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CLASSIFICAÇÃO

DE ÁREA E
ATMOSFERA
EXPLOSIVA

Autor: Eduardo Coimbra de Almeida


Co-Autor: Roberto Ferreira Coelho Filho
CLASSIFICAÇÃO
DE ÁREA E
ATMOSFERA
EXPLOSIVA
Este é um material de uso restrito aos empregados da PETROBRAS que atuam no E&P.
É terminantemente proibida a utilização do mesmo por prestadores de serviço ou fora
do ambiente PETROBRAS.

Este material foi classificado como INFORMAÇÃO RESERVADA e deve possuir o


tratamento especial descrito na norma corporativa PB-PO-0V4-00005“TRATAMENTO DE
INFORMAÇÕES RESERVADAS".

Órgão gestor: E&P-CORP/RH


CLASSIFICAÇÃO
DE ÁREA E
ATMOSFERA
EXPLOSIVA
Autor: Eduardo Coimbra de Almeida
Co-Autor: Roberto Ferreira Coelho Filho

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

• Compreender os principais conceitos relacionados à


combustão, classificação de área e atmosfera explosiva;
• Definir áreas classificadas, reconhecendo suas “zonas” e fontes
de risco e as diferentes normas referentes à classificação de áreas;
• Identificar as normas aplicáveis, distinguindo os critérios de
classificação especificados pelas mesmas;
• Reconhecer a importância da utilização de equipamentos
elétricos adequados a cada área classificada;
• Identificar a importância da ventilação na definição de uma
área classificada;
• Reconhecer o que é o plano de classificações de áreas e os
documentos que o compõe.
Programa Alta Competência

Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos


da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das
atividades profissionais na Companhia.

É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de


empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.

Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando


prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força
de trabalho às estratégias do negócio E&P.

Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa


a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das
competências necessárias para explorar e produzir energia.

O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das


competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados
e a reciclagem de antigos.

Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo


que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de
sucesso que ela é.

Programa Alta Competência


Como utilizar esta apostila

Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila


está organizada e assim facilitar seu uso.

No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual


representa as metas de aprendizagem a serem atingidas.

ATERRAMENTO
DE SEGURANÇA

Autor

Ao final desse estudo, o treinando poderá:

Objetivo Geral
• Identificar procedimentos adequados ao aterramento
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas
instalações elétricas.
O material está dividido em capítulos.

No início de cada capítulo são apresentados os objetivos


específicos de aprendizagem, que devem ser utilizados como
orientadores ao longo do estudo.

48

Capítulo 1

Riscos elétricos
e o aterramento
de segurança

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

Objetivo Específico
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas.

No final de cada capítulo encontram-se os exercícios, que


visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.

Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do


capítulo em questão.

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

mo está relacionada a 1.6. Bibliografi a Exercícios


1.4. 1.7. Gabarito
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
1) Que relação podemos estabelecer entre
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
riscos elétricos e
Elétrica, 2007. aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
_______________________________________________________________
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
_______________________________________________________________
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
Norma Petrobras N-2222. 2) Apresentamos,
Projeto de aterramentoa de
seguir, trechos
segurança de Normas Técnicas que
em unidades
marítimas. Comissão de abordam os cuidados
Normas Técnicas e critérios relacionados a riscos elétricos.
- CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato

Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, (B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
o caso: executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
e do tipo de
A) Risco Proteção
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. de incêndio e explosão
de estruturas B) Risco
contra descargas de contato (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
es durante toda atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento
na maioria das ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de
mantê-los sob projetadas e executadas de modo que seja possível operação.”
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
is, materiais ou 24 prevenir, por meios seguros,
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> os perigos de choque
- Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25
14 mar. 2008. elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
21 à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de
( ) of Lightining
NFPA 780. Standard for the Installation “Nas instalações elétricas
Protection Systems. de
áreas classificadas
National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
a maior fonte Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção,
sária, além das como alarme e seccionamento automático para
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
ole, a obediência br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai.sobretensões,
prevenir 2008. sobrecorrentes, falhas de
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.”

Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas


nça. isolamento, aquecimentos ou outras condições
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acessoanormais de operação.”
em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:

( ) “Nas partes das instalações


Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi elétricas
sob tensão, (...)
sica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas (F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas riscos de choques elétricos.

e demais meios de sinalização que chamem a atenção (V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
quanto ao risco.” houver falha no isolamento desse equipamento.
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e (V) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas “fio terra”.
3. Problemas operacionais, riscos e
cuidados com aterramento de segurança

T
odas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano
de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores,
geradores, painéis elétricos, transformadores e outros).

A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os


Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção
definos
nições
sistemasestão disponíveis
de aterramento envolvidosno glossário.
nestes equipamentos.Ao longo dos
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o
identifi cados, pois estão em destaque.
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento.

Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 49


diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico
por contato indireto e de incêndio e explosão.

3.1. Problemas operacionais

Os principais problemas operacionais verificados em qualquer tipo


de aterramento são:

• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato.

É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 define o valor


de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo
admissível para resistência de contato.

Alta Competência Capítulo 3. Problemas operaciona

3.4. Glossário 3.5. Bibliografia

Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIAN
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma elétricos - inspeção e medição da re
corrente elétrica. Elétrica, 2007.

Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos
– Curso técnico de segurança do trab
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
NFPA 780. Standard for the Installation
Fire Protection Association, 2004.

Norma Petrobras N-2222. Projeto de


marítimas. Comissão de Normas Técn

Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instala


Brasileira de Normas Técnicas, 2005.

Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Pr


56 atmosféricas. Associação Brasileira d

Norma Regulamentadora NR-10. Seg


eletricidade. Ministério do Trabalho
www.mte.gov.br/legislacao/normas_
em: 14 mar. 2008.
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
98
100
102

Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 104


105

insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 106


108

ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 110


112

basta consultar a Bibliografia ao final de cada capítulo. 114


115

Alta Competência Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança

1.6. Bibliografia 1.7. Gabarito NÍVEL DE RUÍDO DB (A)

CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
85
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI –
Elétrica, 2007. O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 86
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade.
87
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos,
marcando A ou B, conforme, o caso:
88
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato 89
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação
(B) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 90
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” 91
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas (A) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 92
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 93
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// operação.”
24 www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: (B) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 25 94
14 mar. 2008. trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 95
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem
96
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão
Fire Protection Association, 2004. a atenção quanto ao risco.”

Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. (A) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 98
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.” 100
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: 102
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/ (V) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 104
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. normalmente energizadas da instalação elétrica.

(F) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer


105
riscos de choques elétricos.
106
(V) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um

A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo (V)


equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se
houver falha no isolamento desse equipamento.

Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um


108
110

abordado Alta
deCompetência
um determinado item do capítulo. 112
“fio terra”.

(F) A queimadura é o principal efeito fisiológico associado à passagem


da corrente elétrica pelo corpo humano. 114 Capítulo 1. Riscos elét
115

Trazendo este conhecimento para a realid


observar alguns pontos que garantirão o
incêndio e explosão nos níveis definidos pela
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a durante o projeto da instalação, como por ex
primeira observação de um fenômeno relacionado
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um • A escolha do tipo de aterramento fu
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido ao ambiente;
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome • A seleção dos dispositivos de proteção
dado à resina produzida por pinheiros que protege a
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo
• A correta manutenção do sistema elét
semelhante à fossilização, ela se torna um material
duro e resistente.

O aterramento funcional do sist

14
?
Os riscos VOCÊ
elétricosSABIA?
de uma instalação são divididos em dois grupos principais:

Uma das principais substâncias removidas em poços de


como função permitir o funcion
e eficiente dos dispositivos de pro
sensibilização dos relés de proteçã

MÁXIMA EXPOSIÇÃO
“Importante” é um lembrete
petróleo pelo pig de limpeza é adas
parafina. questões
Devido às
baixas temperaturas do oceano, a parafina se acumula
essenciais do uma circulação de corrente para a
por anormalidades no sistema elétr
DIÁRIA PERMISSÍVEL
8 horas conteúdo tratadovirno capítulo.
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
Observe no diagrama a seguir os principais ris
5 horas
à ocorrência de incêndio e explosão:
4 horas e 30 minutos
4 horas 1.1. Riscos de incêndio e explosão
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas Podemos definir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes,
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera
1 hora e 45 minutos
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de
1 hora e 15 minutos
eletricidade estática.
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer
30 minutos instalaçãoÉ e muito
seu descontrole se traduz
importante que principalmente
você conheça em os
danos
25 minutos pessoais, procedimentos específicosoperacional.
materiais e de continuidade para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos
4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos Já a caixa de destaque
É muito “Resumindo”
importante que você conheçaé uma os versão compacta
procedimentos específicos para passagem de pig
25 minutos
20 minutos dos principais pontos
em poços abordados no capítulo.
na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais

? VOCÊ SABIA?
• Antes do carregamento do pig, inspecione o
interior do lançador;
Uma das principais substâncias removidas em poços de
• Apóspelo
petróleo a retirada
pig dede um pig, inspecione
limpeza internamente
é a parafina. Devido às
MÁXIMA EXPOSIÇÃO o recebedor
baixas de pigs;
temperaturas do oceano, a parafina se acumula
DIÁRIA PERMISSÍVEL nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode
8 horas • Lançadores e recebedores deverão ter suas
vir a bloquear o fluxo de óleo, em um processo similar
7 horas ao da arteriosclerose.
6 horas
5 horas
4 horas e 30 minutos

Em “Atenção” estão destacadas as informações que não


4 horas
3 horas e 30 minutos
IMPORTANTE!
3 horas
2 horas e 40 minutos devem ser esquecidas.
É muito importante que você conheça os tipos de pig
2 horas e 15 minutos de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na
2 horas sua Unidade. Informe-se junto a ela!
1 hora e 45 minutos
1 hora e 15 minutos
1 hora
45 minutos ATENÇÃO
35 minutos
30 minutos É muito importante que você conheça os
25 minutos procedimentos específicos para passagem de pig
20 minutos em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba
15 minutos quais são eles.
10 minutos
tricos e o aterramento de segurança
8 minutos
7 minutos
RESUMINDO...

