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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


CURSO DE HISTÓRIA

DESAFIO PROFISSIONAL

Disciplinas norteadoras: História do Brasil Colonial, Historiografia, História da Arte,


História da América Colonial, Direitos Humanos E História Antiga.

NOME: Gislaine Silva de Negreiros Ribeiro

RA: 2586672392

Ribeirão Preto - maio /2017


UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE HISTÓRIA

DESAFIO PROFISSIONAL

Disciplinas norteadoras: História do Brasil Colonial, Historiografia, História da Arte,


História da América Colonial, Direitos Humanos E História Antiga.

Desafio Profissional das


disciplinas: História do Brasil
Colonial, Historiografia, História
da Arte, História da América
Colonial, Direitos Humanos E
História Antiga. Universidade
Anhanguera – UNIDERP,
apresentado como requisito à
obtenção do grau de
Licenciado em História, sob a
orientação do Professor Tutor a
Distância: Ailton Salgado.

Ribeirão Preto - maio /2017


SUMÁRIO:

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

DESENVOLVIMENTO.................................................................................................5

PASSO 1 ..........................................................................................................5

PASSO 2 ..........................................................................................................9

PASSO 3 ........................................................................................................12

PASSO 4 ........................................................................................................13

PASSO 5 ........................................................................................................16

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................19


INTRODUÇÃO:

O trabalho a seguir refere-se ao Desafio Profissional referente ao 3ª série do


curso de Licenciatura em História. O objetivo será a produção de um enigma
histórico referente ao período colonial brasileiro, mais especificamente, sobre a
escravidão e sua maior forma de resistência: a formação de quilombos, em especial,
o Quilombo de Palmares. Sob plano de fundo, analisar como as concepções de
liberdade e igualdade que regeram as relações sociais desse período. Através dessa
atividade, os alunos serão convidados a fazer um “mergulho no passado”
vivenciando assim, elementos fortes do período estudado.

4
DESENVOLVIMENTO:
Passo 1

História do Brasil Colonial


A Colonização do Brasil ocorreu entre os séculos XVI e XIX, período em que o
território brasileiro era uma colônia do império ultramarino português.
Antes da dominação europeia alcançada por uma expedição portuguesa, em
1500, o território que hoje é chamado de Brasil era habitado por indígenas. Em
contraste com as fragmentadas possessões espanholas vizinhas, as possessões
portuguesas, construídas na América do Sul, mantiveram a sua unidade e
integridade territorial e linguística mesmo após a independência, dando origem ao
maior país da região. A grandeza do atual território brasileiro, construída desde o
período colonial, foi resultado da interiorização da metrópole portuguesa no território
sul-americano, especialmente após o descobrimento de ouro nos sertões.
A economia do período colonial brasileiro foi caracterizada pelo tripé
monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças
regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística, tendo se formado,
nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus, africanos e
indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.
A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação
social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os
senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por
trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os
escravos de origem africana.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande
poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política,
deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela
moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande
contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas
(habitações dos escravos).
A partir do século XVII ocorre um novo ciclo econômico e social no Brasil, a
Mineração, que teve início com a descoberta de outro pelos bandeirantes.

5
A mineração foi responsável por importantes consequências que se refletiram
sobre a vida econômica, social, política e administrativa da colônia. De saída,
provocou uma grande migração portuguesa para a região das Gerais.
A sociedade do ouro apresentava-se de fato menos estratificada que do
açúcar, isto é, a divisão e separação entre os grupos sociais nela existentes não
eram tão rígidas quanto nesta última. Mas, como está, ela também conserva a
identidade essencial da sociedade colonial: a escravidão e a forte hierarquização
social e racial.
História da América Colonial

Com a descoberta do continente americano, os europeus acabaram entrando


em contato com um grande número de culturas diferentes (Astecas, Maias e Incas),
encontrando além do encantamento em nativos exóticos, civilizações complexas que
possuíam conhecimentos de escrita, sistemas matemáticos, calendários e muitas
outras coisas.

