A economia é o estudo de como as pessoas e as sociedades acabam por escolher, com ou sem utilização da
moeda, a aplicação de recursos escassos, que podem ter usos alternativos, para produzir variados bens e
distribuir esses bens para consumo, actual ou futuro, entre as várias pessoas ou grupos sociais
A economia analisa os custos e os benefícios resultantes do aperfeiçoamento dos modelos de repartição de
recursos.
A economia analisa as tendências dos preços, da produção, do desemprego e do comércio externo.
A economia é o estudo do comércio entre países. Ajuda a explicar porque os países exportam uns bens e
importam outros, analisando o efeito da imposição de barreiras económicas nas fronteiras nacionais.
A economia é o estudo do dinheiro, da banca, do capital e da riqueza.
A economia estuda como os indivíduos decidem usar os recursos produtivos escassos ou limitados (trabalho,
equipamentos, conhecimento tecnológico), para produzir diversas mercadorias (cereais, casacos, etc.) e
distribuir esses bens para consumo.
Macro-Economia
- Estuda o funcionamento da economia como um todo
- Examina como são determinados o nível e o crescimento do produto
- Analisa a inflação e o desemprego
- Indaga a oferta total da moeda e investiga a razão porque certos países prosperam enquanto outros estagnam
Micro-Economia
- Estuda o comportamento das indústrias, das empresas e das famílias
- Estuda como são fixados os preços (da terra, do trabalho, do capital ou seja dos factores da produção “Inputs”)
- Analisa as forças e fraquezas do mecanismo do mercado
Lei da Escassez
A escassez é um facto central na economia de só existir um montante finito de recursos humanos e não-
humanos que a melhor tecnologia é capaz de utilizar de modo a produzir-se um montante máximo limitado de
cada bem económico.
A lei da escassez diz que os bens são escassos porque não há recursos suficientes para produzir todos os bens
que as pessoas desejam consumir. Porque os recursos são limitados, temos que estudar como a sociedade
escolhe no menu de bens e serviços, como as diferentes mercadorias são produzidas e lhes é atribuído um
preço e quem consegue consumir os bens que a sociedade produz.
Tipos de Economias
Economia Dirigida (Exemplo: URSS)
O Governo toma todas as decisões acerca da produção e da repartição. Pode possuir uma parte importante dos
meios de produção (terra e capital). Possui e dirige actividade das empresas na maior parte dos ramos de
actividade. Decide como a produção da sociedade deve ser subsidiada entre os diversos bens e serviços.
Economia de Mercado (Exemplo: USA)
Os indivíduos e as empresas privadas tomam as decisões acerca da produção e do consumo. Um sistema de
preços, de mercado, de lucros e de prejuízo, de incentivos e recompensas determinam O QUÊ, COMO e PARA
QUEM.
- As empresas produzem as mercadorias que geram elevados lucros (O QUÊ)
- Com técnicas de produção que são as menos dispendiosas (O COMO)
- O consumo é determinado pelas decisões individuais sobre como despender os salários gerados pelo trabalho
(O PARA QUEM)
Balanço
Activo Fixo
Imobilizações Incorpóreas
Amortizações Acumuladas
Total das Imobilizações Incorpóreas
Imobilizações Corpóreas
Amortizações Acumuladas
Total Imobilizações Corpóreas
Investimentos Financeiros
Amortizações Acumuladas
Total dos Investimentos Financeiros A
-B
C = A-B
D
-E
F = D-E
G
-H
I = G-H
Imobilizado Total Bruto
Amortizações Acumuladas Totais
Activo Fixo Líquido J = A+D+G
K = -(B+E+H)
L = J-K+T
Acréscimos e diferimentos
Títulos negociáveis
Provisões
Títulos negociáveis líquidos
Disponibilidades
M
N
O
P
Q=M+N+O+P
R
-S
T=R-S
U
V
W
X
-Y
Z=U+V+W+X-Y
A1
B1
-C1
D1 = B1 - C1
E1
Activo Circulante Líquido Total
Activo Total Líquido F1 = Q + T + Z + A1 + D1 + E1
G1 = F1 + L
Acréscimos e diferimentos
N1
O1
P1
Q1
R1
S1
T1
U1
V1
W1
X1 = P1 + Q1 + R1 + S1 + T1 + U1 + V1
Total de dívidas a terceiros
Capitais próprios + Passivo Y1 = X1 + W1 + O1 + N1
Z1 = Y1 + M1
As contas nacionais caracterizam-se através da sua utilização, sectores em que se dividem e das operações
que executam. São objecto de estudo neste capítulo:
• Utilização das contas nacionais
• Os sectores das contas nacionais
• As operações das contas nacionais
• As contas dos sectores institucionais
UTILIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
As contas nacionais visam fornecer um quadro conceptual e contabilístico completo, susceptível de ser utilizado
para criar uma base de dados macro-económicos e assim permitir uma análise e avaliação dos comportamentos
económicos. São aspectos relevantes desses objectivos:
• O acompanhamento total de uma economia
• A análise da estrutura de uma economia
• As utilizações específicas no âmbito da União Europeia
• As comparações com outros países
• A macro-economia e a formulação das políticas económicas e dos processos de decisão
• A harmonização estatística e as comparações internacionais
O acompanhamento total de uma economia
Através do acompanhamento total de uma economia torna-se possível verificar os principais fluxos económicos,
como seja: o PIB (produto interno bruto), consumo das famílias, exportação, importação, salários, lucros,
impostos, empréstimos e títulos de instrumentos financeiros (taxas).
A análise da estrutura de uma economia
Já, através da análise estrutural de uma economia é possível obter:
• determinados saldos e rácios, os quais só podem ser definidos no contexto do sistema de contas, como por
exemplo a fracção de rendimento que é poupada ou investida pelos diferentes sectores institucionais ou pelo
total da economia (produto bruto);
• o VAB (valor acrescentado bruto) e o emprego por regiões ou actividade;
• o rendimento distribuído por sector, as importações e exportações por grupo de produto;
• a despesa de consumo final de produtos, a formação de capital fixo e stock por ramo de actividade e a
composição dos fluxos dos activos financeiros por tipo de activos e sectores.
A utilização específica no âmbito da União Europeia
Para os países que constituem a União Europeia, os valores obtidos no âmbito das contas nacionais
desempenham uma extraordinária importância, nomeadamente:
• na formulação e acompanhamento das políticas sociais respectivas;
• no controlo e orientação da política monetária europeia, por intermédio de algumas aplicações importantes;
• na concessão de apoios financeiros a regiões da EU, através de fundos estruturais.
As comparações com outros países
As comparações com outros países, através dos dados obtidos, são utilizadas pelos economistas e outros
analistas, tendo em vista avaliar as variáveis face às de outras economias semelhantes.
