DISTRITO FEDERAL
PARTE I
DOS FUNDAMENTOS
AM
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Lei Orgânica do Distrito Federal – Parte I
Dos Fundamentos
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SUMÁRIO
ESTRUTURA DO CURSO.......................................................................... 4
1. CONCEITO DE LODF ......................................................................... 4
2. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DA LODF.................................... 5
3. NATUREZA JURÍDICA DA LODF........................................................ 5
4. ESTRUTURA DA LODF....................................................................... 6
5. NATUREZA JURÍDICA DO DISTRITO FEDERAL................................. 7
6. DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO
DISTRITO FEDERAL.............................................................................. 7
6.1 AUTONOMIA DO DISTRITO FEDERAL............................................ 8
6.1.2 FORMAS DE SOBERANIA POPULAR......................................................... 9
6.2 VALORES FUNDAMENTAIS DO DISTRITO FEDERAL.................... 11
6.3 OBJETIVOS PRIORITÁRIOS DO DISTRITO FEDERAL.................... 13
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WILSON GARCIA
Graduado em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco e
especialista em Direito Público pela Escola Superior do Ministério
Público, ambas as instituições localizadas em Mato Grosso do
Sul. Atualmente é Agente de Polícia Classe Especial da Polícia Ci-
vil do Distrito Federal. Já foi entrevistado na rádio Justiça, Hora
do Concurso, em Ago/2015. É autor de artigos em revistas es-
pecializadas na área jurídica e de diversos materiais disponíveis
Autor no Gran Cursos online.
Bora começar...
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ESTRUTURA DO CURSO
Este curso sobre Lei Orgânica do Distrito Federal (doravante LODF) é vol-
tado especialmente para o concurso da Secretaria de Estado de Educação do
Distrito Federal (SEEDF). Para melhor favorecer seu estudo, organizamos o
conteúdo de acordo com a seguinte estrutura.
1. CONCEITO DE LODF
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Dessa forma, como toda norma jurídica, a LODF deve ser compatível à
Constituição Federal, com base no princípio da supremacia da constituição.
4. ESTRUTURA DA LODF
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Política
Administrativa
Financeira
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Por fim, o parágrafo único do artigo 1º da LODF informa que “todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
mente, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica”.
Na expressão “todo o poder emana do povo”, há de se observar que o ti-
tular do poder é o povo, pois a palavra ‘emana’ significa provém, deriva. Logo,
o poder provém do povo. O povo pode exercer esse poder diretamente, por
meio das formas de soberania popular (tema do tópico seguinte), ou indireta-
mente, por meio de seus representantes eleitos, como no caso em que o povo
elege o Deputado Distrital para que este defenda o interesse daquele.
Art. 5º A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto dire-
to e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
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Plebiscito
Referendo
Iniciativa Popu-
lar
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Segue uma dica para você se lembrar quais são os valores fundamentais
do DF: 4P-DIVA.
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O próprio artigo citado informa que ninguém pode ser prejudicado ou dis-
criminado por qualquer particularidade ou condição, isso demonstra que o
rol é exemplificativo (numerus apertus), não é taxativo (numerus clausus).
O princípio da isonomia não é exclusivo das pessoas físicas. O artigo 21 da
LODF expressa que é vedado discriminar ou prejudicar qualquer pessoa pelo
fato de haver litigado (processado) ou estar litigando (processando) contra os
órgãos públicos do Distrito Federal, nas esferas administrativa ou judicial, sen-
do que as pessoas físicas ou jurídicas que se considerarem prejudicadas pode-
rão requerer revisão dos atos que derem causa a eventuais prejuízos. Sendo
assim, por exemplo, se você tem um processo judicial ou administrativo contra
o DF, não pode ser impedido de assumir um cargo efetivo por esse motivo.
É importante ter em mente que o STF admite as denominadas ações afirma-
tivas (positivas), que são o estabelecimento de cotas ou critérios diferenciado-
res de tratamento para pessoas que se encontrem em situações diferenciadas.
São políticas públicas voltadas à concretização do princípio constitucional da
igualdade material e à neutralização dos efeitos decorrentes de fatos históricos
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Esse inciso é muito cobrado nas provas de concursos. Repare que a LODF
destacou algumas áreas como prioridade do DF – temos aqui uma dica:
“SANBAS É LAZER – MORA em SP – TST”
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SANeamento
Básico
Assistência
Social
Educação
LAZER
MORAdia
Segurança
Pública
Trabalho
Saúde
Transporte
ASSISTÊNCIA
DIREITO DE PETIÇÃO
JURÍDICA
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Protege-se:
• a vida;
• a integridade física; e
• a integridade psicológica.
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Criança
Adolescente
Jovem
Para melhor lidar com esse princípio fundamental, é importante considerar que:
• criança é a pessoa com até 12 anos de idade incompletos (artigo 2º,
caput, da Lei n. 8.069/1990 – Estatuto da Criança e Adolescente);
• adolescente é a pessoa com idade entre 12 e 18 anos (artigo 2º, caput,
da Lei n. 8.069/1990 – Estatuto da Criança e Adolescente); e
• jovem é a pessoa com idade entre 15 e 29 anos (artigo 1º, § 1º, Lei n.
12.852/2013 – Estatuto do Jovem).
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GABARITO
1. E 15. E
2. E 16. C
3. E 17. E
4. C 18. E
5. E 19. C
6. C 20. C
7. E 21. E
8. E 22. E
9. E 23. E
10. E 24. E
11. E 25. E
12. C
13. E
14. E
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LEI ORGÂNICA DO
DISTRITO FEDERAL
PARTE II
DA ORGANIZAÇÃO
IZ DO DISTRITO FEDERAL
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SUMÁRIO
1.CAPITAL DO BRASIL........................................................................... 4
2. SÍMBOLOS DO DF.............................................................................. 5
3. TERRITÓRIO DO DF........................................................................... 9
4. INTEGRAÇÃO DO DF....................................................................... 10
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Após passarmos pelo tópico um, analisaremos o tópico dois, o qual trata da
organização do Distrito Federal.
Esse tópico é curto, mas muito importante para a prova. Serão abordados
os seguintes temas:
• Capital do Brasil (artigo 6);
• Símbolos do DF (artigo 7º);
• O território do DF (artigo 8º); e
• A integração do DF (artigo 9º).
1.CAPITAL DO BRASIL
A CF, em seu artigo 18, § 1º, informa que Brasília é a Capital Federal.
O artigo 6º da LODF estabelece que:
Com base nesse artigo, podemos afirmar que a capital do Brasil é Brasília.
Não caia na pegadinha que as bancas de concursos fazem ao afirmar que o
Distrito Federal seria a capital federal.
Podemos apontar as seguintes diferenças entre Distrito Federal e Brasília.
