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Soluções - Álgebra I

Cássio Anderson

December 10, 2015


Problema 1 (Pág 70, exercı́cio 4). Seja K um corpo. Dizemos que K é um
corpo algebricamente fechado se para todo f (x) ∈ K[x] existe α ∈ K tal que
f (α) = 0. Mostre que R não é um corpo algebricamente fechado.

Solução: Tome f (x) = x2 + 1 ∈ R[x]. Como sabemos, x2 ≥ 0, para todo


x ∈ R. Daı́, f (x) = x2 + 1 ≥ 1 > 0, ∀x ∈ R. Logo, não existe α ∈ R tal que
f (α) = 0.

Problema 2 (Pág 70, exercı́cio 5:). Prove que todo polinômio de grau ı́mpar
sobre R tem ao menos uma raiz em R.

Solução: Seja f (x) = a2m+1 x2m+1 + a2m x2m + . . . + a1 x + a0 ∈ R[x], supondo


sem perda de generalidade que a2m+1 > 0.Então,
 
2m+1 a2m a1 a0
f (x) = a2m+1 x 1+ + ... + + .
a2m+1 x a2m+1 x2m a2m+1 x2m+1

Segue, então, que


   
2m+1 a2m a1 a0
lim f (x) = a2m+1 lim x · lim 1 + + ... + +
x→+∞ x→+∞ x→+∞ a2m+1 x a2m+1 x2m a2m+1 x2m+1

= a2m+1 (+∞) · 1 = +∞.


Analogamente,
lim f (x) = −∞.
x→−∞

Os dois limites acima asseguram que existem a, b ∈ R tais que f (a) < 0 <
f (b). Como todo polinômio é contı́nuo em R, segue pelo teorema do valor
intermediário, que existe c entre a e b tal que f (c) = 0.

Problema 3 (Pág 70, exerı́cio 9:). Prove que se D é um domı́nio de integri-


dade, então D[x] é também um domı́nio de integridade. Conclua daı́ que se
K é um corpo, então K[x1 , x2 , . . . , xn ] é um domı́nio de integridade.

Solução: Sejam p(x) = am xm + . . . + a0 e q(x) = bk xk + . . . + b0 polinômios


em D[x] tais que p(x)q(x) = 0. Então,

p(x)q(x) = c0 + c1 x + . . . + cm+k xm+k = 0,

ou seja, c0 = c1 = c2 = . . . = cm+k = 0.
Suponha b0 6= 0. Assim, c0 = 0 ⇐⇒ a0 b0 = 0 ⇐⇒ a0 = 0, pois D é um
D.I;
c1 = a0 b1 + a1 b0 = 0 ⇐⇒ a1 b0 = 0 ⇐⇒ a1 = 0;

1
c2 = 0 ⇐⇒ a0 b2 + a1 b1 + a2 b0 = 0 ⇐⇒ a2 b0 = 0 ⇐⇒ a2 = 0;
..
.

Note que, em geral, ct = a0 bt + a1 bt−1 + . . . + at b0 = 0, de modo que se


a0 = a1 = . . . = at−1 = 0, então ct = 0 ⇐⇒ at b0 = 0 ⇐⇒ at = 0, ∀t. Logo,
p(x) é o polinômio nulo.

Se por outro lado b0 = 0, onde q(x) = bk xk + . . . + bs xs , podemos fazer


q(x) = xs (bk xk−s + . . . + bs ) = xs q 0 (x), onde q 0 (x) = bk xk−s + . . . + bs e bs 6= 0.
Portanto, 0 = p(x)q(x) = xs [p(x)q 0 (x)] = 0. É claro que se p(x)q 0 (x) 6= 0,
então xs [p(x)q 0 (x)] 6= 0, pois multiplicando por xs não alteramos os coefi-
cientes. Logo, devemos ter p(x)q 0 (x) = 0, e como já foi mostrado, segue que
p(x) ≡ 0.

