Origem e formação dos solos

Mecânica dos solos 1
Origem e Formação dos solos

Profª Desireé Alves
Engenharia Civil – UFERSA
1
Rocha
O que são rochas?
Agregados naturais de um ou diversos minerais,
podendo, eventualmente, ocorrer vidro ou matéria
orgânica.
Tipos de rochas
• Rochas Ígneas ou Magmáticas
• Rochas Sedimentares
• Rochas Metamórficas 2
Tipos de rochas
• Rochas Ígneas ou
magmáticas
• Rochas Metamórficas
Ex.: Granito, grabo e 3

basalto.
Tipos de rochas
• Rochas Ígneas ou
magmáticas
Ex.: Calcário, gesso, 4

dolomita.
Tipos de rochas
• Rochas Ígneas
ou magmáticas
Ex.: Gnaisse, quartzita e

mármore. 5
Intemperismo
- As rochas terrestres não constituem massas
estáticas. Elas fazem parte de um planeta
cheio de dinâmica (variações de temperatura e
pressão, abalos sísmicos e movimentos
tectônicos). Da mesma forma, as atividades de
intemperismo causam constantes alterações
sobre as rochas
6
Ciclo das rochas
As rochas ígneas
superficiais da
Terra (A) sofrem
constante
intemperismo, e
lentamente reduzem-
se em fragmentos (B),
incluindo tanto os
detritos sólidos da
rocha original como
os novos minerais
formados durante o 7
intemperismo.
Ciclo das rochas
Os agentes de
transporte
redistribuem o
material fragmentado
sobre a superfície,
depositando-o como
sedimentos, que se
transformam em
rochas
sedimentares (C).
8
Ciclo das rochas
Estas, por aumento de
pressão e temperatura
geram as rochas
metamórficas(D).
Aumentando a pressão e
a temperatura até
determinado ponto,
ocorrerá fusão parcial e
novamente a
possibilidade de
formação de uma nova
rocha ígnea (E), dando-
se início a um novo ciclo. 9
Intemperismo
• A ação do intemperismo nas rochas originam os solos.
- Intemperismo Físico
• Ação mecânica desagregadora (desintegração) de
transporte da água, do vento e da variação de
temperatura.
• Efeitos Secundários: Redução das dimensões dos
fragmentos e aumento da área das superfícies de ataque.
• Exemplos:
• Decomposição;
• Dilatação térmica;
• Ação do gelo; 10
• Expansão coloidal.
Intemperismo
- Intemperismo Químico
• Processos químicos
(decomposição) que alteram,
solubilizam e depositam os
minerais de rocha,
transformando-a em solo.
• Fauna e flora: hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação,

troca de cátions, carbonatação, dissolução, reconstituição
química, etc
• Efeitos Secundários: Alteração quase completa das
propriedades físicas e químicas com aumento sensível de
volume. 11
Formação de sedimentos
Tamanho das Partículas
- Intemperismo Físico
• É capaz de originar partículas de tamanhos até
cerca de 0,001 mm: Siltes, areias e cascalhos
- Intemperismo Químico
• É capaz de originar partículas de diâmetro menor
que 0,001 mm: Argilas
• Pode ocorrer tanto por meio da formação das

partículas minerais a partir de componentes em
solução, ou pela decomposição química de outros 12
minerais.
Transporte de sedimentos
Agentes: água, ar, gelo, a gravidade e os
organismos
Principais formas de alteração:

1. Forma, tamanho e textura dos grãos através da
abrasão, moagem, impacto e solução.
2. Classificação da partícula
13
Transporte de sedimentos
Exemplo:
Um curso de água tende a selecionar o tamanho das
partículas depositadas.
• Próximo da cabeceira, em que a velocidade das águas é
maior, devem depositar-se os grãos mais grossos,
• As partículas mais finas poderão ser transportadas a
longas distâncias, até que a velocidade da água
diminua consideravelmente, e permita que haja
deposição.
14
Depósito de sedimentos
depósito de água
fresca sem
perturbações
depósito de água
salgada sem
perturbações
remoldados
15
O que são solos?
• Misturas de partículas pequenas que se

