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Linfadenopatia aguda em crianças e adolescentes
1. INTRODUÇÃO
O aumento de linfonodos é comum no exame físico de crianças e pode ser fonte de ansiedade
para os pais devido à associação com malignidade. No entanto, uma ampla gama de processos
patológicos pode estar envolvida, sendo as infecções sua principal causa. Crianças mais novas
geralmente apresentam linfonodos maiores que adultos e crianças mais velhas por serem
constantemente expostas a novos antígenos, incitando respostas imunes. São considerados normais:
linfonodos de até 1 cm de diâmetro nas regiões axilar e cervical, até 1,5 cm de diâmetro na região
inguinal e até 0,5 cm na região epitroclear.
2. DIAGNÓSTICO
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sintomas sugestivos de infecção e/ou doença sistêmica, bem como características do linfonodo
acometido (localização, tamanho, consistência, mobilidade/ fixação, sensibilidade, evolução/ velocidade
de crescimento). Outros fatores que devem ser interrogados incluem: contactantes, exposição a
animais, histórico de viagem recente e uso de medicamentos. No exame físico, atentar para sinais de
doença constitucional (perda de peso/baixo ganho pôndero-estatural); em casos de linfadenopatia
localizada é importante examinar as áreas de drenagem, o que muitas vezes auxilia na identificação do
foco infeccioso primário (Tabela 1).
A abordagem diagnóstica pode variar desde observação e seguimento clínico até realização de
exames diagnósticos abrangentes com condutas médicas e cirúrgicas agressivas, dependendo dos
achados na história e exame físico. O ritmo da abordagem será ditado por quão doente o paciente se
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PRATICA MEDICA ASSISTENCIAL MEDICO Aprovado
Código Legado Código do Documento Versão Data Criação Data Revisão
DI.ASS.147.2 2 19/02/2016 23/08/2017
Elaborador Revisor Parecerista Aprovado por Data Aprovação
Elda Maria Stafuzza Elda Maria Stafuzza Jose Leao de 23/08/2017
Gonçalves Pires Gonçalves Pires Souza Junior |
Mauro Dirlando
Conte de Oliveira
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encontra, não sendo necessário identificar a etiologia subjacente em todos os pacientes, dado que a
maioria dos casos é benigna e autolimitada.
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como massas cervicais congênitas ou parotidite, por exemplo). Se o paciente estiver com sintomas
graves (mal estado geral, séptico, com sinais flogísticos e sinais de complicações locais decorrentes do
tamanho do linfinodo, ou sinais de compressão), é sugerida a coleta de hemograma, provas
inflamatórias (PCR/VHS), hemocultura e cultura da secreção se indicada drenagem. A realização de
ultrassom pode ser útil na avaliação da presença/extensão de abscesso, se não houver ponto de
flutuação evidente ao exame físico. A tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética
podem ser necessárias para maiores detalhes anatômicos (antes de procedimento cirúrgico, avaliar
infecção em espaço profundo do pescoço ou abscesso retrofaríngeo), não devendo ser realizadas de
rotina.
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A avaliação inicial deve incluir hemograma completo, provas inflamatórias (PCR e VHS), DHL e
radiografia de tórax. Adenopatia hilar pode indicar sarcoidose, tuberculose ou linfoma de Hodgkin;
massa mediastinal pode indicar linfoma ou outras malignidades, dependendo da sua localização.
Uma vez descartado quadro de urgência, o seguimento da investigação pode ser feito de forma
ambulatorial. Considerar a realização de sorologias virais (CMV, EBV e outras doenças virais de acordo
com história e exame físico). Exames subsequentes adicionais podem ser indicados caso o diagnóstico
permaneça incerto, porém são de pouca utilidade na ausência de indicação específica (outras
sorologias virais, fúngicas ou anticorpo antinuclear). Caso o diagnóstico permaneça incerto, a biópsia do
linfonodo anormal deverá ser realizada. Biópsia ou aspirado de medula óssea podem ser necessários
em pacientes com citopenias e sorologias virais negativas.
3. TRATAMENTO
O tratamento será direcionado de acordo com a etiologia. Não se deve utilizar glicocorticóides
até que um diagnóstico definitivo seja firmado, dado que esse medicamento poderá mascarar e atrasar
o diagnóstico de leucemia e linfomas.
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(Tabela 2), com reavaliação ambulatorial em 48-72 horas. Se sintomas graves, considerar internação
com antibioticoterapia parenteral. Se falha de tratamento (má resposta após 48-72 horas de antibiótico
adequado), considerar internação, com drenagem/excisão do linfonodo infectado, bem como ampliar
espectro de antibiótico (possibilidade de Staphylococcus aureus meticilino-resistente).
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Tabela 3 - Tratamento da Doença da arranhadura do gato
Droga Dose Posologia Via Duração
Azitromicina (40mg/ml) 10 mg/kg/dia (1º dia) 1x/dia VO 5 dias
4. FLUXOGRAMA
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5. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Núcleo de Protocolos da Pediatria UPA (à época da discussão): Adriana Vada Souza Ferreira, Anna
Julia Sapienza, Cristina Quagio Grassiotto, Edwin Adolfo Silva Tito, Elda Maria Stafuzza Gonçalves
Pires, Fábio Pereira Muchão, Fausto Yoshio Matsumoto, Fernanda Viveiros Moreira de Sá.
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LINFADENITE REACIONAL
Sobre o tratamento
Persistência e/ou piora dos sintomas da doença que causou o aumento dos linfonodos;
Piora do estado geral, sinais de desidratação (baixa ingestão de líquidos, diminuição da diurese),
piora do padrão respiratório ou manchas pelo corpo.
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ADENITE BACTERIANA
Sobre o tratamento
O tratamento envolve o uso de antibiótico para combater a infecção no linfonodo, bem como
sintomáticos para controle de dor e febre. A melhora deverá ser notada em 2-3 dias, porém a resolução
completa pode levar algumas semanas. Pacientes com sintomas leves a moderados podem ser
tratados em casa com reavaliação ambulatorial em 48-72 horas. Alguns casos podem complicar com
formação de abscesso, podendo ser necessária intervenção cirúrgica.
Ausência de melhora ou piora dos sintomas 48-72 horas após início do antibiótico (persistência/
reaparecimento da febre, dor, aumento/ não diminuição do tamanho do linfonodo);
Piora do estado geral, sinais de desidratação (baixa ingestão de líquidos, diminuição da diurese),
piora do padrão respiratório ou manchas pelo corpo.
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RESUMO
Descrição em forma de resumo para acesso em meios alternativos de conectividade como tablets ou celulares
ANEXOS
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