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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR RIOGRANDENSE

DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II


SEMESTRE DA DISCIPLINA: 2018/01
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
PROF. Ricardo Ficanha

ASSUNTOS AULA 06/03/2018


1. DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO DE UM ELEMENTO .......................1
2. DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO LONGITUDINAL ...........................4
3. APLICAÇÕES .....................................................................7

1. DEFORMAÇÃO POR FLEXÃO DE UM ELEMENTO

Qual o comportamento de uma


viga prismática reta feita com
homogêneo é submetida a flexão?
Estudaremos aqui vigas com área de
seção transversal simétrica em
relação a um eixo e a um momento
fletor aplicado em torno de um alinha
central perpendicular ao a esse eixo
de simetria, conforme ilustra a figura
ao lado. Já os elementos com seções Figura 1
transversais assimétricas ou feitos de
vários materiais diferentes é baseado em observações semelhantes e será
discutido separadamente nas próximas aulas.

Ao observar um elemento de alta capacidade de deformação, como a


borracha, pode-se visualizar fisicamente o que acontece quando um elemento
prismático reto é submetido a um momento fletor.

Ao considerar, por exemplo, uma barra reta (Antes da deformação) que


tem seção transversal quadrada e marcada por uma grade de linhas
longitudinais e transversais. Quando
um momento fletor é aplicado, as
linhas de grade tendem a se
distorcer segundo o padrão (Após a
deformação). Aqui podemos ver que
as linhas longitudinais se tornam
curvas e as linhas verticais
continuam retas, porém sofrem
rotação.
Figura 2

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O comportamento de qualquer barra deformável sujeita a um momento


fletor provoca o alongamento do material na parte inferior da barra e a
compressão do material na porção
superior da barra. Por consequência,
entre essas duas regiões deve existir
uma superfície, denominada
superfície neutra, na qual não
ocorrerá mudança nos comprimentos
das fibras longitudinais do material.

Com base nessas observações, as


3 premissas seguintes devem ser
adotadas em relação ao modo como
a tensão deforma o material: Figura 3

A primeira é que o eixo longitudinal x, que se encontra no interior da


superfície neutra, não sofre qualquer mudança no comprimento. Mais
exatamente, o momento tenderá a deformar a viga de modo que essa linha
se torna uma curva
localizada no plano de
simetria x-y.

A segunda é que
todas as seções
transversais da viga
permanecem planas e
perpendiculares ao eixo
longitudinais durante a
Figura 4 deformação.

A terceira é que qualquer deformação da seção transversal dentro de


seu próprio plano, como observa-se na Figura abaixo, será desprezada. Em
particular, o eixo z, que se encontra no plano da seção transversal e em torno
do qual a seção transversal gira, é denominado eixo neutro.

Para mostrar como essa distorção deformará o material, isolaremos um


segmento da viga localizado à distância x ao longo do comprimento da viga
com espessura Δx
antes da deformação
(Figura 4). A Figura 6
ilustra uma vista
lateral desse elemento
tomado da viga antes
e após a deformação.
Observe que qualquer
segmento de reta Δx, Figura 5

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localizado na superfície neutra, não muda de comprimento, ao passo que


qualquer segmento de reta Δs, localizado à distância arbitrária y acima da
superfície neutra, se contrairá e se tornará Δs’ após a deformação. Por
definição, a deformação normal ao longo de Δs é determinada pela equação
abaixo.
∆𝑠𝑠´ − ∆𝑠𝑠
∈= lim
∆𝑠𝑠 →0 ∆𝑠𝑠

Agora, representaremos essa deformação em


termos de localização Y do segmento e do raio de
curvatura ρ do eixo longitudinal do elemento.
Antes da deformação,
Δs=Δx (Figura 6).
Após a deformação,
Δx tem raio de
curvatura ρ com
centro de Figura 6
curvatura no ponto
O’ (Figura 8). Visto que Δθ define o ângulo entre
os lados da seção transversal do elemento,
Δx=Δs=ρΔθ. Da mesma maneira, o comprimento
deformado de Δs torna-se Δs’=(ρ-y)Δθ.
Substituindo-se na equação anterior, obtemos:
(𝜃𝜃 − 𝑦𝑦)∆𝜃𝜃 − 𝜌𝜌∆𝜃𝜃 𝑦𝑦
∈= lim 𝑜𝑜𝑜𝑜 ∈= −
∆𝜃𝜃 →0 𝜌𝜌∆𝜃𝜃 𝜌𝜌

