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LIÇÃO 1: Treino visual motor

OBJETIVO DA UNIDADE: Introduzir o aprendiz a uma linguagem espaço-visual e treinar a memória visual.

Tarefa 1: Junto com o professor, realize o que se pede abaixo.


a) Faça exercícios/ginástica com mãos, braços e dedos. Esse exercício é um aquecimento e é ótimo para
que você ganhe elasticidade motora.
b) Faça movimentos com os dedos para treinar coordenação motora: pinça, tocar piano, soltar um dedo
de cada vez a partir do dedo mínimo, tocar polegar no dedo médio, separar três dedos de dois. Aumente
a velocidade. Faça uma série de três repetições.
c) O professor vai ensinar o sinal de E - P. Faça as duas letras com a mão direita e depois faça as mesmas
letras com a mão esquerda. Agora faça E com a mão direita e P com a mão esquerda. Alterne.
d) O professor vai ensinar o sinal de F e R. Faça as duas letras com a mão direita e depois faça as mesmas
letras com a mãe esquerda. Agora faça F com a mão direita e R com a mão esquerda. Alterne.

Tarefa 2: Assista ao vídeo “Tarefa 2” (cores) do seu DVD. Assista ao vídeo “Tarefa 2” (frutas).
Depois responda o que se pede. João e Maria foram ao mercado e compraram 1 quilo das se-
guintes frutas:

Considerando os seguintes critérios, calcule quanto os meninos gastaram na compra:


a) As frutas verdes custam R$ 1,69 o quilo;
b) As frutas amarelas custam R$ 2,15 o quilo;
c) As frutas laranjadas custam R$ 1,80 o quilo;
d) As frutas vermelhas custam R$ 1,95 o quilo.

TOTAL GASTO:_____________________________.

Tarefa 3: Paulo quer fazer a dieta das frutas. Ele precisa consumir três frutas diferentes ao dia.
Complete a tabela abaixo e depois produza em Libras.

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado

Caju Cereja Uva Mamão Ameixa Kiwi Melancia


Manga Jabuticaba
Pera

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Tarefa 4: Agora responda em Libras as perguntas que o professor fará.


a) De qual fruta você mais gosta?
b) De qual fruta você não gosta?
c) Qual é sua cor preferida?
d) De qual cor você não gosta?
e) Qual fruta roxa você conhece?
f) Qual é a fruta que a Magali adora comer?
g) Qual fruta há nas cores verde e roxa?
h) Qual fruta é mais cara?
i) Qual fruta você gosta de comer junto com a comida?
j) Com qual fruta você gosta de fazer doce?
k) Qual a cor da blusa que você está usando hoje?
l) Qual a cor da roupa que seu colega está usando hoje?
m) Qual a cor da roupa que seu professor está usando hoje?
n) Se misturarmos amarelo com vermelho, que cor teremos?
o) Se misturarmos azul e amarelo, que cor teremos?
p) Se misturarmos vermelho e azul, que cor teremos?

Tarefa 5: Realize os sinais conforme solicitado:

MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA

Preto Branco
Azul Laranja
Roxo Amarelo
Vermelho Verde

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Tarefa 6: Treine os sinais de animais a seguir e depois assista ao diálogo da “Tarefa 6”.

Leia a tradução do diálogo sinalizado.


Daiane: Na casa do meu avô tem galinha, pinto, pato e cavalo.
Marcelo: Verdade? Eu tenho só um gato na minha casa.
Daiane: Na minha casa também só tenho um cachorro. Lá na casa do meu avô que tem muitos animais.
Marcelo: Só esses animais que tem na casa do seu avô?
Daiane: Tem um coelho também.

Sobre os animais responda corretamente:


a) Tem coelho na casa do avô da Daiane?
b) Daiane tem gato em casa?
c) Marcelo tem gato em casa?
d) Daiane tem cavalo em casa?
e) Daiane e Marcelo têm um coelho em casa?
f) Na casa do avô do Marcelo tem galinha, pinto, pato e cavalo?
g) Tem cinco animais na casa do avô da Daiane?

Tarefa 7: Treine em Libras as frases abaixo:

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Tarefa 8: Assista ao vídeo “Tarefa 8” (calendário) do seu DVD e pratique:


a) Os dias da semana;
b) Os meses do ano;
c) A comparação entre os anos: ANO PASSADO, ANO QUE VEM;
d) A comparação entre os tempos: PASSADO, FUTURO;
e) As datas comemorativas de cada mês;
f) Horas do dia.

Tarefa 9: Vera tem uma agenda bem apertada. Veja as atividades semanais dela e depois res-
ponda:

HORÁRIO 2ªFEIRA 3ªFEIRA 4ªFEIRA 5ªFEIRA 6ªFEIRA SÁBADO

MANHÃ Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Natação


TARDE Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Trabalho Compras
NOITE Aula de violão Aula de Inglês Aula de violão Aula de Inglês Estudo Bíblico Cinema com
a família

a) Em que dias Vera trabalha?


b) Quais os dias em que Vera estuda violão?
c) Quantas vezes por semana Vera estuda Inglês?
d) Qual é o único dia em que Vera estuda a Bíblia?
e) Em que dias Vera não trabalha?
f) Em que horário Vera faz compras?
g) Em que horário Vera trabalha?

Tarefa 10: Responda em Libras as perguntas abaixo:


a) Dia das Mães é comemorado no mês de maio?
b) Em que mês se comemora o Dia dos Pais?
c) Dia das Crianças se comemora no mês de outubro?
d) Em que mês se comemora o Dia do Professor?
e) Dia dos Namorados e o Dia de Finados são comemorados no mesmo mês?
f) Mês da Páscoa é o mesmo mês em que se comemora o Dia dos Namorados?
g) Em que mês se comemora o Dia dos Surdos?
h) Dia do Surdos se comemora no mesmo mês do Natal?

Tarefa 11: Grave um vídeo bem criativo apresentando um dos temas abaixo. Entregue ao seu
professor.
a) Cores;
b) Animais;
c) Frutas;
d) Dias da semana.

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LIÇÃO 2: Terminologias
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto a reconhecer e usar as terminologias
correntes na área.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo e tire as dúvidas com o professor.

Terminologia

Normalmente, a forma como nos dirigimos a alguém revela o valor que lhe damos. No caso de
quem não pode ouvir, há alguns tratamentos que denotam a percepção social a respeito de sua condição.
É o caso do termo “deficiente auditivo” ou “d.a”. Quando usamos esse termo, estamos destacando o que
há de ausente ou imperfeito naquela pessoa; aliás, não a estamos vendo como pessoa, porque a informação
que mais passa a nos importar é sua patologia e/ou condição clínica.
A partir da década de 1990 inauguraram-se algumas pesquisas no país sobre a língua de sinais, e
isso propiciou um olhar antropológico e cultural sobre a surdez. Esse olhar para o surdo como uma pessoa
diferente acaba com a concepção de deficiente auditivo anteriormente impregnada nos meios sociais e
educacionais. A partir daí, também deixam de ser válidos termos como “surdo-mudo” ou “mudinho”.
Ora, conceitualmente, falar não significa vocalizar, emitir sons, mas expressar a sua língua. Então,
dizer surdo-mudo é duplamente incorreto. Primeiro, porque existem muitos surdos que têm domínio da
língua oral e se comunicam também com sons da voz, ainda que os fonemas sejam desorganizados por falta
do feedback auditivo. Depois, porque, quando o surdo está sinalizando, ele está pronunciando-se na sua
língua, ou seja, está falando.
Infere-se do Decreto 5626/05, capítulo I, artigo 2º, parágrafo único, que os surdos são deficientes
auditivos para aquelas pessoas que os percebem sob uma visão clínico-terapêutica, são surdos-mudos para
aqueles que não sabem que eles falam, e, para aqueles que os olham respeitando sua diversidade linguística,
são apenas surdos. Portanto, para nos referirmos a essas pessoas, usaremos o termo “surdo” porque ele
remete a um posicionamento político de respeito ao sujeito como um ser social — falante da língua de
sinais —, sem reduzi-lo à visão clínica ou à patologia. Contrariamente, as pessoas que têm a capacidade de
ouvir são chamadas de ouvintes.
Os surdos conversam com as mãos, através do estabelecimento de uma comunicação visual. Pou-
cas são as pessoas que reconhecem o que significam aqueles tantos movimentos e aquelas tantas sinali-
zações. Na esperança de conseguir travar comunicação com os surdos, as pessoas ouvintes, na maioria
das vezes, tentam falar mais lentamente ou buscam um papel para escrever. O desejável seria que elas
pudessem se comunicar com os sinais da Libras. Infelizmente tais sinais são desconhecidos de grande parte
da população ouvinte. Esse desconhecimento não é só dos vocabulários, mas da própria nomeação dessa
modalidade linguística.
E o que vem a ser modalidade linguística? É a forma como a língua se manifesta. Há, basicamente,
três modalidades das línguas naturais: a) língua falada; b) língua escrita; c) língua sinalizada. As línguas faladas
são conhecidas por possuir uma característica oral e auditiva enquanto as sinalizadas têm a característica
de ser espaço-visual. Isso significa que o espaço (lugar à frente do corpo) é o canal de emissão, e a visão é
o canal receptor da mensagem. Portanto, a língua de sinais tem modalidade espaço-visual. Mas vemos que
o desconhecimento sobre essa modalidade linguística é tanto que as pessoas a chamam de “linguagem de
sinais”; há outras que a chamam de “gestos”; há ainda quem pense que são “mímicas”. Então, podemos
concluir que a terminologia “linguagem de sinais” passa a ser cientificamente inapropriada e, a partir dessa
concepção, podemos adentrar um pouco mais especificamente nas considerações sobre a “língua” de sinais.
Destacamos também que há no Brasil duas terminologias correntes para designar a língua de sinais
utilizada pela comunidade surda brasileira: Libras (Língua Brasileira de Sinais) e LSB (Língua de Sinais Brasi-
leira). A primeira foi oficializada pela Feneis (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) e é
o termo presente em documentos legais. A LSB é a sigla utilizada por pesquisadores que publicam textos