diferenciam pelo tamanho e pela composição
química.
• Misturas naturais de um ou diversos minerais (às

vezes com matéria orgânica) que podem ser
separados por processos mecânicos simples, tais
como agitação em água ou manuseio.
16
O que são solos?
• Numa conceituação mais simplista, o solo seria
todo material que pudesse ser escavado, sem o
emprego de técnicas especiais, como, por exemplo,
explosivos.
• O solo forma a fina camada superficial que

recobre quase toda a crosta terrestre e no seu
estado natural apresenta-se composto de
partículas sólidas, líquidas e gasosas.
17
Formação dos solos
• Fase sólida: caracterizam o solo
• Fases líquida e gasosa: são consideradas
conjuntamente como porosidade.
Na análise de comportamento real de um solo, há

necessidade de se levar em conta as porcentagens
das fases componentes, bem como a distribuição
dessas fases através da massa de solo.
18
Tipos de solos
o SOLOS RESIDUAIS - O material resultante do
intemperismo permanece sobre a rocha que lhe deu
origem;
o SOLOS TRANSPORTADOS (Sedimentares) -

Acúmulo do resíduo do intemperismo de uma rocha em
local diferente do de formação;
o SOLOS ORGÂNICOS - Solos com elevado teor de

matéria orgânica visíveis a olho nu ou no estado coloidal.
o SOLOS LATERÍTICOS -
19
Tipos de solos - Solo Residual
• Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade
de remoção do solos seja menor que a velocidade de
decomposição da rocha.
• Comum no Brasil, sobretudo no Centro-Sul.
• Exemplos:
Decomposição de basaltos que origina as chamadas
“terras rochas” ou a decomposição de rochas cristalinas
que originam espessas camadas de solo residual, como
acontece frequentemente na Serra do Mar.
20
21
22
23
Perfil geotécnico típico de solo residual de gneiss do Rio de Janeiro
• Solo residual maduro: O material mais
intemperizado, ocorre acima do saprolito,
contém maior percentagem de argila.
• Solo residual jovem, ou saprolito (sapros, em

grego, significa deteriorado, podre): Sobre a
rocha alterada, material arenoso.
• Rocha alterada: Sobre a rocha sã, em geral

muito fraturada e permitindo grande fluxo
de água através de descontinuidades.
• Rocha sã: ocorre em profundidade, mantém

Figura: perfil de residual de as características originais. 24
intemperização típico de
rochas ígneas intrusivas.
25
26
27
28
Tipos de solos - Solo Transportado
Para a sua ocorrência é necessário que a velocidade de
remoção do solos seja maior que a velocidade de
decomposição da rocha.
Exibem características de acordo com o agente de

transporte e ambiente de deposição.
De acordo com os agentes de transporte, os solos

transportados podem ser:
aluviais (água),
eólicos (vento),
coluviais (gravidade) 29
e glaciais (geleiras).
• Solos coluviais:
• São solos transportados por gravidade, com o auxílio de

enxurradas;
• Ocorrem próximo ao pé de encostas e são compostos por
materiais diversos desde blocos de rocha até argila;
• Desmoronamentos em encostas íngremes provocam acúmulos
instantâneos de solos, fragmentos e blocos de rocha sem
qualquer seleção;
• Os solos resultantes são, portanto, muito heterogêneos e,
inicialmente, bastante porosos.
30
• Solos coluviais:
• Camadas com a forma de uma lente espessa assentada sobre a

superfície levemente inclinada para jusante (sopé de encostas);
• Não ocorrem em frente dos rios que descem as encostas ,
porque a água com velocidade muito grande, remove qualquer
acúmulo de solos na sua frente;
• Em climas tropicais e subtropicais, os solos coluviais são
argilosos e predominam, em geral, sobre as pedras e os blocos.
31
Os solos coluviais podem ser de dois tipos:
•coluvião: encontrados em encostas e em grandes áreas planas,

encontram-se num estado mais compacto e, portanto, mais
estáveis, material decomposto transportado por gravidade;
•tálus: localizado no sopé das encostas, altamente heterogêneo.

