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Sponville – Apresentação da Filosofia

Comte-Sponville utiliza o referencial de Jean Paul Sartre, que já havia dito que "todos
somos responsáveis por todos" e de Dostoievsky, "somos todos responsáveis por tudo,
diante de todos".

A atitude do filósofo frente a filosofia é por-se a prova, é orientar-se no próprio pensamento, a


ideia kantiana latente do enunciado é também latente na obra de Comte-Sponville, que
acredita ser o Filosofar um “pensar por conta própria; mas só se consegue fazer isso de um
modo válido apoiando-se primeiro no pensamento dos outros, em especial dos grandes
filósofos do passado” (pag. 11) Na contramão do que entende Krisnamurti, que é a própria
revolução por meio do desprezo da história, não tendo como base a nascente, mas a própria
consciência da mente desperta, Comte apresenta uma filosofia de trabalho, leituras, e o
revisitar a história é senão um esforço de fazer nascer o filósofo, tendo o pensamento
humano uma rodagem milenar, e não fechar os olhos para o passado rico pelo mundo da
busca pela sabedoria. Sponville define a filosofia como:

1. “reflexão de saberes disponíveis”, bem por isso afirma Kant não se pode aprender
filosofia, mas apenas filosofar,
2. Dimensão Constitutiva da Existência Humana
a. Na medida que não é uma ciência, e por não possuir objeto definido, trabalha
com os objetos de ciências alheias tanto para interroga-las, coisa que a ciência
em si mesma não realiza.
3. Tem como tradição a filosofia Ocidental, ainda que reconheça a existência de outras
posições filosóficas no mundo oriental.
4. A filosofia como pressuposto pedagógico possui:
a. questionamento radical, busca da verdade global ou última.
b. Criação e utilização de conceitos
c. Reflexividade (pensamento do pensamento)
d. Meditação sobre sua própria história e da humanidade
e. Maior Coerência possível
f. Maior Racionalidade possível
g. Construção de artifícios da linguagem e do entendimento teórico como teses,
argumentos, teorias, sistemas.
h. Crítica das ilusões, dos preconceitos, das ideologias.
5. Tem como arma – Razão, Inimigos – Obscurantismo, aliados- Ciencias, objeto-o todo,
com o homem dentro, ou o homem mas no todo, finalidade-sabedoria.

Dimensões da Filosofia para Kant:

1. Que posso saber?


2. Que devo fazer?
3. O que me é permitido esperar?
4. O que é homem?
5. Como viver (pergunta prática acrescida da consequência lógicas das 4 primeiras)

A filosofia é para o homem esforço em direção à Sabedoria, esforço sempre não consumado”.
Kant traça o percurso da ideia de se pensar filosofia, somos por essências seres pensantes, e a
reflexão é um exercício individual que tende para a sabedoria, que não se alcança. Definimos a
utilidade da filosofia pelo simples expectro da felicidade vindoura? Tanto mais se pensa, tanto
mais se angustia, mesmo assim, entender a filosofia na pura compreensão de querer reflexão
não é uma fórmula imperiosa de felicidade terrena, compreender as mazelas da alma traz
consigo o desconforto. Instaura-se um conflito pela percepção da desordem, o caos, porém a
própria compreensão de tais fenômenos nos mergulha no seu contrario senso, por termos o
parâmetro da ordem, o exercício de buscar a eliminação do conflito é observar, como olhos do
espírito, as atitudes perante a desordem devem denunciar a ordem estabelecida pela reflexão
ativa, eis um pressuposto da filosofia como desnudamento do real.

Sponville traça o seu percurso na ideia de felicidade, o que se pode preestabelecer o porquê
filosofar, a busca nos limites do seu maior êxito (sabedoria, felicidade).

1º Parte - Moral

Moral – A moral é pressuposto individual, não se estabelece a moral sob a égide da coação,
“Agir moralmente é levar em conta os interesses do outro, por certo, mas, sem que os deuses
e os homens saibam”.

Moral para Sponville é o conjunto do que um indivíduo se impõe ou proíbe a si mesmo, não
para, antes de mais nada, aumentar sua felicidade ou seu bem-estar próprios, o que não
passaria de egoísmo. Nisso reside a diferença entre moral e moralismo, a moral é o olhar
individual, o moralismo é o olhar para o alheio. Os deveres dos outros é terreno do
moralizador e não de um ser moral. Dizer você tem de ser corajoso não é dar prova de
coragem, dizer você tem de ser piedoso não é dar prova de piedade. O saber de si para consigo
é o que se chama consciência, que é o único juiz, moralmente falando.

Embora a moral só valha individualmente deve ser aceita universalmente, para todo ser
humano. É esse um dos fundamentos da metafísica dos costumes, (Imperativo Categórico)
“Aja unicamente de acordo com uma máxima tal que você possa querer que ela se torne uma
lei universal.”

“É necessário um fundamento para legitimar a moral? Basta respeitar a humanidade em você


e no outro. “Se Deus não existe, tudo é permitido”, diz um personagem de Dostoiévski. Não é
verdade, crente ou não você não se permite tudo: tudo, inclusivo o pior, não seria digno de
você. Uma ação só é boa moralmente falando se não se espera nada em troca.” Não se exige
um fundamento para moral, por renunciar qualquer tipo de justificativa para ação, não se age
por fundamento, e tão pouco por recompensas. A ação moral é vislumbrada através do único
espectro possível, a dignidade humana vislumbrada por cada um. Sponville diz que a moral
funda a religião, nesse sentido, o que se espera da religião não é recompensas pela ação
moral, mas a aceitabilidade de um ente superior capaz de extrair os conflitos interiores do
homem e diminuir a angustia premente em cada indivíduo de estar no mundo, como um
fenômeno, como uma casualidade.