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2. SÍMBOLOS DO DF
Hino
Bandeira
Brasão
A título de curiosidade, o hino do Distrito Federal foi composto por Geir Cam-
pos e tem música de Neusa França.
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Agora você já sabe quais são os símbolos oficiais do DF; mas será que é
possível instituir outros? Sim. O artigo 7º, parágrafo único, da LODF, expressa
que a lei poderá estabelecer outros símbolos e dispor sobre seu uso no
território do Distrito Federal.
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3. TERRITÓRIO DO DF
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4. INTEGRAÇÃO DO DF
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Graficamente é assim:
A LC 840, em seu artigo 133, informa que pode ser concedida licença
ao servidor estável para acompanhar cônjuge ou companheiro que
for deslocado para trabalhar em localidade situada fora da Região In-
tegrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno
(RIDE) ou que exercer mandato eletivo em Estado ou Município que não
faça parte da RIDE. Essa licença tem prazo máximo de, até, cinco anos,
porém não é remunerada, e o servidor beneficiado deverá comprovar a
manutenção do vínculo conjugal anualmente, sob pena de cancelamen-
to da licença.
Outro ponto que a banca pode usar para tentar lhe enganar é informar que
o DF buscará a integração com toda a região do Centro-Oeste, o que é erra-
do! O Centro-Oeste é composto pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e pelo Distrito Federal.
É importante ressaltar que buscar a integração com a região do entorno
do DF não é objetivo prioritário. Só é considerado objetivo prioritário o que
está expresso no artigo 3º (visto anteriormente).
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SÍMBOLOS DO SÍMBOLOS DO DF
BRASIL
Hino Hino
Bandeira Bandeira
Armas Brasão
Selo nacionais
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mínio e jurisdição”.
O território do DF não engloba o entorno, já que esse é formado por
alguns municípios dos Estados de Goiás e Minas Gerais, conforme
previsão em lei.
O artigo 9º informa que o Distrito Federal, na execução de seu progra-
ma de desenvolvimento econômico-social, buscará a integração com a
região do entorno do Distrito Federal. Portanto, o entorno não faz par-
te do território do DF.
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GABARITO
1. E 13. E
2. E 14. C
3. E 15. E
4. C 16. E
5. E 17. C
6. C 18. E
7. E 19. E
8. C 20. C
9. E 21. E
10. E
11. E
12. E
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DISTRITO FEDERAL
PARTE III
DA ORGANIZAÇÃO
IZ ADMINISTRATIVA
INISTRATIVA
DO DISTRITO
TO FEDERAL
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SÚMARIO
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL......... 4
1. DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS.................................................... 5
2. DOS ADMINISTRADORES REGIONAIS............................................ 10
3.CONSELHO DE REPRESENTANTES COMUNITÁRIOS...................... 11
4.PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS NA LODF..................................... 12
4.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE..........................................................................14
4.2 PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE.................................................................15
4.3 PRINCÍPIO DA MORALIDADE........................................................................18
4.4 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE.........................................................................18
4.4 PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE....................................................................21
4.5 PRINCÍPIO DO INTERESSE PÚBLICO.............................................................22
4.6 PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO...........................................................................23
4.7 PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA ..................................................................23
4.8 PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA.............................................................................24
5.DAS ENTIDADES DO DISTRITO FEDERAL........................................ 26
6.CONTRATO DE GESTÃO................................................................... 29
7.GRATUIDADE DA IDENTIDADE PESSOAL....................................... 30
8.DAS REQUISIÇÕES JUDICIAIS.......................................................... 31
9.REQUERIMENTO DO PARTICULAR................................................. 31
1O. DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DO DF................................................ 32
11. DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA.............................................. 33
12.DA DECLARAÇÃO DE BENS............................................................ 34
13. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA................................................ 35
14.RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO....................................... 38
QUESTÕES COMENTADAS.................................................................. 41
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DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Após passarmos pelos tópicos I e II, agora vamos analisar o tópico III, o
qual trata da organização administrativa do Distrito Federal.
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Podemos passar outra dica para você sobre a criação ou extinção de Região
Administrativa – é o macete MAL.
Maioria
Absoluta
Lei
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Graficamente é assim:
24 Deputados Distritais
inscritos na CLDF
A título de curiosidade, segue a lista das RAs do DF, conforme ordem numérica:
• RA I – Plano Piloto
• RA II – Gama
• RA III – Taguatinga
• RA IV – Brazlândia
• RA V – Sobradinho
• RA VI – Planaltina
• RA VII – Paranoá
• RA VIII – Núcleo Bandeirante
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• RA IX – Ceilândia
• RA X – Guará
• RA XI – Cruzeiro
• RA XII – Samambaia
• RA XIII – Santa Maria
• RA XIV – São Sebastião
• RA XV – Recanto das Emas
• RA XVI – Lago Sul
• RA XVII – Riacho Fundo
• RA XVIII – Lago Norte
• RA XIX – Candangolândia
• RA XX – Águas Claras
• RA XXI – Riacho Fundo II
• RA XXII – Sudoeste/Octogonal
• RA XXIII – Varjão
• RA XXIV – Park Way
• RA XXV – SCIA/Estrutural
• RA XXVI – Sobradinho II
• RA XXVII – Jardim Botânico
• RA XXVIII – Itapoã
• RA XXIX – SIA
• RA XXX – Vicente Pires
• RA XXXI – Fercal
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• PLANO
PILOTO
Essa modificação tem base, também, nos artigos 132 e 134, parágrafo úni-
co, ambos do Estatuto da Criança e do Adolescente. Tais artigos foram modifi-
cados pela Lei n. 12.696/2012, a qual disciplina que, em cada Região Adminis-
trativa do Distrito Federal, haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como
órgão integrante da Administração Pública local. Portanto, a lei orçamentária do
Distrito Federal deve prever recursos necessários ao funcionamento do Conselho
Tutelar, além de remuneração e formação continuada dos respectivos conselhei-
ros tutelares.
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CARGO SUBSÍDIO
GOVERNADOR R$ 23.449,55
VICE-GOVERNADOR R$ 20.743,83
SECRETÁRIO DE ESTADO R$ 18.038,12
ADMINISTRADOR REGIONAL R$ 14.430,49
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De acordo com a LODF, deve haver uma lei específica para tratar da parti-
cipação popular na escolha dos Administradores Regionais. Contudo, até no-
vembro de 2016, essa não foi realizada. Diante da já conhecida inércia le-
gislativa, foi ajuizada ADI n. 2013 00 2 016227-6 (TJDFT). Essa foi julgada
procedente para declarar a inconstitucionalidade por omissão do Governador
do Distrito Federal quanto à regulamentação da forma de participação popular
no processo de escolha dos administradores regionais.
