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26/04/2018

Profª Ozenilde A. R. Martins


Porto Nacional, 2018

Profª. Ozenilde A. R. Martins 2

Posição sistemática dos principais


Cestóides parasitos do homem
CESTOIDES
Classe Ordem Familia Gênero Espécie

Caracterização do parasito e Trematoda


ciclo evolutivo, (sub-classe: digenea)

T. Saginata
PLATYHELMINTHES

Taenia
Relação parasito- hospedeiro, Teniidae
T. Solium
Echinococcus E. granulosus
Infectividade – Resistência ao Cyclophyllida
Hymenolepis
H. Nana
Hymenolepdidae H. diminuta
parasito, Patologia, Diagnóstico, Cestoidea D. caninum
Dilepdidae Dipylidium
Prognóstico e Terapêutica.
Pseudophylida Diphyllobotriidade {Diphyllobothrium { D. latum

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Cestóides Cestóides – (Escólex)


➢São estritamente parasitas
➢Ausência dos sistemas digestório, • Os cestóides variam muito de tamanho, desde
circulatório e respiratório. alguns milímetros até 10 metros ou mais de
➢Possuem um sistema nervoso simples e um comprimento.
sistema excretor.
➢São hermafroditas, cada proglote tendo um ➢ O escólex
conjunto completo de órgãos reprodutores.
➢Os ovos contêm larvas (oncosferas) ➢ O colo
dotadas de 6 acúleos. ➢ O estróbilo (corpo).
➢Duas ordens têm interesse médico: ➢ Proglotes( jovens, maduras e
▪ Cyclophyllidea as grávidas na sequência.
▪ Pseudophyllidea.
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Cestóides - (estróbilo) Proglote madura


O estróbilo compreende toda a parte do corpo
formado por proglotes, que crescem e se
diferenciam à medida que se afastam do colo.
➢Proglotes jovens: apresentam esboços dos
órgãos reprodutores.
➢Proglotes maduras: apresentam órgãos
reprodutores completamente formados
➢Proglotes grávidas: útero bem desenvolvido
está repleto de ovos.

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Cestóides - (Tegumento)
➢Trocas nutritivas e metabólicas.
➢músculos circulares, longitudinais e
transversos.
➢Células profundas ligam-se ao tegumento por
pontes citoplásmicas.
➢organelas celulares, e reservas de glicogênio.

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Habitat e Nutrição Habitat e Nutrição


➢Na fase adulta, os cestóides do homem
habitam exclusivamente o tubo digestivo dos
hospedeiros.
➢Todas as trocas nutritivas do helminto são
feitas através do tegumento, mergulhado na luz
intestinal, seja por simples difusão, por
transporte ativo ou por pinocitose.
➢Algumas espécies ficam com o escólex
inserido entre as vilosidades, onde se cria uma
interface mais íntima parasito-hospedeiro, rica Rey
em O2 e indispensável para a maturação. Escólex de Echinococcus, inserido na
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mucosa do intestino de seu hospedeiro.
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CICLO BIOLÓGICO CICLO BIOLÓGICO


Nos Cyclophyllidea: ➢Cada espécie forma um tipo de larva contendo
➢O ovo é um embrião hexacanto ou oncosfera particularidades.
protegido por envoltórios ovulares, até que
possa eclodir no interior de seu hospedeiro. ➢Os cestóides costumam ser heteroxenos, isto
➢O envoltório externo ou embrióforo, precisa ser é, necessitam de dois ou mais hospedeiros em
digerido pelas enzimas do hospedeiro. seu ciclo.
➢A larva, ativada pela bile. ➢Alguns Cyclophyllidea, por exemplo as tenias,
➢Essa larva deve romper o envoltório interno e exigem um só hospedeiro intermediário, e
penetrar na mucosa pela a ação de seus 6 possuem cada qual seu tipo de larva:
acúleos.