Recomendações gerais
dade do E&P, podemos
controle dos riscos de
Todos os recursos• Antes
didáticos presentes nesta apostila têm
do carregamento do pig, inspecione o
as normas de segurança
xemplo:
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo.
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente
o recebedor de pigs;
uncional mais adequado
• Lançadores e recebedores deverão ter suas

o e controle;
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profissional!

trico.

tema elétrico tem


namento confiável
oteção, através da
15
ão, quando existe
a terra, provocada
rico.

scos elétricos associados


Sumário
Introdução 15

Capítulo 1 - A combustão e sua relação com áreas classificadas


Objetivos 17
1. A combustão e sua relação com áreas classificadas 19
1.1. Temperatura 20
1.2. Limites de inflamabilidade 21
1.3. Densidade relativa de gás ou vapor 23
1.4. Triângulo do fogo 24
1.5. Relação entre combustão, classificação de área
e atmosfera explosiva 25
1.6. Exercícios 26
1.7. Glossário 29
1.8. Bibliografia 30
1.9. Gabarito 31

Capítulo 2 - Áreas classificadas


Objetivos 33
2. Áreas classificadas 35
2.1. O conceito de “zona” 35
2.2. Fonte de risco 36
2.3. Eventos catastróficos 37
2.4. Exercícios 39
2.5. Glossário 41
2.6. Bibliografia 42
2.7. Gabarito 43

Capítulo 3 - Classificação de áreas


Objetivos 45
3. Classificação de áreas 47
3.1. Critérios da International Electrotechnical Commission (IEC) 49
3.1.1. Tipo de indústria 49
3.1.2. Tipo de substância 49
3.1.3. Temperatura de ignição das substâncias inflamáveis 50
3.2. Critérios da American Petroleum Institute (API) 51
3.3. Exercícios 53
3.4. Glossário 54
3.5. Bibliografia 55
3.6. Gabarito 56
Capítulo 4 - Equipamentos elétricos em áreas classificadas
Objetivos 57
4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas 59
4.1. Tipos de proteção 60
4.1.1. À prova de explosão (Ex d) 60
4.1.2. Pressurizado (Ex p) 61
4.1.3. Imerso em óleo (Ex o) / Imerso em areia (Ex q) / Imerso em resina (Ex m) 62
4.1.4. Segurança aumentada (Ex e) 63
4.1.5. Segurança intrínseca (Ex i) 63
4.1.6. Não acendível (Ex n) 64
4.1.7. Especial (Ex s) 64
4.2. Grau de proteção 64
4.3. Certificado de conformidade dos equipamentos 66
4.4. Exercícios 69
4.5. Glossário 71
4.6. Bibliografia 72
4.7. Gabarito 73

Capítulo 5 - Influência da ventilação em áreas classificadas


Objetivo 75
5. Influência da ventilação em áreas classificadas 77
5.1. Exercícios 80
5.2. Glossário 81
5.3. Bibliografia 82
5.4. Gabarito 83

Capítulo 6 - Plano de classificação de áreas


Objetivos 85
6. Plano de classificação de áreas 87
6.1. Documentação 87
6.1.1. Plantas de classificação de áreas 87
6.1.2. Listas de dados para áreas classificadas 89
6.2. Exercícios 93
6.3. Glossário 95
6.4. Bibliografia 96
6.5. Gabarito 97
Introdução

A
classificação de áreas é uma das regras que permite
avaliarmos o grau de risco da presença de uma mistura
inflamável em uma unidade industrial. Essa classificação
contém informações sobre o tipo de substância inflamável que pode
estar presente no local, sobre a probabilidade dessa substância
estar presente no meio externo e quais os limites da área com risco
de presença de atmosfera explosiva.

Os equipamentos elétricos, ao operarem em atmosferas


potencialmente explosivas, podem se constituir em fontes de
ignição ocasionadas por centelhamento normal, conseqüente da
abertura e fechamento de seus contatos, ou simplesmente pelo fato 15
de apresentarem temperatura elevada. Essa temperatura elevada
pode ser intencional, com o fim de atender a uma função própria
do equipamento ou provocada por correntes de defeito.

Para que a energia elétrica das plataformas não se constitua


em perigo, é necessário que se providenciem meios de
segurança e proteção das instalações elétricas. A fabricação dos
equipamentos elétricos, sua montagem e manutenção seguem,
portanto, normas técnicas que garantem um nível de segurança
aceitável para as instalações.

Esse nível de segurança depende de uma avaliação cujo resultado é a


classificação de áreas, representada por um desenho básico utilizado
no desenvolvimento de toda instalação elétrica da indústria.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 1
Prefácio

A combustão
e sua relação
com áreas
classificadas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Definir combustão, identificando os componentes


e parâmetros necessários para que esta aconteça;
• Estabelecer a relação entre combustão e classificação
de áreas.

RESERVADO
Alta Competência

18

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

1. A combustão e sua relação


com áreas classificadas
A combustão é um dos fenômenos que ocorrem rotineiramente
em nosso cotidiano, mesmo que não percebamos, em cozinhas,
automóveis, fábricas e diversos outros contextos da nossa vida.

Podemos definir esse fenômeno como:

Uma reação química que envolve uma substância combustível e


uma substância comburente, promovida a partir de uma fonte de
calor inicial.

Durante a combustão ocorre a formação da reação em cadeia, e a


liberação de energia na forma de luz e calor. Como conseqüência, são 19
gerados subprodutos na forma de gases (vapor d’água, monóxido,
dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio) além
de cinzas e resíduos de carbono (carvão, fuligem, coque etc.).

Para que haja combustão é necessária a presença de:

Combustível: material sólido, líquido ou gasoso capaz de reagir


com o comburente, em geral o gás oxigênio, através de uma reação
de combustão.

Comburente: material gasoso que permite que ocorra a reação de


oxidação de um material combustível, produzindo assim a combustão.

Fonte de ignição: condição ou agente que, ao introduzir a energia


mínima necessária, pode dar início ao processo de combustão na
mistura combustível/comburente. O senso comum nos faz associar
as fontes de ignição à presença de chama (fogo), mas também são
exemplos superfícies e atmosferas aquecidas, centelhas, atrito etc.

RESERVADO
Alta Competência

Alguns conceitos são de extrema relevância para o entendimento


do processo de combustão e classificação de área. Vejamos estes
conceitos a seguir.

1.1. Temperatura

A temperatura de uma substância é influenciada pelo meio e pelo


processo aos quais está submetida. Serão verificados, a seguir, alguns
conceitos associados a essa influência.

Podemos definir como:

Parâmetro físico que descreve um sistema associado a noções de


frio e calor e a transferências de energia térmica.

20 A temperatura está associada à combustão quando falamos em fontes


de ignição e inflamabilidade de substâncias.

a) Fontes de ignição

As fontes de ignição mais comuns na instalação industrial são de


origem elétrica. No entanto, não são as únicas fontes existentes. O
quadro a seguir apresenta exemplos de fontes de ignição de origem
elétrica e não elétrica.

• Equipamento elétrico do tipo comum;


Origem elétrica • Arco elétrico;
• Centelha devido a curto circuito.

• Centelha ou fagulha gerada mecanicamente;


• Chama exposta;
Origem não elétrica
• Cigarro;
• Superfície quente.

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

b) Ponto de fulgor

É a menor temperatura na qual o líquido libera vapor em quantidade


suficiente para formar uma mistura inflamável. Na presença de
uma fonte de ignição, resulta em um flash, que representa o início
da combustão. Nessa temperatura, a quantidade de vapor não é
suficiente para dar continuidade à combustão.

A norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR


7505 (Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis) define
líquidos inflamáveis e combustíveis, baseados no ponto de fulgor do
líquido, da seguinte forma:

Classificação Classe Comportamento do líquido

Inflamável I Possuem ponto de fulgor inferior a 37,8 ºC.


Possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8 ºC e 21
II
Combustível inferior a 60 ºC.
III Possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60 ºC.

c) Ponto de combustão

Trata-se da temperatura com poucos graus acima do ponto de fulgor.


Nesta temperatura, o líquido libera vapor em quantidade suficiente
para iniciar e dar continuidade à combustão na presença de uma
fonte de ignição.

d) Ponto de ignição

O ponto de ignição é a menor temperatura de uma superfície ou de


uma centelha, capaz de iniciar a combustão.

1.2. Limites de inflamabilidade

Os limites de inflamabilidade referem-se à concentração da mistura


formada entre o ar e o gás inflamável ou vapor inflamável.

RESERVADO
Alta Competência

Algumas substâncias possuem amplas faixas de inflamabilidade,


portanto são mais perigosas que outras com faixas menores.

Os limites de inflamabilidade são:

Limite Inferior de Inflamabilidade (LII): é a concentração mínima na


qual a mistura se torna inflamável. Também é chamado de Limite
Inferior de Explosividade (LIE).

Limite Superior de Inflamabilidade (LSI): é a concentração que passa


a ter produto inflamável em quantidade excessiva para a combustão.
Também chamado de Limite Superior de Explosividade (LSE).

Esses conceitos podem ser entendidos observando-se a ilustração


a seguir:

22
Faixa de
inflamabilidade do gás
hipotético

Mistura pobre Mistura rica

ATENÇÃO

Substâncias com baixos valores de LIE merecem atenção


especial, pois rapidamente podem formar uma mistura
inflamável com o ar.

Existem três faixas de concentração referentes aos limites de


inflamabilidade: mistura pobre, mistura rica e mistura ideal.

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

As faixas de concentração que compõem a escala de inflamabilidade são:

Faixa de concentração em que existe muito oxigênio e pouco


produto inflamável. Nesta região não há fogo, pois não há
Mistura pobre
combustível suficiente para a combustão. É limitada de zero
até o Limite Inferior de Inflamabilidade (LII).

Faixa de concentração em que existe muito produto inflamável


e pouco oxigênio. Da mesma forma que na mistura pobre, não
Mistura rica há fogo nesta região, porém, nessa faixa, é o oxigênio que é
deficiente. Está no Limite Superior de Inflamabilidade (LSI), até
100% de concentração, ou seja, 100% de produto inflamável.

É a mistura inflamável, onde há a concentração ideal entre o


Mistura ideal ar e o gás/vapor em que a combustão acontece. Está limitada
entre a faixa que começa no LII e termina no LSI.

1.3. Densidade relativa de gás ou vapor


23
Densidade de um gás ou vapor relativamente à densidade do ar,
nas mesmas condições de pressão e temperatura, considerando-se a
densidade do ar igual a 1.0.

Basicamente, quando se tem um gás ou vapor com densidade menor


do que 1.0 diz-se que este gás/vapor é mais leve que o ar, portanto é
facilmente dispersado em movimento ascendente.

Podem ser citados, como exemplos, o acetileno, o metano e o


hidrogênio

Nuvem leve
DH < 1
2

H
2

Hidrogênio

RESERVADO
Alta Competência

Se o gás/vapor possui densidade maior do que 1.0, diz-se que é mais


pesado que o ar, portanto tende a acumular mais abaixo e possui
dispersão mais lenta.

? VOCÊ SABIA?
Que a maioria dos gases e vapores são mais pesados
que o ar?

D
GLP 1
<

Nuvem pesada

GLP
24

GLP

1.4. Triângulo do fogo

Para que haja fogo, é necessário que os três elementos essenciais que
promovem o início de uma combustão estejam presentes. Esses três
elementos geram o que é conhecido como “triângulo do fogo”.

Combustível Comburente

Fonte de ignição

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

São eles:

• Material comburente (em geral o oxigênio);

• Material combustível;

• Fonte de ignição.

