CURITIBA
1992
M IN ISTÉR IO DA E D U C A Ç Ã O
UN IVERSIDADE FEDERAL D O PARANÁ
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO EM PEDIATRIA
Rua General Carneiro, 181 - 14.“ Andar
80060 - Curitiba - Paraná
P A R E C E R
yp/uúCAjí- /íA v
Prof / Dinarte p o s e . ^G/raldi
D edico este trabalho
incentivo e amizade;
M estrado em Pediatria;
constantes.
iv
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS vi
LISTA DE FIGURAS ix
INTRODUÇÃO 1
OBJETIVOS U
MATERIAL E MÉTODOS 13
Casuística 14
Coleta do material 15
Transporte e acondicionamento 15
Gasometria 16
Hematócrito 16
Ácido láctico 17
Critérios bioquímicos 18
Tratamento estatístico 19
RESULTADOS 20
DISCUSSÃO 64
CONCLUSÕES 84
RESUMO 86
SUMMARY 89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 91
ANEXOS 105
v
LISTA DE TABELAS
vi
M édias e erros padrões das variáveis gasométricas de artéria
umbilical de recém-nascidos com depressão leve a moderada
com acidose mista. 56
vii
LISTA DE GRÁFICOS
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
. INTRODUÇÃO
A avaliação da condição de nascimento de um recém -nascido por várias
décadas foi feita de form a subjetiva, baseada em critérios pouco satisfatórios como
5 7
“breathing tim e” e “crying tim e” ’ , critérios estes que levavam a um julgam ento incorreto
da real situação do recém -nascido e a tom ada de medidas terapêuticas inadequadas, por
vezes excessivas e por vezes insuficientes. Entre os anos de 1949 e 1952 vários sinais
objetivos e de fácil observação foram considerados. Destes, cinco foram selecionados pela
sim plicidade como poderiam ser avaliados, sem necessidade de equipam entos especiais, e
pela facilidade de serem ensinados às pessoas que atuassem em salas de parto 4’ 1. Os cinco
sinais selecionados constituíram assim um índice, no qual cada sinal recebeu o valor zero, 1
ou 2 conform e estivesse p re se n te ou au sen te, p erm itindo que a som a to tal dos v alores de
cada sinal variasse de zero a 10, sendo que um índice de 10 indica um recém -nascido na
m elhor condição possível. 4 A partir de 1953 o índice de A pgar foi difundido e passou a ser
aplicado em salas de parto para avaliar as condições de nascim ento e determ inar a
valor prognóstico, pode ser avaliado visualm ente no epigástrio ou precórdio e pela palpação
valor 2, abaixo de lOObpm recebe valor 1 e se nenhum batimento pode ser visto, palpado ou
enquanto aquele que respira e chora forte recebe valor 2. Os outros tipos de esforço
de estím ulo sendo o mais usado a sucção das narinas e orofaringe com cateter de borracha
m acia que provocaria tosse, espirros ou caretas, valores 2 e 1 respectivam ente, e zero na
ausência de reação.
recém -nascido com pletam ente róseo, 1 se há cianose apenas em extremidades e zero
quando há cianose ou palidez generalizadas.
Com parativam ente poucos recém -nascidos recebem valor 2 para o sinal
cor, mesmo com nota m áxim a para os dem ais sinais 4’7.
