SISTEMAS
ELÉTRICOS
Presidente da FIEMG
Robson Braga de Andrade
Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica
Unidade Operacional
APRESENTAÇÃO ..............................................................................................................................8
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................9
TENSÃO ALTERNADA........................................................................................................................41
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE UMA FORMA DE ONDA SENOIDAL ........................................................45
CIRCUITO RESISTIVO PURO ..............................................................................................................48
CIRCUITO INDUTIVO PURO ................................................................................................................48
CIRCUITO CAPACITIVO PURO ............................................................................................................50
CIRCUITOS TRIFÁSICOS................................................................................................................51
FUSÍVEIS ..........................................................................................................................................66
SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................66
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................66
FUNCIONAMENTO ............................................................................................................................68
CARACTERÍSTICAS DOS FUSÍVEIS QUANTO AO TIPO DE AÇÃO..............................................................69
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS FUSÍVEIS ....................................................................................69
SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................72
BLOCO DE CONTATOS ......................................................................................................................72
BOTOEIRA COM TRAVAMENTO ..........................................................................................................73
SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................73
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................73
CONTATORES .................................................................................................................................76
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................76
FUNCIONAMENTO ............................................................................................................................79
TIPOS DE CONTATORES ...................................................................................................................79
VANTAGENS DO EMPREGO DE CONTATORES .....................................................................................80
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS .........................................................................................................80
TECNOLOGIA DOS CONTATORES.......................................................................................................82
CONTATOS E TERMINAIS DE LIGAÇÕES PRINCIPAIS DOS CONTATORES ................................................82
CONTROLE DO ESTADO DOS CONTATOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ..................................................84
IDENTIFICAÇÃO DOS TERMINAIS ........................................................................................................85
INTERTRAVAMENTO DE CONTATORES ...............................................................................................85
SIMBOLOGIA ...................................................................................................................................88
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................88
SINALIZAÇÃO ..................................................................................................................................89
SÍMBOLOS ......................................................................................................................................89
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
Introdução
Deve-se ressaltar que este material visa dar embasamento necessário para
outras disciplinas, podendo ser facilmente entendido por alunos que estejam se
iniciando nessa área de conhecimento.
Grandezas elétricas
Carga e matéria
Três espécies de partículas elementares constituem a matéria, que é tudo
aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço. Estas partículas elementares
denominam-se, prótons, elétrons e nêutrons, cujas cargas e massas estão
relacionadas a seguir.
Fig. 1.1
K 2
L 8
M 18
N 1
Carga elétrica
Um corpo que, por qualquer processo, venha a perder elétrons da última
camada, fica eletricamente positivo. Quando ganha elétrons fica eletricamente
negativo. Este processo chama-se eletrização.
Corrente elétrica
Quando as extremidades de um fio longo são ligadas aos terminais de uma
bateria, é um fato conhecido o aparecimento de uma corrente elétrica (símbolo i)
no fio. Esta corrente pode ser visualizada como sendo um fluxo de carga. (Fig.
1.2)
Fig 1.2
q=ixt
Tensão elétrica
Uma carga puntiforme (corpo eletrizado cujas dimensões são muito
menores do que as dos outros corpos eletrizados analisados) positiva
aproximada, de um corpo eletrizado negativamente ou positivamente, será atraída
ou repetida por este corpo, respectivamente. A energia para efetuar este trabalho
é denominada energia potencial elétrica. Quanto maior a eletrização do corpo,
12
Fonte de tensão
Fontes de tensão são dispositivos que convertem outra forma de energia
em energia potencial elétrica; são conhecidas como fontes de força eletromotriz
(fem).
Fontes de fem
Fig.1.4
14
Resistência elétrica
1
G (s)
R
15
Resistividade
R
A
Onde
R - resistência elétrica
- o comprimento do condutor
A - área da seção transversal
R
A
Onde
- em metros (m)
A - em metros quadrados (m2)
R - em ohms ()
R A m2
m ohm . metro
L m
Tabela de resistividade
[ 1/ mho .m ]
1
Tipos de resistores
Resistores de carbono
Resistores de fio
Resistores de filme
Fig. 1.6
Código de cores
Tolerância
Exemplo
Exemplo
Observação
Exemplo
Circuito elétrico
Lei de Ohm
A Lei de Ohm é a lei básica da eletricidade e eletrônica, fundamental para
o estudo e compreensão dos circuitos elétricos.