1.5. Relação entre combustão, classificação de área e


atmosfera explosiva

Quando uma atmosfera é potencialmente explosiva, essa área é


caracterizada como “área classificada”. Os conceitos relacionados
à combustão nos auxiliarão no entendimento da possibilidade ou
não da instalação de determinados equipamentos elétricos em áreas
classificadas. Além disso, auxiliará também a entender que determinadas
situações no dia-a-dia da plataforma precisam ser evitadas. 25

Como exemplos de situações do dia-a-dia, podemos citar:

É importante que as soldas em áreas classificadas sejam feitas


Solda mediante a monitoração contínua da concentração da mistura
inflamável do ambiente através do detector de gás portátil.
A utilização de equipamentos elétricos comuns portáteis em área
Equipamentos
classificada só é permitida a partir do monitoramento contínuo
elétricos comuns
da concentração da mistura inflamável do ambiente através do
portáteis
detector de gás portátil.

RESERVADO
Alta Competência

1.6. Exercícios

1) Correlacione os termos relacionados à combustão, essenciais


à classificação de área e atmosfera explosiva, às suas respectivas
definições:
1. Ponto de fulgor ( ) Presença dos elementos essen-
ciais que promovem o início de
2. Ponto de combustão uma combustão.
( ) Refere-se a um dos fenômenos
3. Ponto de ignição
que ocorrem rotineiramente
em nosso cotidiano, mesmo que
4. Combustão
não percebamos, em cozinhas,
automóveis, fábricas e diversos
5. Triângulo de fogo
outros contextos da nossa vida.
( ) Trata-se da menor temperatura
26 na qual o líquido libera vapor
em quantidade suficiente para
formar uma mistura inflamável.
( ) Menor temperatura de uma
superfície ou de uma centelha
capaz de iniciar a combustão.
( ) É a temperatura, poucos graus
acima do ponto de fulgor, na
qual o líquido libera vapor em
quantidade suficiente para ini-
ciar e dar continuidade à com-
bustão, na presença de uma
fonte de ignição.

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

2) Os conceitos que envolvem os tipos de mistura são apresentados


a seguir.

Indique o tipo de mistura, de acordo com o conceito apresentado,


preenchendo as lacunas:

a) Trata-se de uma mistura inflamável. Onde há a concentração


ideal entre o ar e o gás/vapor em que a combustão acontece.
Está limitada entre a faixa que começa no Limite Inferior
de Inflamabilidade (LII) e termina no Limite Superior de
Inflamabilidade (LSI).

_____________________________________________________________

b) Não há fogo nesta região, porém, nessa faixa, há deficiência do


oxigênio. Está no Limite Superior de Inflamabilidade (LSI) até
100% de concentração, ou seja, 100% de produto inflamável.
Possui faixa de concentração em que existe muito produto
inflamável e pouco oxigênio. 27

_____________________________________________________________

c) Não há fogo nesta região já que não há combustível suficiente


para a combustão. É limitada de zero até o Limite Inferior de
Inflamabilidade (LII). Faixa de concentração em que existe muito
oxigênio e pouco produto inflamável.

_____________________________________________________________

RESERVADO
Alta Competência

3) As alternativas a seguir apresentam a relação entre combustão,


classificação de área e atmosfera explosiva. Marque com um X a(s)
alternativa(s) que elucidam essa relação de forma correta:

( ) Auxilia no entendimento de que determinadas situações


no dia-a-dia da plataforma precisam ser evitadas. Como
exemplos dessas situações podemos citar atividade de solda
e utilização de equipamentos elétricos comuns portáteis.

( ) Uma atmosfera potencialmente explosiva nem sempre ca-


racteriza uma área classificada.

( ) A utilização de equipamentos comuns portáteis em área


classificada só é permitida a partir do monitoramento con-
tínuo da concentração da mistura inflamável do ambiente
através do detector de gás.

28 ( ) Conceitos relacionados à combustão auxiliam para o enten-


dimento da possibilidade ou não da instalação de determi-
nados equipamentos elétricos em áreas classificadas.

( ) É importante que as soldas em áreas classificadas sejam


feitas mediante a monitoração contínua da concentração
da mistura inflamável do ambiente através do detector
de gás.

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

1.7. Glossário
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Arco elétrico - fluxo de corrente elétrica através do ar entre dois condutores ou um


condutor e a terra, liberando uma grande quantidade de energia em um tempo
pequeno, resultando em altas temperaturas.

LIE - Limite Inferior de Explosividade. Concentração mínima na qual a mistura se


torna inflamável. Também é chamado de Limite Inferior de Inflamabilidade (LII).

LII - Limite Inferior de Inflamabilidade. Concentração mínima na qual a mistura se


torna inflamável. Também é chamado de Limite Inferior de Explosividade (LIE).

LSE - Limite Superior de Explosividade. Concentração que passa a ter produto


inflamável em quantidade excessiva para a combustão. Também chamado de
Limite Superior de Inflamabilidade (LSI).

LSI - Limite Superior de Inflamabilidade. Concentração que passa a ter produto


inflamável em quantidade excessiva para a combustão. Também chamado de
Limite Superior de Explosividade (LSE). 29

NBR - Norma Brasileira.

RESERVADO
Alta Competência

1.8. Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Armazenagem de líquidos
inflamáveis e combustíveis, NBR-7505. 2000.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da


língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de instalações elétricas em indústrias químicas,


petroquímicas e de petróleo: atmosferas explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002.

30

RESERVADO
Capítulo 1. A combustão e sua relação com áreas classificadas

1.9. Gabarito
1) Correlacione os termos relacionados à combustão, essenciais à classificação de
área e atmosfera explosiva, às suas respectivas definições:

1. Ponto de fulgor (5) Presença dos elementos essenciais que


promovem o início de uma combustão.
2. Ponto de combustão
(4) Refere-se a um dos fenômenos que ocorrem
3. Ponto de ignição rotineiramente em nosso cotidiano,
4. Combustão mesmo que não percebamos, em cozinhas,
automóveis, fábricas e diversos outros
5. Triângulo de fogo contextos da nossa vida.

(1) Trata-se da menor temperatura na qual o


líquido libera vapor em quantidade suficiente
para formar uma mistura inflamável.

(3) Menor temperatura de uma superfície ou de


uma centelha capaz de iniciar a combustão.

(2) É a temperatura, poucos graus acima do


ponto de fulgor, na qual o líquido libera vapor 31
em quantidade suficiente para iniciar e dar
continuidade à combustão, na presença de uma
fonte de ignição.
2) Os conceitos que envolvem os tipos de mistura são apresentados a seguir.

Indique o tipo de mistura, de acordo com o conceito apresentado, preenchendo as


lacunas:

a) Trata-se de uma mistura inflamável. Onde há a concentração ideal entre o


ar e o gás/vapor em que a combustão acontece. Está limitada entre a faixa que
começa no Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) e termina no Limite Superior de
Inflamabilidade (LSI).

Mistura ideal.

b) Não há fogo nesta região, porém, nessa faixa, há deficiência do oxigênio. Está
no Limite Superior de Inflamabilidade (LSI) até 100% de concentração, ou seja,
100% de produto inflamável. Possui faixa de concentração em que existe muito
produto inflamável e pouco oxigênio.

Mistura rica.

c) Não há fogo nesta região já que não há combustível suficiente para a combustão. É
limitada de zero até o Limite Inferior de Inflamabilidade (LII). Faixa de concentração
em que existe muito oxigênio e pouco produto inflamável.

Mistura pobre.

RESERVADO
Alta Competência

3) As alternativas a seguir apresentam a relação entre combustão, classificação de


área e atmosfera explosiva. Marque com um X a(s) alternativa(s) que elucidam essa
relação de forma correta:

( X ) Auxilia no entendimento de que determinadas situações no dia-a-dia


da plataforma precisam ser evitadas. Como exemplos dessas situações
podemos citar atividade de solda e utilização de equipamentos elétricos
comuns portáteis.

( ) Uma atmosfera potencialmente explosiva nem sempre caracteriza uma


área classificada.

( X ) A utilização de equipamentos comuns portáteis em área classificada só é


permitida a partir do monitoramento contínuo da concentração da mistura
inflamável do ambiente através do detector de gás.

( X ) Conceitos relacionados à combustão auxiliam para o entendimento da


possibilidade ou não da instalação de determinados equipamentos elétricos
em áreas classificadas.

( X ) É importante que as soldas em áreas classificadas sejam feitas mediante a


monitoração contínua da concentração da mistura inflamável do ambiente
através do detector de gás.
32

RESERVADO
Capítulo 2
Prefácio

Áreas
classificadas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Definir área classificada, discriminando suas zonas;


• Identificar as fontes de riscos definidas pela norma
Petrobras N-2154 - Classificação de áreas para instalações
elétricas em regiões de perfuração e produção.

RESERVADO
Alta Competência

34

RESERVADO
Capítulo 2 - Áreas classificadas

2. Áreas classificadas

A
classificação de áreas está baseada em eventos e situações
associados às operações normais ou anormais, porém previstas,
de uma instalação industrial.

Áreas classificadas são áreas nas quais há a ocorrência ou a


possibilidade de ocorrência de uma atmosfera potencialmente
explosiva.

2.1. O conceito de “zona”

As atmosferas potencialmente explosivas que resultam em áreas


classificadas podem surgir a partir de operações de perfuração ou
testes de produção em poços, e também em torno de equipamentos
e instalações de produção onde gases e líquidos inflamáveis são 35
armazenados, processados ou manuseados.

A classificação da variação das possibilidades das ocorrências de uma


atmosfera explosiva é denominada “zona”.

O quadro a seguir apresenta as “zonas” que classificam uma área


potencialmente explosiva (área classificada).

É a área onde continuamente está presente uma atmosfera


Zona 0
potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos.

É a área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente


Zona 1
explosiva durante a operação normal de uma instalação/equipamento.

É a área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura


potencialmente explosiva durante a operação normal ou anormal esperada
Zona 2
de uma instalação/equipamento (exemplos: vazamentos em válvulas e
flanges). Ainda que exista a ocorrência, será por curtos períodos.

RESERVADO
Alta Competência

Em uma instalação industrial, a classificação de áreas deve ser


feita, preferencialmente, por equipe multidisciplinar, englobando
profissionais de processo, utilidades, segurança, elétrica, operação e
VAC (Ventilação e Ar Condicionado). A correta classificação de áreas
por “zonas” é fundamental para que os equipamentos elétricos
instalados nessas áreas não sejam fontes de ignição dessa atmosfera
potencialmente explosiva.

Fonte de risco de Representação de “zonas”


grau primário nos planos de
classificação de áreas
Zona 1
raio 1.5 m
Zona 0 :
Fonte de risco de
Zona 2 grau contínuo
raio 3 m Zona 0

Fonte de risco de
grau secundário Zona 1 :

Zona 2

36 Zona 2 :

Exemplo de classificação de áreas de um tanque com líquido inflamável em áreas


abertas e adequadamente ventiladas

ATENÇÃO

Toda instalação industrial, sempre que passar por


qualquer modificação, deve ter sua classificação de
área analisada e revisada, caso necessário.

