operações empresariais (armazenamento e distribuição de
matérias-primas e produtos).

Foi a partir da década de 1970 que a logística empresarial iniciou seu grande
desenvolvimento.

A logística empresarial é fundamental nas empresas, sendo responsável pela gestão de


todos os materiais. A área logística gerencia tanto os recursos financeiros quanto os
recursos materiais, realizando o planejamento eficiente da produção, do
armazenamento, do transporte e da distribuição desses recursos.

A logística integrada é justamente a causa da unificação dos dois conceitos (logística e


supply chain), já que busca a máxima integração entre os processos de uma empresa.

Diferenças entre logística e supply chain

Resumidamente, pode-se dizer que:

logística cuida da integração intraempresarial (dentro da empresa);


SCM cuida da gestão interempresarial (entre empresas).
O SCM, portanto, envolve fornecedores e clientes em níveis diversos ― como os
clientes dos clientes ―, coordenando para racionalizar e otimizar o fluxo dos materiais
e das informações (desde a matéria-prima até o consumo do produto final).

Esse tipo de gestão se propõe a eliminar as redundâncias e diminuir o tempo dos ciclos
de produção e dos inventários, de forma a oferecer os melhores serviços pelos menores
custos aos seus clientes.

A logística procura adquirir o produto ou a matéria-prima da fonte certa, no tempo


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certo, na quantidade adequada, no local ideal e para o cliente certo ao preço certo.

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Ela se relaciona à movimentação dos produtos de um ponto a outro e controla o fluxo de
informações sobre esse deslocamento. Preocupa-se com o controle de estoques e,
também, com a redução de custos.

A logística cuida diretamente da aquisição dos insumos, do armazenamento e do


transporte do produto do ponto de origem ao de chegada;
O supply chain está mais associado à visão estratégica e integral dos processos
logísticos.
Quando se pratica a Logística Integrada, procura-se unificar logística e supply chain
para obter melhor:

- planejamento;
- gestão de estoques;
- processamento de pedidos;
- movimentação e armazenagem;
- gestão das informações, transporte e distribuição;
- PPCP (Planejamento, Programação e Controle de Produção)

Giro de Estoque: o que é, como calcular e como afeta na


empresa:

O que é Giro de Estoque?


É um indicador que demonstra o
desempenho do estoque, apontando de
forma padronizada a qualidade do
mesmo no que se refere a utilização dos
recursos estocados, independente do seu
tamanho e/ou complexidade.

Aplicação:
Indicador para apuração de qualidade do
estoque e mix de produtos que compõe o
mesmo.

Fórmula/Composição:

VENDAS / MÉDIA DO ESTOQUE (Est.


Inicial + Est. Final / 2)

ou

CMV / MÉDIA DO ESTOQUE (Estoque com grande variedade de materiais/itens)

Há três formas de calcular o giro de estoque. Seguem os exemplos:


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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Exemplo 1: O estoque médio de uma loja de produtos eletrônicos é de 400 controles de
portão eletrônico e a empresa vende 3.600 controles por ano. O giro de estoque dessa
empresa é calculado dividindo 3.600 por 400, resultando em 9 giros no período. Isso
significa que os produtos são renovados 9 vezes durante o ano.

Nem sempre o estoque é formado por um único tipo de produto. Aliás, na maioria das
vezes, ele é composto por materiais pequenos e grandes, caros e baratos. Nesses casos,
podemos calcular o giro de estoque de várias formas, entre elas, utilizando o custo de
compra no lugar da quantidade de produtos.

Exemplo 2: Vamos imaginar que cada controle custe R$ 6,00 a preço de compra. O
estoque médio a preço de compra é de R$ 2.400,00 e o volume de vendas ao ano é de
R$ 21.600,00 a preço de compra. O número de giros do estoque será de 21.600
divididos por 2.400, igual a 9 giros ao ano.

Nesses exemplos de cálculos, se o resultado for menor do que 1, teríamos uma


indicação de que alguns dos produtos que iniciaram o ano na prateleira, ainda estão lá.
Agora, para saber o tempo médio (TM) de giro do estoque, basta dividir o número de
dias em um ano (neste caso), pelo número de giros.

Exemplo 3: 365 dias divididos por 9 giros, igual a 40,5 dias. A loja de produtos
eletrônicos “girou” seu estoque de controles em média 9 vezes ao ano e o fez a cada
40,5 dias.

Como afeta na empresa


Tendo um giro de estoque alto:
– O produto não fica ultrapassado na prateleira;

– Não é necessário muito espaço para armazenamento;

– Em caso de sinistros, como incêndios ou roubos, o prejuízo é menor.

Margens de Referência:

O valor apresentado por este indicador, expressa a quantidade de vezes que os produtos
se renovaram durante o período, ou seja, se o Giro de Estoque for igual a 1, podemos
dizer que todos os produtos que estavam no estoque foram vendidos e repostos durante
o período, caso este valore seja 3, significa que a renovação dos itens ocorreu, num
período de um mês,

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Seu estoque é um problema? Conheça a curva ABC

A Curva ABC é um método de categorização de


estoque. Seu objetivo principal é deixar claro
quais são os produtos mais importantes para a
empresa.

Há várias maneiras de fazer essa conta. É


possível, por exemplo, organizar a lista por preço
de custo (o que vai mostrar os produtos de mais valor do estoque) ou por valor de venda
(que vai indicar os produtos que mais trazem receita para o negócio).

Depois de fazer a conta básica, é possível


colocar outras variáveis que vão ajudar a
entender melhor o mix de produtos, como os
custos e a margem por item.

Mas este é um segundo passo. Vamos primeiro


à conta básica.

Como fazer uma Curva ABC

- Abra uma planilha de Excel.

Primeiro, você vai listar todos os seus produtos, indicando o valor unitário por produto,
quantidade vendida e o valor total por produto (que você descobre multiplicando a
quantidade pelo valor unitário por produto).

O período analisado pode ser a última semana, o último mês, trimestre ou ano (você
escolhe o recorte que faz mais sentido).

O segundo passo é calcular qual é a participação (em porcentual) de cada um deles em


suas vendas, dividindo o valor total por produto pelo total de vendas.

Agora você vai organizar a planilha pelo valor total por produto. Em seguida, vai
somando os porcentuais de cada produto ao total acumulado anterior. Assim você
saberá qual é sua porcentagem acumulada.

Com esses dados em mãos, você poderá classificar cada produto em uma categoria:
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Produtos A: responsáveis por até 80% das vendas;
Produtos B: responsáveis por até 15% das vendas;
Produtos C: responsáveis por até 5% das vendas.

Fonte: Impulso Digital

em média a cada 10 dias (30/GE).

Classificação da Curva ABC

Importância na Classificação da Curva


A.B.C.
A importância das estruturas de
armazenagem para a curva ABC
A qualidade da estrutura de
armazenagem são essenciais para a
organização dos galpões, pois beneficiam a curva ABC. Elas serão determinantes para a
disposição dos produtos e, portanto, primordiais para a otimização e controle de
estoque.
A curva ABC é uma classificação que se refere ao controle de cada mercadoria presente
dentro de um sistema de armazenagem.
Sempre iremos dar prioridade aos produtos com maior demanda e na hora de estoca-los
para fazer picking, devem estar o mais perto possível do colaborador que prepara os
pedidos. Voltando a curva ABC, ou seja, os mais importantes serão classificados com a
letra A.
Os intermediários em ordem de importância são nomeados com a letra B.
E as mercadorias com menos saída serão catalogados como tipo C.
Dentro da CURVA ABC, encontram-se os produtos da curva D e E.
Dentre os itens de classe C, destacamos como D aqueles produtos que não tiveram
consumo em determinado período. (slow moving)
Classe E: Situação de itens descontinuados e desativados. (obsoletos). São classificados
como classe E. (São expurgados da classificação A/B/C/.
Com esse recurso é possível catalogar cada material de acordo com a importância, bem
como fazer a divisão correta de acordo com a categoria do produto. Essa classificação
também possibilita a otimização da logística que será empregada na empresa, já que a
mercadoria será facilmente localizada.
A curva ABC também é fundamental para mensurar a frequência de saída por tipo de
item listado em estoque. Quanto mais importante for o produto armazenado, mais
próximo ele ficará das docas de entrada e saída. | 41

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Caberá às estruturas de armazenagem dar o suporte adequado para os produtos,
seguindo a importância da curva ABC. Quanto mais espaçosa e resistente, mais
produtos serão dispostos, em adequação com a estrutura organizacional designada pelo
responsável de estoque.
Por isso é fundamental que esse tipo de sustentação proporcione benefícios para o
responsável pelo galpão. Caso contrário, as estruturas de armazenagem poderão
comprometer o planejamento e os lucros da empresa. Outro agravante que poderão
acometer a empresa se refere à integridade física de seus funcionários e das mercadorias
ali estocadas.

ARMAZENAGEM (Introdução, Conceitos, Vantagens


e Desvantagens e Etc.).
A Armazenagem tem como definição o gerenciamento eficaz do espaço tridimensional
de um local adequado e seguro, colocado à disposição para a guarda de mercadorias que
serão movimentadas de forma ágil e simples, com técnicas compatíveis as respectivas
características, preservando a sua integridade física e entregando-a a quem de direito no
momento aprazado.

Também é constituída por um conjunto


de funções de recepção, descarga,
carregamento, arrumação e
conservação de matérias-primas,
produtos acabados ou semi-acabados.
Uma vez que este processo envolve
mercadorias, este apenas produz
resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objetivo
de lhes acrescentar valor. (Dias 2005, p. 189).
Assim podemos dizer que a Armazenagem é uma atividade dentro das empresas que
gerência todas as etapas de operação de recebimento e expedição de qualquer tipo de
carga, englobando o planejamento, a coordenação, o controle e todas as operações,
possibilitando que uma carga seja guardada com segurança até ser utilizada.
Existem diversos métodos modernos e eficientes para esse processo, sempre buscando
atender os diversos processos empresariais, tanto para o comércio quanto para a
indústria.
O uso de armazéns possibilita a redução de custos com transportes, através da
consolidação de cargas; aproxima a empresa de seus clientes e fornecedores; agiliza a
entrega dos produtos; e compensa as defasagens ocorridas na produção.
De forma a ir ao encontro das necessidades das empresas, e uma vez que os materiais
têm tempos mortos ao longo do processo, estes necessitam de uma armazenagem
racional e devem obedecer a algumas exigências. (Casadevante 1974, p. 22).
Tais como: | 42

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Quantidade: A suficiente para a produção planejada;
Qualidade: A recomendada ou pré-definida como conveniente no momento da sua
utilização;
Oportunidade: A disponibilidade no local e momento desejado;
Preço: O mais econômico possível dentro dos parâmetros mencionados.
Para atender de forma correta a aplicação dos materiais utilizados, a armazenagem deve
seguir os seguintes princípios:
1. O PLANEJAMENTO
O planejamento é fundamental para a correta armazenagem, o que subentende a
avaliação da área que será utilizada para os itens a serem guardados, as condições
físicas e técnicas para o projeto e o respeito às particularidades de segurança e manuseio
exigidos por lei.
2. FLEXIBILIDADE OPERACIONAL
A flexibilidade operacional exige que a armazenagem esteja em acordo com a atividade
da empresa, permitindo que tenha a capacidade de se adaptar aos itens armazenados, ou
seja, o armazém deve estar adequado para as operações que irá suportar, armazenando o
maior número possível de cargas, permitindo o acesso às máquinas para movimentação
e dos funcionários em seu interior.
3. SIMPLIFICAÇÃO DO FLUXO DE ARMAZENAGEM
O fluxo da carga armazenada deve funcionar de maneira simples e prática,
possibilitando aumentar a produtividade, com o máximo de agilidade.
4. OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
A otimização do espaço físico é uma necessidade básica para tornar a armazenagem o
mais eficiente possível, permitindo funcionar com todo o seu potencial utilizando o
menor consumo de energia e de custos.
5. INTEGRAÇÃO DA ARMAZENAGEM COM A EMPRESA
A integração do sistema de armazenagem deve obedecer às necessidades da empresa,
obedecendo a uma ordem pré-estabelecida.
6. VERTICALIZAÇÃO
A verticalização na armazenagem permite utilizar estruturas que utilizam de forma
adequada tanto a altura quanto a área do armazém.
7. AUTOMAÇÃO
A automação na armazenagem possibilita melhor relação custo-benefício, inclusive com
menor custo operacional, menos investimento e menor tempo de retorno nos valores
investidos.
8. CONTROLE
O controle na armazenagem deve ser feito através de indicadores para verificar se os
métodos aplicados estão sendo eficazes ou não. O armazém deve ser gerenciado com
controle sistemático de todos os processos, com registros de recebimento, controle de
inventário físico, tempo de armazenamento da carta e tempo de entrega.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


9. SEGURANÇA
A área de armazenagem deve ser dotada de sistemas que possam garantir a segurança
tanto das cargas quanto equipamentos e dos trabalhadores, que devem ter condições
físicas e psicológicas para suas atividades.
10. CUSTOS
Todos os princípios aplicados na armazenagem devem levar em consideração os custos
para o armazenamento das cargas, garantindo maior produtividade e maior lucratividade
para a empresa.
Porém, o capital se torna imobilizado, uma vez que a mercadoria passa muito tempo
“estacionada”, de modo que pode aumentar o risco de obsolência do produto,
demandando assim de um maior controle e gerenciamento da armazenagem. Os custos
com a movimentação também crescem, devido a alta rotatividade dos produtos,
tendendo atender a demanda.
VANTAGENS E DESVANTAGENS:
Casadevante (1974, p. 28) nos aponta algumas vantagens em investimentos de
armazenagens, segue abaixo:
• Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança;
• Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores;
• Incremento na produção e maior utilização da tecnologia;
• Melhor aproveitamento do espaço;
• Redução dos custos de movimentações bem como das existências;
• Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros;
• Redução de perdas e inutilidades;
• Versatilidade perante novas condições.
Krippendorff (1972, p. 24) nos aponta algumas desvantagens em investimentos de
armazenagens, segue abaixo:
• Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem em juros a
pagar;
• A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguel que se traduz em
rendas;
• A armazenagem requer serviços administrativos;
• A mercadoria armazenada têm prazos de validade que têm de ser respeitados;
• Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de movimentações;
• Um armazém de grande porte necessita de máquinas com tecnologia.
TIPOS DE ARMAZENAGENS
Dentro desse processo, podemos encontrar diversas vertentes;
• Armazenagem temporária
• Armazenagem permanente
• Armazenagem interior/exterior
Também podemos classifica-las em:
Armazenagem própria, Armazenagem Terceirizada, Armazenagem Contratada. | 44

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A armazenagem e sua importância na logística:
O conceito de logística teve um grande progresso desde a Segunda Guerra Mundial,
tornando-se mais aceito e conseguindo uma melhor administração, já que se percebeu a
necessidade de administrar a armazenagem e o próprio sistema como um todo, em vez
de trabalhar com funções independentes.

A tecnologia de processamento de
informações e o avanço das comunicações
têm contribuído para a administração do
sistema de logística como um todo e para a
aplicação de conceitos e regras cada vez
mais aprimorados nos processo de
planejamento e administração da
armazenagem.

No sistema de logística é preciso destacar a importância de todos os setores, como a


armazenagem e a distribuição, por exemplo, cada uma direcionada para uma
necessidade.

A logística, como um todo, é um conceito aplicado à administração do fluxo de


materiais, insumos e produtos, desde a fonte primária até o usuário. Assim, deve-se
pensar no fluxo das mercadorias e insumos desde a aquisição de matéria prima até a
entrega do produto final ao consumidor.

Ao mesmo tempo, a logística também integra o planejamento e controle de produção,


quando tratamos do interior de uma indústria, desde o recebimento de matéria prima,
passando pelos processos de fabricação e de processamento, chegando aos produtos
acabados.

Como estabelecer o controle na logística

A logística existe a escolha correta dos sistemas de controle, principalmente no mercado


globalizado atual. Antes, as opções de transporte eram restritas à ferrovia e à navegação.
Atualmente, mesmo com o uso desses meios, existem as opções de transporte aéreo e
rodoviário.

O processamento de informações e a facilidade de comunicação também proporcionam


maior velocidade à manipulação de mercadorias, insumos, matérias primas e produtos,
exigindo novas técnicas de operação do sistema, possibilitando o estabelecimento de um
controle mais sofisticado e, portanto, mais adequado.

Cada sistema de logística deve ser específico para cada tipo de estabelecimento, desde a
escolha do local de armazenagem até às funções da fábrica, exigindo uma política e uma
técnica especial de operação.

Cabe, aqui observar que tanto as características físicas quanto operacionais se mostram | 45

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


importantes, devendo ser examinadas num projeto global de logística. Podemos, assim,
destacar alguns pontos básicos da logística:

· A LOCALIZAÇÃO E A QUANTIDADE DE UNIDADES


O sistema de logística pode ter apenas uma fábrica ou várias delas e o sistema deve ser
determinado através da disponibilidade de material, sempre com vistas à redução de
custos, seja para transporte ou para mão de obra, o que vai exigir implantação de linhas
de produtos complementares.

· LOCALIZAÇÃO E QUANTIDADE DE ARMAZÉNS


Num sistema de logística para mais de uma fábrica, podem ser mantidos armazéns em
cada uma delas ou estabelecer armazéns em pontos centrais, que poderão facilitar o
sistema implantado, seja para recebimento de insumos e matérias primas ou para o
armazenamento de produtos acabados.

· SISTEMA DE TRANSPORTE NA LOGÍSTICA


Os sistemas de transporte devem ser analisados dentro dos padrões de custo e
otimização. Cada meio de transporte diferencia-se quanto a tempo, confiabilidade e
características de manipulação e embalagem, influenciando os outros elementos do
sistema de distribuição.

· INFORMAÇÕES E COMUNICAÇÃO
Em empresas com mais de um estabelecimento é imprescindível a instalação de um
sistema ligado por rede de comunicação e controle, que deve funcionar em consonância
com o sistema de transportes.

· DISPONIBILIDADE DOS PRODUTOS


O sistema de logística deve ainda atender o consumidor final dentro de suas
necessidades, criando condições para disponibilização dos produtos nos locais mais
próximos, diferenciando-os de acordo com o tipo de consumidor.

· SEGURANÇA NO ATENDIMENTO
Quando falamos em segurança no sistema de logística, nos referimos às medidas diretas
ou indiretas de manter o produto no local adequado e na época certa. A segurança no
atendimento pode ser maior com o aumento dos estoques, mas também pode ter um
maior impacto sobre os custos da empresa.

· LOCALIZAÇÃO DOS ESTOQUES


No sistema de logística, a localização dos estoques é fator importante. A empresa pode
decidir não estocar todos os produtos em todos os armazéns, principalmente em razão
da diferença de custos, índices de procura e exigências do mercado. Os custos e prazos
de entrega diferentes tornam-se consequência das opções na política de armazenamento.

· PRODUÇÃO DIFERENTE EM LOCAIS DIFERENTES


A produção é um fator a ser considerado no sistema de logística. Uma empresa pode
produzir itens diferentes em fábricas diferentes, empregando técnicas de produção mais
apropriadas para reduzir os custos e adaptando os produtos a pedidos especiais.

O papel da logística para os sistemas industriais


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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A logística tem como objetivo principal permitir a esquematização da movimentação de
produtos, insumos e matérias primas para otimizar a produção e a comercialização. A
logística deve servir para a manutenção e aperfeiçoamento de todo o sistema produtivo,
exigindo, portanto, um cuidado especial da administração empresarial.

Fonte: Sistema de Armazenagem

Tipos e classificações de Armazenagens


A armazenagem tem como definição o gerenciamento eficaz do espaço tridimensional
de um local adequado e seguro, colocando à disposição para a guarda de mercadorias
que serão movimentadas de forma ágil e simples, com técnicas compatíveis as
respectivas características, preservando a sua integridade física e entregando-a a quem
de direito no momento aprazado.
Portanto, dentro do contexto de guarda de bens existem os principais tipos de
armazenagens, no qual veremos mais a frente. Na armazenagem pode-se considerar que
intervém uma série de variáveis, as quais se denominam “fatores”. Estes possuem uma
influência específica para cada caso e têm um papel preponderante na realização de uma
boa armazenagem (Casadevante, 1974, p. 45).
De acordo com as necessidades de cada empresa, as modalidades
de armazenagem foram se diversificando, atendendo cada vez com mais eficácia as
necessidades de venda, de aplicação ou de industrialização.
Vejamos abaixo alguns fatores que influenciam nos processos e/ou tipos de
armazenagem,
De acordo com Casadevante, (1974, p. 45), o material, a espera, a existência e o
tráfego são fatores que devem ser levados em consideração para a determinação de qual
tipo de armazenagem deve ser adotado na operação.
Pois o material é destacado como o principal item da armazenagem. Este pode ser
diferenciado pela sua utilização, consumo, e apresentação, bem como outras
características especiais que podem ser determinantes nas medidas a adaptar, devendo-
se por isso classificar os materiais tendo em conta diversos itens.
A espera é destacada como grande impulsionadora da armazenagem. Esta traduz-se na
antecipação com que os materiais devem ser colocados na empresa à espera de serem
utilizados no processo
A existência traduz-se na acumulação ou reunião de materiais em situação de espera.
Este conceito também se pode estender à quantidade de cada material em espera num
armazém
O tráfego está incutido no processo de armazenagem, pois este envolve a reunião de
homens, máquinas e principalmente dos materiais. Contendo geralmente operações
com, carregamento, movimentações internas e externas do local, descarregamento,
dentre outras.
Tipos de armazenagem | 47

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• Armazenagem temporária
Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do
material, colocação de estrados para uma armazenagem direta,. pranchas entre outros.
Aqui a força da gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p.59).

• Armazenagem permanente
É um processo predefinido num local destinado ao depósito de matérias. O fluxo de
material determina (Krippendorf, 1972, p. 60):
– A disposição do armazém – critério de armazenagem;
– A técnica de armazenagem – espaço físico no armazém;
– Os acessórios do armazém;
– A organização da armazenagem.
• Armazenagem interior/exterior
A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem a nível econômico,. sendo
esta muito utilizada para material de ferragens e essencialmente material pesado
(Krippendorf, 1972, p. 60).
Classificação de armazenagem
Armazenagem própria
Neste caso é feita em galpões ou armazéns administrados pela própria empresa que é
dona da mercadoria armazenada. Porém, não quer dizer que o armazém precisa estar
necessariamente na área fabril da organização.
É bem comum que as empresas, por questões de logística, tenham os seus centros de
armazenagem em outros locais ou até mesmo cidades, porém com pessoal responsável
contratado pela empresa. Os armazéns próprios são utilizados por empresas dos mais
diversos segmentos, como no ramo da metalomecânica, móveis, eletrônicos,
automotivos, etc.
Muitas empresas optam pelos armazéns próprios pela flexibilidade de ajustes, sejam
eles físicos, estratégicos ou algo que envolva novas políticas da empresa. Vale ressaltar
que a maior parte das grandes indústrias dos ramos metalúrgico, moveleiro e
alimentício, possuem armazéns próprios;
Um ponto a ser considerado neste modelo remete ao foco no seu CORE BUSINESS. Ao
gerir seu próprio estoque, controlar mão de obra, insumos, etc., a atenção na gestão deve
ser triplicada, afinal, não existindo sinergia e expertise na sua cadeia interna, as rupturas
serão incontroláveis em dado momento.
Armazenagem contratada
Muitas empresas optam pela contratação de armazéns pelo fato de este mesclar
vantagens do armazenagem própria e da armazenagem terceirizada. Porém é muito
comum que as pessoas e até mesmo profissionais de logística confundam a | 48

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


armazenagem contratada com a armazenagem terceirizada, mas entender a diferença
entre elas é bem simples.
Na armazenagem terceirizada todo o processo é colocado à disposição de uma empresa
especializada nesse segmento, mas na armazenagem contratada apenas o espaço físico é
alugado de terceiros.
Dessa forma, as empresas alugam armazéns e sistemas de armazenagem e utilizam seu
próprio pessoal para gerenciar as atividades realizadas.
Armazenagem terceirizada
Mais utilizado atualmente, desde o pequeno empresário a as empresas de grande porte.
A maior vantagem é o de eliminar desperdícios, sejam eles quais forem.
São geralmente usados por empresas que querem diminuir os custos com armazéns
próprios e concentrar suas estratégias em outros processos da organização, deixando
assim toda a responsabilidade da armazenagem com o terceiro, nesse caso encontrar um
parceiro que desenvolva soluções para gerir informações sobre sua demanda, seu
estoque, que ajude a controlar o atendimento dos pedidos e mantenha o rastreamento
das entregas, por exemplo, faz muita diferença.
Os armazéns são geralmente divididos em cinco subcategorias:
Armazém para depósito geral: utilizado para o manuseio de qualquer tipo de
mercadoria;
Armazéns para depósitos refrigerados: usado para armazenar medicamentos,
alimentos e outros produtos que exijam baixa temperatura para conservação;
Armazém para depósito de commodities especiais: geralmente é usado para estocar
grandes volumes como pneus e contêineres de roupas;
Armazém para depósitos alfandegados: esse tipo de armazém deve possuir uma
licença do governo para funcionar, pois nele se manuseiam mercadorias que entram e
saem do país antes do pagamento dos impostos exigidos por lei;
Armazéns para depósitos de móveis e utensílios domésticos: como o próprio nome
sugere, esse tipo de armazém é utilizado para a movimentação de grandes quantidades
de móveis e utensílios domésticos;
A forma da armazenagem pode ser dada por pelos menos dois fatores, movimentação da
mercadoria e em função dos materiais.
Independentemente do tipo de sistema de armazenagem utilizado pela empresa, todos
servem como ferramenta de apoio para os sistemas de logística da empresa.

Custos de armazenagem (Sistema de custeio de


armazenagem)
O desafio operacional é sem dúvidas uma das características mais marcantes da
logística. O aumento da variedade e a redução do ciclo de vida dos produtos, menores | 49

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


tempos de atendimento, menor
tolerância a erros de separação de
pedidos e pressões para redução
dos níveis de estoque, são alguns
exemplos.

Dentre os resultados deste


fenômeno é que alguns
componentes do custo logístico das organizações, outrora poucos significativos, como o
de armazenagem, passam a ter uma participação importante.
Sabendo que, a armazenagem tem como definição o gerenciamento eficaz do espaço
tridimensional de um local adequado e seguro, colocado à disposição para a guarda de
mercadorias que serão movimentadas de forma ágil e simples, nota-se ainda mais a
grande substancialidade desse sistema dentro das estratégias de sobrevivência da
organização. “Pois quando um sistema de armazenagem é utilizado de maneira correta
pode auxiliar na resolução de vários problemas que influenciam no processo produtivo e
no processo de distribuição dos produtos, pode também aperfeiçoar espaços e diminuir
o custo para o consumidor final e, assim, aumentar a competitividade no
mercado”. (NOGUEIRA, 2012).
Diante de um mundo com constantes mudanças, as informações são distribuídas de
maneira mais rápida, e as empresas buscam ser referência para garantir sua
sobrevivência no mercado. Essa sobrevivência é aferida pela conquista de um
diferencial competitivo e pela redução de custos (MORAES, 2012).
Os custos voltados para o armazenamento e a movimentação de materiais levam em
consideração os requisitos conceituais da atividade. A maioria dos custos de
armazenagem – aluguel, mão de obra, depreciação de instalações e equipamentos de
movimentação, podem ser divididos em fixos e variáveis. Essas duas características
dificultam respectivamente o gerenciamento da operação e a alocação de custos.
Custos de Armazenagem são aqueles aplicados nas estruturas e condições necessárias
para que a empresa possa guardar seus produtos adequadamente. Exemplificando, o
aluguel do armazém, aquisições de paletes, custo com pessoal, dentre outros. Os custos
de armazenagem são gerados pela produção que não é vendida, assim irá impactar
negativamente o resultado. O armazenamento consome espaço, demanda movimentação
dentro da fábrica, pode danificar o material e torná-lo obsoleto, gerando custo de
manutenção do capital.
A parcela de custos fixos na atividade de armazenagem faz com que os custos sejam
proporcionais à capacidade instalada. Então, pouca diferença irá fazer se o armazém
estiver com baixo nível de estoque ou se a movimentação interna está menor do que o
planejado. Ainda assim a maior parte dos custos de armazenagem continuará ocorrendo,
pois, na maioria das vezes, estão associados ao espaço físico, aos equipamentos de
movimentação, ao pessoal, e aos investimentos em tecnologia.
Os Custos fixos podem ser: | 50

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• Aluguel e taxas de edifício;
• Capital dos equipamentos (depreciação, juros, contratos);
• Salários básicos;
• Seguro (produtos, equipamentos);
• Custos indiretos alocados;
• Dentre outros.
E os Custos Variáveis:
• Manutenção;
• Custos de operação;
• Despesas com mão de obra, hora extra;
• Quaisquer despesas com terceiros;
• Dentre outros.
Para tornar a situação ainda mais complexa, é importante lembrar que a demanda pela
atividade de armazenagem pode não ser constante.
Uma empresa pode aderir diversas estratégias para o seu armazenamento. Se adotar um
armazém único, por exemplo, os seus custos fixos serão os mesmos, mas se adotar
diversos locais, ela terá um aumento substancial nos seus custos fixos. Por isso em
alguns casos onde as empresas estão focadas em oferecer um preço acessível em função
da estratégia de baixo custo adotam o sistema milkrun para o imput de matéria prima e
crossdocking para distribuição de produtos. Com isso passaram a racionalizar os custos
com estocagem e armazenamento.
Para Castiglioni (2008, p.86), “os custos crescem na mesma proporção que o nível de
serviço é oferecido a um cliente”.
Para entender melhor os custos de armazenagem e sua alocação, é preciso diferenciar
entre custos de armazenagem e de estoque. Os custos de armazenagem são aqueles
referentes à guarda dos bens e de sua movimentação, como o aluguel do almoxarifado, a
mão de obra e a depreciação dos equipamentos, enquanto que os custos referentes ao
estoque devem ser classificados de forma correta, dentro de sua utilização.
Dessa forma, é preciso tratar com a atenção necessária o sistema de custeio
da armazenagem, principalmente pela administração, evitando aloca-los num mesmo
centro de custos e classificando-os como custos de produção de uma forma
generalizada.
Independente do grau de sofisticação do sistema de custeio da armazenagem, são
sugeridas quatro etapas básicas, vejamos a seguir:
Identificar os itens de custos
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Nessa fase, devem-se selecionar os itens de custos que serão considerados. Como:
operadores de empilhadeira, supervisores, depreciação das empilhadeiras, custo de
oportunidade das empilhadeiras, aluguel do armazém, depreciação dos racks e custo de
oportunidade dos racks.
Cálculo dos itens de custos
Alguns itens são obtidos com facilidade através da contabilidade, como: salários,
benefícios, manutenção, aluguel, dentre outros. Porém outros fatores devem ser
calculados de fato, tais como a depreciação e o custo de oportunidade.
Agrupar os itens de custos relativos a cada função (ou atividade)
A intenção de agrupar os custos em atividades ou funções é facilitar a alocação desses
custos na próxima etapa. Por exemplo, a função de movimentação irá reunir itens de
custos de diferentes contas naturais – pessoal, manutenção, depreciação – mas que estão
todos direcionados ao mesmo objetivo, movimentar materiais, e assim podem ser
alocados por um único critério de rateio, como número de paletes expedidos.
Alocar custos a cada produto ou cliente
Uma vez agrupados segundo as funções (ou atividades) é necessário alocar esses custos
aos produtos. Os custos dos clientes podem ser obtidos a partir do mix de consumo de
cada cliente, estando sempre atento, é claro, para alguma condição especial que o cliente
possa exigir.
O sistema de custeio da armazenagem deve ser feito em conjunto, utilizando os sistemas
de controle e contabilidade e o conhecimento e atuação do pessoal que trabalha
diretamente com os bens armazenados.
Conciliando as informações, a empresa terá, ao final do período de apuração, custos
mais precisos sobre todos os produtos, apresentando um resultado mais confiável e
permitindo aos gestores a tomada de decisões de forma mais ajustada com os objetivos
da empresa.

É possível terceirizar a armazenagem de grandes


volumes?
Você que trabalha no setor industrial, deve saber muito bem o quanto é importante a
questão da logística, não é mesmo? Principalmente quando se refere a armazenagem de
grandes volumes com baixos custos.
É fato que graças a uma boa logística, uma empresa tem totais condições de se
desenvolver, de crescer ainda mais, oferecendo o que há de melhor para os seus clientes
e sendo encarada sempre como uma referência no seu segmento de atuação.

Hoje em dia você já deve ter ouvido falar também bastante em sustentabilidade. No
ramo da gestão empresarial, a sustentabilidade é um conceito bastante citado, já que ela
diz respeito a questões ecológicas e de medidas que as empresas podem adotar para não
agredirem o meio ambiente. Pois é, para você ver, sustentabilidade e logística são
conceitos que andam de mãos dadas. | 52

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A importância da armazenagem adequada

Quando o assunto se refere a aspectos logísticos e também de sustentabilidade, a


armazenagem de grandes volumes de bobinas de papel, por exemplo, é um tema que
deve ser levado em consideração. Além disso, não custa lembrar que o manuseio
adequado e a armazenagem correta exercem bastante influência na produtividade de
uma empresa.

A realização do transporte e também do armazenamento das bobinas de papel deve ser


realizado sempre com o devido cuidado. Dessa maneira é possível impedir que o tubete
seja amassado, que a bobina (seja ela ovalada ou côncava) possa sofrer algum tipo de
deformação, que ocorra danos no corpo ou até mesmo na sua extremidade, bem como
que ela sofra prejuízos por causa da umidade de ambientes inadequados.

Outra coisa que é importante ser observado em relação ao armazenamento de bobinas:


elas devem ser guardadas sempre na vertical repeitando-se o empilhamento máximo
permitido de cada produto. Além disso, quando as bobinas forem transportadas, é
essencial que elas não sejam arrastadas e nem jogadas contra o chão, pois esses
movimentos causam danos muitas vezes irreparáveis nesse tipo de material.

Transtornos desse tipo, envolvendo armazenamento e transporte das bobinas, podem e


devem ser evitados, inclusive, notados com a devida antecedência ao utilizar a
empilhadeira correta para o manuseio deste tipo de produto. Conseguindo sanar esses
tipos de transtornos, esses materiais continuarão exercendo as suas funções com a
devida segurança e eficiência.

A armazenagem de grandes volumes, nesse caso, é essencial para que uma empresa não
venha a ter prejuízos com seus produtos. Para este tipo de armazenagem é muito
utilizado o sistema de blocagem, pois este sistema permite um menor custo operacional
e pode ser utilizado para armazenagem de sacarias, bobinas, Big Bags, etc.

Sustentabilidade e Big Bags

Você já sabe que o armazenamento correto é importante, não é? Pois então, nesse
aspecto, vale conhecer as chamadas Big Bags, que em bom português podem ser
traduzidas como Grandes Bolsas.
As Big Bags correspondem a uma interessante novidade quando a gente fala sobre a
armazenagem de grandes volumes e sustentabilidade. Elas, na verdade, são bolsas feitas
de plástico reciclável, vinil ou ráfia, que podem substituir, por exemplo, os sacos de
papel para a embalagem de vários produtos. Os Bigs Bags são muito utilizados no
transporte de produtos a granel.

De uma forma geral, a gente pode dizer que o armazenamento de grandes volumes
efetuados por meio das Big Bags, tem o objetivo de evitar o desperdício e contribuir
para o desenvolvimento sustentável. Além disso, as Big Bags apresentam uma maior
durabilidade.

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Em termos econômicos, dá para afirmar que as Big Bags representam um avanço, já que
elas evitam grandes perdas durante o transporte de produtos, o que reduz os prejuízos
econômicos de maneira bastante significativa.

A logística

De nada adianta uma empresa produzir os produtos da melhor qualidade se ela não dá a
devida atenção para a questão da logística. Um bom serviço logístico traz maior
segurança e mais rentabilidade para uma empresa, permitindo que você possa torná-la
ainda maior e também mais competitiva.

E então, diante de tudo isso, você sabe dizer se o seu atual operador logístico conta com
sistemas e docas ideais para assegurar uma boa logística? Pense bastante sobre esse
assunto.
Além disso, é importante que você saiba também que, quando o tema é armazenamento,
conheça as características do armazém da Apoio Logística, do Grupo Enar. O armazém
conta com 100.000 metros quadrados de área com cobertura, o que é ideal para a
questão de espaço e também para evitar prejuízos com mudanças de clima e
temperatura.

Vale salientar que ele conta com 50 docas, o que garante um ótimo custo logístico e
também maior qualidade operacional.
Portanto, para a armazenagem de grandes volumes, não se esqueça da importância de
obter excelentes serviços logísticos para a sua empresa.

Conheça os principais riscos da cadeia de suprimentos

A crise financeira atual afeta empresas do mundo inteiro, dos mais diversos setores. Em
outras palavras, não há como se isentar de ser afetado pela crise. Quando nos referimos
ao setor industrial, os riscos podem ser significativos, levando alguns empreendimentos
à beira da extinção.
Um exemplo que pode provar isso é a atual situação em que o ramo automobilístico se
encontra por conta da crise: completamente parado, com demandas inteiras de veículos
estacionados em depósitos de indústrias e concessionárias esperando por um milagre na
economia. Milhares de demissões e empresas indo à falência.
Este cenário nos remete às seguintes perguntas: Como quais são os riscos da cadeia de
suprimentos? Será que você está preparado para as adversidades na economia? são as
formas de contornar os riscos envolvidos na logística? Continue lendo para ter estas e
outras questões respondidas.
Quais são os riscos da cadeia de suprimentos?
Através da análise dos riscos, a resposta para contorná-los é intuitiva. Os riscos são
levantados em torno de custos, oportunidades, ameaças, fatores socioeconômicos,
ambientais, geográficos e até mesmo políticos.
Risco econômico | 54

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Infelizmente, este é um dos riscos mais ameaçadores para o seu negócio e ocorre de
forma externa, devido a fatores que estão fora de seu controle. A boa notícia é que há
como se precaver dos seus efeitos e minimizá-los em sua empresa.
Os fatores que podem causar riscos econômicos à cadeia de suprimentos variam entre
taxas de juros, aumento de impostos, inflação, flutuações de taxas de câmbio, falência
de clientes e/ou fornecedores, entre outros.
Risco de planejamento
Riscos de planejamento ou riscos logísticos são os riscos que oferecem maiores
possibilidades para que você proteja a sua empresa e minimize os seus efeitos. Você
deve evitar se expor a situações de risco sem que antes tenha se planejado corretamente,
como o lançamento de um novo produto, antes de fechar uma grande venda, antes de se
comprometer a entregar um lote grande a um novo cliente, antes de fechar um novo
contrato e assim por diante.
Para se certificar de que o seu plano de negócios está no caminho certo, você pode
também recorrer a uma consultoria logística e evitar perdas.
Risco geográfico
Chamamos de riscos geográficos as adversidades que oferecem riscos logísticos à sua
cadeia de suprimentos envolvendo o espaço físico e o ambiente necessário para
desempenhar a sua operação. Por exemplo, fatores climáticos, como tempestades e
ventanias, que possam impossibilitar o transporte para entrega ou recebimento de
produtos. Os riscos geográficos geralmente afetam o transporte envolvido na cadeia de
suprimentos.
É difícil se precaver de riscos climáticos e ambientais, pois estão fora do seu controle. A
melhor forma de se prevenir e reduzir os seus efeitos é evitando que a localização física
de sua indústria seja próxima de áreas propícias a tais fatores geográficos.
Alta competitividade
Sempre haverá concorrência em qualquer setor do mercado. Não importa qual seja o
ramo de sua empresa, você nunca será o único a fornecer os serviços ou produtos para o
consumidor. Por isso, este é um risco à cadeia de suprimentos que você sempre deverá
considerar e possuir estratégias inteligentes para lidar.
Fique sempre atento aos seus concorrentes – o que estão fazendo, como estão se
relacionando com os seus clientes, quais os preços de seus produtos e como andam os
seus resultados. Entretanto, o seu foco prioritário sempre será o mercado e a saúde
financeira do seu negócio. Somente através de uma gestão por indicadores pode mostrar
a real situação de sua empresa e possibilitar possíveis correções em tempo hábil.
Sustentabilidade
Há cerca de uma década, o mundo inteiro tem voltado os seus olhos para as questões
sustentáveis. O consumo desenfreado como estilo de vida e o ritmo de produção que
agride o meio ambiente estão se tornando obsoletos
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Se a sua empresa ainda não é sustentável e a sua linha de produção permanece
agredindo o meio ambiente, sem sequer possuir um plano para compensar a sua emissão
de CO2 na atmosfera, entre outros poluentes na natureza, você está vulnerável a sofrer
represálias da sociedade e de órgãos governamentais que podem comprometer o seu
negócio.
Além disso, empresas verdes – aquelas que estão comprometidas a reduzir a sua
emissão de CO2 e a incentivar a reciclagem de recursos -recebem publicidade positiva e
credibilidade no mercado. Além disso, ganham créditos de carbono que podem ser
vendidos no mercado internacional, gerando uma nova fonte de renda.
Considerações finais
Podemos concluir que para reduzir os riscos envolvidos na logística e assegurar a sua
cadeia de suprimentos, uma consultoria logística pode ser uma das soluções mais
eficazes.