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Leglidade
Art. 37,
Impessoalidade
caput, da Moralidade
CF
Publicidade Art. 19,
caput, da
Eficiência LODF
Transparência
Razoabilidade
Interesse Público
Motivação
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Por fim, é importante notar que a Administração Pública deve atuar “nos
trilhos da lei”. Ela não pode estar acima da lei, pois estará cometendo abuso de
poder, tampouco abaixo da lei, pois estará sendo omisso, o que, consequente-
mente, gera responsabilidade, conforme ilustração acima.
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Com base nessa ideia, foi enunciada a Súmula Vinculante 13: “A nomea-
ção de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de
servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou,
ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal”.
O STF entende que não há necessidade de lei formal para vedar o nepotis-
mo, porque é uma questão de lógica dos princípios da moralidade e impesso-
alidade. Entende, ainda, que é vedado nepotismo para cargos administrativos,
não englobando cargos políticos. Exemplo: secretário ou ministro.
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Por fim, o processo disciplinar previsto na LC 840 será pautado, entre ou-
tros, no princípio da impessoalidade (artigo 219, “caput”).
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Pense comigo: você gostaria de saber o gabarito da sua prova antes de re-
alizá-la? O gabarito da prova de concurso é sigiloso, porém haverá o momento
certo que ele se torne público. Essa divulgação de informação, inclusive, gera
aptidão do surgimento dos seus efeitos; nesse caso abre o prazo para o can-
didato recorrer às respostas sinalizadas.
• Art. 5º, XXXIII, CF – todos têm direito a receber dos órgãos públicos infor-
mações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão
prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
• Art. 5º, LX, CF – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
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Art. 180, X e XVI – São deveres do servido guardar sigilo sobre assunto da re-
partição, e atender com presteza o público em geral, prestando as informações
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
Art. 226, IX – Ao servidor acusado é facultado ter acesso às peças dos autos,
observadas as regras de sigilo;
Art. 240, §2º, I – São classificados como confidenciais, identificados pela co-
missão processante e autuados em autos apartados, os documentos de caráter
sigiloso requeridos pela comissão processante ou a ela entregues pelo servidor
acusado ou indiciado.
Os atos do DF devem ter razoabilidade, isto é, bom senso. Não pode ser
um ato desmedido. Por exemplo: um agente de polícia pode utilizar a força
necessária e moderada para controlar um autor de crime, ou seja, utiliza o
uso progressivo da força; um professor de escola pública tem a atribuição de
controlar os alunos durante a sua aula, mas sem utilizar castigo físico ou meio
cruel e degradante.
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Imagine agora que você tenha passado no concurso, tomado posse, te-
nha 12 meses de exercício e queira marcar a suas férias para o ano seguinte,
porém suas férias são indeferidas. Nesse caso, você tem o direito de saber
por que isso aconteceu. Podemos citar como exemplo de motivação a Súmula
684, que assevera: “É inconstitucional o veto não motivado à participação de
candidato a concurso público”.
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Para a sua prova, dentro dos limites do seu edital, podemos citar como
exemplos do princípio da transparência:
• Art. 33, §8º, da LODF: “Os Poderes Executivo e Legislativo devem publicar,
até 31 de janeiro de cada ano, os valores do subsídio e da remuneração dos
cargos e empregos públicos”.
Art. 33, § 4º – O Distrito Federal deve manter escola de governo para forma-
ção e aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação
nos cursos um dos requisitos para promoção na carreira, facultada, para isso, a
celebração de convênios ou contratos com os demais entes federados ou suas
entidades.
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Art. 33, § 9º: A lei deve disciplinar a aplicação de recursos orçamentários pro-
venientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e pro-
dutividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelha-
mento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional
ou prêmio de produtividade. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica n.
80, de 2014.)
Esses não são os únicos princípios que a LODF traz, contudo, para a prova da
SEEDF, além dos estudados, é importante conhecer também os seguintes con-
ceitos.
Contraditório e Ampla Defesa – Artigo 22, IV: no processo admi-
nistrativo, qualquer que seja o objeto ou procedimento, observar-se-ão,
entre outros requisitos de validade, o contraditório, a ampla defesa e o
despacho ou decisão motivados.
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A LODF – em seu artigo 19, inciso XVIII, alínea a, que foi alterado pela
ELO 840/2014 – trata, de modo semelhante à CF (artigo 37, XIX), das deno-
minadas entidades administrativas. Segundo a LODF, “somente por lei espe-
cífica pode ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública,
de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar,
neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.
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Aqui temos uma pequena dica para lhe ajudar a memorizar essas informações.
CRIA
Com base no princípio das formas, é necessário haver lei específica para
criar ou autorizar a criação de entidade. Para que a entidade seja transfor-
mada, fundida, cindida, incorporada, privatizada ou extinta também haverá a
necessidade de lei específica (artigo 19, XVIII, b, da LODF).
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Passada a parte polêmica, vamos fechar esse tema com mais uma informa-
ção: o artigo 24 da LODF estabelece que a direção superior das empresas
públicas, autarquias, fundações e sociedades de economia mista terá repre-
sentantes dos servidores, escolhidos do quadro funcional, para exercer
funções definidas, na forma da lei.
6.CONTRATO DE GESTÃO
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Tema bem tranquilo para a sua prova é a previsão, no artigo. 22, III, o qual
dispõe que é garantida a gratuidade da expedição da primeira via da cédula de
identidade pessoal. Lembre-se: a primeira é de graça! Exemplo: João tem
um RG expedido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
Ao chegar ao DF, foi até o órgão competente e requereu a expedição da 1º via
de RG expedido pelo DF. Desse modo, não será cobrada taxa por tal serviço de
identificação.
Há uma lei distrital que trata de outros casos de gratuidade na expedição
da identidade, mas isso não será cobrado em sua prova.
O tema é fácil e simples (concorda?!), mas é importante ter atenção, pois
as bancas podem tentar confundir você em relação a isso.
PRIMEIRA É GRATIS
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9.REQUERIMENTO DO PARTICULAR
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Informação adicional
Súmula do STJ
Súmula 333 – Cabe mandado de segurança contra ato praticado em lici-
tação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
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Posse
Exoneração
Aposentadoria
Além disso, ainda há a declaração pública anual dos bens, porém isso,
é só para determinados agentes públicos, conforme o artigo 19, § 3º, da LODF:
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• Governador;
• Vice-Governador;
• Secretários de Estado do Distrito Federal;
• Diretores de empresas públicas;
• Diretores de sociedades de economia mista;
• Diretores de autarquias;
• Diretores de fundações;
• Administradores Regionais;
• Procurador-Geral do Distrito Federal;
• Conselheiros do Tribunal de Contas do Distrito Federal;
• Deputados Distritais; e
• Defensor Público-Geral do Distrito Federal.