V = R. I (Lei de Ohm)
Onde
22
Gráf. 1
V2 V1
As relações entre as tensões na resistência não linear e são
I2 I1
diferentes para cada valor de tensão V2 e V1; ou seja, o valor da resistência varia
conforme a tensão aplicada.
V2 V1
R
I 2 I1
P=V.I
Onde
P - potência em watts (W)
V - tensão elétrica em volts (V)
I - corrente elétrica em ampère (A)
P = R . I2
V2
P
R
Onde
Leis de Kirchhoff
1ª lei de Kirchhoff
Expressando matematicamente: Σ I = 0
A figura 3.1 exemplifica esta lei. Observe que o ponto marcado no circuito é
um nó, pois é o ponto onde a corrente encontra dois caminhos.
I – I1 – I2 = 0
25
logo
I = I1 + I2
2ª lei de Kirchhoff
Observação
Observação
+E–V=O
logo
E=V
Circuito série
Um circuito série é uma associação de resistores ligados em sequência, de
tal forma que a corrente que circula por um dos resistores é a mesma que circula
em todos os resistores da associação.
Para que isto ocorra é necessário que se forme somente um caminho para
a corrente do circuito.
I = I1 = I2 = I3
A corrente que circula por R1, R2 e R3 é a mesma corrente que circula pela
fonte E. Aplicando a 2ª lei de Kirchhoff, tem-se:
+ E - V1 - V2 – V3 = O
logo
E = V1 + V2 + V 3
E . I = V1 . I + V2 . I + V3 . I
Onde
E = V1 +V2 +V3
V1 = R1 . I1
V2 = R2 . I2
V3 = R3 . I3
E = R1 . I1 + R2. I2 + R3 . I3
ou:
E = (R1 + R2 + R3) . I
E
R1 R 2 R 3
I
Logo, uma resistência cujo valor seja a soma das resistências associadas
28
em série no circuito será percorrida por uma corrente de mesmo valor que a
associação. Esta é a resistência equivalente Rs do circuito série.
Rs = R1 + R2 + R3
Observação
Circuito paralelo
Um circuito paralelo é uma associação de resistores ligados de tal forma
que a tensão elétrica sobre um dos resistores é a mesma em todos os resistores
da associação.
E = V1 = V2 = V 3
No nó A: +IA – I1 – IB = 0
No nó B: +IB – I2 – I3 = 0
IB = I 2 + I 3
Substituindo no nó A: +IA – I1 – I2 – I3 = 0
29
I – I1 – I2 – I3 = 0
ou:
I = I1 + I2 + I 3
Note que a soma das correntes que circulam pelos resistores é igual à
corrente da fonte.
E . I = I1 . E + I 2 . E + I 3 . E
Onde
Pfonte - potência fornecida pela fonte
PR1 - potência dissipada por R1
PR2 - potência dissipada por R2
PR3 - potência dissipada por R3
I = I1 + I2 + I 3
I1 = V1 / R1
I2 = V2 / R2
I3 = V3 / R3
Vem
I = V1 / R1 + V2 / R2 + V3 / R3
mas
30
E = V 1 = V 2 = V3
então
E E E
I
R1 R2 R3
I 1 1 1
E R1 R2 R3
1 1 1 1
G
Rp R1 R 2 R3
1
Rp
1 1 1
R1 R 2 R 3
Casos particulares
R
Rp
n
31
R1 . R 2
Rp
R1 R 2
Observação
E
Mas: I
R1 R2
Logo
R2 E
V2
R1 R 2
Note que:
Divisor de corrente
R1 . R2 . I T
então: E
R1 R2
R1 . R2 1
Dai, I2 fica: I2 . IT .
R1 R2 R2
Simplificando:
R1
I2 . IT
R1 R2
Note que:
Circuito misto
E o circuito mais comumente encontrado, porque tem os dois tipos de
associações, série e paralela. Para determinar a resistência equivalente de um
circuito misto, deve-se identificar os tipos de associações e resolver em partes até
obter o valor de somente urna resistência, que, ligada à mesma fonte do circuito
misto, fornecerá a mesma corrente que circula no circuito.
33
Onde
O valor de RM é: RM = R1 + Rp
34
Observação
Exemplo
Solução
470. 330
Rp 193,9
470 330
Onde
Fontes de energia
Esta energia consumida pelas fontes pode ser representada por uma
resistência Ri, denominada resistência interna da fonte.