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internacionais porque todas as demais línguas de sinais do mundo possuem uma sigla com três letras e,
dessa forma, é possível ter uma rápida identificação.
Um dos documentos legais que contempla a sigla Libras é a Lei federal 10.436 de 2002 que ofi-
cializou essa língua no Brasil. A partir da aprovação, a Libras passou a ser aceita como língua usual na co-
munidade surda. Ter uma lei que oficialize um idioma num país é muito importante, pois demonstra seu
reconhecimento social, visto que as minorias linguísticas (imigrantes, índios) relatam experiência de segre-
gação e preconceito dada sua forma de expressão não ser a mesma da maioria social. Há, nesse sentido,
que se travar uma luta pelo reconhecimento linguístico de tais minorias, e, para que isso ocorra, há que
se percorrer um longo caminho que vai desde agregar as pessoas até convencer políticos a planejar ações
disseminadoras.
No caso da Libras, a conquista só foi possível mediante a congregação dos surdos em prol da causa
e pelo fato de muitos pesquisadores terem se empenhado para angariar conhecimentos que lhe compro-
vassem valor linguístico. Antes da lei de 2002, porém, já existiam pesquisadores brasileiros de língua de si-
nais (Brito, 1995; Felipe, 1997; Quadros, 1998), discutindo e publicando suas investigações com o intuito
de combate aos mitos que havia.

Tarefa 2: Ontem eu estava no ônibus e vi duas pessoas conversando em Libras. Fui falar com eles
e descobri que uma pessoa é ouvinte e outra não é. Qual o termo correto para me referir a essas
pessoas e à forma de comunicação que estavam usando?
a) SURDO - OUVINTE - Língua Brasileira de Sinais.
b) D.A. - INTÉRPRETE - Libras.
c) Surdo-mudo - Ouvinte - Língua Brasileira de Sinais.
d) Surdinho - Tradutor - Linguagem de Sinais.

Tarefa 3: Qual o número da Lei de Libras?


a) 3373/2002.
b) 10.436/2002.
c) 5.626/2002.
d) 10.000/2002.

Tarefa 4: Sinalize o que se pede.

Libras - Língua Brasileira Arbitrário Gestos Icônicos


de Sinais
Surdo Surdo-Mudo Mudinho D.A.
Falar com Língua Oral, Sinalizar Decreto Comunicação
Oralizar
Lei Língua Portuguesa Palavra Ouvinte

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LIÇÃO 3: Apresentação Pessoal
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto a fazer sua apresentação pessoal
na qual apareçam breve histórico de vida, formação e experiências profissionais.

Tarefa 1: Em dupla, assista ao vídeo “alfabeto manual”. Utilize a imagem abaixo para acompanhar.

Agora, uma pessoa da dupla deve fazer as perguntas, em português, para que o colega dê as
respostas utilizando o alfabeto manual. Depois alterne.
a) Qual é o seu nome?
b) Qual é o seu nome completo?
c) Qual é o nome do mês em que você faz aniversário?
d) Qual é o nome da sua mãe?
e) Qual é o nome do seu pai?
f) Qual é o nome da pessoa que mora com você?
g) Qual é o nome da cidade em que você nasceu?
h) Qual é o nome do estado em que você nasceu?

Tarefa 2: Mude de dupla e veja com o professor como se formulam as perguntas em Libras. Trei-
ne e faça-as ao parceiro. Responda utilizando o alfabeto manual. Depois, mude de dupla mais
uma vez e alterne entre perguntas e respostas.
a) Qual é o seu nome?
b) Qual é o seu nome completo?
c) Qual é o nome do mês em que você faz aniversário?
d) Qual é o nome da sua mãe?
e) Qual é o nome do seu pai?
f) Qual é o nome da pessoa que mora com você?
g) Qual é o nome da cidade em que você nasceu?
h) Qual o nome do estado em que você nasceu?

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Tarefa 3: Assista ao vídeo “calendário” e pergunte a todos os colegas da turma o mês em que
aniversariam. Pergunte em português e responda com o sinal de Libras. Depois disso, coloque o
nome de cada um deles no espaço equivalente. Ao término da atividade, verifique qual mês tem
mais aniversariantes.

MESES DO ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN

ANIVERSARIANTES

MESES DO ANO JUL AGO SET OUT NOV DEZ

ANIVERSARIANTES

Tarefa 4: Assista ao vídeo “família” e conte ao colega sobre sua família: nome da sua mãe, do seu
pai e dos seus irmãos

Tarefa 5: Observe como o professor elabora, em Libras, as perguntas escritas abaixo.


• O que estuda?
• Com que trabalha?
Então, agora, pergunte a respeito do trabalho e do estudo dos pais de quatro colegas. Eles podem respon-
der em português. Anote as respostas no quadro e pesquise os vocabulários no dicionário de Libras.

COLEGA 1

DADOS PAI MÃE


Estudo/ou? O quê?

Trabalha/ou? Do quê?

COLEGA 2

DADOS PAI MÃE


Estudo/ou? O quê?

Trabalha/ou? Do quê?

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COLEGA 3

DADOS PAI MÃE


Estudo/ou? O quê?

Trabalha/ou? Do quê?

COLEGA 4

DADOS PAI MÃE


Estudo/ou? O quê?

Trabalha/ou? Do quê?

Tarefa 6: Assista ao vídeo “números” e faça as perguntas abaixo, em português, para o colega.
Ele dará as respostas em Libras. Alterne. Troque de dupla e repita o diálogo.
a) Quantos anos você tem?
b) Em que dia você faz aniversário?
c) Em que ano você nasceu?
d) Qual a idade da sua mãe?
e) Qual a idade do seu pai?
f) Há quantos anos mora nesta cidade?
g) Quantos meses sua mãe ficou grávida de você?
h) Há quantos anos seus pais são casados?
i) Há quantos anos você estuda?
j) Daqui a quantos anos estará formado?

Tarefa 7: Agora observe como o professor elabora essas perguntas em Libras. Faça-as a três
amigos e peça para que respondam em Libras.
a) Quantos anos você tem?
b) Em que dia você faz aniversário?
c) Em que ano você nasceu?
d) Qual a idade da sua mãe?
e) Qual a idade do seu pai?
f) Há quantos anos mora nesta cidade?
g) Quantos meses sua mãe ficou grávida de você?
h) Há quantos anos seus pais são casados?
i) Há quantos anos você estuda?
j) Daqui a quantos anos estará formado?

Tarefa 8: Assista ao vídeo “cumprimentos” e treine com o colega cada um dos sinais apresen-
tados.

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Tarefa 9: Assista ao vídeo “apresentação” e, depois de entender a conversa, realize a tarefa


abaixo. Você deverá assistir quantas vezes quiser de modo que possa preencher corretamente.

ITENS DO VÍDEO SINALIZADOR 1 SINALIZADOR 2

Nome e sinal

Informações sobre o
trabalho

Informações sobre
local de nascimento

Informações sobre
local de residência

Informações sobre
estudos/formação

Informações sobre
família

Tarefa 10: Prepare a sua apresentação pessoal em Libras, seguindo os passos abaixo. Acrescente
outras informações, caso queira. Prepare um vídeo e apresente à turma.
a) Cumprimente o público;
b) Diga seu nome e seu sinal;
c) Diga sua idade e sua data de nascimento;
d) Diga onde nasceu e onde mora (se não mora no mesmo lugar em que nasceu, diga há quanto tempo
está nesta cidade);
e) Diga com quem mora;
f) Fale sobre seu estudo e sobre seu trabalho.

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LIÇÃO 4: Personalidades surdas
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto a identificar os principais nomes
da área e a conhecer as personalidades surdas por meio do seu sinal.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Personalidade surda