Com esses resultados temos o indicador que a


deformação normal de qualquer elemento no
Figura 8
interior de uma viga depende de sua localização
y na seção transversal e do raio de curvatura do eixo longitudinal da viga no
ponto. Em outras palavras, para qualquer seção transversal específica, a
deformação normal longitudinal irá variar linearmente com y em relação ao
eixo neutro. Ocorrerá uma contração (-ε)
nas fibras localizadas acima do eixo
neutro (+y), ao passo que ocorrerá um
alongamento (+ε) nas fibras localizadas
abaixo do eixo (-y). Essa variação de
deformação na seção transversal é
mostrada na Figura 7. Aqui, a deformação
máxima ocorre na fibra mais externa,
localizada na distância c do eixo neutro.
Usando a equação anterior e visto que εmáx
Figura 7
= ε / ρ, então, por divisão:

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𝑦𝑦
∈ − �𝜌𝜌
= 𝑐𝑐
∈𝑚𝑚á𝑥𝑥 �𝜌𝜌
𝑦𝑦
𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿𝐿: ∈= − � � ∈𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑐𝑐
Essa deformação normal depende somente das premissas em relação à
deformação. Contanto que somente um momento seja aplicado à viga, é
razoável adotar uma premissa adicional, ou seja, que esse momento provoca
uma tensão normal somente na direção longitudinal, ou direção x. Todas as
outras componentes de tensão normal e tensão de cisalhamento são nulas,
visto que a superfície da viga está livre de qualquer outra carga. É esse estado
de tensão uniaxial que faz o material ter a componente da deformação normal
longitudinal εx,(σx=Eεx), definida pela equação anterior. Além do mais, pelo
coeficiente de Poisson, também devem existir componentes de deformação
associadas εy=-νεx e εz=-νεx, que
deformam o plano da área da seção
transversal, embora, aqui, tenhamos
desprezado essas deformações.
Todavia, essas deformações farão com
que as dimensões da seção transversal
fiquem menores abaixo do eixo neutro e
maiores acima do eixo neutro. Por
exemplo, se a viga tiver seção
transversal quadrada, ela se deformará
de forma análoga a imagem da Figura 9. Figura 9

2. DISTRIBUIÇÃO DE TENSÃO LONGITUDINAL

Para desenvolvermos uma equação que relaciona a distribuição de tensão


longitudinal em uma viga e o momento fletor interno resultante que age na
seção transversal da viga, partiremos da
premissa de que o material se comporta de
uma maneira linear elástica, de modelo que
a lei de Hooke se aplica, isto é σ=Eε. Então,
uma variação linear da deformação
normal (Figura 10) deve ser consequência
de uma
variação
linear de
tensão
Figura 10 normal
(Figura
11). Logo, assim como a variação da
deformação normal, σ variará de zero no
eixo neutro do elemento até um valor
Figura 11

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máximo, σmáx, á distância c mais afastada do eixo neutro. Pela


proporcionalidade de triângulo (Figura 11) ou pela de Hooke, σ=Eε, e, pela
equação anterior, podemos escrever então que:
𝑦𝑦
𝜎𝜎 = − � � 𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑐𝑐
Essa equação representa a distribuição de tensão na área da seção
transversal. Aqui, a convenção de sinal definida é significativa. Para M
positivo, que age na direção +z, valores positivos de y dão valores negativos
para σ, isto é, uma tensão de
compressão, visto que age na direção
x negativa. De maneira semelhante,
valores negativos de y darão valores
positivos ou de tração para σ. Se um
elemento de volume de material for
selecionado em um ponto específico
na seção transversal, somente essas
tensões normais de tração ou
compressão agirão sobre ele. Por
exemplo o elemento localizado em +y
é mostrado na Figura 12.
Figura 12
Podemos localizar a posição do eixo neutro na seção transversal
satisfazendo a condição de que a forma resultante produzida pela distribuição
de tensção na área da seção transversal deve ser nula. Observando que a
força dF= σdA age sobre o elemento arbitrário dA na Figura 12, exige-se:

𝐹𝐹𝑅𝑅 = � 𝐹𝐹𝑥𝑥

𝑦𝑦 −𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥
0 = � 𝑑𝑑𝑑𝑑 = � 𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎 = � − � � 𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥 𝑑𝑑𝑑𝑑 = � 𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎
𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝑐𝑐 𝑐𝑐 𝐴𝐴

Visto que σmáx/c não é igual a zero, então:

� 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 = 0
𝐴𝐴

Em outras palavras, o momento de primeira ordem da área da seção


transversal do elemento em torno do eixo neutro deve ser nulo. Essa condição
só pode ser satisfeita se o eixo neutro também for o eixo do centroide
horizontal para a seção transversal analisada. Por consequência, uma vez
determinado o centroide para a área da seção transversal do elemento, a
localização do eixo é conhecida.

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Podemos determinar a tensão na viga pelo fato de que o memento


interno resultante M deve ser igual ao momento produzido pela distribuição
de tensão em torno do eixo neutro. O momento de d F na Figura 12 em torno
do eixo neutro é dM=ydF. Esse momento é positivo, visto que, pela regra da
mão direita, o polegar está direcionado ao longo do eixo z positivo quando os
dedos são curvados no sentido da rotação causada por dM. Uma vez que dF=
σdA, pela equação anterior temos:

𝑦𝑦 𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥
𝑀𝑀 = � 𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦𝑦 = � 𝑦𝑦(𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎𝜎) = � 𝑦𝑦 � 𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥 � 𝑑𝑑𝑑𝑑 = � 𝑦𝑦 2 𝑑𝑑𝑑𝑑
𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝐴𝐴 𝑐𝑐 𝑐𝑐 𝐴𝐴

Nessa expressão, a integral representa o momento de inércia da área


da seção transversal, calculada em torno do eixo neutro. Esse valor é
representado pela letra I. Por consequência, a equação anterior pode ser
resolvida para σmáx e escrita em sua forma geral como:

𝑀𝑀
𝜎𝜎𝑚𝑚á𝑥𝑥 = 𝑐𝑐
𝐼𝐼
Sendo:

σmáx = tensão normal máxima no elemento, que ocorre em um ponto


na área da seção transversal mais afastando do eixo neutro;

M = momento interno resultante, determinado pelo método das seções


e pelas equações de equilíbrio em torno do eixo neutro da seção transversal;

I = momento de inércia da área da seção transversal calculada em


torno do eixo neutro;

c = distância perpendicular ao eixo neutro a um ponto mais afastado


do eixo neuntro.

Visto que σmáx/c = - σ/y, a tensão normal em uma distância y pode ser
determinada por uma equação semelhante:
𝑀𝑀
𝜎𝜎 = 𝑦𝑦 𝑦𝑦
𝐼𝐼
Observe o sinal negativo, pois este é necessário já que está de acordo
com os eixos x, y e z definidos. Pela regra da mão direita, M é positivo ao
longo do eixo +z, y é negativo para cima e , portanto 𝜎𝜎 deve ser negativa
(compressão), uma vez eu age na direção da terra.

Quaisquer das últimas 2 equações é conhecida como fórmula da


flexão. Essa fórmula é usada para determinara tensão normal em um
elemento reto, com seção transversal simétrica em relação a um eixo, e
momento aplicado perpendicularmente a esse eixo. Embora tenhamos
considerado que o elemento seja prismático, na maioria dos projetos de
engenharia também podemos usar a fórmula da flexão para determinar a

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tensão normal em elementos que tenham ligeira conicidade. Por exemplo,


por análise matemática baseada na teoria da elasticidade, um elemento com
15° de conicidade terá uma tensão normas máxima real aproximadamente
5,4% menor que a calculada pela fórmula da flexão.

3. APLICAÇÕES

a. A Viga tem seção transversal retangular e está sujeita à distribuição


de tensão mostrada na Figura. Determine o momento interno M na
seção provocado pela distribuição de tensção (a) pela formula da
flexão e (b) pela determinação da resultante da distribuição de
tensão pelos principios básicos.

b. A viga simplesmente apoiada na Figura abaixo tem a área de seção


transversal conforme ilustrado. Determine a tensão de flexão
máxima absoluta na viga e represente adistribuição de tensão na
seção transversal nessa localização.

c. A viga mostrada na Figura abaixo tem seção transversal em forma


de um canal. Determine a tensão de flexão máxima que ocorre na
viga na seção a-a.

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