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Essas penas são “SEM prejuízo da ação penal cabível”, ou seja, está
errada a questão de concurso que expressar “com prejuízo da ação pe-
nal”, pois, além desses efeitos administrativos, civis e políticos citados
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Para lembrar!
SUSPENSÃO DOS
DIREITO POLÍTICO
SEM PREJUÍZO DA
AÇÃO PENAL CABÍVEL
PERDA DA
IMPROBIDADE FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA PÚBLICA
RESSARCIMENTO
AO ERÁRIO
INDISPONIBILIDADE
DOS BENS
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Para fechar a parte teórica deste material, deixamos um tema muito impor-
tante: responsabilidade civil do Estado.
Vivemos em um Estado Democrático de Direito (artigo 1º, da CF) tendo
como forma de Governo a República. Dessa forma, há de se perceber que o
Brasil não adota a teoria da irresponsabilidade, ou seja, no Brasil caberá res-
ponsabilidade ao Estado no caso de se gerar prejuízo para a vítima – não cabe
aqui a alegação que o rei nunca erra (the king do not wrong).
Essa noção é também aprofundada na disciplina de Direito Administrativo,
porém vamos apontar como isso pode ser cobrado na disciplina de LODF. De
modo idêntico à CF (artigo 37, §6º), a LODF, em seu artigo 20, disciplina a
responsabilidade civil do Estado:
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No âmbito desse artigo, é importante ter em conta que a vítima pode ser
um particular ou um agente público. Além disso, considera-se como agente
público, em sentido amplo, qualquer espécie: permanente ou transitório, re-
munerado ou não remunerado, estatutário ou celetista.
Para ter responsabilidade do Estado, o agente tem que estar na qualidade,
ou seja, no exercício ou em razão da função; caso contrário será a própria
pessoa física responsável. A responsabilidade do servidor cabe tanto no caso
de dolo (tem intenção ou assume o risco de produzir o resultado), quanto no
caso de culpa (negligência, imprudência ou imperícia).
Observa-se, ainda, que prevalecerá a responsabilidade objetiva, em regra,
em casos de ato comissivo (ação); já em casos de ato omissivo (omissão), a
prevalência será da responsabilidade subjetiva. Já em casos de custódia de
bens e pessoas, a responsabilidade do Estado é objetiva. Excluem a respon-
sabilidade estatal: a culpa exclusiva da vítima e o caso fortuito ou força maior.
A culpa recíproca (concorrente) atenua (diminui) a responsabilidade es-
tatal. Em casos de dano nuclear, entende-se, que há uma responsabilidade
integral do Estado, sem excludentes de responsabilidade. Além disso, vale ter
em mente que a responsabilidade objetiva alcança usuários e não-usuários do
serviço público.
Graficamente, pode-se representar as questões relativas à responsabilida-
de do Estado e de seus agentes da seguinte forma.
E
S CONDENAÇÃO
CONDENAÇÃO DA
DA INDENIZAÇÃO
INDENIZAÇÃO
T
A
D
O AÇÃO
AÇÃODE
DE
INDENIZAÇÃO
INDENIZAÇÃO
DANO
DANO
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Encerramos aqui nosso estudo sobre mais um tópico, em sua parte teó-
rica. Agora, como não pode deixar de ser, faça as questões a seguir e veja
os comentários para turbinar todo o seu aprendizado. Não desanime, você
está quase lá, cada esforço seu, aquela meia hora a mais de estudo, aquela
revisada nos finais de semana, serão recompensados durante a realização de
sua prova.
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QUESTÕES COMENTADAS
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O artigo 10, § 1º, da LODF informa que a lei disporá sobre a participação
popular no processo de escolha do Administrador Regional. Não é decre-
to. O problema na prática é que ainda não foi feita essa lei.
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Cuidado com esse tipo de questão, pois pode te induzir ao erro. Cada Re-
gião Administrativa terá um Conselho de Representantes Comunitários,
logo, não é somente um para todas as RAs.
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Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Transparência
Razoabilidade
Interesse Público
Motivação
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O artigo 22, inciso V, alínea b estabelece que a publicidade dos atos, pro-
gramas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e das entidades da
administração pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário
será suspensa noventa dias antes das eleições, ressalvadas aquelas
essenciais ao interesse público. Logo, a questão está errada, pois afir-
ma a suspensão em “quatro meses”. Cuidado, se a questão estipulasse
prazo de três meses, também estaria errado, pois a LODF expressa o
prazo em dias.
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Cuidado com esse tipo de questão! O artigo 22, inciso V, alinea b es-
tabelece regra e exceção. Logo, a regra é que a publicidade dos atos,
programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e entidades da
administração pública, ainda que não custeada diretamente pelo erário,
será suspensa noventa dias antes das eleições. Exceção: ressalvadas
aquelas essenciais ao interesse público.
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Artigo 22, inciso I, LODF, estabelece que os atos administrativos são pú-
blicos, salvo quando a lei, no interesse da administração, impuser sigilo.
Lembre-se de que a regra é a publicidade, a exceção é o sigilo.
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Eis uma questão da banca de seu concurso, a qual pode ser utilizada
em provas que exigem o conhecimento da LODF. O artigo 22, inciso I,
estabelece que os atos administrativos são públicos, salvo quando a
lei, no interesse da administração, impuser sigilo. Logo, a publicidade é
regra, porém, existem casos em que se necessita haver sigilo. Assim, é
errado dizer que o princípio da publicidade será asseguro sem exceção
ao cidadão. O princípio da publicidade não é absoluto.
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O artigo 19, XVIII, alinea a, da LODF informa que somente por lei espe-
cífica pode ser criada autarquia e autorizada a instituição de empre-
sa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo
à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
Nota-se que a empresa pública é autorizada sua instituição por meio de
lei específica, sendo que a criação depende do devido registro. Logo,
não se cria empresa pública e se autoriza seu imediato funcionamento
por meio de publicação de lei ordinária específica. A entidade que basta
a existência de lei é a autarquia. Lembre-se a lei CRIA – AUTARQUIA.
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Tome muito cuidado se esse tema for cobrado em sua prova, pois os
nossos legisladores distritais cometeram um erro ao realizar a ELO
92/2015 sobre a inserção do inciso I no § 7º do artigo 19 da LODF,
o qual estabelecia que privatização de empresa pública ou sociedade
de economia mista, condicionada à autorização legislativa, depende de
manifestação favorável da população, sob a forma de referendo. A pro-
posta dessa emenda foi feita por parlamentar, e deveria ter sido feito
pelo Governador. Com base no vício de iniciativa os incisos I e II do § 7º
do artigo 19 da LODF, foram declarados inconstitucionais pelo TJDFT na
ADI n. 2015 00 2 030649-3 – TJDFT, que afasta, desse modo, a vigência
de tal modificação.