2.2. Fonte de risco

Para auxiliar na identificação das áreas classificadas por “zonas”,


o conceito e a gradação da fonte de risco são importantes e estão
definidos na Norma Petrobras N-2154 (Classificação de áreas para
instalações elétricas em regiões de perfuração e produção).

De acordo com essa norma, fonte de risco é o ponto ou local no


qual uma substância pode ser liberada para formar uma atmosfera
inflamável e/ou explosiva.

RESERVADO
Capítulo 2 - Áreas classificadas

A fonte de risco recebe uma classificação de acordo com o grau do


risco envolvido, como é mostrado a seguir:

• Fonte de risco - ponto ou local no qual uma substância pode ser


liberada para formar uma atmosfera inflamável e/ou explosiva;

• Fonte de risco de grau contínuo - a liberação da substância


ocorre continuamente por longos períodos ou freqüentemente
por curtos períodos;

• Fonte de risco de grau primário - a liberação da substância


ocorre periodicamente ou ocasionalmente, em condições
normais de operação, ou é causada por operações de reparo,
manutenção freqüente, rompimento, falha no equipamento
de processo, condições que sejam anormais, porém previstas, e
onde aparecem, simultaneamente, mistura explosiva e fonte de
ignição elétrica; 37

• Fonte de risco de grau secundário - a liberação da substância


ocorre em condições anormais de operação ou causadas por
rompimento, falha no equipamento de processo que sejam
anormais, porém previstas, ou infreqüentes, por curtos períodos.

O quadro a seguir relaciona a gradação das fontes de riscos quanto à


classificação de áreas por “zonas”.

Fonte de risco Zona


Grau contínuo Resulta em zona 0
Grau primário Resulta em zona 1
Grau secundário Resulta em zona 2

2.3. Eventos catastróficos

Para a classificação de áreas, não se deve levar em consideração


os eventos catastróficos geralmente associados a liberações de
inventário de hidrocarbonetos. Pelos conceitos de classificação de
áreas, a presença de uma atmosfera potencialmente explosiva poderá
ser anormal, desde que esperada a ocorrência, o que não é o caso de
grandes vazamentos de óleo e gás.

RESERVADO
Alta Competência

Exemplos de eventos catastróficos:

• Blow-out;

• Ruptura de vasos ou tubulações com hidrocarbonetos.

Esses eventos são verificados no escopo de uma avaliação mais


profunda e são realizados à luz de estudos denominados Análise
de Riscos.

38

RESERVADO
Capítulo 2 - Áreas classificadas

2.4. Exercícios

1) Defina área classificada:

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2) Correlacione a classificação das “zonas” às suas respectivas descrições:

1. Zona 0

2. Zona 1

3. Zona 2

( ) Área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura


potencialmente explosiva durante a operação normal ou
anormal esperada.

( ) Área onde, continuamente, está presente uma atmosfera 39


potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos
períodos.

( ) Área onde é provável a ocorrência de uma mistura


potencialmente explosiva durante a operação normal de
uma instalação/equipamento.

3) Indique a alternativa que apresenta o objetivo da gradação que


envolve as fontes de riscos:

( ) Evitar acidentes.

( ) Auxiliar na identificação das áreas classificadas por “Zonas”.

( ) Classificar áreas.

( ) Instalar equipamentos elétricos.

RESERVADO
Alta Competência

4) Relacione as fontes de riscos aos seus respectivos conceitos:

1. Fonte de ( ) A liberação da substância ocorre


risco periodicamente ou ocasionalmente
em condições normais de operação,
ou é causada por operações de reparo,
manutenção freqüente, rompimento,
falha no equipamento de processo,
condições que sejam anormais,
porém previstas, e onde aparecem,
simultaneamente, mistura explosiva e
fonte de ignição elétrica.
2. Fonte de ( ) A liberação da substância ocorre em
risco de grau condições anormais de operação
contínuo ou causadas por rompimento, falha
no equipamento de processo que
sejam anormais, porém previstas, ou
40 infreqüentes, por curtos períodos.
3. Fonte de ( ) A liberação da substância ocorre
risco de grau continuamente por longos períodos ou
primário freqüentemente por curtos períodos.

4. Fonte de ( ) Instalar equipamentos elétricos.


risco de grau
secundário

RESERVADO
Capítulo 2 - Áreas classificadas

2.5. Glossário
Atmosfera potencialmente explosiva - uma atmosfera é definida como
potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa,
mas existe a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva.
Por exemplo, no caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um
vazamento líquido.

Blow-out - poço fluindo totalmente sem controle, podendo criar sérias


conseqüências, tais como danos aos equipamentos da sonda, acidentes pessoais,
perda total ou parcial do reservatório, poluição e dano ao meio ambiente.

Flange - elemento que permite a união de dois componentes de um sistema de


tubulações.

Inventário - quantidade de substância que existe dentro de um determinado


recipiente ou tubulação.

VAC - Ventilação e Ar Condicionado.

41

RESERVADO
Alta Competência

2.6. Bibliografia
JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo: Atmosferas Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002.

PETROBRAS. Classificação de áreas para instalações elétricas e regiões de


perfuração e produção. N-2154. Rio de Janeiro, 2000.

SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e
de Produção. Rio de Janeiro: 2002.

42

RESERVADO
Capítulo 2 - Áreas classificadas

2.7. Gabarito
1) Defina área classificada:

É a área na qual há a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de uma atmosfera


potencialmente explosiva.

2) Correlacione a classificação das “zonas” às suas respectivas descrições:

1. Zona 0

2. Zona 1

3. Zona 2

( 3 ) Área onde é pouco provável a ocorrência de uma mistura potencialmente


explosiva durante a operação normal ou anormal esperada.

( 1 ) Área onde, continuamente, está presente uma atmosfera potencialmente


explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos.

( 2 ) Área onde é provável a ocorrência de uma mistura potencialmente explosiva


durante a operação normal de uma instalação/equipamento. 43
3) Indique a alternativa que apresenta o objetivo da gradação que envolve as
fontes de riscos:

( ) Evitar acidentes.

( X ) Auxiliar na identificação das áreas classificadas por “Zonas”.

( ) Classificar áreas.

( ) Instalar equipamentos elétricos.

4) Relacione as fontes de riscos aos seus respectivos conceitos:

1. Fonte de risco (3) A liberação da substância ocorre periodicamente ou


ocasionalmente em condições normais de operação,
ou é causada por operações de reparo, manutenção
freqüente, rompimento, falha no equipamento de
processo, condições que sejam anormais, porém pre-
vistas, e onde aparecem, simultaneamente, mistura
explosiva e fonte de ignição elétrica.
2. Fonte de risco (4) A liberação da substância ocorre em condições anor-
de grau contínuo mais de operação ou causadas por rompimento, falha
no equipamento de processo que sejam anormais, po-
rém previstas, ou infreqüentes, por curtos períodos.
3. Fonte de risco (2) A liberação da substância ocorre continuamente por lon-
de grau primário gos períodos ou freqüentemente por curtos períodos.

4. Fonte de risco de (1) Instalar equipamentos elétricos.


grau secundário

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 3
Prefácio

Classificação
de áreas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar as normas aplicáveis à classificação de áreas;


• Distinguir os critérios de classificação do International
Electrotechnical Commission (IEC) e da American Petroleum
Institute (API).

RESERVADO
Alta Competência

46

RESERVADO
Capítulo 3. Classificação de áreas

3. Classificação de áreas

A
pós a identificação da área classificada por “zonas”,
identificamos a classificação de áreas seguindo as definições das
normas aplicáveis. A partir destas normas, há o detalhamento
da área classificada.

No que se refere ao assunto sobre áreas classificadas, seguimos as


normas da Petrobras que, por sua vez, acompanham as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que, por conseguinte,
cumprem as normas da International Electrotechnical Commission (IEC).

No caso específico do E&P, para as plataformas de produção, também


seguimos alguns critérios das normas da American Petroleum Institute
(API), desde que sejam mais rigorosos que os apresentados nas normas
da IEC. 47

A seguir, apresentaremos as normas aplicáveis à classificação de áreas:

• International Electrotechnical Commission (IEC)

Órgão internacional de normalização para o setor eletrotécnico,


responsável por normas internacionais, que tem como objetivos
definir critérios universalmente aceitos.

O quadro a seguir apresenta algumas das normas da IEC utilizadas


para classificação de áreas:

60079-10 - Classification of Hazardous Areas.


60079-14 - Electrical Installations in Explosive Gas Atmospheres (Other than Mines).
60079-17 - Recommendation for Inspection and Maintenance of Electrical Installations in
Hazardous Areas (Other than Mines).
60092.502 - Electrical Installations in Ships - Tankers - Special Features.
61892-7 - Mobile and Fixed Offshore Units - Electrical Installations - Hazardous Areas.

60079-20 - Data for Flammable Gases and Vapours Relating to the Use of Electrical Apparatus.

6.0079-0 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - General Requirements.

RESERVADO
Alta Competência

6.0079-1 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Flameproof enclosures “d”.
60079-2 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Pressurized Enclosures “p”.

60079-11 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Intrinsic Safety “i”.

6.0079-7 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Increased Safety "e".
6.0079-6 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Oil-Immersion “o".
6.0079-5 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Powder Filling “q".

6.0079-15 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Type of Protection "n".

6.0079-18 - Electrical Apparatus for Explosive Gas Atmospheres - Construction, Test and
Marking of Type of Protection Encapsulation "m" Electrical Apparatus.

Observação: Como estas são normas internacionais, ainda não há


tradução para as mesmas.

48
• American Petroleum Institute (API)

Trata-se de uma norma nacional, com validade no território de um


determinado país, neste caso os Estados Unidos. No Brasil, as normas
de outros países são chamadas de normas estrangeiras, que é o caso
das normas API.

O quadro a seguir apresenta a norma da API utilizada para classificação


de áreas:

API RP 505 - Recommended Practice for Classification of Locations for Electrical


Installations at Petroleum Facilities Classified as Class I, Zone 0, Zone 1 and Zone 2.

Observação: Como esta é uma norma internacional, ainda não há


tradução para a mesma.

A seguir, serão apresentados os critérios das normas IEC e API que


resultam no detalhamento da classificação de áreas.

RESERVADO
Capítulo 3. Classificação de áreas

3.1. Critérios da International Electrotechnical Commission (IEC)

Os critérios da IEC estão relacionados:

• Ao tipo de indústria;

• Ao tipo de substância inflamável;

• À temperatura de ignição das substâncias inflamáveis.

3.1.1. Tipo de indústria

A IEC classifica em dois grupos os ambientes nos quais pode ocorrer a


presença de produtos inflamáveis.