Tipos de estruturas em armazenagem vertical


A integração da função armazenagem ao conjunto logístico deve ser completa, pois se
trata de um elo importante no equilíbrio da movimentação de materiais.
A falta de componentes para determinar a demanda, a sazonalidade e a necessidade de
dispor de estoque para atender às necessidades do cliente faz com que seja necessário o
investimento em armazenagem. Entretanto basta isso. Pois a organização, o controle de
estoque e a integridade do produto também são fatores que justificam o uso de
estruturas de armazenagem.
As estruturas de armazenagem contribuem para uma melhor organização do armazém,
otimizando o espaço e os processos de armazenagem.
O espaço pode ser melhor aproveitado com a utilização de vários níveis de
armazenagem. Atualmente, graças às estruturas autoportantes, a verticalização do
armazém pode chegar a mais de 35 metros de altura. Sendo assim os mais variados tipos
de estruturas de armazenagem podem reduzir custos com a guarda de bens, pelo fato de
que ajudam a diminuir as avarias e contribuem para uma melhor organização do
processo de armazenagem, além disso aumentar a segurança do armazém.
Existem uma série de fatores que devem ser levados em consideração antes de escolher
uma estrutura de armazenagem. Pois um bom conhecimento do processo de
armazenagem (FIFO, LIFO, etc.) é vital para a escolha correta da estrutura de
armazenagem, assim como os equipamentos que fazem a movimentação dos materiais.
Visto a importância dos métodos de armazenamento vertical, vamos conhecer as
diversas categorias em que esse empilhamento pode ser dividido, confira abaixo:
PORTA-PALETES CONVENCIONAL
Trata-se da estrutura mais comum. Empregada quando é necessária seletividade nas
operações de carregamento, isto é, quando as cargas dos paletes forem muito variadas, | 56

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permitindo a escolha da carga em qualquer posição da estrutura sem nenhum obstáculo
na movimentação dentro dos armazéns. Apesar de necessitar de muita área para
corredores, compensa por sua seletividade e rapidez na operação. O percentual de perda
dos corredores diminui quando se utilizam grandes alturas. Composta por colunas que,
unidas duas a duas ou três a três, através de perfis de travamento horizontal e diagonal,
formam os pórticos também chamados de laterais e por vigas, também chamadas de
longarinas. Podendo atingir até 30m de altura, são normalmente usadas na faixa de 3 a
12m. Na grande maioria exigem corredores para a passagem de empilhadeiras. Esses
corredores, dependendo do tipo do equipamento de transporte (transelevador,
empilhadeira elétrica, empilhadeira de combustão interna, empilhadeira trilateral, etc.)
podem variar, aproximadamente, de 1 a 4 m. Devemos considerar que a largura do
corredor é sempre considerada como medida livre, ou seja, medida entre paletes, e não
entre as colunas das estruturas porta-paletes.
Possui custo mais baixo em relação às outras estruturas de armazenagem. Tem
versatilidade para estocar produtos variados (diversos tipos e tamanhos). Com variada
gama de acessórios, pode ser utilizada, também, para armazenagem de itens variados
(não paletizados), como tambores, sacarias, caixas, caçambas, contêineres, chapas
planas, bobinas e etc. É de fácil montagem e possibilita o aproveitamento total do pé
direito, com 100% de seletividade.
PORTA-PALETES PARA CORREDORES ESTREITOS
Permite otimização do espaço útil de armazenagem, em função da redução dos
corredores para movimentação. Porém, o custo do investimento torna-se maior em
função dos trilhos ou fios indutivos que são necessários para a movimentação das
empilhadeiras trilaterais. Em caso de pane da empilhadeira, outra máquina convencional
não tem acesso aos paletes.
Esse sistema é caracterizado pela pouca demanda de espaço para corredores de trabalho
e também por grandes alturas de elevação. Especialmente em caso de espaço disponível
limitado.
PORTA-PALETES PARA TRANSELEVADORES
Também otimiza o espaço útil, já que seu corredor é ainda menor que da empilhadeira
trilateral. Em função de alturas superiores às estruturas convencionais, permite elevada
densidade de carga com rapidez na movimentação. Possibilita o aproveitamento do
espaço vertical e propicia segurança no manuseio do palete, automação e controle do
FIFO.
PORTA-PALETES AUTOPORTANTE
Elimina a necessidade de construção de um edifício, previamente. Permite o
aproveitamento do espaço vertical (em média, utiliza-se em torno de 30m). Possui
o tempo de construção menor e pode-se conseguir, também, redução no valor do
investimento, uma vez que a estrutura de armazenagem vai ser utilizada como suporte
do fechamento lateral e da cobertura, possibilitando uma maior distribuição de cargas
no piso, traduzindo em economia nas fundações.

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As versões de uma estrutura autoportante são variadas. De um sistema de estantes em
estrutura alta totalmente automática em estrutura autoportante a um sistema de estantes
com operação manual, instalado em corredores; há uma grande variedade de
combinações entre essas duas opções. Em uma estrutura autoportante, as prateleiras
representam as sub construções de suporte de carga para o teto e as fachadas.
A decisão entre uma estrutura autoportante e um armazém interno é, muitas vezes,
particularmente significativa. Isso porque autoportante oferece várias vantagens logo na
fase de instalação e durante o funcionamento:
• Economia de espaço atrativa graças ao design compacto;
• Fundações de base simples, graças à distribuição da carga em diversos suportes
da estante;
• Uso mais rápido do sistema, graças a prazos de montagem mais rápidos;
• Custos operacionais mais baixos (por exemplo, com ar-condicionado e
iluminação);
• Opções de rebaixamento atrativas.
PORTA-PALETES DESLIZANTE
Sua principal característica é a pequena área destinada à circulação. O palete fica mais
protegido, pois quando não se está movimentando, a estrutura fica na forma de um
blocado. Muito utilizado em espaços extremamente restritos para armazenagem de
produtos de baixo giro e alto valor agregado. Apresenta, como vantagem, alta
densidade.
Trata-se de um sistema que pode ser adaptado a qualquer tipo de volume ou de carga,
garantindo a melhor maneira de gerenciar a logística da empresa, tornando-a mais ágil e
segura.
O porta paletes deslizantes apresenta-se como o mais apropriado para o meio industrial,
adequando-se aos mais diversos tipos de almoxarifado, propiciando que os operadores
possam ter acesso rápido aos volumes e cargas armazenados e dando a garantia de
pronto atendimento ao processo produtivo.
O sistema de porta paletes deslizantes pode ser trabalhado com empilhadeiras,
dependendo das dimensões da carga, do tamanho do almoxarifado e da necessidade de
movimentação de materiais, garantindo seletividade no processo, desde a estocagem até
a distribuição.
ESTRUTURA TIPO DRIVE-THROUGH
O sistema de armazenagem conhecido como porta paletes drive-through é montado de
forma que as empilhadeiras possam se movimentar dentro de sua própria estrutura,
deixando que os porta paletes fiquem armazenados de forma longitudinal, o que
proporciona maior utilização do espaço, já que os corredores utilizados pelas
empilhadeiras são menores.
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Possui alta densidade de armazenagem de cargas iguais e propicia grande
aproveitamento volumétrico para os armazens. Este sistema deve ser utilizado
preferencialmente quando o sistema de inventário obrigue a adoção do tipo FIFO (first
in, first out – primeiro a entrar, primeiro a sair). Semelhante à estrutura tipo Drive-in,
tem acesso também por trás, possibilitando corredores de armazenagem mais longos.
Nos dois sistemas de Drive, quando os corredores de armazenagem são muito longos, a
velocidade de movimentação diminui bastante, pois além de aumentar o espaço a ser
percorrido pela empilhadeira, obriga o operador a voltar de ré (este último transtorno
pode ser minimizado com a colocação de trilhos de guia junto ao solo).
O sistema de porta paletes drive-through utiliza guias que se apoiam sobre os braços
fixados nos pórticos do almoxarifado, permitindo livre movimentação das
empilhadeiras, sendo o método indicado para armazenamento de materiais de pouca
rotatividade.
ESTRUTURA TIPO DRIVE-IN
Tendo como a principal característica do sistema drive-in, o aproveitamento do espaço,
pois nesse sistema existe somente corredor frontal, com a eliminação dos corredores.
Como o drive-throug, é um porta-paletes utilizado basicamente quando a carga não é
variada e pode ser paletizada, além de não haver a necessidade de alta seletividade ou
velocidade. É uma estrutura bastante instável e, por este motivo, deve se ter muito
cuidado no seu dimensionamento.
O risco de acidentes é ainda mais elevado em função de sua operação, que deve ser
lenta e cuidadosa. Por esses motivos, sua forma construtiva foi alterada. Hoje se aplica o
perfil laminado, que apresenta uma maior resistência à absorção de impactos, e com isso
a estrutura fica mais segura. A alta densidade de armazenagem que o sistema oferece
pode ser considerada o melhor aproveitamento volumétrico de um armazém. Como
resultado, obtêm-se a estrutura com o menor custo por metro quadrado, levando em
consideração a eliminação da necessidade de expansões em armazéns já existentes.
Deve ser utilizado preferencialmente quando o sistema de inventário for do tipo LIFO
(last in, first out – último a entrar, primeiro a sair). Sua utilização torna-se necessária
quando é preciso alta densidade de estocagem. Composta por pórticos e braços que
sustentam trilhos destinados a suportar os paletes, exige paletes uniformes e mais
resistentes. Uniformes porque à distância entre os trilhos é fixa e resistente porque serão
apoiados apenas pelas bordas. Esse tipo de estrutura não deve ultrapassar os 12m.
Como vantagens, válidas também para as estruturas drive-trough, podem ser incluídas:
são mais seletivas, pois permitem o acesso de qualquer nível, sem a necessidade de
descarregarem os de cima ou os do lado; tornam as operações mais ágeis, uma vez que a
empilhadeira entra nas estruturas; menor risco de abalroamento da empilhadeira contra
as estruturas; inventários mais fáceis, uma vez que todos os paletes ficam dispostos no
corredor. A grande vantagem desse tipo de estrutura é a economia de espaço, perdendo,
no entanto, no preço e também na velocidade de movimentação. Para reduzir um pouco
a perda de velocidade aconselha-se armazenar sempre o mesmo tipo de produto em cada
corredor, pois é impossível movimentar os paletes de trás sem tirar os da frente.
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ESTRUTURA DINÂMICA
A principal característica é a rotação automática de estoques, permitindo a utilização do
sistema FIFO, pois, pela sua configuração, o palete é colocado em uma das
extremidades do túnel e desliza até a outra por uma pista de roletes com redutores de
velocidade, para manter o palete em uma velocidade constante. Permite grande
concentração de carga, pois necessita de somente dois corredores, um para
abastecimento e outro para retirada do palete. É empregada, principalmente, para
estocagem de produtos alimentícios, com controle de validade, e cargas paletizadas.
Neste sistema, o palete é colocado pela empilhadeira num trilho inclinado com roletes e
desliza até a outra extremidade, onde existe um “stop” para contenção do mesmo. Sem
dúvida, é uma das mais caras, mas muito utilizada na indústria de alimentos, para
atender aos prazos de validade dos produtos perecíveis.
ESTRUTURA TIPO CANTILEVER
Permite boa seletividade e velocidade de
armazenagem. Sistema adequado para armazenagem
de peças de grande comprimento.
O cantilever é um sistema de armazenagem bastante
robusto, de modo que esse tipo de estrutura possui
características autoportantes, ou seja, não se faz
necessária a sua fixação a pilares ou paredes. São
desenhados e projetados especialmente para o
armazenamento de unidades de carga de grande
longitude ou com as medidas bastante variadas.
É destinada às cargas armazenadas, pela lateral, preferencialmente por empilhadeiras,
como: madeiras, barras, tubos, trefilados, pranchas, dentre outros. De preço elevado é
composta por colunas centrais e braços em balanço para suporte das cargas, formando
um tipo de árvore metálica. Em alguns casos, pode ser substituídas por estrutura com
cantoneiras perfuradas, montadas no sentido vertical e horizontal, formando quadros de
casulos e possibilitando armazenar os mais variados tipos de perfis pela parte frontal.
Esse outro tipo de estrutura é mais barato, porém exige carregamento e descarregamento
manual, tornando a movimentação mais lenta que a da estrutura tipo Cantilever, onde se
movimenta vários perfis de uma só vez.
ESTRUTURA TIPO PUSH-BACK
Na armazenagem push back o armazenamento dos paletes é feito sobre carrinhos
colocados em trilhos ou roletes, sendo empurrados pelos paletes estocados em
sequência nos módulos, um após o outro.
Sistema utilizado para armazenagem de paletes semelhante ao drive-in, porém, com
inúmeras vantagens, principalmente relacionadas à operação, permitindo uma
seletividade maior em função de permitir o acesso a qualquer nível de armazenagem.
Neste sistema, a empilhadeira “empurra” cada palete sobre um trilho com vários níveis,
permitindo a armazenagem de até quatro paletes na profundidade. Também conhecida
por Glide In – Gravity feed, Push Back – alimentado por gravidade, empurra e volta), é
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insuperável em produtividade de movimentação, densidade de armazenagem e
economia total de armazenagem de cargas diferentes.
Esta é uma opção para o aumento da densidade de armazenagem sem a necessidade de
investimentos em equipamentos de movimentação, pois os paletes ficam sempre
posicionados nos corredores com fácil acesso, isto é, qualquer nível é completamente
acessado sem a necessidade de descarregar o nível inferior. A utilização dos perfis de
aço laminados estruturais é absolutamente necessária para garantir o perfeito
funcionamento de trilhos, carros e rodízios dos sistemas.
Com o aumento da ocupação volumétrica da fábrica (relação entre o volume total do
armazém e o volume da carga estocada), podem-se listar como benefícios a obtenção de
maior produtividade operacional (itens movimentados por homem-hora), maior
agilidade no fluxo de materiais, maior organização dos estoques, maior produtividade
nas operações de inventário e a utilização do LIFO (Last in- First out ) nas operações de
transferências entre Centro de Distribuição e lojas ou depósitos.
Atualmente, são bastante procurados, principalmente em virtude de determinadas
empresas terem a necessidade de alta densidade de carga, permitindo ainda maior
número de endereços para os paletes armazenados do que as estruturas drive-in. Trata
de um modelo de armazenamento que pode ser utilizado em associação com o sistema
dinâmico.
ESTRUTURA TIPO FLOW-RACK

Sistema indicado para pequenos volumes e


grande rotatividade, onde se faz necessário o
picking, facilitando a separação de materiais
e permitindo naturalmente o princípio
FIFO. Neste sistema, o produto é colocado
num plano inclinado com trilhos que
possuem pequenos rodízios deslizando,
assim, por gravidade, até a outra
extremidade, onde existe um “stop” para a
contenção do mesmo. É usada com
movimentações manuais e mantém, sempre, uma caixa à disposição do usuário,
facilitando, assim o picking, ou seja, a montagem de um pedido, como se fosse um
supermercado. Como elas precisam ser de pouca altura, pois são usadas manualmente, é
bastante comum montá-las na parte inferior de uma estrutura porta-paletes
convencional, no intuito de usar a parte superior para estocagem do mesmo produto, em
paletes, simulando, assim, um atacado na parte superior e um varejo na parte inferior.
O sistema de armazenagem flow rack é utilizado para armazenamento manual de caixas,
geralmente de plástico, em conjunto com linhas de transportadores, servindo para
produtos que serão embalados para expedição posterior.

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O flow rack é dinâmico, ideal para a rotação de pequenos volumes de maneira
automática, sendo o mais adequado para seleção e controle de estoques e para produtos
fracionados.
O produto, no sistema de armazenagem flow rack, é armazenado na parte traseira da
estrutura, movendo-se na direção do picking na parte frontal da prateleira, levemente
inclinada, onde estão montados os trilhos com roletes. Assim que uma caixa é removida
da estação de picking, a próxima caixa, pela gravidade, desce até a parte frontal. Desta
maneira, o sistema de armazenagem flow rack mantém as caixas de produtos sempre ao
alcance, tornando o inventário mais rápido e prático, possibilitando monitoramento e
controle, uma vez que os produtos estão visíveis o tempo todo. Com o sistema de
armazenagem flow rack, a reposição e o picking oferecem aumento de eficiência,
gerando economia de mão de obra.
ESTANTE
Sistema estático para a estocagem de itens de pequeno tamanho que podem ter
acessórios, como divisores, retentores, gavetas e painéis laterais e de fundo. Possibilita a
montagem de mais de um nível, com pisos intermediários. São adequadas para
armazenar itens leves, manuseáveis sem a ajuda de qualquer equipamento e com
volume máximo de 0,5 m.
ESTANTE DE GRANDE COMPRIMENTO
Utilizada, basicamente, para cargas leves que possuem um tamanho relativamente
grande para ser colocado nas estantes convencionais. É um produto intermediário entre
as estantes e os porta-paletes.

Sistema de Armazenagem Flow Rack


O sistema de armazenagem flow rack é utilizado para
armazenamento manual de caixas, geralmente de
plástico, em conjunto com linhas de transportadores,
servindo para produtos que serão embalados para
expedição posterior.

No sistema de armazenagem flow rack a montagem é


feita por pistas com rodízios plásticos inclinados, onde são colocadas as caixas em
sequência, sendo expedidas por um lado e recebidas pelo outro, trabalhando no sistema
FIFO, ou First In, First Out (primeiro que entra, primeiro que sai), saindo para caixas de
embalagens nas linhas dos transportadores.

O sistema de armazenagem flow rack é dinâmico, ideal para a rotação de pequenos


volumes de maneira automática, sendo o mais adequado para seleção e controle de
estoques e para produtos fracionados.

Facilitando o deslocamento dos produtos armazenados, o sistema de armazenagem flow


rack utiliza a ação da gravidade, possibilitando facilmente a reposição e o manuseio dos
produtos, utilizando-se como estrutura para sua sustentação os módulos de porta paletes
ou de estruturas em cantoneira.
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Funcionamento do sistema de armazenagem flow rack
Os planos de carregamento do sistema de armazenagem flow rack são montados em
trilhos de alumínio estrudado, com rodízios de polipropileno, sustentados por eixos de
aço galvanizado, possuindo regulagem em espaços de mesmo tamanho e apoiados sobre
um quadro construído em chapa de aço estrutural, sempre de acordo com a carga que irá
suportar.

No sistema de armazenagem flow rack, as pistas de rodízio são feitas através de pentes,
com regulagem variável, atendendo a configuração dos planos do projeto,
possibilitando, desta maneira, acesso rápido e rotas curtas, o que favorece os processos
de utilização do material, tornando o trabalho mais eficiente.

A principal vantagem do sistema de armazenagem


flow rack é a organização dos produtos armazenados,
tornando mais fácil sua localização e utilização.
Através do flow rack, o giro dos produtos se torna
automatizado, num conceito simples e efetivo.

O produto, no sistema de armazenagem flow rack, é


armazenado na parte traseira da estrutura, movendo-se na direção do picking na parte
frontal da prateleira, levemente inclinada, onde estão montados os trilhos com roletes.
Assim que uma caixa é removida da estação de picking, a próxima caixa, pela
gravidade, desce até a parte frontal.

Desta maneira, o sistema de armazenagem flow rack mantém as caixas de produtos


sempre ao alcance, tornando o inventário mais rápido e prático, possibilitando
monitoramento e controle, uma vez que os produtos estão visíveis o tempo todo.

Com o sistema de armazenagem flow rack, a reposição e o picking oferecem aumento


de eficiência, gerando economia de mão de obra. Como as esteiras são alimentadas por
um lado e retiradas pelo outro, as funções são realizadas sem qualquer interferência e
com o mínimo de deslocamento do pessoal.

Com o sistema de armazenagem flow rack evita-se esforços desnecessários, gerando


maior produtividade. Embora o sistema de estocagem estático, através de porta paletes,
por exemplo, possui um custo de instalação menos oneroso, ao longo do tempo o
sistema de armazenagem flow rack possibilita economia suficiente para a cobertura do
seu custo.

Fornecimento para produção e montagem no sistema de armazenagem flow rack


O sistema de armazenagem flow rack oferece a possibilidade de fornecimento de
material de forma pontual nas linhas de montagem, mostrando-se mais preciso e,
principalmente, ergonomicamente dentro das especificações, eliminando interrupções
do processo de produção, reduzindo as falhas no sistema.

Os produtos e matérias primas são colocados diretamente ao lado da linha de


montagem, movimentando as peças que os trabalhadores precisam para os produtos
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finais e as prateleiras permanecem disponíveis em diferentes comprimentos e
profundidades, com alta capacidade de carga.

Materiais de distribuição no sistema de armazenagem flow rack


No sistema de armazenagem flow rack é possível gerar mais eficiência para a
distribuição. Utilizando as estantes e as esteiras é possível ordenar a escolha direta de
pacotes, caixas ou sacos de armazenamento, encurtando as rotas e tornando o trabalho
mais rápido, reduzindo a carga sobre as pessoas que atuam no processo, ao mesmo
tempo que aceleram as atividades.

As prateleiras são carregadas por trás, não gerando interferência entre a alimentação e a
separação dos pedidos, minimizando as interrupções do processo.

A importância do inventário na gestão de estoques:

Você sabe exatamente quais bens


há em sua empresa? Você saberia
dizer a quantidade de um
determinado produto que você
tem no estoque? Sabe quando é
necessário pedir mais matéria-
prima aos fornecedores?

A gestão de estoques é uma área


de muita relevância dentro de
uma empresa. E o inventário é o
responsável por fazer o levantamento de quais e quantos bens estão nos estoques da
companhia. Portanto, para que essa gestão seja bem conduzida, o inventário de
materiais é um aspecto que é essencial e não deve, de forma alguma, ser negligenciado
pelos gestores.

O que é o inventário de materiais?


O inventário é a atividade por meio da qual os gestores realizam a contagem e
conferência de todos os materiais disponíveis em estoque e checam os resultados,
comparando-os às quantidades informadas no controle — que pode ser feito por meio
de planilhas ou softwares de gestão.

Qual é a importância do inventário na gestão de estoques?


Fazer um inventário nada mais é do que listar todos os bens armazenados na empresa ou
em depósitos pertencentes a ela. Mas por que essa listagem é tão importante?
Destacamos os principais motivos:

Redução das perdas

Um bom inventário é capaz de reduzir os custos e evitar desperdícios. Ao quantificar


exatamente quantos produtos há em seu estoque, o gestor evita comprar matéria-prima
de forma excessiva, já que os pedidos aos fornecedores são feitos de acordo com a | 64

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demanda.
Além disso, com o inventário em dia, é possível identificar desvios e trabalhar para
evitá-los. Se a relação de produtos do inventário físico estiver em desconformidade com
o contábil, será mais fácil descobrir extravios, furtos e obsolescências.

Melhora do atendimento ao cliente

Ao saber exatamente quais produtos estão disponíveis no estoque, o vendedor otimiza


as vendas e aumenta a credibilidade com os clientes. Quando não há controle de
estoque, a propensão aos erros é muito maior: vender um produto indisponível e
prometer a entrega imediata, por exemplo, pode irritar o consumidor, que nunca mais
fechará negócio com a sua empresa.

Cumprimento da legislação

Inconsistências entre o inventário físico e o contábil podem fazer com que sua empresa
seja autuada pelo FISCO. Se o fiscal detectar que há diferenças entre o estoque
declarado de produtos e o estoque real, poderá penalizar sua empresa com multas
altíssimas que poderão, inclusive, ameaçar seriamente a saúde financeira de seu
negócio.

Como fazer um bom inventário de materiais?

Fazer um inventário não é uma tarefa fácil, principalmente se a empresa tem muitos
bens. Preparamos alguns passos para tornar esse processo mais simples:

1. Escolha o dia certo

O primeiro passo é definir uma data para começar a listagem. Opte por finais de semana
ou feriados, quando a sua empresa estará fechada e não haverá movimentação no
estoque. Com o estoque estagnado, sem entradas ou saídas, ficará mais fácil fazer a
relação de bens.

2. Separe e organize os itens

Organizar seus produtos em categorias diferentes é indispensável para aumentar a


eficiência de seu trabalho. Esse processo poupará muito tempo na contagem dos itens.
Aproveite para criar prateleiras, caixas e armários para cada tipo de produto. Isso não só
facilitará o inventário como otimizará as tarefas do dia a dia, como a separação e a
embalagem das mercadorias.
Aponte os itens definidos como obsoletos e informe ao setor de compras que esses itens
não precisam mais de ser comprados. Se possível, separe uma área isolada do estoque
para armazenar esses materiais.

3. Especifique cada produto em detalhes

Atribua uma categoria para cada tipo de produto, como, por exemplo, alimentos,
material de papelaria, informática, limpeza etc. A partir daí, tente especificar cada
produto de forma mais detalhada possível, incluindo peso, medida, cor, voltagem e se é
material para venda ou uso e consumo da empresa. Finalmente, aponte os preços de | 65

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custo e de venda.

4. Crie códigos

Crie um código para cada produto. Os códigos facilitarão a sua identificação tanto na
hora das vendas como no momento de fazer os registros contábeis. Você pode utilizar
sequências de letras e números ou até mesmo usar um software para gerar códigos de
barra.

5. Conte item por item

Essa é uma das etapas mais trabalhosas do inventário, mas é extremamente importante.
A contagem correta evitará erros futuros e fará com que seu inventário realmente
corresponda ao seu estoque físico de mercadorias.
Para que o inventário seja mais preciso, recomendamos que se façam duas contagens: a
primeira feita normalmente, e a segunda para fins de conferência. Caso as informações
entre a primeira e a segunda divergirem, o ideal é que se realize uma terceira contagem.

6. Atualize seu inventário periodicamente

De nada adianta criar um controle de estoque impecável se as entradas e saídas não


forem atualizadas com frequência. O ideal é que os inventários sejam realizados em
curtos períodos de tempo. Quando esses intervalos são menores, a identificação das
causas e suas resoluções passam a ser mais eficazes.
Atualize as informações dos controles de acordo com os levantamentos que foram
realizados no inventário. Isso fará com que as informações disponíveis para o setor de
vendas e para a equipe de separação e expedição sejam as mais exatas possíveis.

7. Utilize um software de gestão

Ainda que algumas pessoas não consigam perceber, a gestão de estoques pode
influenciar diretamente os resultados das vendas da empresa, contribuindo para
aumentar os lucros ou causando prejuízos. A dica para agilizar esse processo é usar um
software de gestão que atualize essas informações quando uma compra ou venda de sua
empresa for feita.

Como podemos ver, a relevância do inventário na gestão de estoques vai além da


conferência de quantidades disponíveis. Ele se faz necessário para melhorar a gestão,
reduzindo índices de não conformidades e conseguindo aprimorar o planejamento de
compras, que, por consequência, passa a ter melhores informações a respeito da
aquisição de novos itens.

Fonte: ADV Tecnologia

Tipos de Inventário:

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O Inventário físico nada mais é a contagem de
todos os itens do estoques da empresa, seja ele
matéria prima, produto acabado ou ainda
materiais em processo, para verificação se as
quantidades correspondem aos controles do
estoque.

Inventário Rotativo ou inventario cíclico é um


processo de recontagem física continua das
matérias em estoque, programando de modo que os materiais sejam contados a uma
frequência pré-determinada (semanal ou diária), Organizada em ciclos e períodos, que
são dimensionados em função das quantidades e das categorias dos materiais
envolvidos.

Inventário por Amostragem é processo de contagem recomendado quando a acuracidade


dos estoques é mantida através dos inventários Gerais e Rotativos ou em procedimentos
de auditoria. São contados apenas alguns itens, aleatórios ou não, que representem uma
amostra relevante no universo de itens da empresa e através do resultado se infere se os
métodos de controle estão sendo bem executados.

Inventario permanente, a cada venda efetuada a empresa controla cada item do estoque
que for negociado. Isso permite que se conheça após cada operação de compra ou venda
o nível de seus estoques.

Inventario periódico é a de que a empresa toma conhecimento do volume de seus


estoques (para fins contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período
(mês, semestre ou ano).

Inventário geral é um relatório utilizado para conhecer o patrimônio de uma entidade


qualquer. Trata-se de um levantamento de bens, direitos e obrigações que integram um
determinado patrimônio, numa determinada data, obedecidos certos princípios e
convenções que normalizam sua execução, independentemente da escrituração contábil.

Conceito, importância e tipos de inventários


Dentro de uma empresa, a realização de um inventário é feita para que seja possível
obter um balanço real. Ou seja, é através do inventário que podemos ter a certeza de
que, o que a empresa tem no estoque fisicamente está de acordo com o que está lançado
no sistema, o ideal é que a acurácia esteja 100%.
Inventário é um documento contabilístico que consiste em uma relação de bens que
pertencem a uma pessoa, empresa ou comunidade.
Quanto menos eficaz for o sistema de controle interno, mais substancial será a execução
de inventários físicos na data do Balanço. Empresas que têm bons controles analíticos
de estoques podem adotar o sistema de contagens rotativas, isto é, contagens feitas
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durante o ano, dando maior relevância aos bens mais importantes e conferindo uma
frequência menor aos de pequena importância.

Então, o inventário é a atividade por


meio da qual os gestores e suas
equipes realizam a contagem e
conferência de todos os materiais
disponíveis em estoque e checam os
resultados, comparando-os às
quantidades informadas no controle — que pode ser feito por meio de planilhas ou
softwares de gestão, através da identificação, classificação e contagem dos produtos
armazenados, com o objetivo de conferir se essas informações estão de acordo com a
realidade do que foi dado como entrada e saída de mercadorias. Portanto, para que esse
processo seja bem-sucedido, é necessário que a equipe tenha um conhecimento
detalhado e correto do estoque, pois qualquer falha ou esquecimento na hora de dar
baixa nos materiais pode ser capaz de comprometer a gestão dos recursos financeiros.
A definição de inventário dentro das empresas, normalmente segue as definições do
Conselho Federal de Contabilidade através das Normas Brasileiras de Contabilidade.
A realização de inventário é de suma importância, pois essa tarefa nada mais é do que
listar todos os bens armazenados na empresa ou em depósitos pertencentes a ela, onde
será possível identificar divergências, contribuindo assim para um melhor controle de
estoque. Logo, é capaz de reduzir os custos e evitar desperdícios. Ao quantificar de
forma exata quantos produtos existem em seu estoque, o gestor evita comprar
materiais de forma demasiada, já que os pedidos aos fornecedores são feitos de acordo
com a demanda.
Como vimos, dependendo da empresa ou da qualidade da gestão e arrumação do
estoque, o gestor pode escolher um ou mais tipo de inventário a ser executado, tais
como:
Inventário Rotativo
Inventário Rotativo é um processo de recontagem física e contínua de todo o estoque.
Este processo exige que o estoque seja contado em uma frequência pré-determinada
(diária, semanal, mensal), sendo assim organizada em períodos cíclicos que acontecerão
de acordo com a demanda de cada negócio.
Inventário Periódico
A contagem de um inventário periódico é realizada no final de um período determinado
pela empresa. Os objetivos são: atualizar as informações do sistema de estoque, elaborar
demonstrativos financeiros e corrigir eventuais falhas humanas.
Inventário Geral
Tem por principal objetivo a elaboração de demonstrativos financeiros. Ele não é um
requisito legal, porém é uma exigência dos acionistas e contadores da empresa. | 68

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Normalmente, a realização do Inventário Geral exige a interrupção das operações do
armazém e da fábrica, pois o inventário físico corresponde à contagem de todos os
estoques da empresa, validando o físico versus o registrado.
O inventário corrige possíveis erros no sistema e atualiza o estoque. Reduzindo perdas e
aumentando a rentabilidade da empresa, portanto é sempre bom a empresa ter um
inventário físico e profissionais capacitados para isso.

Qual é o melhor tipo de Inventário?


que é um inventário preventivo de caráter operacional, é um
inventário que se faz com maior frequência e em muitos
casos até mesmo diário. É através do inventário rotativo que
Rotativo se identifica problemas de má fé, operacionais e de sistema
para que sejam corrigidos evitando assim maiores impactos e
prejuízo financeiro.

este é o inventário corretivo de caráter contábil e que por sua


vez tem maior visibilidade e um maior grau de importância,
pois é acompanhado por toda empresa. Sua finalidade é
apurar os prejuízos e diferenças para que sejam tratados e
corrigidos através da equalização dos estoques contábil e
físico. Aqui também identificamos outras falhas
eventualmente não identificadas no inventário rotativo para
Cíclico que sejam tratadas. Devido sua complexidade, este
inventário se faz com menos frequência e geralmente em
“ciclos” de dois, três ou quatro meses e como não poderia
ser diferente, sempre com o acompanhamento da Auditoria
(em muitos casos externa), Controladoria e/ou cliente os
quais tem alçada para aprovar os ajustes contábeis
necessários.

Transportes X Serviço ao Cliente


Uma das Principais Funções Logísticas representa a maior parcela dos custos logísticos
(aproximadamente 60%) para a maioria das organizações e também tem papel
fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente.
Serviço ao Cliente é a realização
de todos os meios possíveis para
satisfazer necessidades dos
clientes, oferecendo-lhe
facilidades e informações sem
limitar a duração dos serviços,
mesmo que os mesmos sejam
oferecidos sem custo adicional
para o cliente, buscando
estabelecer relações duradouras | 69

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com o cliente. O Serviço ao Cliente inclui elementos pré-transacionais, transacionais e
pós-transacionais. Assim, Serviço ao Cliente pode ser entendido como todas as
atividades envolvidas no aceite, processamento, faturamento e entrega dos pedidos aos
clientes, nas condições, quantidades e prazos acordados, de forma percebida como
satisfatória pelo cliente, atingindo os objetivos da empresa. A ideia central é que o
Serviço ao Cliente agregue valor aos produtos/serviços.
Existe uma tendência para delegar a responsabilidade do serviço ao cliente para
departamentos como o marketing ou as vendas, ao invés de integra-lo no sistema
logístico. Mas tem se provado a sua importância no comportamento dos clientes às
vezes superior ao preço, qualidade e outros elementos do marketing, finanças e
produção. Já se provou que o efeito do Marketing Mix (preço, produto, promoção e
local) não contribui de maneira igual na participação do mercado, sendo, para os
clientes, os elementos logísticos os mais importantes.
Já há algum tempo se acredita que os níveis dos serviços tem influência nas vendas.
Provada a importância da logística dos serviços ao cliente, esta poderia ser aperfeiçoada
e melhorada se houvesse o conhecimento da relação entre vendas e níveis da logística,
ou seja, que mudanças existem nas vendas após uma mudança dos níveis logísticos.
Existe a necessidade de expressar matematicamente essa relação. Surge, no entanto, um
problema para relacionar o comportamento exato que as vendas têm face a um nível ou
a mudanças nos serviços logísticos. Essa relação é difícil de obter porque nem sempre
os clientes manifestam de forma clara as suas preferências, nem reagem
consistentemente ao nível de oferta dos serviços.
Entretanto está explicitamente documentada a sensibilidade dos clientes em relação aos
serviços prestados pelos fornecedores. Consequentemente, melhorar os serviços,
significa baixar custos de existências para o cliente, partindo do principio que a
qualidade do produto e o seu preço não são inflacionados pela melhoria dos serviços.
Assim, os compradores são pressionados a fidelizar-se aos fornecedores que oferecem
os melhores serviços. (Ballou, 2004, p. 101,103).
Temos o Transporte como um importante fator para alavancar os níveis de Serviço ao
Cliente, pois os impactos do transporte no serviço ao cliente é um dos mais
significativos pelo motivo de que as principais exigências do mercado estão
relacionadas a:
• Pontualidade do serviço;
• Capacidade de prover um serviço porta a porta;
• Flexibilidade (manuseio de grande variedade de produtos, gerenciamento de
riscos associados a roubos, capacidade de o transportador oferecer mais que um
serviço básico de transporte).
O desempenho e as características de cada modal de transporte é que darão as respostas
a cada uma dessas exigências, no que se refere às dimensões estruturais e de custos.

