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Curso Reabilitação Urbana com foco em

Áreas Centrais

Módulo I – Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais

Unidade 2 – Conceito e Caracterização


Reabilitação Urbana com foco em Áreas Centrais
Módulo I – Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais

Caro Participante,

Na unidade anterior você estudou os processos de transformação urbana das cidades brasileiras, na
qual:

 Conheceu os eventos de ordem


econômica, política e eventos externos
relacionados ao desenvolvimento
urbano das cidades brasileiras; e

 Pode refletir sobre os processos de


transformação urbana pelos quais a sua
cidade passou, a fim de analisar os
fenômenos que influenciaram a
conformação atual do(s) centro(s).

São Paulo - SP Centro, Avenida São João. Fonte: CAIXA


Reabilitação Urbana com foco em Áreas Centrais
Módulo I – Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais

Nesta unidade você estudará o conceito e a caracterização de áreas urbanas centrais, com os
seguintes objetivos:

 Explicar o que é área urbana


central; e

 Identificar alguns dos diversos


tipos de centros.

São Paulo - SP Centro, Avenida São João. Fonte: CAIXA


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Módulo I – Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais

Unidade 2 – Áreas Urbanas Centrais – Conceito e Caracterização

A importância representada pelas áreas urbanas centrais nas cidades é decorrente da


concentração de fluxos, usos e atividades importantes para a dinâmica da cidade.

Esses locais tornaram-se pontos de interesse não só para a população local, mas também
adquiriram influência regional.

Conheça a seguir o que é uma Área Urbana Central


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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

ÁREA URBANA CENTRAL É...

... um bairro ou um conjunto de bairros


consolidados, que podem ou não englobar
o núcleo original da cidade.
A área urbana central possui a
característica de centralidade em relação
a outras áreas. Concentra vários usos, fluxos
e funções, polariza uma ocupação mais
densa em seu entorno, possui significado
cultural e simbólico e se constitui em
referência urbana.
O conceito de área urbana central não se
aplica somente aos centros históricos
tradicionais, mas também a novas áreas que
apresentam características similares,
conforme veremos a seguir.

Centralidade se relaciona a
convergência Lagoa Santa – MG. Vista aérea.
Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais
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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

ÁREAS URBANAS CENTRAIS SÃO CARACTERIZADAS POR...

 possuírem grande concentração e diversidade de atividades e pessoas;

 serem dotadas de infraestrutura urbana, acervo edificado, serviços e equipamentos públicos,


serviços de vizinhança e oportunidades de trabalho;

 serem territórios reconhecidos pela população como lugares com forte poder de atração, para
onde convergem grande quantidade de pessoas no cotidiano urbano.

Porto Alegre. RS. Centro. Fonte: CAIXA


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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

ÁREAS URBANAS CENTRAIS SÃO CARACTERIZADAS POR...

 poderem apresentar usos diversificados – habitacional, serviços, comércio, institucional, entre


outros - ou uso singular, geralmente especializado (como áreas portuárias, centros populares de
comércio, etc.);
 se destacarem, normalmente, das outras áreas pelo elevado valor da terra e pela verticalização das
edificações; e
 geralmente serem focos do sistema de transporte urbano, com o predomínio do fluxo de veículos e
pessoas durante o dia.

Porto Alegre. RS. Centro. Fonte: CAIXA


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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

É possível agrupar algumas características comuns a


diversos centros, o que permite facilitar a sua
identificação e a compreensão dos processos de
esvaziamento e/ou degradação.

De acordo com o tamanho das cidades, suas


características econômicas e perfil da população,
essas podem MONOCÊNTRICAS ou
POLICÊNTRICAS.

As cidades POLICÊNTRICAS possuem além de um


centro principal, outros subcentros que podem
desenvolver atividades concorrentes ou
complementares ao centro primaz.

Você sabe qual a diferença entre uma cidade


MONOCÊNTRICA e POLICÊNTRICA?

Recife – PE. Pátio de São Pedro. Fonte: CAIXA


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CIDADES MONOCÊNTRICAS

Monocentralidade é a existência de apenas uma área central na cidade.


É a situação na qual uma única área da cidade concentra diversos tipos de uso: serviços, comércios,
habitação e outras atividades (políticas, culturais, religiosas, etc.).

A Monocentralidade prevaleceu durante


muito tempo nas cidades do mundo e
também brasileiras.

Em geral, cidades monocêntricas são


características do século XIX, antes do
desenvolvimento de grandes áreas
metropolitanas.

Atualmente essa característica pode ser


observada na maioria das pequenas
cidades e em várias cidades médias.

