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SEMINÁRIO DE ENGENHARIA GEOTECNIA DO RIO GRANDE DO SUL

GEORS 2017

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO EFEITO DA ADIÇÃO DE CIMENTO


PORTLAND EM TERMOS DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
SIMPLES (RCS) EM SOLO DA REGIÃO DE SANTA ROSA-RS

Marina Angela de Souza Ciprandi


Pesquisadora do curso de Engenharia Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
marinaadesouza@yahoo.com.br
José Antônio Santana Echeverria
Professor do curso de Engenharia Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
jaecheverria@yahoo.com
Marcieli Simon
Pesquisadora do curso de Engenharia Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
marcieli_simon@hotmail.com
Rodrigo Carazzo de Camargo
Acadêmico do curso de Engenharia Civil. Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
rodrigocarazzo@hotmail.com
Fernanda Dresch
Pesquisadora do curso de Engenharia Civil. Universidade Federal de Santa Maria
fernandadresch.eng@gmail.com

Resumo. O objetivo principal do presente chegando a um valor de RCS de:2,24Mpa e o


trabalho é analisar o comportamento de um resultado mais significativo deste estudo, que
solo (basalto decomposto) oriundo da região foi de: 2,74Mpa, obteve-se da adição de
de Santa Rosa, após adição de cimento, 15,78% de umidade e novamente 7% de
verificando a provável melhoria em termos de cimento Portland.
resistência, para sua possível utilização como
camadas do pavimento. A metodologia Palavras-chave: Estabilização. Solo-cimento.
envolveu análises laboratoriais de amostras Resistência a compressão simples.
de solo da cidade de Santa Rosa. Os
resultados indicam que o solo em questão
poderá ser estabilizado com adição de no 1. INTRODUÇÃO
mínimo 7% de cimento Portland, pois
verificou-se em duas combinações de mistura Tendo em vista que no Brasil os modais
(solo+ teor de umidade + teor de cimento) aquaviários e ferroviários não tem seu
resultados positivos, ou seja, acima do valor potencial de transporte amplamente
mínimo exigidos por norma. Sendo que na aproveitados e utilizados, o modal rodoviário
primeira combinação foi utilizado a umidade está cada vez mais sobrecarregado, com sérias
ótima do solo (18,78%), mais 7% de cimento, carências de infraestrutura e baixa qualidade

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nas condições do pavimento (PADULA, rodoviários, exige dos engenheiros, novos


2008). Sendo assim, a procura de novas estudos e pesquisas visando bom desempenho
tecnologias, que objetivam soluções versus melhor custo (SPECHT, 2000).
ambientalmente corretas, executadas com Sabe-se que a estabilização de solos é
menor custo e maior velocidade se fazem cada uma técnica construtiva bastante utilizada em
vez mais necessárias (PADULA, 2008). pavimentação pois viabiliza a utilização de
Utilizam-se nas camadas estruturais de solos locais, melhorando suas propriedades,
um pavimento, materiais constituídos por principalmente capacidade de suporte. Para o
solos, agregados e, eventualmente, aditivos alcance de bons resultados, a constituição
como cal, cimento, emulsão asfáltica, entre química e mineralógica do solo, bem como
outros, os quais podem ser classificados como granulometria e rugosidade das partículas
granulares e solos estabilizados quimicamente devem ser observadas (OLIVEIRA, 2010).
ou cimentados ou ainda materiais asfálticos, Mesmo que, teoricamente qualquer tipo
de acordo com seu comportamento frente aos de solo possa ser estabilizado com cimento, o
esforços (BERNUCCI et al. 2008). adequado é que este solo seja tratado com uma
Dessa forma, busca-se através do quantidade de cimento que o torne
embasamento teórico e pesquisas com a competitivo economicamente em comparação
análise em termos laboratoriais, o com outros tipos de estabilizantes e visto por
comportamento da mistura solo-cimento para este aspecto, os solos granulares têm se
possíveis camadas de pavimento, e mais mostrado bastante eficientes em relação aos
especificamente a avaliação dos efeitos da argilosos, pois atinge resistências maiores
adição quanto a RCS. utilizando percentagens menores de cimento
(BASSO et al., 2003).
2. ESTABILIZAÇÃO DE SOLOS Para França (2003), a estabilização de um
solo consiste na modificação, ou seja, no
Segundo Medina (1987), o solo é o melhoramento de suas condições para que
material de construção civil de maior resistam às variações climáticas, aos desgastes
quantidade encontrado na natureza, do ponto e esforços oriundos do tráfego, levando em
de vista da terraplanagem e pavimentação, conta adversidades consideradas em projeto.
fazendo parte do subleito, sub-base e por São Paulo foi um dos estados pioneiros no
vezes até da base e do revestimento primário. Brasil a lançar-se em pesquisas sobre solo
Logo, quando as características do solo natural estabilizado com cimento, com pesquisas
não apresentam adequadamente os requisitos feitas através de sua Assistência de Pesquisa-
exigidos, é necessária a adoção de atitudes ou SP e do Departamento de Estradas de
escolhas que substituem este solo de má Rodagem do Estado de São Paulo, juntamente
qualidade, utilizando técnicas que melhorem com o laboratório regional de Bauru onde se
suas propriedades mecânicas de acordo com o verificou grande facilidade neste tipo de
esperado em projeto, utilizando para este fim, estabilização com o uso de teores de cimento
estabilizações mecânica, granulométrica, física relativamente baixos (SENÇO, 2001).
ou química. Experiências satisfatórias como o acesso
Aspectos como o aumento dos preços dos ao aeroporto de Bauru com 500 metros que
materiais de construção, diminuição da utilizou 11% de cimento em volume e o
disponibilidade de materiais naturais bem acesso ao aeroporto de Presidente Prudente,
como a crescente exigência e o balizamento com extensão de 14km e teor de cimento
impostos na execução de pavimentos utilizado entre 12% a 14%, tornaram a opção