“Saio da vida para entrar na história.” Você se lembra dessas palavras? A frase estava na carta escri-
ta a punho por Getúlio Vargas horas antes de seu suicídio. Não só por conta desse documento, mas tam-
bém pela diferença em suas ações, Getúlio Vargas marcou a história da nação. Ele é um nome conhecido.
Tornou-se uma celebridade nacional.
E o que dizer de Albert Einstein, um físico alemão radicado nos Estados Unidos, conhecido por
desenvolver a teoria da relatividade? Recebeu o Nobel de Física de 1921 pela correta explicação do efeito
fotoelétrico; o seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, e, com isso, ele se
tornou um ícone da Física moderna.
Atores, presidentes, homens e mulheres com suas criações e teorias, fazendo que o mundo e as
pessoas fossem em busca de respostas a muitas perguntas, ficaram famosas por seu brilhantismo. Será que
entre essas personalidades encontramos pessoas surdas? Claro que sim! É o caso, por exemplo, de Ludwig
van Beethoven (1770-1827), músico conhecidíssimo por suas clássicas sinfonias e pela harmonia de sua
orquestra, mesmo não ouvindo o som que os instrumentos produziam.
Porém, além dele, há na comunidade surda outras pessoas que marcaram a história, destacando-se
no grupo por algum talento diferente. Eles, portanto, tornaram-se personalidades, referências, modelos para
os demais. Tais figuras são aquelas que, de alguma forma, conseguem ter reconhecimento pelo seu trabalho,
angariando ascensão social e impulsionando mudanças radicais na educação de seus pares. semelhantes.
O primeiro grande nome lembrado, conhecido e reverenciado pelos surdos é de uma mulher cha-
mada Helen Keller (1880-1968). Nascida no Alabama, nos Estados Unidos, ela foi um dos maiores exem-
plos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter sucesso. Keller ficou cega e surda em
tenra idade devido a uma doença diagnosticada na época como febre cerebral (hoje se acredita que tenha
sido escarlatina), mas acabou se tornando célebre escritora, filósofa e conferencista, personagem famosa
pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor dos surdos e uma das mais notáveis personalidades do
século XX.
Assim como Helen Keller, em nossos dias temos muitas pessoas surdas que conquistaram seu
espaço frente a uma sociedade preconceituosa. É o caso, por exemplo, de Marianne Rossi Stumpf. Com
graduações em Tecnologia em Informática e Educação de Surdos, mestrado e doutorado em Informática
na Educação, atualmente é coordenadora nacional do curso de graduação que forma professores de Libras
e intérpretes (Letras-Libras); é também professora adjunta da Universidade Federal de Santa Catarina,
orientando pesquisas de mestrado em Linguística, Educação de Surdos, Língua de Sinais, Informática e Es-
crita de Língua de Sinais. É um exemplo vivo de que os surdos são capazes de crescer e desenvolver suas
potencialidades na área acadêmica, com muito esforço e dedicação.
Podemos citar ainda Shirley Vilhalva. Ela é formada em Pedagogia, pós-graduada em Metodologia
de Ensino e mestre em Linguística. É uma surda muito atuante na comunidade: foi diretora da Escola Es-
tadual de Surdos (Ceada), diretora de administração da Feneis e conselheira do Conselho Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade). Atuou como professora tutora do polo UFSC.
E o terceiro exemplo que destacamos é Karin Lilian Strobel, que durante quase 20 anos trabalhou
como professora em escolas de surdos na cidade de Curitiba e por 10 anos fez parte de equipe pedagógica
do DEE/SEED (Secretaria de Educação do Paraná). Doutora na área de Educação, formada em Pedagogia,
com especialização em área de surdez, faz parte da equipe de Letras-Libras como autora, professora e
também tutora (EAD) de turma de licenciatura de Letras-Libras da UFSC. Foi ainda voluntária como dire-
tora-presidente da Feneis, órgão sem fins lucrativos que atua na defesa dos direitos das pessoas surdas.

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Tais personalidades foram capazes de conquistar metas e criar uma história que jamais será esque-
cida. Junto delas, destacam-se também Nelson Pimenta, Cacau Mourão, Ana Regina e Souza Campello,
Rimar Romano, entre outros, que, com o olhar e o movimento das mãos como numa cantiga, trilharam
um rumo na educação dos surdos nos últimos anos. O respeito, a aceitação e o reconhecimento nos dão
oportunidade de ter um olhar diferenciado de uma sociedade ouvintista sobre um povo capaz de conquis-
tar seus ideais.

Tarefa 2: Sinalize as frases abaixo junto com o professor, treine com um colega e, ao final, divi-
dam-se para apresentar as personalidades em Libras.

a) Getúlio Vargas foi presidente b) Albert Einstein foi um físico c) Beethoven foi um músico sur-
do Brasil. famoso. do.

Tarefa 3: Em casa, assista ao filme “O milagre de Anne Sullivan”.

Tarefa 4: Sinalize as frases abaixo junto com o professor, treine com um colega e, ao final, divi-
dam-se para apresentar a personalidade.
a) Hellen Keller nasceu no Alabama.
b) Hellen foi um dos maiores exemplos de que as deficiências sensoriais não são obstáculos para se obter
sucesso.
c) Helen Keller foi uma extraordinária mulher, que ficou cega e surda.
d) Helen Keller ficou surda, em tenra idade, devido a uma doença diagnosticada na época como febre
cerebral.
e) Hellen Keller superou todos os obstáculos, tornando-se uma das mais notáveis personalidades do século.
f) Hellen Keller foi escritora, filósofa e conferencista.

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Tarefa 5: Faça o sinal pessoal de cada uma das personalidades surdas abaixo e depois pesquise o
currículo delas na internet.

Ana Regina Campelo Rimar Romano Shirley Vilhalva

Carlos Mourão Karin Strobel Marianne Stumpf

Tarefa 6: Sinalize as frases abaixo junto com o professor, treine com um colega e, ao final, divi-
dam-se para apresentar a personalidade em Libras.
a) Marianne é formada em Educação de Surdos.
b) Marianne tem doutorado em Informática na Educação.
c) Marianne tem PhD.
d) Marianne estudou na Universidade Católica Portuguesa em 2013.
e) Marianne é professora da Universidade Federal de Santa Catarina.
f) Marianne dá aula no mestrado, no doutorado e no curso de Letras-Libras.

Tarefa 7: Faça um vídeo com o nome (alfabeto manual) e o sinal de cada personalidade estudada.
Entregue o vídeo ao professor.

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LIÇÃO 5: Identidade surda


OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto para fazer um resumo em Libras.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Identidade surda

Quando a educação dos surdos era dirigida pela corrente oralista, os profissionais os classificavam
pelo critério clínico-patológico e lhes intitulavam uma “identidade” dependendo do limiar de respostas
auditivas que apresentavam. Os rótulos eram: a) surdez leve: são aqueles capazes de ouvir a voz humana e
que tendem a aumentar a voz progressivamente; b) surdez moderada: são as pessoas que não conseguem
ouvir as palavras com clareza; c) surdez severa: são surdos que só conseguem perceber os sons muito
graves; d) surdez profunda: são aquelas pessoas que não retêm som algum, não ouvem nada.
Então a história mudou, e o olhar que a sociedade direcionou a eles também se alterou, imprimin-
do novas taxionomias na educação de surdos. Eles passaram a ser classificados pelo critério linguístico, e o
rótulo de “identidade” recebido era de acordo com o nível de aceitação da língua de sinais que apresenta-
vam. Os rótulos eram:
99 Identidade surda - são pessoas conscientes quanto sua condição de surdez; são politizadas e têm
a língua de sinais como nativa;
99 Identidade surda híbrida - são pessoas que nasceram ouvintes e posteriormente se tornaram sur-
das; conhecem a estrutura do português falado;
99 Identidade surda de transição - são surdos oralizados, que tardiamente descobrem a comunidade
surda, e, nesta transição, passam do mundo auditivo para o mundo visual;
99 Identidade surda incompleta - são surdos que não se aceitam como tais por se acharem inferiores
aos ouvintes;
99 Identidade surda flutuante - são surdos que oscilam de uma comunidade a outra, ou seja, vivem
com surdos e com ouvintes. Há falta de comunicação com ouvintes e falta de língua de sinais com
surdos.
Essas duas visões, porém, estão ultrapassadas, porque, de acordo com estudos recentes da an-
tropologia e da sociologia, quando falamos em “identidade”, não podemos ter uma visão reducionista do
ser humano ou querer “classificá-lo” segundo determinações prévias. Falar em identidade é pensar em
relações sociais, pois é na interação com o outro que ela se constitui e se manifesta.
Atualmente, identidade é entendida como o conjunto de características próprias e exclusivas de
alguém (ou de algo) que o diferencia de outros. Pode ser que na comparação com as características do
outro tenhamos algum item semelhante, mas a nossa inteira composição identitária é única e singular.
Este conjunto de características próprias – a identidade – se manifesta por meio da linguagem e é
construído por papéis sociais que exercemos em diferentes locais, com diferentes pessoas e em contex-
tos diferentes. Por exemplo, se alguém descreve sua identidade como mulher, heterossexual, professora,
branca, evangélica, solteira, pobre, ouvinte etc. está condicionando tais características àquele dado mo-
mento, pois a constituição não é perene, mas mutável, flexível e adaptável. A manifestação da identidade
deve ocorrer pela subjetivação que se dá mediante interiorização de uma língua, qualquer que seja ela.
Neste sentido, quando falamos em “identidade surda”, estamos pensando em uma pequenina par-
cela do conjunto de característica que o sujeito apresenta. A identidade de cada surdo vai ser constituída
dependendo das relações sociais que estabelece e dos papéis sociais que desempenha em um momento
pontual. A identidade do sujeito é manifestada pela linguagem.
Assim, a pessoa que acredita no ser humano como um sujeito completo e o vê antropologicamente
como “pessoa” entende que a “identidade surda” é plural, no sentido de que cada um possui um leque
enorme de características – o surdo tem identidadeS! –, e singular, no sentido de que essas mesmas carac-
terísticas pertencem somente a este ser especificamente.

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Tarefa 2: A identidade da pessoa muda de acordo com o ambiente, o contexto e o papel social
desempenhado. Quando um surdo se dirige ao seu professor, ele está com qual identidade?
a) Aluno.
b) Família.
c) Religioso.
d) Pai. 

Tarefa 3: Há surdo que prefere conviver com surdos, que se aceita muito bem como surdo, que
prefere não usar a língua portuguesa e que defende com unhas e dentes a Libras. Quanto a esse
surdo, pode-se afirmar que:
a) Aprendeu Libras recentemente e é oralizado.
b) Nasceu ouvinte e sabe a estrutura do português.
c) Tem identidade surda.
d) Não se comunica nem com surdo e nem com ouvintes.

