MACEIÓ
2018
YASMIN BARBOSA FONTES LUZ
MACEIÓ
2018
FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – FAL
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL II
PROFESSOR: FERNANDO GUERRA FILHO
TURMA: 7° PERÍODO NOTURNO
ALUNA: YASMIN BARBOSA FONTESLUZ
DATA: 08/05/2018
FICHAMENTO INDIRETO
1. Obra em análise:
As Provas ( págs. 65 a 7 2)
Trata aqui Carnelutti da relação entre passado e futuro como sendo este remediador
dos desmandos daquele. O Direito Processual Penal, sendo objeto pacificador de certas
relações sociais age, ao mesmo tempo, como ferramenta de controle e punição.
O legislador, responsável pela elaboração da sanção imputada ao delito, define o “peso
da pena determinando antes de o ladrão roubar para que ele se intimide e não roube. (...) é
previsto não sobre o fato, mas sobre o tipo penal” (pág.86). Serve como meio preventivo.
Sempre haverá, então, de maneira superveniente ao delito o tipo penal que será aplicado caso
ele seja cometido.
Ao j ui z, u ma ve z cometi do
o del i to, cabe à re pressão
prol atando a pen a que se e
nquadre no ti po. “Não te ns
sabi do us ar da tu a l ibe
rdade ; se rás de ti do. Tenh o
n as mãos a bal ança d a
j usti ça, ela exi ge que o pe s o
do teu deli to s ej a també m o da
tua pe na” ( pág. 85) .
Ao juiz, uma vez cometido o delito, cabe à repressão prolatando a pena que se enquadre no
tipo. “Não tens sabido usar da tua liberdade; serás detido. Tenho nas mãos a balança da
justiça, ela exige que o peso do teu delito, seja também o da tua pena”. (pág. 85)
Não caberia como melhor conclusão do fichamento do último capítulo se não com uma
citação do próprio autor, in verbis:“Além dos domínios do direito está a civilidade, o bem-
estar social da civilização, e por esses caminhos, fora dos seus limites, Cristo também está a
nos guiar, seguramente.” (pág. 125). É tempestivo recordar que ao falar de civilidade,
Carnelutti atribue a esta como sendo “ a capacidade natural dos seres humanos a se amarem e
viverem em paz uns com os outros”. (pág.12)
Conclusão
Trata na obra, em tela apreciada, do expoente jurista italiano do Direito Processual, Francesco
Carnelutti, as várias nuances que integram tal ramo do Direito sob o ponto de vista do jurista
inspirador do Código de Processo Civil italiano. Não obstando seu inefável, extenso e
profundo conhecimento integrado das diversas searas do conhecimento, mormente no que
tange as relações humanas, desde o Direito até a Antropologia, Sociologia, Psicologia dentre
outras ciências, e como estas se inter-relacionam, seu método extremamente didático de
expor, através da utilização de uma linguagem inteligível, de metáforas e alegorias sempre
muito bem colocadas, temas de elevada complexidade de modo simples e compreensível,
Francesco Carnelutti idealiza, de modo humanitário e utópico, a relação entre o ser e o dever
ser do Direito Processual Penal, buscando identificar suas maiores falhas e como solucioná-
las, resigna-se ao fato de que, apesar de sua grandiosa importância, tal ramo do Direito nunca
será pleno e completo, devido ao fato de o próprio ser humano, que o elabora, ser igualmente
falho e incompleto.