A descoberta do “Novo Mundo”, isto é, o início da colonização europeia nas


Américas, parece ser o ponto de partida para os questionamentos que envolvem a
ideia de alteridade. O encontro com o “outro” é marcado pelo medo e pelo fascínio,
pela distinção clara entre o que é estranho e o que não é. O contraste cultural, de
certa forma, acaba fortalecendo a noção de que “aquilo que sou é diferente daquilo
que não sou”. Os espanhóis utilizaram de um discurso sobre dominação espiritual
como um instrumento facilitador do processo de Conquista, ao afirmar que os
europeus justificavam as guerras por estarem lutando em nome de Deus. Os povos
indígenas acreditavam que Cortez seria uma divindade que de acordo com o
calendário asteca apareceria no ano de 1519, por isso o mesmo foi bem recebido
pelos nativos admirados e curiosos pela forma que ali viam.

Esta ideia se propagou com rapidez e se converteu no argumento legitimador


da conquista espanhola e na razão que justificava a sujeição não pacífica da
população indígena.

Vimos que esse encontro entre indígenas e espanhóis, mesmo contendo um


caráter etnocêntrico por parte dos europeus que se colocavam em uma postura
cultural superior aos nativos, possibilitou o surgimento de novas formas de pensar e

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ver o mundo e uma mescla cultural surgiu, que são os países frutos dessa
colonização.

História Antiga

Desde a Antiguidade Clássica, mais especificamente, na Grécia e em Roma


que constituem a base do pensamento jurídico, político e filosófico do Ocidente, a
igualdade sempre esteve no centro do pensamento humano.
Na Grécia Antiga, apesar de todo o ideal democrático existente, podemos
perceber que, sob um ponto de vista moderno, não havia uma real igualdade entre
os homens. Em Atenas, principal centro político da época, somente aqueles
considerados cidadãos é que poderiam participar da vida política na polis, ou seja,
apenas os homens atenienses livres e maiores de 20 anos possuíam a cidadania
ativa. Estavam excluídos os estrangeiros, os escravos, as mulheres e as crianças.
O mais importante, para os antigos gregos, era a política e a vida social em
torno da polis. O que importava para o ateniense era a vida em comunidade e a
concepção coletiva era a ideia que prevalecia na democracia antiga, o público
superava o privado. O homem só existia de forma plena enquanto cidadão fazendo
parte de uma comunidade política.
A importância de Roma para a história do direito ocidental é fundamental, haja
visto que é lá que encontramos o início do desenvolvimento de diversos institutos
jurídicos presentes até hoje no direito ocidental. E com relação ao conceito de
igualdade não se percebe profundas diferenças da situação que ocorria na Grécia
Antiga, pois, também, não havia uma efetiva igualdade entre os membros da
sociedade.
A base da sociedade romana era familiar, sendo que a família era uma
entidade política na qual o poder era exercido unicamente pelo pater famílias, de
modo incontestável e supremo, poder este inclusive de vida e morte.
A desigualdade era um dos fundamentos da Roma Antiga, pois os direitos
existentes eram distribuídos de forma diferenciada entre patrícios e plebeus.
Também podemos encontrar na sociedade romana o instituto da escravidão que foi
uma das marcas de dominação utilizadas pelo Império Romano.
Os patrícios formavam a elite da época, possuíam o poder político e detinham
mais direitos e privilégios do que os plebeus, que estavam excluídos de muitos

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destes, e se encontravam em posição inferior, não participando da vida política
romana. Mas, ao longo da história a situação foi sendo alterada e os direitos foram
sendo estendidos a outros substratos sociais, inclusive aos povos dominados, não
permanecendo unicamente para as elites dominantes.
Na Roma republicana, os plebeus conquistaram o direito político à
participação no Senado através da criação do tribuno da plebe que era o
representante do povo junto ao Senado, o que ocorreu por volta do ano de 493 a.C.
A Lei das XII Tábuas representou uma importante conquista, pois ela ampliou e
garantiu direitos. O Edito de Milão, do ano de 313, ao proclamar a liberdade de culto
no Império Romano, estabeleceu mais um ponto de igualdade, acabando com as
diferenças existentes entre o Cristianismo e outras religiões.
É de se salientar que os patrícios romanos, e até mesmo os plebeus,
possuíam mais direitos do que os não-cidadãos (estrangeiros e povos dominados).