Distribuição
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Nessa página iremos tratar sobre Distribuição em Logística, essa é uma das áreas que
mais faz jus a ser integrada ao sistema logístico.
De uma forma bem resumida, podemos dizer que ”distribuição é uma função dinâmica e
bastante diversa, variando de produto para produto, de empresa para empresa, dessa
forma à distribuição precisa ser extremamente flexível para enfrentar as diversas
demandas e restrições que são impostas, sejam elas físicas ou legais.” – Paulo Roberto
Bertaglia. Ou seja, é montarmos uma rede de distribuição composta por:

Transporte – Armazenagem – Informação – Produto e Cliente


Esse sistema tem apenas um só objetivo, conseguir chegar ao lugar certo, na quantidade
correta ao tempo acordado e lógico, no menor custo possível.
No que consiste o sistema de distribuição? Ele consiste basicamente em:
Recursos de Transportes – Carregando a mercadoria fisicamente entre seus pontos;
Armazéns – Que estarão ao longo da cadeia de distribuição;
Onde esse dois fatores devem estar impreterivelmente de forma integrada e otimizada e
atingindo o objetivo do sistema que é atender a necessidade do cliente.
Distribuição física ou Logística?
No início do século XX, quando
começaram a aparecer os primeiros
trabalhos sobre o fluxo de bens, a
logística era designada como
“distribuição física”. Em 1927, Ralph Borsodi publicou Distribution Age, livro no qual
abordou o tema da logística – em especial, os fluxos físicos, sob a denominação
“distribuição”. Foster, em 1970, refere-se à logística como “distribuição física”. Outras
designações foram “engenharia da distribuição”, “marketing logístico”, “distribuição
logística” e “gestão de materiais”, predominando, no entanto, “distribuição física“.
Mix de marketing, um conceito básico do marketing, refere-se à combinação de quatro
itens: preço, produto, promoção e distribuição, componentes propostos por McCarthy.
A distribuição engloba elementos necessários para que o produto chegue aos
consumidores: canais de distribuição, cobertura, sortimentos, localização, estoque e
transporte.
Canais de distribuição
Canais de distribuição podem ser considerados o conjunto de empresas e indivíduos
interligados que garantem que uma mercadoria chegará ao consumidor final. Esse
conceito também pode ser chamado de canal de marketing ou de canal comercial.
Logo um canal de distribuição é um conjunto de instituições e relacionamentos, através
dos quais os produtos, direitos de uso, pagamentos e informações fluem do produtor
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para o consumidor. Para selecionar um canal de distribuição, os planejadores levam em
conta:
• Características do mercado
• Natureza do produto ou serviço
• Clima atual dos negócios
• Estrutura da empresa
A distribuição tem uma função logística, que diz respeito mais à circulação física do
produto, e outra de marketing, que corresponde aos contatos e serviços que o envolvem.
Ou seja, as funções dos canais de distribuição não se limitam apenas a garantir o fluxo
físico das mercadorias, sendo os membros do canal responsáveis também por uma série
de outras atividades, como estimular a compra e levantar informações sobre os
consumidores.
Uma no mínimo boa escolha do canal de distribuição do produto ou serviço é
fundamental para o sucesso do negócio, pois optar pelo canal correto significa fazer o
produto chegar ao cliente certo na hora certa. Além disso, a forma de distribuição tem
impacto no custo do produto. Canal de distribuição tem, portanto uma imensa
substancialidade na competitividade da empresa ou até mesmo criar um gargalo que
impeça o seu crescimento. Portanto, não subestimem em hipótese alguma o fator canal
de distribuição.
Existe atualmente vários tipo de distribuição e canais de distribuição:
Tipos de distribuição:
Distribuição exclusiva, Distribuição intensiva, Distribuição seletiva,
Canais de distribuição:
Direto, Indireto e Híbrido.
Competência da Logística de Distribuição
• Verificar, controlar e alocar os itens que foram entregues pelo Almoxarifado, a
fim de garantir o transporte correto e seguro até o cliente;
• Expedir os materiais conforme as especificações das embalagens;
• Carregar e conduzir o veículo e descarregar os materiais;
• Supervisionar e controlar todos os materiais que forem expedidos pelo
Almoxarifado Central até o local do seu destino nas unidades da Instituição,
salvo os materiais que são enviados via transportadora para os campus do
interior;
• Coletar assinatura dos clientes no ato da entrega no Protocolo de Recebimento
de Materiais;

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• Comunicar e registrar aos clientes sempre que ocorrer qualquer situação além
das possibilidades de entrega do núcleo (veículo danificado, produto com danos,
etc.).

Canais de distribuição
Canais de distribuição podem ser considerados o conjunto de empresas e indivíduos
interligados que garantem que uma mercadoria chegará ao consumidor final.

Porém, também podemos dizer que, Canal de Distribuição é o caminho escolhido por
uma empresa para fazer seus produtos chegarem aos consumidores certos, no local e no
momento exato.

Mas, esses mesmos podem ir além, pois, a seleção e o gerenciamento dos canais de
distribuição são umas das atividades fundamentais. Pelo fato de que Engloba a
construção de uma série de mecanismos e de uma rede por meio da qual a empresa
chega ao mercado, mantém-se em contato com seus clientes e realiza uma série de
atividades fundamentais, que vão desde a geração de demanda até a entrega física dos
produtos.

Ainda, os canais de distribuição


podem desempenhar algumas tarefas
para o negócio, como prestação de
informações sobre o produto,
customização, garantia de qualidade,
oferta de produtos complementares,
assistência técnica, pós-venda e etc.

Formas de distribuição

São 03 (três) às formas básicas de distribuição:

Exclusiva, seletiva e intensiva.

A escolha de um canal de distribuição eficiente é uma importante etapa, pois é através


dela que a empresa atingirá seu público-alvo.

Sistema de distribuição exclusiva: O próprio fabricante escolhe seus revendedores,


autorizando-os a distribuir de forma exclusiva os produtos e controlando grande parte
das atividades desses revendedores. Neste caso, o fabricante deve vender por meio de
um ou de poucos intermediários.

Normalmente, é o sistema utilizado quando a natureza do negócio precisa da lealdade


do distribuidor. Um bom exemplo são as concessionárias de veículos autorizadas.

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Nesse sistema, quando se fala em varejo, os intermediários podem ser representantes
comerciais, que levam o produto aos pontos de venda, ou redes de lojas que tenham a
exclusividade na distribuição do produto.

Sistema de distribuição seletiva: Ocorre quando o fabricante vende por meio de um


grupo selecionado de intermediários. É utilizado quando a natureza do negócio precisa
de valorização.

Com isso, entende-se que os intermediários escolhidos são considerados os melhores


para vender os produtos com base em sua localização, reputação, carteira de clientes e
outros pontos fortes.

A distribuição seletiva é utilizada quando os clientes buscam produtos de compra


comparada. Essa seleção de parceiros acaba tornando possível o desenvolvimento de
relacionamentos mais estreitos com cada um deles, permitindo que o fabricante obtenha
boa cobertura do mercado com mais controle e menos custos.

Sistema de distribuição intensiva: Aplica a lógica de “quanto mais, melhor”. O


fabricante vende por meio de tantos intermediários quantos forem possíveis. É utilizado
quando se tem que ter grande disponibilidade do produto em um grande número de
pontos de venda.

Essa popularização é saudável para produtos de alto consumo e pouco valor agregado.
Um ótimo exemplo são os produtos de higiene e os alimentícios.

Nesse sistema, os pontos de venda podem ser alcançados por equipes de venda dos
próprios fabricantes, por representantes comerciais ou atacadistas distribuidores.
Equipes próprias podem ser utilizadas para atender grandes varejistas como
hipermercados e redes de supermercados.

Para definir quais canais de distribuição utilizar em um negócio, é bom começar pela
escolha da estratégia mais alinhada ao produto.

A distribuição intensiva deve ser usada se o produto tem baixo valor unitário e alta
frequência de compra, pois assim ele será encontrado na maior parte das prateleiras.

Se for um produto que possa ser comparado com outro, é recomendada a distribuição
seletiva, pois terá intermediários mais bem preparados para defender da melhor forma a
marca.

Se o produto requer um esforço especializado de venda ou investimentos em estoques e


instalações específicas, deve-se optar pela distribuição exclusiva. A exclusividade
garantirá um apoio adequado ao produto, determinando até mesmo uma imagem de
maior valor e luxo.

Para selecionar um canal de distribuição, os planejadores de marketing levam em conta:

• Características do mercado
• Natureza do produto ou serviço
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• Clima atual dos negócios

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• Estrutura da empresa

Como já vimos acima às funções dos canais de distribuição não se limitam apenas a
garantir o fluxo físico das mercadorias, sendo os membros do canal responsáveis
também por uma série de outras atividades, como estimular a compra e levantar
informações sobre os consumidores.

Uma empresa pode vender diretamente seu produto ao consumidor, como é o caso de
alguns e-commerces. Quando isso não é possível, a companhia costuma distribuir sua
mercadoria ou serviço por meio de intermediários. Os intermediários podem ser
agentes, representantes, corretores, distribuidores, atacadistas e varejistas, dentre outros.

As organizações que formam um canal de distribuição são interdependentes. Essa


definição indica que elas precisam umas das outras para tornarem o produto ou serviço
disponível para uso ou consumo.

Principais intermediários

Por meio de seus amplos contatos, experiências e escala de operação, os intermediários


disponibilizam produtos e os tornam acessíveis ao mercado-alvo, preenchendo a lacuna
de tempo e espaço entre quem fabrica e quem quer comprar.

Eles representam, distribuem e podem até mesmo vender o que é produzido. Assim,
podem oferecer a uma empresa mais eficiência e eficácia na distribuição.

Alguns exemplos dos principais intermediários atuantes em um canal de distribuição


são:

Varejista: Realiza a venda de bens e/ou serviços diretamente ao cliente final. Por
exemplo: supermercado, papelaria, farmácia, bazar, loja de calçados etc.
Atacadista: Compra e revende mercadorias para varejistas, outros comerciantes,
estabelecimentos industriais, institucionais e comerciais. Não vende em pequenas
quantidades para clientes finais. Por exemplo: atacadista farmacêutico que vende apenas
para farmácias.
Distribuidor: Vende, armazena e dá assistência técnica em uma área geográfica
delimitada de atuação e, na maioria das vezes, busca atender demandas mais
regionalizadas. Por exemplo: distribuidora de vinhos.
Agentes (relações de longo prazo) e Corretores (relações de curto prazo): Pessoas
jurídicas comissionadas contratadas para vender produtos de uma empresa. Por
exemplo: representantes de venda, corretores imobiliários, corretores de seguros etc.

Tipos de canais de distribuição

Direto: A empresa distribui o seu produto diretamente para o consumidor final. Um


exemplo são as marcas de cosméticos que possuem redes próprias de revendedores que
atuam de porta em porta.
Indireto: Para fazer com que seu produto chegue ao consumidor, a empresa utiliza o
serviço de intermediários.
Híbrido: Um canal de distribuição híbrido é aquele em que a empresa utiliza
intermediários, mas assume parte do processo de contato com seus clientes. | 75

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Níveis de canal de distribuição

Dentro dos Canais existem níveis, e esses


níveis podem ser uma vantagem
competitiva ou o gargalo que faz com que
as empresas percam na hora de oferecer os
seus produtos e serviços.

Canal de nível 0: Nesse Canal as


empresas conversam diretamente com o
consumidor, excluindo distribuidoras,
atacados ou mesmo varejo. Esse nível de
canal é utilizado com o canal de distribuição, é do tipo híbrido, algumas empresas
defendem esse nível de canal dizendo que assim as empresas ficam mais próximas ao
seu cliente, mas claro, não consideram o alto custo de manutenção, levando em
consideração que o mix de produtos oferecidos tem que ser grande para se manter
competitivo arcar com custos de marketing armazenagem e venda.

Canal de Nível 1: Um grande distribuidor, que passa a fazer a parte de distribuição e


venda, e nesse caso, pode vender não só como atacado, mas como varejo, pois a fábrica
vende o seu produto e a propriedade passa a ser do distribuidor, que vai escolher os seus
clientes. Uma tendência crescente são os atacarejos que atendem tanto atacado quanto
varejo.

Canal de Nível 2: A Indústria repassa aos seus distribuidores que irão repassar para o
varejo exclusivamente, que por sua vez atende o cliente final, nesse caso os direitos do
produto também são repassados ao distribuidor, mas ele poderá apenas vender para o
varejo para que possa fazer a distribuição, vale salientar que os custeios de promoção de
vendas desse produto também passa a ser responsabilidade do distribuidor, bem como a
do varejista, que como detém a propriedade do produto passa a ter interesse em vender o
mais rápido possível, já que estoque é dinheiro parado.

Canal de Nível 3: O canal é o mais tradicional de todos, pois envolve distribuidor,


representante, varejo e cliente, sendo assim as responsabilidades de vendas e
distribuição (bem como marketing) é divido pelos membros do canal, o que faz com que
esse custo seja embutido no produto, muitas vezes chega a corresponder a 25% do
produto.

Quando observamos os níveis de canais bem como o tipo de canais, notamos que é, sem
a menor sombra de dúvidas um dos setores mais complexos e importantes de se estudar
para não errar na hora de escolher e executar a distribuição, afinal:

“A Vantagem competitiva de uma empresa pode estar na forma de distribuir, na maneira


com que faz o produto chegar rapidamente à gondola, na qualidade do seu transporte e
na eficiência de entrega de um material a um fabricante” (BERTAGLIA, 2010).

Distribuição física
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De acordo com Bertaglia (2003), produtos e materiais são movimentados ao longo da
cadeia de abastecimento. A matéria-prima é transportada para as fábricas para se
transformar em produto final; em seguida, flui dos fornecedores para os centros de
distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa.
NOVAES (2014) “Distribuição Física: é um termo empregado na manufatura e no
comercio para descrever as extensas atividades relacionadas com o movimento eficiente
de produtos acabados desde a linha de produção ate o consumidor, e alguns casos, inclui
a movimentação de matérias-primas desde a fonte de suprimentos até o começo da linha
de produção. Esta atividade inclui transporte, fretes, armazenagem, movimentação de
materiais, embalagens de proteção, controle de estoques, localização de fábricas e
armazéns, processamento de pedidos, previsões de marketing e serviços ao usuário.”.
A cadeia de distribuição clássica é formada entre o fabricante e o consumidor, existindo
um único intermediário, o varejista. Quando definidos os canais de distribuição, torna se
necessário detalhar o processo logístico que será realizado, na prática, o projeto
mercadológico selecionado.
O Objetivo geral da distribuição física é o de levar os produtos certos, para os lugares
certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível.
Entretanto existe uma rivalidade em garantir um nível de serviço elevado, ao mesmo
tempo em que se pretende reduzir os custos, ambos precisam caminhar juntos.
As possíveis melhorias no sistema, de uma forma geral, implicam custos maiores de
transporte, de armazenagem e de estoque. Isto está preso ao conceito de valor
agregado, quando a forma correta de focalizar o problema é através de cadeia de valor.
Os centros de distribuição são fundamentais no sistema de logística de uma empresa,
situados geralmente em rodovias ou próxima a elas, em locais de fácil acesso a grandes
caminhões e carretas, funcionam como peças estratégicas para o abastecimento de lojas
ou entregas de produtos aos consumidores finais. Eles multiplicam pelo país, seguindo a
rota de expansão das empresas e a necessidade de estar cada vez mais perto do cliente,
encurtando distâncias e reduzindo os custos de transporte das mercadorias até o destino
final (CASTRO, 2006).
Sendo assim, distribuição física é o ramo da logística que trata da movimentação,
estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. O profissional
de logística deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos
pelos clientes à medida que eles desejam e se isto pode ser feito a um custo razoável.
Resumidamente temos a função da Distribuição Física com o dever de garantir que os
bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços
competitivos. Estas atividades incluem o fretamento do transporte, armazenagem,
movimentação de materiais, empacotamento de proteção, e controle de estoque.
A administração da distribuição física é desenvolvida em três níveis, nos quais veremos
a seguir:
1- Estratégico: Como deve ser a definição global dos sistemas de distribuição?
• Localizar Armazéns | 77

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• Selecionar modais de transportes
• Sys Informação
2- Tático: Como o sistema de distribuição pode ser utilizado?
• Utilizar recursos de transmissão
• Ocupação de armazéns
• Otimização da operação de transporte
3- Operacional: Tarefas diárias que devem ser desempenhadas;
• Carregamento
• Embalar produto
• Inventário
Mercados atendidos pela distribuição Física:
Usuários Finais: Compreendem tanto os que usam o produto como os que criam novos
produtos;
Intermediários: Compreendem os que não consomem os produtos, mas sim que
oferecem para revenda;
Padrão de demanda do mercado:
Consumidores finais: Normalmente adquirem em pequenas quantidades e são em
grande número.
Firmas de manufatura, distribuidores e eventualmente varejo: Geralmente compram em
grandes quantidades.
Localização do cliente
Próximos à “fábrica” (carga fracionada) – Podem ser atendidos diretamente.
Distantes da fábrica (carga fracionada) – Devem ser atendidos através de depósitos
localizados estrategicamente.
Estratégias básicas de distribuição
Podem ser adotadas muitas configurações de distribuição, normalmente derivadas de
três formas básicas:
• Entrega direta a partir de estoques de fábrica;
• Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção;
• Entrega feita utilizando um sistema de depósitos.
Três conceitos importantes que suportam a Distribuição Física:
• Compensação de custos (trade-off);
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• Custo total;
• Sistema total.
Modais de transporte na distribuição Física
A distribuição de produtos pode ser realizada através de diversas modalidades de
transporte: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo, e dutos.
Geralmente o embarcador tem uma diversidade de modalidades e combinações de
modalidades a sua disposição.
Em alguns casos, o embarcador pode escolher entre várias alternativas de modo, de tal
forma que o escolhido corresponda, por exemplo, ao menor custo total do transporte,
respeitando, no entanto, alguns critérios como os limites mínimo e máximo de tempo.
Nesses casos temos uma flexibilidade modal, isto é, existe a possibilidade de escolha do
modo de transporte ou combinação a ser utilizado.
Em outras situações, pode-se escolher qual o modo de transporte que se adequa melhor
às condições de disponibilidade e viabilidade em relação ao tempo da distribuição. Essa
possibilidade de escolha em função do tempo é denominada flexibilidade temporal.
Dois conceitos relevantes são os termos transporte intermodal e transporte multimodal.
O primeiro diz respeito à conjugação da flexibilidade modal com a flexibilidade
temporal de uma forma isenta de maiores preocupações além da simples integração
física e operacional. Já o segundo, traz as ideias da integração e inter-relação no aspecto
físico, nas responsabilidades, em relação aos conhecimentos, programação e demais
aspectos.

Cross Docking
Cross Docking é o nome dado a um tipo de sistema de distribuição que funciona da
seguinte forma: quando alguém compra um determinado produto em seu site, ele é
enviado a um centro de distribuição ou um armazém que, por intermédio de um
software organizado de redistribuição, o envia para o cliente.
O objetivo da operação é reduzir os estoques a zero e, consequentemente, diminuir os
valores perdidos em mercadorias. Essa estratégia permite a entrega do produto seja mais
ágil para seu cliente, e que você não precise gastar com espaço físico de estoque, como
aluguel de galpões por exemplo.
Existem três tipos mais comuns de cross docking nas empresas.
Movimentação contínua: mercadorias são recebidas pelo fornecedor e despachadas o
quanto antes. É a forma tradicional, que visa evitar o acúmulo de itens em estoque.

Movimentação consolidada ou híbrida: as mercadorias são recebidas e separadas. Parte


delas pode ser entregue ao cliente final e outra parte pode ser encaminhada ao estoque
para combinação com outros produtos que formarão pedidos completos.

Movimento de distribuição: os produtos são recebidos e separados para distribuição em


cargas FTL (Full Truckload) para os clientes. Geralmente utilizada para o setor B2B.
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Os maiores desafios na implementação são:
Definir um bom parceiro de trabalho, ter uma boa gestão, relacionamento com
fornecedores, gerenciamento de crises, redução de gastos com estoque, agilidade, evita
produto em falta e cliente satisfeito.

Logística e Compras: fatores determinantes para o


bom desempenho dos negócios

Não faz muito tempo, a logística era


percebida apenas como parte
operacional das empresas. A redução de
custos era a única prioridade no
processo logístico. Hoje, o contexto é
outro. Líderes de mercado destacam a
logística como fundamental para os
ganhos daqueles que atuam em um
segmento cada vez mais competitivo. As exigências por melhores indicadores de
perfomance e satisfação dos clientes são crescentes.

Os sinais da valorização da logística nos negócios nos dias de hoje pode ser
exemplificada na criação do cargo de diretoria de logística nos organogramas das
empresas e também no papel desempenhado pela atividade no cenário globalizado.

Se a atividade passa a ser imprescindível aos negócios, o perfil do profissional de


logística também sofreu fortes mudanças. O mestre e pós-graduado em Engenharia da
qualidade e Produtividade, Roberts Reis, destaca as principais características deste novo
profissional:

“A visão de negócio, o foco no cliente, o conhecimento em marketing, os


conhecimentos específicos em compras, movimentação, armazenamento, embalagem,
transporte, e o conhecimento em tecnologia e gestão de custos são diferenciais do
profissional de logística hoje”, afirma Reis, que é também instrutor do Ietec.

Boas escolhas nas parcerias, atenção para novidades no mercado e conhecimentos


técnicos são algumas das características que contribuem para reduzir custos e garantir o
melhor produto final. Estas são algumas das principais demandas do profissional de
compras.

No Brasil, somente no início desta década, a área de compras deixou de ser mero
suporte para ser considerada estratégica. De acordo com estudo apresentado pelo
Conselho Brasileiro dos Executivos de Compras (CBEC), executivos de compras de
49% das 111 empresas consultadas pela entidade ocupam cargos de vice-presidente ou | 80

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


de diretor.

Para o consultor Pedro Paulo de Oliveira Melo, mais do que gerenciar aquisições,
contratos, cadastramentos, qualificação de fornecedores, o setor de compras deve
influenciar o desempenho de outras unidades da organização por meio da negociação de
melhores preços e fornecedores, garantir de regularidade no suprimento de matéria-
prima e fazer cumprir os prazos.

“O profissional de compras precisa ter visão sistêmica, saber negociar não apenas com
fornecedores, mas com clientes internos. Precisa tomar decisões com base em
indicadores de desempenho e estar atento ao ambiente externo, de modo a adotar
estratégias de negociação coerentes com a conjuntura econômica”.

Esta é também a opinião da coordenadora de compras da Treviso, um dos maiores


grupos econômicos da rede Volvo no Brasil, Selma de Lourdes: “Empresas necessitam
de compradores que detenham conhecimentos em assuntos estratégicos. Ele precisa ser
um bom negociador, ter iniciativa, capacidade de decisão, ser idôneo e ético”.

A importância do departamento de Compras

Esse setor tem um viés operacional, mas


precisa ter um aspecto cada vez mais
estratégico.

É dessa maneira que se consegue aumentar a


qualidade de produtos e matérias-primas,
além de conseguir um preço mais atrativo,
que trará um diferencial competitivo para o seu negócio.
Fica evidente que o setor de Compras tem um papel importante para as tomadas de
decisão organizacionais. Ele está relacionado ao estoque e, principalmente, ao
posicionamento estratégico da empresa perante o mercado, o que exige um trabalho
sinérgico com as necessidades do negócio e planejamento estratégico.
Perceba que o setor de Compras tem uma grande responsabilidade, que vai além da
simples cotação de preços.
Seu papel passa pela gestão do relacionamento com os fornecedores, que influencia as
outras áreas e aprimora os processos internos.
Os principais erros do departamento de Compras

As 3 falhas principais relacionadas a esse setor são:

1. Compra de muitos produtos com baixo giro


Essa situação apresenta 2 problemas principais. Um deles é a expiração da validade dos
produtos devido à pouca saída. O outro é o custo de manutenção dos itens parados.
Afinal, o estoque representa dinheiro parado.
Essas situações impactam as finanças do negócio e prejudicam os processos logísticos, | 81

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além de elevar os gastos com a reposição de mercadorias. Para evitar essa situação, é
necessário ter um bom controle de estoque, que identifique os produtos com mais e
menos giro.
Esse planejamento também ajuda a identificar a sazonalidade dos produtos (quando
houver) e fazer uma programação de compras eficiente.

2. Ausência de conhecimento da rede de fornecedores


O relacionamento da sua empresa com os clientes pode ser prejudicado devido à falta de
um produto ou o atraso na entrega da mercadoria.
Essas situações podem levar o consumidor a buscar um item similar na concorrência, o
que leva à queda nas vendas.
Essas falhas são ocasionadas por fornecedores descomprometidos, que nem sempre
cumprem sua parte e deixam o seu negócio em uma situação complicada. Tenha em
mente que problemas com um fornecedor podem gerar erros na logística e até mesmo
com a justiça. De modo geral, paralisam suas vendas e impactam negativamente os
resultados.
O ideal é trabalhar com uma boa base de fornecedores, que seja qualificada e
homologada. A lista deve contar com informações detalhadas e considerar aspectos
relevantes, como histórico de entrega, saúde financeira e reputação no mercado.

3. Ignorar os programas de relacionamento com os fornecedores


Os parceiros de negócio são fundamentais para a sua empresa. Por isso, o bom
relacionamento com eles é imprescindível.
É somente a partir da gestão desse aspecto que a equipe de Compras pode pedir prazos,
condições especiais de pagamento e negociar descontos.
A falta de um relacionamento mais próximo atrapalha a negociação e quantidades e
preços, que impactam o valor final dos produtos.
No entanto, é melhor investir em empresas que atuam com o fornecimento de insumos e
mercadorias. Também é importante que eles conheçam suas necessidades, equipe de
vendas e condições.
Lembre-se de que uma ferramenta de e-procurement é essencial para a homologação e
qualificação de fornecedores.
OBS: A palavra vem do inglês eletronic procurement se refere à compra e venda de
produtos e serviços por meio da internet.
Normalmente, os sites de e-procurement permitem que os usuários qualificados e
registrados encontrem compradores ou fornecedores de produtos e/ou serviços
especializados, que geralmente são difíceis de se localizar entre os contatos das equipes
de compras ou vendas.
Dependendo da abordagem, os compradores ou vendedores podem prever prêmios ou
dar lances, de acordo com o volume negociado, por exemplo, criando uma concorrência
que pode beneficiar especialmente a empresa que está comprando.

Gestão de Contratos
Processo que visa garantir a execução dos serviços contratados pela empresa.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Para uma satisfatória
evolução contratual, é
imprescindível que a Gestão
do Contrato, estabelecida de
forma multidisciplinar
(gestão administrativa e
técnica) se encontre
envolvida desde o
planejamento da demanda
diante da necessidade de contratar.

Um dos modelos de gestão mais utilizados para a Gestão de Contratos, o CLM -


Contract Lifecycle Management -, o qual tem seus processos de negócios e indicadores
referenciados no CMBOK - Contract Management Body of Knowledge, aconselha que
a condução do ciclo de vida do contrato, através da administração contratual, ocorra
desde o planejamento da demanda, prática usualmente vista no setor público e privado,
sobretudo, na área de engenharia e projetos, até a avaliação do fornecedor.

Kraljic Matrix
Conhecida também como Matriz ou Modelo de Kraljic é uma
poderosa ferramenta para os gestores que atuam na área de
compras. Ela consiste em um modelo matricial utilizado para a
definição da estratégia empresarial mais adequada para a compra
de bens ou serviços. Em síntese, Kraljic busca obter o produto
certo, na quantidade correta, adquirido no melhor fornecedor e ao
preço mais vantajoso e entregue no prazo e no lugar adequados.
Ou seja, ela busca antever um mundo corporativo muito próximo do ideal

Tendências 2018 para a Supply Chain:


Inteligência Artificial, internet das coisas (IOT), produção conectada, “servitização”,
analytics, big data, veículos autônomos, drones, “uberização” do transporte, impressão
3D ou manufatura aditiva/laminar, e-mobility, etc.

Já provocam impactos disruptivos, suplantando as soluções/tecnologias existentes. Ao


longo da última década, a Supply Chain passou por enormes mudanças... o que era
função puramente operacional de logística, que prestava contas a área de produção ou
comercial e cujo foco era simplesmente assegurar o abastecimento das linhas de
produção e a entrega aos clientes, tornou-se agora uma função de gestão independente.

A gestão da cadeia de suprimentos deve garantir que as operações sejam bem integradas
(dos fornecedores aos clientes), e que as decisões sobre custo, estoque e atendimento ao
cliente sejam tomadas de uma perspectiva de ponta a ponta e não isoladamente, por
função.

A digitalização da cadeia de suprimentos permite as empresas lidar com novas


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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


exigências dos clientes, com desafios do lado da oferta e com as demais expectativas de
melhoria da eficiência.

A digitalização resulta na Supply Chain 4.0 que é ...

- Mais rápida

- Mais flexível

- Mais customizada

- Mais precisa

- Mais eficiente

Empresas já entenderam que a nova demanda acontecerá em horas, não mais em dias, e
por isso investem em parque de impressoras 3D para que possam fabricar nas pontas de
consumo produtos solicitados “on-line” pelos clientes. A agilidade vai mais longe,
integrando uma capacidade de antecipação da cadeia de suprimentos. Ela supõe uma
visibilidade estendida da cadeia e um compartilhamento de informações entre todos os
intervenientes.

Impacto da Cadeia de Suprimentos 4.0

A adoção de novas tecnologias constituirá uma grande alavanca para aumentar a


eficácia operacional das cadeias de suprimentos.

- Melhor atendimento

- Redução das vendas perdidas

- Estoques balanceados

- Redução de custo na cadeia de suprimentos

Para atingir estes objetivos, o princípio fundamental consiste em obter uma visibilidade
em toda a cadeia de ponta a ponta, isto é: disponibilidade, qualidade e capacidade de
integrar todas as informações para dispor de uma visibilidade completa sobre os fluxos
tal como numa “Torre de Controle” de tráfego aéreo.

“Servitização”

A mudança estratégica dos produtos manufaturados incluindo criação de novos serviços


através da “Servitização” é um fator-chave atrás do imperativo de transformação digital.

A servitização do setor de manufatura está sendo impulsionada em parte por pressões


competitivas, mas também por clientes que exigem mais e querem tudo o mais rápido.

A servitização já está pagando dividendos e aqueles que não adotaram estão perdendo
receitas e, novas formas de desenvolver suas ofertas. | 84

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A servitização oferecerá novas oportunidades de trabalho na manufatura aos
empregados focados em tarefas exclusivas de produção. As empresas que ainda não
adotaram um modelo de negócios centrado no serviço devem compactar o tempo de
entrega ao mercado desde a concepção até tornar-se um item comercial, o mais rápido
possível.

TI conduzida por negócios

Com um valor real cada vez maior para a empresa, seu papel será de construção de
relacionamentos, com os principais públicos de interesse. Essa TI conduzida por
negócios será um modo de controlar os processos tradicionais e lentos. Integração das
informações com fornecedores clientes e prestadores de serviços, para garantir a tomada
de decisão correta em tempo ágil. A tarefa crítica de um gestor de Supply Chain é
minimizar o tempo de interrupção dos fluxos de materiais/informações/financeiros.

Entretanto, é importante que os profissionais estejam atentos as reais necessidades do


negócio, tomando assim cuidado com os modismos. Durante décadas, embarcadores,
transportadoras e clientes imaginaram um momento em que o frete poderia ser rastreado
em 24h x 7x 365 dias, em tempo real, à medida que se movimenta em todo o mundo.

Logística Urbana

Os ensaios mostram que a condução autônoma desempenhará um papel cada vez mais
exponencial durante a chamada “última milha”, ou seja, o último passo no processo de
entrega ao cliente. Várias exigências legais e de infraestrutura devem ser cumpridas em
primeiro lugar, antes das entregas por drones e robôs. A medida que as redes de
transportes e as cadeias de suprimentos do mundo se tornam cada vez mais interligada e
complexas, os sistemas que as suportavam estão melhorando e avançando com a mesma
velocidade. As principais soluções de TMS (Sistemas de Gerenciamento do Transporte)
estão na integração de aplicativos de smartphones em toda a cadeia. Inovações em
embalagens, que reaproveitem em fluxos de vai e volta (retornáveis), doação de
embalagens etc., preocupadas com a sustentabilidade e com os custos envolvidos.

Empregos

Não há certeza de quais profissões/empregos terão um declínio nos próximos anos, mas
com base nas tendências os empregos que terão sucesso são:

- Instalações

- Manutenção

- Construção de peças

- Mídias digitais

- Produção

- Cargos administrativos (legislação, tributação etc.) | 85

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A Toyota está indo na outra direção e substituindo seus robôs por seres humanos.

Por quê?

Os robôs podem ser mais rápidos, mas os humanos são capazes de inovar e encontrar
ideias que resultam em melhorias. A criatividade é uma habilidade que, mesmo a
inteligência artificial, está lutando para replicar e é por isso que será uma das
habilidades que um trabalhador precisa para ter sucesso no futuro.

Você poderá da sua casa, prestar serviços em qualquer lugar. Sistemas de realidade
virtual trarão imagens em tempo real. Experiências como visitar um museu ou um
evento esportivo como se você estivesse lá serão cotidianas.

Acuracidade como um indicador


A acuracidade de estoque é um indicador
importante para demonstrar o nível de
confiabilidade dos estoques e consequentemente
da sua gestão. Quando as informações
levantadas no estoque não são as mesmas que
constam nos sistemas, pode-se dizer que o item
não possui acuracidade ou não está acurado.

Qualquer divergência encontrada, quer seja por ter mais itens no físico do que no
sistema ou vice-versa, mostra que temos problemas na gestão dos estoques.

E com certeza isso é muito ruim pois pode gerar algumas situações críticas nas diversas
áreas da empresa que contam com o estoque. Podemos citar alguns exemplos, tais
como:

Interrupção de uma linha de produção por falta de alguma matéria prima ou insumos por
falhas de quantidades no estoque ou;
Na manutenção corretiva que precisa de uma peça e não tem no estoque físico e no
sistema diz que tem ou;
No sistema temos a informação que precisa “disparar” a compra de um item, mas na
realidade ainda tem uma quantidade suficiente. Com isso você acaba aumentando seu
estoque sem necessidade e isso é ruim porque acaba aumentando o volume financeiro
“parado” no estoque sem necessidade.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Você sabe a diferença entre picking e packing?
No departamento de logística das empresas há dois processos
importantíssimos e que devem ser muito bem definidos:
picking e packing. Você sabe o que são e quais as diferenças
entre eles?

Se tem uma coisa que é fator de sucesso (ou insucesso) para


uma empresa é a organização dos processos. Processos bem
definidos e organizados poupam tempo, dinheiro e evitam o
desgaste de colaboradores e gestores.

E quando falamos em processos organizados, desencadeamos uma série de atividades


que perpassam todos departamentos da sua empresa, seja ela pequena, média ou grande.

O picking é um processo de separação dos produtos


O processo de picking é, basicamente, a separação dos produtos no estoque. Ou seja, a
seleção dos produtos que serão enviados para determinado pedido.

Ele é considerado um dos processos logísticos mais críticos, pelo fato de envolver muita
mão de obra — entre 30 e 40% do custo de mão de obra de um estoque fica circunscrito
a essa atividade — e também por ser um dos grandes influenciadores no tempo de
execução do ciclo total do pedido. Isto é, desde o momento em que o cliente faz o
pedido até recebê-lo.

Ele pode ser feito de diversas maneiras


No processo de Picking Discreto, cada colaborador envolvido executa a operação do
início ao fim em um pedido de cada vez.
Já no Picking por Zona, como o nome sugere, o processo de picking é dividido em
zonas, onde cada colaborador atende apenas um tipo de SKU (Stock Keep Unit ou
Unidade de Manutenção de Estoque, em português).
No Picking por Lote, vários SKUs juntos formam um lote. Esse tipo de processo
consiste em cada operador atender um lote com vários SKUs diferentes.
Por último, há o Picking por Onda, no qual cada colaborador atende apenas um SKU,
mas com um intervalo de tempo determinado. Isso evita o acúmulo na expedição.

O packing é um processo de embalagem de um produto


Em um primeiro momento, isso soa como algo simples, porém o packing, em um
processo logístico, demanda muita atenção e organização. Qualquer erro aqui significa
um produto que não vai chegar ao cliente da forma como deveria.

Utilizar a embalagem apropriada, com a devida proteção e de acordo com o seu produto
(forma, tamanho, material etc) são preceitos que devem ser definidos no processo de
packing para evitar a logística reversa.

O packing ainda pode ser usado como estratégia de marketing para o seu negócio:
invista em embalagens diferentes, personalizadas de acordo com o seu cliente. Ações
como essa aumentam sua clientela e a mantêm feliz.
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Picking e packing funcionam melhor com plataformas integradas
A melhor forma de melhorar a performance dessas ações é integrar as suas plataformas
de serviço, como seu e-commerce e ERP, por exemplo. Assim você economiza tempo e
dinheiro e não se desgasta.

Fonte: Gestão Empresarial

Supply Chain Management – SCM

Supply chain é uma expressão inglesa


que significa “cadeia de suprimentos” ou
“cadeia logística”, na tradução para o
português.

Consiste num conceito que abrange todo


o processo logístico de determinado produto ou serviço, desde a sua matéria-prima
(fabricação) até a sua entrega ao consumidor final.

O supply chain é constituído por vários


integrantes, que atuam em diferentes etapas
durante o processo, como: fabricantes,
fornecedores, armazéns, distribuidoras,
varejistas e, por fim, os consumidores.

O supply chain management (“gestão da cadeia de suprimentos”, na tradução) é o


modelo de gerenciamento estratégico aplicado na “logística integrada”.

No entanto, vale ressaltar que o supply chain é uma evolução da chamada Logística
Integrada. Enquanto esta agia a partir de uma unificação interna, o supply chain
management parte de uma integração externa, ou seja, dos fornecedores da matéria-
prima até o cliente final.

A sua principal função é justamente garantir a integração eficaz de todos os membros e


processos da cadeia de suprimentos.

Como resposta ao atual mercado competitivo, outro ponto de extrema importância do


supply chain management é o desenvolvimento de um bom fluxo de informação sobre o
produto, as suas matérias-primas, os fabricantes, distribuidores e etc.

Atualmente, existem softwares e sistemas informáticos que ajudam a manter a


organização do SCM, dando suporte nos diversos aspectos inerentes ao processo de
produção e distribuição dos produtos.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A redução dos custos do produto, o aumento dos lucros, a melhoria no relacionamento
entre fornecedores e clientes, entre outras qualidades são consequências diretas ou
indiretas de uma boa gestão de supply chain.

Fonte: Logística SCM

Sistema de WMS na logística e armazenagem de cargas, o que


é?

O sistema de WMS é um software que controla


as informações do seu galpão ou armazém.
O sistema de WMS controla desde recebimento,
armazenagem, separação e expedição das
mercadorias. Utilizando esse sistema sua
empresa tem a localização exata das
mercadorias que estão armazenadas.

Para obter um alto padrão de controle do inventário,


sua empresa pode usar o WMS junto com outras
tecnologias como códigos de barras, etiquetas de
RFID e robôs de separação automática de pedidos.

Tecnologia da informação aplicada para logística e


gerenciamento de armazéns
Empresas de qualquer porte podem ter acesso ao
sistema de WMS, pois existem soluções para o
controle de um simples armazém convencional, até o controle de um aeroporto.

As principais vantagens de utilizar um sistema de WMS são:


– aumento significativo da produtividade do armazém.
– diminuição do número de movimentações .
– controle das localizações.
– gerenciamento da preparação dos pedidos.
– aumento da produtividade dos operadores de armazém.
– diminuição nos erros de expedição.
– ganho de velocidade e agilidade na preparação dos pedidos.
– agilidade no carregamento dos veículos.
– redução de perdas por causas desconhecidas.
– sua empresa fica mais rentável.

No Brasil, os mais utilizados são: TOTVS, Inovatech, Otimis, MHA, FH, Ilos, entre
outros.

Qual a diferença entre WMS, ERP, MRP? | 89

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Os avanços tecnológicos possibilitaram o surgimento de novas ferramentas de gestão,
possibilitando aos usuários a obtenção de dados e análises muito bem detalhadas e
volumosas quando necessárias, dependendo menos da experiência das pessoas, com o
aperfeiçoamento da gestão e evolução tecnológica houve um aumento na qualidade das
análises, rapidez no processamento dos dados, facilitando a interface de informações.

