RESUMO
ABSTRACT
This article aims to explain the experiences with the use of audiovisual Stop Motion animation
technique as a potential increase awareness of environmental issues. The research was conducted
with twenty students of pedagogy that, they used a technique, have to know Windows Movie
Maker software and the possibilities of integrating ICT in everyday school life. Thus, in the fourth
version of the workshop, the pedagogy students built short films with themes related to issues
treated in Environmental Education and Ethics discipline. Thus, through the analysis of
questionnaires given to the students, it was found that the workshop of stop motion provided the
collaborative construction of knowledge, critical reflection on the environmental issue, fostering
creativity and encouraging the use of information technology tools.
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Graduada em Serviço Social (UNIT); Mestranda em Educação (PPGED/UFS); Membro do Grupo de
Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental (GEPEASE). E-mail: tatianaferreira1@yahoo.com.br
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Pedagoga; Discente do Mestrado em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação, da
Universidade Federal de Sergipe; Professora do quadro permanente da Secretaria da Educação do Estado
de Sergipe; Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Ambiental (GEPEASE); E-mail:
monicamodesto1@gmail.com
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Professora no DED/UFS, professora e vice-coordenadora no PPEGD/UFS. Doutora em Educação USP e
Pós-doutora em Educação pela Universidade do Porto.
1- INTRODUÇÃO
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Para Santaella (2003) a cultura midiática evidencia a grande transformação social perante a “explosão dos
meios de reprodução técnico-industriais jornal, foto, cinema, seguida da onipresença dos meios eletrônicos
de difusão rádio e televisão” (Santaella 2003, p. 52).
denota movimento parado, apresenta em sua essência a simplicidade e a facilidade de
utiliza-la para quaisquer fins.
Neste caso, a finalidade adotada para o desenvolvimento deste artigo, partiu das
experiências de oficinas de utilização da técnica como fomento para discussão de
conteúdos da disciplina Educação e Ética Ambiental do curso de Pedagogia da
Universidade Tiradentes, ministrada pela Prof.ª Maria Inêz Oliveira Araújo. A oficina
também ganhou espaço em um evento de Educação Ambiental, a qual estiveram presentes
professores e estudantes interessados em discutir a temática ambiental.
O cerne deste trabalho, condiz com a afirmativa de que o stop motion, nas suas
mais variadas facetas, também está presente na Educação e vem facilitando na construção
de produções audiovisuais e consequentemente estimulando e disseminando ideias,
conteúdos, arte, cultura, criatividade e, sobretudo, na formação de opiniões nas mais
variadas plataformas de comunicação e compartilhamento de informação como o
facebook, youtube, instagran, blogger dentre outras redes sociais.
Além dos questionários aplicados com os alunos, apresentar-se-á sob análise desta
pesquisa, os relatórios dos trinta e dois alunos sobre a experiência da oficina em sala de
aula a fim de reforçar a afirmativa de que a técnica auxilia no processo educacional
conjecturando no fomento de ideias, estas, amplamente discutidas e debatidas entre os
alunos no processo de confecção dos curtas-metragens através da utilização do stop
motion juntamente com u uso das TIC.
De acordo com Morris (2008), segundo a visão de Sartre, a ilusão de ótica consiste
“em uma ocasião pragmática para fazer a distinção aparência/realidade”. (Morris 208, p.
62). Neste sentido, Moletta (2014) afirma que o efeito de movimento causado pela ilusão
de ótica, acontece quando: “imagens sequenciais mudam mais de 12 vezes por segundo,
nosso cérebro não percebe a mudança e passamos a ver as imagens num movimento
contínuo.” (MOLETTA 2014, cap.1).
Portanto, o stop motion surgiu pela primeira vez através de truques de “mágica”.
Entre a ilusão da aparência e da realidade, foi em 1986, que o mágico e cineasta francês
“Georges Mélies passa a utilizar a técnica como uma nova tecnologia de imagens em
movimento, desenvolvendo primeiras técnicas de efeitos especiais.” (CAMPACCI 2011,
p.188).
Com o passar dos anos, a técnica foi aperfeiçoada e utilizada de diferentes modos.
Há autores que a distinguem de outras técnicas, Pixilation, por exemplo, é a técnica de
tiragem de fotografias muito similar ao stop motion, o que a difere é que o objeto a ser
movido e fotografado são pessoas e não bonecos, desenhos ou objetos estáticos.
(MOLETTA 2014, cap.1).
Shaw (2012) entende que a animação através do stop motion independe de mídia,
seja um desenho no papel, massinha de modelar, ou na manipulação de caixas de fósforo,
até as animações desenvolvidas em computador. Para a autora, a técnica permite o
aperfeiçoamento e a flexibilidade, possibilitando que cada profissional crie técnicas
distintas para produzir a animação.
Está claro até aqui o significado do stop motion, história, algumas curiosidades e
o passo à passo de como compor uma animação simples utilizando a técnica. Neste
capítulo relacionaremos o uso da técnica juntamente com as TIC, na facilitação e no
entremear de conteúdo, possibilitando a formação de opiniões no processo ensino-
aprendizagem.