8
Passo 2

O tema escolhido para a produção do enigma histórico foi a História do Brasil


Colonial e a escravização dos negros africanos no Brasil, mais especificamente, o
Quilombo de Palmares, sua principal comunidade autossuficiente localizada em
Alagoas, que abrigava os negros fugitivos.
Sabemos que a escravidão é o grande sustentáculo do processo de
colonização do continente americano, a partir do século XVI. Longe de se ater a uma
forma homogênea de relação de trabalho, a escravidão foi marcada pelas mais
diferentes caracterizações ao longo do período colonial. No caso da colonização
lusitana, a utilização de escravos sempre foi vista como a mais viável alternativa
para que os dispendiosos empreendimentos de exploração tivessem a devida
funcionalidade.
Para contornar a crescente demanda por força de trabalho, Portugal resolveu
então investir no tráfico de escravos vindos diretamente da Costa Africana. Tal opção
se tornava viável por dois motivos essenciais: o domínio que Portugal já possuía em
regiões da África e as possibilidades de lucro que a venda desses escravos
poderiam trazer aos cofres da Coroa Portuguesa.
Trazidos ao ambiente colonial, esses escravos eram usualmente separados
de seus amigos e familiares para que evitassem qualquer tentativa de fuga. Após
serem vendidos a um grande proprietário de terras, os escravos eram utilizados para
o trabalho nas grandes monoculturas e recolhidos em uma habitação coletiva
conhecida como senzala. Esse tipo de escravo era conhecido como escravo de
campo ou escravo de eito e compunha boa parte da população escrava da colônia.
A rotina de trabalho desses escravos era árdua e poderia alcançar um turno
de dezoito horas diárias. As condições de vida eram precárias, sua alimentação
extremamente limitada e não contava com nenhum tipo de assistência ou garantia.
Além disso, aqueles que se rebelavam contra a rotina imposta eram mortos ou
torturados. Mediante tantas adversidades, a vida média de um escravo de campo
raramente alcançava um período superior a vinte anos.
Outros tipos de escravos também compunham o ambiente colonial. Os
escravos domésticos que viviam no interior das residências tinham melhores
condições de vida e tinham a relativa confiança de seus proprietários. Geralmente os

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cargos domésticos eram ocupados por escravas incumbidas de cuidar da casa, das
crianças e, inclusive, estar sexualmente disponível ao seu senhor. Nas cidades,
ainda temos a figura dos escravos de ganho, que poderia reverter lucro ao seu dono
ao cuidar de um comércio ou vender produtos.
Muitos escravos, quando não submissos ao processo de exploração,
articulavam planos de fuga e desenvolviam comunidades autossuficientes
costumeiramente chamadas de quilombos. Nesses locais de fuga desenvolviam uma
pequena agricultura associada a atividades artesanais constituídas com o objetivo
de atender a demanda da própria comunidade. Entre os principais quilombos
destacamos o Palmares, que se desenvolveu em Alagoas, na região da Serra da
Barriga. Considerado principal foco de resistência negra, Palmares só foi destruído
no final do século XVII.
O Quilombo dos Palmares foi um dos mais importantes quilombos do Período
Colonial da História do Brasil. Ele surgiu e se desenvolveu na antiga capitania de
Pernambuco, na região da Serra da Barriga. O auge do Quilombo dos Palmares foi a
segunda metade do século XVII, embora tenha surgido no final do século XVI. Era
constituído por quilombolas (escravos fugitivos das fazendas que viviam nos
quilombos) que tinham sido escravos em fazendas das capitanias da Bahia e
Pernambuco. Tornou-se símbolo da resistência negra à escravidão.
O Quilombo dos Palmares era composto por vários mocambos (núcleos de
povoamento). Os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. De acordo com
historiadores, o Quilombo de Palmares atingiu de 15 a 20 mil quilombolas na
segunda metade do século XVII.
Os quilombolas de Palmares viviam basicamente da agricultura de
subsistência, da pesca e caça. Plantavam milho, banana, feijão, mandioca, laranja e
cana-de-açúcar. Faziam também artesanato com cerâmica, tecido palha e até
metais.
Alguns historiadores acreditam que o Quilombo dos Palmares tinha uma
organização política semelhantes aos reinos africanos, ou seja, poder centralizado
nas mãos de um líder. Ganga Zumba e Zumbi foram os líderes mais conhecidos
deste quilombo.
Considerando uma ameaça a organização política e social da colônia, o
governo colonial organizou várias expedições para reprimir e dominar o Quilombo de
Palmares.