São eles: 49

Grupo I Indústrias de mineração subterrânea.


Grupo II Indústrias de superfície.

3.1.2. Tipo de substância

A Petrobras é uma indústria de superfície Grupo II. Para esse grupo, a


IEC apresenta critérios associados a uma gradação da periculosidade
das substâncias inflamáveis.

Essa gradação é subdividida em grupos de substâncias (gases ou


vapores) com propriedades físicas semelhantes, durante a ocorrência
de uma explosão.

RESERVADO
Alta Competência

Essa subdivisão é apresentada no quadro a seguir:

Nível de
Grupos Substâncias
periculosidade
Metano, butano, propano, gás natural, álcool,
- Grupo IIA
benzeno, gasolina.

Etileno, éter etílico, ciclopropano, sulfeto de


Grupo IIB
hidrogênio.

+ Grupo IIC Hidrogênio e acetileno.

3.1.3. Temperatura de ignição das substâncias inflamáveis

Outro critério de muita importância na classificação de áreas é


a classe de temperatura, que define a temperatura máxima
50 que um equipamento elétrico pode atingir por qualquer parte
ou superfície. A partir dessa classe, é possível identificar as
possibilidades de ignição de uma atmosfera potencialmente
explosiva nas proximidades do equipamento que será instalado
em área classificada. Os mesmos deverão possuir uma marcação de
temperatura para orientar sua aplicação.

Essa marcação está ilustrada na tabela a seguir:

ABNT / IEC

CLASSE DE TEMPERATURA
TEMPERATURA MÁXIMA DE
SUPERFÍCIE (ºc)
T1 450

T2 300

T3 200

T4 135

T5 100

T6 85
Classe de temperatura

RESERVADO
Capítulo 3. Classificação de áreas

Um equipamento de uma determinada classe de temperatura pode


ser usado na presença de qualquer gás que tenha a temperatura
de ignição maior que a temperatura da categoria do equipamento,
desde que atenda ao critério do Grupo de Gás.

? VOCÊ SABIA?
Na maior parte de nossas instalações de produção do
E&P, a classe de temperatura exigida é a T3 devido a
algumas frações da produção possuírem temperatura
de ignição superior a 200oC. Esses equipamentos da
classe de temperatura T3 podem ser instalados em
qualquer atmosfera cujo gás/vapor tenha temperatura
de ignição maior que 200oC. Para essa atmosfera
também podem ser utilizados equipamentos de classe
de temperatura T4, T5 e T6.
51
3.2. Critérios da American Petroleum Institute (API)

Atualmente, no Brasil, devemos seguir a normalização internacional


IEC. Entretanto, a maior parte das instalações na Petrobras possui
equipamentos elétricos especificados de acordo com as normas do
API, sendo, portanto, importante identificar essa classificação.

O quadro a seguir apresenta classificação americana que divide os


ambientes em classes:

Classe I Gases e vapores inflamáveis.


Classe II Poeiras combustíveis.
Classe III Fibras combustíveis.

Da mesma forma que a IEC, existe a subdivisão de acordo com a


semelhança das propriedades das substâncias:

• Classe I - subdividida em Grupo A, Grupo B, Grupo C e Grupo D;

• Classe II - subdividida em Grupo E, Grupo F e Grupo G;

• Classe III - não apresenta subdivisões.

RESERVADO
Alta Competência

Nesta classificação, o que se aplica às nossas instalações do E&P é a


Classe I e, por isso, serão mostradas algumas substâncias de acordo
com a classificação:

Grupo A Acetileno.
Grupo B Hidrogênio, butadieno, óxido de etileno.
Grupo C Etileno, éter etílico, ciclopropano, sulfeto de hidrogênio.
Grupo D Metano, butano, propano, gás natural, álcool, benzeno, gasolina.

A tabela a seguir mostra as principais diferenças entre as normas.

Observe que a classificação API é inversa à classificação IEC.

Na classificação API, a periculosidade da substância é decrescente,


ou seja, a mais perigosa é a do Grupo A, já no caso da IEC, a mais
52 perigosa é do Grupo IIC.

IEC x API
Substância IEC / ABNT API
Acetileno Grupo IIC Classe I – Grupo A
Hidrogênio Grupo IIC Classe I – Grupo B
Etileno Grupo IIB Classe I – Grupo C
Propano Grupo IIA Classe I – Grupo D

RESERVADO
Capítulo 3. Classificação de áreas

3.3. Exercícios

1) Indique a(s) alternativa(s) que apresenta(m) a(s) norma(s) aplicada(s)


à classificação de áreas no sistema Petrobras:

( ) Normas Petrobras.

( ) Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas


(ABNT).
( ) Normas do Ministério do Meio Ambiente.

( ) Normas internacionais da International Electrotechnical Com-


mission (IEC).

( ) Normas internacionais do American Petroleum Institute


(API).

2) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmativas referentes à


classificação de áreas segundo os critérios IEC e API: 53

( ) Os ambientes nos quais pode ocorrer a presença de produ-


tos inflamáveis são classificados em grupos pela IEC.
( ) No Brasil, é válida a classificação API. A classificação IEC é
válida somente para instalações mais antigas da Petrobras.
( ) A classificação das áreas somente em “zonas” é suficiente
para a correta instalação de um equipamento elétrico.
( ) A classe de temperatura deve ser considerada na
classificação de áreas.
( ) Todo equipamento elétrico instalado em área classificada
deve possuir uma marcação de classe de temperatura.

RESERVADO
Alta Competência

3.4. Glossário
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

API - American Petroleum Institute - Instituto Americano do Petróleo.

Atmosfera potencialmente explosiva - uma atmosfera é definida como


potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa,
mas existe a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva.
Por exemplo, no caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um
vazamento líquido.

IEC - International Electrotechnical Commission - Comissão Internacional Eletrotécnica.

54

RESERVADO
Capítulo 3. Classificação de áreas

3.5. Bibliografia
JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo: Atmosferas Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002.

SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e
de Produção: 2002.

55

RESERVADO
Alta Competência

3.6. Gabarito
1) Indique a(s) alternativa(s) que apresenta(m) a(s) norma(s) aplicada(s) à classificação
de áreas no sistema Petrobras:

( X ) Normas Petrobras.

( X ) Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

( ) Normas do Ministério do Meio Ambiente.

( X ) Normas internacionais da International Electrotechnical Commission (IEC).

( X ) Normas internacionais da American Petroleum Institute (API).

2) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmativas referentes à classificação


de áreas segundo os critérios IEC e API:

(V) Os ambientes nos quais pode ocorrer a presença de produtos inflamáveis


são classificados em grupos pela IEC.
(F) No Brasil, é válida a classificação API. A classificação IEC é válida somente
para instalações mais antigas da Petrobras.
56 Justificativa: atualmente, no Brasil, os critérios adotados são da IEC.
(F) A classificação das áreas somente em “zonas” é suficiente para a correta
instalação de um equipamento elétrico.
Justificativa: além da classificação de áreas por “zonas”, os critérios
das normas aplicáveis contribuem para a instalação de equipamentos
elétricos adequados em áreas classificadas.
(V) A classe de temperatura deve ser considerada na classificação de áreas.
(V) Todo equipamento elétrico instalado em área classificada deve possuir
uma marcação de classe de temperatura.

RESERVADO
Capítulo 4
Prefácio

Equipamentos
elétricos
em áreas
classificadas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Reconhecer a adequação necessária para a instalação de


equipamentos elétricos em áreas classificadas;
• Reconhecer a importância do certificado de conformidade
dos equipamentos;
• Identificar os tipos de equipamentos elétricos adequados a
cada área classificada, interpretando a simbologia utilizada
nos equipamentos.

RESERVADO
Alta Competência

58

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

4. Equipamentos elétricos em
áreas classificadas

E
m áreas classificadas, o cuidado com instalação de equipamentos
elétricos é essencial. Essas instalações devem ser feitas a partir
de uma regra básica:

Só instalar equipamentos elétricos ou outros equipamentos que


possam gerar fonte de ignição que sejam estritamente essenciais
para a operação da unidade.

Os equipamentos elétricos permitidos em áreas classificadas têm


como obrigatoriedade o certificado de conformidade, solicitado por
Portaria do INMETRO. Esse certificado é importante, pois atesta que
o equipamento elétrico poderá ser instalado em áreas classificadas. 59

A certificação de conformidade está associada ao atendimento


dos requisitos que são utilizados na construção dos equipamentos,
presentes em normas aplicáveis, também chamados de requisitos
construtivos. Esses requisitos determinam os tipos de proteção
adequados ao equipamento.

É comum que a classificação por grau de proteção seja confundida


como a classificação dos tipos de proteção devido à semelhança
dos termos e sua aplicação. Apesar de não ser específico para
equipamentos elétricos de uso em áreas classificadas, o conceito de
grau de proteção deve ser conhecido para que essa confusão não
comprometa a segurança das pessoas e da instalação.

ATENÇÃO

Nunca deverão ser utilizados em áreas classificadas


equipamentos elétricos que não possuam certificado
de conformidade.

RESERVADO
Alta Competência

4.1. Tipos de proteção

Os equipamentos elétricos comuns são considerados como possíveis


fontes de ignição em uma atmosfera potencialmente explosiva e, por
isso, necessitam de requisitos técnicos específicos para isolar e até
mesmo eliminar suas fontes de ignição, que é um dos três elementos
que compõem o triângulo de fogo.

Os tipos de proteção dos equipamentos estão associados à classificação


de áreas por “zonas”:

Zona 0: é a área onde continuamente está presente uma atmosfera


potencialmente explosiva ou a mesma ocorre por longos períodos.

Zona 1: é a área onde é provável a ocorrência de uma mistura


potencialmente explosiva durante a operação normal de uma
60 instalação/equipamento.

Zona 2: é a área onde é pouco provável a ocorrência de uma


mistura potencialmente explosiva durante a operação normal ou
anormal esperada (exemplos: vazamentos em válvulas e flanges)
de uma instalação/equipamento. Ainda que ocorra, será por
curtos períodos.

Cada equipamento tem o requisito técnico designado por uma


simbologia específica. A simbologia a ser utilizada para a designação
do tipo de proteção deve ser composta da sigla Ex (explosão), seguida
de uma letra.

A seguir, serão apresentados os tipos de proteção, suas simbologias


e características.

4.1.1. À prova de explosão (Ex d)

Este tipo de equipamento é capaz de suportar uma explosão interna,


sem permitir que essa explosão se propague para o meio externo.
Tem como método de proteção o confinamento da explosão dentro
de um invólucro robusto.

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

São adequados para utilização em áreas classificadas como “zona 1”


e “zona 2”.

Esquema de um equipamento Ex d

Estes invólucros podem ser de tampas flangeadas ou roscadas,


61
conforme imagens a seguir.