Tarefa 4: Assista ao glossário da lição. Treine os vocabulários. Depois, o professor vai fazer cada
palavra que aparece no vídeo usando o alfabeto manual, e você deverá mostrar-lhe o sinal.

Tarefa 5: Assista ao vídeo “descrição das características pessoais”. Depois disso, discuta com o
colega:
a) Que fatores internos poderiam alterar a identidade da pessoa descrita? Justifique.
b) Que fatores externos poderiam alterar a identidade da pessoa descrita? Justifique.
c) Você acha que encontraria uma pessoa com exatamente as mesmas características que as da pessoa
descrita? Justifique.

Tarefa 6: Observe o vídeo “rotina” e assinale as alternativas que correspondem à sequência


correta dos papéis sociais que se destacam no relato.
a) Amigo, estudante, marido, pai, profissional.
b) Marido, pai, profissional, amigo, estudante.
c) Estudante, marido, pai.

Tarefa 7: Observe os quadrantes a seguir. É possível fazer diversas associações entre os itens de
cada quadro. Por exemplo:
QUADRO 1 – a / QUADRO 2 – b / QUADRO 3 – c / QUADRO 4 –a / QUADRO 5 – b
A tradução disso seria:
Há surdo que convive bem com ouvintes, que não se aceita como surdo, que convive parcialmente com
outros surdos, que aceita e usa a língua portuguesa e que não usa a língua de sinais.
Além dessa associação, muitas outras seriam possíveis. Quais? Descubra o maior número possí-
vel de relações.

QUADRO 1 QUADRO 2 QUADRO 3 QUADRO 4 QUADRO 5


SURDO RELAÇÃO DO SURDO RELAÇÃO DO RELAÇÃO DO
CONVIVENDO SURDO CONSIGO CONVIVENDO SURDO COM SURDO COM A
COM OUVINTE MESMO COM SURDOS A LÍNGUA LÍNGUA DE
PORTUGUESA SINAIS

a) Convive bem; a) Se aceita; a) Convive bem; a) Aceita, usa e a) Aceita, usa e


b) Não convive bem; b) Não se aceita. b) Não convive bem; defende; defende;
c) Convive c) Convive b) Não usa, não b) Não usa, não
parcialmente. parcialmente. sabe, não gosta. sabe, não gosta.

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Núcleo de Ensino de Libras / CADERNO BÁSICO

Tarefa 8: Estude a tradução do texto “Identidade surda” e faça um resumo em Libras. Grave em
vídeo e apresente ao professor.

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LIÇÃO 6: Codas
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto a formular perguntas em Libras.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo e, em casa, assista à tradução para Libras.

Codas

As percepções de vida de pessoas surdas e ouvintes são absolutamente distintas. Mas como são
formadas essas construções e essas percepções no caso de crianças ouvintes que têm contato materno
com pessoas surdas? Quer dizer, como serão formuladas as relações de linguagem e percepções vivenciais
de uma criança que ouve e supostamente desenvolveria naturalmente a língua portuguesa oral, mas tem
contato extremado – e às vezes exclusivo – com os pais, que são surdos e conversam com ela em língua de
sinais? Como ela dosará o que é natural e o que lhe é estimulado pelo meio?
Em todo o mundo, há muitas crianças ouvintes que são filhas de pais surdos. Esse fato ocorre
devido à forte convivência entre grupos de surdos, ocasião em que se desenvolvem afinidades entre eles
e consequentemente casamentos. Os filhos gerados por esses casais serão ouvintes, visto que a surdez he-
reditária se dá em raríssimas exceções. Por conta do número elevado de pessoas com essa característica,
fundou-se uma organização internacional destinada a debater questões que lhes sejam embaraçosas, pois
se entende que estar simultaneamente interagindo em dois universos culturais e linguísticos não é tarefa
das mais fáceis. A essa organização, bem como às pessoas que partilham da realidade de ser filho ouvinte
de pais surdos, dá-se o nome de Coda (do inglês, Children Of Deaf Adults).
Os Codas são pessoas que biologicamente falando têm o sentido da audição preservado, mas, por
conta da intensa convivência em associação de surdos e outras vivências informais – como férias, viagens,
compras, consultas médicas, brigas familiares, jogos e brincadeiras –, acabam aprendendo primeiro a língua
de sinais e somente aos seis anos – quando vão à escola – aprendem o português. Assim, desenvolvem uma
identidade e modos de pensar que são próprios à comunidade surda. Um exemplo é que, para eles (surdos
e Codas), o normal é ser surdo – ser ouvinte é que é estranho –, ou ainda, falar em Libras é que é comum e
fácil, já falar em português é que é incomum. Muitas vezes, os filhos ouvintes de pais surdos, quando estão
conversando entre si em português, algumas vezes utilizam-se de sinais no meio da conversa, pois, para
eles, os sinais parecem expressar melhor algumas coisas do que as palavras em português.
Além disso, os Codas desenvolvem a referência do olhar como meio de significação, exatamente
como fazem os surdos. Ou seja, para ambos, a profundidade da experiência visual marca sua subjetividade
e deixa impressões acerca da importância do olhar. Os filhos entendem que a possibilidade de ver as coisas,
de ver o mundo, é algo maravilhoso, e, por conta desse sentido tão aguçado, muitas vezes, mesmo sendo
ouvintes, podem não ouvir. Um exemplo é quando são indiferentes a um ambiente muito barulhento (vo-
lume alto da TV, batidas fortes de porta etc.), pois, em casa de surdos, uns chamam os outros por meio
da batida dos pés no chão a fim de provocar a vibração para quem estiver em outro cômodo poder sentir.
Isso quer dizer que a casa do surdo é muito barulhenta, e o Coda simplesmente não ouve esses sons, pois
parece que tem um ouvido seletivo, capaz de não processar alguns deles na mente. Por outro lado, os olhos
sempre são muito atentos a tudo, e a visão tem uma amplitude maior, pois “ver” significa muito. Muitas
vezes, os Codas utilizam as mesmas estratégias dos surdos quando não querem conversar: simplesmente
desviam o olhar, e assim não há conversa se não se está olhando para o outro, mesmo que este outro con-
tinue falando. E isso acontece independentemente de a pessoa ser surda ou não.
Essa construção identitária de uma pessoa ouvinte como surda não seria algo tão conflituoso se ela
precisasse conviver apenas em comunidades que compartilhassem desses mesmos sentimentos. Porém,
na realidade, isso não ocorre. Essas mesmas crianças que falam Libras desde a tenra a idade e que veem a
surdez como constituição cultural, social e política vão precisar participar de um ambiente que tem consi-
derações opostas: a escola. Nesse espaço, as pessoas que desconhecem a Libras e as questões da surdez
geralmente os concebem no campo da deficiência e, por terem tal concepção, vão estabelecer relações
não muito saudáveis com esse aluno e com seus pais.

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Núcleo de Ensino de Libras / CADERNO BÁSICO

É muito comum que os pais do Coda não sejam convocados para as reuniões escolares, pois não
haverá ninguém capaz de se comunicar com eles. É muito comum também que eles não sejam chamados
quando o filho não apresenta bom desempenho escolar (problemas de nota ou comportamento), pois
igualmente não há ninguém capaz de se comunicar com eles. Diante desse afastamento, a escola estabelece
um muro que a separa dos pais do Coda. Dentro dessas escolas, os pais se tornam figuras alienígenas, e há
um prejuízo coletivo instalado. A escola não consegue atribuir-lhes o status de pais, porque eles são surdos,
e repassa à própria criança a responsabilidade dos adultos, porque ela ouve. Dessa forma, a criança se sente
fora de seu mundo: ela não tem uma relação de pertencimento com aquele espaço, pois não se sente à
vontade para usar a língua de sinais e ainda é vista como um adulto em miniatura.
Outro impasse que se coloca para o Coda é o de que, mesmo tendo uma identidade cultural “sur-
da”, sua condição auditiva lhe é solicitada pelos pais quando diante de uma necessidade de comunicação.
Isto é, frente a um noticiário da TV, os pais pedem à criança que interprete o que está sendo dito; frente
a uma ligação telefônica, os pais pedem à criança que faça a mediação da conversa; frente à necessidade
de uma consulta médica, a mãe solicita à criança que a acompanhe e que traduza ao médico tudo que ela
relata em sinais. Essas e outras situações acabam exigindo da criança um desenvolvimento psicológico tal
que consiga gerenciar atos de falas não compatíveis com sua idade.
Assim, temos que as crianças ouvintes, filhos de pais surdos, os Codas, devem ter seu processo de
desenvolvimento respeitado, tanto pela escola como pelos pais, entendendo que, mesmo sem exigências
externas, sua condição de transitor entre dois universos tão distintos já é por si mesmo tensa.