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“Ovos”
Cyclophylidea ( um só hosp. Inermediario)
Formas larvárias
As formas larvárias são encontradas nos
Hymenolepis nana hospedeiros intermediários, podendo ser
do tipo:
➢Procercóide - a 1ª larva de
Pseudophyllidae (dois ou mais hosp.
Diphyllobothrium, em crustáceos, que é
intermediarios) sólida e com acúleos num apêndice;
➢Plerocercóide - a 2ª larva de
H. diminuta
Diphyllobothrium, em peixes;
➢Cisticercóide – o escólex invaginado e
acúleos no apêndice ( Hymenolepis nana)
Taenia sp Profª. Ozenilde A. R. Martins 15 Profª. Ozenilde A. R. Martins 16

Formas larvárias Formas larvárias


➢Cisticerco - com uma vesícula bem
desenvolvida e o escólex invaginado (tenias)
➢Hidátide - com escólices invaginados a partir
de vesículas prolígeras geradas na parede do
cisto (Equinococcus granulosus)

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Doenças causadas pelos Cestoides As tênias do homem


• T. Saginata Teníase
• T. Solium Teníase e cisticercose Taenia saginata (tênia do boi)
Taenia solium (tênia do porco
• E. Granulosus Equinococose, hidatidose
• H. Nana Himenolepíase ➢São parasitos que na fase adulta têm o
• H. Diminuta Himenolepíase homem como único hospedeiro normal.
• D. Caninum Dipilidíase
➢Conhecidas popularmente como “solitárias”
• D. Latum Difilobotríase porque geralmente existe apenas um exemplar
do helminto no intestino do hospedeiro.
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A Taenia saginata
➢ Vê-se o útero com cerca de ➢Taenia saginata de 4 a
13 a 20 ramificações, em 12 metros de
Proglote madura geral dicotômicas, e cheio comprimento e tendo por
de ovos. hospedeiro intermediário
o gado bovino.

Estróbilo de
Ploglote grávida Taenia saginata
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As tênias do homem Ciclo Evolutivo da T. saginata


➢ Escólex provido de 4 ➢ o estróbilo mede de 4 a
ventosas (T. saginata) e 4 12 metros.
ventosas + coroa de acúleos
( T. solium) ➢Suas proglotes podem
sair ativamente pelo ânus,
Escólex da ou são eliminadas de 8 a 9
➢ As proglotes vão se T. saginata

destacando uma a uma, na proglotes por dia.


T. saginata (apólise), ou em ➢Ou por apólise (sem
pequenas cadeias, na T. tegumento) .
solium. Escólex da ➢podendo liberar 40 a 80
T. solium
mil ovos por proglote.
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Cisticercose animal Teníase humana


➢Os ovos disseminados pelo solo, são ➢Quando as pessoas comem a carne
ingeridos, com o pasto, por bovinos. de gado crua ou mal cozida
➢Sob a ação das enzimas proteolíticas e da bile, infectada
as oncosferas eclodem no tubo digestivo dos
animais, ➢Os cisticercos são liberados no tubo
➢invadem a mucosa e vão, pela circulação,
digestivo
para a musculatura ou para outros lugares, ➢Desenvaginam os escólex
onde se transformam em cisticercos. ➢Fixam-se à mucosa e crescem como
tênias adultas.
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Taenia solium Taenia solium


➢Formas adultas de T. ➢O estróbilo pode medir de
solium só foram 1,5 a 5 metros.
encontradas nos humanos ➢As ploglotes são liberadas em
➢Larvas (cisticercos) pequenos segmentos ou cadeia
vivem normalmente na ➢Cada proglote contém de 30
musculatura de suínos. a 50 mil ovos.
➢Elas diferem das de T.
➢Popularmente é saginata por serem menores,
conhecida como tênia do mais curtas e terem poucas
porco. ramificações uterinas.
➢O escólex possui 4 ventosas e de seu rostro armado ➢Os ovos medem de 30 a 40 µm, não sendo
com dupla coroa de acúleos em forma de foice. distinguíveis dos de T. saginata.
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Ciclo Evolutivo T. solium Taenia solium


