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Água pesada, D​2​O

A água pesada, óxido de deutério, também conhecida como água deuterada, fórmula
D​2​O ou ²H​2​O - 20,03 g.mol​-1​ é um líquido incolor (T.E. 101,4 °C) nas condições
ambiente.

Na água pesada, salienta-se:

● Deutério;
● Oxigênio.

Em 1913, o pesquisador Francis W. Aston encontrou evidências da existência dos


isótopos. Por seus trabalhos, ele recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1922. Pouco
tempo depois, Ernest Rutherford sugeriu a existência de um isótopo mais pesado que o
hidrogênio, ao qual chamamos hoje de deutério.
O deutério foi detectado pela primeira vez em 1932 por Harold Clayton Urey. Ele
descobriu que poderia enriquecer o hidrogênio líquido por meio da destilação fracionada
e confirmou que a causa das linhas fracas no espectro atômico do hidrogênio era devido
à presença de pequenas quantidades de deutério. Através da eletrólise, Urey obteve com
sucesso o enriquecimento da água no isótopo mais pesado. O próximo passo seria isolar
a água pesada pura.

Junto com Gilbert N. Lewis e seu aluno Ronald T. MacDonald, ele conseguiu isolar D​2​O
utilizando tanto a eletrólise quanto a destilação fracionada sob pressão reduzida
(empregando uma coluna de destilação de aproximadamente 22 metros). Equipado com
seu suprimento de D​2​O, Lewis começou a investigar suas propriedades.

Urey recebeu sozinho o Prêmio Nobel de Química, em 1934, pela descoberta do deutério,
deixando Lewis, seu orientador de PhD e colaborador da descoberta, fora do prêmio.
Neste momento, Lewis parou de trabalhar com a água pesada. Além de suas
contribuições na

descoberta do deutério, contribuiu na teroria da ligação covalente, nos conceitos de


ácidos e bases como elétrons receptores e doadores, respectivamente, no
desenvolvimento da teoria dos eletrólitos e na formulação da termodinâmica para os
químicos. Entretanto, Lewis nunca ganhou o Prêmio Nobel.

Pequenas quantidades de água pesada não são tóxicas. Estima-se que seria necessário
30-50% de água pesada em nosso organismo para que ocorresse um envenenamento
grave.
Uma consequência do fato da molécula de D​2​O ser significantemente mais pesada que a
de H​2​O é que um cubo de gelo feito com água pesada (D​2​O) afunda, ao ser colocado em
H​2​O líquida.
Os pesquisadores continuaram examinando as propriedades do D2O, mas como sua
obtenção era geralmente feita por eletrólise, uma grande quantidade de água pesada
exigia uma enorme quantidade de eletricidade. Isto foi obtido na Planta de água pesada
Ryukan, na hidroelétrica da empresa Norsk Hydro em Vemork, Noruega, onde eles
obtiveram a água pesada realmente pura, em 1935. No início, a demanda era pequena e
somente quantidades menores que 10 g eram produzidas. Mas as coisas mudaram
depois que Hahn e Strassmann descobriram, no final de 1938, que átomos de urânio
podiam ser divididos utilizando nêutrons lentos, liberando energia (e mais nêutrons). No
final de 1939, Ryukan estava recebendo pedidos de mais de 100 kg de D​2​O por mês da
gigante Alemã I. G. Farben.

A água pesada poderia funcionar como moderador em reatores nucleares para produzir
nêutrons com velocidade correta para induzir a fissão nuclear. Durante a II Guerra
Mundial, a corrida pela obtenção da água pesada foi muito grande por países como a
Alemanha, França, Inglaterra e EUA. Após a Alemanha invadir a Noruega e tomar conta
da Ryukan, muitos foram os esforços por parte da Inglaterra e da resistência norueguesa
para acabar com a produção de água pesada da Alemanha, enfraquecendo assim seu
projeto nuclear. Até que numa operação militar em 1943, o comando norueguês
conseguiu causar sérios danos à produção da Ryukan, sendo o golpe final ocorrido em
1944, quando um navio que transportava água pesada para a Alemanha foi afundado.
Enquanto o projeto alemão enfraquecia, os EUA investiam alto no projeto Manhattan.
Novos e mais eficientes processos foram propostos para a produção de D​2​O, como o
Processo Girdler sulfide, descoberto simultaneamente por Karl-Hermann Geib na
Alemanha e Jerome S. Spevack, na Universidade de Columbia. Este emprega uma
reação de troca isotópica entre H​2​O e D​2​S, onde a constante de equilíbrio é favorável (K~
1,01):

O deutério auxilia no estudo de mecanismos de reação através de experimentos como,


por exemplo, o efeito cinético isotópico, além de ser usado como solvente (D​2​O) para
experimentos de Ressonância Magnética Nuclear.
Fonte:
Baseado no texto de Simon Cotton, Uppingham School, Rutland, UK. Originalmente
publicado em:
http://www.chm.bris.ac.uk/motm/D2O/D2Oh.htm
Autor:​ Rafael Garrett, doutorando em química do IQ-UFRJ

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