Tarefa 2: Marque V para verdadeiro e F para falso.


a) ( ) Em 95% dos casos, o filho de pessoas surda é ouvinte porque a surdez hereditária é raríssima.
b) ( ) A surdez hereditária é muito comum.
c) ( ) Coda é a sigla de Children Of Deaf Adults.
d) ( ) Os Codas são pessoas que têm o sentido da audição preservado, mas aprendem primeiro a língua
de sinais e somente quando vão à escola aprendem o português.
e) ( ) Os Codas desenvolvem uma identidade e modos de pensar que são próprios à comunidade surda.
f) ( ) Para os Codas, não é normal ser surdo.
g) ( ) Para os Codas, ser ouvinte é estranho.
h) ( ) Os Codas preferem falar em português do que em Libras.
i) ( ) Os Codas não têm experiência visual.
j) ( ) Os Codas, mesmo sendo ouvintes, podem não ouvir.
k) ( ) Os Codas têm um ouvido seletivo, capaz de não processar alguns sons na mente. Por outro lado,
seus olhos sempre são muito atentos a tudo, e a visão tem uma amplitude maior, pois “ver” significa muito.
l) ( ) As crianças Codas que falam Libras desde a tenra idade e veem a surdez como constituição cultural,
social e política não precisam participar de espaços onde as pessoas desconhecem a Libras e as questões
da surdez.
m) ( ) A escola repassa à criança ouvinte (que é Coda) a responsabilidade que seria dos pais, porque não
consegue conversar com eles. Com isso, o Coda acaba sendo visto como um adulto em miniatura.
n) ( ) É muito comum que a criança Codas se torne o intérprete dos pais.

Tarefa 3: Agora vamos treinar o vocabulário.


a) Assista ao glossário;
b) Reproduza os sinais do glossário;
c) O professor vai fazer uma palavra do glossário com alfabeto manual e você deverá dar o sinal corres-
pondente.

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Tarefa 4: Observe as frases produzidas em Libras no vídeo “Tarefa 4” e tente escrever o que
entendeu.
a)
b)
c)
d)
e)

Tarefa 5: Assista aos sinais do vídeo “Tarefa 5” e, na sequência, escreva-os na tabela abaixo.
Escolha cinco sinais para compor frases.

a) b) c)
d) e) f)
g) h) i)
j) k) l)
m) n) o)

Tarefa 6: Assista aos sinais do vídeo “Tarefa 6” e, na sequência, escreva-os na tabela abaixo.
Escolha dez sinais para compor frases.

a) b) c)
d) e) f)
g) h) i)
j) k) l)
m) n) o)

Tarefa 7: Como se diz em Libras? Faça o sinal e apresente ao professor.

a) Exigir b) Médico c) Desenvolvimento


d) Psicológico e) Respeito f) Aproveitar
g) Não é h) Falta i) Nada
j) Preguiça k) Adolescente l) Velho
m) Desconfiado n) Envolvido o) Chamar

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Tarefa 8: Para treinar os vocabulários, realize as seguintes frases em Libras:


a) Minha professora tem um jeito diferente.
b) Tenho contato com minha professora de Libras.
c) Minha professora percebe que não gosto do jeito dela.
d) No período entre 2000 a 2005 estudei Libras numa ótima escola em Curitiba.
e) Minha professora tem um jeito normal, mas eu não combino com ela.
f) Minha amiga me influenciou a estudar Libras. Vou começar este ano.
g) Acontecem muitas coisas legais na aula de Libras.
h) Há muitas escolas que eliminam conteúdos para ensinar os surdos. Isso é errado.
i) Não gosto do jeito da minha professora.
j) Raramente tenho contato com a minha professora.

Tarefa 9: Se você tivesse a oportunidade de entrevistar um Coda, o que perguntaria? Elabore


cinco perguntas em Libras, grave em vídeo e apresente ao professor.

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LIÇÃO 7: Comunidade surda
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno deverá ter destreza para sinalizar gírias e/ou piadas
em Libras.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Comunidade surda

Temos tentado conhecer a pessoa surda na sua singularidade e individualidade. Nesse contexto,
enfatizamos a importância da visão para a vida dela e para o processo de aprendizagem. Agora chegou o
momento de não somente nos ater a um surdo, mas de ampliar nossa visão e contemplar um grupo de pes-
soas que se encontra em ambientes extraclasses e se configura como espaço de convivência: é a chamada
comunidade surda.
A comunidade surda se constitui por uma grande diversidade no perfil das pessoas que a integram,
pois ali participam sujeitos surdos, ouvintes, intérpretes, profissionais, familiares, religiosos e outras pesso-
as com interesses variados. Porém, o ponto que os une e os identifica é o uso da língua de sinais. Ademais,
se ser usuário da língua de sinais é o fator motivador para ingressar na comunidade, então é bem provável
que alguns surdos não participem desse grupo, considerando que há entre eles pessoas que, em vez da
língua de sinais, preferem, por razões variadas, se expressar em língua falada.
O uso da língua de sinais é então preponderante para a constituição de uma comunidade surda,
mas a sua formatação vai se dar em decorrência das afinidades dos integrantes. Isso significa que não exis-
te apenas uma comunidade surda, e sim comunidades pluralizadas. Assim, temos a comunidade surda da
igreja, da escola, do hip-hop, dos líderes e outras que denotem a identidade cultural de um determinado
grupo.
Essa convivência traz aos ouvintes participantes o benefício de, além de aprender a língua de
sinais, também conviver com pessoas surdas e então conhecer seus costumes e os acordos sociais que
estabelecem. E, como sabemos, a oportunidade de conviver com a diversidade faz que tenhamos um olhar
diferente para os outros e para nós mesmos, ou seja, gera crescimento pessoal.
Para o surdo, tal convivência tem valor inigualável visto que normalmente vivem isolados em seu
próprio mundo por constituírem uma minoria social. A interação com outras pessoas que falam sua língua
garante que a diferença não seja realçada. Portanto, sentem-se confortáveis para demonstrar ideias e opi-
niões diante dos pares, dos iguais.
Para crianças surdas, a comunidade reflete o encontro com o futuro, a idealização de um amanhã,
pois ela pode ver modelos positivos, surdos adultos se articulando social e politicamente. Nesse espaço,
terão a chance de não se olhar como pessoas deficientes, mas de se projetar aceitando a diferença linguís-
tica. É o ponto de formação de identidade.

Tarefa 2: Com base na leitura do texto, olhe a foto e responda:

a) Todos são surdos porque estão sinalizando.


b) Não dá para saber quem é surdo, pois surdos e ouvintes podem sinalizar.

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Tarefa 3: A foto abaixo foi tirada da comunidade surda que frequenta o shopping Estação (em
Curitiba-PR) aos domingos à tarde. Nesse grupo há surdos e ouvintes com interesses os mais
variados possíveis. Apesar de toda essa diversidade, há um ponto em comum que os une. Iden-
tifique-o e responda ao professor.

Tarefa 4: Considerando que o uso da língua de sinais é o fator motivador para participação na
comunidade surda, marque a alternativa correta e justifique sua escolha.
a) Todos os surdos participam da comunidade surda.
b) Nem todos os surdos participam da comunidade surda.

Tarefa 5: Descreva as figuras abaixo para o colega e depois responda:


a) Quantas comunidades estão aqui representadas?
b) As pessoas são surdas ou ouvintes?

Tarefa 6: Assista ao glossário e treine com o colega. Depois, prepare-se para responder ao pro-
fessor quando ele perguntar por meio de datilologia.

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Tarefa 7: Sinalize as frases abaixo, converse com o colega sobre isso e, sem seguida, apresente
ao professor:
a) Na comunidade surda há pessoas surdas, ouvintes, intérpretes, profissionais, familiares, religiosos, pes-
soas com perfil diferente e com interesse variado.
b) Não existe apenas uma comunidade surda, e sim comunidades pluralizadas. Por exemplo, existe a co-
munidade surda da igreja, da escola, do trabalho, da Feneis, do NEL.
c) É preciso conhecer a pessoa surda na sua individualidade e especificidade e saber da importância da visão
para a vida dela e para seu processo de aprendizagem.

Tarefa 8: Sinalize os discursos que revelam diferentes interesses pela comunidade surda. Treine
e apresente ao professor.

PESSOA 1 PESSOA 2 PESSOA 3 PESSOA 4

Sou ouvinte e trabalho Sou ouvinte e tenho Sou surdo, filho de pais Sou intérprete na minha
como professora de ge- uma irmã surda. Eu e surdos. Gosto de estar igreja e gosto de estar
ografia. Tenho um aluno meus pais participamos na comunidade surda em contato com surdos
surdo e quero aprender da comunidade surda porque tenho afinidade para pregar o evangelho
Libras para me comuni- porque respeitamos a com meus pares e neste e o amor de Deus a esta
car com ele. cultura dela. espaço me sinto bem, comunidade.
pois posso usar, natu-
ralmente, minha língua.

Tarefa 9: O professor entregará um vídeo diferente a cada aluno. Alguns receberão piadas em
Libras e outros receberão gírias em Libras que são usadas na comunidade surda. Assista ao
vídeo que receber, procure entender e reproduzir em Libras. Depois, apresente em vídeo ao
professor a piada ou a gíria que foi entregue.