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de bases e sub-bases de solo-cimento a mais 2.2 Solo-cimento (SC)


construída no Estado de São Paulo, com mais
de 50% da extensão de sua rede pavimentada e Mais de 25.000 Km de base ou sub-base
com teor de cimento médio usado de 8% de pavimentos já foram executados no Brasil
(SENÇO, 2001). desde 1939, com a solução solo-cimento, que
Cruz (2004) afirma que existe uma busca é uma mistura homogênea compactada, curada
cada vez maior por estruturas construídas e endurecida de solo, cimento e água, podendo
sobre fundações com solos estáveis, mas que ser utilizados solos do próprio local da futura
em frequentemente encontrando solos naturais base ou solos vindos de outras jazidas e
sem as condições necessárias que assegurem a misturados em usina central ou no próprio
função a que estão destinados, a solução deste campo (ABCP, 2009).
problema se transforma em uma decisão O produto resultante deste processo tem
importante ao engenheiro civil, tendo este que demonstrado aumento significativo de
saber escolher a melhor alternativa, tais como: resistência e rigidez quando comparado com o
modificar o projeto adaptando-o ao solo solo natural, baixa permeabilidade, baixa
existente, optando por fundações indiretas ou retração e boa durabilidade o que o torna um
aumentando as dimensões da fundação, material de construção com potencial para
compensando a baixa capacidade do solo; várias aplicações, como fundações
optar por outro local onde o solo tenha as superficiais, proteção de taludes, barragens, e,
características desejadas; substituir o solo do como base e sub-base de pavimentos
local por outro de melhor qualidade; modificar rodoviários (SPECHT, 2000).
as características do solo existente no local, Apesar da mistura solo-cimento promover
melhorando seu comportamento para que este o aumento da capacidade estrutural do
responda de forma satisfatória às solicitações pavimento e reduzir as tensões transmitidas ao
previstas, designado por estabilização ou terreno de fundação o que melhora o
melhoramento de solos. desempenho estrutural do mesmo, deve-se
levar em conta que a adição do cimento gera
2.1 Tipos de estabilização de solos uma coesão química muito elevada no solo e
dependendo do teor de cimento utilizado
Para Cruz (2004), a estabilização de solos poderá resultar num material demasiadamente
pode ser dividida em três grupos, de acordo duro e de elevada rigidez à flexão, propenso a
com os meios que serão utilizados, sendo eles: quebrar sob as cargas do tráfego. Sendo assim,
a) Estabilização mecânica: onde se procuram as aplicações de teores elevados de cimento
melhorar as características dos solos através podem propiciar o aparecimento de trincas por
da arrumação das suas partículas sólidas e/ou retração e outras falhas que causam a
recorrendo a correções da sua composição degradação acelerada da camada cimentada o
granulométrica; que diminui a vida útil do pavimento (PAIVA;
b) Estabilização física: onde as propriedades OLIVEIRA, 2013).
dos solos são modificadas através do uso do As principais vantagens da estabilização
calor e da eletricidade; de solos com aditivos químicos estão
c) Estabilização química: onde as relacionadas com a redução do índice de
características dos solos são modificadas plasticidade, bem como com o aumento da
através de aditivos. trabalhabilidade resultante de evoluções
granulométricas, o que torna o material mais
granular e garante aumento de rigidez a médio