Encontra-se em estado fofo com predominância de fragmentos
de rocha, apresentando “rastejo”, resultando em solos pouco
espessos na fonte, o que restringe a ocorrência de tálus ao sopé
de encostas de forte declividade ou, então, ao pé de escarpas
rochosas;
32
• coluvial ou talus, muito comum
ao pé de encostas naturais de
granito e gnaisse, caso típico
dos morros do Rio de Janeiro e
de toda a serra do Mar.
• Vegetação típica: Bananeiras
• Depósito de material, próximo ao pé das encostas, muito

solto e em geral contendo muitos blocos soltos, devido ao
deslizamento e ao transporte pela água de massas de solo.
• Grande causa de acidentes durante chuvas intensas, que o 33

saturam e elevam o nível d’água do terreno, levando-o ao
deslizamento.
• Solos aluviais
• São formados pela ação do transporte de correntes de água.

• São encontrados em leito ou em margens de corpos d’água;
• A sua textura depende da velocidade de transporte da água.
• Podem ser classificados como de origem:

 Marinha (oceanos e mares e encontrados em regiões de
praias e manguezais),
 Fluvial (rios),
 Pluvial (chuvas),
 Lacustres (lagos)
34
 ou Deltaicos (foz dos rios com o mar ou lagos).
• Solos fluviais
• As partículas sólidas transportadas pelas águas dos rios são

depositadas nos momentos em que a corrente sofre uma
redução da velocidade;
• Com a variação do regime de um rio, há a possibilidade dos
depósitos de aluvião aparecerem com granulometria bastante
heterogênea.
• podem aparecer na forma de:

• terraço fluvial (aluvião antigo): encontra-se em posição
superior a do aluvião, ao longo do rio (areias ou seixos mal
classificados);
• planícies de inundação, que são depósitos mais extensos
35
formados durante períodos de cheia do rio (siltes e argilas
bem classificadas).
• Solos de terraços fluviais:
• As águas correntes de rios e arroios transportam:
• No fundo: Pedregulhos
por rolamento
• No fundo e aos saltos:
Areias grossas, médias e
parte de areias finas
• Em suspensão em toda a
altura das águas: Parte
das areias finas, siltes e
36
argilas.
• As partículas mais finas (areias finas, siltes e argilas)
transportadas em suspensão não se depositam em águas
correntes, mas só em águas paradas;
• Elas são transportadas pelo rio até a foz, ou seja, até os
oceanos e lagos, onde se depositam ao encontrarem águas
mais paradas.
• As partículas mais grossas (pedregulhos, areias grossas,
médias e finas) transportadas pelo fundo, são as que se
depositam no leito dos rios;
• A medida que as águas correntes vão perdendo velocidade,
formam-se camadas lenticulares, onde o tamanho das
partículas de cada camada indica a velocidade das águas 37
num determinado período de deposição.
• A força das águas correntes não permitem o empilhamento
dos grãos de areia ou de pedregulhos do leito dos rios;
• Os grãos são empurrados para frente, até encontrarem uma
depressão entre grãos já depositados, onde se encaixam e
resistem muito mais ao arrancamento pelas águas correntes;
• São solos compactos com grãos encaixados e de alta
resistência.
38
• Solos de planícies de inundação:
• Nos períodos de chuvas intensas e prolongadas:
• As águas dos rios extravasam com argilas, siltes e areias finas

em suspensão, continuando as partículas maiores (pedregulhos,
areias grossas, areias médias e areias finas) depositadas ou
sendo transportadas no fundo do leito dos rios;
• Ao extravasarem, há um aumento enorme da seção de vazão ao
longo das margens e as águas sofrem uma perda substancial de
velocidade, depositando logo após as margens parte das areias
finas que transportavam, formando barrancas laterais dos rios;
• As águas que inundam as planícies de inundação levam
predominantemente argila e silte em suspensão com pouca 39
areia fina.
• Cessadas as chuvas:
• As águas retornam ao leito, baixando seu nível;