➢ Os porcos costumam ➢Os cisticercos podem manter-se viáveis, no porco, por
infectar-se maciçamente ao muitos anos
ingerir as proglotes desta ➢Cisticercose ou teniase do porco.
tênia (fezes humanas)
➢ Formam-se os cisticercos
que medem de 5 a 20 mm,
maiores que os da T. saginata
➢ Após 60 a 75 dias já são
infectantes para o homem.

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Teníases humanas – T solium


➢ A infecção humana decorre do consumo de carne de
porco crua ou mal cozida.
➢ O parasito evolui no intestino como da mesma
maneira que a tênia do boi.
➢ Após 60 a 75 dias depois da infecção, os pacientes
infectados estão com a Taenia solium adulta e
começam a eliminar passivamente, de mistura com as
fezes, pequenas cadeias de proglotes.

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As teníases humanas As teníases humanas


➢Geralmente, uma única tênia ➢ A teníase no inicio costuma ser assintomática.
habita o intestino do paciente. ➢ O período de incubação é, em geral, de dois a
três meses.
➢O fato é atribuído à imunidade ➢ O paciente dá-se conta dela ao notar a expulsão
específica concomitante com a ativa de proglotes (da T. saginata) que encontra na
infecção. cama ou na roupa íntima, fora das evacuações.
➢ T. saginata causa sobretudo distúrbios das
➢ Eliminada a tênia, o paciente secreções digestivas, que ficam diminuídas em 70%
volta a ser suscetível. dos casos.

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As teníases humanas As teníases humanas


➢Muitos pacientes se queixam de uma dor ➢Em um terço dos pacientes, as queixas são de
epigástrica, com caráter de ‘dor de fome’, e dor abdominal, náuseas, astenia e perda de peso.
que simula a dor de úlcera duodenal, ➢Em outros há cefaléia, vertigens, constipação
melhorando com a ingestão de alimentos. intestinal ou diarréia e prurido anal.
➢Eosinofilia (entre 5 e 35%) costuma estar
➢Inapetência e perda de peso são
presente.
freqüentes; mas, em outros casos, o apetite
➢Pode haver apendicite, por penetração do
está aumentado, com dores abdominais parasito no apêndice, ou obstrução intestinal pela
fugazes. massa total da tênia.

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As teníases humanas As teníases humanas


➢Clinicamente, o parasitismo humano ➢ A gravidade da Taenia solium está em poder
pelos vermes adultos de Taenia solium é o homem tornar-se ocasionalmente o
menos evidente que pela T. saginata, hospedeiro de sua forma larvária – Cisticercose
pois o estróbilo é menor e suas proglotes Humana.
menos ativas.
➢É necessário um diagnóstico rápido da espécie
➢As prevalências registradas são afetadas de tênia que parasita um paciente e de seu
pela sub notificação dos casos. A OMS
(1995) estimou que, na América Latina, tratamento imediato.
o número provável de pessoas expostas à ➢Não há cisticercose humana atribuível à
infecção é de 30 a 50 milhões. Taenia saginata.
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➢ O diagnóstico é feito, muitas vezes, pelo


próprio paciente ao observar a expulsão de
proglotes que saem entre as evacuações e são Cuidado com o
encontradas nos lençóis ou na roupa íntima risco de infecção por
T. solium ao
➢ Quando é o médico quem levanta a suspeita, manipular o material.
deve-se buscar as proglotes nas fezes, para isto
as fezes devem ser desfeitas em água e tamisado
em peneira de malhas finas.
➢ Para o diagnóstico de espécie, as proglotes
serão comprimidas entre 2 lâminas de vidro ➢Se com 7 a 16 ramificações
grosso; o conjunto posto a clarear no ácido de cada lado e aspecto
acético e, depois, examinado com lupa para ➢ Se com 15 a 30 ramos dendrítico, é T. solium.
ver as estruturas uterinas: uterinos em cada lado da
haste e aspecto dicotômico, é
T. saginata
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Drogas tenicidas, são usadas no tratamento : • Mebendazol