O WMS (Warehouse Management System) que significa Sistema de Gerenciamento de


Armazém em português, possibilita o controle de armazéns através da sincronia de
dados coletados e imputados no sistema. Mas como isso é feito?

Usa-se uma tecnologia chamada Auto ID Data Capture que é a captação de dados
através da leitura de códigos de barras por coletores (aqueles que vemos nos
supermercados), dispositivos móveis, redes que rastreiam todas as atividades em tempo
real, sendo assim, as informações estão sempre atualizadas no WMS e de acordo com a
realidade física do armazém.

O WMS pode ter interface com o Enterprise Resource Planning (ERP), Planejamento de
Recursos da Empresa (MRP) ou com outros tipos de softwares usados para estes fins.
As grandes vantagens do uso deste software é a acuracidade (assertividade) das
informações, inventários muito mais rápidos, pois ao invés da contagem manual, passa-
se o leitor de código de barras pelos produtos que vão sendo contabilizados
rapidamente, atualizações em tempo real e lógico o controle das informações, pois
quando se tem acesso aos dados, podemos controlar e analisar de forma eficiente.

O ERP (Enterprise Resource Planning) significa em português Sistema de Gestão


Integrada. São vários sistemas em um só, que se comunicam, havendo um cruzamento
de informações entre eles, por isso um ERP possui módulos, cada módulo possui uma
funcionalidade e corresponde a um departamento da empresa, que pode ser customizada
à necessidade do cliente, geralmente vemos módulos para a área financeira, para a área
de cadastros, para a área contábil, de movimentação de materiais, agendamentos e por ai
vai. O WMS pode realizar interface (ligação/troca) com o ERP, alimentando-o.

O MRP (Material Requirement Planning), significa em português planejamento de


necessidades de materiais, é um software que realiza uma análise automática do
estoque, de acordo com dados e análises, desta forma ele aponta um ressuprimento
automático, afim de que não falte material no estoque nem sobre material, ocupando
espaço desnecessário no armazém. Através da previsão da demanda por conta do
histórico de vendas e a capacidade produtiva o software cruza estes dados com
informações, como quantidades mínimas de compras, tamanho, peso, estrutura do
produto, lead time (tempo) para recebimento dos insumos e com o cruzamento destas
informações ele sugere quando e quanto se deve comprar do produto.

Particularmente sou muito à favor da utilização de recursos tecnológicos, pois se


alimentados com dados corretos,possibilitam análises muito mais assertivas, agilidade
de informações e agilidade de processos. Pensem em um inventário de um estoque com
20 mil itens contados à mão, agora pensem em um inventário com 20 mil itens
contabilizados com um leitor de código de barras, é muuuuito mais rápido!!!

Agora imaginem o controle de estoque de um armazém sem um WMS, tudo


contabilizado à mão, todas as entradas e saídas, quantas contas de somar e subtrair | 90

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


teriam que ser realizadas, e o risco de erro humano? Muito maior que em um processo
automatizado.

A verdade é que se uma empresa que quer atingir níveis de excelência, agilidade,
confiabilidade em seus processos e dados, ela DEVE adquirir um software adequado
para suas necessidades, pois por conta da perda de informações simples, as empresas
podem ter prejuízos incalculáveis. Geralmente os administradores de empresas um tanto
que mais conservadores visualizam apenas custos, quando na verdade esse é um grande
investimento que fará com que sua empresa obtenha diferenciais ou se iguale ao
mercado, que anda cada vez mais inovador e ágil.

Arranjo físico do produto


Também chamado de layout linear, o
arranjo físico de produto segue uma
ordem linear desde a entrada da
matéria-prima até a saída do produto
acabado. A trajetória dentro do espaço
segue as etapas de produção do
produto.

Arranjo físico do processo

Também chamado de layout funcional,


organiza-se a partir das diversas funções
ou seções (seções de máquinas e
equipamentos, por exemplo) que
participam do processo de produção.

Cada um dos sistemas de produção, ou


seja, sob encomenda, em lote ou por produção contínua, pode ter um arranjo físico com
características próprias.

Por exemplo, na produção sob encomenda, o arranjo físico é feito com base no produto.
Como o desenvolvimento do produto pode ser complexo e demorado, as máquinas e
equipamentos são colocados à sua volta, enquanto o produto, que está sendo montado,
fica no centro.

Na produção em lotes, cujo conceito você sabe, as máquinas e equipamentos são


organizados por processo, podendo adaptar-se a diferentes produtos.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Já na produção contínua, o arranjo físico distribui as máquinas e equipamentos em
locais previamente determinados. Então, os produtos/serviços fluem continuamente no
decorrer do processo produtivo, que é sempre o mesmo.

O objetivo do arranjo físico é garantir um processo produtivo equilibrado e balanceado,


evitando gargalos, folgas, estrangulamentos ou ociosidade ao longo do fluxo. Assim,
ninguém fica parado nem tem sobrecarga de produção! O ideal é isso mesmo conseguir
um fluxo uniforme ao longo de todo o processo produtivo.

Fonte: Portal Educação

Como otimizar as operações logísticas em datas


sazonais:

Durante todo o ano é preciso


criar estratégias para que a
logística funcione corretamente e
você não tenha atrasos em suas
operações — e em seu negócio!
Esse cuidado deve ser redobrado
em algumas datas sazonais, como
Dia das Mães, Páscoa, Dia dos
Namorados ou o fim de ano.
É preciso otimizar as operações logísticas em períodos assim, para que tudo saia
conforme o esperado. Se você pretende evitar falhas nessas datas especiais, acompanhe
nossas dicas!

Antecipe as demandas do período

O planejamento é a base de tudo, e antecipar a demanda das datas sazonais é uma


alternativa altamente eficiente para evitar os atrasos ou a falta de produtos em estoque.
Analisar bem o desempenho atual de seus negócios e criar uma projeção do aumento de
vendas em datas sazonais é uma forma de conseguir identificar a quantidade que
precisará ser ajustada e organizada.
Antecipando a demanda — que pode ser até 10 vezes maior em dado período,
dependendo-se do segmento — é possível garantir o volume adequado de produtos em
estoque, evitando escassez e declínios na operacionalidade. Uma forma de chegar a um
bom número é examinar como foi o mesmo período no ano anterior, por exemplo.

Crie um plano de ação determinado


Além da antecipação da demanda, é preciso elaborar um plano de ação para a logística,
com o intuito de evitar os problemas que são comuns nessas determinadas épocas. Faça
o pedido com antecipação para os fornecedores, fugindo da situação de ficar sem
matéria-prima ou até mesmo sem o próprio produto pronto para venda (ou envio) em
estoque.
Além de garantir que você tenha o produto para entregar ao consumidor final, você
também pode melhorar a forma como ele é entregue, reforçando o sistema de picking e | 92

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packing e criando um plano para preparar o produto final para chegar ao seu destino.
Reforçando esse sistema, você terá produtos embalados e prontos para serem entregues,
garantindo agilidade no processo.

Dê atenção especial para as características do período


A data mais esperada por quem trabalha no setor de vendas é o fim de ano. Esse período
apresenta um aumento considerável das vendas e, por esse motivo, precisa de atenção
especial na logística. Não somente com a antecipação da demanda e criação de um
plano de ação, mas também com a segurança.
É comum neste período a contratação de mão de obra avulsa ou extra, como os
motoristas, a fim de realizar as entregas em tempo hábil. Essas contratações abrem
possibilidades tanto para profissionais qualificados como para oportunistas, colaborando
para o aumento de roubo de cargas. O primeiro cuidado refere-se à contração desses
profissionais: certifique-se de que são realmente experientes e qualificados para o
serviço.

O rastreamento de carga e até mesmo do veículo também é uma forma de combater o


roubo de carga e auxiliar na prisão de assaltantes. Investir nesses cuidados pode
assegurar a segurança do motorista e a apropriada entrega dos produtos ao seu destino
final.

A gestão da cadeia de suprimentos também é um item importante que deve ser levado
em conta para otimizar as operações logísticas, tanto em datas sazonais como ao longo
do ano. Para ajudá-lo nessa gestão, clique aqui e confira três dicas para otimizar a
gestão da cadeia de suprimentos!

Fonte: Blog Prestex

Fase do Mapeamento e análise do fluxo logístico

1 – Mapeamento e Diagnóstico dos Processos


Atuais: primeiramente, deve-se realizar um
diagnóstico do fluxo logístico atual da empresa,
incluindo o fluxo de informação, para visualizar
o macro fluxo completo e definir a melhor
ferramenta para auxiliar no Mapeamento.

2 – Desenho dos Processos Atuais: Os processos atuais mapeados e detalhados devem


ser desenhados na forma de fluxogramas, de acordo com a ferramenta de mapeamento
de processo definida na primeira etapa.

3 – Identificação das Oportunidades de Melhoria: todas as evidências de oportunidades


de melhoria registradas ao longo do mapeamento dos processos e identificadas por meio
das ferramentas de melhoria contínua devem ser destacadas nos desenhos dos processos
e podem ser priorizadas por meio de ferramentas como Matriz BÁSICO ou Matriz
GUT, para auxiliar no desenvolvimento de planos de ação.
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4 – Desenho dos Processos Futuros: a partir do desenho do estado atual e das
oportunidades de melhoria identificadas, deve-se desenhar os processos futuros,
consequência da elaboração da situação ideal dos processos, visando a obtenção do
melhor resultado para o fluxo logístico da empresa, ao mesmo tempo em que maximiza
a satisfação dos clientes.

Fonte: Escola de Logística

GESTÃO DE CUSTOS LOGÍSTICOS

Garantir uma boa gestão de custos logísticos


é fundamental para manter os processos
eficientes, além de garantir bons resultados
— como uma lucratividade satisfatória que
permita manter a empresa competitiva no
mercado.

Para isso, é preciso conhecê-los, organiza-los e monitorá-los constantemente, evitando


que ultrapassem o limite do ideal.

Afinal, o que são os custos logísticos?

Os custos logísticos são todos os gastos relacionados às atividades logísticas de um


negócio. Entre eles, podemos destacar a armazenagem, o transporte e a frota. Eles são
considerados o segundo mais importante — perdendo apenas para o dos produtos — e,
também, são os que mais oneram o faturamento. É aí que surge a necessidade de
planejar e controlar por meio de uma gestão eficaz.

Como funciona a gestão de custos logísticos?


Divisão de gastos
O ponto mais básico de uma boa gestão de custos logísticos é separar os gastos fixos
das variáveis. Assim, torna-se possível identificar quais deles são supérfluos (e podem
ser reduzidos ou eliminados) e de que forma eles impactam na precificação dos
serviços.

Estrutura de custos
É a separação dos custos e a identificação da participação de cada um deles nos gastos
totais da empresa em determinado período. Por meio dela se consegue acompanhar a
evolução deles nas atividades. Ela pode ser dividida da seguinte forma: suprimentos:
custo de aquisição; gestão de estoque: armazenagem (operacional), estoques
(imobilizado), ruptura (perda), embalagens; transporte: entregas (operacional), gestão de
documentos; gestão da frota: aquisição de veículos, manutenção; custos administrativos:
mão de obra, material auxiliar; custos financeiros: investimentos em melhorias
operacionais.

Metodologias de custeio
Metodologia de custeio é a forma como uma empresa define o preço de venda dos | 94

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


serviços. A ideia é separar os custos fixos das variáveis e definir a participação deles na
precificação final. Basicamente, existem 3 métodos: custeio por absorção: trata-se da
apropriação de todos os custos (fixos e variáveis, diretos e indiretos) gerados com o uso
dos recursos voltados para a prestação dos serviços. Esses gastos são distribuídos entre
as demandas atendidas; custeio variável: o custo final do serviço é a soma dos custos
variáveis, dividido pela produção (demandas atendidas), enquanto os custos fixos são
considerados diretamente no resultado do exercício; custeio padrão: se baseia em um
custo definido previamente. Ele indica o “custo ideal”, que deve servir de base para
controle, conhecimento das variações e análise da eficiência da produção.

Por que ela é tão importante?

Fazer a gestão de custos logísticos é importante para que os gestores tenham


conhecimento sobre os custos envolvidos nas operações. A partir do momento em que
se tem essa noção, a tomada de decisão de melhorias se torna mais direcionada, além da
possibilidade de reduzir os gastos sem influenciar na qualidade dos serviços prestados.
Assim, consegue-se aumentar a eficiência dos processos, aumentar a lucratividade e
tornar a empresa cada vez mais competitiva no mercado. Como podemos ver, a gestão
de custos logísticos é fundamental para uma empresa tornar as atividades mais enxutas.
Isso influencia diretamente na precificação dos serviços, o que ajuda a atrair mais
clientes para o negócio. Sendo assim, podemos dizer que uma boa administração dos
gastos ajuda a garantir não só a perenidade do negócio, mas também o seu sucesso no
mercado

Saiba quais são os custos logísticos na sua empresa


No setor logístico, é cada vez mais importante reduzir custos e estar na vanguarda dos
preços. As empresas são cada vez mais competitivas e orientadas para o mercado e para
os consumidores. Além disso, o setor está cada vez mais especializado e oferecendo
melhores serviços. O cliente de hoje está mais crítico com questões como a segurança e
a qualidade da sua compra, não apenas com a satisfação em torno do produto. Mas
como reduzir custos sem perder a eficiência? Quais são os custos logísticos da
sua empresa?

Os custos logísticos das empresas


Segundo um estudo conduzido pela Fundação Dom Cabral, o transporte representa o
maior custo do setor logístico de uma empresa; na verdade, o custo com transporte pode
representar entre 20 a 30% do seu custo total de um produto.

O transporte rodoviário no Brasil corresponde a 58% do sistema logístico nacional. No


entanto, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte, 69% das estradas
brasileiras estão em más condições. As mais prejudicadas são aquelas localizadas nas
regiões Norte e Nordeste do Brasil, o que gera um maior custo de transporte. Além
disso, o custo aumenta no transporte a longa distância, tanto para o produto final
quanto para a matéria-prima.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Uma última questão tem a ver com a segurança. O nível de roubos e furtos é muito alto,
então o custo para segurar as cargas transportadas é muito alto. Uma empresa não deve
colocar sua carga em um único caminhão porque o risco será muito alto. Uma opção é
dividir a carga em caminhões menores para diminuir riscos. Ao dividir cargas, a
empresa diminui o custo do seguro, mas aumenta o custo com transporte. Então, como
driblar esses problemas e reduzir custos? Como ter um sistema logístico mais eficiente?

3 fatores que contribuem para a logística eficiente


Assim, há três chaves que podem ajudar a reduzir os custos de logística do seu negócio:

1 – Formação de alianças estratégicas

Este fenômeno tem sido chamado de criação clubes estratégicos e é formado por grupos
de empresas inter-relacionadas que trabalham no mesmo setor industrial e
colaboram para benefícios comuns. Tais parcerias permitem a redução no preço de
transporte quando essas empresas enviam suas mercadorias para os mesmos pontos
geográficos, o que maximiza o espaço e permite às empresas compartilhar os custos
logísticos.

2 – Rastreabilidade

A definição deste termo refere-se ao número de mecanismos que controlam o processo


de evolução de um produto em cada uma das suas fases. A logística de produtos
alimentares e farmacêuticos permite ao consumidor obter informações sobre
precedência, para evitar consequências desastrosas devido ao consumo de produtos em
más condições. A tendência das empresas de distribuição é oferecer aos seus clientes a
capacidade de saber onde um produto foi produzido e onde um produto está em tempo
real.

3 – Terceirização

A adoção da terceirização resulta em uma melhor produtividade para a empresa e reduz


os custos logísticos, operacionais e de pessoal. Ao terceirizar sua logística, uma empresa
pode oferecer um serviço com alto nível de qualidade aos seus clientes, uma vez que o
operador logístico contratado é capaz de otimizar os processos de entrega e
armazenagem. Também será capaz de solucionar devoluções e demais ocorrências de
forma imediata. Além disso, ao terceirizar a sua logística interna, a empresa poderá
focar em atividades que trazem valor para os seus negócios, o que resultará em maior
produtividade.

Como reduzir custos logísticos?


Em muitos casos as empresas não sabem diferenciar os custos logísticos daqueles que
envolvem a produção e a armazenagem da mercadoria. Quando não se tem a noção
exata do custo revertido para a sua logística, fica praticamente impossível planejar
formas de barateá-lo.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Para entender de forma precisa o que
influencia no custo logístico, é preciso ao
gestor fazer o mapeamento dos processos
logísticos, preferencialmente no formato
de fluxos, da seguinte forma:

• Estoque: recurso financeiro


empregado para garantir o estoque de
matérias-primas e do produto final;
• Movimentação interna: gastos
inerentes à movimentação da mercadoria durante o processo produtivo, podendo
constar gastos com empilhadeiras, aquisição de maquinários, equipe de
funcionários, entre outros;
• Armazenamento: recursos investidos para receber, armazenar e despachar
produtos e matérias-primas em geral, na espera pelo despacho em portos, entre
outros;
• Transporte: valor investido para promover o deslocamento das mercadorias
para os centros de distribuição, operadores logísticos, portos, lojistas.

Agora que você tem tudo mapeado, é preciso colocar todos esses custos em uma
planilha para analisar passo a passo, conforme as dicas que daremos a seguir, como será
possível reduzi-los. Vamos à próxima etapa?

Eficiência financeira e logística


Alguns dos custos que mais oneram as empresas são os envolvidos no transporte e no
armazenamento das mercadorias. Portanto, elencamos a seguir uma série de ações que
visam otimizar os recursos sem que se perca a eficiência do trabalho.

1. Invista em recursos avançados


Hoje em dia há no mercado uma série de recursos tecnológicos voltados para a
conferência de mercadorias. Muito mais assertivos e ágeis do que o controle manual,
susceptível a erros. Os leitores de código de barras e sua técnica de conferência por
rádio frequência (RFID) é uma inovação que deve constar na sua lista de investimentos
em melhorias logísticas. Ela permite que se faça rapidamente a identificação e
conferência dos itens, de forma precisa, e a distância.

2. Embalagens apropriadas
Um custo quase nunca levantado pelas empresas diz respeito ao percentual de produtos
devolvidos por conta de danos sofridos no transporte e/ou acondicionamento incorreto.
É de fundamental importância que o quesito embalagem receba uma atenção especial no
seu planejamento de custos.

Adotar embalagens adequadas à proteção integral da mercadoria é um investimento


inteligente que vai evitar gastos futuros com a inutilização de produto danificado. Hoje
em dia são disponibilizados diversos invólucros, materiais anti impacto e recipientes
adequados que fazem a proteção correta da mercadoria. Além de melhor acondicionar a
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


mercadoria, essas embalagens ainda evitam o desperdício de dinheiro toda vez que ela é
danificada.

Só para você ter uma ideia da importância desta etapa, veja quais gastos são implicados
a cada mercadoria danificada:

• Retrabalho com a logística reversa (devolução do produto danificado);


• Custo para produção de um nova mercadoria;
• Novo transporte da mercadoria não danificada;
• Risco de perder o cliente final insatisfeito com tempo maior de espera pelo
produto

3. Rotas inteligentes
Toda capacidade de planejamento de um operador logístico deve ser utilizada neste
momento de traçar as rotas de escoamento da mercadoria. Esse será um diferencial
fundamental e de destaque dos gestores que entendem o que fazem, daqueles que não
investem na inteligência logística.

O bom profissional sabe calcular:

1. A menor distância a ser percorrida;


2. As melhores condições da malha viária;
3. Os modais mais adequados que oferecem melhor custo benefício;
4. Organizar demais entregas no decorrer do caminho e
5. Gerenciar riscos

Uma rota bem planejada é crucial para a eficiência na entrega e a redução dos custos
envolvidos com o transporte das mercadorias. Falando em transporte rodoviário no
Brasil, hoje em dia é fundamental levantar o risco inerente de cada trecho adotado, pois
infelizmente estamos muito vulneráveis ao roubo de cargas.

4. Central de inteligência de operações


Da entrada ao depósito à sua entrega no destino final, a mercadoria deve ser rastreada
com confiabilidade. Para isso, sistemas que coordenam esse fluxo auxiliam o gestor
logístico a acompanhar a sua trajetória. Esse controle se faz necessário pois o produto
passa por várias mãos até chegar ao seu destino final. Sistemas automatizados como o
ERP (Sistema integrado de gestão empresarial) podem contribuir neste controle.

5. Terceirização da frota
Antes de adotar essa medida bastante popular nos dias de hoje, faça um levantamento
preciso dos seus custos operacionais envolvendo transporte de mercadorias. Com esses
gastos em mãos, é possível compará-los com os orçamentos apresentados pelas
empresas terceirizadas. Não esqueça de incluir no seu levantamento os custos
envolvidos com a manutenção da frota. Neste caso o ideal é fazer um estudo de
viabilidade que vai dar subsídios para identificar se vale mais a pena terceirar ou não.

Em regra geral, a terceirização costuma reduzir os custos operacionais da seguinte


forma: | 98

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1. Encargos sociais com a contratação de funcionários e motoristas;
2. Combustível, pedágios e diárias;
3. Manutenção da frota;
4. Pagamento de multas e de indenizações diante da perda de carga

Perceba que todas as dúvidas em relação a ação de redução de energia elétrica são
sanadas com o 5W2H. Todas as pessoas envolvidas ficam sabendo do que precisa ser
feito e também os motivos que levaram a esta medida.

A partir destas respostas, a empresa também pode passar o formulário ao departamento


de comunicação que poderá criar peças de divulgação da ação como parte de uma
campanha interna.

Tipos de embalagens para exportação: a importância


dessa escolha!

Você já pensou na importância


dos tipos de embalagens para
exportação? O acondicionamento
é responsável pela conservação e
integridade dos produtos até sua
chegada ao destino.

Mas não é só isso. As


embalagens podem afetar a decisão de compra do consumidor e ajudar sua empresa a se
comunicar mais claramente com os clientes no ponto de venda. Ou seja, por meio desse
recurso você consegue mais espaço no mercado externo e pode aumentar suas vendas.

Quando falamos especificamente em exportação, esse item é ainda mais relevante,


porque há exigências internacionais a serem cumpridas. Sem isso o sucesso da operação
e a segurança do produto podem ser prejudicados.

Quais são os tipos de embalagens para exportação?


As embalagens devem se adequar às necessidades do produto. Por isso, há diferentes
tipos de acondicionamento. Entre os principais estão:

Embalagem de transporte
Esse modelo é voltado para o transporte. É mais resistente e possui alguns elementos
obrigatórios, como o código de barras, que permite visualizar o produto dentro da
supply chain. O Big Bag é um exemplo, já que é muito usado para a exportação de
produtos sólidos, como café, açúcar, minérios, produtos químicos etc.

Embalagem de prateleira | 99

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Essa embalagem é destinada para o consumidor final e, geralmente, fica em exposição
no ponto de venda. Deve ser atrativa para chamar a atenção dos consumidores. A
proteção é simples e o apelo é mais estético do que logístico.

Unitização
Esse modelo tem o objetivo de reunir um conjunto de produtos em uma embalagem
com medidas padronizadas. Isso facilita o transporte e o armazenamento adequados.

Paletização
Os produtos são dispostos em embalagens secundárias ou terciárias, localizadas em um
palete. As mercadorias são fixadas com cintas e o conjunto é transportado por
empilhadeiras.

Conteinerização
Esse sistema é similar à unitização, mas os conjuntos são reunidos em um contêiner. Há
mais espaço e resistência para o transporte.

Pré-lingagem
Esse outro modelo de unitização é simplificado e as embalagens são envolvidas com
redes especiais. É mais usado para o transporte em altura.

Quais as consequências ao escolher uma embalagem errada?


A exportação é uma operação de transporte longo, no qual a embalagem tem a função
de conservar a mercadoria e garantir sua entrega conforme as especificações.

A escolha errada pode ocasionar problemas no produto, que podem levar ao


impedimento de sua venda no mercado internacional. Vale a pena destacar que há países
com exigências específicas e, por isso, é necessário cumpri-las.

Outro ponto relevante é que a embalagem permite que o processo logístico tenha êxito.
É por meio desse recurso que o produto pode ingressar e sair de diversas cadeias
logísticas. Sem contar que chama a atenção do consumidor e, portanto, pode elevar as
vendas no exterior.

Como escolher a embalagem mais adequada?


A resposta para essa pergunta passa por diferentes vieses. Veja a seguir algumas dicas
para selecionar o modelo mais adequado:

Considere as etapas logísticas


O processo logístico é complexo e interfere na escolha da embalagem. Pense desde a
saída do produto da sua empresa até a chegada ao consumidor final. Considere todos os
transportes necessários e a movimentação sofrida pela mercadoria. A escolha deve ser
compatível com a resistência e a adaptabilidade exigidas.

Conheça as exigências do país


Os países podem contar com diferentes exigências. Conheça todas elas, sejam relativas
à embalagem de transporte, sejam referentes à de prateleira. Caso haja especificações
em contrato, siga-as. Senão conheça os padrões internacionais do país.

Otimize o espaço mantendo a segurança | 100

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A embalagem adequada deve otimizar o espaço disponível, evitando desperdícios.
Porém, mantenha o foco na segurança. Por isso, opte por um modelo compacto que
esteja aliado à integridade e estabilidade.

Opte pela versatilidade


A embalagem será melhor quando você puder adaptá-la para um uso posterior. Portanto,
lembre-se da versatilidade.

Seguir essas dicas nem sempre é fácil, mas é assim que você alcançará uma eficiência
maior nesse processo. Lembre-se de que as embalagens podem otimizar a logística da
exportação e, ainda, atender a demandas específicas.

Fonte: Conteflex

Mas o que de fato são os custos de transporte?


São todos os gastos que uma organização tem na
movimentação de material, produtos, cargas e etc.
Desde o momento em que sai do ponto X (origem)
até o ponto Y (destino final), porém, diversos
fatores podem influenciar os Custos de Transporte,
podendo estar relacionados com o produto, a
localização do mercado de destino, dificuldade de manuseio da carga. (ARANTES,
2005).
Victoria (2009), diz que os preços dos combustíveis, as taxas de aeroportos, taxas
portuárias, e ainda todas as despesas relacionadas com o veículo onde se efetua o
transporte seja o seguro, a manutenção, impostos entre outros estão entre os principais
custos de transportes.
Desse modo, a contratação de serviços de transporte deve buscar a eficiência e
qualidade, com base em relacionamento de parceria. Muitas empresas brasileiras vêm
apostando no transporte como um diferencial competitivo porém, em nosso país ainda
tem muito o que ser feito nesse ramo, um exemplo seria o investimento agressivo nesse
setor, pois somos um dos países com as piores rodovias do mundo, assim, torna-se
necessário um maior investimento e padronização, ampliação e integração no setor
Ferroviário, além de melhoria de acesso e escoamento na região portuária, mais
exploração na navegação por rios, dentre inúmeros outros fatores.
Elementos dos custos de transporte na distribuição
São vários os elementos que constituem os custos de transporte na distribuição, sendo
que os elementos que estão relacionados com o motorista representam cerca de 50% do
total dos custos de transporte, daí o porquê da redução de frota hoje em dia, ser uma
medida eficaz na redução de custos de transporte. Outros elementos que também entram
nas contas dos custos de transporte na distribuição são o combustível, a manutenção e a
depreciação, entre outros (WALKER, 1990, p. 48).
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Abaixo apresentamos: Formula funcional genérica para custos de transportes.
C = c + t.d
Onde:
C: custo de transporte
c: custo fixo
t: tarifa de frete (constante neste caso)
d: distância
Características dos custos do transporte:
Custos fixos e variáveis,
Custos fixos: São os de aquisição e manutenção de direito de tráfego, instalações de
terminais, equipamento de transporte e administrativos.
Custos variáveis: Incluem normalmente os gastos com combustível e salários,
equipamentos de manutenção, manuseio e coleta e entrega.
*Custos comuns ou conjuntos: São difíceis de ser determinados, pois ocorrem quando
vários carregamentos de diferentes tamanhos e pesos são transportados juntos no
mesmo transporte, portanto, constituem uma questão de julgamento individual.
Características de custos por modal:
Ferroviário: Tem custos fixos elevados e custos relativamente baixos, pois se trata de
transportador tanto de carga quanto de gente.
Rodoviário: Custos contrastantes com os das ferrovias, pois os fixos são os mais baixos
dentre todos os transportadores, já que as empresas não são proprietárias das rodovias
nas quais operam, o veículo é uma pequena unidade econômica e as operações em
terminais não exigem equipamentos dispendiosos. No entanto, os custos variáveis são
elevados, pois os custos de construção e manutenção das rodovias são cobrados através
de impostos sobre combustíveis, pedágios e taxas por peso-milhagem.
Aquaviário: Os custos fixos são os relacionados a operações nos terminais, onde há
tarifas portuárias e custos de carga e descarga elevados, mas são compensados pelos
custos baixos da linha de transporte, pois os custos variáveis são apenas aqueles ligados
à operação do equipamento de transporte.
Aerovia: O rateio das despesas de terminais e de outros custos fixos por força do
aumento do volume proporciona alguma redução dos custos unitários, obtidas a partir
das operações de longa distância.
Dutovia: Tem o maior percentual de custos fixos em relação ao custo total entre todos
os modais. Por isso, precisam trabalhar com altos volumes entre os quais seja possível
ratear os altos custos fixos. Os custos variáveis são a energia para movimentar o produto
e os relacionados à operação das estações de bombeamento.
Os principais itens de custos do transporte são os listados a seguir:
Depreciação – Do ponto de vista gerencial, a depreciação pode ser imaginada como o
capital que deveria ser reservado para a reposição do bem ao fim de sua vida útil. | 102

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Remuneração do capital – Diz respeito ao custo de oportunidade do capital
imobilizado na compra dos ativos.
Pessoal – Deve ser considerado tanto o salário quanto os encargos e benefícios.
Combustível/ Lubrificante – Custo de combustível e lubrificante é o clássico exemplo
de um item variável.
Pneus – Considerando o tipo de veículo em causa. De acordo com o veículo
selecionado, podem observar-se valores específicos quanto a: número de pneus; preço
do pneu novo; preço da recuperação (recapagem) e prazo de vida útil (em Km). A
consideração destes elementos para cada tipo de veículo permite estimar um custo por
Km associado à utilização dos pneus.
Manutenção – Também aqui é possível aferir um custo por Km para cada tipo de
veículo (para tráfego regional e nacional). Estes valores terão em conta os preços
médios praticados por concessionários em contratos de assistência global. O custo de
manutenção pode ser considerado de duas maneiras. A mais simples é com base no seu
custo padrão, em R$/Km. Outra possibilidade é criar um centro de custos e calcular o
custo médio de manutenção por quilometro.
Pedágio – Em alguns trechos, há a necessidade de incluir os Custos com Pedágios.
Vale ressaltar além dos custos com Tributos/Seguro do veículo; Serviço de
rastreamento, os custos com alimentação em viagens e na empresa.
A Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas, utiliza uma formula bastante interessante
apesar de complexa para calcular custos totais do transporte rodoviário de carga como
se observa a seguir:
CUSTO TOTAL = CUSTO PESO + CUSTO VALOR + GRIS + IMPOSTOS
IMPOSTOS = Percentual referente ao PIS e ao COFINS aplicado sobre o custo peso
GRIS = Custo referente ao gerenciamento de risco que é obtido através de um
percentual aplicado sobre o valor da tonelada da mercadoria transportada
CUSTO VALOR = Custos referentes à retenção ou transferências de perdas incorridas
no transporte da mercadoria que é obtido através de um percentual aplicado sobre o
valor da tonelada da mercadoria transportada
CUSTO PESO = A + B.X + C. É o custo relacionado ao peso da mercadoria, onde:
A = [(CF / H) . TCD ] / CAP
É o custo do tempo gasto para carregar, descarregar e esperar carga
B = {[CF / (H . V ) ] + CV } / CAP
É o custo relacionado à transferência da mercadoria que deve ser multiplicado por X,
que é a distância percorrida
C = c . (DAT / TEXP)
São as despesas indiretas da transportadora (despesas administrativas e de terminais).

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Onde:
CF = custo fixo (R$)
H = número de horas trabalhadas por mês (h)
TCD = tempo gasto para carregar, descarregar e esperar carga (h)
CAP = capacidade média de carga efetiva (t)
V = velocidade média do veículo (km/h)
CV = custo variável (R$/km)
DAT = despesas administrativas e de terminais (R$)
TEXP = tonelagem expedida (t)
c = coeficiente do uso de terminais
Essas fórmulas valem sempre, cabendo apenas algumas ressalvas:
1 – No transporte de carga lotação não cabe a aplicação da variável c, pois a carga não
passa pelos terminais da empresa e as despesas indiretas são chamadas apenas de
despesas administrativas;
2 – Na operação urbana, os custos referentes a impostos, gerenciamento de riscos, custo
valor e despesas indiretas já estão computados nos custos de transferência, portanto não
entram na fórmula.

T.I aplicada aos transportes


Quais os impactos que Tecnologia da Informação causa em um sistema de
gerenciamento de Transporte? Obteremos essa e outras respostas neste post.

“Tecnologia da Informação é todo e qualquer dispositivo que tenha capacidade para


tratar e ou processar dados ou informações, tanto de forma sistêmica como esporádica,
quer esteja aplicada no produto, quer esteja aplicada no processo” Cruz (2010, p.26).
O gerenciamento da cadeia de transporte nem de longe é uma tarefa simples de ser
executada, pelo fato de ser bastante dinâmica, complexa e de representar uma imensa
substancialidade na sobrevivência e competitividade das empresas, o gerenciamento de
transporte sempre foi um grande desafio aos gestores, porém cada vez mais esse
trabalho vem se tornando menos complicado ou menos difícil de ser gerenciado,
monitorado e rastreado, graças aos importantes avanços e investimentos em tecnologia
diretamente nesse setor.
Porém nem sempre foi assim, lá nos primórdios onde as atividades de Logísticas ainda
engatinhavam, ou seja quando começaram a separar a Logística de outros setores, por
exemplo Administração, engenharia, etc. o fluxo de informações por muitos anos não
tinha a atenção que merecia, pois a logística concentrava seus esforços no fluxo físico
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do processo. Nos dias atuais, é praticamente impossível pensar em transportes sem a
agregação de valor da tecnologia da informação.
Vejamos um pouco mais sobre a Evolução da T.I,
“Nos anos 70 e 80, os equipamentos tornam-se mais acessíveis, houve acentuado queda
nos preços” (BOAR ,1999)
Surgem de forma rudimentar, os microcomputadores, os quais permitiram melhor
integração entre os usuários e os especialistas de TI, abrindo caminhos para novas
descobertas tecnológicas. “Definitivamente os microcomputadores ganharam espaço e
tornara-se popularizados, devido ao preço e a capacidade de armazenamento de
informação” (LAURENTINO, 2002).
O principal propósito de coletar, manter e manipular os dados dentro da empresa e
tomar decisões, abrangendo desde o estratégico até o operacional.Mas surgiu a
necessidade de se ter uma visão global deste fluxo. Somente na década de 90, o
desenvolvimento tecnológico avançou significativamente e a TI venceu os obstáculos e
criou novas alternativas. “Surge uma das mais importantes ferramentas que
revolucionou a história da informação: a Internet” (LAURINDO 2002,p.28-31).
No transporte existem inúmeras áreas de aplicações das Tecnologias de Informação que
causam enorme impacto nas áreas de Transportes. Podemos destacar entre outras:
Telemática e Eletrônica Embarcada, Sistemas de Controle de Tráfego Urbano (UTC),
Sistemas de Gerenciamento de Transportes (TMS), Sistemas de Rastreamento e
Monitoração de Veículos, Sistemas de Roteirização de Veículos, Sistemas de
Planejamento de Recursos de Distribuição (DRP), Sistemas de Informação aos
Motoristas.
A T.I é fundamental para o desenvolvimento de um serviço de transporte que propõe a
integração dos diversos modais e a disponibilidade das informações sobre o estado da
carga para os embarcadores (ou clientes). Desta forma Softwares voltados para o
controle e rastreamento de cargas simplificam o fluxo de entregas e reduz
significativamente os erros de envio e problemas com atrasos. Com esses sistemas, o
gestor consegue facilmente organizar dados sobre o estoque, monitorar e administrar
todo o tipo de informação sobre as cargas.
Softwares
TMS – Transportation Management System
Em português o Sistema de Gerenciamento de Transporte (TMS), é um software usado
para planejar rotas, otimizar carga, administrar as atividades da transportadora, criar
fretes, Gerenciar prazos de entregas, dentre muitas outras vantagens. O TMS integra
operações e funciona como uma rede colaborativa entre toda a equipe e também os
clientes.
Ao implementar essa ferramenta, uma empresa consegue atingir os seguintes resultados:
• Por meio do bom planejamento de rotas é possível reduzir custos;
• Melhor visibilidade de toda a cadeia de transporte de cargas; | 105

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• Garantia de conformidade e cumprimento das obrigações fiscais;
• Confere mais flexibilidade caso mudanças sejam feitas nos planos de entrega;
• Dá suporte às tomadas de decisão uma vez que gera relatórios e análises
baseados em indicadores de desempenho.
Assim, é possível gerenciar toda a frota de veículos e os fretes, com base em
informações integradas de custos — como a documentação, o acompanhamento dos
funcionários, os materiais de consumo, os cálculos de valores de fretes e a emissão de
relatórios de desempenho.
De maneira geral, o sistema fornece um panorama das operações, permitindo ao gerente
e aos demais envolvidos o acesso, em tempo real, a dados importantes para a otimização
dos transportes.
SISTEMAS DE RASTREAMENTO E MONITORAÇÃO
Esses sistemas consistem na instalação de módulos rastreadores via satélite em cada
veículo da frota e, a partir disso, ele estabelece uma conexão contínua durante os
deslocamentos. Um software oferece o suporte para a análise de todas as informações
fornecidas por esses rastreadores.
Desse modo, é possível acompanhar diversos aspectos do percurso, por exemplo:
• Controle de tráfego;
• Velocidade média e instantânea;
• Tempo gasto nas paradas;
• Consumo de combustível, dentre outros.
Além disso, esses sistemas ainda têm a função de garantir a segurança da carga e do
motorista, pois torna mais difícil a atuação de criminosos especializados em furtos e
roubos de cargas.
SISTEMAS DE ROTEIRIZAÇÃO
Aqui, a otimização proporcionada tem como foco as rotas de viagens. Os sistemas de
roteirização se encarregam de fornecer as melhores alternativas de trajetos, com base
em mapas digitais.
Eles evitam a utilização de rotas desnecessárias, mais longas ou que possam gerar
gastos maiores para a empresa com o consumo de combustível, pedágios e desgastes do
caminhão. Além disso, serve como base para um cálculo mais preciso dos prazos de
entrega.
“A importância da informação no mercado tão globalizado como nos dias de hoje é um
dos protagonistas pelo crescimento do mercado de TI; a tecnologia da informação pode
ser decisiva para o sucesso ou fracasso de uma empresa, contribuindo assim para que a
organização seja ágil, flexível e forte” (ALBERTIN, 2OOO).

Qual a diferença entre WMS, ERP, MRP? | 106

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Os avanços tecnológicos possibilitaram o surgimento de novas ferramentas de gestão,
possibilitando aos usuários a obtenção de dados e análises muito bem detalhadas e
volumosas quando necessárias, dependendo menos da experiência das pessoas, com o
aperfeiçoamento da gestão e evolução tecnológica houve um aumento na qualidade das
análises, rapidez no processamento dos dados, facilitando a interface de informações.