Se K é um corpo, em particular, um D.I, então K[x1 ] é um D.I. Pela


proposição que acabamos de provar, temos que (K[x1 ])[x2 ] é um D.I. Como
K[x1 , x2 ] ' (K[x1 ])[x2 ], segue que K[x1 , x2 ] é um D.I. Indutivamente con-
cluimos que K[x1 , . . . , xn ] é um D.I.
Problema 4 (Pág 71, exercı́cio 17:). Sejam D e D0 dois domı́nios isomorfos.
Prove que D[x] ' D0 [y].

Solução: Seja φ : D → D0 um isomorfismo. Considere a aplicação ψ :


D[x] → D0 [y] onde dado p(x) = am xm + . . . + a0 ∈ D[x] tem-se ψ(p(x)) =
φ(am )y m + . . . + φ(a0 ). Vamos mostrar que ψ é um isomorfismo:
Dados p(x) = am xm + . . . + a0 e q(x) = bk xk + . . . + b0 , com m ≤ k, temos

(i) ψ(p(x)+q(x)) = ψ am xm + . . . + ak−1 xk−1 + (ak + bk )xk + . . . + (a0 + b0 ) =
= φ(am )y m + . . . + φ(ak−1 )y k−1 + φ(ak + bk )y k + . . . + φ(a0 + b0 ) =

= φ(am )y m +. . .+φ(ak−1 )y k−1 +[φ(ak )+φ(bk )]y k +. . .+[φ(a0 )+φ(b0 )] =

= φ(am )y m + . . . + φ(ak )y k + . . . + φ(a0 ) + φ(bk )y k + . . . + φ(b0 ) =


   

= ψ(p(x)) + ψ(q(x));

2
(ii) ψ(p(x)q(x)) = φ(cm+k )y m+k + . . . + φ(c1 )y + φ(c0 ).
Veja que φ(ct ) = φ(a0 )φ(bt ) + . . . + φ(at )φ(b0 ), ∀t. No sentido contrário,
temos ψ(p(x)q(x)) = [φ(am )y m + . . . + φ(a0 )] · [φ(bk )y k + . . . + φ(b0 )] =
= c0m+k y m+k + . . . + c0kyk + . . . + c00 ,
onde c0t = φ(a0 )φ(bt ) + . . . + φ(at )φ(b0 ).

Consequentemente, c0t = φ(ct ), ∀t. Portanto, ψ(p(x)q(x)) = ψ(p(x))ψ(q(x)).


(iii) ψ é injetora: tome f (x) = an xn + . . . + a0 e g(x) = br xr + . . . + b0
tais que ψ(p(x)) = ψ(g(x)). Então φ(an )y n + . . . + φ(a0 ) = φ(br )y r +
. . . +φ(b0 ). Pelo critério de igualdade de polinômios, devemos ter n = r
e φ(at ) = φ(bt ), ∀t. Como φ é um isomorfismo, segue que at = bt , ∀t.
Logo, f (x) = g(x).
(iv) ψ é sobrejetora: Seja f (x) = zn y n + . . . + z0 ∈ D0 [y]. É imediato que
ψ(φ−1 (zn )xn + . . . + φ−1 (z0 )) = f (x).
Problema 5 (Pág 71, problema 21:). Seja K um corpo e a ∈ K. Prove que
φ : K[x] → K[x]
dada por φ(p(x)) = p(x + a) é um automorfismo de K[x].