gasosas. O sangue oxigenado na placenta chega ao feto através da veia umbilical. Este é o
sangue que tem elevado conteúdo de oxigênio, com uma saturação em torno de 80% e p0 2
de 30 mmHg. Cerca de m etade desse fluxo da veia umbilical segue para o seio portal
perfundindo o fígado. Do seio portal segue através do dueto venoso para a cava inferior,
juntando-se ao sangue que retorna da parte caudal do corpo (sangue proveniente de rins,
pele e intestinos). Este fluxo que atinge o átrio direito através da veia cava inferior tem o
m aior p 0 2 para a perfusão fetal, e passa para o átrio esquerdo através do foram e oval,
atingindo o ventrículo esquerdo, de onde é ejetado para a aorta ascendente. D essa form a as
artérias coronariana e cerebral são perfundidas por sangue com um conteúdo de 0 2 mais
24 88
elevado que 0 restante, com exceção daquele que perfunde 0 fígado. ’
perfundindo os pulm ões com um a p 0 2 de 19 a 22 mmHg. Pelo dueto arterioso 0 sangue que
não perfundiu os pulm ões atinge a aorta descendente, irriga a parte caudal do corpo e a
sangue dependente da resistência, do fluxo e das pressões nas artérias pulm onares e aórtica
que são semelhantes devido ao grande dueto arterioso. A elevada resistência vascular
pulm onar direciona o sangue para o dueto arterioso e aorta descendente. U m a porção
principal da circulação sistêmica tem uma resistência baixa no leito vascular da placenta que
observaram que o sangue das artérias umbilicais apresentam saturação de oxigênio muito
sangue de veia umbilical apresenta saturação superior, cerca de 80%.24 E stes dados
sugerem que o sangue de artéria umbilical representa m elhor o suprim ento de oxigênio aos
circulação fetal à vida extra-uterina. As trocas gasosas passam a ser realizadas pelo pulmão
do recém-nascido. Com a expansão pulm onar dim inui a resistência vascular pulmonar. As
pressões na artéria pulmonar, átrio e ventrículo direitos com eçam a cair e o fluxo sanguíneo
pulm onar aumenta, assim como aum enta o retom o venoso para o átrio esquerdo.
conseqüente fechamento do forame oval. Como a pressão vascular sistêm ica excede a
pulm onar ocorre inversão do shunt no dueto arterioso que passa a se fazer no sentido
nascim ento a circulação passa a funcionar com os dois circuitos em série. Com a passagem
de sangue mais oxigenado pelo dueto arterioso ocorre liberação de substâncias mediadoras
im pedem o fechamento do dueto e prom ovem vasoconstrição dos vasos pulm onares, com.
estudos com macacos Rhesus dem onstraram redução da pressão arterial e choque por
um pH menor que o sangue de um indivíduo adulto e que o sangue m aterno, o que foi
seja m enor que a do adulto o feto mantém uma adequada oxigenação tissular através de um
oxigênio também contribui para tal, capacidade esta devida ao alto hem atócrito, a maior
concentração de hem oglobina fetal que é mais afim ao oxigênio que a hem oglobina A, a
m enor afinidade da hemoglobina fetal ao 2,3 DPG eritrocitário e aos efeitos Bohr e
133
H aldane. A liberação de oxigênio do sangue m aterno p ara o fetal a nível placen tário
m etabólitos fetais, o que faz com que a curva materna de dissociação de oxigênio se
fenôm eno é denominado de Efeito Bohr. À medida que o pH do sangue fetal aum enta, pela
feto para a mãe afasta as curvas de dissociação uma da outra, facilitando a transferência de
oxigênio. Esse fenômeno que é específico da placenta é denom inado de “duplo efeito
Bohr” . 133
feito do sangue fetal para o materno através da placenta e depende da hem oglobina que não
está ligada ao oxigênio. Essa hem oglobina livre tampona o íon hidrogênio form ado pela
7
dissociação do ácido carbônico. À m edida que o sangue m aterno libera seu oxigênio ele
aceita quantidades maiores de dióxido de carbono para uma m esm a pressão parcial deste
gás, a nível da circulação placentária. Esse fenôm eno é denom inado de efeito Haldane. Já o
sangue fetal recebendo o oxigênio libera dióxido de carbono de seus eritrócitos sem alterar
A o b ten ção de en erg ia pelo feto se faz atrav és do m etab o lism o aeróbico
fornecida p rin cip alm en te p ela tran sferên cia desta da circulação m a te rn a atrav és da
é oxidada a piruvato atrav és da via de E m b d en -M ey erh o f-P arn as. E sse p iruvato e n tra no
ciclo de K rebs e no sitem a de tra n sp o rte de elétro n s g erando 38 m oles de A T P p ara cada
mol de glicose totalm ente oxidado a dióxido de carbono e água. O dióxido de carbono
mecanismo já exposto.