Fonte de tensão
Uma fonte real é representada por uma fonte ideal em série com uma
resistência interna, conforme a figura 3.13:
Onde
E - tensão gerada
IF - corrente solicitada da fonte
Ri - resistência interna
Rext - resistência externa à fonte
Eext - tensão nos terminais da fonte
Eext = E - Ri x IF
Gráf. 3
Para fonte ideal Ri é igual a zero, visto que não há inclinação da reta:
Eext = E, e para a fonte real:
variação da tensão E
Ri
variação da corrente I
Fonte de correntes
Uma fonte real é representada por uma fonte ideal em paralelo com uma
resistência interna. A figura 3.14 apresenta o símbolo de uma fonte de corrente
para uma fonte ideal e uma fonte real.
37
Onde
À medida que a resistência Rext diminui, a corrente Iext que circula pelo
circuito aumenta; logo, a corrente em Ri diminui. À medida que a Rext aumenta, a
corrente Iext diminui; logo, a corrente sobre a resistência interna aumenta,
alterando assim a tensão sobre a resistência externa Rext.
1
I ext I V .
Ri
que é a equação geral da fonte de corrente. Quanto maior o valor da resistência
Ri, menores as perdas de energia pela fonte.
1 variação da corrente I
Ri variação da tensão V
V1 = Va – Vb = Vab
Onde
Assim:
V2 = Vb – Vc = Vbc
V3 = Vc – Vd = Vcd
Pela lei de Kirchhoff, a soma das quedas é igual à soma das elevações das
tensões; então, a soma de V1, V2 e V3 é igual à tensão E. Assim E = Vad, observa-
se que os terminais da fonte são os pontos “a’ e “d”.
Sendo a diferença de potencial uma subtração de potencial nos pontos, o
valor da diferença será positivo se o subtraendo for maior que o subtrator e vice-
versa. No caso da queda de tensão Vab, é positivo pois o potencial em “a” é maior
que o potencial em “b”.
Os terminais do voltímetro são um terminal positivo e o outro negativo;
então, a diferença de potencial será positiva se colocar o terminal positivo no
potencial maior e, consequentemente, o terminal negativo no potencial menor.
Caso contrário, negativo.
Se invertermos a posição dos terminais teremos uma medida de diferença
de potencial negativa.
Ou seja, no circuito, se medirmos a tensão V 1 sobre o resistor R1 com os
terminais invertidos, a leitura será negativa. Pois medir-se-á:
Logo
Vab = - Vba
Tensão alternada
“Se um condutor estiver imerso num campo magnético, desde que haja
movimento relativo entre eles, surgirá entre seus terminais uma fem induzida.”
E surge uma fem induzida.
t
i = Im sen (ωt + θ)
Onde
i - é a corrente instantânea
Im - é o valor máximo da corrente senoidal
ω - é a velocidade angular da corrente alternada
t - é o tempo (define o valor da corrente naquele instante)
θ - é o ângulo de fase em relação origem 0°
é, no momento que começa a contagem do tempo, conforme a figura 7.3.
2
T
1
f
T
Então:
2 f
sen 0 = 0.
O valor senoidal passa por zero e a curva atravessa o eixo das abscissas.
A corrente senoidal (i), que tem como expressão i = Im sen (ωt + θ), é
gerada por uma fonte cuja tensão (e) tem como expressão e = E sen (ωt + β)
(Fig. 7.5)
45
Onde
Ciclo - E a menor porção não repetitiva de uma forma de onda periódica, ou seja,
é a sucessão de valores de uma forma de onda sem que ocorra a repetição do
processo.
Sua unidade é o hertz, Hz. Uma forma de onda tem a frequência de 1 Hz,
quando completa um ciclo em 1 segundo.
Onde
F - é a frequência da grandeza I ou V
T - é o período da forma de onda
t
Onde
ω - é a velocidade angular
θ - é o ângulo descrito pela espira
t - é o tempo
2
(rd / s)
T
1
Como f
T
ω = 2πf (rd/s)
• Exemplo
1000
2 f → f → f → f 159,16 Hz
2 2
1
T → T 6,28 ms , ou seja, 1 ciclo é completado a cada 6,28 ms.
f
e então:
t = 2,36 ms.
48
Vm sen t
i → i Im sen t
R
Gráf. 12
Se existisse esse indutor puro, a corrente neste circuito seria devida à ação
da força eletromotriz da auto-indução e a Lei da Lenz.
49
di
VL L
dt
d(I m sen t )
VL L
dt
VL . L . I m . cos t . L . I m . sen ( t )
2
Onde
XL = 2 π f L
Q
i
t
dQ
Porém, a carga não varia uniformemente. Por isso, i
dt
dQ C dv d (sen t )
i → i Vm . C
dt dt dt
Como
i C. Vm . cos t → i C . Vm . sen t
2
Vm sen t
Onde: i 2
1
C
51
1
é a reatância capacitiva Xc
C
Então
1 1
XC
C 2 f C
Circuitos trifásicos
O gerador monofásico tem apenas uma bobina e nela é induzida uma fem.
