TEORIA E EXERCÍCIOS
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA
Regência Nominal
PREP.
PREP. (de + a)
PREP.
Atenção especial deve ser dada aos nomes que regem preposição
A, por possibilitarem a ocorrência de crase.
[...]
Então, o estudo classifica essa drástica redução na
43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às
atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente,
impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica.
[...]
Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,
26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).
[...]
legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito
além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem
25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida
social, incluída a capacidade intelectual necessária para
conceber as normas adequadas à vida coletiva.
Rolf Kuntz. Um clássico sobre Rousseau.
In: Jornal de Resenhas, n.º 10 (com adaptações).
[...]
1
FERNANDES, Francisco, 1980, Dicionário de regimes substantivos e adjetivos, Porto Alegre, Editora Globo.
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[...]
Dica legal!
Fique de olho nos pronomes relativos (“o qual”, neste caso). Após eles,
a preposição exigida por um verbo ou nome é quase sempre colocada antes
desses pronomes.
Como você está indo até agora? Caso não tenha entendido alguma
explicação, sugiro que volte a ela imediatamente. Não prossiga sem que as
dúvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tópico sobre regência
verbal (faremos isso nas próximas linhas), é recomendável que você esteja
seguro em relação ao que acabamos de estudar. Outras informações serão
acrescentadas. Não deixe que as dúvidas se acumulem.
Regência Verbal
[...]
4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa
parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o
[...]
[...]
[...]
Comentário – Não, não é isso. O termo “do poder” subordina-se, por meio da
preposição, ao verbo “proteger” (l. 4), o qual é bitransitivo. Eis a ideia:
proteger o cidadão (objeto direto) de quê? Protegê-lo do poder (objeto
indireto).
Resposta – Item errado.
ASPIRAR
a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.
b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturário aspira ao cargo de
gerente.
CHAMAR
a) VTD = convocar, solicitar a presença: Chamei o professor.
b) VTI (prep. POR) = invocar, pedir ajuda: Chamei por Deus.
c) VTD ou VTI = qualificar, nomear, apelidar: Chamei-o patriota (de
patriota) // Chamei-lhe patriota (de patriota). – a preposição que
acompanha o predicativo do objeto é facultativa.
[...]
(“metafísica dos costumes”) funciona como predicativo desse objeto, quer com
preposição, quer sem.
Resposta – Item errado.
CUSTAR
a) VTI (conjugado na 3ª pessoa) = ser difícil, ser penoso: Custou-me
entender este assunto.
b) VTDI = acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas.
c) VI = estabelecer preço: Este rádio custou vinte reais.
IMPLICAR
a) VTD = acarretar, trazer conseqüência: Teu nervosismo implicou a tua
reprovação.
b) VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu irmão.
c) VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situações delicadas.
INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR
a) VTDI: Informei a prova ao aluno. Informei o aluno da (de + a) prova.
PREFERIR
a) VTDI (seu complemento indireto é regido pela preposição A): Prefiro
cinema a televisão. Prefiro o cinema à (a + a) televisão. (CERTO). Prefiro
mais cinema do (de + o) que televisão. (ERRADO).
Obs.: O significado de PREFERIR não admite gradações (mais... que; menos...
que; tanto... quanto). Além disso, a preposição que rege seu complemento
indireto é, obrigatoriamente, A.
VISAR
a) VTD = mirar, ver: O caçador visou o tigre.
b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.
c) VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da
linguagem.
MORAR/RESIDIR/SITUAR
a) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (CERTO) / Ela
reside à (a + a) rua Dr. Nilo Peçanha. (ERRADO)
OBEDECER/DESOBEDECER
a) VTI (prep. A): Obedeço a meu pai. Não desobedeça a seus pais.
Crase
Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome,
seja verbo) exigir preposição A e o termo regido vier determinado pelo artigo
feminino A(S), a crase surgirá e deverá ser indicada pelo acento grave (`),
como no exemplo acima. Analise estas questões de prova:
[...]
[...]
Comentário – Sim. Esta foi só para confirmar o que ensinei acima sobre a
relação entre o termo regente (“Sujeitado”) e o termo regido (a residência
forçada. Quem se sujeita se sujeita a [preposição] alguma coisa. Residência é
palavra feminina que admite o artigo definido feminino a.
Resposta – Item certo.
xepa” por outros masculinos (não precisa haver relação semântica entre os
termos substitutos e substituídos): “chegou ao auditório”; “referência ao
mercado”. Eis a regrinha de ouro: se usamos ao(s) para o masculino, usamos
à(s) para o gênero feminino.
Resposta – Item errado.
Comentário – A história pode até ter comovido você, mas não expressa a
verdade. O verbo é transitivo indireto e requer a preposição A para reger seu
objeto indireto: tenderá a + a aceleração. Basta trocar o substantivo feminino
“aceleração” por um masculino para comprovar o uso do artigo: tenderá ao
aumento.
Pessoalmente, acredito que a banca quis confundir os
candidatos com a regência do verbo atender. Este pode ser usado como
transitivo direto ou indireto: atendeu aos/os anseios dos alunos. Nesse caso,
crase seria facultativa.