Solução:
def
(iii) φ(p(x) + q(x)) = φ((p + q)(x)) = (p + q)(x + a) = p(x + a) + q(x + a) =
φ(p(x)) + φ(q(x));
def
(iv) φ(p(x)q(x)) = φ(pq(x)) = (pq)(x + a) = p(x + a)q(x + a);
(iii) φ é injetora: dado p(x) = bn xn + . . . + b0 tal que φ(p(x)) = 0, temos
que p(x + a) = 0
⇐⇒ bn (x + a)n + . . . + b1 (x + a) + b0 = 0.
Note que xn só aparece na expressão bn (x + a)n na forma bn xn . Mas
como p(x + a) tem que ser o polinômio nulo, então bn = 0.
Do mesmo
  modo, xn−1

n
 só aparece em bn (x + a) + bn−1 (x + a)
n−1
como
n−1
bn + bn−1 xn−1 . Como bn = 0, segue que bn−1 = 0.
n
Analogamente, xn−2 só aparece em
bn (x + a)n + bn−1 (x + a)n−1 + bn−2 (x + a)n−2

3
     
n−2 n−2
como bn + bn−1 + bn−2 xn−1 . Como bn = bn−1 = 0,
n n−1
segue que bn−2 = 0. Indutivamente tem-se que bn−3 = bn−4 = . . . =
b0 = 0, ou seja, p(x) é o polinômio nulo.
Portanto, φ é um homomorfismo injetivo.
(iv) φ é sobrejetora: Dado p(x) ∈ K[x], basta notar que p(x − a) é ainda
um polinômio em K[x] e vale φ(p(x − a)) = p(x).

Problema 6 (Pág 75, exercı́cio 10).

(a) J é um ideal:
(i) 0 ∈ J, pois 0(1) = 0(7) = 0, onde 0(x) é a aplicação nula;
(ii) Dados f, g ∈ J, então (f −g)(1) = f (1)−g(1) = 0 = f (7)−g(7) =
(f − g)(7). Isso mostra que f − g ∈ J;
(iii) Dados f, g ∈ J, temos (f g)(1) = f (1)g(1) = 0 = f (7)g(7) =
(f g)(7), ou seja, f g ∈ J;
(iv) Dado f ∈ J e p ∈ Q[x], temos f p(1) = f (1)p(1) = 0 = f (7)p(7) =
f p(7), ou seja, Q[x] · J ⊂ J.

Portanto, J é um ideal de Q[x].

Veja que se f ∈ J, então f tem ao menos grau dois, pois possui pelo
menos as raı́zes 1 e 7.
Na demonstração de que todo ideal de K[x] é principal, onde K é
um corpo, vimos que um gerador para um ideal pode ser qualquer
polinômio com o menor grau possı́vel contido no ideal. Ora, o polinômio
f (x) = (x−1)(x−7) = x2 −8x+7 está em J e é de menor grau possı́vel.
Logo, J = hx2 − 8x + 7i.
(c) J é um ideal, basta seguir exatamente os mesmos passos do item (a).

Vamos mostrar que não existe polinômio p(x) = ax + b, a 6= 0, em Q[x]


√ √ √ √ b
tal que f ( 3) = 0. De fato, p( 3) = a 3 + b = 0 ⇐⇒ 3 = − , que
a
é um número racional, contradição. Logo, J é o ideal nulo
√ ou o √
menor
grau possı́vel é 2 em J. De fato, o polinômio f (x) = (x+ 3)(x− 3) =
x2 − 3 ∈ Q[x] e está em J. Então, assim como argumentado no item
(a), temos que J = hx2 − 3i.

4
Problema 7 (Pág 79, exercı́cio 6:). Prove que J = R[x] · (x2 + 1) é um ideal
maximal de R[x] e identifique o corpo R[x]/J.

Solução: Seja M um ideal contendo J. Como R é um corpo, segue que em


R[x] todo ideal é principal. Seja então M = hp(x)i. Como x2 + 1 ∈ J ⊂ M ,
temos que x2 + 1 = q(x)p(x), para algum q(x) ∈ R[x].
Claramente p(x) não é o polinômio nulo.
Se p(x) for um polinômio constante, então temos M = hp(x)i = R[x].

Além disso, p(x) não pode ser um polinômio de grau 1, pois nesse caso,
terı́amos p(x) = ax + b e q(x) = cx + d, daı́ x2 + 1 = (ax + b)(cx + d) im-
plicaria em x = −b/a ∈ R ser raiz de x2 + 1, contradição, pois sabemos que
x2 + 1 não tem raı́zes em R.