Se em vez de uma bobina, forem usadas três bobinas deslocadas ou defasadas
geometricamente de 120° uma da outra ocorrerá uma distribuição simétrica das
bobinas, obtendo-se aí um gerador trifásico.
Fig. 8.1
Estas tensões podem ser representadas pelos fasores (Fig. 8.3), não
esquecendo de tomar como referência o sentido da velocidade angular (anti-
horário).
Conexão do gerador em estrela (Y)
A ligação estrela é obtida através da interligação dos terminais A’, B’ e C’
por exemplo. Esta conexão é chamada estrela, pois as bobinas podem ser
dispostas de tal forma que representam a figura Y (estrela) conforme a figura 8.4.
O sistema ABC é o mais utilizado. Por isto será a sequência utilizada neste
trabalho.
Diagrama fasorial
E AB E AN 0 E BN 60
56
1 3
E AB E AN 1 j0 E BN j
2 2
Como E AN E BN
Tem-se
1 3
E AB E AN 1 j0 j
2 2
3 3
E AB E AN j
2 2
2
3 3
2
3 /2
E AB E AN arc tg
2 2 3/2
9 3 3
E AB E AN arc tg
4 4 3
E AB E AN 3 30
Como: ZA = ZB = ZC → IA IB IC
I N IA IB IC
IN 0 A
59
VF - tensão de fase
IF - corrente de fase
θ - o ângulo da impedância (ou ângulo de defasagem entre V e I)
PF - a potência de fase
PT – a potência total
PF = VF . IF cos θ
PT = 3 VF . IF cos θ
Uma outra expressão para a potência total pode ser deduzida da seguinte
forma:
PT = 3 VF . IF cos θ
VL
PT 3 . I F . cos
3
PT 3 . VL . I cos
Potências de fase
QF = VF I sen θ
60
SF = V F I
Potências totais
QT = 3 QF = 3 VF . I sen θ
ST = 3 SF = 3 VF . I
P
cos
Q
Pode-se observar que, na ligação triângulo, não existe o fio neutro, o que é
desvantagem em determinados casos.
VF = V L
I A I AB I CA IA I AB I AC
I B I BC I AB IB I BC I BA
I C I CA I BC IC I CA I CB
I A I AB 0 I AC 60
1 3
I A I AB 1 j0 I AC j
2 2
63
Como
I AB I AC
Tem-se
1 3
I A I AB 1 j0 j
2 2
3 3
I A I AB j
2 2
2
3
2
3
I A I AB
2 2
I A I AB 3
X 3 /2
arc tg arc tg 30
R 3/2
I A I AB 3 30
Conclusão:
IL IF . 3 30
I A I AB 30 I AC 30
65
3 1 3 1
I A I AB j I AC
2 j
2 2 2
Como I AB I AC , tem-se:
3 1 3 1 3
I A I AB j j I A I AB 2 j0
2 2 2 2 2
I A I AB 3
X
arc tg arc tg 0 0
R
I A I AB 3 0 , ou seja, I L I F 3 30
Conclusão
Cálculo da potência
PF = VF IF cos θ
QF = VF I sen θ
SF = V F I
PT = 3 VF IF cos θ
QT = 3 VF I sen θ
ST = 3 VF I
IL
PT 3 V I F cos PT 3 V cos PT 3 V I L cos
3
Q T 3 V I F sen Q T 3 V I L cos
ST 3 V I F ST 3 V IL
66
P
cos
S
Acionamentos Elétricos
Este estudo tem como objetivo apresentar alguns dos mais variados tipos
de dispositivos elétricos utilizado na montagem de comandos elétricos, apontando
características físicas e construtivas dos mesmos. Analisaremos também o
funcionamento elétrico destes, a fim de que possamos entender com mais clareza
e objetividade, o seu princípio de funcionamento e a sua aplicabilidade, como
também, alguns dos sistemas de partida utilizados para motores.
Fusíveis
São dispositivos usados nas instalações elétricas com a função de
proteger os circuitos contra os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas.
Simbologia
Constituição
Contatos
Servem para fazer a conexão dos fusíveis com os componentes das
instalações elétricas. Feitos de latão ou cobre prateado, para evitar oxidação e
mau contato.