As grandezas podem influenciar as apreciações das populações ou as decisões dos políticos no que concerne à
avaliação dos problemas económicos de uma determinada economia. Neste âmbito, o Sistema Europeu de
Contas permite efectuar através dos dados obtidos um conjunto de comparações com outros países quer a nível
das variáveis, como a nível dos fenómenos económicos.
Reportam-se aos fenómenos económicos a análise da interdependência entre as economias da EU; a
comparação das taxas do PIB do rendimento disponível per capita para a EU e outros países; e as
comparações sectoriais, como por exemplo a comparação das funções do sector público nos países membros
da EU.
Macro economia, formulação da política e processos de decisão
As contas nacionais são ainda utilizadas para investigar mecanismos de causa-efeito, cuja análise aparece
como uma forma de estimativa das relações funcionais que ligam as diferentes variáveis económicas.
É fundamental, porém, quer para a previsão a curto prazo, quer para o planeamento, a existência de um modelo
macro-económico que reflicta de uma forma precisa o comportamento passado da economia.
A política económica de curto prazo deve ser estruturada com base num diagnóstico sobre a situação corrente
da economia e de uma visão ou previsão precisa quanto aos possíveis desenvolvimentos futuros. Por outro
lado, a política de médio e longo prazo deve ser formulada no contexto de uma ampla estratégia económica, a
qual poderá necessitar de uma planificação específica.
Refira-se que não só as políticas macro-económicas governamentais, como também as grandes empresas,
necessitam de modelos macro-económicos ajustados em função das suas necessidades e para os quais se
socorrem das contas nacionais.
Harmonização estatística e comparação internacional
Nos países da União Europeia, o Sistema Europeu de Contas é a norma em vigor para apresentar dados das
contas nacionais a todas as organizações internacionais. Os seus conceitos são compatíveis a nível
internacional, atendendo a que em todos os aspectos são identificáveis com os conceitos contidos nas directivas
mundiais. Ou seja, são compatíveis no sistema de contas das Nações Unidas, sendo esta compatibilidade de
extrema importância, na medida em que torna possível a comparação efectiva das estatísticas de diferentes
países.
Refira-se que, com o objectivo de alcançar a harmonia da leitura contabilística, as revisões do sistema
estatístico foram produzidas em paralelo e em estreita articulação com a revisão do sistema de contas das
Nações Unidas, a fim de eliminar as diferenças conceptuais entre eles.
O FMI, o grande responsável por esta revisão, levou a cabo estas alterações com o objectivo não só de
actualizar o sistema, mas também de tornar mais consistentes os sistemas das contas nacionais, dando-se
assim uma garantia de continuidade a uma base objectiva de informação para a política e análise económica.
OS SECTORES DAS CONTAS NACIONAIS
Os agentes económicos ou unidades institucionais com capacidade para possuir bens ou activos por direito
próprio poderão trocar as propriedades desses bens ou activos através de operações com outros agentes ou
unidades institucionais. Existem dois grandes tipos de unidades institucionais:
• As famílias - cujos membros que constituem o agregado podem deter um conjunto de activos ou subscrever
passivos e colocar parte ou a totalidade dos seus rendimentos recebidos em benefício de todos, assegurando
as despesas de alimentação, habitação e outras;
• As entidades institucionais - ou seja, toda a entidade jurídica ou social que realize operações em nome próprio,
tal como uma sociedade, instituição sem fins lucrativos ou unidade da administração pública.
Atendendo ao grande número de unidades institucionais ou agentes económicos e atendendo ainda à sua
grande diversidade comportamental, as mesmas são classificadas em sectores:
• Não financeiros
• Financeiros
• Administrações públicas
• Instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias
• Famílias
• Resto do mundo
Refira-se que uma sociedade é uma entidade criada mediante um procedimento jurídico, cuja existência é
reconhecida independentemente de outras unidades institucionais, que podem deter parte do seu capital e que
podem ser – famílias, outras sociedades ou administrações públicas.
Cada sector de sociedades agrega as unidades institucionais com objectivos e tipos de comportamento
similares. Os sectores entre si são intrinsecamente distintos na medida em que os seus objectivos, funções e
comportamentos económicos são diferentes.
Os sectores conhecem, ainda, uma subdivisão em subsectores. Esta sectorização e subsectorização da
economia aumenta a utilidade das contas nacionais para fins de análise económica e social.
Exemplo: O sector das famílias, repartido por sub sectores, permite observar como os diferentes segmentos da
sociedade beneficiam do processo de desenvolvimento económico ou das medidas da política económica e
social.
Sector das sociedades não financeiras
Encontram-se incluídas todas as sociedades cuja actividade principal consiste na produção de bens ou serviços
não financeiros, subdividindo-se nos seguintes subsectores:
• Sociedades não financeiras públicas
• Sociedades não financeiras privadas nacionais
• Sociedades não financeiras sob controlo estrangeiro
Subsector das sociedades não financeiras públicas São sociedades controladas por administrações públicas.
Neste caso, a administração pública pode exercer o controlo sobre uma entidade detendo mais de metade das
suas acções, quer em resultado da legislação, quer autorizando o estado a definir a política da sociedade e a
administração da mesma.
Subsector das sociedades não financeiras privadas nacionais Abrange o conjunto das sociedades residentes
não controladas pelas entidades públicas, nem por unidades não residentes.
Subsector das sociedades não financeiras sob o controlo estrangeiro Inclui todas as sociedades residentes
controladas por capitais estrangeiros, bem como as filiais das sociedades não residentes.
Sendo uma fonte de lucro para os seus accionistas, estas unidades apresentam-se essencialmente como
unidades de produção e não afectam "per si" despesas de consumo final.
Preços economicamente significativos são preços susceptíveis de influenciar tanto as quantidades que os
produtores oferecem, como as quantidades que os consumidores estão dispostos a comprar.
Quando uma sociedade fornece bens ou serviços aos seus empregados, estamos perante remunerações em
espécie ou consumo intermédio, as quais carecem de justificação.
Sector das sociedades financeiras
Este sector inclui todas as sociedades residentes dedicadas principalmente à intermediação financeira.
Entende-se por intermediação financeira a actividade institucional que adquire activos e incorre, por sua conta e
risco, em passivos.
Com estas operações financeiras, este sector canaliza fundos de unidades que dispõe, através de meios
excedentários. Ao adquirir os activos financeiros e contrair dívidas o intermediário suporta o risco.
Estas sociedades encontram, num primeiro nível de subsectorização, os seguintes níveis:
• Banco Central
• Outras instituições financeiras monetárias
• Outros intermediários, excepto sociedades de seguros e fundos de pensões
• Sociedades auxiliares financeiras
• Sociedades de seguros e fundos de pensões
Banco Central É a unidade financeira pública que exerce as seguintes funções: emite a moeda; mantém a
estabilidade interna e externa do seu valor; gere a totalidade ou parte das reservas internacionais do país;
mantém passivos sob a forma de depósitos à vista ou reservas de outras instituições financeiras, bem como os
depósitos das administrações públicas; e autoriza o estado a definir a política da sociedade.