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e longo prazo (FERNANDES; SANTOS; jazida que está localizada na cidade de Porto
PINTO, 2010). Vera Cruz, região noroeste de Santa Rosa /RS.
O uso de cimento para estabilização de
solos é um método que permite obter Figura 1. Basalto Decomposto
consideráveis melhorias nas características do
solo, quer do ponto de vista mecânico quer da
durabilidade (CRUZ, 2004).
A mistura de solo e cimento teve grande
aceitação na execução de obras rodoviárias,
aeroportos barragens, canais de irrigação,
pavimentação de pátios e estacionamento,
dentre outras aplicações, por meio de seu uso
em proporções adequadas (SEGANTINI,
2000).
As principais variáveis que controlam as
propriedades e características das misturas de Já o cimento utilizado foi do tipo cimento
solo-cimento são o tipo de solo ou material Portland tipo CP II Z 32, com adição de
agregado, a proporção de cimento utilizada na composto com pozolana e resistência aos 28
mistura, as condições de umidade e o grau de dias de 32 Mpa. A escolha por este tipo de
compactação (CRUZ, 2004). cimento foi pelo fato da grande
O solo do local da obra é o mais indicado disponibilidade na região. Ainda, para a
para pavimento com base de solo-cimento, produção dos traços foi utilizada água
porque diminui os custos com transporte, proveniente de poço artesiano que abastece o
viabilizando a execução, com exceção de Laboratório de Engenharia Civil (LEC) da
solos orgânicos, pois estes não podem ser UNIJUÍ, campus Santa Rosa.
utilizados (LOPES, 2002).
3.2 Caracterização e classificação física do
3. MATERIAIS E MÉTODOS material
3.1 Materiais utilizados Para a caracterização e classificação da
amostra foram realizados os seguintes ensaios:
O planejamento desta pesquisa preparação da amostra conforme a norma
contemplou as etapas de coleta das amostras DNIT 164/2013 - ME (Solos - Compactação
de solo e sua devida caracterização, definição utilizando amostras não trabalhadas), que leva
das dosagens de cimento Portland e umidades, em conta no método B para preparação de
seguindo com a confecção dos corpos de amostra; análise granulométrica conforme
prova para realização do ensaio de RCS, método de ensaio DNER-ME 080/94; limite
analisando após o rompimento dos mesmos, se de liquidez conforme método NBR 6459/84;
houve melhora ou não no desempenho da limite de plasticidade conforme método NBR
resistência do solo e qual conjunto de adições 7180/84; cálculo do índice de plasticidade;
obteve melhores resultados. O solo objeto ensaio de compactação (Proctor) conforme
desta pesquisa foi do tipo basalto decomposto norma DNIT 164/2013– ME; ensaio CBR
com grande fração de agregado graúdo, conforme método NBR 9985/1987; cálculo da
conforme mostra a “Figura 1”, retirado de uma expansão e classificação Transportation