➢Niclosamida – Medicamento insolúvel na água e ➢Também usado só contra T. saginata, na
não absorvível pelo intestino. Praticamente não
apresenta efeitos colaterais. dose de 200 mg, duas vezes ao dia
➢Tomar apenas líquidos, desde a véspera, e 2 durante 4 dias.
gramas de niclosamida de uma só vez em jejum
(crianças tomam 1 a 2 gramas), mastigando bem os
comprimidos.
➢A taxa de cura fica em torno de 90%,
dependendo do grau de micronização do produto.

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Praziquantel NITAZOXANIDA (ANNITA)


➢Muito efetivo no tratamento das teníases; ➢Comprimidos de 500 mg e pó para
mas, por ser absorvível pelo intestino, é
contra-indicado nos casos de cisticercose suspensão para 20 mg/mL
(que teriam seu quadro clínico agravado). ➢Crianças acima de 12 meses – 7,5 g/kg de
➢Por essa razão, só se recomenda peso de 12/12 horas por três dias
contra T. saginata, na dose de 5-10 mg/kg
de peso corporal. ➢Acima de 12 anos e adultos tomar 1
➢Sua eficácia é de 96% de cura. comprimido de 500 mg duas vezes ao dia
com alimentos.

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Sementes de abóbora
➢ Só a eliminação ou destruição do escólex
➢200 a 400 gramas, trituradas com assegura a cura.
mel, constituem um tratamento
tenífugo recomendado para ➢ Portanto, se ele não for encontrado nas
evacuações, aguardar cerca de quatro
crianças. meses para ver se as proglotes não
reaparecem, exigindo novo tratamento.

Cuidado: nenhum tratamento é ovicida.

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➢Sua distribuição é cosmopolita. Prevalências ➢Ocorre no mundo todo, sendo mais


superiores a 10% ocorrem na África, na Região freqüente onde se consome carne de porco
Mediterrânea, no Caucaso e na Ásia Central.
➢Na América do Sul elas estão entre 0,1 e 10%. crua ou mal cozida.
➢A incidência relaciona-se com o hábito de ➢As maiores incidências são
comer carne bovina crua ou mal cozida. encontradas na América Latina, nos
➢T. saginata incide mais entre pessoas com 20 a 40 países não-muçulmanos da África e do
anos de idade.
➢Escapam do risco os vegetarianos, os que Sudeste Asiático.
preferem peixes e aves e os que, por razões ➢Dependem das más condições higiênicas
culturais, religiosas ou econômicas não prevalentes e do nível sócio-econômico dos
consomem carne bovina.
pacientes.

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➢Quando a infecção é introduzida em uma ➢Inspeção nos matadouros,


região, tende a tornar-se hiperendêmica. ➢Os inquéritos epidemiológicos
➢A razão está na facilidade com que os ➢Medidas de controle
porcos se infectam intensamente ➢adotadas reduziram consideravelmente as
(coprofagia) e pela grande longevidade teníases e praticamente eliminaram a T. solium e
(anos) dos cisticercos nos tecidos do a cisticercose nos países da
animal vivo.
➢ Os cisticercos permanecem infectantes
10 a 15 dias nas carnes conservadas a
10ºC e dois meses entre 0 e 4ºC.
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Ciclo da Taenia solium