Logo, p(x) é um polinômio de segundo grau e, portanto, q(x) = c é con-


stante. Assim, x2 + 1 = cp(x) e, portanto, p(x) = c−1 (x2 + 1) ∈ J, ou seja,
M ⊂ J. Daı́, M = J.

Afirmação: L = R[x]/J ' C : De fato, L é um corpo, pois J é maximal


em R[x]. Agora construiremos um isomorfismo:

Dado p(x) ∈ R[x], escreva p(x) = q(x)(x2 + 1) + (ax + b) (pelo algoritmo da


divisão). Então p(x) = q(x)(x2 + 1) + (ax + b) = q(x) (x2 + 1) + ax + b =
a x + b. Considere a aplicação: ψ : R[x]/J → C dada por

ψ(x) = i

ψ(a) = a

ψ(p(x)) = ψ(a x + b) = a + bi.

Tome q(x) = c x + d em L. Então

(i) ψ(p(x) + q(x)) = ψ(a + c x + b + d) = (a + c)i + (b + d) = (ai + b) +


(ci + d) = ψ(p(x)) + ψ(q(x)).

(ii) ψ(p(x) · q(x)) = ψ(ac x2 + ad + bc x + bd) = −ac + (ad + bc)i + bd =


(ai + b)(ci + d) = ψ(p(x))ψ(q(x)).

(iii) ψ é injetora: ψ(p(x)) = ψ(a x + b = 0 ⇐⇒ ai + b = 0 ⇐⇒ a = b =


0 ⇐⇒ p(x) = 0.

(iv) ψ é sobrejetora: dado ai + b ∈ C, temos que ψ(a x + b) = ai + b.

5
Assim, ψ é um isomorfismo.

Problema 8 (Pág 81, exercı́cio 4:).

(a) Temos f (x) = x4 − 5x2 + 6 = (x2 )2 − 5(x2 ) + 6 = (x2 − 3)(x2 − 2).


Repare que x2 − 2 e x2 − 3 são irredutı́veis sobre Q, basta imitar o
argumento do problema 7 acima. Pelo teorema da fatoração única,
segue que f (x) = (x2 − 3)(x2 − 2) é a única fatoração possı́vel em Q[x].
√ √
(b) Notemos que f (x) = (x2 − 2)(x2√− 3) = (x √ + 2)(x − 2)(x2 − 3).
Além disso, vale x2 − 3 = (x + 3)(x − 3) em R e essa√fatoração já
é em fatores irredutı́veis. Se x2 − 3 fosse redutı́vel √ em Q[ 2][x],
√ então
teria a mesma representação em R[x], √ ou seja, x + 3 e√x − 3 √ seriam
2
√ de x − 3 em Q[ 2][x]. Mas x + 3 ∈
os fatores√irredutı́veis / Q[ 2][x],
de fato,
√ √3 ∈/ Q[ 2][x]. Realmente,
√ se existissem a,
√ b ∈ Q tais que
a+b 2 = 3, terı́amos a√+2ab 2+2b = 3 ⇐⇒ 2ab 2 = 3−a2 −2b2 .
2 2

Se a, b 6= 0, terı́amos 2ab 2 irracional, enquanto o lado direito da igual-


dade é racional. Logo,√ a =√ 0 ou b = 0.
3 6
Se a = 0, então b = √ = ∈
/ Q, contradição;
2√ 2
Se b =√0, terı́amos
√ a = 3, contradição.√ √
Logo, 3 ∈ / Q[ 2], e portanto, x ± 3 ∈ / Q[ 2][x].
√ √
Desse modo, x4 − 5x2 + 6 √ = (x + 2)(x − 2)(x2 − 3) é a fatoração em
fatores irredutı́veis em Q[ 2][x].
√ √ √ √
(c) É imediato que x4 − 5x2 + 6 = (x − 2)(x + 2)(x + 3)(x − 3).

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