O WMS (Warehouse Management System) que significa Sistema de Gerenciamento de


Armazém em português, possibilita o controle de armazéns através da sincronia de
dados coletados e imputados no sistema. Mas como isso é feito?

Usa-se uma tecnologia chamada Auto ID Data Capture que é a captação de dados
através da leitura de códigos de barras por coletores (aqueles que vemos nos
supermercados), dispositivos móveis, redes que rastreiam todas as atividades em tempo
real, sendo assim, as informações estão sempre atualizadas no WMS e de acordo com a
realidade física do armazém.

O WMS pode ter interface com o Enterprise Resource Planning (ERP), Planejamento de
Recursos da Empresa (MRP) ou com outros tipos de softwares usados para estes fins.
As grandes vantagens do uso deste software é a acuracidade (assertividade) das
informações, inventários muito mais rápidos, pois ao invés da contagem manual, passa-
se o leitor de código de barras pelos produtos que vão sendo contabilizados
rapidamente, atualizações em tempo real e lógico o controle das informações, pois
quando se tem acesso aos dados, podemos controlar e analisar de forma eficiente.

O ERP (Enterprise Resource Planning) significa em português Sistema de Gestão


Integrada. São vários sistemas em um só, que se comunicam, havendo um cruzamento
de informações entre eles, por isso um ERP possui módulos, cada módulo possui uma
funcionalidade e corresponde a um departamento da empresa, que pode ser customizada
à necessidade do cliente, geralmente vemos módulos para a área financeira, para a área
de cadastros, para a área contábil, de movimentação de materiais, agendamentos e por ai
vai. O WMS pode realizar interface (ligação/troca) com o ERP, alimentando-o.

O MRP (Material Requirement Planning), significa em português planejamento de


necessidades de materiais, é um software que realiza uma análise automática do
estoque, de acordo com dados e análises, desta forma ele aponta um ressuprimento
automático, afim de que não falte material no estoque nem sobre material, ocupando
espaço desnecessário no armazém. Através da previsão da demanda por conta do
histórico de vendas e a capacidade produtiva o software cruza estes dados com
informações, como quantidades mínimas de compras, tamanho, peso, estrutura do
produto, lead time (tempo) para recebimento dos insumos e com o cruzamento destas
informações ele sugere quando e quanto se deve comprar do produto.

Particularmente sou muito à favor da utilização de recursos tecnológicos, pois se


alimentados com dados corretos,possibilitam análises muito mais assertivas, agilidade
de informações e agilidade de processos. Pensem em um inventário de um estoque com
20 mil itens contados à mão, agora pensem em um inventário com 20 mil itens
contabilizados com um leitor de código de barras, é muuuuito mais rápido!!!

Agora imaginem o controle de estoque de um armazém sem um WMS, tudo


contabilizado à mão, todas as entradas e saídas, quantas contas de somar e subtrair | 107

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


teriam que ser realizadas, e o risco de erro humano? Muito maior que em um processo
automatizado.

A verdade é que se uma empresa que quer atingir níveis de excelência, agilidade,
confiabilidade em seus processos e dados, ela DEVE adquirir um software adequado
para suas necessidades, pois por conta da perda de informações simples, as empresas
podem ter prejuízos incalculáveis. Geralmente os administradores de empresas um tanto
que mais conservadores visualizam apenas custos, quando na verdade esse é um grande
investimento que fará com que sua empresa obtenha diferenciais ou se iguale ao
mercado, que anda cada vez mais inovador e ágil.

5W2Hs: Como fazer um plano de ação

Um plano de ação é,
basicamente, a definição
estratégica de ações que
devem ser feitas por
indivíduos envolvidos em
um negócio para que juntos
possam chegar a um
objetivo maior. Ele pode ser
aplicado em uma
determinada área da
empresa, por uma determinada equipe, mas também para toda a organização.

Ou seja, há diversos níveis de planos de ação. O que importa é a ordem com que cada
ação será tomada, assim como o fato de o cronograma estar contemplado no plano.

É sobre isso que vamos conversar neste artigo: como fazer um plano de ação utilizando
a ferramenta conceitual 5W2H. Você verá, a seguir, o que é 5W2H, porque ele deve ser
utilizado na sua empresa e um exemplo de aplicação. Acompanhe!

O que é 5W2H
Comecemos por entender o que é 5W2H. Ele é
um acrônimo utilizado para representar as
diretrizes utilizadas para a formatação de um
plano de ação empresarial. Os 5Ws são: What,
Why, Where, When, Who — em bom
português: o que, por que, onde, quando e
quem. E os 2H são: How e How much —
como e quanto.

Ao utilizar este conceito — também chamado de método ou ferramenta — para montar


um plano de ação, a empresa elimina todas as dúvidas que possam surgir na hora de
criar e tornar as diretrizes conhecidas por sua equipe.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Basicamente, os 5W2H ajudam a responder as seguintes perguntas essenciais em um
plano de ação:

• O que precisa ser feito? (Quais etapas devem ser percorridas para a ação);
• Por que precisa ser feito? (O que justifica esta ação?);
• Onde será feito? (Em que local, em quais departamentos etc.);
• Quando deverá ser feito? (Qual o cronograma, qual o período em que a ação será
aplicada e quando deve ser finalizada/entregue);
• Quem fará? (Quem serão os responsáveis pela ação);
• Como será feito? (Quais técnicas, quais ferramentas etc. serão utilizadas para
que esta ação seja feita);
• Quanto custará? (Quais custos estão envolvidos na tomada desta ação).

Por que utilizar 5W2H no plano de ação da sua


empresa
Consta que o 5W2H surgiu no Japão, a partir da busca por qualidade em algumas
empresas fabricantes de automóveis. Amplamente utilizada para diversos fins, a
ferramenta passou a ser adotada como um mapa de ações, que ajuda os gestores à
medida em que eles respondem às sete perguntas nela contida.

Sua simplicidade de execução e de explicação aos membros da equipe são excelentes


justificativas para utilizá-la. Além disso, a ferramenta facilita e agiliza a comunicação
entre líderes e liderados ao passo em que se propõe a guiar a construção e a viabilização
de ações de todos os tipos e proporções.

Exemplo de utilização da ferramenta 5W2H


A seguir, veja um exemplo práticos da aplicação do 5W2H em um plano de ação. Para
isso, tomemos como ação a redução de energia elétrica numa empresa, respondendo às
sete perguntas essenciais:

O que?

Reduzir em 20% o consumo de energia elétrica na operação da empresa.

Por que?

Houve reajuste nas tarifas de energia elétrica e, também, o consumo aumentou apesar de
a empresa seguir com a mesma capacidade produtiva. Por isso, é preciso reduzir com
urgência.

Como?

Serão reduzidos o uso de ar condicionado; todos os colaboradores devem desligar seus


computadores no final do expediente; salas de reunião e outras que não estiverem sendo
utilizadas devem permanecer com as luzes apagadas; cada departamento deve verificar
outras frentes de redução do consumo de energia. | 109

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Quem?

Todos os líderes devem engajar seus liderados. A ação é para todos os colaboradores da
empresa.

Quando?

A partir da próxima segunda-feira. As lideranças devem fazer o comunicado e discutir o


assunto com seus liderados nesta sexta-feira. Mês a mês, será feito o comparativo com o
mês em que a ação não havia sido tomada para identificar se atingimos a meta.

Quanto custa?

Esta ação deve trazer à empresa uma redução de, no mínimo, 20% no consumo de
energia elétrica. Os custos envolvidos serão no departamento de marketing que deve
criar comunicados online e alguns cartazes para distribuir pelos departamentos. O
orçamento aprovado para isso é de R$ 1000,00.

Perceba que todas as dúvidas em relação a ação de redução de energia elétrica são
sanadas com o 5W2H. Todas as pessoas envolvidas ficam sabendo do que precisa ser
feito e também os motivos que levaram a esta medida.

A partir destas respostas, a empresa também pode passar o formulário ao departamento


de comunicação que poderá criar peças de divulgação da ação como parte de uma
campanha interna.

Como fazer um plano de ação utilizando 5W2H


Comece utilizando o 5W2H como uma espécie de formulário a ser preenchido para a
elaboração e para a execução das ações. Nele, você deve atribuir as funções para cada
membro da equipe e, também, determinar o modo como cada atividade deverá ser feita.
Ali, devem constar os motivos pelos quais cada ação deve ser realizada e também os
prazos para elas serem concluídas, além de orientar como devem ser feitas e estimar os
custos envolvidos.

A simplicidade e a praticidade de utilizar o 5W2H devem servir para agilizar o plano de


ação e também a comunicação com a equipe. Aproveite isso para engajar seus
colaboradores, mostrando a eles que a eliminação das dúvidas será muito benéfica para
todos, bem como esta ferramenta pode se complementar às técnicas já existentes para
análise de negócios.

Caso você ainda não esteja utilizando 5W2H para montar seu plano de ação, comece a
refletir sobre as atividades que poderiam ser formalizadas com esta ferramenta, bem
como em quanto ela poderia facilitar e agilizar o processo de colocar ações em prática.

Você irá perceber que esta ferramenta é excelente para formalizar o planejamento e
conduzir a tomada das ações, dando um norte para toda a equipe, facilitando o
acompanhamento do desempenho das pessoas. Também, a comunicação com sua equipe
| 110

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


tende a melhorar, afinal, todas as dúvidas possíveis são sanadas com o preenchimento
do formulário.

5W2H
É uma ferramenta que veio da gestão de projetos e se encaixa diretamente com
Logística, já que durante o processo fazemos uma gestão dos nossos processos, projetos
de vida, nossos objetivos pessoais entre outros.

Cada letra dessa representa uma pergunta feita para si ou para o outro, com intuito de
identificar resistências e oportunidades, facilitando a visão global do projeto, viabilidade
do mesmo e a evidência de que estará cumprido.

Vamos então verificar novamente e mais detalhado o que significa cada letra?

WHAT? (O que?)
Descreva todas as ações para atingir seus objetivos!
Ex.: O que deve acontecer para…?

WHO? (Quem?)
Defina aqui um ou mais responsáveis pelas ações.
Ex.: Quem é o responsável por fazer…?

WHEN? (Quando?)
Dia, data, hora e momento no qual acontecerão as ações.
Ex.: Quando você cumprirá a primeira tarefa? E a segunda?

WHERE? (Onde?)
Onde as ações serão ou deverão ser realizadas.
Ex.: Onde você fará…?

WHY? (Por que?)


Os benefícios que cada ação lhe trará.
Ex.: Por que fazer essas ações especificamente?

HOW? (Como?)
Detalhe a maneira como cada ação deve ser executada.
Ex.: Como você realizará as ações propostas?

HOW MUCH? (Quanto Custa?)


Custo para verificar viabilização das ações.
Ex.: Quando gastará para…?
Exemplo de utilização da ferramenta 5W2H
A seguir, veja um exemplo práticos da aplicação do 5W2H em um plano de ação. Para
isso, tomemos como ação a redução de energia elétrica numa empresa, respondendo às
sete perguntas essenciais:

O que?
Reduzir em 20% o consumo de energia elétrica na operação da empresa. | 111

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Por que?
Houve reajuste nas tarifas de energia elétrica e, também, o consumo aumentou apesar de
a empresa seguir com a mesma capacidade produtiva. Por isso, é preciso reduzir com
urgência.

Como?
Serão reduzidos o uso de ar condicionado; todos os colaboradores devem desligar seus
computadores no final do expediente; salas de reunião e outras que não estiverem sendo
utilizadas devem permanecer com as luzes apagadas; cada departamento deve verificar
outras frentes de redução do consumo de energia.

Quem?
Todos os líderes devem engajar seus liderados. A ação é para todos os colaboradores da
empresa.

Quando?
A partir da próxima segunda-feira. As lideranças devem fazer o comunicado e discutir o
assunto com seus liderados nesta sexta-feira. Mês a mês, será feito o comparativo com o
mês em que a ação não havia sido tomada para identificar se atingimos a meta.

Quanto custa?
Esta ação deve trazer à empresa uma redução de, no mínimo, 20% no consumo de
energia elétrica. Os custos envolvidos serão no departamento de marketing que deve
criar comunicados online e alguns cartazes para distribuir pelos departamentos. O
orçamento aprovado para isso é de R$ 1000,00.

FMEA

FMEA Análise do modo e efeito de


falha (failure mode and effect analysis)
é uma ferramenta lógica para
identificação de possíveis falhas em
um sistema e as possíveis
consequências que podem ser causadas
caso ela ocorra, também serve para
constatação de possíveis sucessos
operacionais, auxiliando na melhoria
de um projeto, sistema ou processo
operacional.

A experiência gerada em determinado evento auxilia na compilação dos pontos


relacionados para estruturação da FMEA, é um estudo probabilístico também, pois se
pode trabalhar com cálculos de probabilidade para identificação de um possível erro.

O surgimento desta ferramenta ocorreu em meados de 1949 nos Estados Unidos da


América, porém a NASA que passou a utilizá-la e aperfeiçoá-la. Podemos observar a
utilização desta ferramenta no Projeto Apollo, um conjunto de missões espaciais que | 112

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


tinha por objetivo levar o homem à Lua, ocorrido entre 1961 e 1972. Em cada
treinamento diário todas as possíveis falhas eram levantadas, pois qualquer ação,
ocorrência ou lapso fora do planejamento seria fatal. Apenas para efeito de curiosidade
as várias missões Apollo deixaram na LUA 181 toneladas de lixo e recolhidos 380
quilos Kgs de pedaço da LUA.

Existem quatro tipos de FMEA, porém a sua estruturação é a mesma para cada tipo, o
que vai diferenciá-las é apenas o objetivo à que serão empregas. Desta maneira, temos:

FMEA de design: São consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro
das especificações do projeto. O objetivo desta análise é evitar falhas no produto ou no
processo decorrentes do projeto, podendo ser denominada de FMEA de projeto ou
produto.

FMEA de processos: São consideradas as falhas no planejamento e execução do


processo, ou seja, o objetivo desta análise é evitar falhas do processo, tendo como base
as não conformidades do produto com as especificações do projeto.

FMEA de sistemas: São considerados sistemas e subsistemas nas fases conceituais e de


projeto. O objetivo desta análise é focalizar nos modos de falhas entre funções do
sistema. São inclusas as interações entre sistemas e elementos dos sistemas.

FMEA de serviços: São analisados os serviços antes de eles atingirem o consumidor. É


usado para identificar tarefas críticas ou significantes para auxiliar a elaboração de
planos de controle. Ajudam a eliminar gargalos nos processos e tarefas.

Esta ferramenta é essencial na LOGÍSTICA, no sistema produtivo, de transportes,


distribuição, compras, dentre outros setores, afim também de evitar processos de
logística reversa. Podemos exemplificar um produto que apresente um defeito de
fabricação, se bem produzido, não será devolvido, evitar um possível problema de
distribuição/transporte por uma falta de manutenção em um veículo. A probabilidade de
erros é muito grande em todos os setores, a experiência dos envolvidos pode ser um
fator decisivo para a boa aplicação da ferramenta, além disso, um bom raciocínio lógico
também é fundamental, o FMEA é tão importante que evitará falhas em qualquer etapa
do processo e consequentemente evitará a insatisfação do cliente que receberá o serviço
ou produto desejado dentro das conformidades esperadas.

TMS – Transport Management System


Sabemos que a gestão de transportes vem se tornando cada vez mais eficiente, tudo isso
devido ao grande avanço e auxilio da Tecnologia da Informação e da capacidade
analítica e estratégica dos gestores, pois de nada adianta existir ótimas ferramentas, se o
lado humano não estiver capacitado a interpretar e manusear tais dados.
Pela contribuição da T.I temos o TMS como software de Gerenciamento de Transportes.
Vamos conhecer mais sobre o TMS, conhecido como Sistema de Gerenciamento de
Transporte ou ainda Sistema de Gestão de Transporte e Logística, é um software para
melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. O TMS é
uma solução para gestão do processo de transporte que permite ao usuário visualizar e | 113

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


controlar toda a operação e a gestão de transporte de forma integrada. O sistema é
desenvolvido em módulos independentes e que podem ser adquiridos pelo cliente
conforme sua necessidade.
Portanto, nada mais é do que um sistema para transportadoras (de todos os tamanhos)
que possibilita a empresa reduzir custos e aumentar suas margens de lucro.

VANTAGENS DE UM TMS
• Redução nos custos da transportadora e melhora nos processos.
• Evita redigitação de dados no computador e erros humanos.
• Planejamento mais lucrativo na composição de cargas e rotas;
• Controle REAL dos custos e lucros da empresa.
• Diminuição do tempo gasto com processos burocráticos, possibilitando que o
gestor se concentre no que realmente importa.
• Cadastrar e usar de forma automática suas Tabelas de Frete.
• Controlar seu faturamento, Contas a Pagar e Receber.
• Cadastrar e Controlar todos seus clientes, motoristas e veículos.
• Envio e acompanhamento de CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico)
para o SEFAZ.
• Emissão de NF-e (nota fiscal eletrônica) e de Manifesto Eletrônico
• Gestão de Frotas (Manutenção, Combustível e Pneus).
Um TMS permite obter o custo mínimo de operação, pois permite visualizar e controlar
todos os custos inerentes à gestão de transporte, controlar a qualidade dos serviços
realizados interna e externamente ou por terceiros e estabelecer metas de qualidade
conforme as necessidades. Também aumenta a disponibilidade da frota, prevendo
possíveis problemas que possam ocorrer nas partes mecânica e eléctrica do veículo e
informações detalhadas e de fácil acesso que permitem uma rápida tomada de decisão,
para ter noção da importância do uso desse software dentro de uma empresa é preciso
saber quanto representa o custo de transporte.
Logo se percebe que, o sistema TMS transforma o jeito de gerenciamento de transporte
em uma organização, acrescentando inúmeros benefícios, aumentando o controle sobre
as atividades realizadas e garantindo maior disponibilidade e veracidade das
informações geradas e repassadas. Tudo isso contribui para que a gestão logística da
empresa se torne ainda mais eficiente e alcance melhores resultados.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


O custo de um TMS varia de acordo com as necessidades da empresa e a sua área de
atuação, já que os módulos são independentes. O sistema tem como finalidade
identificar e controlar os custos inerentes a cada operação, medindo seu desempenho,
simulando modelos de fretes, monitorando eventos de carga e descarga de veículos,
rastreamento, emissões de conhecimentos e manifesto de carga, cadastros de taxas e
tarifas. Também é possível apoiar os estudos de dimensionamento de frota e
renovações, gerenciar a manutenção da frota, e por meio de interfaces externas,
gerenciar o veículo com tecnologias de GPS (global positioning system).
O TMS também pode ser utilizado por Embarcadores para fins de auditoria de frete dos
transportes contratados e ainda para a apuração da performance das entregas.

INTRODUÇÃO E FUNDAMENTOS DE TRANSPORTES


O Estudo da Área de transportes tem uma enorme relevância dentro das operações
logísticas, até mesmo pelo fato de que os custos apenas com transportes são de 2/3 (dois
terços) dentro dos custos Logísticos de uma empresa.
“Sob qualquer ponto de vista –econômico,
politico e militar – o transporte é
inquestionavelmente, a indústria mais
importante do mundo.” Congresso dos EUA
apud Ballou Ronald.

Se repararmos o crescimento sem fronteiras do comércio mundial, principalmente com


as cada vez mais constantes vendas via internet, o E-commerce, veremos que o
transporte está sempre acompanhando as tendências econômicas.
Trazendo essa questão para o nosso dia-a-dia, veremos também o impacto que um
péssimo sistema de transportes causa em nosso cotidiano, um enorme problema que as
grandes cidades Brasileiras enfrentam é o congestionamento nas avenidas,
especialmente na “hora do rush”, pesquisas já comprovaram que um dos principais
fatores quando se trata de improdutividade nas empresas se dão por conta do estresse e
desgaste no translado do empregado ao trabalho e também no retorno para casa, por
exemplo, em São Paulo-BRA, existem casos de que pessoas levam até 2 horas para
chegar ao trabalho, imagine só, 2 horas trocando de metrô, em pé, calor e apertado no
meio da multidão, ai já equivaleu muitas horas de produtividade.
Bom, agora que já fizemos um pouco de alusão sobre a substancialidade do transporte,
vamos entender um pouco mais sobre: introdução e fundamentos dos Transportes.
Basicamente a equação de um gerenciamento de transportes consiste em três pilares,
que são: Quantidade, Tempo e Custos.
Na Logística, o Transporte tem resumidamente suas funções tais como: fazer o
suprimento (recebimento/IN BOUND) e a distribuição (expedição/OUT BOUND). Ou
seja, deslocar produtos do ponto X até o ponto Y, garantindo integridade do produto
respeitando o prazo acordado com o menor custo possível. | 115

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Ainda dentro das três diretrizes citadas acima, temos outros pontos que também devem
ser considerados, até mesmo como desafios aos gestores,
Quantidade: cada veículo/modal tem suas capacidades e limitações de cargas, portanto
é de suma importância conhecer o tipo de modal a ser escolhido na hora da distribuição
ou tipo de veículo, sempre levando em consideração à mercadoria a ser transportada.
(quando à mercadoria se encontra dentro do modal chamamos de carga).
Prazo: cada cliente ou consumidor deve ser suprido dentro do prazo acordado, nunca
depois, ou até mesmo nunca antes, muitas pessoas confundem o adiantamento da
entrega com pontualidade, NÃO, estar adiantado não é ser pontual, muitas vezes o
cliente pode está viajando e voltará apenas naquele dia acordado no ato da compra e
nesse caso, se o seu produto for entregue antes, o mesmo não estará presente para o
recebimento. Ou no caso de um grande fornecedor, querendo impressionar um varejista,
por exemplo, resolve entregar seu pedido dois dias adiantados, porém ao chegar ao local
encontra o depósito do varejista completamente lotado, sem capacidade de mais
armazenamento. Isso tudo causará em mais custos de transportes.
Destacamos ainda, Leis Municipais: em algumas cidades, por exemplo, existem
determinações sobre o horário em que veículos de grande porte de carga podem transitar
dentro da cidade. Valores e riscos dos produtos: por decorrência da grande quantidade
de furtos de mercadorias as seguradoras passaram a determinar valores máximos que
podem ser transportados em cada veículo. Temos até o fato em que o cliente pode
determinar o tipo de veículo, isso vai depender de sua localidade, de sua estrutura,
instalações etc.
A distribuição pode ser em cargas fechadas (muitas vezes usado quando se está
atendendo apenas um cliente) ou em cargas fracionadas (modelo usado para atender
mais um de um cliente) esses atendimentos são em intervalos de horas, turnos ou dias.
Pois, na grande maioria das vezes envolve vários elos de uma rede, como mostra a
imagem abaixo:
Distribuição
Dentro desse sistema podemos ter dois
modelos de fretes: CIF ou FOB;
CIF (Cost, Insurance and Freight; em
português, “custo, seguro e frete”), quando
o fornecedor (exportador) se responsabiliza
pelo frete e seguro da mercadoria, e cabe a ele fornecer uma guia para que o comprador
(importador) possa resgatar o produto perante o entregador. Este custo consta no
orçamento do fornecedor.
FOB (Free On Board), quando o fornecedor se responsabiliza (contratualmente) pela
mercadoria até a hora em que ela é entregue, na data e hora, ao entregador escolhido
pelo comprador. Este preço não faz parte do orçamento do fornecedor e deverá ser
calculado pelo comprador de acordo com o serviço de frete que escolheu. Assim, o
fornecedor (exportador) é responsável pela mercadoria até que esta transponha a
amurada do navio, de onde será levada até o porto de destino. Ao transpor essa | 116

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


amurada, todos os custos (seguro, frete) e responsabilidades são repassados ao
comprador (importador).
O transporte realmente é extremamente fundamental para a sobrevivência em qualquer
negócio, desde a redução de custos até a confiabilidade com o qual o cliente vai adquirir
desde que receba o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo.
Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo
real, o gerenciamento de transporte continua sendo essencial para que seja atingido o
objetivo logístico.

Dimensionamento de Frota
O Dimensionamento de Frota traz mais eficiência para a logística.
Determinar a quantidade de veículos necessária para fazer as entregas é fundamental
para evitar o excesso de gastos e atrasos. Alguns itens são importante nesta
planejamento:

1 cálculo da quantidade de viagens que um veículo pode fazer mensalmente.

2 -identificação da capacidade por veículo e o total de toneladas que pode ser


transportada; v

3 - Fixar os dias de trabalho durante o mês e as horas de trabalho por dia.

4 -estudo das rotas a serem utilizadas, avaliando as condições de tráfego, o tipo da


estrada, entre outros fatores; v

5 - definição do tempo de carga e descarga, refeição do motorista, espera etc.; v

6 - consolidação das especificações técnicas de cada modelo de veículo v.

7 - Calcular o número de veículos necessários dividindo-se a demanda mensal de carga


pela quantidade de carga transportada por veículo durante o mês.

8 - Ao número de veículos calculado é conveniente acrescentar alguns veículos adicionais para


substituir os caminhões que entram em manutenção, que são avariados, etc.

Desembaraço aduaneiro: o que é?


Qualquer processo de importação ou
exportação envolve esse
procedimento, que libera a entrada ou
a saída de mercadorias do território
brasileiro.

No primeiro caso, esse já é o ato final, quando o governo federal entende que a operação
está finalizada.
| 117
O desembaraço envolve a verificação de documentos e dados declarados do exportador,

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


a fim de confirmar que a importação está de acordo com o que determina a legislação.

É importante diferenciá-lo do despacho aduaneiro, que consiste em um processo de


conferência física e documental das mercadorias.

Assim, o desembaraço faz a liberação propriamente dita e registra a conclusão da


verificação.

O desembaraço aduaneiro foi regulamentado pelo Decreto 4.543/2002.

Ele é a última etapa do despacho aduaneiro, já que este verifica se está tudo correto e,
em caso de inexistência de irregularidades, a fase seguinte é autorizada.

Como funciona desembaraço aduaneiro?


Assim que o pedido feito pelo importador chega à alfândega, entra em uma lista de
espera.

O primeiro passo é a conclusão da conferência aduaneira, que tem por finalidade


identificar irregularidades.

Se estiver tudo correto, inicia-se o desembaraço propriamente dito.

Ele é feito no Siscomex, sistema que contempla o registro, o acompanhamento e o


controle de todas as operações de comércio exterior.

Com o desembaraço já cadastrado, o pedido é efetivamente expedido e entregue ao


importador.

Junto vai o Comprovante de Importação, que documenta que o pedido está regular.
Cabe ao importador apresentar:

documento a respeito do conhecimento de carga;


documento que comprova o pagamento da taxa do Departamento de Marinha Mercante,
quando a mercadoria tem um transporte marítimo;
comprovante de pagamento do ICMS.
Vale a pena destacar que todo esse processo abrange o desembaraço alfandegário
(liberação da mercadoria na alfândega), despacho aduaneiro (atividades executadas pelo
fiscal para que o produto seja liberado) e o desembaraço em si (que é a autorização e
entrega do item ao importador).

Os documentos necessários para todos esses procedimentos estão disponíveis no site da


Receita Federal e você pode verificar todos os manuais aduaneiros, além de sanar
possíveis dúvidas.

Basicamente, o funcionamento do desembaraço ocorre da seguinte forma:

1º passo
Os produtos adquiridos chegam à alfândega em portos ou aeroportos e entram em uma
lista de espera para a análise de possíveis irregularidades.
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2º passo
A verificação de regularidade da mercadoria passa o desembaraço para a próxima etapa,
que é o cadastro no Siscomex.

3º passo
O registro leva ao envio do comprovante de importação, documento da Receita Federal
que comprova as regularidades e permite que o comprador tenha acesso aos itens
adquiridos.

Quais são os tipos existentes de desembaraço aduaneiro?


O desembaraço pode ser relativo aos processos de exportação ou importação.

No primeiro caso, o objetivo é que a sua empresa tenha a autorização de envio do


produto para outro país.

Assim, a alfândega tem por objetivo verificar os dados declarados por importador e
exportador e calcular os impostos devidos.

Nos procedimentos de importação, a finalidade é liberar a entrada da mercadoria no


Brasil.

Por isso, analisa os dados do importador, documentos apresentados e a legislação


vigente.

Em relação ao despacho aduaneiro – que está relacionado ao desembaraço –, existem 3


tipos: de consumo, admissão e para internação.

O primeiro é quando os bens são destinados ao uso, por exemplo: matérias-primas,


insumos, produtos intermediários e bens de produção.

Também é válido para itens de revenda ou comercialização.

O segundo visa a entrada de itens, que devem permanecer no território aduaneiro por
um período específico.

Ele também deve cumprir a finalidade original para a qual seria destinada.

Essa é a situação de exposições artísticas, científicas e culturais, equipamentos de


profissionais que vieram ao Brasil a trabalho etc.

Já o terceiro tipo de despacho tem o objetivo de introduzir a mercadoria na Amazônia


Ocidental, Zona Franca de Manaus e outras áreas de livre comércio.

Quais são os canais de desembaraço aduaneiro?


Todo o procedimento do desembaraço que estamos tratando aqui passa pela escolha de
um canal de parametrização.

Isso ocorre no momento do registro no Siscomex e a seleção é feita de forma randômica


em horários definidos previamente nos portos e aeroportos.
| 119

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Os possíveis canais de parametrização são:

verde: não há verificação por parte da Receita Federal;


amarelo: é realizada somente uma análise dos documentos do processo registrado;
vermelho: é feita uma análise documental e física dos produtos declarados.
Vale a pena ressaltar que existem alguns tipos de mercadorias que não serão
desembaraçadas. São elas:

mercadorias com exigência de crédito tributário pendente de atendimento, exceto se


houver a prestação de garantia nos casos autorizados pelo Ministério da Fazenda;
mercadorias consideradas nocivas à saúde, à segurança pública ou ao meio ambiente, ou
ainda produtos que não cumprem os controles sanitários, zoossanitários e
fitossanitários;
mercadorias que são alvo de apreensão anulada por decisão judicial não transitada em
julgada e que não contenham garantia prévia.
Quais são as especificidades do desembaraço aduaneiro?

Qualquer produto adquirido em um país estrangeiro e vai entrar em território nacional


deve passar pela análise alfandegária.

É o desembaraço que possibilita que o produto entre no país, mas esse processo também
pode ser rejeitado sem motivos aparentes.

Além disso, existem especificidades que devem ser consideradas.

Segundo a Receita Federal, as pessoas jurídicas não possuem valor mínimo de compras
no exterior, mas podem fazer aquisições de até 3 mil dólares por vez.

Outra questão relevante é a tributação.

Caso os itens importados tenham a função de serem revendidos no país, eles não podem
passar pelo desembaraço via Nota de Tributação Simplificada, mas sim pela Declaração
Simplificada de Importação.

Uma alternativa interessante é o Importa Fácil, um serviço dos Correios que facilita o
processo para as organizações.

Nesse caso, você paga uma quantia fixa, independentemente do preço da remessa.

Outro benefício é a redução da burocracia. No entanto, esse sistema não traz facilidades
fiscais.

Vale a pena destacar que se a Receita Federal identificar divergências no valor


declarado da remessa, pode ser imposta uma taxa que varia de 60% a 400% em
comparação com o preço do item.

Assim, o desembaraço aduaneiro é um procedimento complexo, mas obrigatório e que


garante que a sua mercadoria está condizente com a legislação.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Modais de transportes
Rodoviário, Aéreo, Ferroviário, Hidroviário, Dutoviário, etc. vamos conhecer um pouco
mais sobre esses modais, características e relevâncias.

Abaixo um breve resumo, porém como


somos uma plataforma onde tratamos os
assuntos com uma enorme abrangência,
é só clicar em cada modal para saber
mais.

Rodoviário: A carga é transportada


pelas rodovias, caminhões, carretas, vans etc.

Ferroviário: A carga é transportada pelas ferrovias, em vagões fechados, plataformas,


etc.

Hidroviário: A carga é transportada em embarcações, através de rios, lagoas ou lagos,


apesar do Brasil ser imensamente “rasgado” por grandes rios que interligam muitas
regiões, essa modalidade quase não é explorada no país ao contrario de países como
EUA e Canadá por exemplo.

Marítimo: A carga é transportada em embarcações, pelos mares e


oceanos. Aquaviário é a definição que abrange o Hidroviário e o Marítimo.

Aéreo: A carga é transportada em aeronaves através do espaço aéreo. Temos aqui modal
mais caro.

Dutoviário: Sempre na forma de graneis sólidos, líquidos ou gasoso, a carga é


transportada através de duto.

Cada um dos modais possuem custos e características operacionais próprias, que os


tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as
modalidades têm suas vantagens e desvantagens. Escolha a melhor opção, analisando os
custos, características de serviços, rotas possíveis, capacidade de transporte,
versatilidade, segurança e rapidez.

Escolha dos modais de transportes


Como ter eficiência nas Escolhas dos modais?

Dentro das operações logísticas, os custos apenas com transportes são de 2/3 (dois terços)
dentro dos custos Logísticos de uma empresa.

Sabe também que, o transporte é extremamente fundamental para a sobrevivência em


qualquer negócio, desde a redução de custos até a confiabilidade com o qual o cliente vai
adquirir.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Cada um dos modais possuem custos e características operacionais próprias, que os
tornam mais adequados para certos tipos de operações e produtos. Todas as modalidades
têm suas vantagens e desvantagens.

Portanto a Tarefa de escolha eficaz do modal ou modais certos, nem de perto é uma
atividade simples, e para ficar mais complexo ainda, essa escolha não deve ser apenas
eficaz, mas também eficiente, pois somente dessa forma a empresa poderá competir em
“oceanos vermelhos”.

Bom, vejamos que o transporte possui, basicamente, cinco modais para cargas
rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo, cada um com características
operacionais próprias, tornando-os mais adequados de acordo com o tipo de operação e o
produto a ser transportado. Os critérios que devem ser levados em conta para escolher o
modal correto ou mais adequado para o transporte de uma carga, devem ser os de custo e
de características de serviço.

Desta forma algumas análises são parâmetros importantes para aplicação nesse processo
de decisão onde a localização geográfica das operações deve ser um ponto de partida para
se criar uma alternativa ou uma exclusão. Pelo fato de existir diferenças de custos e
valores indutivas entre cada tipo de modal e até mesmo veículos, vale à pena analisar bem
qual seria o transporte mais adequado de acordo com a carga a ser transportada e a
distância entre o ponto de partida e o destino. Além disso, deve ser considerada a
qualidade do serviço oferecido em cada modal, como velocidade, consistência,
capacitação, disponibilidade e frequência.

Graças à Importância que o transporte representa aos negócios, investimentos foram


feitos e hoje temos a T.I como grande auxiliadora nesse processo decisório, pois
utilizando softwares que permitem o gerenciamento de transporte, podemos controlar os
custos efetivos com os modais de transporte, auxiliando a planejar, executar, monitorar e
controlar atividades relativas à carga. Ao mesmo tempo, o software pode expedir
controlar entregas e coletas de produtos, emitir documentos, rastreabilidade da frota e de
produtos, auditoria de fretes, apoio à negociação, planejamento de rotas e modais, entre
outros. Este tipo de solução pode ser crucial para o negócio de empresas de transporte,
que utilizam transporte próprio ou de terceiros.

A escolha do modal deve buscar a minimização de custo e manter ou melhorar o nível de


serviço logístico, ou seja, cumprir com eficiência os prazos acordados com o cliente,
sempre procurando satisfazer as necessidades e expectativas do mesmo.

