TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
aquilo.
• Emprego de substantivos
Com frequência, as formas sintéticas de aumentativo e diminutivo
indicam valor semântico pejorativo: mulherzinha; livreco, sabichão etc.
[...]
• Emprego de artigos
1) Ambos
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior,
caso este admita o seu uso.
2) Todos
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento
posterior, caso este admita o seu uso.
Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores.
Todas as leis devem ser cumpridas.
Todos vocês estão suspensos.
3) Todo
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar
integralidade do que é considerado, totalidade daquilo que é
mencionado; não se usa para indicar generalização.
[...]
No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os
requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do
25 requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos
legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo
universal.
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
[...]
Para um número crescente de pessoas em todo o
mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como
28 relativamente fixa e determinada. [...]
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4) Cujo
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo.
[...]
[...]
[...]
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• Emprego de adjetivos
Destacarei dois fatos importantes quanto ao emprego deles. O
primeiro é que também atingimos o grau superlativo (elevação ou redução da
qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de outro
ser) com a repetição do adjetivo:
Ex.: O filme foi muito lindo.
O final do filme foi lindo, lindo.
• Emprego de pronomes
2. Pronomes de tratamento
• Particularidades
3. Pronomes possessivos
Meu(s), minha(s),
Primeira pessoa
Ex.: Eu trouxe meu caderno. nosso(s), nossa(s)
Tu trouxeste tuas canetas. Teu(s), tua(s),
Segunda pessoa
vosso(s), vossa(s)
Terceira pessoa Seu(s), sua(s)
4. Pronomes demonstrativos
Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,
situando-os no tempo e no espaço.
• Casos Especiais
[...]
16 o triunfo de uma moral tecida de perplexidade. As execuções
acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas:
há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada como
19 um progresso: os povos civilizados não executam seus
condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um
corolário da incerteza ética de nossa cultura.
[...]
5. Pronomes indefinidos
São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado. Alguns
podem flexionar-se em gênero e número.
• Casos Particulares
b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor
positivo, exprime possibilidade.
Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem valor negativo, expressa
impossibilidade.
6. Pronomes relativos
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
Casos de Ênclise
Estamos a contemplá-la.
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• Advérbios
Referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo,
acrescentando-lhes informações circunstanciais, acessórias.
Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou” e indica
quando a ação verbal se realizou)
Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”,
intensificando o modo indicado pelo advérbio)
Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”,
adicionando-lhe valor semântico intensificador)
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre
o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos”
(l.7).
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e
a “técnica” (l.15).
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se
a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13.
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos
para a expressão “por meio”.
(E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à
preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e a
coerência do texto.
novo.) ou advérbio (Eu vim de lá.). A preposição serve para conectar o termo
anterior e o posterior; sem ela, a locução perde sua característica.
Alternativa B: a coerência estaria preservada, mas a correção
gramatical não. A troca da preposição “para” por a faz surgir a crase (fusão da
preposição com o artigo “a”), que deve ser indicada por meio do acento grave:
à.
Alternativa C: são equivalentes a locução prepositiva por
meio de, a preposição acidental “mediante” e o vocábulo pela (contração da
preposição per com o artigo a), todos denotam circunstância de instrumento.
A preposição mediante não se aglutina com artigo,
diferentemente da preposição per. Por isso a forma é "mediante a elevação...,
[mediante] a redução... [mediante] o aumento de investimentos...". Não há
necessidade de repetir a preposição.
Vamos trocar "mediante" por per, que se aglutina com
artigo: "pela elevação..., a redução... o aumento de investimentos...". Assim
como não houve necessidade de repetir a preposição "mediante", não há a
obrigatoriedade de repetir o vocábulo per.
Alternativa D: o caso aqui é semelhante ao da alternativa A.
a preposição “de” conecta o substantivo “condição” ao seu complemento: “de
que esta seja”. A ausência dela prejudica a correção gramatical e afeta o
sentido original do texto. Note ainda que o vocábulo “que” é, primeiramente,
conjunção integrante; depois, passa a ser pronome relativo.
Resposta – C
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho.
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações).
[...]
[...]
[...]
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• Conjunções
Unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse
papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente
equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração
principal a uma oração que lhe é subordinada.
Note que as preposições, ao conectarem termos de uma mesma
oração, estabelecem entre eles um vínculo de subordinação. Já as conjunções,
um vínculo de coordenação.
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou
comparativas
do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do
mesmo modo que), o mesmo que (= como)
se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=
condicionais
se não), a não ser que, a menos que, dado que.
finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que
[...] A ideologia
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade,
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior
produtividade quando seus resultados forem distribuídos
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema
produtivo. [...]
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet:
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações)
Comentário – O “que” (l. 7-8) é conjunção integrante. Note que ele introduz
orações que funcionam como objeto direto dos verbos mostrar e admitir.
Isso nada tem a ver com a substituição proposta pelo examinador, que focaliza
pronome relativo. A razão do problema causado pela troca é outra.
O conjunto “no qual” (l. 9) é composto pela preposição em e
pelo pronome relativo o qual. A preposição é obrigatória porque introduz o
advérbio de lugar “um ponto em sua carreira”, expresso na oração anterior e
representado pelo pronome no segmento subsequente: não consegue mais
progredir em um ponto em sua carreira (= “no qual”). Substituir “no qual” por
“que”, sem a presença da preposição “em”, prejudica a correção gramatical.