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De acordo com a Microsoft (2013), o movie maker é um software de edição de vídeo e áudio que
permite adicionar fotos e cenas da câmera ou computador para o software rapidamente.
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“O Google Glass é um acessório em forma de óculos que possibilita a interação dos usuários com
diversos conteúdos em realidade aumentada.” (TECMUNDO 2015)
uma vez que já foi ultrapassada por outro produto que apresentam funções similares ao
anterior, contudo, dispõe de uma ferramenta que não existia no outro modelo. O
hibridismo, por exemplo, a tecnologia de telecomunicações não está mais restrito ao
telefone, mas sim ao tablete smartfone que está incorporada à uma câmera fotográfica,
filmadora, som, GPS, e tantas outras funções em um único aparelho.
Sobre a era do hibridismo Santaella (2003) define como “mídias digitais com suas
formas de multimídia interativa que estão sendo celebradas por sua capacidade de gerar
sentidos voláteis e polissêmicos que envolvem participação ativa do usuário”
(SANTAELLA 2003, p.146).
No que concerne ao uso das TIC na Educação, para Almeida, é necessário que as
TIC estejam presentes no currículo no intuito de fortalecer a sua utilização juntamente
com os conteúdos didáticos no processo ensino-aprendizagem:
No entanto, a proposta para o uso do stop motion atrelado ao uso das TIC podem
ultrapassar as barreiras e obstáculos do cotidiano da vida escolar. É possível o uso de
aparelhos celulares com máquinas fotográficas, aproveitando a era do hibridismo. Na
ausência de um tripé é possível fixar o celular em uma cadeira, já o cenário, é possível
monta-lo com duas folhas de papel, uma na vertical e outra na horizontal (figura 1). Os
personagens podem ser montados com massinha, folhas de papel ou qualquer material
disponível. Sendo assim, os desafios podem se tornar pequenos comparados à criatividade
e a imaginação dos alunos e dos professores.
Figura 1 – Alunos do curso de Pedagogia construindo animação audiovisual.
Fonte: Arquivo pessoal.
Neste capítulo serão apresentados os relatos dos alunos de Pedagogia sobre o uso
do stop motion na construção de animações na disciplina Educação e Ética Ambiental do
curso de Pedagogia diurno, ministrada pela prof.ª Maria Inêz Oliveira Araújo, na
Universidade Federal de Sergipe.
Os relatos foram resultados de relatórios solicitados aos trinta e dois alunos como
medida de avaliação da atividade perante à disciplina, da qual a discente Tatiana Ferreira
dos Santos realizou estágio docente sob orientação da prof.ª Maria Inêz Oliveira Araújo.
Na oportunidade, foram desenvolvidos algumas oficinas, dentre elas, a oficina stop
motion.
Foram aplicados, também, vinte questionários em uma turma de Pedagogia do
curso noturno, sobre o uso da técnica no construto de animações audiovisuais com os
temas apresentados e discutidos em aula na disciplina Educação e Ética Ambiental.
Já o grupo 5 definiu como tema central “devemos cuidar da natureza para que ela
cuide da gente”. Na história, os personagens que compõem uma família cuidam de um
jardim com ervas medicinais e plantas diversas. No entanto, o enredo ganha suspense
quando um filho da família joga lixo no jardim, o tempo passa e a jovem criança começa
a sentir dores de barriga e pede cuidados à mãe. Logo, a matriarca retira erva cidreira do
jardim e ensina ao filho a importância de manter o respeito com a natureza.
De acordo com a avaliação dos alunos da turma de Pedagogia diurna, foi possível
visualizar os pontos positivos e negativos da utilização da técnica para se trabalhar os
conteúdos da disciplina, em especial as visitas realizadas. Dentre os relatos, grande parte
avaliou como positiva a utilização da técnica para fixação do conteúdo e formação de
opinião.
“[...] o stop motion é uma atividade que eu não conhecia de perto e através da
matéria pude conhecer, e gostei muito, e os grupos conseguiram transmitir o que queria
saber sobre o cheirinho de mato e a serra de Itabaiana.” (A 1)
Ao questionar sobre a dinâmica do stop motion traz relevância para trabalhar sobre
as questões ambientais, todos afirmaram que sim. Na justificativa, 19% afirmaram que a
criação do cenário e histórias foi relevante, 19% elencaram que a técnica proporcionou
conscientização e reflexão acerca das questões ambientais, 14% destacaram que
dependendo do tema, roteiro e ideia a dinâmica traz diversas contribuições. Já 33% alunos
afirmaram que a técnica é uma forma de discutir as questões ambientais, apenas 5% aluno
destacou o momento de interação que a oficina proporciona entre os envolvidos e 10%
informaram que a técnica é capaz de relacionar os conteúdos trabalhados em aula.
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS
6- REFERÊNCIAS
MOLETTA, Alex. Fazendo cinema na escola: arte audiovisual dentro e fora da sala
de aula. - .1 ed. – São Paulo: Summus, 2014. Recurso digital.