MODAL AÉREO (Órgãos regulamentadores,


Conhecimento de embarque Aéreo, Tarifas de Frete,
etc.)
Já sabemos que, o transporte aéreo é baseado em normas da Associação
de Transporte Aéreo Internacional (IATA – International Air Transport Association).
Lembrando que a associação das empresas aéreas na IATA não é obrigatória. A IATA
representa as companhias aéreas e estabelece tarifas máximas fixadas anualmente, com
base nas rotas e nos serviços prestados. | 122

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As tarifas aéreas, no entanto, podem ser reduzidas em função de acordos bilaterais entre
os governos e da competição resultante de programas de desregulamentação. Os
produtos a serem embarcados por via aérea devem ser pesados e medidos, pois as
normas da IATA estabelecem que um determinado peso não possa superar um volume
máximo. A unidade de volume equivale a 6 mil cm3/Kg. Quando este limite é
ultrapassado, o frete é calculado por volume.
Os principais intervenientes no transporte aéreo são as empresas de navegação aérea, os
agentes de carga, e também a Infraero, que detém o monopólio da administração dos
aeroportos e seus armazéns de carga no Brasil.
Órgãos Regulamentadores
IATA – International Air Transport Association – Associação de Transporte Aéreo
Internacional, que regula o transporte aéreo, e ao qual as empresas e os agentes de carga
são filiados. Fundada em 1919 na França com o surgimento do transporte aéreo, é uma
associação que reúne empresas de todo o mundo, tanto aéreas quanto agentes de carga
(Keedi e Mendonça 2000). Suas funções básicas são:
• Defender os interesses de seus representados;
• Garantir segurança na prestação de serviços aéreos;
• Estimular a colaboração entre as empresas de aviação civil;
• Prestar orientação quanto à construção e modernização de aeroportos;
• Tornar viável as rotas aéreas, garantindo a realização de um transporte aéreo
regular no âmbito internacional;
• Estabelecer tarifas de fretes uniformes entre as companhias associadas;
• Regular as três conferências de fretes (áreas 1, 2 e 3).
Os agentes de carga, credenciados pela IATA, fazem a intermediação entre as
companhias aéreas e os usuários, prestando informações sobre voos, fretes e
disponibilidade de espaços nas aeronaves. Sua receita provém de comissões sobre o
frete aéreo; taxas de expediente; prestação de serviços de consolidação e
desconsolidação; entrega e coleta entre outros. É obrigatório credenciamento junto ao
DAC (Departamento de Aviação Civil).
Sendo assim:
No campo internacional:
• Existe basicamente a IATA – International Air Transport Association –
Associação de Transporte Aéreo Internacional;
No âmbito nacional, a aviação é regulada pelo Governo Federal através de três órgãos:
• Ministério da Aeronáutica,
• Departamento de Aviação Civil- DAC
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• INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária.
Conhecimento de Embarque Aéreo:
O Conhecimento de embarque tem entre suas finalidades a de provar que a carga foi
entregue pelo embarcador ao transportador, servindo como um recibo de entrega da
mercadoria.
O transporte aéreo comercial de carga é sempre documentado através do conhecimento
aéreo (AWB – Airway Bill) que, a exemplo dos demais modais, é o documento mais
importante do transporte. Ele pode ser tanto um conhecimento aéreo da companhia
(acompanha a carga) quanto um conhecimento neutro (quando é do agente de carga).
De acordo com o autor Guilherme Bergmann Borges Vieira, em seu livro Transporte
Internacional de Cargas, diferenciam-se três tipos de Conhecimento:
Os tipos de AWB existentes são:
AWB (Airway Bill): Conhecimento aéreo que cobre uma determinada mercadoria,
embarcada individualmente numa aeronave, sendo emitido diretamente pela empresa
aérea para o exportador.
MAWB (Master Airway Bill): É o conhecimento emitido pela companhia aérea, para
cargas consolidadas, para o agente de carga. Representa a totalidade da carga recebida
pelo agente e entregue para o embarque, e que permanece com ele, não chegando aos
embarcadores. (Master = Mãe, neste caso).
HAWB (House Airway Bill): É o conhecimento emitido pelo agente de carga, relativo a
uma carga que tenha sido objeto de uma consolidação. Normalmente são emitidos
vários destes conhecimentos para cada Master. A soma dos HAWB será igual ao
MAWB. (House = Filhote, neste caso).
Além das funções normais este documento ainda pode representar fatura de frete e
certificado de seguro.
O AWB é composto de três originais: o primeiro original fica com o transportador; o
segundo acompanha a mercadoria durante o transporte e é entregue ao destinatário, no
destino final; o terceiro é dado ao expedidor, comprovando o embarque da mercadoria.
Sobre os Fretes e Tarifas aéreas:
Uma segunda função do Conhecimento de Embarque Aéreo é evidenciar a existência de
um contrato de transporte entre o usuário e o transportador. Além disso, pode servir
também como fatura de frete, contendo dados da mercadoria, descrição do voo, tipos de
tarifa e cálculo de seu valor e como certificado de seguro, nos casos em que a
mercadoria é segurada através da companhia aérea. Importante também salientar que o
AWB é um documento não negociável, ao contrário dos conhecimentos de embarque
utilizados em outros modais.
O frete aéreo é dividido em duas categorias, de acordo com a modalidade de pagamento,
e são:
Frete pré-pago (prepaid): O frete deve ser pago para a retirada do conhecimento de
embarque. Normalmente é realizado no país de embarque e para venda feita na condição | 124

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CIP e CPT.
Frete a pagar (collect): O pagamento do frete pode ser feito em qualquer lugar, sendo
normalmente realizado no país de destino.
Obs.: não é permitida essa modalidade de pagamento para os seguintes casos: restos
humanos, amostras, mercadorias perecíveis, animais vivos, bem como mercadoria que
tenha frete maior que seu valor e quando o destinatário é o próprio embarcador da
mercadoria.
As Principais Tarifas Aéreas são:
• Tarifa Mínima: Pequenos embarques, desconsiderando peso ou volume.
• Tarifa Normal: Aplicável a remessas de até 45 kg. Alguns países utilizam como
regra 100 kg.
• Tarifa Classificada: Aplicada a poucas mercadorias, dentro de certas áreas
determinadas. É expressa através de porcentagem de aumento ou redução das
tarifas de carga: ad valorem (animais vivos, carga valiosa, restos humanos, etc.);
redução (bagagem desacompanhada composta apenas de roupas e objetos de uso
pessoal, produtos culturais, aparelhos médicos).
• Tarifa Quantitativa: Aplicada conforme o peso do embarque, por faixas 45 a 100
kg; 100 a 300 kg; 300 a 500 kg; acima de 500 kg, diminuindo o valor
proporcionalmente do frete na medida em que o tamanho do lote aumenta.
• Tarifas Governamentais: baseada exclusivamente em acordos bilaterais.
• Tarifa RPN (Rede Postal Noturna): tarifa aplicada ao transporte noturno Correio.
• Tarifa Reduzida: aplicável a jornais, livros e revistas equipamentos médicos e/ou
ortopédicos, etc.
• Tarifa Expressa: aplicável a pequenos lotes ou em casos urgentes. São bastante
onerosas.
A base de cálculo do frete aéreo é obtida por meio do peso ou do volume da mercadoria,
sendo considerado aquele que proporcionar o maior valor. Para saber se devemos
considerar o peso ou o volume, a IATA (International Air Transport Association)
estabeleceu a seguinte relação:
Relação IATA (peso/volume) : 1 kg = 6000 cm³ ou 1 ton 6 m³
Por exemplo: no caso de um peso de 1 kg acondicionado em um volume maior que
6000 cm³, considera-se o volume como base de cálculo do frete, caso contrário,
considera-se o peso.
A IATA é uma entidade internacional que congrega grande parte das transportadoras
aéreas do mundo, cujo objetivo é conhecer, estudar e procurar dar solução aos
problemas técnicos, administrativos, econômicos ou políticos surgidos com o
desenvolvimento do transporte aéreo.

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As tarifas, baseadas em rotas, tráfegos e custos, são estabelecidas no âmbito da IATA
pelas empresas aéreas, para serem cobradas uniformemente, conforme as classificações
seguintes:
Normal: aplicada aos transportes de até 45 kg;
• Tarifa de quantidade: para pesos superiores a 45 kg;
• Tarifa classificada (class rates): percentual adicionado ou deduzido da tarifa
geral, conforme o caso, quando do transporte de mercadorias específicas
(produtos perigosos, restos mortais e urnas, animais vivos, jornais e periódicos e
cargas de valor, assim consideradas aquelas acima de US$ 1000/kg), apurados
no aeroporto de carga;
• Tarifas específicas de carga (specific commodity rates): são tarifas reduzidas
aplicáveis a determinas mercadorias, entre dois pontos determinados (transporte
regular). Possuem peso mínimo;
• Tarifas ULD (Unit Load Device): transporte de unidade domicílio a domicílio,
aplicável a cargas unitizadas, em que o carregamento e o descarregamento das
unidades ficam por conta do remetente e destinatário (prevista a cobrança de
multa por atraso por dia ou fração até que a unitização esteja concluída);
• Tarifa mínima: representa o valor mínimo a ser pago pelo embarcador. Não é
classificada pela IATA.
O transporte aéreo possui algumas vantagens sobre o maritimo, pois é mais rápido e
seguro e são menores os custos com seguro, estocagem e embalagem, além de serem
mais viável para remessa de amostras, brindes, bagagem desacompanhada, partes e
peças de reposição, mercadoria perecível, animais, etc.

MODAL AÉREO (Principais Aeroportos, Rotas e


Sistema Aeroportuário Brasileiro.)
Continuando sobre o Modal aéreo, vamos ver os Principais Aeroportos, Rotas Aéreas
do Mundo e o Sistema Portuário Brasileiro.
A importância de um aeroporto no transporte internacional de cargas está diretamente
ligada às empresas de courrier que dele se utilizam como bases operacionais.
Segundo a IATA a Aviação Mundial transportou em 2014 33,2 milhões de toneladas de
cargas.

Aeroporto Sigla País

Memphins MEM EUA

Hong Kong HKG China


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Tokyo/Natria NRT Japão

Alaska/Anchorage ANC EUA

Seul/Incheon ICN Coréia do sul

Los Angeles LAX EUA

Frankfurt FRA Coréia do Sul

Singapore SIN Singapura

Miami MIA EUA

Louisville SDF EUA

Taipei TPE Taiwan

New York/John Ken JFK EUA

Chicago/O´Hare ORD EUA

Shangai/Pudong PUG China

Paris/C. de Gaulle CDG França

Amsterdam MAS Holanda

London/Heathrow LHR Inglaterra

Dubai DBX EAU

Bangkok BKK Tailândia

Indianapolis IND EUA

O Aeroporto Internacional de Memphis (IATA: MEM, ICAO: KMEM, FAA LID:


MEM) é um aeroporto público localizado na cidade de Memphis, Tennessee, Estados
Unidos.
O aeroporto é um dos principais hub da Delta Air Lines, com rotas para vários destinos
na América do Norte. É também o centro operacional da FedEx, de modo que torna o
aeroporto mais movimentado do mundo por carga aérea.
Terminal 1 do Aeroporto Paris-Charles de Gaulle –
FRA
O Aeroporto de Paris – Charles de Gaulle, (IATA:
CDG; ICAO: LFPG; em francês: Aéroport Paris-
Charles de Gaulle), também conhecido como
Aeroporto Roissy, está localizado a 23 km a
nordeste de Paris e é um centro de aviação mundial. Anteriormente chamado | 127

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de Aéroport de Roissy, foi rebatizado em 8 de março de 1974 com o atual nome
de Aéroport Paris-Charles de Gaulle, em homenagem a Charles de Gaulle (1890-1970),
general francês fundador da Quinta República Francesa. O aeroporto serve como um
ponto de referência tanto para a Air France como para a Delta Air Lines. O seu
funcionamento é assegurado pelos Aéroports de Paris.
Principais Rotas Aéreas Internacionais:
São as seguintes:
Europa/América do Norte: Oferece todas as alternativas atualmente imagináveis.
Europa/África: Praticamente todos os países são ligados por rotas aéreas.
América do Norte/Ásia: Montreal, Vancouver, San Francisco e Los Angeles fazem as
pontes de ligação com o Japão, China e Coréia.
América do Norte/África: Ligam a costa leste americana com a África Ocidental.
África/Ásia: Ligam a África Oriental com a Índia, Austrália e Ásia.
Sistema Aeroportuário Brasileiro:
O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais;
O Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado nas proximidades de São Paulo, é o
maior e mais movimentado aeroporto do país, grande parte dessa movimentação deve-se
ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a
praticamente todas as grandes cidades do mundo.
O crescimento vigoroso do setor aéreo no país tem estimulado o apetite das companhias
estrangeiras pelo mercado brasileiro, aponta um levantamento feito pela Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac).
Maior Aeroporto do Brasil – Guarulhos em SP. Maior terminal de Cargas do Brasil e da
América do Sul – Aeroporto de Viracopos / Campinas (SP) – O Terminal de Logística
de Carga de Importação e Exportação tem capacidade de processar até 720 mil
toneladas de carga aérea por ano.
O transporte aéreo brasileiro ainda está em expansão, e todas as projeções apontam para
esta direção – devemos triplicar a capacidade em 20 anos 0,59 viagem/hab. X 1,7
viagem/hab. em mercados desenvolvidos.

MODAL MARÍTIMO (Classificação, Portos,


Legislação, OMI e et

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Transporte Marítimo: o tipo de
transporte atualmente menos
poluente.
O Transporte Marítimo é uma das
modalidades dos transportes
aquáticos (ou aquaviários) que
ocorrem nos mares e oceanos por
meio de embarcações (barcos,
navios, transatlânticos), sendo muito
utilizado para o transporte de pessoas
e cargas a curtas e longas distâncias.
Marítimo é que se faz por mar (viagem marítima, comércio marítimo, navegação
marítima, correio marítimo), próximo do mar, litorâneo (povoação marítima, cidade
marítima, terminal marítimo), construído no mar ou adjacente ao mar (plataforma
marítima, porto marítimo), que se aplica ao mar (direito marítimo, léguas marítimas,
milha marítima), que se pratica no mar (pesca marítima, pesquisas marítimas) e que se
situa no ultramar (território marítimo, províncias marítimas).”
Fonte (Esat).
Visto um pouco sobre o significado da palavra Marítimo vamos agora para o nosso
ramo, ou seja, transporte ou modal marítimo, O transporte marítimo é aquele realizado
por navios em oceanos e mares eles o utilizam como via, pode ser
de cabotagem/costeira (cuja navegação marítima é realizada entre pontos da costa ou
entre um ponto costeiro e um ponto fluvial) ou de navegação de longo
curso/internacional (navegação entre portos nacionais e estrangeiros). Também são
utilizados para efeitos militares exemplo porta aviões militares.
Este tipo de transporte representa a grande maioria do transporte aquático, muitas vezes
é usada esta denominação como sinônimo, deste modo se transforma como o principal
tipo de conduza internacional para a comercialização de diversos produtos, entretanto
são pelos mares onde temos cerca de 90% da mercadoria transportada além de ser o
meio de transporte menos poluente se for levado em conta a quantidade de mercadoria
que ele transporta, perdendo apenas para o dutoviário.
Vale ressaltar que o transporte marítimo é uma das modalidades mais antigas, de forma
que, desde a antiguidade tem uma enorme substancialidade para o transporte de pessoas
e para o desenvolvimento do comércio. Quem nunca ouviu falar das famosas caravelas?
do caminho das índias? Percorridos por tantos e tantos navios em meados do século XV,
foi através desse modal que o Brasil foi descoberto e colonizado pelos
portugueses. Temos também a imensa importância militar marítima que até hoje tem
papel substancial para estratégias de guerra. Por outro lado, depois do desenvolvimento
da indústria automóvel e da aviação a importância do transporte marítimo decresceu.
O transporte marítimo pode englobar todo o tipo de cargas, desde químicos,
combustíveis, alimentos, areias, cereais, minérios, automóveis e até mesmo aviões e
assim por diante. A carga chamada carga geral é transportada em caixas, paletes,
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barris, contêineres etc. Um dos meios de empacotamento de carga mais utilizados e que
mais contribuiu para o desenvolvimento do transporte marítimo desde os anos 60 é o
uso de container. Existentes em tamanhos padronizados para permite o transporte de
carga de uma forma eficiente e segura, facilitando o transporte e arrumação da carga
dentro dos navios. Para “facilitar” ainda mais existem softwares especializados para o
carregamento de contêineres, divulgando informação sobre como e de que forma dispor
a carga dentro dos contêineres, otimizando espaço e cumprindo regras de transporte, por
exemplo cargas leves em cima de cargas pesadas.
Classificação
De acordo com o itinerário realizado, o transporte marítimo pode ser:
• Cabotagem: Também chamado de “Transporte Costeiro”, esse tipo de
transporte é doméstico, posto que é realizado somente entre os portos do
território nacional. Mais informações sobre Cabotagem (clique aqui).
• Internacional: Também chamado de “Transporte de Longo Percurso”, o nome
já indica que a distância é maior, sendo esses transportes realizado entre portos
nacionais e internacionais.
A despeito de ser um transporte lento, o transporte marítimo é muito utilizado para o
transporte de cargas, uma vez que suporta grandes quantidades e variedades de
produtos, por um custo relativamente baixo, em relação a outros meios de transportes,
por exemplo, o aéreo.
Abaixo listamos algumas das Vantagens e Desvantagens:
Vantagem
• Maior capacidade de carga.
• Carrega qualquer tipo de carga.
• Menor custo de transporte.
Desvantagem
• Necessidade de transbordo nos portos.
• Distância dos centros de produção.
• Maior exigência de embalagens.
• Necessidade dos produtos transitarem nos portos/alfândega implica um maior
tempo de descarga.
Quanto aos portos marítimos:

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Um porto é uma área, abrigada das ondas e
correntes, localizada à beira de um oceano,
mar, lago ou rio, destinado ao atracamento de
barcos e navios.
Portos marítimos costumam conter docas para
a estância dos barcos, cais para permitir o
amarre, armazéns para as mercadorias e um
importante sistema de sinalização para
facilitar as entrada e as saídas ao porto.
Contudo eles devem ser orientados de acordo com os tipos de embarcações que
recebem, ou seja, um porto que costuma receber Navios “gigantescos” terá a estrutura
diferente de um que receber embarcações de menor porte, temos, por exemplo, os que
trabalham com embarcações pescatórias, outros se orientam para o comércio e alguns se
especializam na atividade turística (cruzeiros, etc.).
Como visto acima que temos diferentes tipos de Portos Marítimos, também existem
inúmeros modelos de Navios. confira abaixo:
Navios
O navio é uma grande embarcação, geralmente dotada de um ou mais
conveses, tendo geralmente, tamanho para transportar os seus próprios barcos, como
botes salva-vidas, botes ou lanchas. Geralmente, a lei local e órgãos de regulamentação
irão definir o tamanho ou o número de mastros que um barco deverá ter para ser elevado
à categoria de navio. Para mais informações sobre navios (clique aqui).
Diversos tipos de navios são utilizados para o transporte marítimo. Podem ser
distinguidos pelo tipo de propur, tamanhos, formas e o tipo de carga. As embarcações
de recreio e de lazer utilizam ainda o vento como meio de propulsão, enquanto os
navios de carga e outros navios utilizam motores de combustão interna. Em zonas de
águas pouco profundas são normalmente utilizados barcos com um calado pequeno,
como semi-rígidos e hovercrafts, sendo estes últimos impulsionados por grandes
hélices.
Vamos listar alguns tipos de navios: Navio Tanque, Navios Frigoríficos, Porta
contêineres, Cargueiro ro-ro, Cruzeiros, Cable layer, Rebocadores, Semi-submersíveis,
Porta-aviões, Balsas, Navio de vela, Transatlântico, Canhoneiro, Gaseiro,
Graneleiro, etc.
Mais informações (clique aqui).
Organização Marítima Internacional (OMI)
Criada em 1948 em Genebra, com o nome de Organização Consultiva
Intergovernamental Marítima, e em 1982 mudaria o seu nome para Organização
Marítima Internacional. É a agência especializada das Nações Unidas, tendo como
objetivo instituir um sistema de colaboração entre governos no que se refere a questões
técnicas que interessam à navegação comercial internacional, bem como encorajar a
adoção geral de normas relativas à segurança marítima e à eficácia da navegação. | 131

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Compete à OMI, igualmente, estimular o abandono de medidas discriminatórias
aplicadas à navegação internacional, examinar questões relativas a práticas desleais de
empresas de navegação, tratar de assuntos relativos à navegação marítima apresentados
por outros órgãos das Nações Unidas e promover o intercâmbio, entre os governos, de
informações sobre questões estudadas pela Organização. A organização conta com 168
países membros e 3 associativos.

Portos
Vamos aprender mais sobre Portos, Pois eles têm um papel bastante substancial para o
desenvolvimento do Comércio Internacional.
O significado mais habitual de porto está relacionado com o espaço que, situado numa
orla ou na costa, permite que os navios realizem operações de descarga e carga ou de
desembarcação e embarque.
Existem no mundo três tipos de Portos: Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres, veremos
sobre cada um abaixo:
Porto Marítimo:
Quando essa infraestrutura se encontra junto ao oceano, fala-se de porto marítimo.
Exemplos, Porto do Itaqui, Porto de Santos dentre outros.
Cabe destacar que os portos marítimos podem ter diferentes orientações de acordo com
os barcos que recebem. Alguns portos trabalham com embarcações pescatórias, outros
se orientam para o comércio e alguns se especializam na atividade turística.
Porto Fluvial:
À beira de um rio ou estuário é chamado um porto fluvial, como Lisboa, Aveiro, Belém
ou Manaus. Já um pequeno porto destinado principalmente à recreação é mais
habitualmente chamado de marina. O Maior problema de um porto Fluvial está na
sazonalidade no período de cheia e seca, estes períodos podem apresentar a necessidade
de obras constantes ou a utilização de transportes auxiliares para transportar as cargas.
Porto Lacustre:
Imagem do Porto de Pelotas – RS
Um exemplo de porto Lacustre.
São os portos mais incomuns, pois são
aqueles situados à margem de um lago ou
lagoa. O Brasil só possui dois portos de uso
público desse tipo que são o Porto do Guaíra
no PR e o Porto de Pelotas no RS Conforme
imagem abaixo:
IMPORTÂNCIA DOS PORTOS:
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Considerando que 95% da carga mundial de exportação e importação é feita por navios,
sem os portos o desenvolvimento das relações comerciais de qualquer país importador
e/ou exportador seria obstruída pelos custos e dificuldades de outros meios de
transportes. Atualmente o melhor porto do mundo é o de Singapura, seguido pelo porto
de Roterdã (HOL). Esses portos são exemplos de desenvolvimento logístico e portuário,
investimentos de infraestrutura e agilidade no procedimento de documentação. Embora
o Brasil esteja numa posição muito abaixo em relação a estes portos, os portos
Brasileiros vem apresentando um futuro bem promissor no tocante aos processos
internos e investimentos em infraestrutura, Porém o maior atraso brasileiro está na parte
referente a legislação que chegar a provocar até 7 dias de atraso.
Normalmente os cálculos de estruturas portuárias para atracação dos barcos em
segurança, como quebra-mares¹ molhes², bacias de evolução e outras são efetuados por
especialistas em engenharia hidráulica utilizando-se de modelos matemáticos e de
modelos físicos em laboratórios de hidráulica marítima.
Indispensáveis para um porto são:
• Presença de profundos canais de água (profundidade ideal varia com o calado³
das embarcações)
• Proteção contra o vento e ondas
• Acesso a estradas e ferrovias
• Portos de carga movimentados devem ter acesso a uma vasta rede ferroviária
ligando o porto a outras regiões agrícolas e/ou industriais, permitindo assim o
escoamento de diversos produtos a outras regiões do país e do mundo.
• Os portos são alvo de várias políticas integradas de Qualidade, Ambiente,
Segurança e Saúde no Trabalho, de forma a assegurar a plena satisfação dos seus
clientes.
Destas políticas destacam-se os seguintes princípios:
• Melhorar a qualidade e eficácia dos serviços prestados.
• Cumprir e fazer cumprir os requisitos legais, regulamentares e normativos
aplicáveis aos serviços prestados, aspetos ambientais e à segurança e saúde.
• Prevenir, controlar e minimizar a poluição, designadamente os resíduos gerados
pelas suas atividades, promovendo o recurso ao investimento em novas
tecnologias e processos menos poluentes.
• Identificar e minimizar os riscos existentes, procedendo à implementação de
ações corretivas e preventivas, de modo a eliminar qualquer fator de risco nas
suas instalações.
Alguns dos Principais Portos do Mundo:
• Porto de Hamburgo (ALE), é o terceiro maior porto de contêineres da Europa.

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• Porto de Antuérpia (BEL), em termo de movimentação de carga é o Maior do
Mundo.
• Porto de Rotterdã (HOL), é o maior da Europa.
• Porto de Los Angeles (EUA), com um movimento de 15,3 milhões de
contêineres padrão.
• Porto de Dubai (EAU), é o maior porto marítimo no Oriente Médio.
Principais Portos Brasileiros:
• O Porto de Santos (SP), o maior da América Latina, é considerado também o
melhor porto brasileiro. Ele, sozinho, responde por quase 30% de todo o
comércio exterior do Brasil.
• Porto de Itaguaí (RJ), Extensão total dos berços: 2.200m.
• Porto de Paranaguá (PR) Extensão total dos berços: 3.033m Quanto movimentou
da carga total do Brasil em 2010: 4,9% Potencial de crescimento (nota de 0 a
10): 1,16 Resultado geral (nota de 0 a 10): 4,18.
¹[quebra-mar ou talha-mar] é uma estrutura costeira que tem por finalidade principal
proteger a costa ou um porto da ação das ondas do mar.
²[molhe] é uma longa e estreita estrutura que se estende em direção ao mar.
³[calado] é a designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da
quilha de uma embarcação, em relação à linha d’água (superfície da água).

Formas de Afretamento de Navios


Nesta página vamos ver de forma detalhada as maneiras mais comuns de Afretamento;
A atividade da Navegação é baseada na tradição e no bom nome no mercado. Qualquer
Tentativa de falsear informações para auferir vantagem, pode resultar em
uma misrepresentation, denegrindo pelo mundo uma reputação comercial.
Formas de afretamento:
Bare Boat (Casco Nu): O Fretador transfere a posse do navio sem tripulação,
combustível ou sobressalentes, mediante o pagamento de um aluguel por prazo
determinado. No Brasil isso não é usual, à exceção dos navios de propriedade do
BNDES.
Time Charter (a Tempo): O Fretador transfere ao Afretador as decisões comerciais
quanto a um navio tripulado e abastecido, por um prazo determinado, mediante o
pagamento de um aluguel (HIRE) diário, normalmente estabelecido em dólares
americanos, de forma a cobrir os custos com a tripulação, manutenção, depreciação e
mais a taxa de lucro, funcionando na prática como um taxímetro. Cabe também ao
Afretador as despensas variáveis. | 134

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Voyage Charter (por Viagem): O Armador coloca o navio à disposição do Afretador,
tripulado e abastecido, mediante o pagamento de um frete previamente acordado (Lump-
Sum) ou de acordo com a tonelagem transportada (Space Chart). Este tipo de
afretamento pode ser contratado por apenas um exportador cuja carga lote apenas um
porão ou todo navio, podendo ainda ocorrer por parte de um pool de exportadores.
Nesse tipo de afretamento, as negociações são as seguintes:
Full Liner Terms: O armador é responsável pelo embarque e pelo desembarque.
FIO – Free In And Out: O frete cobra apenas o transporte e arrumação da carga a bordo.
Fios – Free In, Out And Stowed: O embarcador responsabiliza-se pela estivagem da
mercadoria à bordo, em um período previamente acordado.
Fiost – Free In And Out, Stowed And Trimmed: O embarcador assume a
responsabilidade, durante o carregamento, Acatar orientações do Comando do navio
para fins de arrumação do calado¹ final após o embarque.
Filo – Free In Liner Out: O embarcador é responsável pela estivagem da mercadoria à
bordo no porto de embarque, dentro de um período contratual mínimo e máximo para
estas operações.
Lifo – Liner In And Free Out: O armador é responsável pelo embarque e o
consignatário pela descarga.
No porto, o acompanhamento é feito através do Statemente of Facts ou Time Sheet. Em
decorrência deste controle, duas situações podem ocorrer:
Demurrage: Multa operacional diária a ser paga pelo afretador quando as operações
levam mais tempo do que o estabelecido no contrato ou quando existe tempo de espera
para a atracação do navio sem responsabilidade por parte do armador.
Despatch: Gratificação a que o afretador tem direito por operar o navio em tempo
menor do que o prazo contratual.
Nota: Normalmente a taxa diária do Despatch é a metade da taxa do Demurrage.

NAVIOS (Conceitos, tipos de navios, Classificação,


Afretamento)

As Embarcações fazem parte do grupo dos meios de transportes mais antigos que
existem e que ainda tiveram um papel excepcional na exploração do “Mundo antigo”,
na descoberta de “Novos Mundos” e no desenvolvimento econômico desde os tempos
mais remotos aos atuais, pois como já vimos, é através dos navios que, temos cerca de
90% da mercadoria transportada para o comércio internacional de produtos no modal
aquaviário. | 135

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Existem também embarcações especializadas em transporte de pessoas, carros, aviões e
etc. Outra vantagem do uso dos navios são as questões ecológicas, visto que emitem
menos poluentes do que caminhões, por exemplo. Mas afinal, você sabe o que é
exatamente um navio? Quais os tipos, classificações e terminologias que existem?
Veremos isso e muito mais a seguir.
Navio
É uma grande embarcação, geralmente dotada de um ou mais conveses. Um navio tem,
geralmente, tamanho para transportar os seus próprios barcos, como botes salva-vidas,
botes ou lanchas. Geralmente, a lei local e órgãos de regulamentação irão definir o
tamanho ou o número de mastros que um barco deverá ter para ser elevado à categoria
de navio. Os submarinos nucleares também são classificados como navios.
Tipos de Navios
A quantidade de Tipos de Navios existente é bastante extensa, portanto, vamos tratar
dos mais conhecidos:
Navio De Carga e Carga Geral:

Navio mercante destinado


ao transporte de mercadorias e
cargas, esse navio é utilizado para o
transporte de cargas. Aguenta
carregar cerca de 4.000 contêineres e,
tomando como base tal dado, já foi
intitulado como o maior meio de
transporte já construído. Para mais informações.
Gaseiro:

É um tipo de navio construído para transportar gás


liquefeito de petróleo. Conhecido por seus tanques de
formato arredondado acima do convés.
Graneleiro:
É um navio que realiza transportes de mercadorias a granel. O Brasil tem o maior
graneleiro do mundo com 362 metros de comprimento e capacidade de carga para 400
mil toneladas.
Porta Contêineres:
Transportam contêineres, seus porões são equipados com guias ou celas, para carregar e
descarregar os contêineres, agilizando as suas operações.
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Navio Petroleiro:

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Tipo particular de navio tanque, utilizado para o transporte de hidrocarbonetos,
nomeadamente petróleo e derivados.
Barco a Vapor Com Rodas De Pás:
É uma embarcação que se move através da rotação das pás da energia gerada do vapor
criado por alguma máquina térmica, sendo a caldeira o gerador de vapor mais utilizado.
As rodas de pás em navios, também podem funcionar movidas por motores a diesel.
Navio Cruzador:
O navio cruzador era um tipo de navio de guerra que surgiu na primeira metade do
século XX, introduzindo pela Marinha Real Britânica. Com o passar dos anos, surgiram
outras variações do navio cruzador, por exemplo: Leve, pesado, protegido, ligeiro,
couraçado e de batalha.
Catamarã:
É uma espécie de jangada podendo ser a motor ou a vela, é formado por dois cascos
paralelos e independentes, o que faz com que ela tenha maior estabilidade. Entre estes
cascos existe uma plataforma que pode conter uma cabine.
Dentre outros.
Classificações de Navios:
Os navios são classificados oficialmente pelas sociedades classificadoras, elas emitem
os certificados de conformidade que garantem às seguradoras e autoridades portuárias
que o navio se encontra dentro dos padrões exigidos para o tipo de navegação, carga a
transportar e se a tripulação é qualificada. Os navios que não estão dentro destes
padrões, que na sua maioria navegam com bandeiras de conveniência são
designados substandard.
Também é frequente classificar os navios pelo tipo de carga que transportam; como
exemplo tem os graneleiros (que transportam cargas a granel como cereais ou minério),
os petroleiros (que transportam petróleo), os porta-contentores, etc. para saber mais
sobre cada um dos tipos (clique aqui).
Outra forma que existe para a identificação da classificação dos tipos de navios é o tipo
de navegação que esses fazem, porém é muito menos utilizado esse sistema.
Afretamento de Navios:
É dada essa nomenclatura (afretamento) ao arrendamento de um navio, de seus porões
ou somente um porão, por prazo determinado ou apenas por uma única viagem,
entretanto, para que esse sistema exista, deve-se haver imprescindivelmente duas
figuras: Fretador e Afretador;
Fretador: Proprietário ou Armador de um navio;
Afretador: Armador ou Exportador que aluga um navio ou parte do mesmo, com
objetivo comercial;
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Terminologia náutica

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Amainar: colher ou arriar as velas.
Âncora: peça primitiva de pedra – modernamente de ferro terminada por duas unhas e
uma argola na extremidade oposta -, a que se liga um cabo, utilizada para segurar as
embarcações.
Astrolábio: Instrumento antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte.
Mais tarde foi simplificado e substituído pelo sextante. O sextante é um instrumento
elaborado para medir a distância angular na vertical entre um astro e a linha do
horizonte para fins de cálculo da posição e para corrigir os eventuais erros da navegação
estimada, mas nada impede que seja usado para calcular distâncias medindo ângulos
verticais desde o ponto de observação até um dado objeto, por exemplo, um farol.
Bonbordo: é um termo náutico que designa cada lado de uma embarcação e que está na
origem de Bombordo (bom + bordo), representa o lado esquerdo.
Boreste: é o lado direito de uma embarcação.
Calado normal: distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa da
quilha de uma embarcação, quando esta está com o seu deslocamento normal.
Bússola: é um instrumento de navegação e orientação baseado em propriedades
magnéticas dos materiais ferromagnéticos e do campo magnético terrestre. A palavra
bússola vem do italiano bussola que significa “pequena caixa” de madeira de bucho.
Lastro: tem a função de dar equilíbrio ao navio, ou qualquer outro tipo de embarcação, é
quando a água que é posta nos porões para dar peso e equilíbrio ao navio.

As barcaças transportam muito mais barato do que os caminhões.

O custo energético do caminhão é


aproximadamente 4 vezes maior que
o da barcaça. As barcaças ainda têm
a vantagem de transportar até 3 mil
toneladas, cada, substituindo
aproximadamente 85 caminhões
carregados de 35 toneladas, cada.
Geram uma economia de 1.497
litros a cada mil quilômetros. As
barcaças são principais embarcações
que escoam cargas de grãos pelo
Rio Madeira no Arco Norte.

Como é uma barcaça – Embarcação de fundo chato, reforçada, usada para transportar
grandes quantidades de cargas, como cimento, carvão, areia, soja, açúcar e outros.
Algumas são empurradas ou puxadas por empurradores, outras propulsionadas por seus
próprios motores. A construção de uma embarcação desse tipo dura em média 60 dias.
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Cabotagem

A Cabotagem é a
navegação entre portos do
mesmo país, e se contrapõe à
navegação de longo curso, que
é realizada entre portos de
diferentes países. É
considerado um modal promissor, tendo em vista que o Brasil possui uma imensa costa
navegável e as principais cidades, polos industriais e grandes centros consumidores se
concentram no litoral ou em cidades próximas a ele. Porém o país ainda não se
aproveita tanto desse sistema, apesar de que tivera segundo o Ministério da Agricultura,
entre 2003 e 2008 um aumento de mais de 350% no transporte de cabotagem. Quando
temos esse mesmo tipo de conduza, porém entre portos de diferentes países, chamamos
de “Cabotagem internacional”, o que veremos um pouco mais, logo abaixo.
A origem do termo cabotagem ainda é incerta, mas temos algumas teorias sobre, como,
a derivação vir do nome Caboto, um navegador Veneziano do século XVI, que explorou
a costa da América do Norte, cujo nome era Sebastião Caboto. Ele adentrou o Rio Prata
em busca da Mística Serra da Prata por um período de dois anos. Em função desse feito
na navegação, esse deslocamento costeando o litoral recebeu o nome de Cabotagem.
Em termos de custo, capacidade de carga e menor impacto ambiental, a Cabotagem se
torna uma alternativa viável para compor a cadeia de suprimentos de diversos setores.
“Cabotagem internacional” é utilizada frequentemente para designar a navegação
costeira envolvendo dois ou mais países. O transporte de cabotagem foi muito utilizado
na década de 1930 no transporte de carga a granel, sendo o principal modelo de
transporte utilizado quando as malhas ferroviária e rodoviária apresentavam condições
precárias para o transporte. Em cada país, a Cabotagem segue leis próprias.

VANTAGENS
• Redução dos custos logísticos;
• Integridade da Carga;
• Menos emissão de CO2 na Atmosfera;
• Flexibilidade;
• Visibilidade e informação;
• Redução do desgaste das malhas rodoviárias
• Menor consumo de combustível e etc.

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• MENOR ÍNDICE DE AVARIAS E ROUBOS: O índice de avarias nas cargas
transportadas pela Cabotagem é muito pequeno em comparação aos danos
causados pelos outros modais. A Cabotagem apresenta também um índice de
roubos de cargas muito baixo.
DESVANTAGENS
• Muitos são os entraves que afetam o desenvolvimento do transporte de
cabotagem no país. A burocracia, pois embora o transporte seja de carga
doméstica, de porto a porto, o setor é tratado como se fosse de comercio
exterior, com inspeção da Anvisa e da Policia Federal.
• Baixa frequência;
• Concentração de volumes em embarque único;
• Aumento dos estoques;
• A falta de integração dos modais e etc.
No Brasil só é permitida para empresas brasileiras de navegação autorizadas pela
Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq), ou navio estrangeiros fretados
por essa empresa, a tripulação deve ser composta por no mínimo 2/3 de brasileiros. Esse
tipo de transporte ainda representa menos de 10% da matriz brasileira.
Portos com maior potencial para envio de cargas por cabotagem

-Fonte pesquisa ILOS 2012.


Nos últimos anos os portos de Vila do Conde
(PA) e Suape (PE) foram os que apresentaram
o maior percentual na tonelagem
movimentada por cabotagem. Entretanto
Manaus, Santos (SP) e Paranaguá (PR) são
apontados como os portos com maior
potencial de envio de cargas de cabotagem.
Existe uma grande demanda por mão de obra marítima. De acordo com a ANTAQ
(Agência Nacional de Transporte Aquaviários), essa é uma responsabilidade da
marinha, que esta tomando providencia para aumentar o numero de profissionais
marítimos a cada ano.
Com investimento para diminuir as limitações que estão atrapalhando o
desenvolvimento desse modal, o Brasil terá um grande desenvolvimento, uma vez que
as empresas beneficiadas se tornarão mais competitivas. Isso consequentemente
refletindo no desenvolvimento do país.

História do Modal Ferroviário


O transporte ferroviário surgiu de uma necessidade humana de locomover pessoas e
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cargas de um local a outro com maior rapidez e volume.

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A primeira locomotiva do mundo foi
criada pelo Escocês Richard Trevithick
(1771-1833), foi a primeira locomotiva
a vapor a transportar carga sobre
trilhos. Tal feito ocorreu em 1804, e a
carga era de 10 toneladas o trajeto foi
de Pennydaren até Abercynon, no País
de Gales. A locomotiva não levava
apenas a carga, mas também 70
pessoas.
Várias locomotivas foram criadas por
Richard, dentre elas está a “Catch-Me-Who-Can”, que significa “agarre-me se puder”.
Foi construída em 1808 para realizar demonstrações. Ficava localizada próxima a
Londres em uma pista circular, onde as pessoas pagavam ingressos para assistir a
locomotiva que andava a 30Km/h, o que era novo para a época.
Em 1813, a ideia de locomotiva passou a ser usada em minas, esse novo tipo de
locomotiva precisou de adaptações e essa ideia foi do contramestre mineiro William
Hendley. Essa locomotiva usava um mecanismo em que todas as rodas realizavam
tração, facilitando a locomoção e sanando o problema com a patinação das rodas. Essa
locomotiva foi batizada de “Puffing Billy”, devido ao som que emitia pela chaminé.
Na evolução desse meio de transporte não podemos deixar de evidenciar que as
locomotivas não são o único foco, elas também dependem das ferrovias, que são o
caminho pelo qual a locomotiva se move. As ferrovias são formadas por trilhos, que
permitem que a locomotiva exerça tração para se movimentar.
A primeira ferrovia do mundo foi construída entre Stockton e Darlington, na Inglaterra,
e assim como a primeira locomotiva a circular foi criada por George Stephenson, essa
criação ficou conhecida como Locomotion. No dia 27 de setembro de 1825, a
Locomotion transportou 21 vagões de carga, contendo 450 passageiros a uma
velocidade de 20Km/h, faziam parte dessa viagem outros 12 vagões com carvão e
farinha. George se uniu a seu filho Robert, e juntos deram inicio a primeira fabrica de
locomotivas.
Já nos Estados Unidos da América, a primeira locomotiva foi chamada de “Best Friend
of Charleston”. O pioneiro nos EUA foi o projetista Horatio Allen, que deu a
empresa West Point Foundry a oportunidade de fabricar seu projeto. Essa locomotiva
foi usada de Charleston até Hamburgo, na Georgia. Essa linha locomotiva permitiu a
Charleston a oportunidade de competir pelo comércio do interior do estado.