Outras instituições financeiras monetárias Esta categoria reúne todas as sociedades cuja actividade principal é a
intermediação financeira. Recebem depósitos de unidades institucionais; e concedem créditos; efectuam
investimentos por conta própria (são exemplos os bancos comerciais e as caixas de crédito).
Outros intermediários, excepto sociedades de seguros e fundos de pensões Esta categoria reúne todas as
sociedades financeiras que captam fundos nos mercados financeiros e têm como função principal o exercício da
actividade de financiamento a longo prazo, os casos das sociedades de locação financeira e sociedades de
crédito ao consumo.
Sociedades auxiliares financeiras Abrange todas as sociedades financeiras que se dedicam, principalmente, à
actividade de intermediação financeira. Apontam-se como exemplos as sociedades de valores mobiliários e as
Swats.
Sociedades de seguros e fundos de pensões As primeiras são sociedades cuja função consiste em fornecer
seguros de vida, saúde, casa e outros; enquanto que as segundas têm como fim providenciar pensões de
reforma a grupos específicos de unidades. Estas sociedades dispõem dos seus próprios activos e passivos e
utilizam por conta própria operacionalizações financeiras do mercado.
Já num segundo nível de subsectorização, estas unidades distribuem-se conforme estejam sujeitas ao controle
público, privado, ou estrangeiro:
• Entidades financeiras públicas
• Entidades financeiras privadas nacionais
• Entidades financeiras com controlo estrangeiro
Sector das administrações públicas
São unidades institucionais pertencentes ao sector da administração pública, fornecendo bens ou serviços não
mercantis, incluindo serviços individuais e colectivos às famílias e à comunidade. Tratam, ainda, da distribuição
e redistribuirão do rendimento e da riqueza.
Estas administrações públicas efectuam três tipos de despesas finais que se agrupam da seguinte forma:
• Abrangem as despesas efectivas e imputadas à prestação de serviços gratuitos colectivos como a justiça, a
defesa e a saúde pública - serviços que, devido à incapacidade do mercado, têm sido objecto de provisão
pública mediante impostos ou outros rendimentos;
• Abrangem as despesas com fornecimento de bens e serviços de uma forma gratuita ou a preços
economicamente não significativos. São serviços normalmente concedidos às famílias mais carenciadas, sendo
financiados através de impostos ou rendimentos na persecução dos objectivos económicos e sociais do estado;
• Abrangem as despesas finais da administração pública, efectuando transferências para outras unidades
institucionais, na sua maioria famílias, de molde a distribuir rendimentos ou riqueza.
São os seguintes os sub sectores das sociedades financeiras públicas:
• Administração central
• Administração estadual
• Administração local
• Fundos de segurança social
Administração central Abrange todas as unidades institucionais do estado, cuja competência se estende
formalmente a todo o território do país. Inclui a defesa nacional; a relação com os governos estrangeiros;
visando garantir o funcionamento eficiente do sistema económico e social através de políticas apropriadas; é
igualmente responsável pela prestação de serviços colectivos em benefício da comunidade, tais como a
educação e a saúde; efectua, ainda transferências para outras unidades institucionais ou sectores.
Administração estadual Reúne todas as unidades institucionais que desempenham administrações públicas a
um nível inferior à administração central. Estes estados podem ter diferentes designações consoante os países,
sendo que os de menores dimensões não utilizam este tipo de organização administrativa. Pelo contrário, nos
países de maiores dimensões, as unidades estaduais podem ter responsabilidades consideráveis, veja-se os
exemplos dos Estados Unidos da América de próprio Brasil.
Administração local Abrange todos as administrações públicas, cuja competência se exerce sobre zonas
geográficas de dimensões menores - o caso das autarquias. Para além da tributação local, que reveste a seu
favor, estas instituições dependem, ainda, de outras ajudas e transferências da administração central. Tratando-
se de unidades de administração próximas dos residentes, asseguram normalmente nas respectivas localidades
um grupo diverso de bens de serviço social.
Fundos de segurança social O regime da segurança social tem, regra geral, a finalidade de fornecer serviços de
âmbito social a indivíduos ou grupos da comunidade, tais como os empregados de uma empresa e os seus
familiares com fundos de contribuições sociais, cobrindo uma grande variedade de riscos, como - reforma,
invalidez, sobrevivência, doença, maternidade, acidentes de trabalho e desemprego.
Este regime organiza-se separadamente das outras actividades administrativas públicas, detendo os seus
próprios activos e passivos e realizando operações financeiras por contra própria. As disposições institucionais
variam de país para país e nalguns casos o seu orçamento faz parte de outros organismos, enquanto que
noutras situações, como por exemplo Portugal, dispõe de financiamento próprio, discutido e aprovado em
Assembleia da República, paralelamente ao orçamento de estado.
Sector das instituições sem fins lucrativos e ao serviço das famílias
Estas instituições em fins lucrativos são entidades jurídicas ou sociais com objectivos de produzir bens ou
serviços, cujo estatuto não lhes permite uma parte do lucro para as unidades que as criam, controlam ou
financiam.
A maioria destas instituições são em geral produtoras e não mercantis, fornecendo bens e serviços a unidades
não institucionais, quer de uma forma gratuita, quer a preços economicamente não significativos.
Os seus recursos provêem de contribuições voluntárias das famílias e das administrações. Também podem ser
produtores de recursos, desde que prestem serviços pelos quais cobrem preços economicamente pouco
significativos. Neste caso são classificadas como pertencendo a um outro centro do sector das sociedades
3. quando com operações não monetárias [nas sub-balanças já estudadas] credita-se se der origem a
recebimentos e debita-se se der origem a pagamentos ao exterior; se for com operações monetárias é o
inverso, seja, credita-te quando há pagamentos ao exterior e debita-se quando há recebimentos.
A estas chamamos operações abaixo da linha ou de CONTA DE RESERVAS.