Tampa flangeada Tampa roscada

4.1.2. Pressurizado (Ex p)

São invólucros cuja pressão interna é maior que a pressão atmosférica,


ou seja, pressão positiva, que utiliza a segregação de faíscas como
método de proteção. Dessa forma, isola-se fisicamente a atmosfera
potencialmente explosiva das possíveis fontes de ignição de um
equipamento/componente elétrico.

RESERVADO
Alta Competência

Geralmente são pressurizadas com ar seco ou gás inerte e, em caso de


despressurização do invólucro, o equipamento é desenergizado.

São adequados para utilização em áreas classificadas como “zona 1”


e “zona 2”.

62
Esquema de um equipamento Ex p

4.1.3. Imerso em óleo (Ex o) / Imerso em areia (Ex q) / Imerso em


resina (Ex m)

Estes invólucros, da mesma forma que os invólucros pressurizados,


utilizam a segregação de faíscas como método de proteção. Neste
caso, as partes que podem causar centelhas ou alta temperatura
situam-se em um meio isolante que pode ser óleo, areia ou resina.

São adequados para a utilização em áreas classificadas como


“zona 1” e “zona 2”.

Atmosfera potencialmente explosiva

Invólucros

Meio isolante

Esquema de um equipamento Ex o, Ex q e Ex m

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

4.1.4. Segurança aumentada (Ex e)

Usam como medida de proteção a prevenção, na qual se controla a


fonte de ignição de forma a não possuir energia elétrica e térmica
suficientes para detonar a atmosfera potencialmente explosiva.

São equipamentos elétricos nos quais são aplicadas medidas


construtivas adicionais que, em condições normais de operação, não
produzem arcos, centelhas ou altas temperaturas.

É uma alternativa à utilização de equipamentos elétricos do tipo à


prova de explosão devido à instalação e manutenção mais simples,
não necessitando de oficinas qualificadas de serviços especializados e
credenciadas pelos fabricantes.

São adequados para a utilização em áreas classificadas como


“zona 1” e “zona 2”. 63

4.1.5. Segurança intrínseca (Ex i)

São equipamentos elétricos com dispositivo ou circuito que, em


condições normais ou anormais (curto-circuito) de operação, não
possuem energia suficiente para inflamar a atmosfera explosiva.

São divididos em dois tipos: Ex ia e Ex ib.

A categoria Ex ia pode ser utilizada em zona 0, pois é fabricada de


modo que o equipamento possa sofrer até dois defeitos consecutivos
e simultâneos, sem a ignição da atmosfera explosiva.

Os equipamentos de categoria Ex ib, por sua vez, podem ser utilizados


em “zona 1” e “zona 2” e, caso haja um único defeito no circuito,
não provoca a ignição da atmosfera explosiva.

RESERVADO
Alta Competência

Área não-classificada Área classificada


(Alta energia manipulada/armazenada) (Baixa energia)

Fonte de Equipamento
energia Ex i

Barreira
limitadora
de energia
Curto-circuito aqui
Não provoca ignição

Esquema do método de proteção de um equipamento Ex i

4.1.6. Não acendível (Ex n)

64 São equipamentos de energia limitada e, em condições normais


de operação, não são capazes de provocar a ignição de uma
atmosfera explosiva.

Este tipo de equipamento só é permitido para a utilização em áreas


classificadas como “zona 2”.

4.1.7. Especial (Ex s)

Esta simbologia é utilizada para equipamentos ainda não previstos


em normas.

Dependendo do tipo, pode ser utilizado em áreas classificadas como


“zona 0”, “zona 1” e “zona 2”.

4.2. Grau de proteção

O grau de proteção refere-se à proteção gradativa que o invólucro dá


ao equipamento, levando em consideração a penetração de objetos
sólidos, inclusive mãos e dedos, e a penetração de líquidos.

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

A simbologia a ser utilizada para a designação do grau de proteção


de invólucros deve ser composta da sigla IP (proteção de invólucro),
seguida de dois dígitos característicos do grau especificado, ou seja,
IP-XY.

O primeiro dígito (X) refere-se à proteção contra penetração de


objetos sólidos. Já o segundo dígito (Y), refere-se à proteção contra
a penetração de água.

Exemplo:

Um equipamento com proteção IP-54 significa que é protegido


contra poeira e contato, como também contra penetração de água
projetada de qualquer direção.

A seguir será ilustrado este conceito.


65

Primeiro Proteção de pessoas contra contato a partes


Dígito vivas e móveis no interior do invólucro e proteção
contra o ingresso de corpos sólidos

Não protegido.

Protegido contra contato acidental do corpo


ALTA
TENSÃO (exemplo: mão) e contra corpos com diâmetro > 50 mm.

Protegido contra contato por um dedo padrão e


ALTA
TENSÃO corpos médios diâmetro >12 mm; comprimento > 50 mm.

Protegido contra contato por ferramentas,


ALTA
TENSÃO fios etc. Diâmetro > 2,5 mm e corpos pequenos.

Protegido contra contato por ferramentas,


ALTA
TENSÃO fios etc. Diâmetro > 1,0 mm e corpos pequenos.

Completamente protegido contra contato; à


ALTA
TENSÃO prova de pó; não estanque a pó.

Completamente protegido contra contato;


ALTA
TENSÃO
estanque a pó; não há ingresso de pó.

RESERVADO
Alta Competência

Segundo
Proteção contra o ingresso de água
Dígito

0 Não protegido.

1 Protegido contra queda vertical de água (água de condensação).

Protegido contra água com inclinação de até 15º em relação à


2 vertical (à prova de pingos).
Protegido contra água de chuva com inclinação de até 60º à
3 prova de chuva.

4 Protegido contra respingo em todas as direções à prova de respingo.

5 Protegido contra jato d’água. Água projetada em todas as direções


não prejudicam o equipamento.

6 Protegido contra condições encontradas em decks de navios,


ondas do mar ou jatos potentes.

Protegido contra imersão. O equipamento opera imerso em água


7
sob condições de tempo e pressão.

66 Protegido contra submersão. O equipamento é projetado para


8 operar continuamente submerso.

4.3. Certificado de conformidade dos equipamentos

Para que um equipamento elétrico possa ser instalado em área


classificada, é necessário que seja atestado que o produto foi
fabricado segundo requisitos construtivos determinados em normas
ou especificações técnicas aplicáveis. Essa garantia é obtida a partir
da emissão do certificado de conformidade.

? VOCÊ SABIA?
A manutenção mal executada de um equipamento
elétrico compromete a validade da certificação de
conformidade.

No Brasil, este certificado é emitido por um Organismo de Certificação


de Produto (OCP), sendo este uma entidade pública, privada ou mista,
de terceira parte e acreditada pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

A Portaria n.º 83/2006, do INMETRO, mantém a obrigatoriedade


da certificação para todos os equipamentos elétricos, eletrônicos,
associados, acessórios e componentes que serão utilizados em
atmosferas potencialmente explosivas.

ATENÇÃO

Freqüentemente o INMETRO divulga, através de seu site


na Internet, atualizações para as portarias existentes.

Fique atento e procure manter-se sempre informado


sobre todas as atualizações.

http://www.inmetro.gov.br/

Todos os equipamentos certificados devem possuir identificação


67
mínima exigida por portarias. O Instru-Ex (Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas), apresenta o modelo com
os principais itens de marcação de equipamentos Ex de origem
brasileira, conforme ilustração a seguir:

RESERVADO
Alta Competência

Br Ex ia IIC T6

Temperatura
Certificação
Indica a classe de temperatura
Indica que a Certificação é
de superfície do instrumento
Brasileira
T1 (450º), T2 (300º), T3 (200º),
T4 (135º), T5 (100º), T6 (85º)

Proteção Grupo

Indica que o equipamento possui Indica o grupo para o qual o


algum tipo de proteção para equipamento foi construído
atmosfera potencialmente GRUPO IIC
explosiva GRUPO IIB
GRUPO IIA

Tipo de proteção
Indica o tipo de proteção que o equipamento possui:
“d” – À prova de explosão
“p” – Pressurizado
68 “m” – Encapsulado
“o” – Imerso em óleo
“q” – Imerso em areia
“e” – Segurança aumentada
“ia” – Segurança intrínseca, categoria “a”
“ib” – Segurança intrínseca, categoria “b”
“n” – Não acendível
"s" – Especial

ATENÇÃO

Equipamentos Ex certificados para uso em “zona 1”,


como, por exemplo, os do tipo à prova de explosão
(Ex d), podem ser utilizados em “zona 2”. Porém,
o contrário não é válido, ou seja, equipamentos
certificados para “zona 2”, como os do tipo não
acendível (Ex n), não podem ser utilizados em “zona
1”, pois são de concepção mais simples (requisitos
construtivos menos rigorosos que os adotados para
“zona 1”).

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

4.4. Exercícios

1) Sobre a adequada instalação de equipamentos elétricos em áreas


classificadas, marque V (verdadeiro) ou F (falso):

( ) A Portaria do INMETRO n.º 83/2006 obriga que os equipa-


mentos elétricos permitidos em áreas classificadas tenham
o certificado de conformidade.

( ) Só devem ser instalados equipamentos elétricos ou outros


equipamentos que possam gerar fonte de ignição quando
forem estritamente essenciais para a operação da unidade.

( ) O certificado de conformidade do INMETRO atesta que


o equipamento elétrico poderá ser instalado em áreas
classificadas.

( ) Não é permitido, sob nenhuma hipótese, a instalação de 69


equipamentos elétricos em áreas classificadas.

( ) O atendimento dos requisitos construtivos não determina


os tipos de proteção adequados ao equipamento, porém,
estão associados à certificação de conformidade.

2) Sobre o certificado de conformidade é correto afirmar:

( ) Obrigatório para que um equipamento elétrico possa ser


instalado em área classificada.

( ) Atesta que o produto foi fabricado segundo requisitos


construtivos determinados em normas ou especificações
técnicas aplicáveis.

( ) É exigido pelas normas internas Petrobras.

( ) No Brasil, é emitido por um OCP (Organismo de


Certificação de Produto).
( ) Torna desnecessária a manutenção dos equipamentos.

RESERVADO
Alta Competência

3) Todos os equipamentos certificados devem possuir identificação


mínima exigida por normas.

Complemente a descrição dos principais itens de marcação de equi-


pamentos no modelo de identificação reproduzido a seguir:

Br Ex d IIA T4

70

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

4.5. Glossário
Atmosfera potencialmente explosiva - uma atmosfera é definida como
potencialmente explosiva quando em seu estado normal ela não é perigosa, mas existe
a possibilidade que em circunstância anormal ela se torne explosiva. Por exemplo, no
caso de uma vazamento de gás ou na vaporização de um vazamento líquido.

Ex - simbologia utilizada para identificar equipamento elétrico destinado a ser


instalado em atmosfera potencialmente explosiva.

Flange - elemento que permite a união de dois componentes de um sistema


de tubulações.

INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

Instru-Ex - Instruções gerais para instalações em atmosferas explosivas.