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O quilombo foi dominado somente em 1695, após a investida militar do
bandeirante Domingos Jorge Velho. Em 20 de novembro, Zumbi foi emboscado e
morto.
Todo dia 20 de novembro (dia da morte de Zumbi dos Palmares)
comemoramos o Dia da Consciência Negra. A data é uma referência e homenagem
à Zumbi dos Palmares e a todos os negros que resistiram bravamente à escravidão.

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PASSO 3

No Brasil, a mais famosa comunidade quilombola foi Palmares, fundada no século


XVI pela princesa congolesa Aqualtune, mãe do lendário Ganga-Zumba, e instalada na Serra
da Barriga, no município de União dos Palmares (AL). Criado no final de 1590, o Quilombo
dos Palmares transformou-se num estado autônomo, resistindo por quase cem anos aos
ataques holandeses, luso-brasileiros e de bandeirantes paulistas. Em 1695, foi totalmente
destruído, um ano após a morte de Zumbi, assassinado por Domingos Jorge Velho,
bandeirante contratado com a incumbência de sufocar Palmares e outros quilombos próximos
a ele. Em 1670, alcançou cerca de vinte mil pessoas e foi o símbolo da luta e resistências dos
negros escravizados. 1

Através do enigma, o aluno deverá entrar em contato com as informações à


cerca do Quilombo de Palmares, analisando seus personagens, sua organização e
objetivos e características. Além de considerar o caráter das relações sociais de
desigualdade entre brancos e negros e a superioridade racial imposta.
As informações serão transmitidas em forma de “pistas”, e no final, os alunos
deverão decifrar o enigma.
Abaixo seguem os objetivos para o referido trabalho com alunos do Ensino
Fundamental II:
 Reconhecer o período histórico estudado, seus personagens, as
relações de poder que os envolvem e o contexto ao qual fazem parte.
 Proporcionar uma pesquisa lúdica, através de elementos importantes
da história em contexto, visando estimular o interesse pelos contextos
históricos presentes na época.
 Aliar os recursos da tecnologia a uma proposta metodológica
consistente, criando uma forma criativa de aprender e ensinar.
 Promover uma atividade investigativa que coloca o aluno como
protagonista do processo de produção do conhecimento.

1
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Quilombo dos Palmares"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/historiab/quilombo-dos-palmares.htm>. Acesso em 31 de maio de 2017.

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PASSO 4

A fim de promover a resolução do enigma, será proposto que o aluno acesse


as informações necessárias utilizando como fonte principal o site que poderá ser
acessado através do seguinte endereço eletrônico:
http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1685-quilombo-
dos-palmares-pernambuco. 2

Nesse site, denominado impressões rebeldes, o aluno terá acesso a


documentos e palavras que forjaram a História dos protestos no Brasil, Trata-se uma
plataforma colaborativa de divulgação de documentos sobre as revoltas coloniais e,
ainda, é campo de debates sobre o tema das lutas políticas na época moderna.
Desenvolvido no âmbito da Universidade Federal Fluminense, esse site tem fins
exclusivamente educacionais e está aberto à consulta pública e gratuita buscando
promover entre pesquisadores, professores e estudantes a divulgação do
conhecimento histórico.
Serão apresentadas os seguintes passos, dos quais o aluno deverá seguir:

O Caso:
Pouco se sabe sobre o dia-a-dia e os primeiros anos no quilombo de
Palmares. Há notícias de expedições a partir de 1602, comandadas pelo oficial
português Bartolomeu Bezerra que resultaram na destruição de mocambos e na
apreensão de alguns fugitivos. As fontes históricas mais consistentes começam a
surgir apenas a partir de 1670, quando teve início a mobilização de tropas
organizadas pelas autoridades coloniais para a destruição do mesmo.
Tais manuscritos são de natureza pública - pareceres, alvarás e relatos de
comandantes sobre estratégias de guerra – revelando poucos detalhes do cotidiano
em Palmares. Já está claro que os chamados “negros alevantados” começaram a se
expandir depois de 1630 durante a ocupação do Nordeste pelos holandeses devido
à desordem ocasionada pela invasão: negros fugiam das senzalas refugiando-se
nos mocambos da região da Serra da Barriga, no atual território de Alagoas.

2
Site: Impressões Rebeldes. Disponível em: <http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1685-
quilombo-dos-palmares-pernambuco>. Acesso em: maio de 2017.

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Nesse período, segundo José Antônio Gonsalves de Mello, grupos de negros
promoviam ataques nos caminhos; eram os chamados “boschnegers”, ou negros da
mata. O autor Flavio José Gomes Cabral afirma que “há divergências quanto ao
número da população de Palmares nessa época. Estima-se que existiam entre 6 mil
e 20 mil habitantes.”
A comunidade palmarina era hierarquizada, havendo indícios de se tratar de
uma “monarquia eletiva”, cujo rei ou “chefe de macacos” comandava os chefes dos
outros mocambos. Em uma carta escrita pelo governador D. Pedro de Almeida em 4
de fevereiro de 1678 ao regente D. Pedro, consta que, por ocasião dos ataques
contra Palmares que resultaram na morte de Ganga-Zumba, suas mulheres, filhos e
cativos, abriu-se a possibilidade de se pensar na inexistência de um “igualitarismo”
em Palmares, dada a vigência da escravidão nos quilombos.
“A década de 1670 é importante porque marca o reconhecimento por parte
das autoridades portuguesas e coloniais desse sobado (estado africano) em
Palmares. Os termos do acordo negociado em 1678 constituem a maior evidência
disso”, disse a historiadora Silvia Hunold Lara. “Todo mundo diz quilombo dos
palmares, mas a palavra ‘quilombo’ é empregada deslocadamente nesse contexto e
é anacrônica para designar Palmares. A palavra empregada naquele período para
designar ‘assentamentos de fugitivos’ é mocambo”, afirmou Lara.
No tempo de D. Pedro de Almeida (1674-1678), governador de Pernambuco,
a prioridade era destruir Palmares. Em 1674, organizaram-se algumas forças contra
os mocambos. Para isso, munições bélicas e víveres foram estocados em
Sirinhaém, Porto Calvo, Una e São Francisco, pontos equidistantes do Centro de
Palmares. As lutas foram equilibradas acirradas, gerando baixas em ambos os
lados.
A pesquisadora Silvia Lara conta que a ideia de as autoridades coloniais
fazerem acordos com escravos fugidos sempre existiu e o Tratado de 1678, porém,
foi o que mais progrediu. Boa parte dos habitantes dos mocambos de Palmares
mudou-se para uma aldeia criada especialmente para recebê-los, Cucaú, e eles
foram considerados livres.
A paz, no entanto, não durou mais do que dois anos. Uma parte dos
mocambos, liderada por Zumbi, rejeitou o acordo e ficou em Palmares. Seguidores
de Ganazumba, como seu irmão Ganazona, participaram de buscas para trazer os