EXEMPLOS
I. exportações de milho a pronto pagamento (p/p) para Angola
Credita-se: exportações[subdivisão Balança Comercial] (de milho)
Debita-se: Reservas (conta) // recebimento-pagamento
II. importações de diamantes de Angola a p/p
Debita-se: importações (subdivisão da Balança Comercial)
Credita-se: Reservas (pagamento)
III. gasto de turistas alemães em Portugal
Debita-se: Reservas
Credita-se: Turismo (subdivisão da BBS)
IV. investimentos directo de Portugal em Angola (+90d)
Debita-se: Balança de Capitais de Longo Prazo
Credita-se: Reservas
V. Portugal exporta para Moçambique milho a crédito(90d)
Credita-se: Exportações (subdivisão da Balança Comercial)
Debita-se: Balança de Capitais a Curto Prazo
*se pago findo os 90 dias
debita-se: Balança de Capitais de Curto Prazo
credita-se: Reservas (pelo pagamento)
VI. turista português veraneia na Papua Nova Guiné
Debita-se: Turismo (subdivisão da Balança de Bens e Serviços)
Credita-se: Reservas
VII. Banco de Portugal(BP) compra ouro em Angola
Debita-se: Reservas
Credita-se: Exportações (subdivisão da Balança Comercial)
VIII. Oferta/donativo dum avião a Portugal pelos EUA
Debita-se: Balança de Transferência Unilaterais (BTU)
Credita-se: Importações (subdivisão da Balança Comercial)
IX. Portugal importa da Alemanha dez tractores; regista na alfândega €5000 em que uma parge e o preço
(€4500) e a outra parte e custo de fretes e seguros(€500)
Debita-se: Balança Comercial (€4500)
Balança de Bens e Serviços (€500)
Credita-se: Reservas €4500+€500
X. a multinacional Nestlé teve um lucro de €500 dos quais transferiu €300 para a Suiça
Credita-se: Balança de Capitais €200
Reservas €300
Debita-se: Balança de Rendimentos €500
XI. Chinês não residente compra €10000 Títulos do Tesouro português
Debita-se: reservas
Credita-se: balança de capitais de longo prazo
¨* recebe €1000 juros
credita-se: reservas
debita-se: balança de rendimentos
XII. Portugal utiliza marcas/patentes estrangeiras
Credita-se: Reservas
Debita-se: Balança de Rendimentos
XIII. Balança Comercial: -€5000
Balança de Serviços: €2500
Balança de Transferências: €2500
Balança de Capitais: €500
Erros e omissões: €100
Pint + X
I
PG – M DI=Y (produção) – produção interna
Yd = Y – T + TR
Yd = C + S
CT = C + G
PILcf = PIBpm – A – Ti + Z IL = I – A
PILpm = PILcf + Ti – Z OG = PG «=» OI + OE = PI + PE
PILpm = PIBpm – A PIBpm + M = C + I + G + X
PIBpm = PILpm + A OG
RN = W + J + R + L + Wg + RLE OG = PIBpm + M
PNLpm = PILcf + RLE + Ti – Z PNBpm = PIBpm + RLE
PNBpm = PNLpm + A PNBpm = DN = (DI + RLE)
PILcf = PILpm – Ti + Z DI = Pint + X – M + RLE
Balança = X - M
PIBpm – A X » M deficitária
M » X excedentária
I= FLCF + A + Vs ou VE
FBCF
I – Investimento
FLCF – Formação Liquida de capital fixo
A – amortizações
Vs – variações de stocks ou de existências
X – importações
M – Importações
BBS + BTU + BR
BTC + BCLP
BB + BCCP
BONM
BONM = - BOM
BOM=∆DLX
∆DLX + BB + BCLP=0
Inflação – Ocorre quando um o nível de preços está a aumentar. Para calcular a inflação recorremos a um índice
de preços de mil produtos (índice de preços ao consumidor) que quantifica o custo de um cabaz de produtos e
serviços num ano de diferença. Taxa de infl. =nível preços ano x – nível preços ano y x 100
Nível de preços ano y
3 graus de inflação – Moderada galopante e hiperinflação
Moderada – é caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços. Pode ser definida antecipadamente e é
habitual na última década nos países industrializados.
Galopante – é um tipo de inflação que é muito prejudicial ao país que a sofre isto porque é um aumento de 2 ou
3 dígitos o que provoca grandes distorções económicas. Sendo por vezes indexado aos contratos na altura
deste tipo de inflação, uma moeda estrangeira estável, o que ainda agrava mais a situação. As pessoas tendem
a comprar bens materiais palpáveis e livrarem-se da moeda que não pára de perder valor. Mas não obstante
desta situação pode existir um crescimento da economia através da redistribuição da riqueza com quem deve,
poder ser beneficiado porque se os salários acompanharem a inflação e vêem os seus créditos ao mesmo valor
e a receber um salário maior, isto em situações excepcionais.
Hiperinflação – é o pior cenário que pode acontecer na inflação. Uma vez instalada é nefasta para uma
economia provocando distorções irreparáveis, é um tipo de inflação com 4 ou mais dígitos.
Inflação antecipada – é aquela que os governos dos países industrializados usam frequentemente. Não provoca
distorções relevantes é como que se fosse apenas um ajuste de preços aos consumidores. Está associada à
inflação moderada.
Inflação não antecipada – destes dois tipos é a mais gravosa e está associada à inflação galopante e
Hiperinflação, Senão veja-se o caso Russo que, em 5 anos os preços subiram 1000 vezes, e o pânico de
investir ou não instala-se, levando os investidores / consumidores a investir noutras economias mais estáveis e
em produtos estáveis como casas e bens palpáveis livrando-se assim da moeda.
Impactos económicos da inflação – tem 2 aspectos um “positivo” que é a redistribuição da riqueza ao ver os
créditos ficarem mais pequenos isto se os salários aumentarem com a inflação.
Negativo Provoca distorções nos preços relativos e nas quantidades dos diferentes bens, ou por vezes no
produto e no emprego da economia como um todo.
Impactos sobre o rendimento e a repartição da riqueza – a redistribuição beneficia quem trabalha e tem um
salário, e se vê com um aumento do ordenado e vendo os créditos ao mesmo valor, ou seja tem que trabalhar
um menor n.º de horas para pagar o mesmo valor. Para quem vive dos rendimentos (caso dos juros numa conta
a prazo) vê-se numa posição mais indesejável porque os preços aumentam e os juros não acompanham a
subida dos preços. Mas quando a inflação é por períodos prolongados a taxa de juro tende a adaptar-se à
inflação aumentando para os valores da inflação.
Impactos sobre a eficiência económica – numa economia com inflação estável a inflação prejudica a eficiência
do mercado porque os compradores e os vendedores tem que se adaptar aos novos preços uns na produção e
os outros no consumo fazendo com que os investimentos dispersem conforme a área onde é menor a inflação e
por consequência o aumento dos preços.
Já no caso onde a inflação não é mais ou menos controlada acontece que os preços estão sempre a mudar não
podendo prever do lado do comprador quando é a melhor altura para aquisições, e para as empresas, provoca
mais despesa para reimpressões novas publicidades o que acaba por ainda inflacionar mais os preços é como
uma bola de neve. Acontece tb. que os negócios sejam celebrados indexados a moedas estáveis.