Cidade de Goiás –GO. Centro antigo. Fonte: MCidades


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CIDADES POLICÊNTRICAS

Policentralidade é a existência, em uma mesma área


urbana, de diversas áreas com características de
centralidade, formando subcentros. Um exemplo é
a cidade de São Paulo que possui, além do centro
tradicional, várias regiões como a Avenida Paulista
que concentra população e atividades econômicas.

O surgimento de cidades policêntricas, em geral,


está associado ao crescimento demográfico e o
desenvolvimento econômico e o surgimanto de
grandes áreas metropolitanas.

Novas áreas centrais são aquelas que polarizam mais


ocupação em seu entorno, a partir da instalação de,
por exemplo, indústrias, centros administrativos,
corredores de transportes. Os subcentros exercem o
mesmo papel que os centros principais, porém em
uma menor escala.
A seguir você conhecerá como se São Paulo –SP. Avenida Paulista. Fonte: EMBRATUR
formam novas áreas centrais
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COMO SE FORMAM NOVAS ÁREAS CENTRAIS NAS CIDADES

A expansão horizontal das cidades, fomentada


pela produção de unidades habitacionais ou pelo
deslocamento de atividades econômicas e
empregos potencializa o surgimento de novas
centralidades.

Os múltiplos subcentros que surgem podem ser


concorrentes ou complementares, no momento
em que alguns ganham dinamismo e outros vão
perdendo importância de acordo com o
desenvolvimento da cidade.

Desta forma, o papel do núcleo central principal, de


polarização e atração de atividades, fluxos e
ocupação urbana em seu entorno deixa de ser
único, passando a ser compartilhado por outros
Diagrama esquemático da influência dos subcentros na área urbana.
subcentros.
Entretanto, em algumas cidades policêntricas, o centro tradicional mantém a sua força de
polarização em toda a área urbana, enquanto a influência dos novos subcentros abrangem áreas de
menor escala.
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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

CONCLUINDO...

Independente de uma cidade possuir característica de mono ou policentralidade, os centros,


dependendo dos processos de transformação sofridos, apresentam aspectos relevantes,
relacionados à convergência e aos conflitos. Veja os conceitos:

 Convergências (ou potencialidades) são oportunidades para o desenvolvimento de ações


estratégicas que levem à consecução de um processo de reabilitação.

 Conflitos são problemas comuns às áreas centrais, que devem ser enfrentados no processo
de reabilitação.

Você sabia?

Convergências e conflitos são as oportunidades e problemas relacionados a um determinado


aspecto presente nos centros, observados, no entanto, de formas diferentes, ou seja, são
como dois lados da mesma moeda.

Observe isso comparando os pontos nos quadros a seguir:


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CONVERGÊNCIAS CONFLITOS

1 Áreas de interesse histórico/cultural 1 Edificações e espaços públicos abandonados e


degradados
2 Áreas de convergência de fluxos de 2 Áreas conflituosas sob o aspecto de
circulação (pedestres, automóveis e mobilidade, acessibilidade tráfego intenso de
transporte público) veículos, etc

3 Existência de áreas e edificações 3 Áreas abandonadas, vazias ou subutilizadas


disponíveis devido ao processo de estagnação econômica ou ao
surgimento de novas centralidades

4 Áreas com potencial para abrigar 4 Áreas em processo de transformação que


atividades econômicas, responsáveis por apresentam lacunas de usos e atividades
empregar significativa parcela da população complementares

5 Área com infraestrutura consolidada 5 Áreas com deficiência ou inadequação de


infraestrutura (redes de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, ausência de mobiliário urbano
- lixeiras, pontos de ônibus, calçadas ...)
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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE


TRANSFORMAÇÃO URBANA

Para avançar na classificação dos diferentes centros existentes, de acordo com seus aspectos
de convergência e conflitos decorrentes de transformações urbanas, as áreas centrais podem
ser agrupadas em tipos, sendo que estes podem coexistir ou se sobrepor.

A seguir você conhecerá alguns desses tipos de centros.

João Pessoa – PB. Região do Porto do Capim. Fonte: MCidades


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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO URBANA

1. Áreas centrais tradicionais SEM INTERESSE DO MERCADO

Trata-se de centros tradicionais que sofreram perda de atividades econômicas, contribuindo para a
estagnação de seu crescimento e para a preservação do acervo de interesse cultural.

Por um lado, a baixa atividade econômica dessas áreas colabora para a preservação das
características originais dos imóveis, mas, por outro, contribui para a degradação dos edifícios pela sua
má conservação.

