Anda di halaman 1dari 59

GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB/EAD/UESPI


LICENCIATURA PLENA EM LETRAS ESPANHOL – EAD
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM LETRAS ESPANHOL - EAD

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Margareth Torres de Alencar Costa
Omar Mario Albornoz
Sabrina Fernandes Freitas
SUMÁRIO

01 A EDUCAÇÃO A DISTANCIA
1.1. Conceituando
1.2. Fazendo um pouco de história
1.3. Educação presencial e Educação a distância
02 AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM
2.1. Conceituando
2.2. Gêneros textuais do cotidiano
03 AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO MEDIADA PELA WEB
3.1. O construtivismo
3.2. Estilos de aprendizagem
04 O ALUNO VIRTUAL
4.1. Conceituando
4.2. Agenda de estudo

05 PROFESSOR/TUTOR
5.1. Conceituando
5.2. Características

PALAVRAS INICIAIS
Olá,
Você está começando a disciplina Educação a distância e certamente está um
pouco preocupado (a) com a ideia de estudar através da internet e deve ter se perguntado
se estudar desse jeito vai dar certo.
Não fique apavorado (a) porque duvidar, ficar indeciso ou preocupado não é coisa
que acontece só com você. Há muito tempo, lá em um país chamado Inglaterra, viveu um
escritor famoso chamado de Shakespeare, que escreveu uma peça de teatro chamada
Hamlet. O personagem principal era um príncipe que havia perdido o pai recentemente, e
estava muito triste, porque no dia em que foi velar o pai soube que sua mãe estava se
casando com seu tio. Pois é, este príncipe vivia cheio de dúvidas e ficava se perguntando
o tempo todo se devia ou não tomar alguma atitude.
E ele se perguntava: ser ou não ser? Falar ou não falar? Fazer ou não fazer?
E você, será que está se perguntando: Usar ou não a Internet? Estudar ou não,
modalidade a distância? Essa já não é a questão, porque você já entrou no barco e agora
meu amigo, minha amiga, tem que remar, e nós estamos aqui para tornar esta sua
decisão mais fácil e prazerosa.
Quais as potencialidades da Internet para a realização de estudos qualitativos?
Sabe o que significa estudos qualitativos?
Em primeiro lugar, significa estudar com qualidade, bons materiais, bons
professores, boas oportunidades de refletir o tempo todo sobre o que você está fazendo
como está fazendo, porque está fazendo, o que e como está aprendendo isto. Sem
mencionar que estará o tempo todo cercado de ajudantes todos voltados para você, para
seu aprendizado e poderá contar com o maior de todos os seus fãs, aquele sujeito que
fica o tempo todo falando com você baixinho, seu subconsciente, sua força interior, que
fica apoiando-o e o empurrando adiante.
Através da internet, você experimentará uma nova maneira de aprender e
verdadeiramente conversar com quem quiser e perguntar o que quiser tirar dúvidas,
responder perguntas, explicar alguma coisa que entendeu ou perguntar o que não
entendeu. Os participantes de sua sala de aula virtual se comunicam via e-mail com o
professor/tutor, mas não entre si. Porque é o professor que fica disponibilizando suas
perguntas, repostas através da plataforma Moodle para seus colegas.
São discussões em grupo que se processam em várias fases, durante um
determinado período de tempo.
Entendeu? Tudo é feito em segundos. Entretanto, para isso se necessita de:
rapidez, economia, simplicidade, anonimato, identidade, sinceridade. O grupo te
pressionará para você responder logo, é aquela sensação de bem-estar, descontração e
naturalidade que você nem lembrará que era tímido.
Estudando este livro que preparamos para você, com todo cuidado, participando
das atividades na plataforma Moodle, fazendo todos os exercícios solicitados, interagindo
bastante nos fóruns, escutando os CDs, lendo em voz alta, irá perceber muitas diferenças
e vai se descobrir cada dia mais poderoso (a), ou será super poderoso(a)? Lembre-se
disto: o êxito dos seus estudos vai depender também do seu esforço e dedicação. Você
não estava pensando que a gente ia fazer tudo por você e você nem aí, não é?
Estude cada uma das disciplinas de seu curso com dedicação e paciência. Sempre
que retornar ao estudo faça uma revisada rápida do que já foi estudado e só então
comece as partes da aula seguinte.

Um grande abraço e vamos lá.

Prof. Margareth Torres


Prof. Omar Albornoz
FALTA A 3ª COAUTORA

UNIDADE 1 - EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Objetivos
 Refletir sobre o Ensino a distância, a sua história, e entender a diferença de
modalidade regular e modalidade a distância.
 Distinguir Ensino Presencial de Ensino a Distância.
 Explicar o que é AVA e a importância das TICs para o Ensino a Distância.

Unidade 1 - Educação a Distância


Apresentação da Unidade
Nesta unidade, procure estudar, falar, refletir e escrever sobre a retrospectiva
histórica do ensino a distância; queremos que saiba fazer a distinção entre ensino
presencial e ensino a distância; educação a distância em diferentes meios tecnológicos;
interação pedagógica propiciada pelos diferentes meios.

1.1. Conceituando

Dizem que todo mundo quando é bem pequeno gosta de história, sentar-se para
ouvir a vovó, a titia ou mesmo a vizinha contar coisas que faz nossa imaginação voar.
Pois é, chegou nossa vez de contar-lhe uma história.

Era uma vez...

Um povo que morava em um planeta azul, muito bonito que tinha sede de
conhecimento, muita vontade de aprender. Acontece que nem todas as escolas eram
accessíveis, havia muito conhecimento que nem tinha professor por perto e muita gente
morando em cada lugar longe, então o povo pensou, pensou e resolveu solicitar às
autoridades um jeito de resolver o problema que
era de muitos. O acesso à educação.
Foi aí que eles imaginaram uma maneira
de todo mundo estudar o que quisesse através
da EAD. Preste bem atenção nestas três letras:
E de ensino, A de a mesmo e D de distância.
Ensino a Distância.
canaldoensino.com.br
Conceito – EAD é a Educação apoiada por Ambientes Virtuais de Aprendizagem;
(por ambientes virtuais entenda que é um espaço onde seres humanos e objetos técnicos
interagem, a exemplo do: computador, televisão). Moore e Kearsley (2007, p. 37)
definiram EaD como sendo uma
Família de métodos de instrução em que os comportamentos de ensino
são realizados à parte dos comportamentos de aprendizado, incluindo
aqueles que no ensino presencial seriam feitos na presença do aluno, de
modo que a comunicação entre o aluno e o professor precisa ser facilitada
por texto impresso, mídia eletrônica, apoio mecânico ou outros
dispositivos.

Vamos ver se nos explicamos melhor: EAD, no sentido denotativo da palavra


(denotativo quer dizer ao pé da letra), é o ensino que ocorre quando o professor e o aluno
estão separados (no tempo ou no espaço), mas podem se comunicar a través de
mecanismos que são desenvolvidos para este fim, por exemplo, e-mails, Chats, blogs,
fóruns, fax e outros mecanismos que você vai tomar conhecimento.
Para que vamos às escolas, faculdades e universidades? Para aprender, conhecer
profundamente o que está nos livros, aprender uma profissão e depois trabalhar para
ajudar outras pessoas com o que aprendemos. Não é mesmo?
Para que a Educação a Distância seja de qualidade existem alguns princípios
educacionais que precisam ser aplicados. Cortelazzo (2009, p. 18-20) apresenta 4
princípios: ação comunicativa, colaboração, acessibilidade e equidade. Vejamos em
detalhe cada um deles.
 Ação comunicativa: seja a ação docente (professor), seja a ação do discente (do
aluno, do aprendiz), transformou-se e, no decorrer do século XX, mudou de uma
ação unidirecional (do professor ativo transmitindo um conhecimento pronto e
inquestionável para um aluno que se comportava como receptor passivo) para uma
ação comunicativa bi e multidirecional (de alunos inquietos e questionadores)...A
ação comunicativa é ativa, criativa e, se adequadamente trabalhada pelo professor,
desencadeia a prática do aluno proativo e pesquisador.
 Colaboração: o aluno deve compartilhar experiências e saberes tanto para
aprender como para praticar suas habilidades e competências com os outros, para
reelaborar o conhecimento existente ou produzir novos conhecimentos...Na
construção da colaboração, integram-se a presença social e cognitiva; alunos e
professores mostram-se como indivíduos uns para os outros, em uma
comunicação aberta. A expressão emocional e a coesão do grupo, integradas ao
compartilhamento de ideias e ao debate permitem a construção de novas ideias...
 Acessibilidade: é um direito que o aluno tem no processo escolar formal, embora
nem sempre esse princípio seja encontrado na educação. Quando se planeja a
infraestrutura para a oferta de um programa educacional, inclusive a plataforma
tecnológica que possibilitará ao aluno o acesso ao conhecimento, a questão da
acessibilidade precisa ser dimensionada para que os materiais sejam
pedagogicamente acessíveis aos diferentes estilos de aprendizagem dos alunos e
dimensionados em relação aos limites que os alunos apresentam.
 Equidade: é considerada a partir das dimensões educacional, socioeconômica, de
gênero, de raça, entre outras. Para uma Educação a Distância democrática, há que
se considerar uma educação de qualidade que seja eficaz e que busque a
superação das condições de desigualdade ou pelo menos a moderação dessas
condições.

Além destes princípios educacionais, existem elementos que constituem a


qualidade de um Curso na EAD. Tomamos da autora citada anteriormente alguns destes
elementos (Op. Cit., pp 23-25).

http://www.goodblogscdn.com/sites/blog.enroll.com/post_imag
es/originals/1798.jpg?v=1418868923
 Currículo: não se refere apenas à organização da grade curricular, considera-se
primeiro os que vão participar do processo de ensino-aprendizagem, com suas
historias de vida, sua bagagem cultural, suas especificidades socioeconômicas.
 Material didático: refere-se a todos os materiais utilizados para ensinar e aprender
no programa. O material didático envolve não só o conhecimento, representado
pelo conteúdo veiculado em um determinado suporte, utilizando uma determinada
linguagem, mas também o desenho desse material a ser manipulado pelo
professor e pelo aluno. E ainda, é fundamental que esse material seja distribuído
física ou virtualmente em tempo para que os alunos possam realizar as atividades
necessárias para sua aprendizagem.
 Cultura organizacional: que promova o recrutamento, a formação e a avaliação,
baseada na valorização dos recursos humanos, necessária para se minimizarem
os problemas que possam surgir.
 Infraestrutura: instalações (estúdio, laboratórios, salas de trabalho administrativo,
de trabalho docente, de trabalho técnico, de biblioteca), mobiliário (mesas,
cadeiras, armários, suportes, bancadas, estantes) e equipamento (computadores,
aparelhos de gravação, telões, decodificador de sinal, antena parabólica,
impressoras, scanners, telefone) precisam ser adequados para que o desempenho
de alunos e de professores não seja afetado por falta de condições de
infraestrutura.
Como pode verificar são uma série de elementos de certo modo ligados uns com
os outros que possibilitam que um Curso de Graduação ou Especialização ofertado a
distância tenha a mesma qualidade que um ofertado de modo presencial.

Resumindo

Buscamos aprender para:

 Tentar mudar nossa cultura e conscientização;


 Integrar-nos em equipes;
 Maximização nossa eficiência:
 Aumentar nosso potencial natural de multiplicação;
 Desenvolver em nós a cultura de colaboração;
 Buscar nossa Valorização profissional;
 Buscar Crescimento pessoal;
 Melhorar nossos salários.