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Research Board – TRB, antigo (Highway retido entre a peneira 4,8 mm e a de 19 mm, e
Research Board -HRB). feita a adição do teor de cimento Portland
primeiramente no solo de granulometria mais
3.3 Ensaio de resistência a compressão fina, ou seja, no passante da peneira 4,8 mm e
simples misturado o solo e o cimento completamente
até que a cloração seja uniforme em toda a
Para o ensaio de RCS, primeiramente foi massa, compondo a mistura seca (“Figura 2”).
escolhido o método de dosagem, que se
baseou na NBR 12253∕2012 – Solo-cimento – Figura 2. Etapas processo de ensaio de RCS
Dosagem para emprego como camada de
pavimento, com o auxílio do método DNIT,
foram estimadas três relações de teor de
umidade e cimento que foram misturados ao
solo, sendo os teores de cimento: 5%, 6% e
7% e umidades 18,78% (umidade ótima),
15,78% (três pontos percentuais a menos que a
umidade ótima) e 21,78% (três pontos
percentuais a mais que a umidade ótima). Após a adição do cimento Portland na
O critério mais importante levado em parcela fina da amostra de solo, foi adicionada
conta, para o ensaio de resistência à à mistura a parte do agregado graúdo, ou seja,
compressão simples, foi que para possíveis o material retido entre a peneira 4,8 mm e 19
camadas do pavimento de solo-cimento esta mm, a quantidade de água (esta, calculada
resistência deverá ser de no mínimo 2,1Mpa para o total de solo seco da amostra
para resistência à compressão aos 7 dias, descontando a umidade higroscópica). Logo
segundo (Norma DNIT 143∕2010 - ES). após, foi feita a adição da quantidade de água
Foram moldados para cada teor de cimento e e compactada a amostra no interior do molde
umidade, dois corpos de prova (CPs) iguais, cilíndrico conforme NBR 12025 MB
em cilindro de aço com 150 mm de diâmetro e 3361/1990- Solo-cimento- Ensaio de
115 mm de altura e volume de 2086 cm³ sendo Compressão Simples de corpos-de-prova
que ao rompê-los foi utilizado o maior valor cilíndricos, firmemente afixado à sua base e
de RCS dos dois CPs, utilizados como base. com o colarinho ou cilindro complementar
Por fim, a norma DNER 202∕94 descreve que ajustado, em cinco camadas sucessivas de 26
as umidades de moldagem e após rompimento golpes do soquete metálico maior, em queda
dos corpos de prova, não devem diferir mais livre, sendo os golpes distribuídos
que 1% da umidade utilizada na moldagem, uniformemente sobre a superfície desta. As
nem a massa específica aparente seca do corpo compactações e moldagens dos corpos de
de prova diferir da massa aparente seca prova para o ensaio foram executadas com as
máxima mais que 30 g∕cm³, caso isso ocorra seguintes combinações: primeira combinação
este corpo de prova deverá ser descartado. de mistura, utilizando a umidade ótima, obtida
Para a moldagem dos corpos de prova no ensaio de compactação (18,78%) e
conforme NBR 12023/1992 – Solo-cimento- moldados sempre um par de corpos de prova
Moldagem e cura de corpos-de-prova com os teores de 5%, 6% e 7% de cimento.
Cilíndricos, foram pesadas e mantidas Segunda combinação de mistura, utilizou-se
separadas as amostras representativas do uma umidade três pontos percentuais a menos
material, passando na peneira de 4,8 mm e do que a umidade ótima (15,78%), e também

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foram moldados pares de corpos de prova com ME 201/94, colou-se o corpo-de-prova na


5%, 6% e 7% de cimento. Terceira prensa, sobre o prato fixo de carga da máquina
combinação de mistura, utilizou umidade com de ensaio, de tal maneira que o eixo vertical
três pontos percentuais a mais que a umidade do cilindro alinhou-se com o centro de carga
ótima (21,78%) e novamente foram moldados do prato rotulado móvel, fazendo com que este
pares de corpos de prova com adição de 5%, encostasse suavemente no corpo-de-prova,
6% e 7% de cimento. ajeitando-o manualmente até que o contato
Após a compactação, cada molde era entre o prato de carga e a base do corpo-de-
retirado do interior do cilindro e bem prova estivesse uniforme. O carregamento
embalado, de forma que não pudesse entrar então foi iniciado, continuamente e sem
água do exterior no corpo de prova e choques, durante todo o decorrer do ensaio. O
identificado com seu respectivo teor de carregamento, em qualquer caso, só deve
cimento e umidade usados na moldagem cessar quando o recuo do ponteiro de
conforme demonstrado na “Figura 3”. carregamento for aproximadamente 10% do
valor da carga máxima alcançada.
Figura 3. Etapas processo de ensaio de RCS
Figura 5. Rompimento corpos de prova ensaio
de RCS

Logo após serem moldados, os corpos-de-


prova, estes foram colocados na câmera úmida
(“Figura 4”), à temperatura de 23 º C com Os resultados foram calculados através da
tolerância de 2 º C e umidade relativa do ar resistência à compressão axial do corpo-de-
não inferior a 95% e como este estudo destina- prova dividindo a carga de ruptura pela seção
se para fins exclusivos de dosagem de solo- transversal do corpo-de-prova, sendo o
cimento em provável camada de pavimento, o resultado expresso com a aproximação de 10
período de cura foi de sete dias completos. kPa.

Figura 4. Etapas processo de ensaio de RCS 4. RESULTADOS

4.1 Caracterização e classificação física do


material

Os resultados do ensaio de granulometria


por peneiramento apresentou a curva
granulométrica demonstrada na “Figura 6”.