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GABARITO
1. E 18. E 35. C
2. C 19. C 36. E
3. E 20. E 37. E
4. E 21. E 38. E
5. C 22. E 39. C
6. E 23. E 40. E
7. E 24. C 41. C
8. E 25. E 42. C
9. E 26. E 43. E
10. C 27. C 44. E
11. E 28. E 45. E
12. E 29. E 46. E
13. E 30. C 47. E
14. E 31. C 48. E
15. C 32. E 49. C
16. E 33. E 50. E
17. E 34. E
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LEI ORGÂNICA DO
DISTRITO FEDERAL
PARTE IV
DOS SERVIDORES
DO PÚBLICOS
CO
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Dos Servidores Públicos
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SUMÁRIO
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WILSON GARCIA
Graduado em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco e
especialista em Direito Público pela Escola Superior do Ministério
Público, ambas as instituições localizadas em Mato Grosso do
Sul. Atualmente é Agente de Polícia Classe Especial da Polícia Ci-
vil do Distrito Federal. Já foi entrevistado na rádio Justiça, Hora
do Concurso, em Ago/2015. É autor de artigos em revistas es-
pecializadas na área jurídica e de diversos materiais disponíveis
no Gran Cursos online.
Autor
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O tema Servidores Públicos é bem extenso, por isso fizemos uma sepa-
ração dos pontos relevantes, de forma que você consiga caminhar no apren-
dizado e conhecer como os conteúdos em tela são cobrados em provas de
concursos públicos.
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2. DO CONCURSO PÚBLICO
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Nota-se que a LODF não traz a opção de haver concurso somente com
apresentação/avaliação de títulos. Por isso é errado dizer que o concurso pode
ser mediante provas ou títulos!
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Essa resposta tem previsão no artigo 19, III, da LODF – o prazo de validade
do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período. É errado dizer que o concurso público SERÁ de 2 anos, pois ele pode
ter duração de ATÉ 2 anos. Esse prazo se inicia a partir de sua homologação
(controle de legalidade) e pode ser prorrogado UMA vez, por igual período.
Por exemplo:
• 1 ano prorroga-se, uma vez, por mais 1 ano;
• 2 anos prorroga-se, uma vez, por mais 2 anos.
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A resposta é SIM, e você encontra isso no artigo 19, IV, da LODF – durante
o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado em con-
curso público de provas ou de provas e títulos será convocado com priorida-
de sobre novos concursados, para assumir cargo ou emprego na carreira.
À guisa de exemplo para esta resposta, consideremos a seguinte situação
hipotética. O concurso I ofereceu 50 vagas para o cargo X e foi homologado
em 1º de janeiro 2017, com prazo de validade inicial até 1º de janeiro 2019,
podendo ser prorrogado até 1º janeiro de 2021; contudo, antes de expirar
o esse prazo (01/01/2021), iniciou-se um novo certame – o concurso II –
para o mesmo cargo X. Nessa situação, caso haja nomeação para o cargo X
até 1º de janeiro de 2021, deve-se nomear primeiramente os aprovados até
a 50º vaga do concurso I, pois esses serão convocados com prioridade em
relação aos aprovados no concurso II.
Sim, desde que seja previsto em lei e desde que seja compatível com a
natureza do cargo. Cuidado, pois o artigo 19, inciso VI da LODF dispunha que
“é vedada a estipulação de limite máximo de idade para ingresso, por concur-
so público, na administração direta, indireta ou fundacional, respeitando-se
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Não, o artigo 19, inciso I, da LODF dispunha que “os cargos, empregos
e funções públicas são acessíveis a brasileiros que preencham os re-
quisitos estabelecidos em lei”, porém tal inciso foi modificado pela ELO
80/2014, ficando da seguinte forma: “os cargos, os empregos e as funções pú-
blicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da legislação”. Logo, é
possível o acesso de cargos e empregos públicos para estrangeiros, na forma
prevista em lei.
Sim, de acordo com o artigo 19, VII, da LODF, a “lei reservará percentu-
al de cargos e empregos públicos para portadores de deficiência, garantindo
as adaptações necessárias à sua participação em concursos públicos, bem
como definirá os critérios de sua admissão”. Sobre isso é importante mencio-
nar que a LC 840/2011 em seu artigo 12 estabelece que o edital de concurso
público deve reservar 20% das vagas para serem preenchidas por pessoa com
deficiência, desprezada a parte decimal.
Dica: lembre-se da camionete D20.
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A lei 4.949/2012, em seu artigo 8º, § 2º, afirma que o candidato com defi-
ciência se submete às mesmas regras impostas aos demais candidatos, incluí-
dos: o conteúdo das provas; os critérios de avaliação e aprovação; o horário e
o local de aplicação das provas, garantida a devida acessibilidade.
Sim, desde que previsto em lei. O artigo 19, XXII, da LODF estabelece que
lei disporá sobre cargos que exijam exame psicotécnico para ingresso e
acompanhamento psicológico para progressão funcional. Repare que não bas-
ta previsão no edital para exigir tal exame, é necessário que haja previsão em
lei, pois isso decorre do princípio da legalidade.
Fica aqui a recente Súmula Vinculante nº 44: “só por lei se pode sujeitar
a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público”.
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É importante atentar-se para o fato de que foi inserido pela ELO 80/2014 o
parágrafo 11 no artigo 19. Esse determina que a apuração do percentual (de,
pelo menos, 50% dos cargos em comissão sejam preenchidos por servidores
de carreira) será feita em relação ao somatório dos cargos em comissão pro-
vidos na administração direta, autárquica e fundacional de cada Poder. Contu-
do, uma recente decisão do TJDFT (13/04/2015) declarou inconstitucional
o parágrafo proposto pela ADI 2014 00 2 023917-7. Isso se deu em virtude de
ser inconstitucional a disposição legal a qual estabelece o percentual previsto
na Lei Orgânica do DF para o preenchimento de cargos em comissão, que deve
ser considerado em relação ao somatório dos cargos em comissão providos na
administração direta, autárquica e fundacional de cada Poder, por subverter a
lógica advinda da hermenêutica constitucional (interpretação) no sentido
de que deve haver paridade entre servidores efetivos e não efetivos em
cada órgão administrativo.
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Fechando esse tema, foi inserida pela ELO 67/2013 a vedação expressa ao
nepotismo.
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O que é subsídio?
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O § 14, do artigo 19, acrescido pela ELO 80/2014, estabelece a regra da veda-
ção de percepção simultânea de proventos de aposentadoria com a remuneração
ou subsídio de cargo, emprego ou função pública, porém elenca a exceção nos
casos de:
• cargos acumuláveis;
• cargos eletivos; e
• cargos em comissão.