Pois é, essa busca pelo conhecimento é tão antiga, que vamos ver como tudo começou.

1.2. FAZENDO UM POUCO DE HISTÓRIA...


Você sabia que a Educação a Distância não é algo novo, que já tem vários anos de
existência e que surgiu na Europa como resposta a uma necessidade socioeconômica
relacionada com o aumento de produtividade e, conseqüentemente de mão de obra? Pois
é a esse respeito PRETI (2005) diz o seguinte:

[...] governos de países como a Inglaterra, Alemanha e Espanha criaram


universidades públicas a distância, instituições estruturadas para atender a
milhares de estudantes trabalhadores (100 mil, 200 mil, ou até mais).
(PRETI, 2005, p.30)

Essa foi uma iniciativa derivada da necessidade de qualificar o trabalhador para


que ele pudesse acompanhar a evolução acontecida a nível tecnológico. Em outras
palavras, fazer com que o homem pudesse dominar a máquina e não o contrário. Todo
esse processo permitiu que o que era próprio de alguns fosse “democratizado” e de
acordo com PRETI:

Dá-se, assim, um processo de massificação educativa, de atendimento a


amplas e diversificadas necessidades de qualificação das pessoas adultas,
uma contenção de gastos nas áreas de serviços educacionais e
dissemina-se a crença de que o conhecimento está disponível a quem
quiser. (PRETI, 2005, p. 31).

Aqui no Brasil, as primeiras tentativas de EAD estiveram relacionadas com


programas nacionais de educação a distância, tais como o Projeto Minerva e o Logos. Já
em 1986, criou-se uma Comissão de especialistas do MEC e do Conselho Federal para
elaborar propostas em torno da Universidade Aberta. Em 1992, foi criada a Coordenadoria
Nacional de Educação a Distância na estrutura do MEC e, em 1995, a Secretaria de
Educação a Distância.
Em 1996, foi promulgada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que em
seu artigo 80 determina algumas iniciativas em relação à Educação a Distância. Algumas
de suas determinações são, de acordo com LOBO NETO (2006):

a) O Poder Público deve incentivar o desenvolvimento e a veiculação de


programas de ensino a distância.
b) O ensino a distância desenvolve-se em todos os níveis e modalidades de
ensino e de educação continuada.
c) A educação a distância organiza-se com abertura e regime especiais.
d) A educação a distância será oferecida por instituições especificamente
credenciadas pela União.
e) Caberá à União regulamentar requisitos para realização de exames para
registro de diplomas relativos a cursos de educação a distância.
f) Caberá aos sistemas de ensino normalizar a produção, controle e avaliação
de programas e autorizar sua implementação. (LOBO NETO,2006,p.399)

Você percebeu que a iniciativa desta modalidade de ensino deve ser do Poder
Público? É ele o responsável pelo crescimento da EAD, bem como seu desenvolvimento
dentro do marco de referência educativa. Percebeu também que assim como o ensino
presencial se dá no nível fundamental, básico e superior e que da mesma maneira deve

desenvolver-se o Ensino a distância? http://www.google.com.br/imgres?


imgurl=http://3.bp.blogspot.com/-
EXATd9CUAiY/Tfu1sjYHQLI/AAAAAAAAAEw/itQXWC4KHyM/s1600/aula_a_distancia-
copy.jpg&imgrefurl=http://adalberonunb.blogspot.com/2011/06/ead-educacao-da-atualidade-e-
minha.html&h=514&w=480&tbnid=3pJ_zUx0khV-PM:&zoom=1&docid=x-
y4K062DLQ8xM&ei=ZW_sVLXBLffesATchYGoBQ&tbm=isch&ved=0CG0QMyhKMEo

Nesse sentido, é importante que tenhamos presente que não é qualquer entidade
educativa que pode oferecer este tipo de ensino. Assim como na educação presencial, a
instituição necessita do aval e reconhecimento do MEC, da mesma maneira acontece
com os que pretendem incorporar ou abrir Cursos de EAD.
No ano 2004 se estabeleceu a Portaria 4.059 que está em intima conexão com a
democratização do uso da EAD. Nesse sentido, Farias (2006) afirma que:

A Portaria 4.059, de 10 de dezembro de 2004, tem muita importância para


a desburocratização do uso da EAD no Brasil, pois ela regulamenta a
introdução de disciplinas no modo semipresencial em até 20% da carga
horária dos cursos de graduação reconhecidos. (FARIAS, 2006, p.442)

A supracitada Portaria estabelece que a avaliação deve ser presencial. Quer dizer
que, por mais que sejam estabelecidos exercícios ou outro tipo de atividades durante a
disciplina, isso não substitui a avaliação presencial. Por outra parte, o art. 2º exige que
sejam implantadas as tecnologias de informação e comunicação dentro da pedagogia de
ensino-aprendizagem dos Cursos oferecidos.

O Art. 2º exige que, nas disciplinas em que sejam desenvolvidas


atividades semipresenciais, seja feito o uso de métodos e práticas
de ensino-aprendizado baseado em tecnologias de informação e
comunicação. Isso implica, na prática, o uso de computadores
conectados a Internet para controle da publicação de conteúdo e de
interação entre os participantes da disciplina. (FARIAS 2006)

Para poder cumprir este artigo é que entram em cena os sistemas que irão a ser
implementados para gerenciar os Cursos. E, em nosso caso, a Plataforma Moodle, que
iremos estudar na próxima unidade.
O que então tem representado, para o povo, a Educação a distância? De acordo
com CORREA (2007):

A educação a distância (EAD) tem sido uma alternativa de


ensino/aprendizagem, principalmente, em um cenário marcado pelas
dificuldades de acesso de nossa população ao ensino formal e pelas altas
taxas de defasagem de escolarização e de analfabetismo, em função de
uma carga horária de trabalho que impossibilita o investimento em
educação continuada. Em virtude deste quadro social marcado pela
exclusão, têm aflorado discussões relativas à educação a distância, apesar
da tradição de educação escolarizada presencial. (CORREA, 2007, p.9)

Agora vamos falar dos passos que essa modalidade de ensino iniciou até nossos
dias falando em gerações.
A 1ª geração que trabalhou na educação a distância foi a de 1850 – 1960. A 1ª
Geração caracterizou-se por uma tecnologia predominantemente com papel impresso,
rádio e TV. A interação se dava por meio do telefone ou correio.
A 2ª geração, de 1960 – 1985. Esta Geração fazia uso de múltiplas tecnologias,
mas ainda não fazia uso do computador.
A 3ª geração 1985 – 1995. Esta por sua vez, fazia uso de tudo que as anteriores e
já incluíam o computador, CD, internet, seminários, áudio e vídeo conferências. Podemos
ver que eles já faziam uso da comunicação síncrona e assíncrona.
Quer saber que bichos são estes? Interações (Síncronas - Assíncronas):
Síncronas: são aquelas interações nas quais todos os aprendizes (alunos) estão
on line ao mesmo tempo. Por exemplo, conversando em um Chat ( bate-papo).
Assíncronas: são aquelas interações realizadas no tempo que o aluno achar que
está disponível. Entendeu? Você faz seu horário de estudo, é liberdade total, mas não
esqueça que tem muita responsabilidade envolvida aqui.
A 4ª geração 1995 – 2005. Esta podia contar com tudo que a anterior e mais o
apoio dos satélites, banda larga, interação em tempo real via rádio e vídeo, etc.etc.
A 5ª geração 2005 – Esta é a nossa, amigos. Podemos contar com todo apoio que
a tecnologia pode nos dar e mais o apoio de agentes inteligentes, Internet sem fio, maior
interação e principalmente, agora podemos contar com você. Você já entendeu que quem
constrói seu conhecimento é você mesmo e que aprendendo a andar com seus pés
poderá fazer muita coisa a seu favor e a favor do país, então acredite em você e nos
ajude a incluí-lo no mundo de todos.

Bem, agora antes de falar sobre a diferença entre: ensino presencial e ensino a
distância está na hora de dar uma paradinha e mostrar que assimilou (entendeu),
muita coisa.

Exercitando...

ctdesporto0912.blogspot.com

1. Leia silenciosamente (apenas com os olhos) essa primeira parte e responda em um


caderno às perguntas abaixo.
a) O que é Educação a distância?
b) Por que buscamos aprender?
c) De quem é a responsabilidade do Ensino a distância no Brasil?
d) O que caracterizou a educação a distância em cada uma das gerações que
antecederam a nossa?
e) Explique o que você entendeu por interações síncronas e assíncronas.

Refletindo sobre os textos


Vamos Pensar um pouco ...

antoniozai.wordpress.com

 Quem é o responsável pela construção do conhecimento?


 Qual é o papel correto do professor?
 A noção de inteligência evoluiu para uma valorização sem precedentes dos aspectos
emocionais, também porque a aprendizagem mais profunda e, nesse sentido, mais
humana e humanizante é a que se nutre da emoção. Concorda com esta afirmação?
Por quê?
Como vemos são diversos elementos que entram em jogo no momento em que se
decide educar sob esta modalidade. E nesse sentido, não existe diferença com a
chamada educação presencial, já que para uma entidade ou um curso poder funcionar
legalmente precisa da avaliação e reconhecimento do MEC. Mas o ensino presencial e o
ensino a Distância apresentam diferenciações como veremos a continuação.

1.3. ENSINO PRESENCIAL E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Quando falamos de ensino presencial na expressão em si já aparece manifestado


qual é a sua essência: a presença. Quer dizer que uma educação presencial está
caracterizada pela presença do professor que é quem vai acompanhando de perto todo o
processo de ensino-aprendizagem do aluno. Mas esse acompanhamento do professor se
dá somente no momento da aula, no momento no qual se produz o encontro “físico” a
partir do qual o professor passa o conteúdo para o aluno assimilá-lo. Esta concepção,
hoje em dia não é tão nítida assim, como podemos perceber na citação, a seguir:

Os especialistas neste campo reconhecem que a distinção entre ensino


‘presencial’ e ensino ‘a distância’ será cada vez menos pertinente, já que o
uso das redes de telecomunicação e dos suportes multimídia interativos
vem sendo progressivamente integrados às formas mais clássicas de
ensino.” (LÉVY,1999, p.170)

No entanto, existem diferenças bem marcantes entre o ensino presencial e o


ensino a distância, que se podem notar quando comparamos as duas modalidades de
ensino, como veremos a seguir:
A Educação a Distância é um sistema de aprendizagem em que o aluno está
distante do professor, ou da fonte de informação, em termos de espaço, ou tempo, ou
ambos, o que não acontece na educação presencial já que aluno e professor em
determinado tempo e local estão frente a frente.
Na EAD, existe um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser
de massa e que substitui a interação pessoal entre professor e aluno na sala de aula,
como meio preferencial do ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos
didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem
autônoma dos estudantes.

Vamos comparar visualizando em um quadro os dois sistemas de ensino?