1. Legislação regulamentando a notificação dos casos, a
inspeção do gado abatido nos matadouros e proibindo o
abate clandestino.
2. Exame periódico dos que trabalham na indústria da
carne.
3. Exigência de instalações sanitárias em matadouros,
fazendas de gado, restaurantes, locais de turismo e de
camping, para evitar a poluição ambiental.
4. Melhoria do saneamento e correção das deficiências
nos sistemas de esgotos.
5. Técnicas de criação seguras.
6. Educação para o consumo da carne bem cozida e para
adoção de bons hábitos higiênicos. http://www.parasitoliga.com
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Cisticercose humana
➢A cisticercose humana é o resultado da
infecção de certos indivíduos pelas formas
larvárias da tênia do porco ou Taenia solium.
➢Acontece da mesma maneira que nos
porcos. Ovos de T. solium eclodem ao
passar pelo estômago e duodeno, onde agem
os sucos digestivos e a bile.
➢A oncosfera liberada e ativada invade a
mucosa intestinal e penetra na circulação,
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indo localizar-se em algum tecido do
organismo.
➢Ela se transforma então em cisticerco.
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Cisticercose humana Cisticercose humana


Pode acontecer por: ➢Se os movimentos anti-peristálticos levarem
➢ Hétero-infecção - que é o caso mais comum; o alguma proglote para o estômago do paciente,
paciente ingere acidentalmente os ovos da
tênia, veiculados pela água, por alimentos e através da digestão, são liberados milhares
contaminados ou por mãos sujas. de ovos.
➢ Na auto-infecção externa, o paciente é ➢Ao voltarem para o intestino, os ovos liberam
portador de uma tênia adulta e, por suas mãos
sujas, ingere muitos ovos que vão formar as oncosferas, que invadem os tecidos.
cisticercos. ➢Resulta em infecção maciça do organismo
➢ Na auto-infecção interna, os movimentos humano com cisticercos: é a cisticercose
antiperistálticos ou de vômito levam proglotes
grávidas até o estômago, onde são digeridas. humana grave ou ladraria.
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Formação do cisticerco Patologia da cisticercose


(A) - vacuolização central As manifestações patológicas do parasitismo só
(B) -invaginação em um se evidenciam depois que o cisticerco comece a
ponto de sua parede crescer.
onde se pode notar: Dois fatores respondem por sua variada
receptaculum capitis(a), sintomatologia:
o escólex invaginado (b)
com suas pregas (c), e as 4 ➢A compressão mecânica e o deslocamento
ventosas e o rostro, com sua das estruturas anatômicas, com as
dupla fileira de acúleos. conseqüentes alterações da fisiologia;
- Tudo mergulhado num ➢O processo inflamatório do tipo celular
líquido (d) segregado pela
parede do cisticerco (e).
No olho, tende para a crônico.
esfericidade, ou pode
desenvaginar-se (fig. C). A gravidade depende da localização, do número
e da vitalidade ou não dos parasitos.
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Localização dos cisticercos Localização dos cisticercos


As localizações mais freqüentes, quando há raros
➢ De 1 a 3 dias após a
parasitos, são :
infecção as oncosferas
Olhos e anexos ...... 46,0%
eclodem e as larvas se
Sistema nervoso .... 41,0
alojam nos diferentes
tecidos Pele e subcutâneo.. 6,3
Músculos ................ 3,5
➢ Numerosos cisticercos
Outros órgãos ........ 3,2
projetam-se sobre a
imagem do esqueleto, ❖Das localizações oculares, 60% ocorrem na
Doc. do Dr. Hélio Moraes, Rio de Janeiro. muitos deles localizados retina ou no vítreo.
na pele e nos músculos.
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No sistema nervoso No sistema nervoso