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Quando você exerce uma chefia, por exemplo, tem direito a gratificação
pela função. Caso você entre de férias, outra pessoa vai assumir aquela chefia
provisoriamente, tendo direito à gratificação do titular quando em substitui-
ção ou designado para responder pelo expediente. Interessante que na LC
840/2011 nos artigos 44 e 45 – o recebimento será proporcional; não se exige
que seja superior a 30 dias.
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Tome muito cuidado quando você for realizar a sua prova, pois para saber
a jornada de trabalho correta dependerá da fonte legislativa à qual a questão
se refere.
Aqui há diferença entre a LODF e a LC 840/2011. Conheçamos um pouco
mais sobre isso neste quadro comparativo.
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Tome cuidado com o artigo 43 da LODF, pois esse é diferente do artigo 134
da LC 840/2011, conforme quadro abaixo.
LODF LC 840
Art. 43. Será concedida licença para Art. 134. Pode ser concedida licença
atendimento de filho, genitor e cônjuge ao servidor por motivo de doença do
doente, a homem ou mulher, mediante cônjuge ou companheiro, padrasto ou
comprovação por atestado médico da madrasta, ascendente, descendente,
rede oficial de saúde do Distrito Federal. enteado e colateral consanguíneo ou
afim até o segundo grau civil, mediante
comprovação por junta médica oficial.
§ 1º A licença somente pode ser deferida
se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada
simultaneamente com o exercício do
cargo.
§ 2º A licença é concedida sem prejuízo
da remuneração ou subsídio do cargo
efetivo.
§ 3º Nenhum período de licença pode
ser superior a trinta dias, e o somatório
dos períodos não pode ultrapassar cento
e oitenta dias por ano, iniciando-se a
contagem com a primeira licença.
§ 4º Comprovada por junta médica
oficial a necessidade de licença por
período superior a cento e oitenta dias, a
licença é sem remuneração ou subsídio,
observado o prazo inicial previsto no § 3º.
Repare que a LODF limita a licença por motivo de doença em relação ao FI-
GECO – FIlho, GEnitor, COnjuge. Porém a LC 840/2011 é muito mais ampla
e alcança cônjuge ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, des-
cendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o 2º grau. A LODF
exige comprovação por atestado médico da rede oficial de saúde do DF. Já a LC
840/2011 exige comprovação por junta médica oficial. A LC 840/2011 exige a
indispensabilidade da assistência do servidor e que não possa prestar o servi-
ço simultaneamente, já a LODF não expressa esses requisitos. A LC 840/2011
estipula prazos da licença, já a LODF é omissa sobre isso.
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LODF LC 840
Artigo 44, Parágrafo único. É Artigo 61. Pode ser concedido horário
assegurado ao servidor público especial:
que tenha cônjuge ou dependente (...)
com deficiência horário especial II – ao servidor que tenha cônjuge, filho ou
de serviço, independentemente da dependente com deficiência;
compensação de horário, obedecido (...)
o disposto em lei. § 2º Nos casos dos incisos II a IV, é exigida
do servidor a compensação de horário
na unidade administrativa, de modo a
cumprir integralmente o regime semanal
de trabalho.
Repare que a LODF (inclusive foi incluído pela ELO 96/2016) permite horá-
rio especial para o servidor que tenha cônjuge ou dependente com deficiência,
porém sem exigir (independe) compensação de horário. Já a LC 840/2011
exige compensação de horário.
Logo, para saber qual a resposta correta você deve se ater ao enunciado da
questão, se é sobre LODF ou sobre LC 840/2011.
Outra informação relevante é que o artigo 44 da LODF estabelece que, ao
servidor público da administração direta, autárquica e fundacional do Distrito
Federal, ficam assegurados alguns direitos que serão listados a seguir.
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Este inciso foi alterado pela ELO 80/2014, e tem base no artigo 201, §
9º da CF a qual determina que para efeito de aposentadoria, é assegurada a
contagem recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na
atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de
previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabe-
lecidos em lei.
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• 2 cargos de professor.
• 1 cargo de professor com outro técnico.
• 1 cargo de professor com outro científico.
• 2 cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profis-
sões regulamentadas.
A LODF não informa o que vem a ser cargo técnico ou científico. Mas a LC
840/2011 em seu artigo 46, § 1º, expressa que se presume como cargo de
natureza técnica ou científica, qualquer cargo público para o qual se exija edu-
cação superior ou educação profissional, ministrada na forma e nas condições
previstas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
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Deve ser notificado o servidor para que ele opte pelo cargo, no prazo de
10 dias improrrogáveis, contados a partir da notificação (artigo 48, caput – LC
840/2011). Se realizar a opção dentro desse prazo, o servidor será exonera-
do do cargo, conforme a sua escolha (artigo 48, § 1º LC 840). Se a escolha
for pela renúncia dos proventos da aposentadoria inacumulável, o pagamento
dessa será cessado imediatamente (artigo 48, § 2º LC 840).
Se o servidor não realizar essa escolha no prazo de 10 dias, será instaurado
um processo disciplinar para apuração e regularização imediata (artigo 48, §
3º LC 840/2011). Dentro do prazo da defesa escrita, ainda pode o servidor re-
alizar a opção do cargo; caso isso aconteça, o processo disciplinar será extinto
sem julgamento do mérito, ou seja, não analisa se o servidor era culpado ou
inocente, apenas acaba com o processo (artigo 48, § 4º LC 840/2011), exceto
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7. DO SERVIDOR REQUISITADO
A LODF, em seu artigo 35, § 2º, informa que o tempo de serviço prestado
por servidor requisitado a qualquer dos Poderes do Distrito Federal será com-
putado como exercício efetivo, para efeito de:
• progressão funcional;
• concessão de licença-prêmio; e
• aposentadoria.
Este tema não é tão cobrado em concursos, mas vale a pena conhecer
essa informação.
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8. DO DIREITO DE GREVE
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O artigo 37, inciso VI, da CF, expressa que “é garantido ao servidor público
civil o direito à livre associação sindical”; o artigo 8º da CF trata sobre tal tema
e, desse modo, seguindo a sistemática da CF, o artigo 36 da LODF também
permite a liberdade para que o servidor público se associe a algum sindicato,
porém isso é vedado aos militares.
Às entidades de caráter sindical que preencham os requisitos estabeleci-
dos em lei, é assegurado o desconto em folha de pagamento das contri-
buições dos associados, aprovadas em assembleia geral, conforme expressa
o artigo 38 da LODF.
O direito à livre associação sindical também é previsto na LC 840/2011:
Art. 282 - Ao servidor público civil são assegurados, nos termos da Constituição
Federal, o direito à livre associação sindical e os seguintes direitos, entre outros,
dela decorrentes:
I – representação pelo sindicato, inclusive como substituto processual;
II – desconto em folha, sem ônus para a entidade sindical a que for filiado, do
valor das mensalidades e contribuições definidas em assembleia geral da categoria.