Impactos macroeconómicos sobre a eficiência e o crescimento – Inflação elevada está geralmente associada a
desemprego elevado, o que agrava a situação existe menos dinheiro e os preços sobem. Existe mais
crescimento nas economias onde a inflação é moderada. Levando os governos a trilhar o caminho a seguir pela
inflação através das taxas de juro aumentando quando a inflação é baixa e diminuindo quando é alta.
Qual é a tx de inflação óptima – a ideal é 0% mas muitos economistas defendem um aumento suave da inflação,
derivado ao facto dos trabalhadores não aceitarem a congelação salarial e até a redução salarial.
3 tipos de inflação Inércia, Pela Procura, Pelos custos
Inflação de inércia ou esperada – É característica dos países industrializados conhecida pelo seu carácter
estável, só reagindo quando um acontece um choque como por exemplo de petróleo. Este tipo de inflação é
aquele que mais contribui para o crescimento da economia quer pela previsão futura da inflação e pela
estabilidade e confiança que ela transmite, sabendo as empresas e os trabalhadores antes dos aumentos
salariais acordados com base na inflação futura e as empresas podem investir sem medos porque sabem o
aspecto inflacionista e não estão a jogar numa roleta que não desejem.
Inflação pela Procura – É um dos principais choques para a inflação. É um acréscimo da procura de um det.
bem ou serviço que impulsiona o aumento geral dos preços num det. sector, que não está preparado para
responder às encomendas. É um aumento da procura agregada que faz com que os preços aumentem, para um
preço que possam satisfazer a procura, ou seja aumenta o preço para diminuir a procura. Na Alemanha na
década 20 o governo mandou imprimir milhões de notas o que fez com que houvesse mais dinheiro e os
mesmos produtos no mercado, como consequência viu disparar os preços a níveis da Hiperinflação.
Inflação pelos custos – Este tipo de inflação ocorre quando existem grandes períodos de desemprego e fraca
utilização dos recursos. Choques pelos custos como o petróleo e alimentos são os mais frequentes nas últimas
décadas, que para produzir o necessário, tem que haver investimentos e aumentos de salários com uma taxa de
desemprego elevada mesmo com rec. desaproveitados, para satisfazer a procura.
Deflactor – Arma dos governos para reduzir ou anular a inflação.
IPP – Índice preço Produtor – Ocorre aquando da 1ª venda antes do consumidor final.
IPC – Índice preço consumidor – Ocorre aquando da compra pelo consumidor.
PNB – é o produto produzido com trabalho ou capital e é propriedade de residentes de um det. país, produtos e
bens possuídos só por cidadãos de um país.
PNB real = PNB nominal ÷ deflactor do PNB.
PNB nominal – é o valor a preços correntes de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos num ano
pelos factores possuídos por um país.
Índice de preços – é uma medida de preço ponderada, portanto é uma média para avaliar todos os preços do
PNB.
Teoria de Keynes – Processo de jogo na lotaria derivado ao facto das constantes alterações de preços entre
devedores e credores no mercado capitalista.
Inflacção:
E o aumento do nivel geral de bens que incide nos transportes, nas rendas e nas gasolinas, entre outras. Diz-se
inflacção sempre que há um aumento. A inflacção é pela sua história, que acompanha, sempre a economia de
mercado, que poderá ser uma inflacção moderada (é uma inflacção lenta), uma inflacção galopante (é uma
inflacçãomais rápida e artinge desde 2 ou 3 digitos de 20% ou 100% ao ano), e existe a Hiperinflacção ( que
atinge mercados cujo o aumento se superou em um milhão percentual ao ano, são os casos e catástrofes e
guerras que teve o seu apogeu na républica Alemã WEIMAR).
O Que é Deflactor , IPC, IPP:
Deflactor é o conjunto de instrumentos utilizados pelo governo de forma a combater a inflacção.
IPC ou indice de preço no consumidor é a medida mais utilizada da inflacção e mede o custo de compra de um
cabaz de bens em diferentes momentos. O cabaz de bens inclui preços de alimentos, vestuário, cuidados
médicos e outros bens adquiridos no dia a dia.
IPP ou indice de preços no produtor, mede o nivel de preços por grosso ou a nivel do produtor baseia-se nos
preços de cerca de 3400 bens incluindo os preços de alimentos, bens industriais, e minérios, as ponderações
fixas usadas para calcular o IPP são as vendas liquidas de cada bem, devido ao seu grande detalhe este indice
é ampamente utilizado pelas empresas, e ocorre no acto da primeira compra.
Inflacção por Custos:
Ao falar-se da inflacção devemos começar por interiorizar que as inflacções ocorrem por razões diverssas.
Algumas inflacções ocorrem pelo lado da oferta, e outras pela procura, a essencia há cerca das inflacções, é
que as mesmas desenvolvem uma inércia própria e quando postas em movimento são dificeis de parar. No caso
especifico da inflacção por custos ela ocorre em momentos de grande desemprego e fraca utilização de
recurssos, e neste caso também designada por “Choque de Oferta”.
Acontecem pela primeira vez nos anos 30 e 40 e levou a uma modificação dramática dos comportamentos dos
preços após a II guerra mundial. Na procura da explicação após esta guerra os economistas tendem como
ponto de partida os salários como é obvio, constituem parcela importante nos custos empresariáis. Os
sindicados são por vezes apontados como sendo eles a forçarem o aumento dos salários, embora nem sempre
isso seja considerado há luz dos factos históricos.
A partir de 1970, os choques com custos derivaram frequentemente das variações do preço do petrólio e dos
alimentos, e ainda das alterações das taxas de câmbio.
A inflacção dos custos é pois um fenómeno novo das economias industrializadas e ocorre quando os custos de
produção aumentam mesmo em perigo de desemprego. As inflacçôes pelos custos tornam-se dominantes
quando os sindicados ou as empresas exercem poder de mercado através de aumento do salário, dos preços e
apesar do desemprego elevado ou ainda quando ocorrem factores externos, que podem subir os preços das
mercadorias.
Inflacção Galopante:
Pode atingir os paizes industrializados Ex. Japão, Itália, Brasil, uma vez ela instalada, começam a surgir
destorções na economia na maior parte os contratos tem de ficar indexados a um indíce de preço, ou a uma
moeda estrangeira, Ex. Dólar, acontece que a moeda perde valor rapidamente e as taxas de juroreais podem
ser negativas. As pessoas passam a ter apenas o montante minimo de moeda necessário ás suas transacções.