(neurocisticercose) (neurocisticercose)
➢Um ou mais cisticercos podem alojar-se no
sistema nervoso central; ( de 10 a 2000).
Em torno dos parasitos forma-se uma
cápsula fibrosa, mas ao morrerem a
inflamação aumenta muito, tendendo para a
formação de granulomas.
➢Reabsorvidos os restos larvários, a inflamação
diminui, deixando um nódulo cicatricial residual, Corte de cérbro com numerosos cisticercos
que pode calcificar-se. localizados de preferência na substância
➢Ocorrem por vezes leptomeningites, cinzenta (Doc. do Prof. Maffei, USP).
endarterites com distúrbios circulatórios, ou
lesões tóxicas do tecido nervoso.
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No sistema nervoso No sistema nervoso


(neurocisticercose) (neurocisticercose)
Formas convulsivas Formas hipertensivas e pseudo-tumorais
➢ Apresentam-se em metade dos casos de ➢ São as que apresentam sinais de hipertensão
neurocisticercose em adultos sem antecedentes intracraniana e sintomas neuropsíquicos focais,
associados ou não.
pessoais ou familiares.
➢ Quase tão freqüente como a forma convulsivante,
➢ As convulsões geralmente acontecem crises caracteriza-se por: cefaléia intensa, constante e com
paroxísticas, focais, iniciando-se em determinados paroxísmos aos esforços físicos, vômitos em jato e edema
grupos musculares; porém pode acontecer crises da papila.
generalizadas. ➢ Este edema tende a progredir diminuindo a visão e
➢ Depois, podem surgir paralisias, paresias, afasias etc. termina com cegueira, por atrofia do nervo óptico.
que regridem em horas ou dias. ➢ Ocorrem também bradicardia, distúrbios respiratórios,
sonolência e vertigens.
➢ A doença pode persistir 10 anos ou mais e terminar ➢ A neurocisticercose é causa de 25 a 75% dos casos
com a morte em estado de mal epiléptico. de convulsões e epilepsia.
➢ A cura espontânea é muito rara.

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No sistema nervoso
(neurocisticercose) Oftalmocicticercose
Formas psíquicas ➢A localização na câmara anterior logo chama a
➢Os sintomas psíquicos acompanham muitas vezes atenção do paciente; mas, na posterior, os sintomas
as demais formas clínicas da doença. Mas, aqui as são discretos, indolores, e só percebidos ao
perturbações mentais dominam o quadro ou são as interferirem com a visão central ou periférica.
únicas presentes. ➢ As formas mais graves comprometem a visão
por descolarem a retina ou por opacificarem os
➢Elas não se distinguem das apresentadas em outras meios transparentes.
psicoses, como a esquizofrenia, a mania, a ➢ Também há dor devida à irite.
melancolia, as síndromes delirantes etc. apatia,
indiferença, diminuição da atenção, estado de torpor ➢ As localizações orbitárias são assintomáticas
ou produzem exoftalmia, desvio do globo ocular
ou de agitação ocasional. ou miosite com ptose (queda das pálpebras).

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Cisticercose disseminada Diagnóstico da Neurocisticercose

➢No tecido subcutâneo e na ➢Geralmente não se pensa nessa doença por


musculatura esquelética não causam ser rara.
incômodo ou produzem apenas ➢Só a cisticercose ocular (com os meios
mialgias. transparentes) e a subcutânea são facilmente
diagnosticadas.
➢Mas são as localizações no
sistema nervoso e nos olhos que ➢Deve-se verificar a origem do paciente, seus
hábitos alimentares (consumo de carne de
caracterizam a forma disseminada porco) e ter sido ou ser portador de uma tênia.
da cisticercose.
➢Os exames de laboratório são essenciais
para o diagnóstico diferencial.

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Diagnóstico da Neurocisticercose Diagnóstico da Neurocisticercose


Exames radiológicos
Testes imunológicos: ➢ A demonstração radiológica da cisticercose é feita pelo
encontro dos nódulos calcificados, com aspecto mais ou menos
(ELISA, Imunoeletroforese, imunofluorescência característico.
indireta)
➢ A calcificação só se processa após a morte do parasito e
❖A limitação maior da sorologia é não é em todos os casos.
que a presença de anticorpos nem ➢ As calcificações intracranianas ocorrem apenas em 15 a 35%
dos pacientes. Elas são mais freqüentes nos músculos.
sempre significa infecção atual;
assim como não localiza os parasitos Tomografia computadorizada
e pode dar reações cruzadas com ➢ Fornece dados importantes para a localização das lesões no
sistema nervoso central, tanto com parasitos vivos como com
outras cestoidíases. parasitos mortos.