• Parte das águas, contendo argila]+silte+pouca areia fina
em suspensão, ficam represadas pelas barrancas dos rios,
passando a águas paradas e depositando as partículas em
suspensão;
• Em cada período de chuvas se forma uma delgada camada
de lama, mistura de argila+silte+areia fina com água nos
poros, por sobre toda a planície de inundação.
40
• Nas planícies de inundação onde o rio nunca passou, as

fundações dos edifícios devem ser assentados sobre uma
camada resistente inferior, solo residual ou rocha,
atravessando todas as camadas de lama mole.
41
• Solos deltaicos
• São solos formados
na foz dos rios com
o mar ou lagos;
• São solos argilosos
ou siltosos, mas
possuem camadas
de areia;
• Ocorre a presença
de matéria orgânica
(húmus);
• Baixa capacidade de
42
suporte.
• Solos lacustres
• As águas correntes dos rios quando entram nas planícies depositam

os pedregulhos e grande parte das areias , chegando aos lagos com:
 Argila, silte e areias finas transportadas em suspensão;
 Areias médias e finas transportadas aos saltos.
• Nas margens dos lagos, devido a grande redução de velocidade há
deposição das areias.
• Solos resultantes: Camadas delgadas, extensas e superpostas de
argilas (predominantes), siltes e pouquíssima areia fina que
chamamos de lama lacustre, apresentando estrutura alveolar de
lâminas de argila com grãos de silte e de areia fina dispersos,
estando os alvéolos cheios de água; 43
• Solos lacustres
• As lamas lacustres são, portanto, solos de alta compressibilidade e

moles, que estão no estado plástico e, às vezes, no estado líquido,
dependendo do teor de água que preenche os alvéolos.
• Sobre lamas lacustres, também não se deve assentar as fundações de
prédios, sob pena de ocorrerem grandes recalques, que acabarão
provocando trincas e até mesmo o colapso. As fundações terão
necessariamente de atravessar toda a lama lacustre até encontrar uma
camada resistente inferior.
44
• Solos marinhos
• Os rios e arroios quando entram e percorrem a Planície Costeira

depositam pedregulhos inicialmente e depois areias grossas,
médias e parte das areias finas que transportavam;
• Eles chegam ao mar transportando apenas parte das areias finas,
siltes e argilas em suspensão.
• No litoral e na Plataforma Continental há deposição só de areias
finas, porque a movimentação das águas impede a deposição de
silte e de argila;
• No fundo dos mares, onde as águas estão paradas, ocorre a
deposição de argila e silte, formando as lamas marinhas.
45
• Solos marinhos
• Características:
As águas, possuindo grande energia como as águas correntes, não
permitem o empilhamento dos grãos de areia fina, que só se
depositam quando se encaixam numa depressão entre grãos de
areia fina já depositados;
As areias finas marinhas, por esta razão, são compactas e de alta
resistência.
46
47
• Solos eólicos
• São transportados e depositados por ação dos ventos;

• São formados em regiões desérticas e de praias oceânicas;
• Quando a superfície do terreno estiver seca e for desprovida
de vegetação, os ventos arrancam as suas partículas mais
finas, transportando em suspensão areias finas, siltes e
argilas e, ainda, por rolamento, as areias finas.
• O transporte eólico provoca o arredondamento das
partículas, em virtude do seu atrito constante. As areias
constituintes dos arenitos brasileiros são arredondadas, por
ser esta uma rocha sedimentar com partículas previamente
transportadas pelo vento. 48
• Solos eólicos
• Dá origem aos depósitos denominados loess (vegetais) ou as

dunas (barreiras).
• Quando os ventos perdem velocidade:

• Depositam a pequenas distâncias dos locais de erosão
(centenas de metros a dezenas de Km) apenas areias finas,
formando dunas de areia fina de granulometria uniforme;
• Depositam silte e argila a grandes distâncias dos locais de
erosão (centenas de Km), formando campos de silte+argila,
que são denominados de loess.
49
• Solos eólicos
• Loess:
• Ocorre nos hemisfério norte e sul sujeitos a período de
congelamento e degelo alternados;
• Quando ocorre o degelo, a superfície do terreno, desprovida
de vegetação e exposta a forte insolação, favorece a ação do
vento, que arranca as partículas de silte e argila, além das
areias finas e acaba formando, por transporte e deposição
posteriores, depósitos do tipo Loess de grandes extensões,
além dos de areia fina (dunas).
50
• Solos eólicos
• Loess:
• Em regiões tropicais e subtropicais, onde a superfície do
terreno de solos silte-argilosos está coberta de vegetação e é
úmida, não se formam Loess;
• Nessas regiões, só se formam campos com dunas de areias
finas nas adjacências de regiões arenosas sem vegetação.
51
• Solos eólicos
• Loess:
52
• Solos eólicos
• Dunas:
• A energia dos ventos,
durante a deposição, é
bem menor que a das
águas correntes e a
das vagas dos mares,
permitindo o
empilhamento dos
grão de areia;
53
• Solos eólicos
• Dunas:
• Por isso, as areias finas eólicas, além de apresentarem
granulometria uniforme, são pouco compactas a fofas e de
baixa resistência, ao contrário das areias finas marinhas,
que são compactas e de alta resistência;
• No Brasil ocorrem areias finas eólicas:
• Nas planícies litorâneas, junto ao litoral arenoso desprovido
de vegetação (dunas);
• Nas regiões de arenito, cujos solos arenosos residuais são
facilmente erodidos, quando a sua débil vegetação de
cobertura morre em períodos de estiagem prolongada. 54
• Solos eólicos
• Dunas:
55
• Solos glaciais
• As geleiras arrancam fragmentos de rocha das paredes do

seu canal quando se movimenta e empurra o material que
está a sua frente;
• Dá origem aos drifts, muito frequentes na Europa e nos
EUA, mas com pequena ocorrência no Brasil.
• Till: Material heterogêneo (argila, silte, areia, pedregulho,
pedra, blocos de rocha) sem qualquer classificação ou
estratificação;
• Moraina: acumulação ou depósitos de till glacial.
56
• Solos glaciais
57
58
Perfil típico de solo sedimentar,

muito comum no litoral brasileiro
devido à sedimentação do
transporte fluvial no ambiente
marinho das baías e restingas,
como é o caso, por exemplo, da
argila do Rio de Janeiro,
depositada em toda a periferia da
baía de Guanabara, e das argilas
de Santos, de Florianópolis e de
São Luís.
59
Perfil geotécnico tipico de argila mole
60
61
Exemplo de boletim de
sondagem em argila mole
do Rio de Janeiro
62
Tipos de solos - Solos Orgânicos
• Os chamados solos orgânicos são formados pela

mistura de restos de organismos (animais ou
vegetais), em vários estágios de decomposição, com
sedimentos preexistentes.
• A ocorrência de solos orgânicos se dá em locais bem
característicos, tais como as áreas adjacentes aos rios,
as baixadas litorâneas e as depressões continentais.
• Geralmente argilas ou areias finas, os solos orgânicos
são de fácil identificação, pela cor escura e pelo odor
característico.
63
• A norma norte-americana classifica como solo orgânico
àquele que apresenta LL de uma amostra seca em
estufa menor do que 75% do LL de amostra natural
sem secagem em estufa. O teor de matéria orgânica
em peso tem variado de 4% a 20%.
• Por sua característica orgânica, apresentam elevados
índices de vazios, e por serem de sedimentação
recente, normalmente adensados, possuem baixa
capacidade de suporte e considerável
compressibilidade.
64
• TURFA Solos orgânicos com importante concentração
de folhas e caules e incorporam florestas soterradas em
processo avançado de decomposição. Não se aplicam às
teorias da mecânica dos solos. Muito compressíveis, podendo
apresentar recalques excessivos. Muito permeáveis,
permitindo que os recalques devido a carregamentos
externos, ocorram rapidamente.
65
Tipos de solos – Solos Lateríticos
• Predomínio de argilominerais caulinitas, muitas vezes,
umedecidos, ricos em óxidos de ferro e alumínio, por isso
geralmente avermelhados.
• Solo superficial, residual ou não, intemperizado em
condições tropicais ou em clima temperado florestal. Típicos
de partes bem drenadas das regiões tropicais úmidas.
• Estado natural Capacidade