Corpo isolante
Elo fusível com seção reduzida normal - A fusão sempre ocorre na parte
onde a seção é reduzida. (Fig. 1.5)
68
Elo fusível com seção reduzida por janelas - A fusão sempre ocorre na
parte entre as janelas de maior seção. (Fig. 1.6)
Indicador de queima
Facilita a identificação do fusível queimado. Desprende-se em caso de
queima do fusível.
Funcionamento
O funcionamento dos fusíveis é baseado na fusão do elo fusível, condutor
de pequena seção transversal que sofre um aquecimento maior que o dos outros
condutores à passagem da corrente. Para uma relação adequada entre seção do
elo fusível e o condutor protegido, ocorrerá a fusão do metal do elo quando o
condutor atingir uma temperatura próxima da máxima admissível (especificada
para cada fusível, de acordo com sua aplicação e corrente nominal).
69
Exemplo
Proteção de circuitos com lâmpadas incandescentes e resistores em geral.
São próprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou capacitivas
(motores, trafos, capacitores e indutores em geral).
Corrente
Cor
nominal(A)
Rosa 2
Marrom 4
Verde 6
Vermelho 10
Cinza 16
Azul 20
Amarelo 25
Preto 35
Branco 50
Laranja 63
Tensão nominal (Vn)
Especifica o valor da máxima tensão de isolamento do fusível. É uma
característica relacionada com o corpo isolante do dispositivo.
BOTÕES DE COMANDO
São dispositivos com a finalidade de interromper ou estabelecer
momentaneamente, por impulso, um circuito de comando, para iniciar,
interromper ou continuar um processo de automação. (Fig. 2.1)
Simbologia
Bloco de contatos
Elemento constituído de um corpo isolante, contatos móveis, fixos e
bornes para conexões. (Fig. 2.10)
Observação
Atualmente, os botões de comando são fabricados de forma que
podemos inserir mais blocos de contatos NA e NF de acordo com as necessi-
dades do circuito. Os blocos de contatos são acessórios disponíveis no mercado
de componentes elétricos.
Simbologia
Constituição
É basicamente composta por um corpo (carcaça), bloco de contatos e um
elemento de acionamento (cabeçote).
Corpo
Elemento responsável pela proteção mecânica dos contatos e bornes.
Serve como suporte de fixação do elemento de acionamento. É fabricado por
diferentes tipos de materiais, de modo que possa oferecer elevada resistência
mecânica, e trabalha em temperaturas variadas. (Fig. 3.3)
74
Bloco de contato
Responsável pelo acionamento elétrico do circuito de comando, quando
acionado mecanicamente pelo cabeçote.
Exemplo
lP 65
Onde:
lP - significa grau de proteção
Contatores
São dispositivos de manobra mecânicos, acionados
eletromagneticamente, operados à distância com força de retrocesso.
Constituição
O contator é dividido em sistema de acionamento (núcleo móvel, núcleo
fixo e bobi na) e sistema de manobra de carga (contatos móveis e fixos e/ou
câmara de faísca).
Contatos
Parte do contator por meio do qual um circuito é estabelecido ou
interrompido, Existem contatos fixos e móveis e, de acordo com a utilização,
contatos principais e auxiliares.
77
Contatos fixos
Parte de um elemento de contato fixado à carcaça do contator. Na
extremidade oposta ao corpo onde estão montados os contatos fixos são
colocados os bornes para conexões, destinados à interligação do contator com
outros dispositivos.
Contatos móveis
Normalmente feitos de cobre, têm dois pontos de contatos de prata nas
extremidades, movidos quando acionamos a bobina do contator.
Terminais de conexão
Destinam-se à interligação do contator com outros dispositivos do circuito.
Carcaça
E a parte que aloja e sustenta todos os componentes do contator; feita de
material isolante, que oferece resistência elétrica e mecânica.
Bobina
É o elemento responsável pela criação de um campo magnético, que faz
movimentar eletromecanicamente o sistema móvel do contator. É constituída por
várias espiras de fio esmaltado, enroladas num carretel isolante. Quando a bobina
é percorrida por uma corrente elétrica, produz um campo magnético.
Núcleo fixo
Elemento responsável pela concentração das linhas de força do campo
magnético criado pela bobina, evitando que elas se dispersem.
Observação
Acessório - supressor de sobretensão: utilizado no amortecimento das
sobretensões provocadas por conta tores durante as operações de abertura.
Estas sobretensões podem colocar em risco de dano componentes sensíveis à
variação de tensão, ligados paralelamente com a bobina do contator.