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Diagnóstico da Neurocisticercose

Tomografias computadorizadas de
crânios de pacientes com
neurocisticercose.
A ─ Paciente com cisticercos vivos,
três dos quais situados nos lobos
frontais (áreas circulares claras e com
escólex bem visível).
B ─ Caso com vários cisticercos vivos
(áreas circulares claras) e outros
calcificados (manchas negras). www.scielo.br/

C ─ Cérebro com um grande número


de cisticercos calcificados.
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• http://anatpat.unicamp.br/pecasneuro47.html

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oftalmocisticercose Tratamento da cisticercose

Neurocirurgia
É indicada quando o número de parasitos é
pequeno e a localização favorável para a
intervenção.
http://www.oftalmicabonet.com/ ➢Na cisticercose ocular, a cirurgia não oferece
dificuldades quando o parasito se encontra na
câmara anterior do olho; ou em situação
subconjuntival ou subcutânea.
➢No vítreo, os sucessos são da ordem de 85%; e
na sub-retina de 71%, em algumas estatísticas.

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Tratamento da cisticercose Tratamento da cisticercose


Quimioterapia ➢Em alguns casos houve hipertensão
➢É feita com praziquantel ou com albendazol. aguda intracraniana por edema cerebral,
que exigiram cuidados de urgência.
➢Esses medicamentos penetram rapidamente no ➢O praziquantel é contra-indicado na
liquor e lentamente nos cisticercos. cisticercose ocular ( corticoide).
➢Os parasitos levam cerca de três meses para ➢Todo tratamento deve ser feito com
desaparecerem da pele, após medicação. paciente internado em uma enfermaria de
➢A tolerância ao tratamento é boa em 80% dos Clínica Neurológica e sob estrita vigilância
casos. Nos demais aparecem sintomas médica, mesmo por alguns dias após
atribuídos à reação dos pacientes aos produtos terminada a medicação.
dos cisticercos mortos. ➢Pacientes assintomáticos ou com cisticercos
mortos não devem ser tratados.

Profª. Ozenilde A. R. Martins 77 Profª. Ozenilde A. R. Martins 78

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26/04/2018

Profilaxia e controle da cisticercose Profilaxia e controle da cisticercose


➢ Os portadores de infecção por Taenia solium e ➢Tomar banho e lavar as mãos
todos os casos suspeitos devem ter seu freqüentemente, em especial depois das
diagnóstico assegurado o mais cedo possível. evacuações e antes de manipular alimentos
➢ Eles devem ser tratados imediatamente com ou fazer as refeições.
algum dos tenicidas mencionados no capítulo
anterior - “Tratamento das teníases”
➢A educação sanitária deve alertar as pessoas ➢Lembrar que as mãos sujas dos
para o perigo de consumir carne crua ou mal portadores de teníase e certas práticas
cozida, assim como a carne que não passou pelo sexuais podem levar à ingestão de ovos
controle sanitário. de Taenia solium.
➢E ensinar às pessoas como reconhecer a
eliminação de proglotes.
Profª. Ozenilde A. R. Martins 79 Profª. Ozenilde A. R. Martins 80

Profª. Ozenilde A. R. Martins 81 Profª. Ozenilde A. R. Martins 82

Bibliografia

REY, Luís. Bases da Parasitologia Médica.


Guanabara Koogan.
NEVES, D.P. Parasitologia Humana, Rio de
Janeiro, 11ª Ed. 2008.

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