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que haviam permanecido no mato. Ganazumba termina assassinado e Cucaú,
destruída, provavelmente por tropas coloniais. As pessoas que moravam lá voltaram
à condição de escravos.
Apesar de estar sendo protegido, Zumbi foi morto em combate no dia 20 de
novembro de 1695. Sua cabeça foi cortada e enviada ao Recife. A carta do
governador Melo de Castro ao monarca datada de 24 de junho de 1696 contava tal
fato, relatando a guerra e a morte de Zumbi, cuja cabeça foi exposta como troféu de
guerra em um mastro “no lugar mais público” do Recife, na tentativa de satisfazer os
patrocinadores da guerra, como também para “atemorizar os negros que
supersticiosamente” se recusavam a acreditar na morte do líder negro.

A Tarefa:
Descobrir quais foram as principais pistas de como os negros mocambos de
Palmares resistiam e como se organizavam. Descobrir alguns documentos que
comprovam essa resistência e as principais lutas travadas contra o Quilombo dos
Palmares até a luta derradeira, que acabou destruindo o Quilombo.
Através desse acesso o aluno terá contato com dois documentos importantes
da referida época como a carta da tomada da Serra da Barriga e a carta do Rei para
o Zumbi de Palmares. São documentos que ilustram o cenário histórico descrito.
Além dessa fontes escritas, os alunos terão acesso a um vídeo produzido pela TV
Brasil em 06 de junho de 2012, que narra toda a saga dos escravos africanos, sua
luta e resistência contra o domínio de seus senhores. Esse vídeo
encontra-se no endereço eletrônico a seguir: https://www.youtube.com/watch?
v=zHFfLuUD8Dw#action=share. 3

3
TV Brasil. Quilombo dos Palmares. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=zHFfLuUD8Dw#action=share>.
Acesso em: maio de 2017.

15
PASSO 5

Passo a Passo e solução esperada:

O Quilombo de Palmares foi atacado repetidas vezes - Domingos Bezerra,


1602; Rudolf Baro, 1644 (BARLÉU, 1974:304-305); Manoel Lopes Galvão, 1675;
Fernão Carrilho, 1676-77; e outros -, sem sucesso, mesmo tendo sido destruídas
algumas aldeias. Após a capitulação holandesa (1654) as autoridades
pernambucanas tentam medidas diplomáticas para a dissolução pacífica do
estabelecimento. Em 1678, Ganga Zumba, líder de Palmares, vai até Recife firmar
um pacto de paz com o governador da Capitania, Aires de Souza de Castro, mas a
proposta de conceder liberdade apenas aos que haviam nascido no quilombo dividiu
os quilombolas. Zumbi, líder da resistência ao acordo, tornou-se o novo chefe de
Palmares.
Os quilombolas conseguiram vencer as matas e paulatinamente foram
tomando conhecimento da topografia da região. A princípio viviam da caça, da coleta
e da pesca, mas, com o crescimento da população, passaram a praticar a agricultura
(milho, feijão e cana-de-açúcar), comercializando esses produtos e trocando-os por
armas e munições.
Com a capitulação dos holandeses em 1654, os negros palmarinos
continuaram a desafiar o poder colonial. Nos anos de 1670, duas expedições contra
Palmares não cantaram vitória: a de 1675, chefiada pelo capitão Manoel Lopes
Galvão, e a de 1677, comandada pelo capitão Fernão Carrilho, que pensou ter
derrotado os negros, quando na verdade apenas pôs as mãos em alguns
palmarinos, entre eles os parentes do chefe Ganga-Zumba.
Desse modo, o governador da Capitania de Pernambuco, João da Cunha
Sotto-Mayor, contratou os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho, para o
extermínio dos aldeamentos em troca de munições, mantimentos, escravos,
sesmarias e perdão para os crimes dos embandeirados. O primeiro assalto, sem
sucesso, ocorreu em 1692, com 1.000 homens (brancos, indígenas e mestiços),
detidos por uma cerca tríplice, de vegetação trançada, com um perímetro de cerca
de 5,5 Km, repleto de armadilhas com estrepes e estacas afiadas. Uma nova
expedição obteve sucesso, partindo em 1694, integrada por 3.000 homens (sob os
comandos de Bernardo Vieira de Melo, Sebastião Dias, Matias Cardoso de Almeida