Acontece que os mercados financeiros esvaziam, e os fundos são aplicádos por racionamento e não pelas taxas
de juro. Por esse facto as pessoas armazenam bens, mas não emprestam dinheiro a taxas de juro reduzidos. As
grandes destorções provocadas pela inflacção galopante devem-se ao facto das pessoas fazerem aplicações de
fundos no estrangeiro, desaparecendo assim o investimento interno. Regra geral quem possa ser prejudicado é
quem tem dinheiro emprestado, e os que devem são os beneficiados. Os Maleficios da Inflacção Galopante:
Uma vez instalada a inflacção galopante, começam a surgir distorções económicas graves. Geralmente a maior
parte dos contratos fica indexada a um indíce de preços ou a uma moeda estrangeira, como o dólar. Nestas
condições a moeda perde valor muito rápidamente e as pessoas detém apenas o montante minimo de moeda
necessário para as transacções diárias. Os mercados financeiros esvaziam-se com a fuga de capitais para o
exterior. As pessoas armazenam bens, compram habitações e nunca mas nunca emprestam dinheiro a taxas de
juro nominais reduzidas. O que é surpreendente é que o facto das economias com inflacção galopante por
vezes conseguirem crescer ainda que o sistema de preços tenha um compotamento tão deficiente.
Os Impactes Económicos de Inflação:
- Impactes sobre o rendimento e a repartição da riqueza ... o principal impacte redistributivo da inflação ocorre
através do seu efeito sobre o valor real da riqueza das pessoas.Em geral, a inflacção não prevista redistribui a
riqueza dos credores para os devedores, ajudando quem deve e prejudicando quem emprestou. Uma descida
não prevista da inflação tem o efeito oposto. Mas a inflação afecta profundamente sobretudo o rendimento e os
activos, redistribuindo aliatóriamente a riqueza pela população, com um impacte reduzido sobre qualquer grupo
em particular.
- Impactes sobre a eficiência económica ...A inflação prejudica a eficiência económica porque distorce os sinais
dos preços. Numa economia com inflação moderada, se o preço de mercado de um bem sobe, tanto os
compradores como os vendedores sabem que houve uma variação efectiva nas condições da oferta ou da
procura desse bem e podem reagir adequadamente.Pelo contrário numa economia de inflação elevada, é muito
mais dificil distinguir entre variações no nivel geral dos preços, se a inflação está em 20% ou 30% ao mês, as
lojas mudam os seus preços tão frequentemente que as variações nos preços relativos se perdem na confusão.
A inflação também distorce o uso da moeda que não recebe juros. O impacte da inflação ocorre de muitos
modos. Por vezes o governo permite a erosão do valor real dos seus programas quando os preços
aumentam.Os ramos de actividade regulamentados chegam á conclusão de que as suas exigências de aumento
de preços são reduzidos ou rejeitada durante os periodos de inflação. Muitos planos de pensões de empresas
porporcionam beneficios que são fixos em termos nominais, pelo que os apoios reais diminuem nos periodos
inflacionistas. Estes são alguns dos muitos exemplos de como a inflação pode afectar os rendimentos das
pessoas de formas inesperadas.
- Impactes macroeconómicos sobre a eficiência eo crescimento ...Até aos anos 70, a infação elveda andava de
mão dada com niveis elevados de emprego e de produto. Nos EUA a inflação tinha tendência a aumentar
quando o investimento estava animado e havia muitos empregos. Periodos de deflação ou de redução da
inflação, na década de90 do seculo passado, os anos 30, 1954,1958,1982 e 1991 – foram tempos de elevada
subutilização do trabalho e do capital. Qualquer que seja o impacte, de curto ou de longo prazo, da inflação
sobre o produto e a eficiência, é certa a reacção do federal reserve quando há ameaça de inflação. Sempre que
há ameaça de inflação o FED toma medidas obrigatórias para confinar a inflação ao seu trilho –limitando o
crescimento da moeda, aumentando as taxas de juro e desse modo restrigindo o crescimento do produto real e
aumentando o desemprego. Assim qualquer que seja a conclusão dos economistas sobre os “custos de ementa”
ou outros custos microeconómicos da nflação, a reacção dos decisores politicos tem de ser incluida como um
dos custos da inflação, e essa reacção tem sido geralmente a de conter a inflação através de um desemprego
elevado e um reduzido crescimento do PIB.
Inflacão Antecipada versus Inflação não Antecipada:
Na análise da inflação uma importante distinção é a existente entre aumentos de preços antecipados e não
antecipados. Suponha que todos os preços estão a aumentar a 3% todos os anos e todos esperam que esta
tendência se mantenha. Os economistas em geral pensam que a inflação antecipada a taxas moderadas tem
um efeito diminuto sobre a eficiência económica ou sobre a distribuição do rendimento ou da riqueza . Os
preços seriam apenas uma medida variável a que as pessoas ajustariam o seu comprtamento. Mas a realidade
é que a inflação é geralmente não antecipada. Por exemplo, o povo russo viveu acostumado a preços estáveis
durante muitas décadas, quando os preços foram liberalizados em 1992 ninguém nem os economistas previu
que os preços subissem 1000 vezes nos 5 anos seguintes.
Inflação segundo Keynes:
À medida que a inflação avança e o valor real da moeda varia significativamente de mês para mês, todas as
relações permanentes entre devedores e credores que constituem o fundamento ultimo do capitalismo tornam-
se totalmente desordenadas e quase deixam de ter significado, e o prcesso de procura da riqueza degenera
num jogo e numa lotaria.
P.N.B.
È o produto total produzido com trabalho ou capital, que é propriedade dos residentes do país. È em suma um
produto final produzido durante um ano e os factores produzidos por esses residentes do país. Este subdivide-
se em PNB nominal, é o valor dos preços correntes de mercado, de todos os bens e serviços finais produzidos,
num ano pelos factores possuidos por um país, e pelo PNB real, que é igual ao PNB nominal, dividido pelo
defactor do PNB.
Indíce de Preços:
Indíce de preços é uma medida ponderada de preços de um certo numero de bens e serviços na elaboração de
indíces de preços. Os economistas ponderam os preços individuais através da importância económica de cada
bem. Os indíces de preços mais importantes são o IPC, IPP, e o deflactor do PIB (é o rácio entre o PIB nominal
e o PIB real e pode portanto ser interpretado como o preço de todas as componentes do PIB “consumo,
investimento, despesa pública, e exportações liquidas” e não apenas de um unico sector).
MERCADO DE CONCORRÊNCIA PERFEITA
- É o mercado que se existisse era o mais eficiente
Axiomática (verdades não explicadas):
1º Existem muitos compradores e muitos vendedores (mercado atomista)
2º Quem vende não controla o preço, ou seja aceita o preço que vem do mercado (trata-se de um mercado
muito pequeno)
O preço não está fixo porque vem do equilíbrio de mercado, tomam o preço como um dado (denominadas de
price takers)
3º Transparência, é um mercado em que a informação está disponível e não há apropriação da informação, a
informação é simétrica.
4º Mobilidade (aplica-se à entrada e saída) de compradores e de vendedores, temos também o facto de não
haver custos administrativos.
5º Produtos trocados (produtos homogéneos), opõem-se a produtos diferenciados.