2º Parte – A política

A política surge na tentativa de solucionar os conflitos existentes na sociedade, dessa maneira


o seu pressuposto é a própria contradição,. É a prática social por excelência que minimiza os
choques das civilizações e das pessoas entre si. Pressupõe um poder superior a todos capaz de
fazer e aplicar o direito, organizado por leis, instituído com o fim de garantir as pessoas a
ordem e a busca pela paz. “os poderes são incontáveis; mas só podem coexistir sob a
autoridade reconhecida ou imposta do mais poderoso dentre deles”.

“O apoliticismo é ao mesmo tempo um erro e uma culpa: é ir contra seus interesses e seus
deveres, não fazer política é renunciar a uma parte do seu poder, o que é sempre perigoso,
mas também a um parte das suas responsabilidades, o que é sempre condenável.”

O ponto culminante da divergência entre a moral e a politica, está em seus limites, não se
espera que a politica seja moralmente aceita, antes disso temos a moral superior aos
interesses, só se vislumbra indivíduos, na politica há nacionalidade, raças envolvidas. O
argumento moral para fundamentar uma ação politica é falacioso, pois a busca da politica é
dos interesses de um povo.

Podemos dizer que a política pode ser solidária, mas nunca ser cunhada de generosa. Essa não
supõe interesse, aquela ao contrário necessita da organização convergente de interesses.
“Pode-se falar que a generosidade, moralmente falando, é superior, e é por isso que a
solidariedade, social e politicamente falando é mais urgente”. Ao ser solidário a ação
pressupõe também um ganho particular, já a ação generosa, é pura e simplesmente em si
mesmo, sem contrapartida, a não ser o querer agir. A exemplo da seguridade social, ou os
impostos, somos todos solidários ao paga-los, agimos de maneira organizada e convergente no
fluxos de interesses coletivos.

A vigilância faz parte do exercício de monitorar os passos dos agentes políticos, a


responsabilidade é de poder por razão fazer-los prestar contas do bem público despendido em
suas mãos.

3º Parte – Amor.

Não há interesse sem amor. “Só existe um problema filosófico verdadeiramente sério: é o
suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vivida é responder à questão fundamental
da filosofia.”
Partindo dessa máxima, a lógica que estabelecemos é que a vida que vale a pena ser vivida
tem em si um objeto amado, pois o interesse nos associa, nos liga e nos faz viver por esse
amor, mas quando não existe mais amor, ou tivermos um amor infeliz?

“A psicose depressiva ou melancólica, dirá Freud, caracteriza-se primeiro pela “perda da


capacidade de amar” – inclusive de amar a si mesmo.”

São incontáveis o objeto do amor.

Linhas do amor para a língua grega:

- Eros – o amor que falta ou que toma (Platão). “Eu te amo: tu me fazes falta, eu te quero”.

- philia – o amor que se regozija e que compartilha (Aristóteles). “Eu te amo: és a causa da
minha alegria, e isso me regozija”

- ágape – oriundo de agapan – que não tinha substantivo usual, o que deu agapé, que os
latinos traduziram para caritas. Os discípulos de jesus buscavam uma palavra diferente das
existentes para falar do amor de Deus em grego, como hoje se faria em inglês. O amor que
acolhe e dá. “Eu te amo como a mim mesmo, que não sou nada, ou quase nada, eu te amo
como Deus nos ama, se é que ele existe, eu te amo como qualquer um, ponho minha força a
serviço da tua fraqueza, minha pouca força a serviço da tua imensa fraqueza.

4º Parte – Morte

1. Mistério dos designios e caminhos da morte.


a. Morte é outra vida ou vida continuada.(Platão) Filosofias Espiritualistas ou
idealistas.
b. Não é nada, um nada estritamente. (Epicuro) Filosofias Materialistas

Pensar a morte é tentar dissolvê-la, para aqueles que sabem que vão morrer. “O homem é um
animal metafísico, é por isso que a morte, sempre, é um problema seu.

Reduzir a morte a uma inevitabilidade e naturaliza-la como imanente ao fim do homem, é


aceitação serena, como Montaigne escreve: Quero que ajam e que prolonguem os ofícios da
vida tanto quanto possível, e que a morte me encontre plantando meus repolhos, mas
despreocupado com ela, e mais ainda com o meu imperfeito jardim. Tal aceitação nos leva a
enfrentar a vida de maneira positiva, a ideia de unicidade e continuidade, não se aceita a
morte se não se pode suportar a vida, tal previsão é dizer que “Se vis vitam, para mortem” – Se
queres ser capaz de suportar a vida esteja pronto para aceitar a morte.”

5º Parte – Conhecimento

O que é o conhecimento?
Conhecer é pensar o que é, já o conhecimento é uma certa relação de conformidade de
semelhança , de adequação, entre o espírito e o mundo, entre o sujeito e o objeto.

O problema do conhecimento verdadeiro e o princípio da barbárie. “A sofística conduz ao


niilismo, assim como o niilismo leva à barbárie.”

Embora não se pode conhecer tudo e do que se conhece, não se pode ter o conhecimento
absoluto, isso não significa dizer que não há verdade, e que sua busca está fadada à uma
demonstração infiel da verdade, ou que o conhecimento adquirido na história das ciências não
evoluiu sob a parcela de conhecimento adquirido, tão certo dizer que as teorias evoluídas,
postas a prova e ao rigor científico não possam ser refutadas, pelo contrário, não são verdades
absolutas, entretanto referem-se a uma parcela do progresso dos conhecimentos.

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