16
e Cristóvão de Mendonça Arrais) com seis peças de artilharia. Destruiu o quilombo e
perseguiu um grupo remanescente de cerca de 600 quilombolas até à morte em
combate do líder Zumbi na Aldeia do Macaco. A cabeça de Zumbi, decapitada e
salgada por André Furtado de Mendonça, ajudante de ordens de Domingos Jorge
Velho, foi levada ao governador da Capitania de Pernambuco, Caetano de Mello
Castro, e exposta em praça pública.
Os documentos que demonstram a resistência negra dessa organização
denominada Quilombo dos Palmares, sua luta e resistência, encontram-se nos
referidos endereços eletrônicos:

Carta da tomada da Serra da Barriga:


http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/wp-
4
content/uploads/2013/07/PAL1645-1-A-Tomada-da-Serra-da-Barriga.pdf

Carta do Rei para Zumbi de Palmares:


http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?documento=carta-do-rei-para-
zumbi-dos-palmares 5

4
Site: Impressões Rebeldes. Disponível em:<http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/wp-
content/uploads/2013/07/PAL1645-1-A-Tomada-da-Serra-da-Barriga.pdf>. Acesso: maio de 2017.
5
Site: Impressões Rebeldes. Disponível em: http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?documento=carta-do-rei-para-
zumbi-dos-palmares. Acesso em maio de 2017.

17
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

O grande objetivo desse trabalho é proporcionar uma alternativa que estimule


a busca pelo conhecimento histórico através de um método investigativo no sentido
de exercitar a autonomia e o aprendizado da pesquisa.
O contato com fontes e documentos históricos visam aprofundar os
conhecimentos adquiridos em sala de aula, por meio de aulas e expositivas e
acessar outras fontes visuais e escritas de suma importância. A ludicidade e a
interatividade são ferramentas de suma importância para facilitar a comunicação, e a
internet torna-se a principal aliada como fonte de pesquisa.
Tornar a escola um ambiente mais acolhedor e menos monótono, utilizando
outros recursos didáticos mais modernos e interativos, representam o grande
desafio da modernidade, favorecendo uma educação de qualidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PRADO JR. Caio. Formação do Brasil contemporâneo: colônia. São Paulo: Cia. das
Letras, 2011.

LINHARES, Maria Yedda (Org.). História Geral do Brasil. 9ª edição. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1990.

RAMINELLI, Ronald; Azevedo, Cecilia. História das Américas: novas perspectivas.


Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.

PRADO, Maria Ligia; PELLEGRINO, Gabriela. História da América Latina. 1ª ed.


São Paulo: Contexto, 2014.

GUARINELLO, Norberto Luiz. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.

MENDES, Caroline Garcia. História do Brasil Colonial: A Empresa Colonial:


Economia e Sociedade Açucareiras. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera
Educacional, 2014.

REFERÊNCIAS ON LINE:

KRUKI, Mary Leila M. O. Desafio Profissional de Licenciaturas: Matemática, Letras,


Geografia, História e Pedagogia [Online]. Campo Grande, 2015, p. 1-9. Disponível
em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: maio de 2017.

TV Brasil. Quilombo dos Palmares. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=zHFfLuUD8Dw#action=share>. Acesso em:
maio de 2017.

19
Site: Impressões Rebeldes. Disponível em:
<http://www.historia.uff.br/impressoesrebeldes/?revoltas_categoria=1685-quilombo-
dos-palmares-pernambuco>. Acesso em: maio de 2017.

Site: Detetives do Passado. Disponível em:


http://www.numemunirio.org/detetivesdopassado. Acesso em: maio de 2017.

SOUSA, Rainer Gonçalves. "Quilombo dos Palmares"; Brasil Escola. Disponível em


<http://brasilescola.uol.com.br/historiab/quilombo-dos-palmares.htm>. Acesso em 31
de maio de 2017.

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