São Luís – MA. Fonte: Fundação Municipal do Patrimônio Histórico


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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO URBANA

2. Áreas Centrais tradicionais SOB INTERESSE DO MERCADO DO TURISMO

São centros tradicionais que sofreram perda das atividades econômicas, com consequente estagnação
de seu crescimento. Em alguns casos, esta estagnação contribuiu para a preservação do acervo
arquitetônico, enquanto que em outros, provocou o abandono e a degradação das edificações.

Contudo, diferentemente do tipo anterior, devido ao rico acervo de bens culturais e históricos despertam
o interesse do mercado do turismo.

Esse processo contribui para a preservação dos


edifícios com a injeção de recursos para sua
conservação e investimentos para a o
desenvolvimento de atividades ligadas ao turismo.

No entanto, os investimentos e a injeção de


recursos nessas áreas e a consequente
valorização dos imóveis podem desencadear
processos de gentrificação1, impactando
diretamente no estrato social original.
1. Acesse o arquivo na pasta da biblioteca do curso ‘Textos complementares”. Salvador - BA. Pelourinho. Fonte: MCidades
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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO URBANA

3. Áreas centrais SOB INTERESSE DO MERCADO IMOBILIÁRIO

Esse tipo de centro está associado a áreas sob


forte pressão do mercado imobiliário onde ocorrem
processos de substituição de antigos padrões de
uso e ocupação do solo, por exemplo, habitações
unifamiliares, por novos padrões de ocupação, tais
como estruturas verticalizadas de alta densidade,
em geral com oferta de imóveis para um mercado
de alta renda.

Nesses processos de renovação, as novas áreas


perdem suas características urbanas originais
adquirindo novas funções urbanas sob um
contínuo processo de transformação da
paisagem causando a perda das referências
imagéticas do lugar, porém sem desencadear
processos de deterioração do espaço urbano.
Rio de Janeiro – RJ. Copacabana. Fonte: CAIXA
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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE
TRANSFORMAÇÃO URBANA

4. Áreas Centrais setorizadas SOB NECESSIDADE DE READEQUAÇÃO

Trata-se de áreas centrais com características específicas, como áreas industriais e portuárias, que
necessitam de processos de modernização de sua infraestrutura e processos operacionais para se
adequar ao mercado.

Podem também ser áreas abandonadas que necessitam de um planejamento de reocupação


adequado às necessidades da população, de acordo com as disposições do Plano Diretor.

Recife - PE. Área portuária. Fonte: Governo de Pernambuco


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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE


TRANSFORMAÇÃO URBANA

5. Áreas Centrais tradicionais SOB INTERESSE DO MERCADO PARA O USO COMERCIAL

São áreas que sofreram transformação das


atividades econômicas, com crescimento
desordenado da atividade comercial e conseqüente
transferência de usos, principalmente, o
residencial. Estas áreas possuem elevado valor
imobiliário, apesar da ausência de qualificação do
ambiente urbano e das edificações.

Na maioria das situações, ocorreram perdas


significativas do patrimônio edificado. A
ausência de complementaridade de usos colabora
para o aumento da violência em determinados
períodos (noites e finais de semana).
São Paulo – SP. Avenida 25 de Março. Fonte: Prefeitura Municipal
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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE


TRANSFORMAÇÃO URBANA

6. Áreas Centrais recentes COM CARÊNCIAS ESTRUTURAIS

São novas áreas consolidadas pela lógica de transformação urbana, em geral associada ao
deslocamento e crescimento de atividades econômicas onde o desenvolvimento ocorreu de forma
desordenada, sem o amparo de infraestrutura, gerando problemas de saneamento, mobilidade, entre
outros.

Santa Luzia-MG. Avenida Brasília.


Fonte: Governo do Estado de Minas Gerais
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CLASSIFICAÇÃO DOS CENTROS DE ACORDO COM OS PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO


URBANA

7. Áreas centrais COM CONFLITOS SOCIAIS

Áreas de disputas de grupos que utilizam os territórios de acordo com suas necessidades de
ocupação, gerando conflitos devido à falta de um ordenamento de posturas necessárias à
qualidade do ambiente urbano.

Maceió-AL. Feira livre na linha da CBTU. Fonte: MCidades


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Unidade 2 – Conceito e Caracterização

Nesta lição você teve a oportunidade de estudar o que são áreas urbanas centrais, suas
características e alguns tipos de áreas urbanas existentes.

Para refletir ...

Sua cidade possui um ou mais centros?

O que o(s) centro(s) de sua cidade apresenta(m) como convergências e conflitos?

O(s) centro(s) de sua cidade se enquadra(m) em algum(ns) dos tipos apresentados?


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Bibliografia

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Manual de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais. Brasília:
Ministério das Cidades, 2008.

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