Funcionamento
Quando a bobina do contator é alimentada por um dispositivo de
comando (botoeiras, fins de curso etc.), cria-se um campo magnético no núcleo
fixo, que atrai o núcleo móvel. Estando os contatos móveis acoplados
mecanicamente ao núcleo móvel, deslocam-se ao encontro dos contatos fixos,
fechando o circuito.
Tipos de contatores
De acordo com as características elétricas e as condições de serviço, os
contatores podem ser classificados em: contatores tripolares de potência e
contatores auxiliares.
80
Exemplo
220V - 240V - 380V
Observação
Normalmente, nas placas de identificação dos contatores, vem expressa a
potência mecânica em CV ou HP, correspondente à potência elétrica.
Corrente Alternada
A Cargas resistivas ou pouco indutivas
C-1
A Manobra de motores com anéis coletores,freio por cntra corrente,
C-2 reversão
A Manobra de motores com rotor gaiola, desligamento em regime
C-3
A Manobra de motores com rotot gaiola, serviço intermitente,
C-4 pulsatório e reversão a plena marcha
Corrente Continua
D Cargas resistivas ou pouco indutivas
C-1
D Motores em derivação, desligamento em regime
C-2
D Motores em derivação, freio pro contra corrente, reversão
C-3
D Motores com exitação série, desligamento em regime
C-4
D Motores com exitação série, freio por contra corrente, reversão
C-5
Intertravamento de contatores
É um sistema elétrico ou mecânico destinado a evitar que dois ou mais
contatores se fechem, acidentalmente, ao mesmo tempo, provocando curto-
circuito ou mudança da seqúéncia de funcionamento de um determinado circuito.
Relés de proteção
Fig. 5.2
Funcionamento
Os relés de sobrecarga foram desenvolvidos para operar baseados no
princípio de pares termoelétricos. O princípio de operação do relé está
fundamentado nas diferentes dilatações que apresentam os metais, quando
submetidos a uma variação de temperatura. Duas ou mais lâminas de metais
diferentes (normalmente ferro e níquel) são ligadas por soldas, sob pressão ou
eletroliticamente. Quando aquecidas elas se dilatam diferentemente e se curvam.
Esta mudança de posição é usada para comutação de um contato. Durante o
esfriamento, as lâminas voltam à posição inicial.
O relé está, então, novamente pronto para operar, desde que não exista
no conjunto um dispositivo mecânico de bloqueio. O relé permite que o seu ponto
de atuação, ou seja, o alongamento ou a curvatura das lâminas, para o qual
ocorre o desligamento, possa ser ajustado com o auxílio de um dial. Isto
possibilita ajustar o valor de corrente que promoverá a atuação do relé.
Deve-se calibrar a corrente de ajuste do relé em função da corrente
nominal do componente a ser protegido (por exemplo, um motor). (Fig. 5.5)
relé de subtensão;
relé de sobrecorrente.
DISJUNTOR INDUSTRIAL
Disjuntor industrial é um dispositivo de manobra mecânico, utilizado para
estabelecer, conduzir e interromper correntes sob condições normais do circuito,
e interromper correntes sob condições anormais do circuito, como: curto-circuito,
sobrecarga ou subtensão. E, normalmente, usado para comandar motores
trifásicos (Fig. 6.1)
.
88
Simbologia
Constituição
O disjuntor industrial é composto, basicamente, de:
contatos principais;
câmara de extinção do arco;
transformador de corrente dos relés de proteção;
mecanismo de acionamento;
manopla de acionamento.
Funcionamento
tensão nominal;
corrente nominal;
freqüência.
SINALIZAÇÃO
Símbolos
Sinaleiros luminosos
São sinaleiros usados para indicar as condições de operação de um
circuito por meio de um visor com cores padronizadas. (Fig. 8.1)
Constituição
São constituídos de um elemento frontal de sinalização e um elemento
soquete.
RELÉS DE TEMPO
Os relés de tempo são dispositivos empregados em todos os processos
de temporização de manobras, em circuitos auxiliares de comando, regulação,
proteção etc., dentro do limite de suas características elétricas.
Simbologia
92
Funcionamento
Descrição funcional
Podemos observar que, ao ser energizada a rede trifásica (R, 3 e 1),
teremos tensão nas linhas de comando (R e S), e através dos fusíveis de
proteção (e2, e e22) será feita a alimentação dos pontos superior do botão de
comando desliga (b0) e inferior da bobina O, (lado b). Estando b0 no repouso, seu
contato está fechado, mantendo energizados os pontos superiores do botão liga
(b1) e do contato normalmente aberto de C1,. Ao ser acionado o botão liga (b1),
seu contato se fecha, energizando o ponto superior da bobina C1, (lado a). Então,
a bobina (C1) fica sujeita à tensão da rede em seus terminais (a e b), acionando
seus contatos e fechando-os tanto no circuito de força quanto no de comando.