Ensino Presencial Educação a Distância


Presença em local e tempo Superam a exigência da presença
determinados de alunos e sincrônica de alunos e professores num
professores. local determinado.
A presença do professor é obrigatória Baseiam sua metodologia em recursos
mesmo que não diga nada. tecnológicos que substituem total ou
parcialmente aquela presença.
O centro de referencia na sala de aula O aluno é o centro do processo realiza um
é o professor, mas ambos estão estudo independente e flexível.
presentes em sala de aula Professor e alunos estão fisicamente
fisicamente. separados.
O professor decide o que será Há uma mediação entre alunos e docentes.
ministrado, realiza o processo e
solicita a participação quando achar
necessário.
Inexistência de materiais que criem Existência e necessidade de se gerar cada
desafios cognitivos. vez mais materiais, que criem desafios
cognitivos para os alunos.
Ênfase em ensinar conteúdos. Ênfase em educar e não em ensinar
Construção do conhecimento com a Construção do conhecimento de forma
ajuda do facilitador e modo coletiva.
individualizada.
Avaliação da aprendizagem dos Avaliação dos estudantes, do curso, do
conteúdos absorvidos pelo aluno. tutor, do sistema adotado, dos materiais
didáticos.
Educação bem dispendiosa já que Educação bem mais econômica porque
exige tempo presencial muito grande, evita o deslocamento, o abandono do local
deslocamento, abandono do local de de trabalho, não necessita de atendimento
trabalho, atendimento às às características psicopedagógicas da
características psicopedagógicas da diversidade e permite a formação de
diversidade de muitos alunos. pequenas turmas.

Viu como existe uma grande variedade entre as modalidades de ensino? Isso se
dá, porque:

Em cursos a distância, os processos de ensino e de aprendizagem são


mais diluídos e flexíveis do que no ensino presencial, o que não significa
que não sejam planejados, uma vez que na EAD o planejamento do
trabalho (tanto coletivo como individual) é condição para que a
aprendizagem ocorra. (PRETI, 2005, p.145)

Entendeu que na modalidade de ensino escolhida por você existe uma exigência
de autonomia de sua parte? Que significa para você autonomia? Que ideia se te
apresenta quando ouves essa palavra? O próprio autor citado nos diz que autonomia
implica não somente mudanças no sistema pessoal de valores e de práticas, mas também
mudanças nos “sistemas ensinantes”, para que estes se tornem “sistemas aprendentes”
ou “comunidades aprendentes”. Percebeu?

O exercício da autonomia envolve uma atividade permanente de


observação dos atos e fatos, um movimento contínuo de
autotransformação individual e social. A autonomia afirma-se quando o
sujeito tem a liberdade de fazer perguntas sobre si, sobre o outro, sobre as
significações envolvidas na informação ou no conhecimento cientifico,
artístico e filosófico e busca transformar o que é adverso na realidade
social [...] a autonomia torna-se, ao mesmo tempo, o fim e o meio.
(MACIEL, 2001, p. 20-21)
E nesse sentido, ao falar de autonomia na ordem
do ensino-aprendizagem, devemos saber que o
estudante tem o direito de ver, reconhecer qual é o seu
melhor estilo de aprendizagem, assim como também
dar-se conta dos recursos aos quais melhor se adapta e
que melhor manuseia para internalizar e construir sua
própria aprendizagem. Nesse sentido, o professor da
disciplina é responsável por motivar você para tentar
ajudá-lo a encontrar seu próprio caminho rumo ao
conhecimento. A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ao definir EAD
nos fala sobre isso, segundo Preti (2005):

O Decreto nº 2.494 (10/2/1998), que regulamenta o artigo 80 da Lei de


Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), ao definir a
EaD como “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com
a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados” reafirma
a importância do autodidatismo, da formação do aluno autônomo, em lugar
da construção coletiva, em rede, hoje possibilitada pela mediação dos
suportes tecnológicos digitais e em rede. (PRETI, 2005, p. 123)

Encontras dentro desta pedagogia da autonomia, alguma coincidência com Paulo


Freire? Nesse sentido te recomendamos a leitura de seu livro “Pedagogia da autonomia”.
Dentro dos Cursos a Distância se nos apresentam os elementos de interatividade e
interação como características deste processo de ensino-aprendizagem. E é sobre estes
dois conceitos que falaremos a seguir.

Interatividade e Interação

Já tem ouvido alguma vez estas palavras? Se já as ouviu: qual a primeira coisa que
vem a sua mente? Para você interatividade e interação são a mesma coisa? Para
entender melhor estes dois conceitos, tomaremos principalmente como referência o
exposto por Lúcia Helena Vendrusculo Possari, em seu artigo www.nuted.ufrgs.br
“Educação a distância como processo semidiscursivo”.
A autora ao falar sobre interatividade se baseia em dois autores: Possari (2002) e
Silva (2000), os quais dizem que quando se fala em interatividade é preciso diferenciá-la
de interação, afirmando que a interação é diálogo, troca ENTRE (sic) interlocutores
humanos, humanos e máquinas e humanos (usuários de serviços); já interatividade é
possibilidade de agir, intervir SOBRE (sic) programas e conteúdos.

O Dicionário Houaiss da língua portuguesa especifica como interação a


“influência mutua de órgãos ou organismos inter-relacionados [...]
comunicação entre pessoas que convivem [...] intervenção e controle, feitos
pelo usuário, do curso das atividades num programa de computador, num
CD-ROM etc”. Nesse mesmo Dicionário, interatividade é definida como
“capacidade de um sistema de comunicação ou equipamento de possibilitar
interatividade”. (BIANCONCINI DE ALMEIDA, 2006, p. 205).

Para Silva (2000), a interatividade compreende diversos níveis, tais como - grau zero
(ausência); - linear (avanços e retorno); -arborescente (videografia: escolha por menu);
-lingüístico (videotexto, palavra-chave, a fim de se compor mensagens de comando
contínuo, manipulação, modificação e deslocamento).
Assim, interagir é ser humano; é trocar com outros saberes, afetos, desafetos.
Mesmo na interlocução oral = olho no olho ou na leitura de textos, se faz necessário
interagirem autor/leitor. Daí que a interação não é algo exclusivo da EAD; ela é condição
humana, de vida.
Já a interatividade é propriedade imanente dos textos que possibilita a interferência
do leitor: nos textos escritos o leitor pode concordar, discordar, dizer que se faria de outro
modo, parafrasear; nos hipertextos, como no Cd-ROM ou nos da Internet, pode optar
pelas trilhas que melhor lhe aprouver, modificá-las, etc. Os textos eletrônicos são os que
mais possibilitam a interatividade.
Desta maneira, a interatividade possibilita que uma mesma mensagem seja recebida
por múltiplos receptores situados em lugares diferentes. Assim:

A educação a distância com base nesses meios ocorre em uma única


direção, do emissor - responsável pelo envio de um produto fechado - aos
receptores, que recebem as informações passivamente. A interação
caracteriza-se pela ação de ouvir, ver, ler as informações veiculadas.
(BIANCONCINI DE ALMEIDA, 2006, p. 206)

Retomando a Vendrusculo Possari (2006), ela indica que a interatividade


possibilitada pelas mídias atuais pressupõe falar de virtualizações; existindo três tipos: a
imersão, a presença e a telepresença. O que significa cada um destes termos? Você seria
capaz, sem ler as definições, de dizer algo a respeito? Talvez não, já que são termos que
estão ligados diretamente com ambientes que comumente não manuseamos. Vejamos do
que se tratam.

A imersão é a condição do sistema para cativar os sentidos e bloquear


estímulos do mundo físico. Chamada de realidade virtual compreende os
dispositivos de terceira dimensão (3D), tais como: capacetes, óculos,
luvas, que ao se acoplarem ao corpo físico imprimem sensações. (Possari,
2005, p. 97)

A imersão está ligada à presença, já que garante a sensação da mesma. Mediante a


virtualização, a habilidade de “ver”, “ouvir”, “tocar” e modificar o que a prótese propõe.
A telepresença é exemplificada pelas teleconferências e videoconferências. As
primeiras podem se dar pelo rádio, pelo telefone ou pela TV; as segundas, pelos sinais de
satélite e pelas redes, com simultaneidade de interlocução e interação. (Ib., p. 98)
Dentro desta chamada virtualização e seja qual for o tipo, existe um código que é
expresso por um signo, da mesma forma que a nossa língua possui um código que nos
permite comunicar-nos, relacionar-nos, entender-nos.
E aqui está o grande desafio no desenvolvimento da educação a distância: como
produzir um material didático capaz de provocar ou garantir a necessária interatividade do
processo ensino-aprendizagem? Na próxima unidade, falaremos sobre os chamados
Ambientes virtuais de aprendizagem, tendo presente as diversas abordagens que podem
dar-se nestes.
Como síntese do expressado até aqui, apresentamos a continuação um quadro
elaborado por Lévy (1999, p. 89) que mostra os diferentes tipos de interatividade que tem
como referência dois eixos: disposição de comunicação e a relação com a mensagem.

Relação com a Mensagem linear não Interrupção e reorientação Implicação do


mensagem alterável em tempo real do fluxo informacional em participante na
tempo real mensagem
Dispositivo de
comunicação
Difusão  Imprensa  Banco de dados  Videogames com
unilateral multimodais um só participante
 Radio
 Hiperdocumentos  Simulações com
 Televisão
 Cinema fixos imersão (simulador
 Simulações sem vôo) sem

imersão nem modificação

possibilidade de possível do

modificar o modelo modelo


Diálogo,  Correspondência  Telefone  Diálogos através
reciprocidade postal entre duas de mundos
 Videofone
pessoas virtuais, cibersexo
Diálogo entre  Rede de  Teleconferência ou  RPG multiusuário
vários correspondência videoconferência no ciberespaço.
participantes
 Sistema das com vários  Videogame em
publicações em uma participantes. “realidade virtual”
comunidade de  Hiperdocumentos com vários
pesquisa abertos acessíveis participantes.
 Correio eletrônico online, frutos da  Comunicação em
escritura/leitura de mundos virtuais,
 Conferências
uma comunidade negociação
eletrônicas
 Simulações (com contínua dos
possibilidade de participantes sobre
atuar sobre o suas imagens e a
modelo) como de imagem de sua
suporte de debates situação comum.
de uma comunidade

RESUMINDO
 Educação a Distância é uma família de métodos de instrução em que os
comportamentos de ensino são realizados à parte dos comportamentos de
aprendizado, incluindo aqueles que no ensino presencial seriam feitos na presença
do aluno, de modo que a comunicação entre o aluno e o professor precisa ser
facilitada por texto impresso, mídia eletrônica, apoio mecânico ou outros
dispositivos.
 A EAD surgiu na Europa, sendo as primeiras tentativas no Brasil relacionadas com
programas nacionais de educação a distância (Projeto Minerva/ Logos). Em 1996 é
promulgada a LDB quem no seu artigo 80 determina algumas iniciativas em
relação à EAD. No ano 2004 se estabeleceu a Portaria 4059 que regulamenta a
introdução de disciplinas no modo semipresencial em até 20% da carga horária dos
cursos de graduação reconhecidos.
 A LDB define EAD como “uma forma de ensino que possibilita a
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente
organizados”. (sublinhado é nosso)
 Interação é a influencia mutua de órgãos ou organismos inter-relacionados [...]
comunicação entre pessoas que convivem [,,,] intervenção e controle feitos pelos
usuários dos cursos, das atividades num programa de computador, num CD-ROM
etc
 Interatividade: propriedade imanente dos textos que possibilita que uma mesma
mensagem seja recebida por múltiplos receptores situados em lugares diferentes.

LEITURA COMPLEMENTAR

Para aprofundar mais o assunto, é interessante que você faça uma pesquisa nos
sites indicados abaixo e verá um grande leque de explicações inimagináveis sobre
o assunto.
HTTP://www.facom.ufba.br/projetos/digital/index.html
Do analógico ao digital.http://WWW.abed.org.br/seminario2003/texto16.htm –Novas
Tecnologias de Informação e Comunicação
HTTP://www2.ufscar.br/ead/documentos/referenciais de qualidade para cursos a distância.