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Locomotiva a vapor “Big Boy”
Durante a década de 30, as maiores locomotivas
já criadas foram as “Big Boy”, que foram
utilizadas para transporte de carga através de
montanhas rochosas. Chegaram a atingir o peso
de 387 Toneladas, e só foram substituídas com
a criação dos modelos movidos a diesel-
elétricos.
Na Alemanha a primeira ferrovia foi inaugurada em 7 de setembro de 1835, dispunha de
6 Km e ligava as cidades de Nuremberg e Fürth. Foi fabricada pela empresa
Inglesa Robert Stepherdon & Co. e foi conduzida por Sir William Wilson. Em 1837
surgiu um novo padrão de locomotiva. A 4-4-0 (4 rodas portantes na frente, 4 motrizes
conjugadas e nenhuma portante atrás), a primeira com esse padrão ficou conhecida
como “Campbell”, construída por James Brookes. Esse novo padrão passou a ser
conhecido como “American”, e foi usado pela maioria das locomotivas do velho Oeste
dos EUA.
O inglês Thomas Crampton criou a locomotiva que passou a ser conhecida pelo
sobrenome de seu criador, porém não foi em seu país que sua criação obteve sucesso e
sim na França. Essa nova locomotiva foi recordista de velocidade, atingindo 120Km/h.
Já no Brasil, somente em 30 de abril de 1854 foi que a primeira ferrovia foi inaugurada.
Conhecida como Estrada de Ferro de Mauáela transportava os viajantes e as cargas do
Rio de Janeiro à Petrópolis. Primeiramente percorria apenas 16,32Km. Posteriormente
foram adicionados mais 6Km.
Conhecida pelos índios americanos como “cavalo de ferro”, a locomotiva “American 4-
4-0” foi que possibilitou a conquista do velho Oeste Americano. Cerca de 25.000
Unidades desse modelo foram construídas entre 1855 e 1880.
Quatro anos depois da primeira, foi inaugurada a segunda ferrovia brasileira no estado
do Pernambuco, chamada de The Recife and São Francisco Railway Company. A
primeira ferrovia inglesa no Brasil, que logo foi seguida por outras varias ferrovias.
Em São Paulo foi inaugurada em 1865, mas só em 1867 se estendeu até Jundiaí. A São
Paulo Railway foi a primeira no estado.
Em 1871, a Estrada de ferro União Valenciana foi a primeira ferrovia em “bitola”
1,10m, sendo o estopim para a utilização desse tipo de locomotiva, tornando-o mais
comum, devido a sua construção mais econômica e condições geométricas mais
simples.
Outro tipo de locomotiva que surgiu foi a conhecida como “mikado” que tinham um
arranjo 2-8-2. Possuía boa capacidade de tração, devido a suas oito rodas motrizes.
A locomotiva francesa “Atlantic Nord” foi exposta ao público em 1900, criada
pela Compagnie Du Nord nasceu sob o signo do triplo “3”: em 3 horas fazia a distância | 142

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de 300Km levando um trem de 300 toneladas. Graças a sua alta potência que passava os
1.300HP. Está exposta no Musée Français Du Chemin de Fer-Mulhouse-França.
Com grande utilização na África, a locomotiva de“Garratt”, que em 1907 foi patenteada
por Herbert William Garratt, engenheiro inglês. Esse modelo de locomotiva não
danifica os trilhos devido a divisão em partes que diminui a carga de cada roda.
O padrão 2-8-0 é das locomotivas “Consolidation”, indicadas para o serviço pesado. Já
o padrão 2-6-0 pertence a locomotiva “Mogul”, apropriadas para serviço de mercadorias
e produzidas por Baldwin. As“ten-wheel” seguem o padrão 4-6-0, modelos bastante
versáteis, boa tração e permitiam curvas com raio reduzido.
A maior locomotiva a vapor já construída foi a do tipo“Mallett”. O engenheiro
suíço Mallett produziu uma excepcional capacidade de tração e curvas de raio reduzido,
transportava grandes cargas pelas montanhas, utilizava dois conjuntos motrizes de
articulações independentes, esquema de rodas era 2-8-8-2.
Já a “Mallard” foi criada por Sir Nigel Gresley, e foi a locomotiva a vapor mais rápida
de todos os tempos, chegando a atingir a velocidade de 202Km/h em 1938, jamais
alcançada por outra. Foi usada para transporte de passageiros na Inglaterra e Escócia.
Voltada para transporte de passageiros, a locomotiva“Streamlined” tinha design
aerodinâmico, o que lhe permitia alcançar maiores velocidades, passou a ser utilizada
principalmente nos EUA após os anos 30.
Com a falta do carvão na Inglaterra após a 2ª Guerra Mundial, várias locomotivas
tiveram seus queimadores das caldeiras adaptados para o uso de óleo combustível.
Em 1957 houve a união de 22 ferrovias pela Rede Ferroviária Federal S.A no Brasil.
União esta que atingia desde o Maranhão até o Rio Grande do Sul. Neste período foram
realizadas diversas melhorias, tanto administrativas, quanto na unificação de engates e
freios.
Em 1874, em Minas Gerais, foi criada a Estrada de Ferro Leopoldina, em 1879 surgiu a
Estrada de Ferro Oeste de Minas – EFOM, porém só foi inaugurada no dia 30 de
Setembro de 1880.
A ferrovia de São João Del Rei possuía características bastante peculiares que a
tornaram muito especial. Por possuir uma bitola estreita com apenas 76 cm recebeu o
apelido de “bitolinha”. Chegou a atingir 602Km de comprimento, sendo uma das raízes
da Ferrovia Centro-Atlântica – FCA, em 1º de setembro de 1996 passou pelo processo
de desestatização da Rede Ferroviária Federal S.A, tornando-se herdeira da malha
Centro-Leste brasileira.
Essa ferrovia nunca parou de funcionar ainda é frequentada por turistas e moradores
interessados em história.
São João Del Rei, como complexo ferroviário, foi tombado Pelo patrimônio histórico
em 3 de agosto de 1989, nos leva a conhecer a história do crescimento ferroviário no
Brasil, uma história que perdurou pelas décadas e acompanhou o país e seus
acontecimentos, deixando lembranças no povo brasileiro e em sua história. | 143

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Abaixo um pouco da história do Escocês Richard Trevithick
Era filho de um engenheiro e, quando criança, costumava ver máquinas a vapor,
bombearem água para fora das minas de estanho e cobre, muito comuns nessa época
naquela região. Dedicou-se a melhorar o design dos motores a vapor, construindo
máquinas mais leves e menores, mas com caldeiras mais fortes, onde era possível gerar
pressões de vapor mais altas e por consequência, mais energia.
Em 1801 aplicou rodas a uma das suas máquinas. Esta locomotiva rodoviária que ficou
conhecida como The Puffing Devil, foi um dos primeiros veículos rodoviários a carregar
passageiros movendo-se pela sua própria fonte de energia (antes de Trevithick,
já Joseph Cugnot, tinha construído uma máquina similar). Este veículo, predecessor
do automóvel, andava pelas ruas de Camborne passeando com os amigos de Trevithick
mas, como não conseguia manter a pressão do vapor durante muito tempo, não teve
grandes efeitos práticos.
Em 1803, Trevithick construiu outro veículo auto propulsionado, chamava-se “London
Steam Carriage” (Carruagem a Vapor de Londres) e era basicamente, uma carruagem
com um motor a vapor acoplado. Esta máquina atraiu bastante a atenção do público e da
imprensa, mas não teve sucesso, devido ao seu custo ser muito superior ao das
tradicionais carruagens puxadas por cavalos.
No ano seguinte, construiu a primeira locomotiva para caminho de ferro. Esta máquina
que não tinha nome foi usada nas minas de ferro em Pen-Y-Darren no País de Gales.
Com 10 vagões atrelados, à velocidade de 8 Km/hora, fez a sua primeira viagem no dia
21 de Fevereiro de 1804.

Modal ferroviário
O Modal Ferroviário é um dos modais com o melhor custo benefício dentro do sistema
de transportes, porém infelizmente, ao contrário de outros países como Canadá, EUA e
muitos da Europa, o Brasil esqueceu ou abandonou esse modal, para se ter uma ideia,
nos Estados Unidos o modal ferroviário é mais usado que o rodoviário, enquanto no
Brasil é menos da metade do rodoviário.

Há muito tempo não temos expansões


de ferrovias, e as que temos são antigas
e sem padronização das bitolas, o que
acarreta na inviabilização de integração
das ferrovias.
O transporte ferroviário é um tipo de
deslocamento que ocorre por meio de vias férreas, transportando, dentre outros, pessoas
e cargas. Esse meio de transporte é um dos mais antigos, seu surgimento está ligado
diretamente com a Primeira Revolução Industrial, acontecimento histórico que sucedeu
na Europa no final do século XVIII e início do século XIX. | 144

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UMA BREVE HISTÓRIA DO MODAL FERROVIÁRIO:
Como todo tipo de evolução, o transporte ferroviário surgiu de uma necessidade
humana, que era a de locomover pessoas e cargas de um local a outro com maior
rapidez e quantidade.
A primeira locomotiva do mundo foi criada pelo Escocês Richard Trevithick (1771-
1833), foi a primeira locomotiva a vapor a transportar carga sobre trilhos. Tal feito
ocorreu em 1804, e a carga era de 10 toneladas o trajeto foi de Pennydaren até
Abercynon, no País de Gales. A locomotiva não levava apenas a carga, mas também 70
pessoas.
Para mais informações sobre a História do modal ferroviário (clique aqui)
Entendendo um pouco mais sobre modal Ferroviário:
Tem a capacidade de transferir cargas ou pessoas de lugares extremamente distantes, a
malha ferroviária no Brasil ocupa cerca de 29.000km, é composto por vagões e comboio
automotora ou um veículo semelhante, esse transporte é caracterizado com operação de
pontos fixos, por estações e pátios de cargas e descargas, sendo competitivo em destino
de carga fixa e para longas distâncias.
Como visto que esse modal é pouco explorado no Brasil apesar de se caracterizar por
sua capacidade de transportar grandes volumes, com elevada eficiência energética,
principalmente em casos de deslocamentos a médias e grandes distâncias, portanto aqui
ainda usufruímos desse sistema basicamente para o transporte de minérios e grãos, veja
abaixo cargas típicas do modal ferroviário:
Produtos Siderúrgicos; Grãos; Cimento e Cal; Derivados de Petróleo; Minério de
Ferro; Adubos e Fertilizantes; Calcário; Carvão Mineral e Clinquer;
O sistema ferroviário nacional é o maior da América Latina, em termos de carga
transportada.
Vantagens
• Grande capacidade de carga
• Adequado para grandes e medias distâncias
• Elevada eficiência energética
• Alto custo de implantação
• Baixo custo de transporte
• Baixo custo de manutenção
• Possui maior segurança em relação ao modal rodoviário, visto que ocorrem
poucos acidentes, furtos e roubos.
• Menor custo de seguro
• Menor custo de frete
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• Menos poluente consome menos recursos reduzindo o impacto ambiental
• Pequeno recurso de energia por cada unidade transportada
• Rápido não tem congestionamento
Desvantagens
• Transporte lento devido às suas operações de carga e descarga
• Baixa flexibilidade com pequena extensão da malha
• Baixa integração entre os estados
• Diferença nas larguras das bitolas faz com que a mercadoria seja trocada de
trens durante o trajeto atrasando a entrega
• Os elevados investimentos na construção e manutenção das linhas férrea
Nota-se que a maioria das desvantagens que citamos acima não são de fato do modal em
si, mas da falta de investimento nessa área.
Desenvolvimento Ferroviário Brasileiro
O desenvolvimento ferroviário brasileiro sempre esteve intimamente ligado a políticas
de governo, que, por seu turno, variaram grandemente ao longo da história. Nesse
sentido, e visando sistematizar essa relação, procurou-se dividir a evolução do sistema
ferroviário segundo fases cronológicas, correlacionadas a fases da nossa história
imperial e republicana. Segundo estudos do eng. José Eduardo Castello Branco, a
evolução ferroviária no país observa-se as seguintes fases:
• Fase I (1835 – 1873) : durante a Regência e o Segundo Reinado, sendo
observado o início da implantação de ferrovias no Brasil e o desenvolvimento
desse sistema de transporte de forma lenta, através de empresas essencialmente
privadas;
• Fase II (1873 – 1889) : abrangendo o Segundo Reinado e caracterizada por uma
expansão acelerada da malha ferroviária, através de empreendedores privados,
estimulados pelo instituto da garantia de juros;
• Fase III (1889 – 1930) : englobando a República Velha, ainda sendo observada
uma expansão acelerada da malha, porém com o estado sendo obrigado a
assumir o controle de várias empresas em dificuldades financeiras;
• Fase IV (1930 – 1960) : compreendendo a era Vargas e o pós-guerra, com o
ritmo de expansão diminuindo e um amplo controle estatal das empresas antes
privadas;
• Fase V (1960 – 1990) : situada quase que inteiramente ao longo do período em
que a nação foi governada por um regime militar, estando a malha consolidada
em poucas empresas públicas, ocorrendo erradicação de ramais anti-econômicos
e implantação de projetos seletivos de caráter estratégico;
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• Fase VI (1990 – ? ) : período da Nova República, marcado pela privatização de
todo o sistema ferroviário nacional.
(Fonte: ANTF)
Ferrovias e Vias Férreas (Material Rodante)

Ferrovia (em Portugal também chamada


Caminho-de-ferro) é um sistema de transporte
baseado em trens ou comboios correndo sobre
carris previamente dispostos. O transporte
ferroviário é predominante em regiões
altamente industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais
altamente populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com
maior capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em
desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas
rodovias como tipo de transporte predominante.
Vias-férreas são compostas por dois trilhos paralelos destinados ao trânsito de veículos
especialmente projetados para tal, como bondes, vagonetes, litorinas, comboios ou
trens, etc.
No caso de tráfego de comboios ou trens a vias denominam-se ferrovias ou caminhos-
de-ferro. A distância entre os trilhos de uma via-férrea é denominada bitola. As bitolas
mais comuns no Brasil são: a bitola métrica (1 metro de largura), bitola larga (1,60 m de
largura). Há também as vias-férreas com bitolas mistas, contendo ambas citadas
anteriormente. Neste caso usam-se três trilhos: um lateral, comum a ambas as bitolas,
um central para a bitola de 1 m e o outro lateral para a bitola maior.
Para mais informações sobre ferrovias e vias férreas (Material Rodante) (clique aqui).
Método de cálculo do frete
O frete ferroviário é calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviária pelo peso
ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar maior valor. O frete também pode ser
calculado pela unidade de contêiner, independente do tipo de carga, peso ou valor da
mercadoria. Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra. Podem
ser cobradas taxas de estadia do vagão a distância percorrida entre estações de
embarque e desembarque mais o peso da mercadoria também influenciara na taxa de
seu frete.

MATERIAL RODANTE: LOCOMOTIVAS E


VAGÕES

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Uma ferrovia (chamada também de via
férrea, caminho de ferro ou estrada-de-ferro) é
um sistema de transporte baseado em trens ou
comboio correndo sobre carris ou trilhos
previamente dispostos. O transporte ferroviário é predominante em regiões altamente
industrializadas, como a Europa, o extremo leste da Ásia e ainda em locais altamente
populosos como a Índia. As ferrovias são o meio de transporte terrestre com maior
capacidade de transporte de carga e de passageiros. Em muitos países em
desenvolvimento da África e da América Latina, as ferrovias foram preteridas pelas
rodovias como tipo de transporte predominante.
Entendendo mais sobre Locomotiva:
Uma locomotiva é um veículo ferroviário que fornece a energia necessária para a
colocação de um comboio ou trem em movimento; as locomotivas não têm capacidade
de transporte própria, seja de passageiros ou de carga. No entanto, alguns comboios,
possuem unidades (carruagens) mistas auto-alimentadas que também servem
principalmente, para o transporte de pessoas; a esses veículos, no entanto, não se dá
normalmente o nome de locomotiva, mas trem unidade. Existem muitas razões para que
ao longo dos tempos se tenha isolado a unidade fornecedora de energia do resto do
comboio, exemplos abaixo:
• Facilidade de manutenção – é mais fácil a manutenção de um único veículo;
• Segurança – Existe mais facilidade de afastar a fonte de energia dos passageiros,
em caso de perigo;
• Fácil substituição da fonte de energia – em caso de avaria, só existe a
necessidade de substituir a locomotiva e não todo o comboio;
• Eficiência – Os comboios fora de circulação gastam menos energia quando há
necessidade da sua movimentação;
• Obsolescência – Quando a unidade de energia ou as unidades de carga se tornam
obsoletas não é necessária a substituição de todos os elementos.
Existem três tipos de locomotivas:
A vapor: Atualmente estão restritas a rotas turísticas;
Elétrica: Possui um alto custo fixo de manutenção e, por isso, se restringe aos sistemas
de transporte metropolitano.
Diesel-elétrica: Modelo predominante no transporte de cargas brasileiro.
Entendendo um pouco mais sobre Vagões:
Vagão é um veículo de uma estrada de ferro ou ferrovia construído de propósito para o
transporte de mercadorias, animais ou passageiros. Um vagão pequeno é um vagonete.
Existem 7 tipos de vagões: | 148

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Fechados: Para granéis sólidos, ensacados, caixarias, etc. Produtos que não podem ser
expostos ao tempo;
Gôndola: Granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo;
Hopper: Fechado para granéis corrosivos e granéis sólidos que não podem ser expostos
ao tempo e abertos para os granéis que podem ser expostos ao tempo;
Isotérmico: Produtos congelados em geral;
Plataforma: contêineres, produtos siderúrgicos, grandes volumes, madeira, peças de
grandes dimensões;
Tanque: cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos não corrosivos em
geral;
Especiais: produtos com características de transporte bem distintas das anteriores.
Nota: Contrariamente ao brasileiro que emprega vagão tanto para o transporte de
cargas como de passageiros (ex: vagão-leito), em Portugal para o transporte de
passageiros usa-se carruagem (ex: carruagem-cama).
Capacidades dos vagões utilizados no Brasil
A capacidade do vagão ferroviário depende da resistência de cada eixo que compõem o
truque e também da resistência da linha por onde ele transita. Por exemplo, se um vagão
permite 25 toneladas por eixo o peso total poderá atingir até 100 toneladas, incluindo a
tara do vagão e a mercadoria. Entretanto, se ele está circulando por uma linha que
admite a circulação de trens com 20 toneladas por eixo o peso total estará limitado a 80
toneladas. Se a linha permitir 25 toneladas, o vagão poderá circular com sua capacidade
máxima. No caso de linhas modernas, as quais permitem trens de 30 toneladas por eixo,
podem circular vagões com eixos para 30 toneladas os quais transportam um peso total
de 120 toneladas. A utilização da capacidade total de um vagão dependerá sempre do
tipo de mercadoria transportada e do volume em m³, ou seja, para uma mercadoria leve,
por exemplo, madeira, se atingirá o volume disponível sem atingir o total de toneladas
permitidas. Por outro lado para uma mercadoria densa e pesada, por exemplo, minério
de ferro, a tonelagem máxima será atingida sem, no entanto, o volume do vagão estar
completo.
A malha ferroviária é dividida entre três principais tipos de espaçamentos entre os
trilhos, chamada bitola.
Bitola é a largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das
cabeças de dois trilhos ou carris em uma via férrea.
As ferrovias em todo o mundo adotam várias medidas de bitola, sendo a mais
frequentemente usada a de 1435 mm (4 pés e 8½ polegadas), por isso denominada
muitas vezes de bitola padrão, bitola standard, ou bitola internacional, ou ainda bitola
Stephenson, em homenagem a George Stephenson. Em utilização técnica e normativa
esta bitola é designada pelo seu valor nominal 1435 mm, atendendo a que cada bitola
constitui em si mesma um “padrão”. A popularidade dessa bitola deve-se inicialmente à
sua maior utilização nas primeiras ferrovias construídas no Reino Unido e, | 149

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posteriormente, ao uso da mesma nos EUA em função do uso de material rodante
britânico, comprado pelas primeiras ferrovias americanas.
As bitolas com medida maior do que a bitola de 1435 mm são consideradas bitola larga,
enquanto as de medida menor são chamadas de bitola estreita.
Bitola Métrica – Distância de 1 metro;
Bitola Larga – São aquelas com distância maior que 1,435 metros. No Brasil, é
definida como a distância de 1,6 metros;
Bitola Mista – Possui três ou mais trilhos para permitir a passagem de veículos com
bitolas diferentes.
São elas que definem que tipo de Locomotiva e Vagões poderão circular.

Método De Cálculo Do Frete Ferroviário


Custos do Transporte Ferroviário
Nesta página vamos entender um pouco mais sobre os custos do transporte por
ferrovias, infelizmente não podemos usufruir do valor da competitividade da
concorrência pelo fato de que não temos essa competitividade direta entre as empresas
nesse modal, pelo menos aqui no Brasil, pois cada linha possui um trajeto específico.
-Existe uma correlação entre o preço do frete cobrado pelo Transporte Ferroviário e o
do Transporte Rodoviário Isto porque eles são considerados substitutos perfeitos para
alguns trajetos e, com isso, passam a ser concorrentes.
-Para distâncias superiores a 1.000 km, os custos ferroviários para cargas podem
representar cerca de 50% dos custos rodoviários:
Rodoviário: R$ 35 a R$ 45 por 1.000 ton./km
Ferroviário: R$ 15 a R$ 26 por 1.000 ton./km
-O frete é composto pelas Tarifas de Deslocamento (na qual incluem-se as Tarifas de
Interconexão) e pelas Tarifas Adicionais de Serviços Acessórios.
-Tarifa de deslocamento é a fonte de receita básica da Concessionária e é determinada
de acordo com a carga transportada. É utilizado o modelo de “preço-teto”, sendo a
concessionária livre para escolher a tarifa a ser aplicada.
-Tarifa de Interconexão é a tarifa que será cobrada caso o produto ultrapasse a fronteira
de uma concessão. Ela dá o direito de passagem de uma concessão para outra.
-Taxas Adicionais de Serviços Acessórios (Carga /Descarga /Transbordo/Outros).
-Custo do frete é calculado pela multiplicação da distância (km), pelas tarifas
homologadas pela ANTT, para cada concessão e por tipo de mercadoria, em termos de
peso, volume ou unidade de contêiner.
Frete Ferroviário

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O transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso quanto o
rodoviário, porém é mais barato, proporcionando menor frete, transporta quantidades
maiores e não está sujeito a riscos de congestionamentos.
O frete ferroviário é baseado em dois fatores:
Quilometragem percorrida: distância entre as estações de embarque e desembarque,
Peso da mercadoria.
O frete ferroviário é calculado por meio da multiplicação da tarifa ferroviária pelo peso
ou volume, utilizando-se aquele que proporcionar maior valor. O frete também pode ser
calculado pela unidade de contêiner, independente do tipo de carga, peso ou valor da
mercadoria. Não incidem taxas de armazenagem, manuseio ou qualquer outra. Podem
ser cobradas taxa de estadia do vagão.
Abaixo empresas que operam e ajudaram esse setor a se reerguer:
• ALL – América Latina Logística,
• CFN – Companhia Ferroviária do Nordeste,
• CVRD/EFC – Cia. Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Carajás,
• CVRD/EFVM – Cia. Vale do Rio Doce – Estrada de Ferro Vitória Minas,
• FCA – Ferrovia Centro Atlântica,
• Ferroban – Ferrovia Bandeirantes,
• Ferronorte – Ferrovias Norte Brasil
• Ferropar – Ferrovias do Paraná
• FTC – Ferrovia Tereza Cristina,
• MRS Logística,
• Ferrovia Novoeste,
• Ferrovia Norte-Sul,
• Portofer
• Norte-Sul – administrada pelo governo federal
Extra: No transporte ferroviário, o despacho aduaneiro referente aos países membros
do MERCOSUL requer a apresentação da Carta de Porte Internacional e Declaração
de Trânsito Aduaneiro (TIF/TDA).

MODAL DUTOVIÁRIO (Dutos, Classificação,


Vantagens e Desvantagens.)

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É através desse sistema que são
transportados, principalmente, Petróleo e
seus derivados, água, Gás, Produtos
químicos, sobretudo em longas distâncias.
O transporte dutoviário vem se revelando
como uma das formas econômicas de
transporte para grandes volumes quando comparados com os modais ferroviário e
rodoviário. Algumas características são atribuídas ao transporte dutoviário como,
agilidade, segurança, baixa flexibilidade e capacidade de fluxo.
Dutovias Traduz-se no transporte de granéis, por gravidade ou pressão mecânica,
através de dutos adequadamente projetados à finalidade a que se destinam, os Dutos são
tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de acordo com normas
internacionais de segurança, portanto é competência da Agência Nacional de
Transportes Terrestres – ANTT articular-se com entidades operadoras do transporte
dutoviário, para resolução de interfaces intermodais e organização de cadastro do
sistema de dutovias do Brasil. Outros assuntos relacionados à dutovias são de
responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis –
ANP.
Um dos crônicos problemas do custo de transporte no Brasil é que os dutos que são de
controle da CIA Petrobras subvertem uma realidade mundial, ou seja, em qualquer país
do mundo o transporte em Dutos significa ser o modal mais barato, porém no Brasil eles
tendem a ser mais caros do que a ferrovia, por exemplo. Até recentemente à Petrobras
cobrava R$: 12,00 pelo metro cúbico trasportado, enquanto o frete rodoviário era de R$:
9,00.
Nesse Modal temos os Oleodutos, Gasodutos, Minerodutos ou Polidutos.
Oleodutos:
Destinam-se ao transporte de petróleo bruto e/ou seus derivados, dos terminais
portuários e marítimos às refinarias ou centros de distribuição.
Gasodutos:
Empregado no transporte de gás natural entre centros de distribuição e centros
consumidores.
Minerodutos:
Cujos produtos transportados são: Sal-gema, Minério de ferro e Concentrado Fosfático.
Polidutos:
Empregado no transporte de outros produtos como, vinho, água, etc.
Classificação das dutovias sobre processos relevantes

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Como forma de melhorar o entendimento sobre as dutovias busca-se fazer classificação
sobre processos relevantes sobre ela. Percebe-se que quanto ao tipo de operação, esta
dividida em transporte ou transferência; quanto à rigidez pode ser rígido ou flexível;
quanto à localização pode ser enterrado, flutuante, aéreo ou submarino; quanto à
temperatura de operação pode ser normal ou aquecido; e quanto ao material de
constituição se divide em aço e materiais não metálicos.
Nas operações de transporte ou de transferência de produtos por dutovias pode ser
realizado por um sistema forçado – o qual utiliza um elemento de força para
movimentar produto dentro do duto, ou por um sistema por gravidade que utiliza apenas
a força da gravidade para movimentar o produto dentro do duto. O sistema por
gravidade apresenta vantagens sobre o sistema forçado, uma vez que não precisa de
força motriz mecânica o que faz com que não haja gasto com energia, porém possui
como limitação a possibilidade de transportar apenas produtos fluidos pouco viscosos.
O sistema de transporte de produtos se caracteriza por levar o produto por grandes
distancias e de forma que chegue ao ponto final. Já o sistema de transferência de
produtos está caracterizado por movimentá-lo por pequenas distâncias, geralmente
dentro da planta de uma indústria, refinaria.
Os dutos rígidos são caracterizados por apresentarem pouca ou nenhuma flexibilidade,
já os dutos flexíveis possuem a característica de realizar curvaturas, por essa razão são
muito utilizados na exploração de petróleo offshore, tendo com a finalidade de interligar
os poços de extração às plataformas ou navios. São de fácil lançamento e
acomodamento no leito marinho.
Vantagens e Desvantagens
Podemos apresentar como principais vantagens das dutovias e do transporte dutoviário
as seguintes informações abaixo:
• Permitir que grandes quantidades de produtos sejam deslocados de maneira
segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por caminhões, trens ou por
navios e, consequentemente, diminuindo os riscos de acidentes ambientais;
• Podem dispensar armazenamento;
• Não utiliza embalagens;
• Simplificam carga e descarga;
• Necessidade de mão-de-obra reduzida para sua operação (porém especializada);
• Diminuem custos de transportes;
• Menor possibilidade de perdas ou roubos;
• Redução do desmatamento;
• Melhoria da qualidade do ar nas grandes cidades;
• Facilidade de implantação, alta confiabilidade, baixo consumo de energia e
baixos custos operacionais; | 153

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• Bom nível de segurança
Ocorrências de acidentes ambientais podem ser citadas como uma desvantagem do
transporte por dutos, além da necessidade de elevados investimentos em dutos e
sistemas de bombeamento;
Abaixo Links para mais informações Gerais:
• No âmbito da ANTT: AETT – ANUÁRIO ESTATÍSTICO DOS
TRANSPORTES TERRESTRES
• No âmbito da ANP: GASODUTOS – AUTORIZAÇÕES CONCEDIDAS
OLEODUTOS E TERMINAIS

DUTOS e DUTOVIAS
Em Modal Dutoviário vimos bastante sobre as Características, Conceito, Vantagens e
desvantagens sobre esse sistema, nessa página vamos conferir sobre os Dutos.

O transporte por dutos e tubulações é um tipo de transporte pelo qual o produto,


geralmente líquido ou gasoso, desloca-se de um determinado local para outro por meio
de tubulações. A infraestrutura desse sistema é fixa, pode ser instalada sobre o solo, no
subsolo e submarina.

Ressalta-se que as tubulações já eram conhecidas como meio de transporte para


produtos líquidos desde a antiguidade. Podem ser citados os casos de tubulações
construídas com bambus na China, com materiais cerâmicos por egípcios e astecas e
com chumbo por gregos e romanos. As primeiras utilizações de condutos voltadas para
a indústria foram referentes à coleta e petróleo dos poços produtivos até as estações
centrais de produção. A dificuldade encontrada foi transportar o petróleo bruto até as
primeiras plantas de processamento e, em seguida, distribuir seus derivados. Como o
traçado das ferrovias não passava pelas áreas de produção, a solução mais imediata foi
transportar o petróleo bruto em barcos, pelos rios da região. Os primeiros oleodutos
surgiram nos Estados Unidos, por volta de 1885, porém o incremento dessa tecnologia
intensificou-se a partir do século XX. Esse meio de transporte tem se propagado, pois
nesse sistema permite-se conduzir produtos a enormes distâncias. Em muitos casos o
que acontece é o transporte de produtos que saem de uma área produtora em direção a
outra área consumidora ou exportadora (como os portos).

No Brasil, a primeira linha entrou em operação em 1942 na Bahia, tendo diâmetro de 2


polegadas e 1 km de extensão, ligando a Refinaria Experimental de Aratu e o porto de
Santa Luzia. A partir daí houve uma grande desenvolvimento deste modal para as mais
diversas finalidades, destacando-se como principais:

Oleoduto entre Paulínia e Brasília, com cerca de 960 km de extensão e diâmetros de


20cm e 12cm, que foi inaugurado em 1996 para o transporte de produtos claros
(movimentando no ano de 2000 cerca de 3.667.000 toneladas);

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Mineroduto entre Mariana (MG) e Ponta do Ubu (ES) com 396 km de extensão,
operado pela empresa SAMARCO (apresentou em 2000 uma vazão nominal de cerca de
15 milhões de toneladas de minério de ferro);

Gasoduto Bolívia/ Brasil (Gasbol), entre Canoas, no Rio Grande do Sul, no Brasil e
Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, o maior da América Latina, com 3150 km.

Dutos Rígidos e Flexíveis:

Os dutos rígidos são caracterizados por apresentarem pouca ou nenhuma flexibilidade,


já os dutos flexíveis possuem a característica de realizar curvaturas, por essa razão são
muito utilizados na exploração de petróleo offshore, tendo com a finalidade de interligar
os poços de extração às plataformas ou navios. São de fácil lançamento e
acomodamento no leito marinho.

Quanto aos dutos terrestres podemos ter subterrâneos, aparentes ou aéreos.

Imagem de um duto subterrâneo.

Dutos Subterrâneos: Enterrados de forma a serem mais protegidos contra intempéries


e acidentes provocados por outros veículos e máquinas agrícolas, contra a curiosidade e
vandalismo. Os dutos enterrados estão mais seguros em caso de rupturas ou vazamentos
do material transportado devido à grande camada de terra que os envolve.

Imagem de um duto aparente

Dutos Aparentes: Visíveis no solo, o que normalmente acontece nas chegadas e saídas
das estações de bombeio, nas estações de carregamento e descarregamento e nas
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estações de lançamento/recebimento de “PIG’s” – aparelhos/sensores utilizados na
limpeza e detecção de imperfeições ou amassamentos na tubulação.

imagem de um duto aéreo.

Dutos Aéreos: são aqueles colocados bem acima do solo, necessários para vencer
grandes vales, cursos d’água, pântanos ou terrenos muito acidentados.

imagens de um duto submarino

Dutos Submarinos: a maior parte da tubulação está submersa e geralmente é utilizada


para o transporte da produção de petróleo das plataformas marítimas para as refinarias
ou tanques de armazenagem situados em terra.

Tipos de Dutovias:

As Dutovias podem ser divididas em:

Oleoduto:

É um conceito que deriva dos vocábulos latinos: olĕum (que se pode traduzir por
“óleo”) e ductus (cujo significado é “condução”). Um oleoduto é um cano que,
equipado com diversos mecanismos e máquinas, permite a transladação e a condução de
petróleo e de outras substâncias derivadas através de superfícies extensas.

Os primeiros oleodutos foram criados ao final do século XIX. Formados por tubos que
podem ser construídos com plástico ou metal, os oleodutos podem desenvolver-se sobre
a superfície, debaixo da terra ou inclusive de forma subaquática (ainda que, devido à
elevada inversão requerida, os oleodutos submarinos são pouco frequentes).
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Funcionam através de bombeamento. Devido às diversas características físicas dos
produtos, cada tipo de produto é mantido aquecido a uma temperatura compatível e
adequada a facilitar a vazão durante o transporte.

Gasodutos:

Destinam-se ao transporte de gases entre centros produtores e centros consumidores.

Os gasodutos de transporte se caracterizam como infraestruturas para movimentação de


gás natural desde instalações de processamento, estocagem ou outros gasodutos de
transporte até instalações de estocagem, outros gasodutos de transporte e pontos de
entrega a concessionários estaduais de distribuição de gás natural.

A infraestrutura dutoviária de transporte de gás natural é composta, além dos gasodutos


em si, por instalações necessárias à segurança, proteção e operação do gasoduto,
compreendendo, mas não se limitando, as seguintes: pontos de recebimento, pontos de
entrega, estações de interconexão, estações de compressão, dentre outras.

São dutos pelos quais a polpa do minério é transportada, geralmente por longas
distâncias, até seu processamento final. O minério a ser levado por esses equipamentos
de um lado para o outro, pode ser de diversos tipos, como ferro, carvão, bauxita, etc.

Destacam-se ao transporte de minérios entre as regiões produtoras e as usinas


siderúrgicas ou terminais portuários, aproveitando as diferenças de altitudes existentes.
Funcionam impulsionados por um jato de água contínuo, submetido a forte pressão.

Polidutos:

Destina ao transporte de produtos diversos; estes podem manter-se separados no mesmo


por suas características físico químicas ou por equipamentos especialmente projetados
para este fim e introduzidos entre os mesmos.

Resumindo os Polidutos podem ser empregados no transporte de outros produtos como,


vinho, água, etc.

Abaixo a adutora do sistema Italuís que é o sistema de Abastecimento de Água de São


Luís – MA.

O Sistema de Abastecimento de Água de São Luís é composto por três sistemas


interligados (Italuís, Sacavém/Batatã e Paciência), além de Estações de Tratamento de
Água Convencional (Italuís e Sacavém), duas Estações de Tratamento de Água com
Fluxo Ascendente (Paciência I e II) e 285 poços tubulares profundos.

Modal Rodoviário

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Um pouco da história das Rodovias no Brasil:
As primeiras rodovias brasileiras surgiram no século XIX, mas a ampliação da malha
rodoviária ocorreu no governo Vargas (1932), com a criação do Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e, mais tarde, com a implantação da
indústria automobilística, na segunda metade da década de 1950, a aceleração do
processo de industrialização e a mudança da capital federal para Brasília.
A partir daí a rede rodoviária se ampliou de forma notável e se tornou a principal via de
escoamento de carga e passageiros do país. Na década de 1980, o crescimento acelerado
deu lugar à estagnação. A perda de receitas, com a extinção, em 1988, do imposto sobre
lubrificantes e combustíveis líquidos e do imposto sobre serviços de transporte
rodoviário, impediu a ampliação da rede e sua manutenção.
No setor rodoviário de cargas, o caminhão é o principal meio de transporte. A frota
nacional de caminhões em circulação representa 70% e tem mais de 15 anos de idade. A
idade avançada da frota implica em quebras constantes, acidentes muitas vezes fatais
com um custo estimado de 4 bilhões de dólares ano e um alto consumo de óleo diesel,
por isso se faz necessária uma renovação da frota existente buscando eficiência e
avanço tecnológico.
Principal modal do transporte de cargas, representando hoje aproximadamente 60 % das
cargas transportadas no país, é praticado por três tipos de operadores: empresas
transportadoras, empresas de cargas próprias e transportadores autônomos. Os
autônomos representando 70% da frota existente.
O transporte público urbano é responsável pelo deslocamento de 59 milhões de
passageiros diariamente, respondendo por mais de 60% dos deslocamentos mecanizados
nas cidades brasileiras.
O Transporte rodoviário Representa a maior parte do transporte terrestre mais utilizado
no Brasil, responsável por 96% do movimento de passageiros e 58% do transporte de
cargas.
O transporte rodoviário em sua maioria é realizado por veículos automotores, como
carros, autocarros e caminhões. Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes
Terrestres), existem cerca de 130 mil empresas de transporte de cargas no Brasil com
mais de 1,6 milhões de veículos que oferecem trabalho, diretamente, a pelo menos 5
milhões de pessoas. Segundo o Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em
Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro – COPPEAD, o transporte
corresponde a 6% do PIB nacional.
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Na logística, o transporte rodoviário é uma das áreas mais importantes. Os custos com
transporte chegam a 60% dos custos logísticos e a redução de custos nessa área é muito
importante, pois corresponde em média 20% do custo total das empresas. Cada vez mais
as empresas estão de olho nessa fatia do mercado, pois o transporte no Brasil chama a
atenção por faturar mais de R$ 46,2 bilhões e movimentar quase 3/5 do total de carga do
país.
Como já mostrado acima temos esse modal como o mais utilizado em nosso país, tal
marca pode ser apontada de longe, onde temos fatores que contribuem para isso, como a
falta de investimentos em outros modais, a flexibilidade, custos, dentre outros fatores,
vamos continuar vendo mais sobre isso.
Custos
O frete rodoviário ainda possui, mesmo com a multiplicação de pedágios e concessões e
preços cada vez mais caros do óleo diesel, uma vantagem de custo considerável sobre o
transporte em outros modais. Em relação à malha ferroviária, por exemplo, trens e
composições até ganham vantagem no transporte de insumos e volumes gigantescos,
mas quando a carga é heterogênea e fracionada, o transporte em caminhões é
consideravelmente mais barato. Além disso, o pequeno alcance da malha ferroviária
torna as operações mais complexas, problemáticas, com isso as empresas acabam
utilizando também o modal rodoviário em boa parte das transferências de carga e
movimentações.
Os custos de manutenção no transporte rodoviário também são consideravelmente mais
baixos. E a despeito da falta de motoristas que aflige de tempos em tempos o segmento,
alternativas limitadas como hidrovias e ferrovias, ou as mais caras como o transporte
aéreo, fazem do modal rodoviário, de longe, o mais popular.
Algumas das variáveis que envolvem os custos de transporte que podem ser
citadas:
Remuneração do 123;
1 Pessoal (motorista);
2 Seguro do veículo;
3 IPVA / seguro obrigatório;
4 Custos administrativos;
5 Combustível;
6 Pneus;
7 Lubrificantes;
8 Manutenção;
9 Pedágio.
Somente com o cálculo dos custos pode se propor uma política de redução de custos. Os
custos, como em toda operação, são divididos em custos fixos e variáveis.
Nesse caso os custos fixos são todos os custos que ocorrem de maneira independente ao
deslocamento do veículo; e variáveis são os custos atribuídos por quilometragem
percorrida pelo veículo.
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Alcance do transporte rodoviário

Ainda que em condições terríveis em


muitos trechos, é possível dizer que muitas
regiões do país somente podem ser
alcançadas por meio de estradas e rodovias.
Aeroportos e ferrovias levam a mercadoria
apenas até determinado ponto da rota, de
modo que em muitos casos a cobertura do
trecho integralmente com o transporte
rodoviário se mostra uma alternativa mais rápida e barata. Novas concessões rodoviárias
devem oferecer melhorias em algumas rotas e, com isso, o domínio do modal rodoviário
deve permanecer nas próximas décadas.
Vantagens: Adequado para curtas e médias distâncias; Simplicidade no atendimento
das demandas e agilidade no acesso às cargas; Menor manuseio da carga e menor
exigência de embalagem; Serviço porta-a-porta: mercadoria sofre apenas uma operação
de carga (ponto de origem) e outra de descarga (local de
destino); Maior frequência e disponibilidade de vias de acesso; Maior agilidade e
flexibilidade na manipulação das cargas; Facilidade na substituição de veículos, no caso
de acidente ou quebra; Ideal para viagens de curta e média distâncias.
Desvantagens: Fretes mais altos em alguns casos; Menor capacidade de carga entre
todos os outros modais; Menos competitivo para longas distâncias, Conservação das
estradas; Maior risco de Roubos de cargas;
Frete Rodoviário
As tarifas de frete são organizadas individualmente por cada empresa de transporte e o
frete pode ser calculado por peso, volume ou por lotação do veículo.
A composição do frete rodoviário é a seguinte:
Frete básico: tarifa x peso da mercadoria. Se a carga for “volumosa”, pode-se considerar
o volume no lugar do peso; taxa de ad-valorem: percentual cobrado sobre o valor da
mercadoria; seguro rodoviário obrigatório – os percentuais são aplicados sobre o preço
FOB da mercadoria. O usuário deve consultar a transportadora para conhecer quais
cláusulas da apólice de seguro dão cobertura e quais ele deve complementar com sua
seguradora.