OCP - Organismo de Certificação de Produto.

71

RESERVADO
Alta Competência

4.6. Bibliografia
JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias
Químicas, Petroquímicas e de Petróleo: Atmosferas Explosivas. 2ª ed. Rio de
Janeiro: 2002.

SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e
de Produção. Rio de Janeiro: 2002.

72

RESERVADO
Capítulo 4. Equipamentos elétricos em áreas classificadas

4.7. Gabarito
1) Sobre a adequada instalação de equipamentos elétricos em áreas classificadas,
marque V (verdadeiro) ou F (falso):

( V ) A Portaria do INMETRO n.º 83/2006 obriga que os equipamentos elétricos


permitidos em áreas classificadas tenham o certificado de conformidade.

( V ) Só devem ser instalados equipamentos elétricos ou outros equipamentos


que possam gerar fonte de ignição quando forem estritamente essenciais
para a operação da unidade.

( V ) O certificado de conformidade do INMETRO atesta que o equipamento


elétrico poderá ser instalado em áreas classificadas.

(F) Não é permitido, sob nenhuma hipótese, a instalação de equipamentos


elétricos em áreas classificadas.
Justificativa: é permitido instalar equipamentos elétricos adequados para
a área classificada.

(F) O atendimento dos requisitos construtivos não determina os tipos de


proteção adequados ao equipamento, porém, estão associados à certificação
de conformidade. 73
Justificativa: a certificação de conformidade está associada ao atendimento
dos requisitos que são utilizados na construção dos equipamentos, presentes
em normas aplicáveis, também chamados de requisitos construtivos. Esses
requisitos determinam os tipos de proteção adequados ao equipamento.

2) Sobre o certificado de conformidade é correto afirmar:

( X ) Obrigatório para que um equipamento elétrico possa ser instalado em


área classificada.

( X ) Atesta que o produto foi fabricado segundo requisitos construtivos


determinados em normas ou especificações técnicas aplicáveis.

( X ) É exigido pelas normas internas Petrobras.

( X ) No Brasil, é emitido por um OCP (Organismo de Certificação de Produto).

( ) Torna desnecessária a manutenção dos equipamentos.

RESERVADO
Alta Competência

3) Todos os equipamentos certificados devem possuir identificação mínima exigida


por normas.

Complemente a descrição dos principais itens de marcação de equipamentos no


modelo de identificação reproduzido a seguir:

Br Ex d IIA T4
Certificação brasileira Classe de temperatura
T4 (135º)

Equipamento Ex com Adequado para o Grupo IIA


tipo de proteção à
prova de explosão

À prova de explosão

74

RESERVADO
Capítulo 5
Prefácio

Influência da
ventilação
em áreas
classificadas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Identificar a importância dos critérios de ventilação


adotados na classificação de áreas.

RESERVADO
Alta Competência

76

RESERVADO
Capítulo 5. Influência da ventilação em áreas classificadas

5. Influência da ventilação em
áreas classificadas

A
ventilação influencia de forma considerável a classificação
de áreas. Áreas com pouca ventilação tendem a possuir um
critério mais rigoroso de classificação. Portanto, os critérios
de ventilação adotados nos projetos deverão ser atendidos durante
a vida útil da instalação, pois toda instalação elétrica nesses locais
estará adequada a esses critérios.

As definições a seguir foram retiradas da Norma Petrobras N-2784


- Confiabilidade e análise de risco, e servem para ilustrar alguns
conceitos utilizados.

Ambiente com ventilação Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao 77


natural movimento do ar.

Ambiente (sala, prédio ou invólucro) que possui


Ambiente com ventilação
sistema artificial de insuflamento de ar, de modo a
artificial
evitar a formação de mistura explosiva.

Entende-se o espaço tridimensional (sala, prédio),


fechado por mais do que 2/3 da área superficial
projetada no plano e de tamanho suficiente para
Área confinada
permitir a entrada de pessoas. Para um prédio típico,
isto requer a existência de mais do que 2/3 de
paredes, teto e/ou piso.

Os ambientes fechados (áreas confinadas), que são considerados


como áreas classificadas para a instalação de equipamentos
elétricos, devem ser ventilados adequadamente, pois a falta desta
ventilação altera a classificação de área, podendo levar à ocorrência
de uma explosão.

Exemplo:

O hood (invólucro) de turbogeradores possui uma taxa de ventilação


excessiva, justamente por causa da área classificada, e em caso de
perda desta ventilação o gerador é desligado.

RESERVADO
Alta Competência

As áreas classificadas confinadas que possuem ventilação mecânica


e promovem pressão menor que a pressão atmosférica (chamada de
pressão negativa) em relação à área classificada de menor risco, devem
ser mantidas desta forma, pois a falta deste diferencial de pressão
poderá contaminar o ambiente adjacente, podendo também levar à
ocorrência de explosão.

Geralmente, é o caso da sala de baterias (área classificada) com os


ambientes adjacentes (áreas não classificadas). As salas de baterias
são projetadas com redundância no sistema de ventilação e, na falha
de um deles, o outro é acionado automaticamente. Além disso,
caso a concentração de hidrogênio na sala ultrapasse determinada
concentração, o sensor de gás dispara automaticamente o ventilador
reserva, além de alarmar. Fica claro, assim, que uma boa dispersão do
ar interno nesse ambiente faz com que a concentração fique abaixo
do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII), ou seja, uma mistura pobre,
que não pega fogo.
78

Os ambientes não são considerados áreas classificadas e que, por


necessidade, precisam estar dentro ou adjacente a áreas classificadas,
são projetados com uma ventilação que causa uma pressão positiva
em relação a essas áreas classificadas.

Exemplo:

Presença de salas de controle de módulos de compressão em


plataformas de produção ou até mesmo contêiner de controle de
mergulho, onde a falha desta ventilação deve desenergizar todos os
equipamentos internos que não são adequados a áreas classificadas.

Veja a seguir uma ilustração que demonstra essa situação:

Pressão positiva
Alarme visual
Zona 2 e sonoro
>p
M
Porta com dispositivo
automático de retorno Área não Ventilador
classificada

RESERVADO
Capítulo 5. Influência da ventilação em áreas classificadas

Mas, se um dos exemplos precisar ser instalado dentro de uma área


classificada como zona 1, é necessário utilizar outro recurso além da
pressurização positiva: antecâmara (air-lock). A ilustração a seguir
exemplifica esta situação.
Zona 1

Antecâmara >p >p

Zona 2
Área não
classificada

Alguns locais abertos, como no caso do convés principal de


plataformas do tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading),
são considerados áreas classificadas com um critério mais rigoroso,
mesmo estando ao ar livre e com ventilação natural. Nesse caso, o
confinamento do local gerado pelas estruturas e módulos é tamanho, 79
que impede a boa circulação de ar.

RESERVADO
Alta Competência

5.1. Exercícios

1) Considerando que a ventilação interfere de forma considerável na


classificação de áreas, responda às questões a seguir:

a) Por que os ambientes fechados que são áreas classificadas devem


ser ventilados adequadamente?

__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________
__________________________________________________________

b) Por que devem ser atendidos os critérios de ventilação?

__________________________________________________________
__________________________________________________________
80 __________________________________________________________
__________________________________________________________

2) Correlacione os tipos de ambientes listados a seguir quanto à


ventilação, com suas respectivas descrições:

a) Ambiente com ventilação natural;

b) Ambiente com ventilação artificial;

c) Área confinada.

( ) Espaço tridimensional, fechado por mais de 2/3 da área su-


perficial projetada no plano e de tamanho suficiente para
permitir a entrada de pessoas.

( ) Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento


do ar.

( ) Ambiente que possui sistema artificial de insuflamento de


ar de modo a evitar a formação de mistura explosiva.

RESERVADO
Capítulo 5. Influência da ventilação em áreas classificadas

5.2. Glossário
Contêiner - grande caixa, de tamanho e características padronizados, para
acondicionamento de carga, a fim de facilitar o seu embarque, desembarque etc.

FPSO - Floating, Production, Storage and Offloading. Sistema Flutuante de Produção,


Armazenamento e Transferência.

Hood - invólucro.

LII - Limite Inferior de Inflamabilidade. Concentração mínima na qual a mistura se


torna inflamável. Também é chamado de Limite Inferior de Explosividade (LIE).

Turbogerador - gerador elétrico acionado por uma turbina a gás ou a diesel.

81

RESERVADO
Alta Competência

5.3. Bibliografia
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da língua portuguesa. 3ª
ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

IEC 60092-502. Electrical Installations in Ships - Tankers - Special Features.

JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,


Petroquímicas e de Petróleo: Atmosferas Explosivas. 2ª ed. Rio de Janeiro: 2002.

PETROBRAS. Confiabilidade e Análise e Riscos, N-2784. 2005.

SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-EX - Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e
de Produção. Rio de Janeiro: 2002.

82

RESERVADO
Capítulo 5. Influência da ventilação em áreas classificadas

5.4. Gabarito
1) Considerando que a ventilação interfere de forma considerável na classificação
de áreas, responda às questões a seguir:

a) Por que os ambientes fechados que são áreas classificadas devem ser ventilados
adequadamente?

Os ambientes fechados (áreas confinadas), que são considerados como áreas


classificadas para a instalação de equipamentos elétricos, devem ser ventilados
adequadamente, pois a falta desta ventilação altera a classificação de área
podendo levar à ocorrência de uma explosão.

b) Por que devem ser atendidos os critérios de ventilação?

Os critérios de ventilação adotados nos projetos deverão ser atendidos durante a


vida útil da instalação, pois toda a instalação elétrica nestes locais estará adequada
a esses critérios.

2. Correlacione os tipos de ambientes listados a seguir quanto à ventilação, com


suas respectivas descrições:

a) Ambiente com ventilação natural;


83
b) Ambiente com ventilação artificial;

c) Área confinada.

(c) Espaço tridimensional, fechado por mais de 2/3 da área superficial projetada
no plano e de tamanho suficiente para permitir a entrada de pessoas.

(a) Ambiente que não possui nenhum obstáculo ao movimento do ar.

(b) Ambiente que possui sistema artificial de insuflamento de ar de modo a


evitar a formação de mistura explosiva.

RESERVADO
RESERVADO
Capítulo 6
Prefácio

Plano de
classificação
de áreas

Ao final desse capítulo, o treinando poderá:

• Conceituar o plano de classificação de áreas, identificando


seu objetivo;
• Identificar os documentos que compõem o plano de
classificação de áreas.

RESERVADO
Alta Competência

86

RESERVADO
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas

6. Plano de classificação de áreas

O
plano de classificação de áreas é utilizado para o conhecimento
detalhado da área classificada de uma unidade industrial. Sua
necessidade é embasada pela norma Petrobras N-2706 (Plano
de classificação de áreas) que o define da seguinte forma:

Conjunto de documentos que fornecem as


informações sobre as áreas classificadas da
unidade industrial. Compõe-se das plantas de
classificação de áreas, das listas de dados de
substâncias inflamáveis, das listas de dados das
fontes de risco e, no caso de recintos fechados,
das informações relativas ao projeto de ventilação
e ar condicionado, que influenciam a classificação
e extensão das áreas classificadas.
87

6.1. Documentação

O plano de classificação de áreas é composto por documentos. Esses


documentos serão apresentados a seguir.