ATIVIDADES

1. Depois de ter lido a Primeira Unidade: quais são os elementos que lhe parecem mais
importantes e por quê?
2. Elabore um texto em que sejam comparadas a educação presencial e a educação a
distância.

GLOSSÁRIO DA UNIDADE
Construtivismo: corrente de pensamento que considera o processo de aprendizagem
uma ação refletida de construção interiorizada nas estruturas mentais, em que o
pensamento não tem fronteiras, ele se constrói, desconstrói-se, reconstrói-se, com base
no pressuposto de que as estruturas do pensamento, do julgamento e da argumentação
dos sujeitos não são impostas aos indivíduos, de fora, nem são consideradas inatas.
Interatividade: fenômeno elementar das relações humanas dentre as quais estão as
relações educacionais.
Unidade 2 – Ambiente virtual de aprendizagem

OBJETIVOS
 Abordar a constituição da linguagem na Web.
 Explicar a constituição de novos gêneros.
 Conceituar hipertexto e questões relativas à sua produção e recepção.
Apresentação da Unidade

Caro (a) aluno(a), os conteúdos disponibilizados nesta unidade são necessários


para a compreensão do ambiente no qual se processa a EAD, o ambiente de sua sala de
aula virtual. Tivemos o cuidado de preparar este nosso diálogo de modo bem transparente
para não haver dúvidas. Mas, precisamos que você leia e releia com cuidado nosso
material e visualize o que falamos na plataforma Moodle para só então responder às
tarefas que serão solicitadas.

2.1. Conceituando

fmproducoes.com.br

Antes de falarmos sobre conceito destas palavras vamos pensar um pouco; Quando
alguém fala em digital, virtual, virtualidade você pensa em quê? Será que a primeira
imagem que lhe vem a mente não é um computador e alguém o operando?
Começaremos pela compreensão do que sejam as palavras: virtual e ambiente
virtual, Digital, AVA.

Vir.tu.al segundo o Dicionário on line Michaelis virtual adj. m. e f. 1. Existente como


potência ou faculdade, porém sem efeito atual. 2. Suscetível de se realizar; potencial. 3.
Diz-se de imagem que tem seus pontos nos prolongamentos dos raios luminosos de um
foco.
vir.tu.a.li.da.de
s. f. Caráter ou qualidade de virtual.
di.gi.tal
adj. m. e f. 1 Relativo aos dedos. 2 Relativo a dígito.

De acordo com Lévy (1996, p. 15)

O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado, no entanto, a


concretização efetiva ou formal. A árvore está virtualmente presente na
semente. Em termos rigorosamente filosóficos, o virtual não se opõe ao
real, mas ao atual; virtualmente e atualmente são apenas duas maneiras
de ser diferentes.

Você entendeu que uma coisa virtual está constantemente em transformação,


mudando e atualizando-se? Entendeu que você é a semente que se transformará
em árvore se bem tratada e regada com disciplina, persistência e paciência? O
virtual está sempre em mudança e atualização, por isso mesmo estará sempre
atualizado.
Para SANTOS, o conceito de ambiente virtual é:

Um ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres


humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim a construção
de conhecimentos, logo a aprendizagem. Entendemos por aprendizagem
todo processo sócio técnico em que os sujeitos interagem na e pela
cultura, sendo esta um campo de luta, poder, diferença e significação,
espaço para construção de saberes e conhecimentos. As tecnologias
digitais podem potencializar e estruturar novas sociabilidades e
conseqüentemente novas aprendizagens. (Santos Edméa. 2005 p. 225)

Para alcançar os objetivos da educação virtual há que utilizar sem pestanejar os


AVA.( ambientes virtuais de aprendizagem). Você se lembra de algum AVA? São muitos
os AVA disponíveis para você na WEB, mas vamos citar alguns da mesma autora da
citação acima;

De acordo com a autora citada anteriormente, os AVA são soluções tecnológicas


para a aprendizagem tais como:

AVA Organização Autora Endereço no Ciberespaço

AulaNet PUC-RJ ( Brasil) http://guiaaulanet.eduweb.com.br


Blackboard Blackboard (EUA) HTTP://www.blackboard.com.br

Viu como você já havia visto e ouvido falar, só não lembrava que tudo isto era
um AVA?

As informações quando são digitalizadas se reproduzem rapidamente e chegam em


segundos a todo lugar e você terá acesso a todas elas ou as que lhe interessarem. Isto
porque os AVA agregam interfaces que permitem a produção de conteúdos e canais
variados de comunicação. Tudo isto circulando no ciberespaço, que de acordo com
SANTOS (in SILVA, 2006, p.227) é:

Ciberespaço é todo desenvolvimento de atividades em ambientes virtuais


com base no diálogo, isto é, o encontro com o outro (professor e alunos), a
incorporação da ideia do outro às próprias ideias, a reconstrução de
conceitos e a reelaboração da ideia do outro às próprias ideias, a
reconstrução de conceitos e a reelaboração das representações expressas
pela escrita.

Assim , é preciso entender que o ciberespaço necessita de uma conexão de internet


para poder funcionar em qualquer momento que se tenha disponível.
Então, sempre que tiver tempo, você retornará ao ambiente virtual de sua sala de
aula virtual e poderá participar dos fóruns de discussão, ler e refletir sobre as produções
deixadas lá por seus colegas, realizar suas tarefas entre outras atividades.
Tudo isto circulando no ciberespaço, que segundo SANTOS (ibidem) é:

[...] uma organização viva, onde seres humanos e objetos técnicos


interagem num processo complexo que se auto-organiza na dialógica de
suas redes de conexões.

Entendeu que o ciberespaço é por si só um AVA devido a sua natureza aberta e


flexível?
Uma plataforma como esta em que você está estudando cujo nome é plataforma
Moodle da UESPI, é um ambiente virtual, um AVA e nele você pode encontrar algumas
ferramentas essenciais interação como, por exemplo: os chats, os fóruns, os blogs, os
cybercafés entre outros. Você ainda lembra os significados destas palavras?
Os chats são oportunidades de conversar ao mesmo tempo com uma porção de
pessoas ou uma comunicação mais reservada, isto é, um-um. Desse modo, os chats são
canais de comunicação que possibilitam as pessoas poderem se comunicar em tempo
real sem interferências.
Os fóruns são interfaces que permitem o registro e a comunicação de conceitos
básicos, a elaboração de definições em grupo ou isoladamente, elaborada por todos.
Os blogs por sua vez, podem ser ações individuais ou coletivas de organizar
informações disponibilizar textos, ambientes nos quais os sujeitos podem editar e reeditar
mensagens, atualizar dados, passar informações que por sua vez poderão ser reeditadas
pelos participantes da comunidade virtual que freqüenta este espaço.
Os cybercafés são espaços onde a comunidade pode dar avisos, repassar
informações, parabenizar alguém pelo aniversário ou mesmo realizar uma interação
pedagógica de caráter mais leve, solto.

www.youtube.com

2.2. GÊNEROS TEXTUAIS DO COTIDIANO

Vamos falar agora um pouco sobre gêneros textuais. Você pode perguntar: o que é
que tenho a ver com isso? É que no ensino a distância você fará uso constante de várias
modalidades de texto comunicativo. Por gênero textual podemos entender todas as
formas de textos sejam eles orais, escritos ou imagens carregadas de significado
comunicativo. Mas é preciso que tenha em conta que num ambiente virtual existem textos
que apresentam características próprias, específicas e que se diferenciam do texto que
costumamos utilizar. Vamos conhecer alguns deles?

Carta Pessoal
Conceito: Carta pessoal é a forma escrita que utilizamos para estabelecer comunicação
com alguém que está longe de nós ou impossibilitado de nos ver. Quantas cartas você já
escreveu? Não venha me dizer que não escreveu nenhuma porque em toda escola se
ensina a escrever cartas, isto quer dizer que nem que seja por tarefa escolar você já
escreveu pelo menos uma. Claro que este texto não é próprio do ambiente virtual, mas vai
nos ajudar para entender outro texto que usamos na comunicação on line. Agora vamos
enumerar algumas características de uma carta.
Em uma carta não pode faltar:
1 - Data;
2 - Vocativo;
3 - Corpo e Assinatura;
4-Objetivo: estabelecer contato com amigos, parentes, namorado (a),entre outros.
5 - Quando necessário, P.S.( expressão latina que significa post scriptum), uma espécie
de coisa que você esqueceu de falar no texto e coloca no final. A propósito, já viu o filme:
P.S; eu te amo? Não? Pois assista, é muito interessante.
6 - A forma de redação é breve e bem pessoal;
7- Verbos, geralmente, no presente do indicativo.

Exemplo:
Teresina, 20 de março de 2009.

Querida Maria das Graças,

Eu e Marivaldo ficamos encantados com sua hospitalidade e queríamos agradecer pela


colaboração e receptividade e pelos dias que passamos em Picos.
Sem dúvida, essa cidade ficou ainda mais bonita depois de desfrutá-la em sua
companhia. Esperamos que tudo ocorra muito bem na coordenação do EAD no Pólo de
Picos, mas com você no comando do processo e com a ajuda de Deus e nossa boa
vontade, tudo há de sair bem.
Em breve enviaremos as fotos. Mande notícias.
Um grande abraço,
Margareth

Qual é a modalidade de texto que está substituindo a carta pessoal e é enviada on

line hoje? http://image.slidesharecdn.com/portaleducacao-


avaldesead-091122200124-phpapp02/95/avaliao-e-desempenho-em-ead-caso-prtico-67-728.jpg?cb=1258942020

Se você disse email, acertou. Que é um e-mail: é um tipo de correio eletrônico, uma
espécie de carta, bilhete, e-mail, recado que pode ser enviado por meio da internet; ou
conforme Mathias Gonzalez (2005, p. 18) ferramenta de comunicação assíncrona, usada
para enviar e receber mensagens eletrônicas. De fato esta ferramenta será bastante
utilizada no curso de EAD que estás realizando.
Outro tipo de texto utilizado na Internet é a chamada Lista (Fórum) de discussão.
Ela é uma ferramenta assíncrona de comunicação, interação e cooperação pela Internet.
“... pode ser utilizada para promover conversas individuais...moderadas, ou conversas
entre um grupo de participantes...moderadas ou não” (Lima Gomes, Tiago de Sousa,
2007, p.52).
Também no estudo via internet, podes encontrar-te com o Mural, o qual é uma
ferramenta assíncrona, que tem certa similitude com os murais de avisos presentes em
Colégios, Universidades, etc. Ele tem a função de transmitir uma informação relacionada
com a temática do Curso para todo o grupo de participantes.
Seguramente, se tens trabalhado ou pesquisado em Internet, haverás ingressado na
página Wikipedia. Agora bem, também existe uma ferramenta chamada Wikis, que:
TIRAR O MARCA-TEXTO, EU NÃO CONSEGUI
[...] representa um conjunto de páginas em hipertexto, ou o software
utilizado para criá-lo. Com ele, um grupo de pessoas constrói de forma
coletiva um texto, que pode ser desde um texto simples, até uma página
HTML, mais elaborada com gráficos, imagens, tabelas, entre outros
recursos. (GOMES LIMA, 2007, p.53)