Frotas próprias
Muitas empresas ainda não terceirizam totalmente suas necessidades de frete e operam
também frotas próprias de caminhões – especialmente próximo às principais regiões
metropolitanas. Nesses casos, melhor do que empregar outras soluções é fazer jus aos
gastos com a manutenção e salários de pessoal em suas frotas dedicadas.
Veja abaixo alguns dos equipamentos Rodoviários: | 160

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Caminhão plataforma: Transporte de contêineres e grandes cargas
Caminhão baú: Carroceria semelhante a um contêiner que protege a carga do tempo
Caminhão tremonha ou com caçambas: Transporta cargas à granel
Caminhão aberto: Transporte de mercadorias não perecíveis e pequenos volumes. A
carga pode ser coberta com encerados
Caminhão refrigerado: Transporte de gêneros perecíveis com controle de temperatura
Caminhão-tanque: Transporte de derivados de petróleo e líquidos similares a granel
Caminhão graneleiro ou silo: Transporte de graneis sólidos ou parcial
Caminhões especiais: carretas, guindastes sobre a carroceria (munck), cegonhas
(transporte de automóveis), etc.
Semi-reboques: Carroceiras sem propulsão própria, São acoplados equipamentos tipo
cavalos-mecânicos ou caminhões-trator ou parcial

INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA REVERSA E


SUSTENTABILIDADE
Um novo desafio à sociedade e as empresas, Logística verde.

Os tempos mudaram e assim mudaram também as


responsabilidades, agora as empresas devem se
preocupar com os seus produtos quando esses já
estiverem com sua vida útil acabada, tempos atrás
pessoas poucos se preocupavam com que destino seus
“lixos” teriam, para que se preocupar com aquela TV que
já não funciona mais? –vamos à loja comprar uma nova! felizmente já não é mais assim,
cada vez mais vemos ONG´s e Publicidades aderindo as preocupações de uma
sociedade sustentável e as pressões as empresas aumentam cada vez mais para que se
preocupem com o destino final de seus produtos, portanto assim surgiu a Logística
REVERSA.
A Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define a logística reversa como um
instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de
ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros
ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Podemos encontrar a denominação Logística Inversa ou Reversível que é a área da
logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros
materiais, desde o ponto de consumo até ao local de origem.
Como exemplos de logística inversa, temos: o retorno das garrafas pet, a recolha/coleta
de lixos e resíduos recicláveis. A logística reversa viabiliza a economia nos processos | 161

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


produtivos das companhias, já que os resíduos retornam à cadeia produtiva, o que
diminui o consumo e os custos de matérias-primas. Esse processo de retorno de resíduos
às empresas de origem evita que eles possam poluir ou contaminar o ambiente.
Como apresentado, esse não é processo simples de ser elaborado, pois esse elo ou
responsabilidade deve ser compartilhado entre as empresas, os consumidores e os
Órgãos Federais, Estaduais, Municipais. Pois não adianta uma empresa de celulares, por
exemplo, ter pontos de coletas para que os consumidores possam deixar ali seus
aparelhos ou baterias antigos e esses mesmos consumidores não fizerem seus
respectivos papeis, por outro lado não funciona se o cidadão fizer toda a seletiva de seu
lixo, e quando a empresa de coleta de lixo retirar, depositar tudo no mesmo local, nos
denominados Lixões.
Infelizmente ainda temos uma cadeia reversa engatinhando, nesse momento faça um
exercício mental e se imagine devolvendo algum produto de volta ao fabricante,
complicado não é? Os Governos podem dá uma considerável contribuição nesse setor,
com medidas apoiadoras as empresas que investirem consideravelmente em suas
cadeias de Logística Reversa, com reduções tributárias por exemplo.

Logistíca Reversa - O caminho para a


sustentabilidade:
A logística reversa tem tido grande
importância na área empresarial tanto
nacionalmente e internacionalmente.
Sendo a logística reversa responsável
pelo retorno das mercadorias pelos seus
canais de distribuição Pós – Consumo e
Pós-Venda. Para a maior parte dos bens
descartados existem algumas condições
necessárias para reintegração ao ciclo
produtivo isso ocorre no processo de
planejamento e implementação e
controle de eficiência, dos custos efetivo do fluxo de matérias – primas, estoque de
processos, produtos acabados e as respectivas informações, desde o ponto de consumo
até o ponto de origem com o propósito de recapturar valores ou adequar seu destino.

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Pode – se definir logística reversa não
somente como a função sistemática de
otimização do fluxo de materiais, mas
como visão estratégica empresarial no
ponto de vista econômico e inovações
que hoje se tornaram tão necessárias
para expansão e sobrevivência das
empresas que desde então passaram a
ver cada vez mais a possibilidade e a
necessidade de implantar a logística
reversa dentro do processo logístico. As empresas não estão somente focadas na
distribuição dos seus produtos, mas também se preocupando com o processo inverso do
momento de fabricação do produto até seu retorno as cadeias de distribuição, dando
valores agregados onde poderão ser comercializados em um mercado secundário ou
destinando estes produtos de formas responsáveis.

Em algumas empresas o processo de logística reversa trabalha simultaneamente com o


processo de gestão ambiental, pois cada vezes mais os consumidores estão exigindo das
empresas produtos e serviços que degradam menos o meio ambiente. Esse crescimento
da sensibilidade ecológica tem sido acompanhado por ações de empresas. Alem das
possíveis oportunidades econômicas, as organizações enxergaram estas necessidades
como uma nova visão do mercado em relação a seus concorrentes e, estão buscando
maneiras e formas para se adaptar a este novo processo de gestão (LR).

A logística reversa é o processo de recolhimento de produtos e materiais que tiveram o


seu ciclo produtivo encerrado. Assim sendo, faz o processo inverso do tradicional da
logística, pois faz o fluxo físico dos produtos e materiais desde o seu ponto de consumo
até o seu ponto de origem. (Murphy e Poist - 1989) Logística reversa é a movimentação
de mercadorias do consumidor ao produtor no canal de distribuição.

A logística reversa é geralmente aplicada em dois casos:

- Produtos novos com defeitos, ou até mesmo, que não foram do gosto do cliente,
portanto deveram ser trocados.

- Produtos que tiveram seu ciclo de vida encerrado e que podem ser recuperados.

O conceito de logística reversa é bastante amplo, por isso não devemos entendê-la como
apenas um recolhimento de produtos defeituosos, ou coisa do gênero, pois o processo
logístico reverso se refere ao recolhimento de todos os materiais que poderão ser
reaproveitados, desmontados e processados de forma sustentável para a sua colocação
no mercado.

Como o apelo da população para uma produção mais sustentável vem aumentando, o
processo logístico reverso se torna vital para qualquer empresa que pretende abrangir o
seu mercado. A logística inversa pode se tornar um ponto de grande lucratividade para
as instituições que se adaptarem ao seu processo. No Brasil algumas instituições ainda
não se atenderam a esse ponto que pode se tornar um ponto de diferenciação no | 163

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mercado, pois trará à empresa benefícios em diversos fatores: fidelização da clientela,
imagem, valorização da reputação, auto-sustentabilidade entre outros fatores que
poderão contribuir significativamente na instituição.

Infelizmente o Brasil não tem uma legislação para regulamentar essa pratica, porque
muitas empresas não enxergam a logística reversa como um processo fundamental. Na
pratica, toda vez que volta um produto para o seu local de origem há um o processo
logístico reverso, porém não dando a devida importância para essa pratica perdesse
muito financeiramente. É imprescindível que haja uma conscientização junto às
empresas produtoras e toda a população.

Pós – Consumo (CDR – PC)

Todos os bens industriais têm um clico de vida que podem durar algumas semanas,
alguns meses e muitos anos. Estes bens são descartados pela sociedade após o termino
do ciclo de vida, de diferente forma.

(Leite, 1999a) As diferentes formas de processamento e de comercialização dos


produtos de pós-consumo ou de seus materiais constituintes, desde sua coleta até sua
reintegração ao ciclo produtivo como matéria – prima secundária. São denominadas de
Canais de distribuição de pós-consumo.

Os produtos de pós-consumo são aqueles descartados pelo seu primeiro possuidor que
podem ser utilizados após seu descarte. Estes são classificados em duráveis ou
semiduráveis. Um exemplo claro de produtos pós- consumo são os automóveis que
mantêm o ciclo de vida e têm grande mercado secundário após o seu descarte
(Comercialização), podendo ser comercializado várias vezes.

Em grande parte os produtos pós-consumo já tem serventia em um processo da área


comercial ou industrial, desta forma a necessidade de recolocar estes produtos de forma
segura na sociedade e no meio ambiente, certificando que este não irá trazer prejuízos.

Pós- Venda (CDR – PV)

Todos os bens industriais que são reintegrados ao ciclo de negócio. São classificados
como pós – venda. Estes produtos são devolvidos por uma variedade de motivos, como:
por exemplo, terminar a validade deles, por haver estoques excessivos no canal de
distribuição, por estarem em consignação, defeitos ou falhas de funcionamento no
produto e etc. Eles podem ser entendidos como um sistema de distribuição de reversa.

Pós – venda, este canal de distribuição apresentam importância na visão estratégica


empresarial como ponto de vista econômico. Seu objetivo principal e agregar valor a
produtos que são devolvidos por razões comerciais ou legais pelos motivos
mencionados anteriormente.

Este fluxo pode originar de várias formas, por problemas de desempenho do produto ou
por garantia comercial. Meio ambiente e a sustentabilidade

Já faz muito tempo que percebemos que o planeta terra está em constante transformação
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e também com o crescimento acelerado e desordenado da população mundial, pode

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


acelerar essas modificações do ambiente. Esse crescimento da sensibilidade ecológica
tem sido acompanhado por ações de empresas e governos que cada vez mais tem a
preocupação com o meio ambiente, isso se tornou um diferencial entre as empresas,
pois isso pode determinar a sua sobrevivência no mercado empresarial com relação as
suas concorrentes, ficam muito mais fortalecidas as empresas que obedecem as normas
internacionais de certificação, isso vai dizer se os produtos fabricados são
ecologicamente corretos, mais do que nunca a preocupação ambiental se tornou
negociável, ou seja, virou uma moeda de troca, esse argumento é decisivo na hora de
concluir ou fechar um negócio, é um ciclo que envolve desde funcionários até acionistas
que hoje falam que se sentem mais satisfeitos por estarem associados a uma empresa
ambientalmente responsável. Além das possíveis oportunidades originadas dos
reaproveitamentos, reutilizações, reprocessamentos, reciclagens, etc., a questão da
preservação ecológica dirigirá esforços das empresas para a defesa de sua imagem
corporativa e seus negócios, enquanto as sociedades se defenderão por meio de
legislações e regulamentações específicas.

SUSTENTABILIDADE:
Diariamente ouvimos pessoas, vemos propagadas e reportagens sobre ser sustentável,
cuidar do meio ambiente, mas afinal o que é Sustentabilidade?

Ultimamente, o conceito de sustentabilidade tornou-se um


princípio segundo o qual o uso dos recursos naturais para a
satisfação de necessidades presentes não pode comprometer a
satisfação das necessidades das gerações futuras.
O termo “sustentável” provém do latim sustentare (sustentar;
defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Segundo o
Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve “suprir as
necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de
suprir as suas”.
O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human
Environment – UNCHE), realizada na Suécia, na cidade de Estocolmo, de 5 a 16 de
junho de 1972.
Para mais informações sobre Sustentabilidade (clique aqui).
No Brasil
Com a finalidade de preservar o meio ambiente para não comprometer os recursos
naturais das gerações futuras, foram criados dois programas nacionais no Brasil: o
Programa Nacional da Conservação de Energia Elétrica (1985) e o Programa Nacional
da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural (1991).
Recursos Naturais não Renováveis; são aqueles que existem em quantidade limitada
no Planeta. | 165

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Recursos Naturais Renováveis; são aqueles passiveis de renovação, desde que sua
velocidade de renovação seja respeitada.
Sem dúvidas, é necessário garantir os recursos essenciais para a nossa sobrevivência,
mas também é necessário respeitar a capacidade de absorção dos resíduos pelo nosso
planeta, gerados na produção, no uso ou nos descartes de produtos e serviços; quanto
maior for a quantidade de lixo, mais difícil é o processo de degradação natural.
Em 2002, a Cimeira (ou Cúpula) da Terra sobre Desenvolvimento Sustentável de
Johanesburgo reafirmou os compromissos da Agenda 21, propondo a maior integração
das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental)
através de programas e políticas centrados nas questões sociais e, particularmente, nos
sistemas de proteção social.
É fundamental cada um, Cidadãos, Empresas e Governos absorverem seus deveres e
obrigações com nosso planeta, Serviços e produtos para que possamos estender nossos
recursos visto que a abordagem do combate às causas da insustentabilidade parece não
avançar no mesmo ritmo que o termo SUSTENTABILIDADE difunde-se em nosso
cotidiano.
LOGÍSTICA REVERSA
Hoje tratada como uma área de grande relevância e até mesmo como diferencial
competitivo a Logística Reversa que pode ser conceituada como um conjunto de
procedimentos e meios para recolher e dar encaminhamento pós-venda ou pós-consumo
ao setor empresarial, vem se tornando cada vez mais uma peça fundamental para a
consolidação de grandes marcas e corporações.

Porém nem sempre foi assim, pois há algum tempo


atrás a Reversa vivia um cenário quase totalmente
desprezado no ambiente corporativo. Entretanto
vamos aprender mais sobre a logística reversa.
Na legislação ambiental brasileira existem vários
conceitos que foram introduzidos pela PNRS
(Política Nacional de Resíduos Sólidos), dentre elas está a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a logística reversa e o acordo setorial.
A logística reversa é um “instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar
a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento,
em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada”.

A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à logística reversa e definiu três


diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação: regulamento,
acordo setorial e termo de compromisso. | 166

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Nos termos da PNRS, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos
é o “conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o
volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos
causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, nos termos desta Lei.”
Sendo assim o acordo setorial é um “ato de natureza contratual firmado entre o poder
público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”.
O Decreto Nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, que regulamentou a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, ratificou a relevância dada à logística reversa e criou o Comitê
Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa. Mais a frente
falaremos sobre o Comitê Orientador.
Então, órgãos públicos e empresas privadas devem promover ações de redução no
volume de resíduos sólidos e rejeitos, diminuindo também os impactos à saúde humana
e ao meio ambiente.

A logística reversa ou O logística inversa tem ainda várias outras


definições, em função dos autores ou organismos em causa.
Apresentaremos em seguida outras duas definições de logística
reversa
• Segundo o CSCMP (Council of Supply Chain Management Professionals),
logística é “a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja,
implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo direto e inverso (logística
inversa), e a armazenagem de produtos, serviços e informação relacionada,
desde o ponto de origem até ao ponto de consumo, com o propósito de satisfazer
os requisitos dos clientes”, e devo acrescentar dos usuários internos que se
utilizam da informação financeira/econômica resultante.

• Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998) que têm dedicado grande


parte do seu tempo à investigação, desenvolvimento e sistematização desta área
da logística, a logística reversa pode ser definida como: “o processo de
planejamento, implementação e controle da eficiência e eficácia e dos custos,
dos fluxos de matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e
informação relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com
o objectivo de recapturar valor ou realizar a deposição adequada”.
COMITÊ ORIENTADOR

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Como permite grande participação social, o Acordo Setorial tem sido escolhido pelo
Comitê Orientador, desde 17/02/2011, como o instrumento preferencial para a
implantação da logística reversa.
O comitê orientador é presidido pelo MMA – Ministério do Meio Ambiente que
desempenha, dentre outras funções, as de Secretaria Executiva. É constituído por mais
outros quatro ministérios: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior – MDIC; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;
Ministério da Fazenda – MF; e Ministério da Saúde – MS. Representam esses
ministérios junto ao Comitê seus respectivos ministros de Estado e, em caso de
impedimento, seus representantes legais.
Etapas da Logística reversa
Por tudo isso, é válido entender quais são as três etapas básicas da logística reversa:
1. O consumidor devolve o produto ou embalagem ao comerciante/distribuidor.
2. O comerciante/distribuidor a remete ao fabricante/importador.
3. O fabricante/importador encaminha para reuso, reciclagem ou descarte
adequado.
Essas etapas se aplicam aos dois formatos de logística reversa: tanto no pós-venda
quanto no pós-consumo.
Evolução
Foi nos finais da década de 80 que teve início o estudo aprofundado e a sistematização
dos processos inerentes à logística inversa, tal como ela é nos dias atuais.
O desenvolvimento e progresso da logística inversa tem sido impulsionado, em grande
parte, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das
embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais,
das devoluções de produtos em fim de vida, de produtos com defeito.
Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação
ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização
ambiental das empresas, organizações, consumidores e organismos públicos.
SUSTENTABILIDADE
Temos um termo muito falado ultimamente que é sustentabilidade, portanto vamos
aprofundar mais sobre esse assunto.
O termo “sustentável” provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer,
apoiar; conservar, cuidar). Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável
dos recursos naturais deve “suprir as necessidades da geração presente sem afetar a
possibilidade das gerações futuras de suprir as suas”.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human
Environment – UNCHE), realizada na Suécia, na cidade de Estocolmo, de 5 a 16 de
junho de 1972, a primeira conferência da Organização das Nações Unidas sobre o meio
ambiente e a primeira grande reunião internacional para discutir as atividades humanas
em relação ao meio ambiente.
Então Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que
visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das
próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao
desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os
recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo
estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável.
Ações relacionadas à sustentabilidade
• Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada,
garantindo o replantio sempre que necessário.
• Preservação total de áreas verdes não destinadas à exploração econômica.
• Ações que visem o incentivo à produção e consumo de alimentos orgânicos, pois
estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres
humanos;
• Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma
controlada, racionalizada e com planejamento.
• Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica)
para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar
as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
• Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de
resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo
no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
• Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o
desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo
consumo de energia.
• Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o
desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos,
assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou
contaminados. | 169

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Benefícios

As adoções de ações de sustentabilidade garantem a médio e longo


prazo um planeta em boas condições para o desenvolvimento das
diversas formas de vida, inclusive a humana. Garante os recursos
naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a
manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos,
oceanos) e garantindo uma boa qualidade de vida para as futuras
gerações.
A Organização das Nações Unidas, através do sétimo ponto das Metas de
desenvolvimento do milênio, procura garantir ou melhorar a sustentabilidade
ambiental através de quatro objetivos principais:
1. Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas
nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
2. Reduzir de forma significativa a perda da biodiversidade.
3. Reduzir para metade a proporção de população sem acesso a água potável e
saneamento básico.
4. Alcançar, até 2020, uma melhoria significativa em pelo menos cem milhões de
pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.

Aquecimento global e seus efeitos


• A Europa tem sido castigada por temperaturas de até 40 graus centígrados.Regiões
de Temperaturas amenas tem sofrido com o aumento da temperatura. No verão
Europeu, por exemplo, verifica-se uma intensa onda de calor, provocando a morte
de idosos e crianças.
• Os ciclones atingem o Brasil, principalmente na costa sul e sudeste. As catástrofes
climáticas são potencializadas com a maior evaporação das águas nos oceanos.
• O número de desertos aumenta a cada dia. O desmatamento crescente como os da
Floreta Amazônica provoca o crescimento de regiões desérticas; o crescimento
dos desertos também provoca a morte de vários animais e vegetais
desequilibrando diversos ecossistemas.

Os cientistas afirmam que o Aquecimento Global está relacionado a todos esses


acontecimentos, pesquisadores do clima mundial afirmam que o aquecimento global
ocorre em função do aumento da emissão de gases poluentes. O desmatamento e a
queimada de Florestas e Matas também são fatores que contribuem para esses eventos.

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Aquecimento global é o processo de aumento da temperatura
média dos oceanos e da atmosfera da Terra causado por
massivas emissões de gases que intensificam o efeito estufa,
originados de uma série de atividades humanas, especialmente
a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra,
como o desmatamento, bem como de várias outras fontes
secundárias. Essas causas são um produto direto da explosão
populacional, do crescimento econômico, do uso de
tecnologias e fontes de energia poluidoras e de um estilo de
vida insustentável, em que a natureza é vista como matéria-
prima para exploração.

Dentre os efeitos temos, o aumento nas temperaturas globais e a nova composição da


atmosfera desencadeiam alterações importantes em virtualmente todos os sistemas e
ciclos naturais da Terra. Afetam os mares, provocando a elevação do seu nível e
mudanças nas correntes marinhas e na composição química da água, verificando-se
acidificação, dessalinização e desoxigenação. Interferem no ritmo das estações e nos
ciclos da água, do carbono, do nitrogênio e outros compostos. Causam o degelo das
calotas polares, do solo congelado das regiões frias e dos glaciares de montanha,
modificando ecossistemas e reduzindo a disponibilidade de água potável. Afetam
irregularmente o regime de chuvas e os padrões dos ventos, produzindo uma tendência à
desertificação das regiões florestadas tropicais, enchentes e secas mais graves e
frequentes.

O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a vida. Como o próprio nome
já diz, é a capacidade que o nosso planeta possui de reter calor como se fosse uma estufa
de cultivo de plantas. Numa estufa, a luz solar atravessa seu telhado e paredes, mas grande
parte do calor fica retido ali dentro, favorecendo o desenvolvimento das plantas. A
retenção de calor ocorre porque o vidro (ou material semelhante) impede sua saída. É
praticamente o mesmo que ocorre quando entramos num veículo estacionado há horas
embaixo do sol. Ele fica quente e abafado internamente porque atuou como uma estufa.

Diante isso, devemos compreender melhor como funciona esse fenômeno na Terra. Na
grande estufa que é o nosso planeta, são os GEE que protagonizam o papel do vidro.
Gases como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o vapor d’água (H2O) formam
uma espécie de cortina de gás, que vai da superfície da Terra em direção ao espaço e
impedem que a energia do Sol absorvida pela Terra durante o dia seja emitida de volta
para o espaço. Deste modo, parte do calor fica retida nas proximidades da superfície (onde
o ar é mais denso), o que faz com que a temperatura média do nosso planeta possibilite a
existência de água em estado líquido e vida.

RELATÓRIO BRUNDTLAND
Vamos conhecer mais sobre o Relatório Brundtland que é o documento
intitulado Nosso Futuro Comum (Our Common Future), publicado em 1987. Neste
documento o desenvolvimento sustentável é concebido como:

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


“O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”
O Relatório, elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento, faz parte de uma série de iniciativas, anteriores à Agenda 21, as quais
reafirmam uma visão crítica do modelo de desenvolvimento adotado pelos países
industrializados e reproduzido pelas nações em desenvolvimento, e que ressaltam os
riscos do uso excessivo dos recursos naturais sem considerar a capacidade de suporte
dos ecossistemas. O relatório aponta para a incompatibilidade entre desenvolvimento
sustentável e os padrões de produção e consumo vigentes.
No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais.
Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland,
chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar o
assunto. O documento final desses estudos chamou-se Nosso Futuro Comum, também
conhecido como Relatório Brundtland. Apresentado em 1987, propõe o
desenvolvimento sustentável, que é “aquele que atende às necessidades do presente sem
comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades”.
Fica muito claro, nessa nova visão das relações homem-meio ambiente, que não existe
apenas um limite mínimo para o bem-estar da sociedade; há também um limite máximo
para a utilização dos recursos naturais, de modo que sejam preservados.

Em 1983, a médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-


Primeira Ministra da Noruega, foi convidada pela Secretaria Geral da
Organização das Nações Unidas para estabelecer e presidir a Comissão
Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. A escolha da médica
deveu-se ao fato de ela realizar um trabalho pioneiro para a época, enxergando a saúde
para além das barreiras do mundo médico e abrangendo em suas ações atividades
ligadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento humano.
O relatório Brundtland, porém, só ficaria pronto em 1987, após dezenas de reuniões da
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, liderada por Gro
Harlem Brundtland e composta por especialistas de diversas áreas. Considerado
altamente inovador para aquela época, o relatório foi o primeiro a trazer para o discurso
público o conceito de desenvolvimento sustentável.
“Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões
de consumo de energia. No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em
risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os
solos e os seres vivos. Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de
mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a
orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em
harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e
necessidades humanas.”

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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Acima, um pequeno trecho do relatório para que se compreenda o tom das ideias que
deram origem às práticas de desenvolvimento sustentável, atualmente desenvolvida em
todo o mundo.
Medidas propostas
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas
pelos países para promover o desenvolvimento sustentável. Entre elas:
• Limitação do crescimento populacional;
• Garantia de recursos básicos (água, alimentos, energia) a longo prazo;
• Preservação da biodiversidade e dos ecossistemas;
• Diminuição do consumo de energia e desenvolvimento de tecnologias com uso
de fontes energéticas renováveis;
• Aumento da produção industrial nos países não industrializados com base em
tecnologias ecologicamente adaptadas;
• Controle da urbanização desordenada e integração entre o campo e cidades
menores;
• Atendimento das necessidades básicas (saúde, escola, moradia).
Em âmbito internacional, as metas propostas são:
• Adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pelas organizações de
desenvolvimento (órgãos e instituições internacionais de financiamento);
• Proteção dos ecossistemas supra-nacionais como a Antárctica, oceanos, etc, pela
comunidade internacional;
• Banimento das guerras;
• Implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela Organização
das Nações Unidas (ONU).
O conceito de desenvolvimento sustentável deve ser assimilado pelas lideranças de uma
empresa como uma nova forma de produzir sem degradar o meio ambiente, estendendo
essa cultura a todos os níveis da organização, para que seja formalizado um processo de
identificação do impacto da produção da empresa no meio ambiente e resulte na
execução de um projeto que alie produção e reservação ambiental, com uso de
tecnologia adaptada a esse preceito.
Algumas outras medidas para a implantação de um programa minimamente adequado
de desenvolvimento sustentável são:
• Uso de novos materiais na construção;
• Reestruturação da distribuição de zonas residenciais e industriais;
• Aproveitamento e consumo de fontes alternativas de energia, como a solar, a
eólica e a geotérmica; | 173

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


• Reciclagem de materiais reaproveitáveis;
• Consumo racional de água e de alimentos;
• Redução do uso de produtos químicos prejudiciais à saúde na produção de
alimentos.
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um
lado, nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a
degradação ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge
a ideia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento
econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo. Assim
como mencionado Sustentabilidade em tendo um alto desenvolvimento ao decorrer dos
anos através de suas hierarquias.
EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA
Há alguns anos atrás, pouco se falava em logística reversa. Governo, comunidade
poucos se preocupavam com esse fator, empresas não se questionavam com que destino
seus produtos tomariam pós consumo.
Porém, nos dias atuais, em cerca de 20 anos muita coisa mudou, hoje em dia a logística
reversa é tratada muitas vezes até mesmo como diferencial competitivo, consumidores
por vezes escolhem marcas que se comprometem com suas obrigações sócio-
ambientais.

Canal de retorno Logística reversa


No sistema de produção tradicional em
que matérias-primas são transformadas
em produtos, e logo, estruturados
canais de distribuição com o objetivo
de fazer chegar os produtos finais aos
consumidores. No entanto, produtos
danificados, com defeitos, fora da
garantia, dentre outros fatores, geram
um fluxo inverso do cliente final ou de
outros membros do canal de
distribuição para a indústria ou outro
agente responsável pela adequada
destinação destes produtos. Estes
produtos (também chamados de
retornos) geram fluxos reversos que demandam um gerenciamento diferenciado daquele
utilizado no fluxo direto para um melhor desempenho de seus processos. Esta operação,
denominada de logística reversa, é obviamente compreendida como a atividade
responsável pelo planejamento e gerenciamento deste fluxo reverso de produtos. Sendo
assim a preocupação com os bens naturais perpassa o mero gerenciamento de cadeias
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


produtivas para algo mais virtuoso, que é a racionalidade no trato e uso de insumos
provenientes do meio ambiente.
Para uma melhor compreensão da evolução da logística reversa vamos mostrar dados de
grandes empresas norte-americanas, a logística reversa contabiliza cerca de 4% dos
custos logísticos totais, um valor estimado de US$ 35 a 42 bilhões ao ano. Este fato
determina a importância do melhoramento dos processos envolvidos com os produtos e
materiais retornados (THE EUROPEAN WORKING GROUP ON REVERSE
LOGISTICS, 2005; NOREK, 2003; ROGERS e TIBBEN-LEMBKE, 2001; MEYER,
1999).
Portanto, o exercício das atividades de LR nas empresas deve se adequar às exigências
legais, sobretudo porque os prazos, definidos pela Lei, para implementação de soluções
à destinação adequada dos resíduos, pelos municípios em todo território nacional,
venceram em agosto de 2014. A partir daí, o Estado considera que empresas, sejam elas
públicas ou privadas, se encontram em desconformidade, podendo resultar em
complicações legais para estas. Por outro lado, a adequação legal às práticas de LR não
é tarefa simples, pois segundo Leite (2012), seu uso é recente nas organizações, tendo
início a partir da segunda metade do século XX, com atividades, conceitos e modelos de
operação, ainda em pleno desenvolvimento.
EVOLUÇÃO
Até a década de 40, havia poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos
50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, sendo uma
das estratégias para isso um afinado canal de distribuição que propiciasse a entrega no
prazo prometido. Foi daí que surgiu o conceito de Logística Empresarial, motivado por
nova atitude do consumidor.
Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP – Material
Requirements Planning (cálculo das necessidades de materiais), Kanban (sistema
japonês de controle de fluxo de materiais, usando cartões) e Just-in-time (processo
capaz de responder instantaneamente à demanda, “sem qualquer estoque” ou com um
nível mínimo de estoque).
Após os anos 80, a logística passa a ter, realmente, desenvolvimento revolucionário,
empurrada pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia
mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da
economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro
de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações
para moldes mundiais de operações.
Foi a partir desse período também que teve início o estudo aprofundado e a
sistematização dos processos inerentes à logística Reversa, tal como ela é nos dias
atuais.
O desenvolvimento e progresso da logística reversa tem sido impulsionado, em sua
maioria, pelas questões ambientais, relacionado com o problema da decomposição das
embalagens dos produtos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais,
das devoluções de produtos em fim de vida, e principalmente produtos com defeito. | 175

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação
ambiental, a qual impõe leis mais exigentes, mas também pela consciencialização
ambiental das organizações, consumidores,. órgãos públicos e ONG´s.
Em termos econômicos e financeiros, a LR já representa cerca de 0,5% do PIB (Produto
Interno Bruto) dos Estados Unidos.
Esta vertente da logística encontra-se em amplo desenvolvimento, e é um grande
potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois as políticas
ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes.
Outro fator de grande importância, e que está diretamente relacionado com o grande
aumento da logística reversa é a compra de produtos através da internet, o chamado e-
commerce (Carvalho, 2003, p. 71-72).
Com o crescimento exponencial das vendas on-line, os sistemas de logística inversa, no
que diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem crescido de uma forma
abrupta.
Empresas com canais reversos bem definidos e de eficiência conseguem com mais
facilidade fidelizar o cliente, sejam eles consumidores finais, varejistas, dentre outros,
pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos fornecedores, em detrimento de
vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas expectativas. Por isso a
Logística Reversa se faz substancial.

Você sabe o que é logística verde?


Logística verde é a atividade que tem por finalidade e característica ampliar o
desenvolvimento sustentável de uma cidade, estado ou país. De que forma? Cuidando
de todo o processo de saída, transporte, armazenamento e recolhimento de produtos ao
final de sua vida útil e cuidando para que não haja emissão de poluentes e nem
agressões ao meio ambiente.

A logística verde preocupa-se com os impactos e suas atividades sobre o meio que a
cerca. Um ponto importante que deve ser destacado junto à logística verde é que ela
anda lado a lado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10). De
acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a logística reversa, braço da
logística verde, é o ponto principal para potencializar e melhorar o ciclo de reciclagem
do país no que diz respeito a produtos eletrônicos; remédios; embalagens de óleos
lubrificantes e agrotóxicos; e lâmpadas fluorescentes.

Ou seja, com esse tipo de logística a empresa que fabrica determinado produto
responsabiliza-se também em recolher o mesmo produto quando esse é descartado, seja
por falhas ou problemas de fabricação, seja por ter terminado seu ciclo de uso. Ao
serem recolhidos, os materiais voltam ao polo de fabricação ou são encaminhados a
centros específicos que atuam com o desmanche e reciclagem das peças e não
simplesmente descartados em qualquer lugar de forma negligente e agressiva.

Em países da Europa, como a Alemanha, e no Japão é comum que produtos eletrônicos


que não servem mais para uso sejam colocados nas calçadas de casa para serem | 176

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


recolhidos por empresas responsáveis, porém, no Brasil essa prática não funciona.
Ainda na Europa, a questão logística verde possui duas entidades que tomam conta e
fiscalizam a forma como os produtos são descartados: WEEE (Waste Eletrical and
Eletronical Equipment), que cuida da diminuição da quantidade de lixo eletrônico em
aterros sanitários e a RoHS (Restriction of Hazardous Substances), que fiscaliza e
proíbe o uso de algumas substâncias como: chumbo, cromo e mercúrio, que além de
cancerígenas são bioacumulativas, inibem a reciclagem dos produtos e quando
queimadas nos aterros eliminam substâncias tóxicas no ar e no solo.

Investimentos
As empresas, atualmente, sabem da importância de ter departamentos que englobam e
estudam diretamente a sustentabilidade e a consciência ecológica, lidando assim com
diversos segmentos que visam minimizar os impactos ambientais que, supostamente,
podem vir a causar danos para a comunidade. Em outras palavras, o investimento com
logística verde já está embutido dentro desses departamentos específicos que, quando
bem administrados, conseguem colocar em prática sem grandes prejuízos ou gastos.

Brasil
Ainda de acordo com o MMA, o Brasil possui um modelo de sucesso no que diz
respeito à logística verde, o caso das embalagens de agrotóxicos. Só nos primeiros três
meses de 2013, cerca de 8 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos agrícolas
foram recolhidas para o descarte ecologicamente correto, segundo dados fornecidos
pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamentos de Embalagens Vazias).

As fabricantes que utilizam embalagens em vidro e lata também atuam ativamente com
o processo de reciclagem e recolhimento de embalagens após o descarte. A logística
verde torna-se possível através do equilíbrio sustentável de três pilares, como uma
pirâmide: financeiro – social – ambiental, de modo que todos os lados saiam
beneficiados.

Logística reversa: os benefícios além da


sustentabilidade
As empresas precisam ter mais responsabilidade quanto ao ciclo de vida dos produtos,
adotando uma postura consciente sobre os resíduos produzidos dentro da cadeia de
consumo. Em linhas gerais, as corporações devem adotar práticas para assumir o retorno
de seus produtos descartados, viabilizando sua destinação apropriada ao fim de seu ciclo
de vida útil.

É nesse contexto que entra a logística reversa, que apesar de associada principalmente
ao conceito de sustentabilidade, apresenta benefícios importantes ao empreendimento e
à marca, uma vez que cria uma identidade ecologicamente correta. Conheça mais sobre
a logística reversa e como ela é fundamental nos dias de hoje.

O que é logística reversa | 177

LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


Segundo a Lei 12.305/10 a logística reversa é o “instrumento de desenvolvimento
econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios
destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada”.

Esse processo divide a responsabilidade de adequação de resíduos com o consumidor e


o estado, de forma a encontrar formas de destinação de lixos eletrônicos, por exemplo.
Nesse contexto, todos têm a responsabilidade de participar da devolução, reciclagem e
destinação ambiental apropriada de determinados produtos.

Vantagens diretas e indiretas


Além dos benefícios ao meio ambiente, a logística reversa oferece vantagens à marca e
à relação dela com o consumidor. Veja quais são eles:

Criar uma imagem sólida

Nos dias atuais, os consumidores buscam soluções que agridam menos o ambiente.
Adotando a logística reversa, há a possibilidade de criar uma imagem positiva junto a
este nicho.

Explorar ações de marketing vinculadas à logística reversa

Enfatizar as práticas adotadas pela empresa quanto à destinação dos resíduos de seus
produtos é uma ótima forma estreitar a relação com o cliente e reforçar o
posicionamento da marca. A empresa pode criar ações de marketing para informar
sobre suas práticas, a fim de conscientizar o consumidor e gerar uma publicidade
positiva.

Melhorar o processo de produção

A logística reversa viabiliza a economia nos processos produtivos das companhias, já


que os resíduos retornam à cadeia produtiva, o que diminui o consumo e os custos de
matérias-primas. Esse processo de retorno de resíduos às empresas de origem evita que
eles possam poluir ou contaminar o ambiente.

Gerar produtos mais eficientes

As empresas passam a adotar tecnologias mais limpas, que simplificam a reutilização e


a criação de embalagens e produtos que podem ser reciclados com maior facilidade.

Criar consumidores mais conscientes

É possível educar os consumidores quanto a importância de práticas sustentáveis, bem


como a escolha de produtos ecologicamente corretos, uma vez que ele também têm
responsabilidade em estágios como a coleta seletiva, a separação e o descarte dos
resíduos.
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LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN |


A implantação da logística reversa e o aumento da conscientização são determinantes
para reduzir os impactos negativos ocasionados pelo descarte incorreto dos resíduos, o
que melhora a qualidade de vida dos cidadãos urbanos e as atividades da marca como
um todo. O operador logísticotambém pode ajudar na gestão, apresentando um papel
fundamental na estratégia.

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