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LIÇÃO 8: Movimento surdo


OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto dar opinião em Libras sobre um
tema polêmico.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Movimentos surdos

Uma definição possível para movimento social seria a de que se trata de um espaço de articulação
das aspirações, reivindicações e lutas comuns de determinado grupo de pessoas. No caso dos surdos, agre-
gam-se a essas articulações o reconhecimento da sua língua. Esses espaços são chamados de movimento
surdo.
O movimento surdo se faz importante por significar uma possibilidade de resistência à predo-
minância das pessoas que ouvem (ouvintes) nas organizações de trabalho, saúde, educação e lazer e de
afirmação dos direitos do indivíduo surdo nas diferentes instâncias sociais. Tal movimento não resiste às
pessoas propriamente ditas, mas a sua constante posição de liderança ao longo da história.
Um exemplo de tal resistência foi a reestruturação da Feneida (Federação Nacional de Educação
e Integração dos Deficientes Auditivos) em Feneis. Em 1970 um grupo de profissionais ouvintes fundou
uma organização e implantou seus ideais de reabilitação dos então deficientes auditivos, por isso o nome da
instituição era Feneida. Em 1983 um grupo de surdos se organizou para reivindicar junto à diretoria da Fe-
neida sua participação ativa na instituição. A princípio tal envolvimento foi negado ou pelo menos renegado
às pequenas atividades. Não satisfeitos, os surdos insistiram na resistência até que finalmente conseguiram
se estabelecer como sujeitos capazes de dirigir uma organização que atendesse a suas aspirações políticas.
Em 1983 os surdos passaram a liderar o estabelecimento e alteraram seu nome para Feneis (Federação
Nacional de Educação e Integração de Surdos).
Essa alteração não é uma mera transformação terminológica, mas implica mudança de perspectiva
de trabalho, ou seja, a visão e a missão passam a atender aos ideais das pessoas surdas, que começam a ser
consideradas pessoas que apresentam diferença linguística e não deficiência auditiva. Atualmente, há vários
escritórios regionais da Feneis espalhados pelo país que se propõem à disseminação da Libras e a reunir
surdos para discutir questões pertinentes a sua afirmação social.
Além da Feneis, os 4 milhões de surdos brasileiros organizam esse movimento em outros espaços
como as associações, cooperativas e clubes. Há aproximadamente 200 associações de surdos espalhadas
pelos estados e órgãos dedicados apenas à questão desportiva dos surdos, como a CBS (Confederação
Brasileira de Surdos). Todas se caracterizam pela cumplicidade linguística cultural dos participantes.
O movimento surdo alcança espaços acadêmicos e chega a conquistar um curso de licenciatura
a distância. Trata-se do Letras-Libras, com sede na Universidade Federal de Santa Catarina e vários polos
distribuídos pelo Brasil. Nesse curso superior, os alunos surdos têm a oportunidade de se qualificar para
atuar como professores de Libras.
Porém, não é só no nosso país que o movimento surdo é atuante, mas também em outros países
há instituições que buscam se colocar como representantes do potencial de tais pessoas. A formatação do
movimento tem tomado proporções cada vez maiores e chega a ter uma Federação Mundial de Surdos
(Word Federation of the Deaf, cuja sigla é WFD), com sede na Finlândia desde 1951.
Envolver-se com o movimento surdo é mais do que frequentar os espaços citados, mas se carac-
teriza pela participação num intercâmbio linguístico-cultural e especialmente pela percepção bem definida
sobre a capacidade de liderança das pessoas surdas nos referidos lugares.

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Tarefa 2: De acordo com a leitura do texto, marque V ou F.
( ) A lei estadual 40.436/2002 diz que deve ser garantido, por parte do poder público em geral e de em-
presas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e a difusão da Libras
como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
( ) O decreto 5.626/2005 diz que a Libras deve ser disciplina optativa nos cursos de Pedagogia e Fonoau-
diologia, bem como nas especializações em Educação Especial.
( ) Não é aconselhável que, numa situação formal de sinalização, você transmita duas ideias opostas num
mesmo espaço.
( ) O decreto 5.626/2005 diz que os surdos podem atuar como intérpretes de outras línguas de sinais
para Libras.
( ) A lei 10.436/2002 apresenta um parágrafo que diz: “A Língua Brasileira de Sinais - Libras poderá subs-
tituir a modalidade escrita da língua portuguesa”.

Tarefa 3: Treine a datilologia com as palavras abaixo e veja os sinais que o professor fará. Treine
e filme os sinais para estudar em casa.

Vontade Saúde Educação Por isso Política


Luta Trabalho Lazer Criar/Fundar Perspectiva
Reconhecer Empresa Direitos Profissionais Visão
Importante Principal Liderança História Missão
Escritórios Esporte Cultura Letras-Libras Oportunidade
País Finlândia Participar Capacidade Prioridade

Tarefa 4: Agora vamos brincar de antônimos.


a) Veja os sinais do vídeo “Tarefa 4” e copie para treinar;
b) Faça o sinal que é oposto ao do vídeo;
c) Escolha um sinal do vídeo e faça uma frase;
d) Escolha um sinal do vídeo e faça uma frase com o sinal oposto.

Tarefa 5: Observe as tabelas abaixo e sinalize os vocabulários contidos nela. Se não souber os
sinais, pergunte ao professor. Acrescente mais informações se desejar.

EMPRESAS PAÍSES

1) Volvo 1) Brasil
2) Renault 2) EUA
3) HSBC 3) França
4) Boticário 4) Inglaterra

LUGAR DE PASSEAR DENOMINAÇÕES RELIGIOSAS

1) Shopping 1) Igreja Assembleia de Deus


2) Cinema 2) Igreja Católica
3) Restaurante 3) Igreja Adventista
4) Teatro 4) Igreja Presbiteriana

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ESPORTES FACULDADES

1) Vôlei 1) UFPR
2) Futebol 2) Positivo
3) Basquete 3) Tuiuti
4) Tênis 4) Uninter

FOCO DISSEMINAÇÃO

(Aqui você escreve no que deve se focar): (Aqui você escreve o que precisa disseminar):
1) _________________________ 1) _________________________
2) _________________________ 2) _________________________

Tarefa 6: O professor vai sinalizar as frases abaixo. Mude-as para o passado.


a) A Libras é uma língua reconhecida por lei.
b) Um grupo de surdos vai fundar a Feneis.
c) Ser surdo é diferente de ser ouvinte.
d) Atualmente, há vários escritórios regionais da Feneis espalhados pelo país.
e) Há aproximadamente 200 associações de surdos espalhadas pelos estados.
f) O movimento surdo irá conquistar um curso de licenciatura a distância.
g) No Letras-Libras, os alunos surdos têm a oportunidade de se qualificar para atuar como professores de
Libras.
h) Atualmente a sede da Federação Mundial de Surdos (Word Federation of the Deaf, cuja sigla é WFD) é
na Finlândia.

Tarefa 7: O professor vai sinalizar as frases abaixo. Mude-as para o futuro.


a) Eu trabalhava na Volvo.
b) Meu amigo surdo foi demitido da Renault.
c) Eu estou no HSBC agora.
d) O Brasil já foi um país rico.
e) Os EUA são o país que mais dissemina a língua de sinais.
f) A Inglaterra teve o privilégio de ter pesquisadores de linguística envolvidos com língua de sinais.
g) Ontem o shopping estava cheio de jovens caçando Pokémon.
h) Terça-feira passada visitei a igreja PIB onde há muitos surdos.

Tarefa 8: O professor vai sinalizar as frases abaixo. Mude-as para negativa.


a) Se esse restaurante não for bom, a gente pode mudar e ir para outro lugar.
b) Os atores do teatro ensaiaram muito para a apresentação da peça.
c) Conheço uma ótima equipe de vôlei.
d) Mês passado estive reclamando sobre mensalidade na secretaria da Uninter.
e) A língua de sinais é desprezada pela sociedade ouvinte.
f) Eu estou focado nos meus estudos e por isso vou bloquear meu Facebook.
g) A Libras já está disseminada na UFPR.
h) Eu sei onde fica a igreja católica.

Tarefa 9: Explique em Libras: O que é a Feneis?

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Tarefa 10: Faça seis perguntas ao colega. As perguntas devem ser elaboradas com a utilização
dos verbos abaixo.

MUDAR/MUDANÇA OBJETIVO PERSISTÊNCIA

SATISFAÇÃO FREQUENTAR SUBSTITUIR

Faça a pergunta, aguarde a resposta e, em seguida, responda ao que o colega perguntar.

Tarefa 11: Produza frases abaixo utilizando os verbos de concordância.

Paula mostrou o trabalho para Patrícia. Juliana viu a Maria ontem à noite.

Patrícia mostrou o trabalho para Paulo. Maria viu a Juliana ontem à noite.

Carlos falou para a Manu que a blusa é própria da Lia. Maria e Juliana viram-se ontem à noite.

Manu falou para o Carlos que a blusa é própria da Lia. Maria viu a Juliana, mas Juliana não viu a Maria.

A diretoria da Feneis reuniu-se com a diretoria da AP- Juliana viu a Maria, mas Maria não viu a Maria.
TILS. Ambas discutiram o futuro da Libras no Brasil.
A diretoria da Feneis avisou à diretoria da APTILS so- Juliana quer ver a Maria amanhã.
bre o futuro da Libras no Brasil.

Tarefa 12: Imagine um movimento social conhecido: greve de professores. Numa greve, pode-
mos destacar alguns pontos positivos e alguns pontos negativos, por exemplo:

PONTOS POSITIVOS PONTOS NEGATIVOS

Aumento salarial; Prejuízo ao calendário dos alunos;


___________________; ___________________;
___________________; ___________________;

E você? É a favor ou contra a greve de professores? Levante três pontos positivos (caso seja a favor) ou três
pontos negativos (caso seja contra), sinalize e grave o vídeo ao professor.