Resposta – Item errado.
[...]
[...]
Dica legal!
Troque a palavra feminina por uma do gênero masculino para notar a
presença do artigo: obediência ao delegado. Se usamos ao(s) para o
masculino, devemos usar à(s) para o feminino.
[...]
do país. Já existia o Patronato Agrícola, ligado à Secretaria de
7 Agricultura, o qual se ocupava de tais questões. À época,
[...]
Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações).
[...]
país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de
Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma
22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos,
semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia.
André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
2. Antes de verbo.
(39) Começou a chover.
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações).
[...]
19 pessoais. Segundo José Afonso da Silva, considera-se, pois,
universal o sufrágio quando se outorga o direito de votar a
todos os nacionais de um país, sem restrições derivadas de
22 condições de nascimento, de fortuna ou de capacidade especial.
[...]
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
Você deve comparar este exemplo com o (26), que traz uma
locução adverbial feminina e constitui-se em caso obrigatório de crase.
[...]
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Comentário – Se você está sentindo falta do texto, digo que ele não é
necessário aqui. Acabei de dizer que a crase não ocorre antes do
demonstrativo essa(s). Mas vamos retirar esse pronome do trecho indicado,
conforme sugere a banca: a intervenções externas. Então, você acha mesmo
que a mudança provocaria a necessidade do uso do acento indicativo de crase?
É claro que não! A crase não ocorre na estrutura SINGULAR + PLURAL
(a intervenções). Na dúvida, volte ao ponto 7, exemplo (46).
Comentário – Questão fácil, fácil, não é mesmo? Você nem precisa do texto,
certo? Repita-se a regra: antes dos pronomes demonstrativos ESTA(S),
ESSA(S), é proibido o uso do acento indicativo de crase.
Resposta – Item errado.
[...]
16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata
erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez
[...]
Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In:
Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações).
[...]
Deparamo-nos com situações de risco que ninguém
teve de enfrentar na história passada — das quais o
28 aquecimento global é apenas uma. Muitos de novos riscos e
incertezas nos afetam onde quer que vivamos, não importa
quão privilegiados ou carentes sejamos. Eles estão
31 inextricavelmente ligados à globalização. A ciência e a
tecnologia tornaram-se elas próprias globalizadas.
Anthony Giddens. Mundo em descontrole. Rio de
Janeiro: Record, 2005, p. 13-4 (com adaptações).
Albert Iglésia
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Então, o estudo classifica essa drástica redução na
43 intensidade das emissões de gás carbônico relacionadas às
atividades econômicas de “sem precedente e, provavelmente,
impossível”, reforçando a defesa da estagnação econômica.
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legislar, de julgar e de impor o cumprimento da lei. Foi muito
além de seus antecessores e rejeitou, na construção da imagem
25 do homem natural, todas as determinações atribuíveis à vida
[...]
[...]
[...]
4 A palavra “projeto” remete-se à antecipação e, em boa
parte, ao voluntarismo. Não se trata unicamente de prever o
futuro e, sim, de mudar o seu rumo em consequência de um
7 conjunto de valores e de necessidades. [...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
[...]
do país. Já existia o Patronato Agrícola, ligado à Secretaria de
7 Agricultura, o qual se ocupava de tais questões. À época,
[...]
Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações).
[...]
país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de
Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma
22 legislação específica para punir os delitos eletrônicos,
semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia.
André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).
[...]
34 O fenomenal crescimento da economia mundial no
decorrer dos dois últimos séculos, baseado no uso das energias
fósseis, provocou um aquecimento global de consequências
37 deletérias e, em parte, irreversíveis. Seria, no entanto, um erro
considerar que o clima é a bola da vez e as urgências sociais
podem esperar. Em 2007, existiam, no Brasil, 10,7 milhões de
40 indigentes e 46,3 milhões de pobres. E, enquanto os latifúndios
de mais de mil hectares — 3% do total das propriedades rurais
do Brasil — ocupam 57% das terras agriculturáveis,
43 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera do chão para
plantar.
[...]
[...]
19 pessoais. Segundo José Afonso da Silva, considera-se, pois,
universal o sufrágio quando se outorga o direito de votar a
todos os nacionais de um país, sem restrições derivadas de
22 condições de nascimento, de fortuna ou de capacidade especial.
[...]
Internet: <http://jus.com.br> (com adaptações).
[...]
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16 informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata
erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez
[...]
Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In:
[...]
Deparamo-nos com situações de risco que ninguém
teve de enfrentar na história passada — das quais o
28 aquecimento global é apenas uma. Muitos de novos riscos e
incertezas nos afetam onde quer que vivamos, não importa
quão privilegiados ou carentes sejamos. Eles estão
31 inextricavelmente ligados à globalização. A ciência e a
tecnologia tornaram-se elas próprias globalizadas.
Anthony Giddens. Mundo em descontrole. Rio de
Janeiro: Record, 2005, p. 13-4 (com adaptações).