A LODF ainda expressa que a lei disporá sobre licença sindical para os di-
rigentes de federações e sindicatos de servidores públicos, durante o exercício
do mandato, resguardados os direitos e as vantagens inerentes à carreira
de cada um (artigo 36, parágrafo único).
Com base nisso, está prevista na LC 840 a licença para desempenhar man-
dato classista (artigos 130, VII, e 145 a 149), ou seja, o servidor eleito pela
classe deixa de prestar as atribuições do cargo; contudo, estará representando
a sua categoria (nesse caso, o servidor terá direito à remuneração e o período
do mandato contará como tempo de serviço).
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Visando adequar o LODF com a CF, a ELO 80/2014 finalmente acabou com
o dilema do prazo para o servidor de cargo efetivo do DF adquirir estabilidade,
pois, atualmente, o artigo 40 determina que são estáveis após três anos
de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento
efetivo em virtude de concurso público. Antes da referia ELO, o artigo 40
estabelecia o prazo de 2 anos para a obtenção da estabilidade.
Não basta o prazo de três anos para se adquirir estabilidade, pois o § 4º
do artigo 40, o qual foi inserido pela ELO 80/2014, condiciona a aquisição da
estabilidade à aprovação em avaliação especial de desempenho obrigató-
ria a qual é realizada por comissão instituída para essa finalidade. Essa prática
está de acordo com o artigo 41, § 4º da CF.
3 ANOS APROVAÇÃO EM
DE EFETIVO +
+
AVALIAÇÃO ESPECIAL
SERVIÇO DE DESEMPENHO
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Art. 29. A avaliação especial, prevista na Constituição Federal como condição para
aquisição da estabilidade, deve ser feita por comissão, quatro meses antes de
terminar o estágio probatório.
§ 1º A comissão de que trata este artigo é composta por três servidores estáveis
do mesmo cargo ou de cargo de escolaridade superior da mesma carreira do ava-
liado.
§ 2º Não sendo possível a aplicação do disposto no § 1º, a composição da comis-
são deve ser definida, conforme o caso:
I – pelo Presidente da Câmara Legislativa;
II – pelo Presidente do Tribunal de Contas;
§ 3º Para proceder à avaliação especial, a comissão deve observar os seguintes
procedimentos:
I – adotar, como subsídios para sua decisão, as avaliações feitas na forma do ar-
tigo 28, incluídos eventuais pedidos de reconsideração, recursos e decisões sobre
eles proferidas;
II – ouvir, separadamente, o avaliador e, em seguida, o avaliado;
III – realizar, a pedido ou de ofício, as diligências que eventualmente emergirem
das oitivas de que trata o inciso II;
IV – aprovar ou reprovar o servidor no estágio probatório, por decisão fundamen-
tada.
§ 4º Contra a reprovação no estágio probatório cabe pedido de reconsideração ou
recurso, a serem processados na forma desta Lei Complementar.
Art. 30. As autoridades de que trata o artigo 29, § 2º, são competentes para:
I – julgar, em única e última instância, qualquer recurso interposto na forma do
artigo 29;
II – homologar o resultado da avaliação especial feita pela comissão e, como
consequência, efetivar o servidor no cargo, quando ele for aprovado no estágio
probatório.
Art. 31. O servidor reprovado no estágio probatório deve ser, conforme o caso,
exonerado ou reconduzido ao cargo de origem.
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Verifica-se, então, que a atual LODF elenca três casos de perda do cargo
do servidor estável. O trânsito em julgado no caso de decisão judicial, significa
que não cabe mais recurso contra aquela sentença. Nos demais casos (inciso
II e III), não se fala trânsito em julgado, porque isso é exclusivo de decisão
judicial. O contraditório e ampla defesa, no caso de decisão judicial está implí-
cito, tendo em vista que a Constituição Federal em seu artigo 5, LV, assegura,
aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral
o contraditório e ampla defesa como os meios e recursos a ela inerentes.
A LC 840/2011, em seu artigo 33, expressa que “o servidor estável só per-
de o cargo nas hipóteses previstas na Constituição Federal”. A CF em seu arti-
go 41, § 1º determina que o servidor estável só perderá o cargo: em virtude
de sentença judicial transitada em julgado; mediante processo administrativo
em que lhe seja assegurada ampla defesa; ou mediante procedimento de ava-
liação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
ampla defesa.
Porém, na CF temos outra hipótese de perda do cargo: no caso de corte
de despesas com o pessoal. O artigo 169 da CF estabelece que a despesa
com pessoal ativo e inativo do Distrito Federal não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar, sendo que, para dar o cumprimento dos
limites estabelecidos durante o prazo fixado na lei complementar, o Distrito
Federal adotará as seguintes providências:
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Para evitar que haja quebra novamente do teto para gastar com os ser-
vidores, o cargo objeto da redução prevista acima será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou as-
semelhadas pelo prazo de 4 anos.
Cuidado: esse termo “estabilidade” é somente para o cargo efetivo. NÃO
é aplicável para:
• cargo em comissão;
• função de confiança;
• emprego público; e
• temporários.
Eis mais um tema muito cobrado nas provas de concursos e bem provável
de ser exigido especialmente na matéria de LC 840/2011. Isso pois os assun-
tos reintegração, recondução, disponibilidade e aproveitamento são mais de-
talhados nessa legislação. Contudo, aqui não enfocaremos a totalidade da LC
840/2011, e sim o que se relaciona à LODF.
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Como foi visto, o servidor estável que conseguir judicialmente anular a sua
demissão, poderá ser reintegrado para o cargo de origem. No caso de o cargo
do servidor reconduzido estar ocupado por alguém, ainda assim ele retornará
a seu cargo. Para melhor compreensão desse ponto, acompanhe a situação
hipotética a seguir. Imagine que João tenha sido demitido e, após conseguir
anular a sua demissão, foi reintegrado ao serviço público. Contudo, o cargo
dele, que estava vago por motivo de sua demissão, foi provido por meio de
concurso público, o qual Maria (que já era servidora estável em outro cargo),
veio a ocupar. Nesse caso, só há uma cadeira para duas pessoas, e essa será
novamente ocupada por João. Isso ocorrerá em razão de ele ter conseguido a
sua reintegração, tendo a ação de anulação a capacidade de cancelar todos os
efeitos da indevida demissão.
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Art. 37, §2º e 65, I: estabelece que o servidor tem de retornar ao exercício do
cargo até o dia seguinte ao da ciência do ato de recondução, sob pena de falta
injustificada (a LODF não cita o prazo).