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LIÇÃO 9: Cultura surda


OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto a sinalizar uma história.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Cultura surda

De modo geral, a cultura pode ser definida como um complexo conjunto de conhecimento, língua,
crença, arte, moral, leis, costumes, capacidades e hábitos que pertence a uma dada sociedade e que é dis-
tribuído entre seus membros. Conjunto este que é fortemente marcado especialmente pelos elementos
“língua” e “costumes”, levando-se em conta que, quando visto sob a perspectiva de um grupo diferente,
ou seja, que tem outra cultura, o que mais se evidencia são esses elementos. É por isso que, se nos pergun-
tarem sobre a cultura norte-americana, responderíamos sob o ponto de vista da “língua” e do “costume”
e teríamos definições que se restringiriam ao que se fala (inglês) e ao que se come (fast foods). Entretanto,
não podemos nos esquecer de que há outros componentes nesse conjunto, nessa cultura.
Chamamos a cultura de “conjunto complexo” apenas no que diz respeito a sua composição, po-
rém o acesso, o desenvolvimento e a transmissão dos elementos que integram acontecem naturalmente
através das relações sociais. É bom que se diga que não estamos considerando nesse contexto a existência
de distinção entre cultura popular e cultura erudita, visto que entendemos que esta última possui uma es-
pecificidade econômica na nossa sociedade. Então, a cultura é transmitida livremente de geração a geração
e se desenvolve por meio da língua que é expressa nas relações com o outro.
A cultura é algo muito mutável, pois, apesar de ser histórica, pode sofrer alterações a partir do
contato com outra cultura. Assim, quando começamos a olhar as ações de um determinado grupo de
pessoas e atribuirmos certo valor a essas atitudes, elas passam a fazer sentido para nós, e, então, é bem
provável que queiramos compartilhar delas.
Dito isso, podemos pensar: em que consiste a cultura surda?
Ora, a cultura surda nada mais é do que a composição de todos os elementos do “conjunto com-
plexo” em uma versão visual! Ou seja, o conhecimento do surdo se dá a partir do que ele pode ver; sua
língua se expressa no espaço e se lê com os olhos; a arte e a poesia do surdo são feitas por diferentes mo-
vimentos com as mãos, assim como seus costumes e hábitos se dão a partir do que viram e se constroem
na relação com outros surdos.
Assim, no entorno das comunidades surdas está instalada a cultura surda. Nesse espaço tem-se o
costume de abordar a temática da representação da surdez a partir de dois vieses: passado e futuro. Quer
dizer, falam sobre a história do surdo comentando as represálias que sofreram no oralismo e refletem so-
bre as possibilidades de futuro para esse povo.
A cultura surda tem valor inestimável, pois, para que o sujeito surdo chegue a proferir tais falas, ele passou
por um processo de aprendizado junto à comunidade, considerando que, diferentemente do que ocorre
conosco – ouvintes –, a cultura surda não é transmitida naturalmente, de geração a geração. Isso porque a
grande maioria dos surdos é filha de pais ouvintes – cerca de 95% dos casos.
Então o surdo, para ter uma cultura (língua, hábitos, crenças) visual, precisa apreender esses ele-
mentos junto à comunidade surda. Por isso, enaltecemos essa cultura, que é tão bonita, mas tão apagada
pela cultura ouvinte e tão difícil de ser conquistada pelos próprios formadores.

Tarefa 2: Assista ao vídeo com o glossário da lição, treine os vocabulários e responda ao profes-
sor quando ele perguntar por meio de datilologia.

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Tarefa 3: O professor, aleatoriamente, fará as palavras abaixo com o alfabeto manual. Leia, repi-
ta a soletração manual e então faça o sinal equivalente.
CULTURA / COMPARAÇÃO / ESQUECER / SIMPLES / DIFUNDIR / CONVERSAR / FUTURO /
MARAVILHOSO / DESTRUIR / LÍNGUA / COSTUMES / NORTE-AMERICANA / CONTEXTO / ÚLTIMA
/ ECONÔMICA / HISTÓRIA / FAZER / QUERER / ARTE / TEMA / ORALISMO / POVO / VALOR / PRECISA
/ CONQUISTA

Tarefa 4: Agora vamos brincar de tradutores criativos. Veja os sinais que aparecem no vídeo e
dê, no mínimo, três palavras da língua portuguesa que possam servir como equivalentes em Li-
bras. Por exemplo, se vir o sinal de PALMAS, preencha os espaços com APLAUDIR, CELEBRAR,
PARABÉNS, pois eles acabam tendo o mesmo sentido.

SINAL EM LIBRAS PALAVRAS EM PORTUGUÊS

Vídeo 1

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Tarefa 5: O plural em Libras se dá de duas formas. Treine cada uma delas.

REPETIÇÃO DO SINAL ACRÉSCIMO DO SINAL “QUANTIDADE”

ÁRVORES CULTURAS (Cultura + Quantidade)


CASAS PENSAMENTOS (Cultura + Quantidade)
PESSOAS CANETAS
CARROS TELEVISÕES
CADEIRAS LIVROS

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Tarefa 6: Olhe para a configuração de mão (ato da mão) que aparece nos sinais da primeira
coluna da tabela e produza cinco sinais que sejam feitos com o mesmo formato da mão. Por
exemplo, com a configuração da mão do sinal de COSTUME, é possível fazer os sinais CASA,
ESTUDAR, AMIGO e outros. Faça os sinais e depois escreva as palavras na coluna vazia.

CONFIGURAÇÃO DE MÃO SINAIS COM O MESMO FORMATO DE MÃO

Tarefa 7: Observe o grupo de sinais que aparecem nos vídeos e identifique o que eles têm em
comum.

GRUPO DE SINAIS PARÂMETRO COMUM

Vídeo 1

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Vídeo 4

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Vídeo 6

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Tarefa 8: Sinalize as frases abaixo.
• Eu adquiri linguagem.
• Eu não adquiri linguagem.
• Minha mãe adquiriu conhecimento.
• Minha irmã adquiriu cultura, e meu pai adquiriu identidade.
• Os surdos disseminaram a Libras no Brasil.
• Os surdos dos EUA disseminaram a Língua de Sinais no Brasil.
• A Libras já foi disseminada nas escolas de surdos, mas não nas faculdades.
• A Libras foi lentamente disseminada em diferentes lugares do país.
• A Libras foi rapidamente disseminada em Curitiba.
• Você se esqueceu?
• Por favor, não se esqueça!
• Se você se esquecer... te bato!
• Aquele homem seeeeeeempre se esquece de tudo.
• Nunca me esqueci!
• Eu não me esqueci.

Tarefa 9: Sinalize as frases abaixo utilizando o dêitico.


• Maria conversou com Paula hoje.
• Paula conversou com Maria hoje.
• Paula conversou comigo hoje.
• Maria conversou comigo hoje.
• Paula e Maria conversaram comigo hoje.
• Eu conversei com a Paula, mas não conversei com a Maria.
• Eu conversei com a Maria, mas não conversei com a Paula.
• Eu quero conversar com a Maria, mas ela não quer conversar comigo.
• Paula quer conversar comigo, mas eu não quero conversar com ela.
• Maria quer conversar com Paula, mas Paula não quer conversar com Maria.
• Paula e Maria querem conversar comigo, mas eu não quero conversar com elas.
• Paula conversou com Maria, e esta última conversou com o seu pai.
• O pai da Maria foi conversar com a Paula. Então a Paula veio conversar comigo, e eu fui conversar com
o pai da Maria.
• O pai da Maria conversou com o pai da Paula. O pai da Paula conversou com o Luis, e então o Luis veio
conversar comigo, mas eu não quero conversar com ele.

Tarefa 10: Produza em Libras as frases abaixo.


• Cultura significa um conjunto complexo de moral, leis, crença, conhecimento e língua.
• A cultura é transmitida, naturalmente, por meio das interações sociais.
• A cultura é transmitida de geração a geração.
• A cultura surda não é transmitida de geração em geração. O surdo precisa ir à comunidade surda para
ter acesso à cultura.

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Tarefa 11: A cultura surda é composta por diferentes manifestações. Sinalize cada um dos itens
abaixo.
a) Fernanda Machado é uma das mais famosas poetisas surdas do Brasil. Ela faz poesia com qualquer tema
cotidiano.
b) Quando traduzimos uma literatura clássica do português para Libras, estamos acessibilizando a leitura
para surdos e estamos produzindo literatura surda. No Brasil alguns contos de Machado de Assis já estão
traduzidos para Libras.
c) Cacau Mourão foi, muitos anos, dançarino profissional e atuou junto com Carlinhos de Jesus. Ele chegou
a ministrar aulas de dança de salão. A dança surda se dá pela vibração e movimentos corporais.
d) As piadas de surdos, normalmente, têm temas que envolvem sátiras contra ouvintes e exaltação da
surdez.
e) A língua de sinais é repleta de gírias da comunidade surda. Gírias são termos “intraduzíveis” para outra
língua.
f) A pintura e as artes plásticas também são manifestações culturais de surdos.

Tarefa 12: No seio da comunidade surda, observamos que as conversas giram em torno do pas-
sado dos surdos. O que você sabe sobre o passado da comunidade surda? Conte a história dos
surdos, grave um vídeo e entregue ao professor.

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LIÇÃO 10: Closed caption
OBJETIVO DA UNIDADE: Ao final desta unidade, o aluno precisará estar apto para fazer um diálogo em Libras
utilizando processo anafórico.

Tarefa 1: Leia o texto abaixo.

