STJ - Mesmo que não haja previsão no CP, art, 327, § 2º, do aumento de pena para agente
funcionais de autarquias, entede o STJ que através de uma interpretação integradora o agente
responderá também com aumento de pena pelo crime praticado contra a administração.
Características do crime:
-Crime PRÓPRIO: só pode ser praticado pelo servidor público que foi designado para
ser o ordenador de despesas;
- Crime FORMAL: consuma-se no momento em que o servidor público responsável
ordena a despesa sem que ela estivesse autorizada em lei. Logo, para a sua consumação
não se exige a produção de qualquer resultado naturalístico (não se exige prejuízo aos
cofres públicos);
-Crime de PERIGO ABSTRATO: não se exige que, no caso concreto, seja provado
prejuízo à Administração Pública. O prejuízo foi presumido pelo legislador.
Obs: O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal despesa não era
autorizada por lei não pode alegar ERRO DE PROIBIÇÃO.
O crime de mão própria é o crime cuja qualidade exigida do sujeito é tão específica
que não se admite co-autoria, apenas participação. Para o Min. Felix Fischer, no
julgamento do REsp 761354 / PR: "Os crimes de mão própria estão descritos em figuras
típicas necessariamente formuladas de tal forma que só pode ser autor quem esteja em
situação de realizar pessoalmente e de forma direta o fato punível".
Exemplos: reingresso de estrangeiro expulso, falso testemunho ou falsa perícia
Codigo Penal - Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno
ou externo, sem prévia autorização legislativa:
Conforme ensina Victor Eduardo Rios Gonçalves, a concussão é uma forma especial de
extorsão praticada por funcionário público com abuso de autoridade. Na concussão, ocorre
uma ameaça que, entretanto, não pode ser grave (de morte, de prisão etc.). Assim, como o
crime de extorsão tem pena maior, caso o funcionário empregue violência ou grave ameaça
para exigir dinheiro da vítima, responderá por este crime. Contudo, é importante destacar que
no crime de extorsão não é necessário que o agente seja funcionário público.
Servidor público que utilizar papel, tinta e impressora pertencentes à repartição pública onde
trabalha para imprimir arquivos particulares praticará o crime de peculato, na modalidade
peculato-apropriação, prevista no artigo 312, "caput", 1ª parte, do Código Pena