CURTO PRAZO:
- As empresas podem ter lucros ou prejuízos, no entanto para terem lucros, não poderão utilizar a manipulação
da variável preço, porque preço é um dado, ou seja só poderão ter lucros desde que trabalhem os custos (baixá-
los permanentemente) e daí a eficiência deste mercado.
- Portanto a curto prazo, em cada momento haverá sempre empresas com lucros e prejuízos, disponíveis para
sair do mercado ou haverá empresas potenciais fora do mercado disponíveis para entrar no mercado, podendo
fazê-lo.
LONGO PRAZO
- Os lucros atraem novas empresas que não têm dificuldade em entrarem pela livre mobilidade, que é um dos
axiomas. Ao entrarem mais empresas no mercado vão dividir os lucros e não havendo alterações de procura, a
oferta passará a ser maior. Com a oferta maior e uma procura igual, o preço de mercado tende a diminuir e ao
baixar encosta ao Custo Médio.
- Portanto, tendencialmente o lucro no mercado de concorrência perfeita, dada a axiomática que o mercado
comporta, o lucro será menor e tenderá a desaparecer (0 zero).
- A e B, são pontos associados à quantidade que dá lucro máximo, é uma condição necessária sempre, mas não
é suficiente.
- 2ª Derivada dcm >0 tem de ser obrigatoriamente positiva.
- A condição de maximização do lucro é suficiente após a 1ª ser necessária
RT=PxQ; RT=RMxQ; CT=CMxQ; LT=LMxQ
Condição de maximização do lucro: Rmg = Cmg
Empresas numa economia de mercado
1º - têm património inicial para efeito de funcionamento
2º - combinam tecnicamente factores produtivos em função de uma certa tecnologia e atendendo
economicamente aos preços desse factores produtivos.
3º - os factores produtivos são fornecidos por vários agentes (trab. Capital), sendo o empresário o que assume o
risco do negócio.
4º - o objectivo da empresa é maximizar o lucro, chamado de anormal, visto que o lucro normal será o salário do
empresário.
Modalidades de crescimento das empresas
Via interna – a empresa cresce por concentração, integração especialização e racionalização.
Concentração – organiza-se por estabelecimentos tentando ampliar consecutivamente os vários que tem.
Integração – o obj. é a empresa alcançar sucessivamente os diversos estados de produção quer a montante
quer a jusante (antes do produto ou depois dele finalizado).
Integração vertical – se for no sentido das matérias primas é ascendente se for na distribuição consumo é
descendente.
Integração horizontal – a empresa não sai do mesmo estado de produtivo, só alarga o nº de produtos e a
qualidade dos bens que produz (supermercado/hipermercado).
Neste tipo de integração pode existir falta do know how, mas os custos são menores
Especialização – ganha-se com a divisão técnica do trabalho ou Taylorismo, mecanização e aproveitamento
tecnológico.
Racionalização – é a mais complexa mas quando bem aplicada é a que dá mais poder de mercado, isto requer
investigação, planificação e previsão. No ponto de vista externo a empresa cresce através de TRUST´S ou de
carteis.
Trust – combinação de várias empresas em que cada uma delas perde a sua autonomia económica e jurídica
efectuadas através de fusões ou aquisições. Objecivos trust – são combatidos pelos governos através da sua
proibição, mas há excepções no caso do investimento ser muito grande e não haver capacidade para mais que
aqueles e serem competitivos nesses casos exitem as entidades reguladoras de mercado.
Mercados e gestão
Interessa saber como as empresas gerem o seu património divide-se em 4 fases.
1 – Conhecer bem a empresa e a situação de partida.
- Conhecer o ambiente em que a empresa trabalha (como instituição publica ou privada).
- Conhecer as suas forças e fraquezas (SWOT – strong, week, oportunity e treat).
- Conhecer meios humanos, materiais e financeiros à disposição.
2 – Decidir onde a empresa quer ir – oportunidades, actividades, valor /clientes.
Criar valor é a relação qualidade / preço – imagem para a organização / instituição.
Com que países quero trabalhar (no caso de já existir a empresa) – Diversificar, internacionalizar.
Modos de internacionalização: antes ou depois do produto feito.
Fazer ou não outsourcing – Contratação no exterior da empresa.
As empresas concorrem em mercados integrados ou seja estão em rede.
3 – inventar e escolher o modo de lá chegar.
- que tecnologia vou usar.
- inovação.
- empresa em aprendizagem?.
- Conhecimento.
- saber (know how).
Marketing – qual o modo de marketing a usar; financiamento interno ou externo; caminhar sozinho; parcerias /
alianças estratégicas / fusões / aquisições.
4 – Concretização da estratégia:
- Estrutura organizacional será a mais adequada. Tarefas ou processos?
Tarefas – (Vertical) função financeira, comercial, produtiva.
Processos – (transversal) comercial, financeira, produtiva (coach – treinador).
- Politica de gestão – gestão da incerteza, tem que se ter instrumentos para a poder levar p/ frente através da
previsão estatística e matemática.
Plano estratégico divide-se em 3 partes:
1 – Analise da estratégia
1.1 – pensamento estratégico.
1.2 – Planeamento estratégico – economia de escala (produzir mais a menos custo) e economia de experiência.
2 – Formulação da estratégia qual a nossa visão, objectivos financeiros ou não que dão indicadores que estão
associados.
Divide-se em 4 dimensões: 1º – produtos de mercado que vou abarcar. 2ªinternacionalização antes ou depois
do produto acabado. 3º Internacionalização ir ou não para outros mercados estrangeiros. 4ª diversificação do
investimento.
Os 2 primeiros são decididos pelos corpos mais baixos enquanto os 2 ultimos são decididos pelos órgãos da
administração da instituição.
Desenvolvimento empresarial vai ter que decidir se avança sozinha com rec. Próprios ou fazer outsourcing.
Externamente tem 3 dimensões: 1 Abraço estratégico, 2 Aquisição de outra empresa 3 fusão estratégica.
3 – Organização e implementação da estratégia
- Estrutura organizacional
- Politicas de gestão – são actividades que estão ao serviço das actividades principais.
Cadeias de valor principais/ estratégicas são aquelas que valorizando o produto para o cliente e reduzir o custo
da empresa.
Gestão da qualidade total – Total Quality Management (TQM).
PDAC – Planing Doing Acting Controling.
SDAC – Standard Doing Acting Controling
4 – Controlo de gestão
Orçamental
Du pont – vê-se no ponto concreto (é mais financeiramente, rentabilidade).
Questão 9
Calculemos o PIB que é valorizado a preços de aquisição.
O valor acrescentado está avaliado a preços base e sabemos que o PIB é avaliado a preços de aquisição
porque as componentes da despesa estão avaliadas a preços de aquisição, devemos então somar ao PIB os
impostos menos os subsídios aos produtos.