Closed caption

Existe um ditado popular que diz: “Longe dos olhos, longe do coração”. Na verdade, isso quer
dizer que aquilo do qual não temos conhecimento não nos afeta. Não importa qual seja esse conhecimen-
to, se nós não o temos, ele não muda nada. Por isso, nos dias de hoje, é vital ter conhecimento, saber das
coisas, obter informação. Não nos esqueçamos de que estamos na chamada “Era da Informação”.
Em nossa sociedade, o meio mais rápido e acessível – ao alcance de praticamente todos os indiví-
duos – para obtenção de informação é a televisão. Em sua grade de atrações, além de programas de en-
tretenimento, as emissoras apresentam telejornais nacionais, regionais e locais, programas em que conhe-
cimentos sobre meio ambiente, sociedade, saúde, agricultura, negócios, cultura etc. são veiculados. Agora,
quando dizemos “ao alcance de praticamente todos os indivíduos”, não pensamos apenas naquelas pessoas
que não têm poder aquisitivo para comprar um televisor. Antes, pensamos nas pessoas com problemas de
audição.
Então, pessoas surdas, com perda auditiva grave, ou até mesmo idosas não podem ter acesso a
informação, conhecimento e entretenimento veiculados nas emissoras de televisão sem o apoio da função
closed caption. O termo em inglês pode ser traduzido como “legenda oculta” e diz respeito a uma função
que a maioria dos televisores possui, podendo ser acionada por uma tecla no controle remoto.
Esse recurso passou a ser disponibilizado nos Estados Unidos a partir de 1980. No Brasil, a função
demorou um pouco mais para ser empregada. Mesmo no século XXI, muitas emissoras ainda não dispõem
de closed caption em toda a programação.
Sabemos que, por não ter como ouvir, o surdo apreende o mundo a sua volta visualmente. Nesse
caso, aquilo que ele não vê fica realmente “longe do coração”, do conhecimento. Para que o surdo possa
participar ativamente da sociedade, ter uma vida autônoma, entre tantos outros benefícios que o conheci-
mento traz, é preciso que em primeiro lugar ele tenha acesso ao conhecimento, à informação e à cultura
produzidos na e pela sociedade. O closed caption, dessa forma, pode ser entendido como uma ferramenta
de acessibilidade para as pessoas com problemas de audição.
Contudo, o benefício do closed caption, se bem pensado, não se limita a uma ferramenta de aces-
sibilidade – e isso já não é pouco –, mas pode ser usada para outros fins. Por exemplo, mesmo no caso
das pessoas analfabetas (ouvintes), o uso do closed caption pode auxiliar para que eles passem a associar o
som das palavras à legenda, dando início ao aprendizado da decodificação, ou seja, identificando na palavra
escrita o som correspondente na fala. Por motivo similar, muitas escolas de educação especial em outros
países, inclusive escolas de surdo – com metodologia modificada –, têm empregado o closed caption para
complementar o aprendizado.
Além disso, em locais como aeroportos, shopping center ou quaisquer outros lugares públicos
com alto índice de ruídos, em que a televisão não pode ser ouvida, o closed caption também beneficia o pú-
blico em geral, levando informação, conhecimento e entretenimento. É preciso reconhecer a importância
dessa ferramenta, inclusive procurando requerer junto às emissoras que toda sua programação tenha tal
recurso. Ninguém gosta de viver isolado, sem informações, sem saber o que se passa na sua cidade, no seu
país, em outros países.
O que os surdos querem e precisam, com relação ao conhecimento que circula na sociedade, é
que ele esteja perto dos olhos e perto do coração, assim como todos nós.

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Tarefa 2: Sobre o texto responda em Libras:


a) Qual é o título do texto?
b) Qual é o ditado popular que aparece no texto?
c) O que este ditado popular significa?
d) Qual é o nome do momento em que estamos vivendo?
e) Qual é o meio mais rápido que temos para conseguir informações?
f) O que passa na TV?
g) Por que algumas pessoas não têm acesso à TV?
h) Closed caption é o termo em inglês. Qual é sua tradução?
i) Como funciona o closed caption?
j) Quando e onde começou o closed caption?
k) Como o surdo aprende?
l) Que outras pessoas podem se aproveitar do closed caption? Como?
m) Que outros lugares usam o closed caption para ajudar o surdo?
n) Quais os lugares públicos em que o closed caption pode ajudar?

Tarefa 3: Sobre o texto complete e produza em Libras:


a) O closed caption vincula informações da _______________ e do ________________, e então os surdos
podem ter acesso.
b) As pessoas que não ouvem podem ___________entender o que é dito na programação da TV.
c) Os surdos _________________ ter acesso ao conhecimento.
d) Os surdos têm ________________ por meio do closed caption.
e) Todos os _________________deveriam transmitir suas informações fazendo uso do closed caption.
f) Em lugares públicos, onde haja ___________________, o closed caption é um beneficio importante.
g) Os surdos podem ter acesso às informações da _________________ e sobre _____________ por meio
do closed caption.

Tarefa 4: Assista ao vídeo do glossário da lição, treine os vocabulários e responda ao professor


quando ele perguntar por meio de datilologia.

Tarefa 5: Agora treine.

Os dois sinais de FÁCIL. A intensidade para MUITO IMPORTANTE.


Os dois sinais de MAS. A intensidade para MUITO TRABALHO.
Os dois sinais de ACONTECER A intensidade para MUITO ESTUDO.
Os três sinais de NADA A intensidade para MUITO DIFÍCIL.
Os dois sinais de GOSTAR. A intensidade para MUITO BONITO.

Tarefa 6: Assista aos vídeos que aparecem e os traduza. Depois disso, sinalize cada vocabulário
para treinar.

SINAIS TRADUÇÃO PARA PORTUGUÊS

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VÍDEO 2

VÍDEO 3

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VÍDEO 4

VÍDEO 5

VÍDEO 6

VÍDEO 7

VÍDEO 8

Tarefa 7: Veja as preposições abaixo, marque as corretas e some-as no final.

05 O sinal de TAMBÉM é realizado com esta configuração de mão:


10 TODOS é um sinal cujo ponto de articulação é na testa.
15 Precisamos usar as duas mãos para produzir o sinal de PROBLEMA.
20 O sinal de NÃO GOSTAR é feito com dois sinais: NÃO e depois GOSTAR.
25 COMEÇAR é um sinal que tem duas configurações de mãos iguais.
30 TAMBÉM é um sinal que tem duas configurações de mãos diferentes.
35 SOM é um sinal produzido com duas mãos.
40 O sinal de SOM é realizado no espaço neutro.
45 O sinal de PROBLEMA é realizado com esta configuração de mão:

TOTAL: _________

Tarefa 8: Associe corretamente as palavras da primeira coluna com os sinais apresentados no


vídeo.
a) IMPORTANTE ( )
b) FORMAÇÃO ( )
c) NEGÓCIO ( )
d) COMO ( )
e) NÃO DÁ ( )
f) PIADA ( )
g) COMPRAR ( )
h) PRINCIPAL ( )
i) LEGENDA ( )
j) PESSOA ( )

Tarefa 9: Associe as colunas. Assista ao vídeo com o grupo de sinais apresentado e ordene-os
conforme indicação da legenda.
( ) CONSEGUE, FALTA, INGLÊS
( ) AINDA NÃO, LIVRE, CONHECIMENTO
( ) COMBINA, PALAVRA, ESPECIAL
( ) PROGRAMA, FÁCIL, ANOS
( ) FUNDAR, ESCUTAR, ESCREVER
( ) OCULTA, NOVO, CONTROLE REMOTO
( ) NADA, MAS, POSSÍVEL

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Tarefa 10: Sinalize o diálogo abaixo com o colega.


Aluno A: Olá. Tudo bem? Você sabe o que é closed caption?
Aluno B: Oi. Tudo bem. Sim, eu conheço. É um termo em inglês que pode ser traduzido por legenda
oculta. A maioria dos televisores tem essa função.
Aluno A: Mas, na TV da minha casa, não aparece o closed caption na hora do jornal.
Aluno B: Você precisa ativar o closed caption através do controle remoto da sua TV.
Aluna A: Ok! Vou fazer isso. Você sabe quando começou a existir o closed caption?
Aluno B: Começou em 1980 nos Estados Unidos.
Aluna A: Agora já tem closed caption em vários lugares públicos. Já vi no aeroporto e em shopping. Isso é
muito bom porque, como tem muito barulho, não dá para ouvir a TV.
Aluno B: Verdade. E quando tem closed caption em todos esses lugares, as pessoas que não sabem ler e
escrever podem ver as letras, associá-las com a fala da TV e assim podem aprender a ler.

Tarefa 11: Sinalize o diálogo abaixo sozinho, fazendo uso do processo anafórico.
Aluno A: Oi. Hoje encontrei um amigo surdo, e ele estava me falando que gosta muito do closed caption
porque o ajuda a entender o que está sendo dito na TV.
Aluno B: Eu já não gosto. A legenda é muito rápida. Não consigo entender nada.
Aluno A: Isso é ruim. E também é ruim que, quando o pessoal escreve na hora que está no ar, além de ser
rápido, aparecem muitos erros de português.
Aluno B: Eu também nem sei ler português, então a legenda não me ajuda muito. Preciso sempre enten-
der o contexto.
Aluno B: Eu quero que cada vez mais emissoras transmitam o closed caption em sua programação.

Tarefa 12: Faça o diálogo abaixo sozinho. Para isso utilize o recurso do processo anafórico, que
é a movimentação dos ombros para representar a fala de cada personagem. Grave um vídeo e
entregue ao professor.
Pessoa A: Olá. Você gosta de assistir à TV?
Pessoa B: Sim. Eu gosto porque a TV é um meio de transmissão de informação muito barato.
Pessoa A: E você utiliza o closed caption?
Pessoa B: Não sei o que é isso. Explique-me, por favor.
Pessoa A: Closed caption é a legenda que aparece na TV. Ela é importante porque as pessoas surdas
podem ter acesso às informações vinculadas. Elas têm o direito de acessar o conhecimento acumulado
pela humanidade. Esse é um recurso tão bom que algumas escolas têm usado o closed caption como um
recurso de aprendizagem para os surdos.
Pessoa B: Que legal! Obrigado pelas informações.

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