Já sabe o que é um Chat e para quê serve? A diferença de alguns recursos ou


ferramentas anteriores se dá porque ele é uma ferramenta síncrona de comunicação que
tem a finalidade de simular uma sala na qual se encontram várias pessoas para
estabelecer uma conversação. Essa ferramenta, que é também um Texto, já que você tem
que escrever para comunicar-se, será muito utilizada ao longo do nosso curso.
Existem também outros tipos de textos tais como o Portfólio que seria o conjunto de
trabalhos que como estudante do curso terá que fazer.
Finalmente, deter-nos-emos a considerar o chamado Hipertexto. Podemos
relacionar o termo “Hiper” com um local que visitamos frequentemente: o Supermercado.
Hoje em dia já temos também o Hipermercado. Se o super era grande, o que fica para o
hiper? Assim, relacionando isso com o texto, um hipertexto é um texto no qual se
encontram inseridos outros textos ou referências a outros textos. Geralmente, no
Hipertexto aparecem palavras sublinhadas ou em destaque que se clicamos nelas nos
remitem ao significado ou explicação do que elas significam. Agora bem, para ler um
Hipertexto é preciso não nos perder, já que podemos perder de vista o eixo central do que
estamos lendo por ler as diversas referências textuais que aparecem no mesmo. Silva
(2010, p. 15-16) ao falar sobre hipertexto refere o seguinte:

O desenvolvimento técnico que garante esse salto qualitativo no campo da


informática permite o processamento da informação e da comunicação
como hipertexto, isto é, como teia de conexões de um texto com inúmeros
textos...Clicando ícones, o usuário pode saltar de uma “janela” para outra e
transitar aleatoriamente por fotos, sons, vídeos, textos, gráficos etc,
armazenados na memória do computador. E, em rede (internet), a
disposição de processamento hipertextual do computador permite ao
usuário múltiplas recorrências e navegações, permite-lhe selecionar,
receber, tratar e enviar qualquer tipo de informação desde seu terminal
para qualquer outro ponto da rede [...]

Você vê quantos modos de comunicação existem e, especificamente, na EAD?


Dentre eles há um ao qual você deverá dar especial atenção ao longo do Curso e é o
Fórum de discussão. No Anexo da Plataforma Moodle encontrará informações específicas
sobre essa ferramenta que é avaliativa e que possibilitará a você exercitar a sua
competência escrita e à sua vez elaborar, na companhia de seus colegas de aula virtual, o
conhecimento coletivo.

RESUMINDO
 Um ambiente virtual (AVA) é um espaço fecundo de significação onde seres
humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim a construção de
conhecimentos, logo a aprendizagem.
 Por gênero textual podemos entender todas as formas de textos sejam eles orais,
escritos ou imagens carregadas de significado comunicativo.
 Fórum de discussão é uma ferramenta assíncrona de comunicação, interação e
cooperação pela Internet.
 Chat é uma ferramenta síncrona de comunicação que tem a finalidade de simular
uma sala na qual se encontram várias pessoas para estabelecer uma conversação.

LEITURA COMPLEMETAR

DOS SANTOS, Edméa Oliveira. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM: POR


AUTORIAS LIVRES, PLURAIS E GRATUITAS. Disponível in
http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf

DIAS, Claudia Augusto. Hipertexto: evolução histórica e efeitos sociais. Disponível in


http://www.scielo.br/pdf/ci/v28n3/v28n3a4

ATIVIDADES
1. “O virtual é semente do real”. O que lhe sugere esta ideia? Elabora um minitexto
de, ao menos 10 linhas, em que aprofunde esta ideia.

GLOSSÁRIO
Interface: s.f. Modo através do qual o usuário consegue, usando um computador, interagir
com um programa ou com um sistema operacional: interface do Windows.
Informática. Seção compartilhada por dois dispositivos, programas ou sistemas, em que
eles partilham ou trocam sinais e dados.
Portfólio: s.m. Tipo de papel consistente, normalmente dobrado, utilizado para armazenar
papéis ou quaisquer materiais em seu interior. Destinado para guardar um conjunto
específico de papéis ou manter coleções de alguma coisa.
Unidade 3 - Aquisição de conhecimento mediada pela web
OBJETIVOS

 Entender a vivência prática da construção de conhecimento dentro de um contexto


colaborativo.
 Refletir sobre os princípios norteadores do ensino colaborativo e suas
possibilidades pedagógicas.
Apresentação da Unidade

Nesta Unidade, vamos falar sobre o estilo do conhecimento mediado pela web, tendo
como referência fundamental ao construtivismo, teoria na qual se desenvolve a Educação
a Distância, assim como também apresentaremos estilos de aprendizagem e técnicas
correspondentes com cada estilo.

3.1. O construtivismo

Com certeza, você já ouviu falar muito da palavra conhecimento, construção do


conhecimento, conhecimento da vida, dos assuntos da prova, das pessoas e problemas
do seu bairro, etc. Mas aqui o que queremos é que fique bem claro para você como
aprender as coisas em um ambiente virtual, isto é, em uma sala de aula on line. Para
Papert (1985), a construção do conhecimento se dá quando:

Conseguimos ver as pessoas como construtores ativos de suas próprias


estruturas intelectuais, ou do seu conhecimento. O que um indivíduo pode
aprender e como ele aprende isso depende dos modelos que têm
disponíveis. Isso impõe, recursivamente, a questão de como ele aprendeu
esses modelos. (PAPERT 1985, p. 13)

Já Mathias González definira construtivismo como:

Uma corrente de pensamento que considera o processo de aprendizagem


uma ação refletida de construção interiorizada nas estruturas mentais, em
que o pensamento não tem fronteiras, ele se constrói, descontrói-se,
reconstrói-se, com base no pressuposto de que as estruturas do
pensamento, do julgamento e da argumentação dos sujeitos não são
impostas aos indivíduos, de fora, nem são consideradas inatas. Elas
resultam de uma construção realizada em longas etapas de reflexão, por
parte do sujeito. (MATHIAS GONZÁLEZ, 2005, p.17).

Assim, como podes ver, para a teoria construtivista o conhecimento não se


descobre, mas se constrói. E esta construção do conhecimento não é algo feito de
imediato, mas vai se realizando devagarzinho, a partir de uma reflexão contínua realizada
pelo aprendiz. Neste sentido, é bom ter presente que ao longo do Curso vocês terão que
construir o seu próprio conhecimento. Tudo o que o Curso ofereça visará a essa
finalidade.
Para ajudar-lhe a refletir sobre este tipo de conhecimento e o contexto no qual este
se realiza, usamos como referência Pereira Okada (2006, p. 275-293). Ela parte do
estudo realizado por Mason (1988) o qual apresenta três modelos sobre aprendizado on

line:
http://www.weicom.com/images/page/computer-vernetzung_shutterstock_29155369.jpg

Ambiente instrucionista: centrado no conteúdo e no suporte – tutoriais ou enviados por


e-mail. A interação é mínima e a participação on line dos estudantes é praticamente
individual.
Ambiente interativo: centrado na interação on line, onde a participação é essencial no
Curso. Nesse ambiente ocorre muita reflexão e discussão. O papel do professor é mais
intenso, pois as atividades são criadas no decorrer do Curso.
Ambiente cooperativo: o objetivo é o trabalho colaborativo e a participação on line.
Existe muita interação entre os participantes por meio da comunicação on line, construção
de pesquisas, descobertas de novos desafios e soluções. É importante que todos tenham
um bom relacionamento e proximidade.
Neste último ambiente, os participantes devem envolver-se no processo de ensino-
aprendizagem e as propostas de atividades devem estar relacionadas com situações que
os próprios alunos vivenciam. Desta maneira se busca incentivar o senso de comunidade
colaborativa. Os aprendizes são “co-autores da construção do conhecimento e do seu
próprio processo de aprendizado” (Pereira Okada, 2006, p.277).
A partir do apresentado, podes diferenciar em que consistem os chamados
ambientes de aprendizagem? Qual destes vos parece mais interessante e por quê?
É importante destacar que pelo fato de ser um ambiente colaborativo, faz-se
necessário o trabalho individual. A presença de leituras, reflexões, sínteses é fundamental
para o aporte pessoal que cada um realiza em prol do grupo. É dizer que quanto mais
possa “colaborar” e intercambiar experiências, tanto mais poderei enriquecer aos outros e
ser enriquecido por eles.
Britain e Liber (1999), citados pela autora que estamos seguindo nesta Unidade,
destacam seis aspectos importantes do ambiente colaborativo de aprendizagem,
conforme descrito a seguir:

Adaptação: como adaptar o curso e seus recursos à luz das experiências vivenciadas no
processo? Isto significa que se o ambiente onde o curso é apresentado tem uma
estrutura, não significa que ela seja estática. Ela está sujeita a mudanças, que estão em
relação direta com as necessidades que vão sendo percebidas nos alunos ao longo do
curso.
Auto-organização: algumas dinâmicas e atividades apresentadas durante o curso visam
ajudar aos alunos a se organizar em grupos ou individualmente. Estas atividades têm
como prioridade a proximidade dos participantes.
Coordenação: os aprendizes devem colaborar para seu próprio aprendizado. Assim,
algumas tarefas (agenda, calendário, atividades) podem ajudar o grupo a se organizar.
Monitoramento: o professor deve saber como o aluno vai progredindo no aprendizado.
Para isto estão disponíveis diversos espaços para dirimir dúvidas, possibilitar o feedback,
o acompanhamento de trajetória, a avaliação, a auto-avaliação. Tanto professores quanto
alunos devem ser conscientes do desenvolvimento do aprendizado.
Negociação: existem entre as atividades prazos de entregas, exercícios que devem ser
realizados e, em todo, deve procurar-se o comprometimento dos participantes. Quanto
mais o aluno participa em relação às datas tanto mais comprometimento se dá nesse
processo.
Autonomia: o estudante deve encontrar seus próprios recursos e avançar em seu próprio
aprendizado, assim como também pode trazer contribuições para o grupo. Quanto mais
ele faz descobrimentos por si mesmo, tanto mais deseja comunicar isso ao grupo.
Como você pode ver, pretendemos que essas características sejam adquiridas ao
longo deste Curso. Assim que bem vindas sejam tuas sugestões em prol da melhoria do
Curso.

3.2. Estilos de aprendizagem


Continuamos apresentando-te um quadro trabalhado por Pallof & Pratt (2004, p.
60) que aborda estilos de aprendizagem variados e as técnicas correspondentes para
cada estilo.

Estilo ou preferência de aprendizagem Técnicas instrucionais


Visual-verbal: prefere ler a informação. Usa apoio visual tal como PowerPoint
Apresenta, sob forma escrita, um sumário
do material apresentado.
Usa materiais escritos, como livros, textos e
recursos da Internet.

Visual-não verbal ou visual-espacial: Usa material visual, tal como o PowerPoint,


prefere trabalhar com gráficos ou diagramas vídeo e gráficos.
que representam a informação. Usa os recursos de Internet, especialmente
diagramas.
Usa a videoconferência.

Auditivo-verbal ou verbal-linguístico: Incentiva a participação em atividades


prefere ouvir o material apresentado. colaborativas e de grupo.
Usa arquivos de áudio.
Usa a audioconferência.
Tátil-cinestésico ou corporal-cinestésico: Usa simulações.
prefere atividades físicas e práticas. Usa laboratórios virtuais.
Exige pesquisa de campo.
Exige a apresentação e discussão de
projetos.