Além disso, a coerência textual também sofre, observe:
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as
ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a
13 quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças
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• Verbos
a) FLEXÕES VERBAIS
Voz
1. ATIVA indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.
Ex.: Cabral descobriu o Brasil.
2. PASSIVA indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.).
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações).
[...]
10 A declaração não previu que o desenvolvimento
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. Talvez fosse o caso de se afirmar,
[...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
[...]
que fragiliza e subordina economias nacionais. Não é
admissível que grupos privados transnacionais — não mais do
19 que três centenas —, com negócios que vão do setor produtivo
industrial ao setor financeiro, passando pela publicidade e pelas
comunicações, sejam, na verdade, o verdadeiro governo do
22 mundo, hegemonizando governos e nações, derrubando
restrições alfandegárias, impondo seus interesses particulares.
[...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
Número e Pessoa
1ª 2ª 3ª
singular eu tu ele/ela
plural nós vós eles/elas
[...]
Modo e Tempo
perfeito (tive)
pretérito imperfeito (tinha)
indicativo
mais-que-perf. (tivera)
do presente (terei)
futuro
do pretérito (teria)
presente (tenha)
subjuntivo pretérito imperfeito (tivesse)
futuro (tiver)
2. fato permanente
Ex.: O sol aquece a Terra.
3. fato habitual.
Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina
intensamente.
ATENÇÃO! Esses dois últmos casos têm surgido com frequência em provas.
Mais à frente, resolveremos uma qustão semelhante. Recomendo bastante
atenção a eles.
d) CORRELAÇÃO VERBAL
(A) O vocábulo “se” (L.3) indica, no texto, uma condição para o trabalho;
nesse caso específico, essa condição é deixar de ver o filho nascer ou
crescer.
(B) Na oração “Outro aspecto aterrador aparece” (L.5), a palavra “Outro”
indica que um aspecto considerado aterrador — o fato de as pessoas
acharem que é importante fazer alguma coisa — já foi mencionado
anteriormente.
(C) Na linha 6, o vocábulo “para”, em ambas as ocorrências, pertence à
mesma classe de palavras.
(D) Seriam mantidos a correção gramatical do texto e o seu sentido original
se o trecho “tanto no nível pessoal como no profissional” (L.12-13) fosse
reescrito como tanto a nível de pessoa como a nível de trabalho.
(E) No final do primeiro parágrafo, está implícita a palavra nível antes do
termo “profissional”.
Albert Iglésia
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No Brasil, só é considerado eleitor quem preencher os
requisitos da nacionalidade, idade e capacidade, além do
25 requisito formal do alistamento eleitoral. Todos requisitos
legítimos e que não tornam inapropriado o uso do adjetivo
universal.
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Para um número crescente de pessoas em todo o
mundo, a vida deixou de ser vivida como destino — como
28 relativamente fixa e determinada. [...]
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[...]
16 o triunfo de uma moral tecida de perplexidade. As execuções
acontecem em lugares fechados, diante de poucas testemunhas:
há uma espécie de vergonha. Essa discrição é apresentada como
19 um progresso: os povos civilizados não executam seus
condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um
corolário da incerteza ética de nossa cultura.
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação entre
o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de conhecimentos”
(l.7).
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) e
a “técnica” (l.15).
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) referem-se
a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13.
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois complementos
para a expressão “por meio”.
[...]
[...]
[...]
[...] A ideologia
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade,
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior
produtividade quando seus resultados forem distribuídos
[...]
[...]
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[...]
outros na manutenção do status quo. É crucial, pois, que as
ações afirmativas, mecanismo jurídico concebido com vistas a
13 quebrar essa dinâmica perversa, sofram o influxo dessas forças
contrapostas e atraiam considerável resistência, sobretudo da
parte dos que historicamente se beneficiaram da exclusão dos
16 grupos socialmente fragilizados.
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).
[...]
10 A declaração não previu que o desenvolvimento
capitalista chegasse à sua atual etapa de globalização e de
capitais voláteis, especulativos, que, sem controle, entram e
13 saem de diferentes países, gerando instabilidade permanente
nas economias periféricas. Talvez fosse o caso de se afirmar,
[...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
[...]
que fragiliza e subordina economias nacionais. Não é
admissível que grupos privados transnacionais — não mais do
19 que três centenas —, com negócios que vão do setor produtivo
industrial ao setor financeiro, passando pela publicidade e pelas
comunicações, sejam, na verdade, o verdadeiro governo do
22 mundo, hegemonizando governos e nações, derrubando
restrições alfandegárias, impondo seus interesses particulares.
[...]
Francisco Alencar. Para humanizar o bicho homem. In: Francisco Alencar (Org.).
Direitos mais humanos. Brasília: Garamond, 2006. p. 17-31 (com adaptações).
[...]
(A) O vocábulo “se” (L.3) indica, no texto, uma condição para o trabalho;
nesse caso específico, essa condição é deixar de ver o filho nascer ou
crescer.
(B) Na oração “Outro aspecto aterrador aparece” (L.5), a palavra “Outro”
indica que um aspecto considerado aterrador — o fato de as pessoas
acharem que é importante fazer alguma coisa — já foi mencionado
anteriormente.
(C) Na linha 6, o vocábulo “para”, em ambas as ocorrências, pertence à
mesma classe de palavras.
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que estaria implícita caso tivesse sido empregada a locução verbal Venho
morrendo.