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Art. 164, II, c: salvo disposição legal em contrário, não são contados como tem-
po de serviço a data de publicação do ato de reintegração ou recondução e o re-
torno ao exercício do cargo.
Art. 165, VII: São considerados como efetivo exercício o período entre a demis-
são e a data de publicação do ato de reintegração.
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É bom lembrar:
DISPONIBILIDADE APROVEITAMENTO
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Art. 164, II, c: salvo disposição legal em contrário, não são contados como tem-
po de serviço a data de publicação do ato de aproveitamento e o retorno ao exer-
cício do cargo.
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LODF LC 840/2011
Art. 41, §6º – É assegurada Art. 142. Os períodos de licença-prêmio
a contagem em dobro dos adquiridos e não gozados são convertidos em
períodos de licença-prêmio pecúnia, quando o servidor for aposentado.
não gozados, para efeito de Parágrafo único. Em caso de falecimento do
aposentadoria. servidor, a conversão em pecúnia de que
trata este artigo é paga aos beneficiários da
pensão ou, não os havendo, aos sucessores
judicialmente habilitados.
14. DA APOSENTADORIA
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Em relação aos servidores com carga horária variável, o artigo 41, §7º,
da LODF estabelece que são assegurados os proventos de acordo com a jorna-
da predominante dos últimos três anos anteriores à aposentadoria.
Sobre o regime de aposentadoria especial, por exemplo o cargo de profes-
sor, o artigo 41, § 8º, informa que o tempo de serviço prestado sob o regime
de aposentadoria especial será computado da seguinte maneira:
• da mesma forma, quando o servidor ocupar outro cargo de regime
idêntico;
• ou pelo critério da proporcionalidade, quando se tratar de regimes
diversos, na forma da lei.
Para fechar nosso material sobre a LODF voltado para o concurso da SEEDF,
seguem alguns pontos importantes que merecem especial atenção.
Tome muito cuidado com a informação do artigo 41, §2º, da LODF:
Esse parágrafo foi alterado pela ELO 80/2014, porém foi declarado in-
constitucional na ADI 2014002023917-7 pelo TJDFT. Isso, pois, em se tra-
tando de norma sobre tempo de contribuição de previdência social prestado
pelo servidor público sob o regime de aposentadoria especial, compete sua ini-
ciativa privativamente ao Chefe do Executivo. Vulneração aos artigos 53, 71,
§ 1º e inciso II e 72, inciso I, todos da Lei Orgânica do Distrito Federal. Logo,
não tem mais aplicação.
Finalizamos aqui a parte teórica em relação à LODF. Foram 4 tópicos sobre
diversos temas que abordamos durante todo esse trabalho. Finalize o seu es-
tudo com os exercícios comentados. Faça revisão do que você vem estudando
para reforçar a sua memória.
Para fechar, deixo aqui uma frase do eterno Ayrton Senna.
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QUESTÕES
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O artigo 19, XXII, da LODF determina que a lei disporá sobre cargos
que exijam exame psicotécnico para ingresso e acompanhamento
psicológico para progressão funcional. Logo, é possível, por meio de
lei, exigir exame psicotécnico para o ingresso (provimento) no serviço
público. Isso é baseado no princípio da legalidade. Lembre-se também
da Súmula Vinculante 44: Só por lei se pode sujeitar a exame psico-
técnico a habilitação de candidato a cargo público.
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O artigo 35, II, da LODF informa que é direito dos servidores públicos,
sujeitos ao regime jurídico único, a duração do trabalho normal não su-
perior a 8 horas diárias e 40 horas semanais, facultado ao Poder Público
conceder a compensação de horários e a redução da jornada. A
LODF não autoriza o aumento das 8 horas diárias que ultrapasse 40
horas semanais.
O artigo 35, II, da LODF informa que é direito dos servidores públicos,
sujeitos ao regime jurídico único, a duração do trabalho normal não
superior a 8 horas, facultado ao Poder Público conceder a redução da
jornada. Logo, é possível reduzir de 8 horas para 6 horas diárias.
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Essa é uma questão de um concurso federal, que também que pode ser
utilizada para os conhecimentos de LODF.
A primeira parte da questão informa que: “anulado o ato de demis-
são, o servidor estável será reintegrado ao cargo por ele ocu-
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A LODF, em seu artigo 40, §1º, modificado pela ELO 80/2014, elenca
três casos de perda do cargo de servidor estável:
• em virtude de sentença judicial transitada em julgado (aquela que não
cabe mais recurso);
• mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa (princípio da autotutela); ou
• mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurado o contraditório e a ampla defesa
(princípio da autotutela).
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A LODF, em seu artigo 40, §1º, modificado pela ELO 80/2014, elenca
três casos de perda do cargo do servidor estável:
• em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
• mediante processo administrativo em que lhe sejam assegurados o
contraditório e a ampla defesa; ou
• mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurado o contraditório e a ampla defe-
sa.
Portanto, nota-se que a própria Administração Pública, dentro de sua au-
totutela, tem capacidade de retirar o servidor do cargo, mesmo que seja
estável, porém sempre assegurado o contraditório e a ampla defesa.
A LODF informa no artigo 40, caput, modificado pela ELO 80/2014, que
são estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. Já o
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Tome cuidado!
Esse tipo de questão pode ser o seu diferencial no concurso público. A
LODF – em seu artigo 40, caput, alterado pela ELO 80/2014 – estabe-
lece que, ao servidor público efetivo, nos termos da Constituição Fede-
ral, é assegurado regime próprio de previdência social. Não cabe ao
servidor efetivo o regime geral da previdência social (RGPS), mas sim o
regime próprio (RPPS). Ao servidor detentor exclusivamente de cargos
em comissão, temporários ou empregados públicos, cabe o regime ge-
ral de previdência social.
Além disso, o regime próprio de previdência social (artigo 41, §1º):
• é instituído por lei complementar: não é lei ordinária;
• são observados os critérios que preservem o equilíbrio financeiro
e atuarial.
Dessa forma, Gérson, detentor exclusivamente de cargo em comissão
na Secretaria de Justiça do DF, será contribuinte do regime geral de
previdência social do DF.
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O artigo 35, § 2º, da LODF determina que será computado como exer-
cício efetivo, para efeito de progressão funcional ou concessão de
licença-prêmio e aposentadoria nas carreiras específicas do serviço
público, o tempo de serviço prestado por servidor requisitado a qual-
quer dos Poderes do Distrito Federal.
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GABARITO
1. E 18. C
2. E 19. E
3. E 20. E
4. C 21. C
5. E 22. E
6. C 23. C
7. E 24. C
8. E 25. C
9. E 26. E
10. C 27. E
11. E 28. E
12. C 29. E
13. E 30. E
14. E 31. E
15. E 32. E
16. E 33. E
17. C
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