Para a etapa de rompimento (“Figura 5”)


que foi executada conforme método DNER-

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Figura 6. Curva Granulométrica pesquisa, que foram: teor de umidade ótima


(wót): 18,78% e massa específica aparente
seca máxima: 1,811 g∕cm³, valores estes
considerados usuais para a região onde se
encontra (“Figura 8”). Com o valor da
umidade ótima encontrada neste ensaio de
compactação foi moldado o corpo de prova do
ensaio CBR e encontrado o valor de sua
resistência.

Figura 8. Curva de compactação

A “Figura 7” demonstra o resultado do


ensaio de limite de liquidez, bem como seu
respectivo gráfico e a “Tabela 1” apresenta os
resultados dos limites de consistência do solo.

Figura 7. Gráfico Limite de Liquidez

O ensaio CBR ou índice ISC, executado


conforme o método NBR 9985/1987, onde foi
realizada a compactação dos corpos de prova,
utilizando o teor de umidade ótima encontrado
no ensaio de compactação (18,78%), seu
resultado (“Tabela 2”).

Tabela 2. Resultado ensaio CBR ou I.S.C


Tabela 1. Limites de consistência do solo

Por fim, após a realização dos ensaios de


caracterização do solo, verificou-se que o
Com os valores do limite de plasticidade, mesmo atende aos requisitos do DNIT e que
18,6 %, e do limite de liquidez, 29,2 %, foi possui um razoável índice de suporte (I.S.C:
possível calcular o índice de plasticidade (IP = 25,3%), com pouca expansão (0,57%). A
LL – LP) de 10,6 %, sendo possível afirmar “Tabela 3” demonstra os valores indicados aos
que o solo utilizado tem plasticidade mediana. solos pela norma DNIT 143/2010 – ES para
O ensaio de compactação do solo, feito misturas solo-cimento, correlacionados com
com energia intermediária (5 camadas de 26 os resultados deste estudo.
golpes cada), gerou uma curva característica
que indicou a umidade ótima deste solo e
forneceu o principal resultado para o
prosseguimento dos experimentos desta

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Tabela 3. Características do solo resistência a compressão simples em relação


aos diferentes teores de umidade (15,78%,
18,78% e 21,78%) utilizados nas três
combinações, todas com adição de 7% de
cimento.

Tabela 5. Valor das umidades após


rompimento

Usando os dados sobre as características


do solo através da granulometria e dos limites
de consistência (“Tabela 4”), foi possível
classificar o solo segundo o sistema
Transportation Research Board – TRB, como
segue: o percentual passando na peneira n°
200 (32,86 %) indicou que o material é
granular; o percentual passando na peneira n°
10 (77,18 %) e n° 40 (57,01 %) e na peneira
n° 200 (32,86 %) indicou que o material
pertence à família A 2; o limite de liquidez
(29,2 %) e o índice de plasticidade (10,76 = 11
%) indicam que o solo pode ser classificado
como sendo um material granular do grupo A-
2-6.
Figura 10. Resultado da variação de RCS
Tabela 4. Características do solo basalto versus diferentes teores de umidade
decomposto

4.2 Ensaio de Resistência a Compressão


Simples (RCS) A “Figura 11” demonstra os resultados
obtidos no rompimento da combinação 01:
A “Tabela 5” demonstra as umidades de teor de umidade (15,78%) mais adição de 5%,
moldagem e após romper dos corpos de prova 6% e 7% de cimento Portland. Verificou-se
em cada combinação entre teor de cimento e que na adição de 7% de cimento em ambos os
água adicionados ao solo. O gráfico a seguir corpos de prova 1CP: 2,74Mpa e 2 CP:
(“Figura 10”) demonstra a variação de

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2,62Mpa, obteve-se valor maior que o mínimo Figura 13. Resultados de RCS para a
exigido para solo-cimento que é de 2,1Mpa. combinação 03
Utilizou-se como base o maior resultado dos
moldes pares, ou seja, 2,74 Mpa (1CP).

