Cássio Anderson
Problema 2 (Pág 70, exercı́cio 5:). Prove que todo polinômio de grau ı́mpar
sobre R tem ao menos uma raiz em R.
Os dois limites acima asseguram que existem a, b ∈ R tais que f (a) < 0 <
f (b). Como todo polinômio é contı́nuo em R, segue pelo teorema do valor
intermediário, que existe c entre a e b tal que f (c) = 0.
ou seja, c0 = c1 = c2 = . . . = cm+k = 0.
Suponha b0 6= 0. Assim, c0 = 0 ⇐⇒ a0 b0 = 0 ⇐⇒ a0 = 0, pois D é um
D.I;
c1 = a0 b1 + a1 b0 = 0 ⇐⇒ a1 b0 = 0 ⇐⇒ a1 = 0;
1
c2 = 0 ⇐⇒ a0 b2 + a1 b1 + a2 b0 = 0 ⇐⇒ a2 b0 = 0 ⇐⇒ a2 = 0;
..
.
= ψ(p(x)) + ψ(q(x));
2
(ii) ψ(p(x)q(x)) = φ(cm+k )y m+k + . . . + φ(c1 )y + φ(c0 ).
Veja que φ(ct ) = φ(a0 )φ(bt ) + . . . + φ(at )φ(b0 ), ∀t. No sentido contrário,
temos ψ(p(x)q(x)) = [φ(am )y m + . . . + φ(a0 )] · [φ(bk )y k + . . . + φ(b0 )] =
= c0m+k y m+k + . . . + c0kyk + . . . + c00 ,
onde c0t = φ(a0 )φ(bt ) + . . . + φ(at )φ(b0 ).
Solução:
def
(iii) φ(p(x) + q(x)) = φ((p + q)(x)) = (p + q)(x + a) = p(x + a) + q(x + a) =
φ(p(x)) + φ(q(x));
def
(iv) φ(p(x)q(x)) = φ(pq(x)) = (pq)(x + a) = p(x + a)q(x + a);
(iii) φ é injetora: dado p(x) = bn xn + . . . + b0 tal que φ(p(x)) = 0, temos
que p(x + a) = 0
⇐⇒ bn (x + a)n + . . . + b1 (x + a) + b0 = 0.
Note que xn só aparece na expressão bn (x + a)n na forma bn xn . Mas
como p(x + a) tem que ser o polinômio nulo, então bn = 0.
Do mesmo
modo, xn−1
n
só aparece em bn (x + a) + bn−1 (x + a)
n−1
como
n−1
bn + bn−1 xn−1 . Como bn = 0, segue que bn−1 = 0.
n
Analogamente, xn−2 só aparece em
bn (x + a)n + bn−1 (x + a)n−1 + bn−2 (x + a)n−2
3
n−2 n−2
como bn + bn−1 + bn−2 xn−1 . Como bn = bn−1 = 0,
n n−1
segue que bn−2 = 0. Indutivamente tem-se que bn−3 = bn−4 = . . . =
b0 = 0, ou seja, p(x) é o polinômio nulo.
Portanto, φ é um homomorfismo injetivo.
(iv) φ é sobrejetora: Dado p(x) ∈ K[x], basta notar que p(x − a) é ainda
um polinômio em K[x] e vale φ(p(x − a)) = p(x).
(a) J é um ideal:
(i) 0 ∈ J, pois 0(1) = 0(7) = 0, onde 0(x) é a aplicação nula;
(ii) Dados f, g ∈ J, então (f −g)(1) = f (1)−g(1) = 0 = f (7)−g(7) =
(f − g)(7). Isso mostra que f − g ∈ J;
(iii) Dados f, g ∈ J, temos (f g)(1) = f (1)g(1) = 0 = f (7)g(7) =
(f g)(7), ou seja, f g ∈ J;
(iv) Dado f ∈ J e p ∈ Q[x], temos f p(1) = f (1)p(1) = 0 = f (7)p(7) =
f p(7), ou seja, Q[x] · J ⊂ J.
Veja que se f ∈ J, então f tem ao menos grau dois, pois possui pelo
menos as raı́zes 1 e 7.
Na demonstração de que todo ideal de K[x] é principal, onde K é
um corpo, vimos que um gerador para um ideal pode ser qualquer
polinômio com o menor grau possı́vel contido no ideal. Ora, o polinômio
f (x) = (x−1)(x−7) = x2 −8x+7 está em J e é de menor grau possı́vel.
Logo, J = hx2 − 8x + 7i.
(c) J é um ideal, basta seguir exatamente os mesmos passos do item (a).
4
Problema 7 (Pág 79, exercı́cio 6:). Prove que J = R[x] · (x2 + 1) é um ideal
maximal de R[x] e identifique o corpo R[x]/J.
Além disso, p(x) não pode ser um polinômio de grau 1, pois nesse caso,
terı́amos p(x) = ax + b e q(x) = cx + d, daı́ x2 + 1 = (ax + b)(cx + d) im-
plicaria em x = −b/a ∈ R ser raiz de x2 + 1, contradição, pois sabemos que
x2 + 1 não tem raı́zes em R.
5
Assim, ψ é um isomorfismo.