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Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Secretaria de Recursos Humanos


Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais
Coordenação Geral de Elaboração, Sistematização e Elaboração das Normas

NOTA TÉCNICA Nº 50/2009/DENOP/SRH/MP

ASSUNTO: Esclarecimentos quanto à emissão de passagens e pagamento de diárias a


conselheiros

Referência: Processo nº 71010.001402/2008-16 e Documento nº 71000.040468/2009-21

SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Por intermédio dos expedientes acima epigrafados, a Coordenação-Geral de


Recursos Humanos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS solicita
esclarecimentos quanto à emissão de passagens aéreas e o pagamento de diárias a conselheiros
do Conselho Nacional de Assistência Social.

ANÁLISE

2. O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) foi instituído pela Lei nº


8.742, de 7 de dezembro de 1993, sendo o órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à
estrutura do órgão da Administração Pública federal responsável pela coordenação da Política
Nacional de Assistência Social, cujos membros, no total de 18, são nomeados pelo Presidente da
República, para exercer mandato de 2 (dois) anos, permitida uma única recondução por igual
período.

3. Segundo informações do consulente, o CNAS é composto por 9 (nove)


representantes governamentais, sendo 1 dos Estados e 1 dos Municípios, 9 (nove) representantes
da sociedade civil, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal,
dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações
de assistência social e dos trabalhadores do setor.

4. Por intermédio do Decreto nº 5.858, de 25 de julho de 2006, o Presidente da


República delegou competência ao Ministro de Estado do Desenvolvimento Social e Combate à
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Fome para designar os membros do CNAS, órgão ao qual o conselho encontra-se atualmente
vinculado, conforme prevê o Decreto nº 5.550, de 22 de setembro de 2005.

5. Nos deslocamentos dos membros do CNAS, no interesse da Administração, suas


despesas com hospedagem e alimentação serão custeadas pelo órgão ao qual estejam vinculados,
com base no art. 4º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991, com redação dada pela Lei nº 8.216,
de 13 de agosto de 1991:

“Art. 4º Correrão a conta das dotações orçamentárias próprias dos órgãos


interessados, consoante se dispuser em regulamento, as despesas de
deslocamento, de alimentação e de pousada dos colaboradores eventuais,
inclusive membros de colegiados integrantes de estrutura regimental de
Ministério e das Secretarias da Presidência da República, quando em viagem de
serviço.” (grifo nosso)

6. Assim, a legislação permite o pagamento de diárias tanto aos membros de


colegiados integrantes de estrutura regimental de Ministério e das Secretarias da Presidência da
República como aos colaboradores eventuais. Todavia, não se pode confundi-los; estes são
particulares dotados de capacidade técnica específica que recebem a incumbência da execução de
determinada atividade sob a permanente fiscalização do delegante, sem qualquer caráter
empregatício, contratados conforme determina a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ao passo
que aqueles são pessoas indicadas para integrar colegiado deliberativo ou consultivo dos órgãos
ou entidades, conforme estabelece legislação específica.

7. Regulamentado tal disposição, o Decreto nº 6.907, de 21 de julho de 2009, que


alterou o Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, estabeleceu que:

“Art. 3o-A. Aplica-se o disposto neste Decreto aos deslocamentos de servidores


da administração pública federal para participação em reuniões de
colegiados. (Incluído pelo Decreto nº 6.907, de 2009).

§ 1o É vedado à administração pública federal direta, autárquica e fundacional


custear diárias de membros de colegiado representantes de outros entes da

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federação, de outros Poderes ou de empresas públicas e sociedades de economia


mista. (Incluído pelo Decreto nº 6.907, de 2009).

§ 2o As diárias para membros de colegiados que não se enquadrem no caput ou


no § 1o serão pagas: (Incluído pelo Decreto nº 6.907, de 2009).

I - no caso de colegiados com composição e funcionamento constantes em lei ou


decreto: no valor do item “c” do Anexo I; e (Incluído pelo Decreto nº 6.907, de
2009).

II - no caso de colegiados com composição e funcionamento definidas por ato


normativo inferior a decreto, somente quando autorizado pelo Ministro de Estado
competente, nos termos por ele definido, não podendo superar os valores previstos
no item “e” do Anexo I. (Incluído pelo Decreto nº 6.907, de 2009)."

8. Por intermédio de uma análise sistêmica do caput do art. 3-A e do seu § 1º,
podemos constatar que apenas os servidores públicos federais dos quadros de pessoal do Poder
Executivo Federal podem perceber diárias quando integrarem colegiados, por não se
encontrarem na vedação contida no § 1º.

9. Por sua vez, o § 2º estabelece que os membros que não se enquadrem no caput ou
no § 1º do art. 3º, ou seja, aqueles que não sejam servidores públicos, de qualquer esfera de
governo ou de outro poder, ou empregados públicos, deverão perceber as diárias na forma
estabelecida no seu inciso. Inferindo-se desse enunciado que apenas as pessoas sem vínculo com
a Administração farão jus a perceber diárias nos moldes estabelecido nesse parágrafo.

10. Assim, os membros do CNAS não se enquadram na definição de colaboradores


eventuais, todavia, por força do art. 3-A do Decreto nº 5.992, de 2006, somente farão jus à
percepção de diárias e passagens os representantes que sejam servidores públicos federais,
integrantes dos quadros de pessoal do Poder Executivo Federal, que receberão as diárias
correspondentes ao seu cargo efetivo, e as pessoas que não tenham vínculo com a Administração
Pública, que a perceberão nos moldes estabelecidos nos incisos I e II do § 2º do artigo em
comento.

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11. Destaque-se que o Decreto nº 5.992, de 2006, estabelece, ainda, que são de inteira
responsabilidade do servidor eventuais alterações de percurso ou de datas e horários de
deslocamento, quando não determinados pela Administração.

CONCLUSÃO

12. Assim, em resposta aos questionamentos apresentados, somente fazem jus a


perceber diárias e bilhetes de passagem - que serão emitidos da localidade onde se encontra a
residência do conselheiro até o local de destino da missão e vice-versa, sendo possível a
alteração do percurso ou datas e horários de deslocamentos, arcando o interessado, nessa
hipótese, com as despesas que porventura possam existir – os membros do Conselho Nacional de
Assistência Social que sejam servidores integrantes dos quadros de pessoal do Poder Executivo
Federal e os membros que não tenham vínculo com a Administração Pública.

13. Com estes esclarecimentos, submetemos o assunto à apreciação da Senhora


Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais - Substituta, para deliberação.

Brasília, 26 de agosto de 2009.

TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA LUIZA HELENA BARRETO NUNES


Administrador Chefe da DIORC

Aprovo.
Encaminhe-se à Senhora Coordenadora-Geral de Recursos Humanos do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome a presente Nota Técnica, contendo esclarecimentos
acerca da concessão de passagens e o pagamento de diárias aos membros do CNAS.

Brasília, 27 de agosto de 2009.

VANESSA SILVA DE ALMEIDA


Diretora do Departamento de Normas e Procedimentos Judiciais - Substituta

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