Figura 11. Resultados de RCS para a


combinação 01

E por fim, a “Figura 13” demonstra os


resultados obtidos no rompimento da
combinação 03: teor de umidade (21,78%) +
5%, 6% e 7% de cimento Portland. Esta
combinação com a maior umidade utilizada,
A “Figura 12” demonstra os resultados não obteve resultados satisfatórios para
obtidos no rompimento da combinação 02: mistura solo-cimento, pois todos os resultados
teor de umidade ótima (18,78%) + 5%, 6% e ficaram abaixo do mínimo exigido pelo DNIT.
7% de cimento Portland. Nesta combinação
novamente os corpos de prova moldados com 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7% de cimento obtiveram os melhores
resultados, sendo que o valor base desta Considera-se que o objetivo principal e maior
combinação foi o 2CP: 2,24 Mpa. deste estudo experimental, que foi de
contribuir para o melhor conhecimento das
Figura 12. Resultados de RCS para a propriedades de um solo tipo basalto
combinação 02 decomposto e sua estabilização química, com
adição de cimento Portland, bem como a
tomada de decisões explorando as
possibilidades apresentadas pelo método de
dimensionamento mecanístico-empírico, foi
atingido. O solo, objeto deste estudo, foi
classificado segundo método T.R.B como
pedregulho ou areia siltosa ou argilosa,
pertencente ao grupo A-2-6. Apresentou
umidade ótima de 18,78% utilizando Energia
Intermediária de compactação, com massa
específica aparente de 1,811 g∕cm³ e seus
limites de consistência foram de: 29,2%
(limite de liquidez), 18,6% (limite de
plasticidade), resultando em um índice de
plasticidade de 10,6%. O ensaio CBR

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demonstrou um I.S.C de 25,3% com expansão _____. NBR 12025 MB 3361: Solo-cimento –
de 0,57%. Após diversos ensaios laboratoriais Ensaio de Compressão Simples de Corpos- de-
anteriormente citados, pôde-se concluir que o prova Cilíndricos. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
solo em questão poderá ser estabilizado, no 1990.
âmbito de estudo desta pesquisa, se _____. NBR 6459: Determinação do Limite
adicionado a ele um mínimo de 7% de de Liquidez. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 1984.
cimento Portland, visto que em duas
combinações de mistura, sendo combinação _____. NBR 7180: Determinação do Limite
01: (solo + 15,78% de umidade, esta sendo3% de Plasticidade. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
menor que a wót + 7% de cimento) e 1984.
combinação 02: (solo + 18,78% (wót) + 7% de
cimento), obteve-se valores de RCS _____. NBR 9985: Solo – Índice de Suporte
respectivamente de: 2,74Mpa e 2,24Mpa, Califórnia. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 1987.
ambos maiores que o valor mínimo exigido
por norma (2,1Mpa aos 7 dias). Em relação BASSO, R. V. et al. Aplicação do método
aos valores alcançados de RCS versus teor de físico-químico de dosagem de misturas solo-
umidade, pôde ser verificado que a relação cimento aos solos típicos no noroeste do
água /cimento tem grande influência nos Paraná. In: IV Encontro Tecnológico da
ganhos de resistência dos corpos de prova no Engenharia Civil e Arquitetura de Maringá ∕
âmbito desta pesquisa e demostraram que os PR – ENTECA 2003, Maringá. v.2.p.348-357.
maiores valores de RCS, com teor de cimento
de 7%, foram obtidos utilizando umidade BERNUCCI, L.; MOTTA, L. G.; CERATTI,
ótima de 18,78% e 15,78% de umidade. J. A. P.; SOARES, J. B. In: Pavimentação
Asfáltica: Formação Básica para Engenheiros.
6. REFERÊNCIAS Rio de Janeiro: Petrobrás: ABEDA, 2008. 504
p. Incluindo Bibliografia. Patrocínio Petrobrás.
ABCP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
CIMENTO PORTLAND. Guia básico de CRUZ, M. Novas tecnologias da aplicação
utilização do cimento Portland. São Paulo, de solo cimento. 2004. 240p. Dissertação de
2002. 28p. (BT-106). 7ª Edição. Mestrado - Universidade do Minho,
Guimarães.
ABCP. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
CIMENTO PORTLAND. Solo-cimento. DNER. DEPARTAMENTO NACIONAL DE
2009. ESTRADAS DE RODAGEM. Manual de
pavimentação. 1996. 320p.
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS. NBR 12253: Solo- ____. DNER-ME 080/1994: Solo - análise
cimento - Dosagem para emprego como granulométrica por peneiramento. Rio de
camada de pavimento: Procedimento. Rio de Janeiro, 1994.
Janeiro, RJ, Brasil. 2012.
_____. DNER-ME 201/1994: Solo cimento -
_____. NBR 12023: Solo-cimento – Ensaio de compressão axial de corpos-de-prova
Compactação. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. cilíndricos. Rio de Janeiro, 1994.
1992.

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27 E 28 de ABRIL de 2017 – CAXIAS DO SUL- UCS - RS
SEMINÁRIO DE ENGENHARIA GEOTECNIA DO RIO GRANDE DO SUL
GEORS 2017

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