Lógico-matemático: prefere a razão, a Usa estudos de caso.


lógica e os números. Usa a aprendizagem baseada em
problemas.
Trabalha com conceitos abstratos.
Incentiva a aprendizagem que tem como
base o desenvolvimento de habilidades.

Interpessoal-relacional: prefere trabalhar Incentiva a participação em atividades


com os outros. colaborativas e de grupo.
Usa o fórum de discussões.
Usa estudos de caso.
Usa simulações.

Intrapessoal-relacional: prefere a reflexão Usa o fórum de discussões.


e o trabalho com os outros. Usa estudos de caso.
Faz uso de atividades que requeiram o
acompanhamento individual ou de grupo.
Como se pode ver, para cada estilo de aprendizagem existem técnicas específicas
de instrução, de maneira tal que é importante que você conheça qual é o seu estilo de
aprendizagem já que isso o (a) ajudará para melhor utilizar recursos que facilitem a sua
aprendizagem.

RESUMINDO
 Quando as pessoas atuam como construtores ativos de suas próprias estruturas
intelectuais, ou do seu conhecimento, estão exercendo a construção do
conhecimento.
 Existem 03 modelos de aprendizado on-line: Ambiente instrucionista / Ambiente
interativo / Ambiente cooperativo.
 No ambiente colaborativo se destacam seis aspectos importantes: Adaptação /
Auto-organização / Coordenação / Monitoramento / Negociação / Autonomia

LEITURA COMPLEMENTAR

SANCHIZ, Isabelle & MAHFOUD, Miguel. Construtivismo: desdobramentos teóricos e


no campo da educação. Disponível in:
http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/120/86
CARRARO, P. & ANDRADE, A. Concepções docentes sobre o construtivismo e sua
implantação na rede estadual de ensino fundamental. Disponível in
http://www.scielo.br/pdf/pee/v13n2/v13n2a08

ATIVIDADES

1. Elabore um texto em que você apresente as principais características do ambiente


instrucionista, interativo e colaborativo.
2. Participe do Fórum de discussão: “O construtivismo favorece ao ensino-
aprendizagem do aluno”

GLOSSÁRIO
Cinestésico: Uma pessoa que se comunica através da ação corporal.
O cinestésico exagera nos abraços, beijos, carinho, fazendo ser notado através de algum
movimento ou barulho.

Pressuposto: significado algo que se pressupõe; que se supõe antecipadamente, é


uma pressuposição. Pressuposto também pode ser relacionamento a um propósito ou
pretexto, ou um plano. Os pressupostos são marcados por advérbios, verbos, orações
adjetivas e adjetivos. O pressuposto é um dado apresentado como indiscutível para o
falante e o ouvinte, não permitindo contestações.
Unidade 4 - O ALUNO VIRTUAL

OBJETIVOS

 Refletir sobre sua condição de aluno on line e suas condições de aprendizagem, os


caminhos que levam ao sucesso e os estilos de aprendizagem.
 Realizar na prática as situações que favoreçam o estudo.
 Elaborar um cronograma de estudos, reorganizando seu tempo de forma a atuar
efetivamente como aluno da EAD.
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE

Como estamos no Curso a Distância, nada mais adequado que falar sobre a sua
realidade de aluno virtual ou on-line. Nesse sentido, apresentaremos a você quais as
vantagens de ser um aluno virtual, além da necessidade de você ser disciplinado(a) e
organizado(a) na distribuição de seu tempo dedicado ao estudo.

4.1. Conceituando

www.kademi.com.br

Olá, você sabe por que é chamado de aluno virtual?


Você sabe o que é ser um aluno virtual?
Sabe o que é uma comunidade virtual e que pertence a uma delas agora?
Saberia dizer o que leva ao sucesso de uma aprendizagem on line?

Vamos por partes. Aluno virtual é o aluno que estuda on line, aprendizagem virtual
segundo Pallof (2007), é aquela que se dá em qualquer lugar e a qualquer hora, que nos
permite continuar trabalhando em turno integral sem deixar de dar atenção à família.
O aluno virtual estuda em uma sala de aula on line e como tal pertence a uma
comunidade virtual semelhante ao Orkut, por exemplo. Quando você estava no ensino
regular as vezes ouviu a professora (O professor) reclamar daquele aluno que faltava
muita aula e alguém dizer: “É um aluno virtual, professor”! Fazendo uma alusão às
ausências do colega da sala de aula. Pois em seu caso é diferente. Aqui você é o aluno
virtual, só que virtual no nosso caso, significa aquele que estuda usando as TICs
(tecnologias de informação), aquele que está estudando a distância, mas nem por isso
deixa de estudar. Pelo contrário, a responsabilidade do aluno virtual é tão grande que é
um privilégio pertencer a este nível de ensino. Dias e Leite (2014, p. 69-72) ao tratar sobre
o aluno virtual falam da autonomia, uma das principais características deste. Essa
autonomia que tem diversas dimensões, tal como elas indicam:
 Ontológica: a autonomia completa-se e se realiza à medida que o homem cresce e
amadurece, em interação com os outros.
 Política: pressupõe um compromisso ético-profissional, sem o qual não há
envolvimento, ação, intervenção, mudança.
 Afetiva: é necessário que o aprendia ganhe confiança em si mesmo, em sua
capacidade de aprender de maneira autônoma, sem depender passivamente do
professor.
 Metodológica: Preti (apud MONTEIRO & ALMEIDA, 2000, p. 137) propõe uma
dinâmica de leitura do texto escrito em três momentos: aproximação, reflexão-
diálogo e reelaboração. Na primeira fase de aproximação ao texto, o leitor deve ter
clareza de seu objetivo, ativar todos os seus sentidos, colocando-se na posição de
escuta do outro (o autor), deixando que o pensamento dele se explicite, penetre. É
o momento da apropriação do texto, do diálogo com o autor. Num segundo
momento, o leitor fará a leitura do texto em seu contexto, estabelecendo relações
com seus conhecimentos anteriores, com situações vividas. É o momento do
diálogo com o mundo, com sua realidade, seu entorno. Finalmente, o leitor estará
aberto para escrever seu próprio texto, para tornar-se autor e sujeito do seu novo
conhecimento e para tomar decisões que venham transformar sua prática.
 Técnico-instrumental: o aprendiz deve exercitar-se na apropriação do texto, na
relação texto-contexto e sua aplicabilidade, tornando completa a ação educativa de
ser leitor-autor e de poder conduzir autonomamente a reflexão sobre os conteúdos
propostos para sua formação e sobre sua prática.
 Operacional: a autonomia para ser construída, exigira do sujeito ações
organizacionais, ou seja, certa racionalidade para que os objetivos propostos e os
resultados esperados sejam alcançados e obtidos, com os recursos e o tempo
disponíveis.

Não esqueça! Estudar a distância é diferente de estudar no ensino presencial. Os


ritmos são diferentes, então, é preciso que você desde o início do curso se
organize.

 Em primeiro lugar você tem que ter acesso a


um computador e a uma conexão de internet
de alta velocidade (banda larga) e saber usá-
los.
 Sua aprendizagem é personalizada. Você faz
um cronograma de estudo e está
continuamente com um tutor e um monte de
gente voltado à sua aprendizagem.
pt.slideshare.net
 Terá uma elevada quantidade de opções de comunicação a seu dispor e terá um
montão de bibliotecas virtuais ao seu dispor, mas terá que ter que permissão dos
chefes no trabalho, para não entrar em conflito com suas atribuições e horário de
trabalho, ter cuidado com os direitos autorais (sempre que usar um trecho do
trabalho de alguém citar a fonte) e jamais apropriar-se de um trabalho ou texto que
não seja seu, porque isto é crime.
 Terá acesso universal a tudo que queira pesquisar inclusive bibliotecas virtuais
sempre que quiser e não precisa entrar em fila, sair de casa, pegar ônibus, etc
desde que saiba respeitar os direitos dos outros.
 Terá independência da disponibilidade de tempo porque é você quem faz seu
horário de estudo, mas tem que cumpri-lo.
 Administração central quanto à qualidade do conteúdo, porque há um rígido
controle em torno do material que você receberá, do tempo que permanecerá on
line.
 Baixo risco de equívocos na entrega do material digital.
 Critérios de avaliação e aproveitamento diversificados.
 Custo reduzido, principalmente com a utilização da internet.
 Possibilidade de compartilhamento entre instituição de ensino e trabalho on line, de
seu acompanhamento, de seu desenvolvimento, entre outros.
 Há Liberdade de local e horário porque poderá estudar em casa, no trabalho, na
universidade no laboratório destinado a este fim.
 Maior facilidade para o trabalho de equipe porque não há impedimentos para os
encontros porque eles serão virtuais, na tela.

Quer saber do que mais?

Toda vez que você entrar no sistema, sua presença é marcada automaticamente,
sua chamada é feita instantaneamente. Por isso, os tutores saberão se você esteve ou
não presente, virtualmente, em sua sala de aula. Nesse caso, tome algumas atitudes
como:

Organize seus horários de estudo


Reserve pelo menos duas horas por dia para estudo, aprofundar as leituras e retirar as
dúvidas ou pelo menos anotá-las para perguntar on line ao professor.
Realize suas atividades
Em todas as disciplinas serão propostas atividades diversificadas que ajudarão o
professor a avaliá-lo. Por isso é importante que você realize todas as atividades
propostas, com seriedade e qualidade.
Desenvolva hábitos de pesquisa e estudo
É importante que se estude se realize seu próprio resumo, anotações, dúvidas e
desenvolva um bom método de estudo que combine com seu ritmo, sua personalidade,
porque este é um hábito que lhe levará ao sucesso.
Assista às videoconferências.
Para cada disciplina, deverão ser programadas sessões de videoconferências. Assista a
todas elas participando ativa e criticamente para tirar o melhor proveito destas
oportunidades.
Participe ativamente dos fóruns de discussão dos temas propostos.
Tenha sempre a mão um caderno de anotações e tome nota do que disse e do que
gostaria de saber em cada uma de suas participações nos fóruns de discussões. Registre
os pontos principais do debate para posterior releitura.
Procure o tutor
Neste curso você contará com tutores para auxiliá-lo a realizar seus estudos. Haverá o
tutor virtual e o tutor presencial. Tutores têm como função acompanhá-lo no seu processo
de aprendizagem, ajudando-o a superar suas dificuldades. O auxílio dos tutores é
fundamental. Não deixe de contatá-los e procurá-los.

http://4.bp.blogspot.com/_qwBttxAWBz8/TOXpD8OABnI/AAAAAAAAAAw/SQPlpEK8Shs/s1600/Ava.png

Você poderá conversar com os tutores e com outros alunos sempre que quiser e o
que é melhor, ainda contará com os registros de mensagens e encontros síncronos, para
fins de controle e estatísticas como já dissemos.

Mas cuidado!!!

Tanta liberdade exigirá que você encare como sérios os seus deveres .