Assim, podemos desacionar b1 visto que a corrente elétrica, que alimenta a
bobina, fluirá através do contato C1 agora fechado. Nessas condições, o motor
parte e permanece ligado até que seja acionado o botão desliga (b0). Quando
isso acontece, é interrompido o percurso da corrente, que fluía pelo contato C1,
desenergizando a bobina (C1) e, em conseqüência disso, interrompendo a
alimentação do motor até a sua paralisação, O contato de C, aberto e b,
desacionado recolocam o circuito na condição de ser dada nova partida. Com a
finalidade de proteger o motor contra sobrecargas, inserimos o contato
normalmente fechado (NF) do relé térmico de sobrecarga em série com o botão
desliga (b), passando o circuito de comando a ser o ilustrado na figura 1.23.
95
Característica fundamental
Na partida, ligação estrela, a corrente fica reduzida a aproximadamente
33% do valor da corrente de partida direta, reduzindo-se também o conjugado na
mesma proporção. Por esta razão, sempre que for necessária uma partida
estrela-triângulo, deverá ser usado um motor com curva de conjugado elevado, O
conjugado resistente da carga não pode ser maior que o conjugado de partida do
motor, nem a corrente no instante de comutação de estrela para triângulo poderá
ser de valor inaceitável. Por essa razão, o instante de comutação deve ser
criteriosamente determinado, para que esse sistema de partida seja vantajoso nas
situações onde o sistema de partida direta não é possível. Na página seguinte,
são ilustradas duas situações de partida estrela-triângulo de motor trifásico. Uma,
com alto conjugado resistente de carga (situação A), onde o sistema de partida
não se mostra eficaz, pois perceba que o salto da corrente, no instante da
comutação (85% da velocidade), é elevado representando cerca de 320% de
aumento no seu valor, que era de aproximadamente 100%. Como na partida a
corrente era de aproximadamente 190%, isso não é nenhuma vantagem.
Outra, com conjugado resistente de carga bem menor (situação B), onde
o sistema se mostra eficiente, pois o salto de corrente, no instante da comutação
(95% da velocidade), não é significativo, passando de aproximadamente 50%
para 170%, valor praticamente igual ao da partida. Isso é uma vantagem, se
considerarmos que o motor absorveria da rede aproximadamente 600% da
corrente nominal, caso a partida fosse direta. (Gráf.1)
98
Onde:
C – conjugado
Cn – Conj. Nominal
I - Corrente em triângulo
Iy – Corrente em estrela
I – Corrente
In – Corrente Nominal
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Análise funcional.
Estando energizada a rede trifásica (R, S T), estaremos energizando o
borne 95 do relé térmico de sobrecarga, e os pontos inferiores (lado b) das
bobinas C1, C2 C3 e d1 através dos fusíveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do
relé térmico de sobrecarga, ligado em série como contato NF (1,2) do botão
desliga (b0), proporciona a energização dos bornes superiores do botão liga (b) e
dos contatos NA de C1 (13 e 43). Acionando b1, são energizadas as bobinas de
02 e d1, através dos contatos NF de C1 (21,22) e d1 (15, 16). O relé de tempo
(d1) inicia a contagem, tendo como referência o período pré-ajustado, para operar
seu contato NF (d1 - 15,16). C2 por sua vez, abre o contato NF (21, 22), fechando
os contatos NA (13,14 e 43, 44), cujas respectivas funções são garantir o bloqueio
de C3 enquanto o motor estiver em regime de partida (estrela), fazer o selo da
bobina C2 e energizar a bobina C1. Sendo a bobina 0, energizada, através do
contato NA de C2(43,44), são acionados os contatos NF (21,22) e NA (13, 14 e
43, 44), cujas respectivas funções são impossibilitar o acionamento de 02 após a
comutação de estrela para triânguro, a menos que seja acionado o botão desliga
(b), selo da bobina Q e condição de acionamento para C1 logo após a
desenergização de C2 (comutação de estrela para triângulo).
Exemplo
Para 85% da tensão nominal:
trifásico.