6.1.1. Plantas de classificação de áreas

As plantas de classificação de áreas são elaboradas por uma equipe


multidisciplinar com participação das áreas de segurança, processo,
elétrica, operação, VAC etc. Esses profissionais se baseiam no arranjo
geral ou planta baixa e vistas laterais da instalação. As plantas são
elaboradas em escala, o que informa ao profissional, quando for
consultar a planta, a correta dimensão da área classificada.

Em algumas instalações, encontramos um grande desenho


denominado plano geral de classificação de áreas, que é o somatório
de todas as plantas de classificação de áreas. Um exemplo da utilização
deste desenho é o auxílio ao emitente de Permissão para Trabalho
(PT) na identificação do trabalho a ser liberado em área classificada
e a partir disso a tomada de medidas adicionais de segurança.

RESERVADO
Alta Competência

A ilustração a seguir apresenta parte de um plano geral de classificação


de áreas.

Zona 1 - Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é provável em condições


normais de operação do equipamento de processo.

Zona 2 - Local onde a ocorrência de mistura inflamável/explosiva é pouco provável e, se


ocorrer, é por curtos períodos, estando associado à equipamento de processo.

Área não classificada - (desde que mantida com pressão positiva por ventilação forçada).

Área não classificada.

P Área a ser mantida com pressurização negativa - (através de exaustão forçada, para não
contaminar os compartimentos vizinhos).

88

Essas plantas trazem, ainda, as seguintes informações:

• Indicação da direção de vento predominante;

• Identificação do grupo ao qual pertencem as substâncias


inflamáveis presentes;

• Identificação da classe de temperatura para os equipamentos


Ex, para cada região.

RESERVADO
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas

Dessa forma, esse documento é de extrema importância no


processo de instalação de qualquer equipamento elétrico na
unidade, evitando erros como no caso da utilização de um
equipamento elétrico adequado para zona 2 em zona 1, ou até
mesmo um equipamento adequado para uso em uma atmosfera
de hidrocarbonetos sendo utilizado em uma sala de baterias onde
a atmosfera pode conter hidrogênio.

6.1.2. Listas de dados para áreas classificadas

As listas de dados para áreas classificadas (substâncias inflamáveis


e das fontes de risco) servem como insumo para a elaboração
das plantas de áreas classificadas. Devem apresentar os dados
dos equipamentos que contenham as fontes de risco, com seus
parâmetros de processo, a localização, o material inflamável com
sua classe de temperatura e grupo dos gases, o tipo de ventilação
presente no ambiente, além de outras. 89

RESERVADO
90
EQUIPAMENTO DE PROCESSO TEMPERATURA / FONTE DE RISCO DISTÂNCIA HORIZONTAL (m)
MATERIAL CLASSE DE
PRESSÃO / VOLUME
INFLAMÁVEL / VENTILAÇÃO TEMPERATURA OBSERVAÇÃO
DE OPERAÇÃO
EXPLOSÍVEL LIMITE DA LIMITE DA LIMITE DA E GRUPO
IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO LOCAÇÃO ºC / kPa / m3 DESCRIÇÃO GRAU
ZONA 0 ZONA 1 ZONA 2
Alta Competência

REV. J

REV. I

REV. H

REV. G

REV. F

REV. E

REV. D

REV. C

REV. B

REV. A

REV. DESCRIÇÃO DATA EXEC. VERIF.


AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA PETROBRAS, SENDO
PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
FORMULÁRIO PERTENCENTE A NORMA PETROBRAS N-2155 - REV.C - ANEXO A - FOLHA
01/01.
elétricos e eletrônicos conforme modelo a seguir:

CLIENTE:

PROGRAMA:

ÁREA:

TÍTULO:
LISTA DE DADOS PARA
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
PROJ. EXEC. VERIF.

ESPAÇO PARA NOTAS E OBSERVAÇÕES APROV.

NOTAS: NORMAS DE REFERÊNCIA: PETROBRAS N-2154 SIM NÃO PETROBRAS N-2166 SIM NÃO PETROBRAS N-2167 SIM NÃO
DATA FOLHA
de

que todos os equipamentos e acessórios, para uso em áreas
Para as novas unidades, as diretrizes de projeto da E&P estabelecem

classificadas, sejam relacionados em uma lista de equipamentos

RESERVADO
2
1
Item
Motor Equipamento.
MB-211111 TAG.
Motor da Bomba de ... Função/ Sistema.
Convés Principal, skid da
Compartimento, Área/Skid Umidade Pacote.
Unid. ...
Classificação de Área
Grupo IIA, zona 2
Equipamento/
Local instalado

(Grupo, “zona”).
Área não classificada (ESD-3 ou Carga
Essencial).
XYZ – Brasil Fabricante/país.
Ref. XPTO-... Tipo/Modelo do fabricante.

480 Tensão (V).

22 Potência Nominal (kW).


Características

IP-W-55 Grau de Proteção I.


exibição/aprovação da Sociedade Classificadora, quando requerido.

RESERVADO
explosiva deverão ser reunidos em um databook, mantido a bordo, para
Todos os certificados de equipamentos e acessórios para uso em atmosfera

91
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas
92

2
1
Item
Alta Competência

Ex-e Tipo de Proteção “Ex” (IEC).


IIA Grupo de Gás (IEC).
T3 (200 C) Classe de Temperatura (IEC).

BR-Ex-e. Marcação Equipamento, condições especiais.

99-XXX...
No. Certificado de conformidade e Validade.
dez/2001
(Dados de placa)

Cepel/Labex Entidade Certificadora (OCP).


Certificado de conformidade

Observação
(a) Prensa-cabo descrito no
Acessórios de Instalação Certificados
item xx
tE - 7 seg;
Ip/In, Tempo máximo de rotor travado tE, para
tempo de Ajuste relé
motores Ex-e, tempo ajustado proteção.
Motor

proteção = 5 seg

N/A Valores Máximos permitidos no circuito.

N/A Valores do Equipamento/ componente.


Seguros

Valor total real, incluindo os circuitos


Circuitos In-

N/A
(V, I, C, L, R, P)
trinsecamente
Parâmetros de

associados.

RESERVADO
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas

6.2. Exercícios

1) Sobre o conceito apresentado pela N-2706 aplicado ao plano de


classificação de áreas, indique as alternativas que são corretas:

( ) A necessidade do plano de classificação de áreas é embasa-


da pelas normas Petrobras aplicáveis.

( ) O plano de classificação de áreas é utilizado para o


conhecimento detalhado da área classificada de uma
unidade industrial.

( ) De acordo com a N- 2706, o plano de classificação de


áreas é composto das plantas de classificação de áreas
e das informações relativas ao projeto de ventilação e
ar condicionado, que não influenciam a classificação e
extensão das áreas classificadas.
93
( ) A N-2706 embasa o plano de classificação de áreas e o
define como um “Conjunto de documentos que fornecem
as informações sobre as áreas classificadas da unidade
industrial”.

( ) De acordo com a N- 2706, o plano de classificação de áreas


é composto das plantas de classificação de áreas, das listas
de dados de substâncias inflamáveis, das listas de dados
das fontes de risco e, no caso de recintos fechados, das in-
formações relativas ao projeto de ventilação e ar condicio-
nado, que influenciam a classificação e extensão das áreas
classificadas.

2) Quais os documentos que compõem o plano de classificação


de áreas?

_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

RESERVADO
Alta Competência

3) Indique as alternativas que apresentam informações indicadas nas


plantas de classificação de áreas:

( ) Direção de vento predominante.


( ) Número de equipamentos utilizados.
( ) Identificação do grupo ao qual pertencem as substâncias in-
flamáveis presentes.
( ) Parâmetros de processos.
( ) Identificação da classe de temperatura para os equipamen-
tos Ex, para cada região.

94

RESERVADO
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas

6.3. Glossário
Ex - simbologia utilizada para identificar equipamento elétrico destinado a ser
instalado em atmosfera potencialmente explosiva.

IEC - International Electrotechnical Commission. Comissão Internacional Eletrotécnica.

OCP - Organismo de Certificação de Produto.

PT - Permissão para Trabalho.

VAC - Ventilação e Ar condicionado.

95

RESERVADO
Alta Competência

6.4. Bibliografia
JORDÃO, Dácio de Miranda. Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas,
Petroquímicas e de Petróleo: Atmosferas Explosivas. 2a ed. Rio de Janeiro: 2002.

SUZUKI, Helio Kanji; OLIVEIRA, Roberto Gomes. Instru-Ex - Instruções gerais para
instalações em atmosferas explosivas. Plataformas Marítimas de Perfuração e
de Produção. Rio de Janeiro: 2002.

96

RESERVADO
Capítulo 6. Plano de classificação de áreas

6.5. Gabarito
1) Sobre o conceito apresentado pela N-2706 aplicado ao plano de classificação de
áreas, indique as alternativas que são corretas:

( ) A necessidade do plano de classificação de áreas é embasada pelas normas


Petrobras aplicáveis.

( X ) O plano de classificação de áreas é utilizado para o conhecimento detalhado


da área classificada de uma unidade industrial.

( ) De acordo com a N- 2706, o plano de classificação de áreas é composto


das plantas de classificação de áreas e das informações relativas ao projeto
de ventilação e ar condicionado, que não influenciam a classificação e
extensão das áreas classificadas.

( X ) A N-2706 embasa o plano de classificação de áreas e o define como um


“Conjunto de documentos que fornecem as informações sobre as áreas
classificadas da unidade industrial”.

( X ) De acordo com a N- 2706, o plano de classificação de áreas é composto


das plantas de classificação de áreas, das listas de dados de substâncias
inflamáveis, das listas de dados das fontes de risco e, no caso de
97
recintos fechados, das informações relativas ao projeto de ventilação e
ar condicionado, que influenciam a classificação e extensão das áreas
classificadas.

2) Quais os documentos que compõem o plano de classificação de áreas?

a) Plantas de classificação de áreas;

b) Listas de dados para área classificada: lista de dados de substâncias inflamáveis,


de dados das fontes de risco e, para novas unidades, lista de equipamentos
elétricos e eletrônicos em áreas classificadas.

3) Indique as alternativas que apresentam informações indicadas nas plantas de


classificação de áreas:

( X ) Direção de vento predominante.


( ) Número de equipamentos utilizados.
( X ) Identificação do grupo ao qual pertencem as substâncias inflamáveis
presentes.
( ) Parâmetros de processos.
( X ) Identificação da classe de temperatura para os equipamentos Ex, para
cada região.

RESERVADO
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