Apontamos alguns de seus deveres listados por PALLOFF & PRATT (2007, p. 26 - 28):

a) Sempre que necessitar, solicitar a liberação do firewall da empresa (escola) na qual


trabalha para acessar seu ambiente de estudo (sua sala de aula virtual).
b) Compartilhar suas experiências de trabalho, de aprendizagem e perfil pessoal no
ambiente virtual a fim de melhor interagir com seus colegas de sala de aula virtuais.
c) Não se sentir prejudicado pela ausência de sinais auditivos ou visuais no processo de
comunicação e usar isto a seu favor expressando-se por escrito e contribuindo para as
discussões.
d) Ter disciplina e responsabilidade no cumprimento das tarefas e da assistência às
aulas.
e) Estar sempre se automotivando.
f) Comunicar ao professor e aos outros, os problemas que surgirem.
g) Esforçar-se por trabalhar e de fato trabalhar em conjunto com seus colegas para
atingir seus objetivos de aprendizagem e os objetivos estabelecidos pelo curso.
PALLOFF & PRATT (2007, p. 26 - 28)
Deve ser muito interessante estudar, tendo a oportunidade de falar, escrever e fazer
seu próprio tempo, só que tudo isso tem de ficar oficializado, isto é, escrito em um
documento, que vamos chamar de Agenda de Estudos, ou você prefere cronograma de
estudos?

4.2. Agenda de Estudos

Nosso aluno virtual têm que elaborar uma agenda de estudos,( ou cronograma de
estudos) aquele horário no qual você diz que está disponível para freqüentar a plataforma
Moodle de sua universidade bem como os horários que disponibilizará para realizar suas
tarefas, qualquer tempinho livre, seja de dia ou à noite, sábado, domingo ou feriados. Veja
abaixo um exemplo que lhe disponibilizamos.

CRONOGRAMA DE ESTUDO
TURNO\ SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SABADO DOMINGO
DIA
MANHÃ 10h -12h 10h -12h Verificar
Meu Meu atividades no
horário horário MOODLE
Estudo Estudo Realização
on line no on line no das tarefas a
ambiente ambiente serem
MOODLE MOODLE enviadas aos
TARDE 13h -15h 16h - 20h Verificar instrutores
Estudo on Estudo atividades no EAD
line no on line no MOODLE
ambiente ambiente 14h – 17h
MOODLE MOODLE estudo off
line
NOITE 20h – 22h Estudos 20h -22h 21h -22h 20h – 22h 20h – 22h
Estudos off off line Estudos Verificar Estudos Estudos off
line 1 hora off line atividades off line line
2 horas à noite 2 horas no 2 horas 2 horas
à noite Meu à noite MOODLE à noite à noite
horário:
18h -19h

Estudos off line: Estudo fora da plataforma MOODLE.

Fazendo uma retrospectiva sobre o aspecto da comunicação do aluno virtual de


nosso curso (isto é, você).
Você pode:
 Trabalhar on line ou off line;
 Ter Tutores 24 horas;
 Conta de e-mail fornecida pela Instituição.

De quem é a responsabilidade pela sua aprendizagem?

A responsabilidade pedagógica não recai preponderantemente sobre o professor


como indivíduo, ou sobre você como aluno, mas sobre a instituição que congrega
professores e especialistas para a elaboração do material didático e de técnicas
apropriadas para ao acompanhamento do aluno e para a verificação de sua
aprendizagem. A exigência de meios que possibilitem a comunicação de via dupla entre
professor e aluno sem estarem juntos na sala de aula é o grande diferencial da EAD.

RESUMINDO
 Aluno virtual é o aluno que estuda on line. Aprendizagem virtual, segundo PALLOF
(2007), é aquela que se dá em qualquer lugar e a qualquer hora, que nos permite
continuar trabalhando em turno integral sem deixar de dar atenção à família.
 Para ser um bom aluno virtual você deve: Organizar seus horários de estudo /
Realizar suas atividades / Desenvolver hábitos de pesquisa e estudo / Assistir às
Videoconferências / Procurar o Tutor
 É necessário que para poder acompanhar seus estudos sem deixar para amanhã o
que pode fazer hoje tenha uma agenda de estudo já desde o primeiro dia do Curso.

LEITURA COMPLEMENTAR

ZENKER, Márcio. Aluno virtual do ensino superior. Disponível in


http://portal.metodista.br/atualiza/material-de-apoio/didatico-pedagogico/artigos/ALUNO%20VIRTUAL.pdf
NUNES FERREIRA, Zuleika & MENDONÇA, G. & MENDONÇA, A. O perfil do aluno de
educação a distância no ambiente Teleduc. Disponível in
http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/417200794130AM.pdf

ATIVIDADES

1º) Volte ao texto e responda às perguntas abaixo.


a) Você sabe o que é ser um aluno virtual? Explique.
b) Sabe o que é uma comunidade virtual? Explique.
c) O que quer dizer Trabalhar on line ou off line?
d) Quais as vantagens de ser um aluno virtual de sucesso?
e) De quem é a responsabilidade pedagógica do ensino aprendizagem do Ensino a
distância?

GLOSSÁRIO

Automotivar – Quando você diz a você mesmo que tem que fazer, tem que vencer , tem
que aprender e arranjar forças dentro de si mesmo para atingir seus objetivos.
Firewall - parede de proteção. Impossibilidade de acessar programas por conta de
proteção instalados no computador
Off line - adj+adv fora de linha; (i) (processador ou impressora ou terminal) que não está
conectado a uma rede ou computador central(em geral temporariamente); (ii) (periférico)
conectado a uma rede, mas não disponível para uso
On line - Inf. em linha: em ligação direta com a unidade de processamento central de um computador.
TICs – tecnologias de informação como computador, internet, CD Room, DVDS.
.
;

Unidade 5 - O PROFESSOR/TUTOR

OBJETIVOS
Diferenciar Professor de Tutor.
Saber com exatidão a função do Tutor.
Citar as funções de um tutor e suas atribuições junto ao aluno EAD
APRESENTAÇÃO DA UNIDADE
Nesta Unidade, vamos falar de uma figura que consideramos essencial no processo de
ensino-aprendizagem exercitado na Educação a Distância: o Tutor. Queremos que você
saiba distinguir a diferença entre Tutor e professor, tendo presente que o Tutor é quem
estará em maior contato com você ao longo do Curso.

5.1. Conceituando
Tente fazer uma reflexão do que já sabe sobre a
figura do tutor elaborando uma lista das diferentes
figuras (papéis) que o conceito de tutor pode
cobrir num sistema de ensino a distância. Procure
justificar cada uma dessas figuras tendo em conta
o aluno e o meio ambiente em que estuda e
trabalha.
ead.serpro.gov.br

Para a sua definição das figuras considere, por exemplo:


Aquele que corrige testes; aquele que explica a matéria numa sessão presencial;
aquele que por telefone ou através de outros meios de comunicação acompanha o
processo de aprendizagem do aluno, etc.
Proponho-lhe que só depois de ter realizado este exercício avance para o texto
seguinte.
Não é nenhum bicho papão, mas é um personagem conhecido seu desde longas
datas, só que você o conhecia pelo nome de professor.
Segundo Corrêa (2007, p.16), o professor é aquele que tem a possibilidade de
transitar em vários espaços educativos, utilizando várias mediações tecnológicas de
forma aberta e inovadora.
Isto quer dizer que uma hora o professor pode estar em uma sala de aula de ensino
regular presencial e em outro momento transitar em salas de aula virtuais. Entendeu?
Você pode ter o mesmo professor que seu irmão, tio, primo em duas salas de aula e
modalidades de ensino ao mesmo tempo.

O que é a atividade de Tutoria

Todo processo de aprendizagem para ser efetivo implica na presença de alguém que
tenha o papel de mediador e facilitador para o aprendiz, do novo a ser conhecido,
enfrentado e assimilado.
Nesse sentido, surge a proposta da atividade de Tutoria em ambientes virtuais de
aprendizagem, a sua sala de aula on line, sua comunidade virtual.
Tutorar significa cuidar de alguém, proteger, amparar, representar, defender e
assistir. ( pode ser um sobrinho,neto, pai, mãe, avô, avó, aluno,etc.).
A atividade de Tutoria, especialmente dentro do âmbito da educação, diz respeito ao
acompanhamento próximo e à orientação sistemática de grupos de alunos realizada por
pessoas experientes na área de formação.
Tem como objetivos gerais ampliar as perspectivas na formação, integrando as
dimensões biológica, psicológica e social, elaborando coletiva e criticamente a
experiência de aprendizagem.
Souza (2007. P.2) ao falar sobre a Tutoria refere o seguinte:

A tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global chave para
articular a instrução e o ato educativo. O sistema tutorial compreende,
dessa forma, um conjunto de ações educativas que contribuem para
desenvolver e potencializar as capacidades básicas dos alunos,
orientando-os a obterem crescimento intelectual e autonomia e para ajudá-
los a tomar decisões em vista de seus desempenhos e suas circunstâncias
de participação como aluno.

Sendo assim, a figura do Tutor deve sempre ter em consideração essa função de
guia para que o aluno consiga a sua autonomia, da qual te falamos na Unidade anterior.
Qual é a importância do trabalho do tutor?
O trabalho do tutor, na medida em que cumpre os objetivos antes descritos, terá um
duplo desdobramento, promovendo:

• Para o aluno, viabiliza:


- uma vida acadêmica com menor sofrimento e maior aproveitamento do ensino e da
capacidade de aprendizagem.
- uma maior qualidade de relacionamento com colegas, professores e pacientes e melhor
manejo dos conflitos nele presentes.
• Para o curso:
- a obtenção de dados e questões para a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
- a identificação de problemas individuais e coletivos.
- a orientação adequada quanto ao encaminhamento destes problemas.
- o estabelecimento de uma nova via de comunicação entre alunos e responsáveis pelo
ensino.
- uma maior agilidade na solução de problemas com maior implicação da equipe de
ensino.
Na educação a distância o professor é chamado de tutor e age como facilitador do
processo, aquele que têm o papel de fazer a ligação entre a instituição e o aluno,
acompanhando-o, orientando-o, ajudando-o a enriquecer suas descobertas com seus
conhecimentos e sua experiência. Ele tem muitas funções. No ensino a distância o Tutor
pode desempenhar, por exemplo, o papel de:

a) Professor especialista: aquele que é responsável pela elaboração dos conteúdos da


disciplina que você vai estudar e está a sua disposição ou do tutor on line. Ele é
responsável pelo preparo dos fascículos que você estudará, por preparar o plano de
estudo e pode orientar o tutor on line a respeito do que este último poderá trabalhar
com você.
b) O tutor on line é aquele que é responsável por acompanhá-lo em sua sala de aula
virtual, orientar seu aprendizado, acompanhar o processo, aplicar suas avaliações,
motivá-lo, e apoiá-lo em sua caminhada. O professor especialista pode ser também o
tutor on line.
c) Tutor presencial - A pessoa responsável pelo seu acompanhamento no polo, este
estará acompanhando sua participação nos horários estipulados no laboratório de
informática, aplicará algumas atividades, poderá orientá-lo e mesmo facilitar materiais
e indicar bibliografia. (pode ser ou não, professor da área.)

5.2. Características

http://www.ufal.edu.br/cied/informes/cied-divulga-resultado-final-
da-selecao-de-tutores-confira/image_large

Assim sendo, na medida em que a atividade de tutoria envolve um grupo de


pessoas em formação profissional, é desejável que um Tutor apresente algumas
características, assim descritas:
1. Acadêmicas e Profissionais
• Envolvimento com o curso de graduação: goste de ensinar e se interesse pela melhoria
do processo ensino-aprendizagem.
• Disponibilidade para o contato com o aluno: tenha, de fato, possibilidade e facilite ao
aluno ser encontrado quando necessário.
• Disponibilidade para treinamento e supervisão: embora professores e médicos sejam
papéis já bem estabelecidos, a atividade de tutoria implica treinamento e constante
supervisão com profissionais habilitados na compreensão do processo grupal.
• Comportamento profissional e ético irrepreensível.