103
Análise funcional
Estando energizada a rede trifãsica (R, S e T), estaremos energizando o
borne 95 do relé térmico de sobrecarga, e os pontos inferiores (lado b) das
bobinas C1, C2, C3 e d1 através dos fusíveis e21 e e22. O contato NF (95, 96) do
relé térmico de sobrecarga, ligado em série com o contato NF (1,2) do botão
desliga (b0), proporciona a energização dos bornes superiores do botão liga (b1)
e dos contatos NA de C1, C2 e C3 (13). Acionandob1, são energizadas as
bobinas de d1 e C1 através dos contatos NF de C2(61, 62), d1 (15, 16) e 02 (21,
22).
(13,14 e 43, 44) que têm a função de selo, ou seja, manter C2 ligado. Perceba
que, no instante da comutação, o relé de tempo desliga apenas a bobina C1
ficando energizada a bobina C3 mantendo assim o motor sob tensão através dos
enrolamentos de cada coluna do autotransformador. Isso faz com que seja
reduzido o pico de corrente no instante da comutação (inserção da bobina C2),
pois o motor não é desligado.
2 - Arquitetura do CLP
Conhecer a estrutura básica de cada Bloco que compõe o PLC, com
suas particularidades e funções desempenhadas, auxilia na configuração e
escolha do equipamento mais adequado à implementação de determinado
Sistema Automatizado. De certa forma, influencia também no desenvolvimento do
Programa de Aplicação.
2.2 - Processador
O desenvolvimento tecnológico de um PLC depende principalmente do
Processador utilizado, que pode ser desde um microprocessador/controlada
convencional - 80286, 80386, 8051, até um processador dedicado - DSP (Digital
Signa Processor — Processador Digital de Sinais), por exemplo.
Tabela de Dados: Essa área armazena dados que são utilizados pelo
Programa de Aplicação, como valores atuais e de preset (pré-configurado) de
temporizadores! Contadores e variáveis do programa, além dos status dos Pontos
de Entrada e de Saída (Tabela de Imagem das Entradas e Tabela de Imagem das
Saídas), que são lidas e escritas pelo Programa de Aplicação, respectivamente. A
atualização desse status é realizada constantemente, refletindo as mudanças
ocorridas nos Pontos de Entrada, e as atualizações das saídas são efetuadas
pelo Programa de Aplicação. Cada Ponto de Entrada e de Saída, conectado aos
Módulos de I/O, tem um endereço específico na Tabela de Dados, o qual é
108
4 - Linguagens de Programação
Recursos do controlador
Tamanho da memória – A memória do controlador de estrutura
modular SLC-500 pode ser configurada tanto para armazenamento de dados
117
Requisitos de sistema
Este software foi desenvolvido para plataformas Windows 98, 2000 e
XP. O Hardware mínimo é um microprocessador Pentium ou compatível com
16MB de RAM e 8MB disponível em disco rígido e uma porta serial RS232.
ATENÇÂO
1 - Deve-se testar a linha editada, para ter certeza que ela esta
funcionando dentro da lógica prevista. Assim clique em: e confirme com yes a
pergunta.
2 - Se a lógica estiver ok, confirme as modificações com: em
seguida yes para confirmar. Dessa forma você estará saindo do modo de edição
em definitivo.
OBS: Caso você não tenha uma CPU na hora da configuração, você
não deverá apertar Auto-configure
Criação de Paralelos
O paralelo deve ser feito depois que a parte linear da linha é editada.
Siga os seguintes passos:
1 - Posicione o cursor no lado esquerdo de onde o paralelo deverá
aparecer.
2 - Na Barra de Instruções dique no botão:
3 - Em seguida clique e arraste com o mouse o lado direito do paralelo,
envolvendo assim as instruções que ficarão dentro do paralelo (só solte quando a
caixa vermelha ficar verde).
4 - Insira uma instrução da Barra de Instruções, escolhendo a categoria
e a instrução que você precisar. Na categoria são abertas uma série de opções,
basta clicar nas abas inferiores da Barra.
5 - Digite o endereço ou os parâmetros da instrução e dê <ENTER>.
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7 – Exemplos de programas
Os exemplos a seguir foram implementados em uma estrutura de
hardware seguindo os endereços apontados na figura a seguir:
7.1 – Programa 1
7.2 – Programa 2
7.3 – Programa 3
7.4 – Programa 4
7.5 – Programa 5
7.6 – Programa 6
7.7 – Programa 7
7.8 – Programa 8
7.9 – Programa 9
7.10 – Programa 10
Referências Bibliográficas
CALÇADA, Caio Sérgio, SAMPAIO, José Luiz. Física Clássica. São Paulo: Atual
Ltda., 1985.