de carga baixa a média;
• Compactados Capacidade
melhorada. Elevada resistência;
Baixa deformabilidade e baixa
permeabilidade. 66
Solo Laterítico
Solo Saprolítico
67
• Os grãos são muito pequenos (da ordem de milionésimo de
mm), além de serem pouco expansivos em contato com a água,
funcionam, quando secos, como um cimento natural e
endurecem. Quando classificado pela MCT, este solo pertence
à classe de comportamento Laterítico (Solos L).
68
Talude em perfil de
solo argiloso
laterítico X siltoso
saprolítico.
Localização: BR 116
69
Referências Bibliográficas
o ORTIGÃO, J.A.R. (2007). Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados
Críticos. 3ª edição. Terratek.
o PINTO, C. S. (2002). Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16 Aulas.
Oficina de Textos.
o TEXEIRA, W. (2009). Decifrando a Terra. 2ª Edição. Compainha Editora
Nacional.
o LEPSCH, I.F. (2011). 19 Lições de Pedologia. Oficina de Textos.
o COSTA, Y. D. J. (2010) Tipos de solos. Notas de Aula. DEC/UFRN.
o FLOSS, M. F. (2013) Solos transportados. Notas de Aula. Universidade
de Passo Fundo.
o SCHIMITZ, C. S. Mecânica dos solos. Módulo Geral I. Apostila. CEFET-
RS.
70

Origem e formação dos solos

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Mecânica dos solos 1

Origem e Formação dos solos

Ex.: Granito, grabo e 3

Ex.: Calcário, gesso, 4

Ex.: Gnaisse, quartzita e

• Fauna e flora: hidratação, hidrólise, oxidação, lixiviação,

• Pode ocorrer tanto por meio da formação das

Principais formas de alteração:

• Misturas de partículas pequenas que se

• Misturas naturais de um ou diversos minerais (às

• O solo forma a fina camada superficial que

Na análise de comportamento real de um solo, há

o SOLOS TRANSPORTADOS (Sedimentares) -

o SOLOS ORGÂNICOS - Solos com elevado teor de

• Comum no Brasil, sobretudo no Centro-Sul.

• Solo residual jovem, ou saprolito (sapros, em

• Rocha alterada: Sobre a rocha sã, em geral

• Rocha sã: ocorre em profundidade, mantém

Exibem características de acordo com o agente de

De acordo com os agentes de transporte, os solos

• São solos transportados por gravidade, com o auxílio de

• Camadas com a forma de uma lente espessa assentada sobre a

•coluvião: encontrados em encostas e em grandes áreas planas,

•tálus: localizado no sopé das encostas, altamente heterogêneo.

• Vegetação típica: Bananeiras

• Depósito de material, próximo ao pé das encostas, muito

• Grande causa de acidentes durante chuvas intensas, que o 33

• São formados pela ação do transporte de correntes de água.

• Podem ser classificados como de origem:

• As partículas sólidas transportadas pelas águas dos rios são

• podem aparecer na forma de:

• As águas correntes de rios e arroios transportam:

• Nos períodos de chuvas intensas e prolongadas:

• As águas dos rios extravasam com argilas, siltes e areias finas

• As águas retornam ao leito, baixando seu nível;

• Nas planícies de inundação onde o rio nunca passou, as

• As águas correntes dos rios quando entram nas planícies depositam

• As lamas lacustres são, portanto, solos de alta compressibilidade e

• Os rios e arroios quando entram e percorrem a Planície Costeira

• São transportados e depositados por ação dos ventos;

• Dá origem aos depósitos denominados loess (vegetais) ou as

• Quando os ventos perdem velocidade:

• As geleiras arrancam fragmentos de rocha das paredes do

Perfil típico de solo sedimentar,

• Os chamados solos orgânicos são formados pela

• Estado natural Capacidade

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