2. Pessoais
• Gostar e acreditar nos benefícios de atividades grupais: evitando assim o desgaste
pessoal e o prejuízo na execução de uma tarefa com a qual não se identifica.
• Ser continente: conseguir conter as angústias e necessidades que possam emergir do
grupo, assim como, por outro lado, conter as suas próprias angústias frente aos
sentimentos, dúvidas e outros fenômenos da dinâmica do grupo;
• Empatia: poder se colocar no lugar do outro e assim manter uma sintonia afetiva;
• Comunicação: capacidade de escuta e diálogo, de respeitar, discriminar, sintetizar e
integrar diferentes ideias emitidas pelos membros do grupo num todo coerente;
• Ser verdadeiro e autêntico: além de um dever ético, é também um princípio técnico
fundamental para o clima de franqueza entre os membros do grupo. A verdade no
campo pessoal e intelectual é o caminho para o exercício da confiança, da criatividade e
da liberdade dentro do grupo e fora dele;
• Senso ético: o tutor não tem o direito de impor os próprios valores e expectativas e sim
favorecer um alargamento do espaço de cada um dos membros do grupo através da
escuta e valorização de diferentes ideias e opiniões. Além disso, o tutor deve manter o
sigilo daquilo que lhe foi dado em confiança, apontando alternativas de solução para as
questões apresentadas, indicando os recursos disponíveis na instituição e estimulando
que o próprio grupo se mobilize para as necessidades detectadas.
• Paciência e tolerância: faz parte aqui que o tutor consiga tolerar as limitações dos
membros do grupo, assim como compreenda as eventuais inibições e ritmo de cada um
deles.
Funções, responsabilidades e deveres do tutor
Acreditamos que cabe ao tutor:
• Estimular o interesse dos alunos pela atividade e discutir suas expectativas
• Auxiliar os alunos em seu planejamento de como atingir os objetivos da formação
• Permitir autonomia aos alunos para a seleção das questões a serem discutidas, assim
como para o seu encaminhamento.
• Favorecer o desenvolvimento dos alunos em analisar problemas e raciocinar
criticamente.
• Desenvolver e promover a comunicação dentro do grupo.
• Incentivar e reconhecer as contribuições dos alunos.
• Demonstrar interesse pelo desenvolvimento de cada aluno e do grupo como um todo.
• Avaliar de forma contínua sua própria atuação, bem como a de cada aluno.
• Identificar problemas, mas também qualidades e potenciais de cada aluno.
• Registrar as atividades realizadas nos seus pontos relevantes.
• Participar de encontros com seu supervisor para discussão das atividades realizadas.
• Participar de treinamento para capacitação para a realização da atividade.
Ao tutor não cabe:
• Guiar o grupo forçando-o ou dirigindo-o segundo suas próprias crenças e valores.
• Encaminhar, à revelia do grupo/indivíduo, problemas detectados durante a atividade de
tutoria.
• Revelar informações que a ele forem fornecidas em confiança e dentro do princípio ético
do sigilo.
• Confundir papéis: o tutor não é psicoterapeuta, nem orientador científico; a tutoria não é
psicoterapia nem grupo de pesquisa.

Agora cremos que você já pode falar, escrever e emitir opiniões sobre o papel do
tutor e sua importância para o ensino a distância. Chegamos ao fim de nosso livro
desejando que muita coisa tenha sido de grande utilidade para seu crescimento pessoal,
profissional e social.

RESUMINDO
 A tutoria pode ser entendida como uma ação orientadora global chave para
articular a instrução e o ato educativo.
 O Tutor deve possuir características acadêmicas e profissionais assim como
também pessoais para exercitar bem a sua função.
 As palavras: Motivar / Auxiliar / Favorecer / Avaliar / Participar são chaves para
entender a função desenvolvida por um Tutor na EAD.

LEITURA COMPLEMENTAR
FARIA, Elisio Vieira de. O tutor na Educação a Distância: A construção de
conhecimentos pela interação nos ambientes midiáticos no contexto da educação
libertadora. Disponível in: http://www.faer.edu.br/revistafaer/artigos/edicao2/elisio.pdf
FURQUIM, Alexandra Silva dos Santos. A Tutoria na Educação a Distância: um estudo
sobre o papel de tutores a distância. Disponível in http://jne.unifra.br/artigos/4937.pdf

ATIVIDADES

1) Volte ao texto e retire as atribuições do tutor que você julgou mais importantes.
2) Vá ao fórum geral do curso e elabore um conceito para o professor e outro para o
tutor.
3) Em dupla, elabore um texto dissertativo-opinativo sobre o seguinte tema: Educação
a distância: um mundo de possibilidades ; um mundo centrado na autonomia.
GLOSSARIO
Sistemática: s.f. Ação ou efeito de sistematizar; sistematização./ Sistematizar: v.t.d.
Ordenar (elementos) em um sistema; colocar (alguma coisa) em ordem ou de acordo com um
sistema: sistematizou as regras estabelecidas pelo chefe. Sintetizar (circunstâncias, fatos, pontos
de vista etc.) a uma ideologia ou doutrina.

Irrepreensível: adj. Que não merece censura; que não merece ser repreendido: conduta
irrepreensível.

Discriminar: v.t.d e v.bit. Aperceber-se das diferenças; discernir.


v.t.d. Classificar tendo em conta algum motivo específico; listar.
v.t e v.pron. Construir um grupo (distinto) para não se misturar aos demais; distinguir-se
por possuir algum tipo de preconceito étnico, religioso, sexual etc.
P.ext. Tratar de forma injusta; tratar de forma desigual, uma pessoa ou um grupo de
pessoas, por motivos relacionados às suas características pessoais específicas (cor de
pele, nível social, religião, sexualidade etc)

PALAVRAS FINAIS
Chegamos ao fim desta primeira viagem pelo mundo virtual na qual procuramos
apresentar-lhe, de uma maneira agradável mas sem deixar de ter o seu grau de
cientificismo, conceitos e ferramentas relacionadas com o Curso a Distância que você
está iniciando.
Desejamos ter atingido o nosso objetivo principal que é o de criar entusiasmo e
desejos de continuar aprofundando nos seus estudos aplicando todas as ferramentas
disponíveis na Plataforma Moodle, assim como também pesquisando, indo mais além das
propostas que seus professores irão disponibilizando ao longo do Curso.
Não se esqueça de que dificuldades irão surgir na caminhada mas para quem
deseja, de verdade, chegar à meta, essas dificuldades tornam-se oportunidades de
crescimento e aprofundamento intelectual e humano.
Mais uma vez, o nosso desejo de bons estudos e lembre sempre daquelas
palavras do poeta: “Caminhante não há caminho, faz-se caminho ao andar”.
REFERÊNCIAS

BIANCOCINI DE ALMEIDA, Maria Elizabeth. Educação, ambientes virtuais e


aprendizagem, in Silva, M. Educação online. 2ª ed. São Paulo: Ed. Loyola, 2006. Pág.
203-218

BRITAIN, S e LIBER, O. A framework for pedagogical evaluation of virtual learning


environments: <http://www.jtap.ac.uk/reports/htm/jap-041.html> in PEREIRA OKADA, A. L.
Desafio para EAD: como fazer emergir a colaboração e a cooperação em ambientes
virtuais de aprendizagem, in Silva, M. Educação online. 2ª ed. São Paulo: Ed. Loyola,
2006. Pág. 203-218

CORRÊA, Juliane: Educação a distância: orientações metodológicas. Porto alegre:


Artmed, 2007.

CORTELAZZO, Iolanda Bruno de Camargo. Prática pedagógica, aprendizagem e


avaliação em EAD. Curitiba: Ibpex:2009

DIAS, Rosilandia Aparecida & LEITE, Lígia Silva. Educação a Distância: da legislação
ao pedagógico. 4ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014

DURAN, David. Tutoria: aprendizagem entre iguais: da teoria à prática; tradução:


Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2007.

FARIAS, Giovanni. O tripé regulamentador da EAD no Brasil: LDB, Portaria dos 20% e
Decreto 5.622/2005, in SILVA, Marco. Educação online, 2ª ed. São Paulo: Edições
Loyola, 2006. Pag. 441

GILBERT, Ian. Motivar para aprender em el aula: las siete claves de la motivación
escolar. Barcelona: PAIDÓS, 2005.

GOMES LIMA, Tiago de Sousa. Desenvolvimento de ambientes virtuais: novos desafios.


Porto Alegre: Ed. Artmed, 2007. Pág. 47-66
GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo:
Ed. Avercamp, 2005

LEVY, Pierry. Cibercultura, São Paulo: Ed. 34, 1999


LOBO NETO, Francisco Jose da Silveira. Regulamentação da educação a distância:
caminhos e descaminhos.In: Educação On line. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006.
Págs. 399-415

MACIEL, Ira Maria. A questão da formação: tecendo caminhos para a construção da


autonomia, in P.O. A autonomia do estudante na educação a distância: entre
concepções, desejos, normatizações e práticas. Brasilia: Líber livro Editora, 2005, p.
109-151

MASON, R. Models of online courses – The open university – Institute of educational


technology. <htpp://www.aln.org/alnweb/magazine/vol2_issue2/Masonfinal.htm> 1988, in
PEREIRA OKADA, A. L. Desafio para EAD: como fazer emergir a colaboração e a
cooperação em ambientes virtuais de aprendizagem, in Silva, M. Educação online. 2ª ed.
São Paulo: Ed. Loyola, 2006. Pág. 275-293

MOORE, Michel & KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: uma visão integrada. São
Paulo: Thomsom Learning, 2007

MORAN,J.M. O que é educação a distância. Artigo publicado na revista propaganda em


maio de 1995. Disponível em: http//www.eca.usp.br/prof/moran/uber.htm. Acesso em 23
de fevereiro de 2009.

PALLOFF, Rena M & Keith Pratt. O aluno virtual: um guia para trabalhar com
estudantes on-line. tradução: Vinicíus Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PAPERT, Seymour M. Logo: Computadores e Educação. São Paulo, Editora,


Brasiliense, 1985 (edição original EUA 1980)

PEREIRA OKADA, Alexandra Lilavati. Desafio para EAD; como fazer emergir a
colaboração e a cooperação em ambientes virtuais de aprendizagem, in Silva, Marcos.
Educação online. 2ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2006.

PRETI,Orestes (organizador), Maria Lúcia Cavalli Neder[...] et al. Educação a distância:


sobre discursos e práticas. Brasília: Liber Livro Editora, 2005.

SILVA, Marcos. (organizador). Educação on line: teorias, práticas, legislação e


formação coorporativa. São Paulo: Edições Loyola, 2003.

______________________ Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia


clássica.5ª Ed. São Paulo: Ed. Loyola, 210

SOUZA, Carlos Alberto de; SPANHOL, Fernando José; LIMAS, Jeane Cristina de Oliveira;

CASSOL, Marlei Pereira. Tutoria na educação a distância. Trabalho apresentado no XI


Congresso Internacional da Abed, Salvador, 7 a 9 de setembro de 2004. Disponível em:
http://www.abed.org.br/congresso 2004. Acesso em: 10 fev. 2015.
Vendrusculo Possari, Lucia Helena. Educação a Distância como processo
semiodiscursivo, in Preti, Oreste (Org.) EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: sobre discursos e
práticas. Brasilia: Liber Livro Editora Ltda, 2005

Dicionário

Michaelis.uol.com.br, acesso em 14 de dezembro de 2008

Anda mungkin juga menyukai