Anda di halaman 1dari 5

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

6ª VARA DE FAMÍLIA E REGISTRO CIVIL DA CAPITAL-PE.

Proc. nº 000XXXX-47.2018.8.17.XXX

XXXXX DO NASCIMENTO, CPF/MF nº XXXXX e RG nº


XXXXXXX SDS/PE, conta de endereço eletrônico:
silviobatista.adv@gmail.com, residente e domiciliado na rua XXXXXXXX, 340,
Linha do Tiro, Recife-PE, CEP 521XXXX. Por seu advogado devidamente
habilitado nos autos em epígrafe, que esta assina digitalmente, vem, com
fundamento na Súmula nº 358/STJ, art. 5º, §1º da lei 5.478/1968 e art. 335, I
do CPC, apresentar:

CONTESTAÇÃO

à AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS proposta pelo Sr.


XXXXXXXXXX FILHO, em razão dos seguintes motivos fáticos, jurídicos e
probatórios que abaixo se segue:

1. DOS FATOS NARRADOS NA INICIAL

XXXXXXX Nascimento, por meio de seu procurador


qualificado nos autos, requereu Exoneração de Alimentos para seu filho
XXXXXXXXX Nascimento.

Para tanto, alega que seu filho possui atualmente 24 (vinte


e quatro) anos de idade (certidão de nascimento em anexo), constituiu família,
com registro em Carteia de Trabalho, sendo plenamente capaz de se sustentar.

1
Requereu, portanto a exoneração dos alimentos em desfavor do
Requerido, fazendo cessar a obrigação alimentícia e, por consequência, os
descontos em folha do requerente.

Ocorre, excelência, que o pleito do Autor não merece


prosperar, tendo em vista NÃO HAVER mudanças na situação financeira dos
envolvidos (CC, art. 1.699).

2. DOS FATOS

2. 1. DA SITUAÇÃO EDUCACIONAL / FINANCEIRA DO REQUERIDO

O Requerido é filho Único do requerente. Está cursando


8º período no curso de Graduação (Bacharelado) em Educação Física na
Instituição de ensino Superior IBGM, conforme Declaração de Matrícula
(Doc.01), sendo financiado através do FIES - Financiamento Estudantil, porém
os custos com material didático, transporte, alimentação e demais custos
inerentes são suportados com os valores da Pensão Alimentícia de R$
730,00 (setecentos e trinta reais) recebida do requerente (Doc.02).
Neste sentido, busca qualificação profissional em sua área
de atuação, cursando também 4º modulo da Certificação MVF de Fisioterapia
conforme Declaração do profissional responsável (Doc.03), investindo valor de
R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) conforme Nota fiscal e comprovantes de
pagamentos (Doc.04)

Toda via, o requerido encontra-se em situação financeira


delicada, estando desempregado conforme cópia da CTPS (Doc.05).

2.2 . DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DO REQUERENTE

O Requerente é servidor público militar, atualmente exerce


cargo como Guarda Patrimonial, recebendo mensalmente o total de vantagens
equivalente a R$1.105,36 (mil cento e cinco reais e trinta e seis centavos), que
somam-se aos valores recebidos a título de Reserva Remunerada
(aposentadoria) equivalente a R$ 5.390,63 ( Cinco mil trezentos e noventa

2
reais e sessenta centavos), totalizando R$ 6.495,99 ( Seis mil quatrocentos
e noventa e cinco reais e noventa e nove centavos) de rendimentos
brutos (Doc.06).

3. DO DIREITO

As condições que fundamentaram a r. sentença (Id. 28123727), não se


alteraram. O Requerente não demonstra sua impossibilidade financeira, muito
menos, que inexiste a necessidade de seu filho, somada à ausência de
comprovação de fato impeditivo/modificativo da obrigação em prestar
alimentos.

O simples argumento da maioridade do requerido, in casu, não é suficiente


para exoneração de pensão alimentícia, tendo em vista que o pedido de
revisão/exoneração de alimentos, mostra-se imprescindível a efetiva
comprovação de mudança na situação financeira dos envolvidos conforme art.
1.699 do Código Cívil.
“Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação
financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe,
poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do
encargo.”

Nesta linha, a jurisprudência é concisa, vejamos:

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO CÍVEL. EXONERAÇÃO DE


ALIMENTOS. PLEITO RECURSAL DE EXONERAÇÃO DA PENSÃO ALIMENTÍCIA. AUSÊNCIA DE
COMPROVAÇÃO DA MODIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO FINANCEIRA DAS PARTES. BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. 1. Trata-se de
Apelação Cível em face de sentença que julgou improcedente o pleito de exoneração de
alimentos, meio pelo qual o recorrente pugna pela exoneração total da obrigação de pagar
pensão alimentícia pela ocorrência da maioridade civil da parte alimentanda. 2. É princípio do
direito alimentar que, observado o caso concreto, tanto quanto possível, a pensão seja fixada,
considerando-se a capacidade do alimentante e o padrão de vida propiciado à alimentanda
(binômio necessidade/possibilidade). Precedentes. 3. O caso é de incidência do teor da Súmula
nº 358/STJ ao dispor que "o cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a
maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios

3
autos". 4. Ao indicar fato constitutivo do seu direito a parte recorrente recebe o ônus de
comprovar sua tese, conforme disposto no artigo 373 do CPC/2015. Tendo em vista que a
parte apelante não colacionou nos autos qualquer prova acerca da sua tese de
ausência da condição financeira (situação penosa) que ensejaria a exoneração total
dos alimentos, bem como não comprovou a capacidade financeira da alimentanda
para o sustento próprio (embora tenha atingido a maioridade), tem-se que o recurso
não merece acolhimento. Precedentes. 5. Apelação cível conhecida e não provida. Sentença
mantida. ACÓRDÃO: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acorda a 2ª Câmara de Direito
Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, por unanimidade, em conhecer e negar
provimento ao recurso, nos termos do voto do Relator. Fortaleza, 19 de julho de 2017.
TEODORO SILVA SANTOS RELATOR E Presidente em exercício do Órgão Julgador
PROCURADOR (A) DE JUSTIÇA (Grifos Nossos)

(TJ-CE - APL: 01526437320158060001 CE 0152643-73.2015.8.06.0001, Relator: TEODORO


SILVA SANTOS, 2ª Câmara Direito Privado, Data de Publicação: 19/07/2017)

PROCESSO CIVIL E CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE


EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. MAIORIDADE CIVIL. BINÔMIO NECESSIDADE E
POSSIBILIDADE. FILHA CURSANDO ENSINO SUPERIOR. MANUTENÇÃO DA PENSÃO
ALIMENTÍCIA. CABIMENTO. ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA DO ALIMENTANTE.
DIFICULDADE FINANCEIRAS. AUSÊNCIA DE PROVAS. ENCARGO PROBATÓRIO NÃO ATENDIDO
A CONTENTO (CPC/2015, ART. 373, I). MODIFICAÇÃO DA OBRIGAÇÃO ALIMENTAR.
INVIABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1.Para atendimento do pedido de revisão/exoneração
de alimentos, mostra-se imprescindível a efetiva comprovação de mudança na situação
financeira dos envolvidos (CC, art. 1.699). 2. In casu, a despeito da alegação de redução da
capacidade financeira e das dificuldades em continuar arcando com a obrigação alimentar
outrora definida, com base em juízo estreito de cognição próprio dessa via recursal, não
restaram anexados elementos que pudessem evidenciar a plausibilidade do direito vindicado
pelo agravante. 3. Noutro giro, o próprio recorrente reconhece que a alimentanda conta
atualmente com 23 (vinte e três anos) de idade e vem cursando o ensino superior em
universidade pública no interior do Estado do Ceará, em vista de sua formação profissional para
futuro ingresso no mercado de trabalho. 4. Consoante pacificado na jurisprudência
pátria, conquanto extinto o poder familiar com a maioridade do filho, o dever de
prover alimentos é mantido com relação ao genitor, em razão da relação de
parentesco, enquanto o alimentado está cursando curso universitário e ainda não
possui condições de prover o próprio sustento. 5. Cumpre asseverar ainda que, em
conformidade com os arts. 1.694 e 1.695 do CC, a sobrevinda da maioridade não obsta o
direito do filho de pleitear, ou continuar recebendo, do pai os alimentos de que necessite para
sobreviver, com base no vínculo de parentesco e na solidariedade familiar, notadamente para
atender as suas necessidades de educação, ou melhor, de formação profissional. 6. Não

4
restando demonstrada a ocorrência de redução substancial na renda auferida pelo alimentante
em relação àquela que tinha por ocasião da fixação do encargo originário e aferindo-se dos
elementos de convicção coligidos aos autos que a alimentanda ainda estaria cumprindo etapa
regular de formação, necessária ao seu ingresso no mercado de trabalho, sobressai inviável a
exoneração da obrigação alimentar ora pretendida, o que denota que os alimentos vigentes
ainda atendem ao binômio necessidade e possibilidade, de sorte que a decisão agravada não
merece reparos. 7. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (Grifos Nossos)

(TJ-DF 07122878920178070000 - Segredo de Justiça 0712287-89.2017.8.07.0000, Relator:


ALFEU MACHADO, Data de Julgamento: 01/03/2018, 6ª Turma Cível, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 06/03/2018 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)

Assim Excelência, não deve prosperar os pedidos de Exoneração


de Pensão alimentícia pelos fatos e fundamentos expostos, sendo ao final
julgada improcedente a presente demanda.

4. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:

a) Improcedência da ação, mantendo os Termos da r. sentença


(Id. 28123727), isto é, 15% (quinze por cento) sobre os
rendimentos brutos mensais como pensão alimentícia em
Decisão definitiva de mérito;

b) Oficiar a unidade pagadora: Polícia Militar de Pernambuco no


endereço - QUARTEL DO COMANDO GERAL – DERBY. Rua Amaro
Bezerra, s/nº - Bairro do Derby. Recife/PE - CEP: 52010-150 do Teor da
r. sentença (Id. 28123727), tendo em vista seu cargo atual de
Guarda Patrimonial – Matrícula XXXXXX não sofrer os efeitos
da presente ordem judicial.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Paulista-PE, 16 de ABRIL de 2018.
SILVIO BATISTA DA SILVA
OAB -PE N° 38.925 D

Anda mungkin juga menyukai