FILOSOFIA. "PLATÃO".
EXCERTO SOBRE O BELO, pp.
130-1 SUHRKAMP V19.
[TRADUÇÃO]
1
É interessante notar o paralelismo entre a construção hegeliana ("was das Schöne ist")
e a construção platônica no Hípias Maior: ὃτι ἐστὶ τὸ καλόν. Como se verá nesse
parágrafo, essa será, ao mesmo tempo, a força e a deficiência da formulação platônica
do problema. [N. do T.]
2
Hípias Maior, 292, 295ff, 302.
sensível — determinidade do belo. Na ciência, o universal assume também a
forma do universal ou do conceito. O belo, no entanto, se apresenta enquanto
coisa efetiva, ou enquanto representação na linguagem [Sprache], no modo
como o material [das Dingliche] existe no espírito. A natureza, a essência etc., o
conteúdo do belo é conhecido apenas por meio da razão, — é o mesmo
conteúdo que a filosofia tem; e é apenas por meio da razão que o belo pode
avaliar sua essência. Por ela aparecer, no belo, de modo material [dingliche],
este acaba por ficar abaixo do conhecimento; e, assim, Platão ainda determinou
sua verdadeira aparição enquanto espiritual ali onde ela está no modo do
espírito: no conhecimento.