PIB = VAB mais impostos –subsídios aos produtos
PIB = 984450-10000 = 974450
Questão 10
Calculemos os rendimentos primários líquidos pagos ao Resto do Mundo (RM), como é uma grandeza líquida,
resulta de uma diferença; neste caso é a diferença entre os rendimentos primários pagos ao RM e os
Rendimentos primários recebidos do RM.
Por outro lado, os rendimentos primários recebidos e pagos ao RM distinguem o PIB do PNB ou Rendimento
Nacional (RN):
Ou ainda, resolvendo a equação em ordem aos Rendimentos líquidos pagos ao Resto do Mundo:
Questão 11
11.1 Cálculo do PIB para o período 1995-2001 segundo as ópticas do produto, da despesa e do rendimento
Cálculo do PIB para o periodo de 1995-2001 segundo as ópticas do produto, da despesa e do rendimento.
Cálculo do produto pela óptica do produto 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ valor acrescentado a preços base 70292 74844 80791 87158 92813 99798 106169
+ impostos líquidos de subsídios sobre os produtos 10535 11386 12223 13804 15217 15956 16548
= PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
discrepância estatística -209 261
Vamos agora calcular o PIB pela óptica da despesa. Tenhamos em conta que as componentes da despesa,
intermédia ou final estão valorizadas a preços de aquisição. O PIB está valorizado a preços a de aquisição.
Cálculo do produto pela óptica da despesa 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
- importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
= PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
Tenhamos em conta que a formação bruta de capital é igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de
existências mais aquisições líquidas de cessões de objectos de valor:
Cálculo da formação bruta de capital 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+formação bruta de capital fixo 18457 20123 23772 27126 29462 32656 33497
+variação de existências 1026 638 482 724 974 871 927
+aquisições líquidas de cessões de objectos de valor 140 146 122 125 149 176 154
=formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
Cálculo do produto pela óptica do rendimento 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+remunerações 38563 41367 44585 48266 52092 x x
+impostos menos subsídios à produção e importação 10101 10804 11794 13145 14323 x x
+excedente bruto de exploração 32163 34059 36635 39551 41615 x x
=PIB a preços de aquisição 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
Cálculo da despesa interna 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
=Despesa Interna 85848 91904 100214 109875 119233 128515 134952
A despesa total é a despesa em bens realizada pelos agentes em contacto com a nossa economia:
Cálculo da despesa total 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+consumo final 66225 70997 75838 81900 88648 94812 100374
+formação bruta de capital 19623 20907 24376 27975 30585 33703 34578
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
=Despesa Total 110281 117635 128505 141011 151322 165051 173017
Saldo da balança do exterior 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
-importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
=Saldo da balança do exterior (SBEXT) -5021 -5674 -7200 -8913 -11203 -12969 -11974
A partir do quadro acima, podemos constatar que o saldo é sempre negativo (défice), ou seja a nossa economia
importa mais do que exporta no período considerado. Por outro lado, o défice aumenta em todos os anos (1996,
1997, 1998, 1999, 2000) excepto em 2001, em que diminui.
Se quisermos analisar de forma mais rigorosa a evolução do défice, em cada ano, e para o período, devemos
calcular as taxas de crescimento simples do défice e a taxa média de crescimento do défice.
Evolução do défice da balança do exterior 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
=défice da balança do exterior -5021 -5674 -7200 -8913 -11203 -12969 -11974
Taxa de crescimento simples anual do défice da balança do exterior (rSBEXT)* 0.13 0.27 0.24 0.26 0.16 -0.08
Taxa de crescimento média do saldo (rmSBEXT)** 0.16
*, ** apresenta-se a seguir as fórmulas utilizadas para o cálculo das respectivas taxas de crescimento:
A partir do quadro acima, podemos constatar que em 1996 o défice cresceu 13%; no ano seguinte, 1997, o
crescimento do défice sofreu uma aceleração, a taxa de crescimento do défice de 1997 foi de 27% tendo
aumentado relativamente à taxa do ano anterior. Já no ano de 1998, o crescimento do défice sofreu um ligeiro
decrescimento, a taxa de crescimento do défice de 1998 foi de 24% tendo decrescido relativamente à taxa do
ano anterior. A taxa de crescimento do défice de 1999 é de 26% tendo aumentado ligeiramente relativamente à
taxa do ano anterior o que significa uma ligeira aceleração do crescimento do défice para 1999. Em 2000, houve
uma forte desaceleração do crescimento do défice, a taxa de crescimento do défice foi de 16% contra 26% do
ano anterior. Em 2001 houve uma inversão do crescimento do défice, a taxa de crescimento do défice é
negativa, -8%. Tal significa que houve uma redução do défice neste ano de 2001.
Tenhamos em conta a fórmula do grau de abertura : (X+M)/PIB, é a proporção das exportações mais
importações no PIB. Se expressarmos o grau de abertura em percentagem a fórmula anterior vem multiplicada
por 100.
Para o cálculo do grau de abertura precisamos dos valores das exportações, das importações e do PIB.
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998 1999 2000(P) 2001(P)
(1) +exportações de bens e serviços 24433 25731 28291 31136 32089 36536 38065
(2) +importações de bens e serviços 29454 31405 35491 40049 43292 49505 50039
(3)=(1)+(2) =exportações+importações 53887 57136 63782 71185 75381 86041 88104
(4) PIB a preços de mercado 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
(5)=(3)/(4) Grau de Abertura 0.67 0.66 0.69 0.71 0.70 0.74 0.72
Da análise da última linha do quadro, podemos concluir que o grau de abertura da nossa economia aumentou
no período considerado.
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+remunerações recebidas do RM 120 115 126 154 147 x x
+impostos sobre a a produção e importações recebidos do RM 0 0 0 0 0 x x
+subsídios recebidos do RM 614 596 545 541 546 x x
+rendimentos de propriedade recebidos do RM 3123 3361 3497 3989 3975 x x
=rendimentos primários recebidos do RM 3857 4072 4168 4684 4668 5898 6497
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ remunerações pagas ao RM 64 78 101 84 119 x x
+ impostos sobre a produção e importações pagos ao RM 779 615 691 689 675 x x
+ subsídios pagos ao RM 0 0 0 0 0 x x
+ rendimentos de propriedade pagos ao RM 3362 4093 4707 5424 5559 x x
= rendimentos primários pagos ao RM 4205 4786 5499 6197 6353 8441 9788
unid: 1milhão de euros 1995 1996 1997 1998(P) 1999(P) 2000(P) 2001(P)
+ PIB 80827 86230 93014 100962 108030 115546 122978
+ rendimentos primários recebidos do RM 3857 4072 4168 4684 4668 5898 6497
+ rendimentos primários pagos ao RM 4205 4786 5499 6197 6353 8441 9788
= Rendimento Nacional 80479 85516 91683 99449 106345 113003 119687