O projeto do novo espaço que abrigará o Escritório de Integração (E.I) do curso de Arquitetura e
Urbanismo da PUC Minas se norteia pelos três pontos do currículo: Tecnologia, inclusão e
sustentabilidade. Esses aspectos são abarcados através da seleção de sistemas construtivos de fácil
aplicação e que permitem o ensino da técnica, ou seja, que são adequados à autoconstrução,
associados à ideia de experimentação, sendo estes, fundamentos das práticas do E.I.
Para marcar esse caráter de experimentação do Canteiro em Obras, as técnicas de superadobe e
bambu foram eleitas para compor esse projeto, pois tratam-se de sistemas construtivos alternativos
com alto potencial, mas que são pouco difundidos.
Já a escolha por alvenaria estrutural aconteceu por ser um sistema racionalizado (modulação dos
blocos), que consegue conciliar os sistemas elétricos e hidráulicos sem maiores desperdícios.
A volumetria foi concebida de modo a
tirar partido do potencial plástico dos sistemas
estruturais escolhidos.
A parede mais sinuosa é feita a partir
da técnica de superadobe, as paredes hidráulicas
e ortogonais de alvenaria estrutural e a fachada
principal e a cobertura de bambu. Para a
adequação de todas essas técnicas construtivas é
proposta a fundação radier.
Potencial educativo-formador
O objetivo desse projeto não é somente proporcionar um ambiente que abrigue o núcleo do
E.I, mas também de refletir os conceitos vinculados à esse espaço, através da experimentação
e ensino dessas propostas de técnicas alternativas que são vinculadas à autoconstrução.
Sendo assim, esse projeto é uma alternativa para se conseguir conciliar as premissas de
sustentabilidade, inclusão e tecnologia, pois somente com a compreensão da espacialidade e
do manejo construtivo propiciado pela prática, é que é possível a melhoria da produção dos
espaços urbanos, para que de fato busquem a sustentabilidade.