Q uando diminui a perfusão do espaço interviloso por com prom etim ento
oxigênio para 0 feto com co n seq u en te carência do m esm o no sangue e tecid o s fetais. A
P erm an e cen d o a situação de hipóxia pela m an u ten ção do fator causal 0 feto m an tém a
por H IM W IC H 41 em estu d o com rato s. A glicólise an ae ró b ica se faz p rin cip alm en te em
glicose) e g eram -se ácidos pirúvico e láctico, que ao se acu m u larem levam ao au m en to da
mista; inicialm ente respiratória pelo aumento do PCO 2 e com a p ro g ressão m e tab ó lica pelo
acúm ulo do lactato . A acidose re sp ira tó ria é facilm ente rev ertid a com a rem o ç ão do fator
133
causal da asfixia. Já a acidose m ista p o d e p ersistir p o r m ais tem p o .
8
GLICOSE
HEXOQUINASE
GLICOSE-6 -P_
GLICOSE- 1 -P
"g Ci c o g ê n i o
FOSFORILASE
FRUTOSE-6 -P
FOSFOFRUTOQUINASE
FRUTOSE- 1 .6 -DP
NADH NAD
LACTATO + H + ^ PIRUVATO
ÁCIDOS GRAXOS,COLESTEROL
CORPOS C E T Ô N IC O S k ACETIL CoA ACETILCOLINA
FUMAR ATO
ÁCIDO
CÍTRICO \
a C E T O G L U T A R A T O ^ GLUTAMATO
SU CCI NATO
C 02.
H 2O
ATP
san g u ín eo em am bos os lados. Q u aisq u er fatores que afetem fluxo in te rfe rirã o nas trocas.
N o lad o m a tern o são im p o rtan tes na dim inuição do fluxo a h ip e ra tiv id a d e u te rin a, ou
m ais fre q u e n te , com m e n o r tem p o p a ra q u e se faça a p erfu são p la c e n tá ria n o s in terv alo s das
co n traçõ es. A h ip o ten são m atern a, fre q u e n te m e n te in d u zid a pelas drogas an estésicas 3,
p ro v o ca vasocon strição co m p en sató ria a nível visceral com red u çã o d a p e rfu sã o n o espaço
p ro filátic o s de h ip o ten são em blo q u eio s anestésicos p o d e cau sar d im in u ição d a p erfu são
u te rin a .
com redução da PO 2 fetal. Patologias que causam edem a placentário, levando a redução do
trabalho de parto.
circulação do sangue fetal para a placenta, alterando as condições bioquím icas fetais. Os
na população de estudo.
depressão do recém-nascido.
3. CASUÍSTICA, MATERIAL E MÉTODOS
3.1 - CASUÍSTICA
gestacional com preendida entre 37 a 42 semanas, contadas a partir do prim eiro dia do
último período m enstrual, conform e adota a Organização M undial de Saúde õ4. A idade
recém -nascidos nos quais não foi possível uma avaliação neurológica satisfatória utilizou-se
foi realizada pelas curvas de peso de Battaglia e Lubchenco. Fizeram parte da am ostra todos
recém -nascidos de termo, nos quais foi possível realizai' o índice de A pgar no primeiro
ininuto de vida e a laqueadura im ediata do cordão um bilical ao nascim ento, antes do início
da respiração.
imediata.
2. de gestações gemelares.
15
6. cujo índice de A pgar não foi avaliado no prim eiro minuto de vida.
cordão umbilical. Ao nascim ento, assim que o cordão estivesse disponível, foi laqueado
duplo clam peam ento l. A seguir o segm ento de cordão e o recém -n ascid o eram sep arad o s
de 10 ml, previam ente heparinizadas, para a coleta de sangue da artéria e veia. Foi retirado
2 ml de sangue de cada vaso. Im ediatam ente após a coleta as seringas foram fechadas
em recipiente térm ico com gelo picado e água, realizando-se m edidas gasom étricas num
intervalo m áxim o de 30 m inutos 9’ m ’ 129 após a co leta te r sido feita. A d esp ro tein ização do
material para proceder-se a dosagem do ácido láctico foi realizada im ediatam ente após a
3.4 - GASOMETRIA
aparelho m arca CORNING, modelo 165/2. As leituras foram realizadas com 0 aparelho
calibrado a uma temperatura de 37,5° C. A cada determinação foi feita a calibração de gases
e pH. Foram realizadas medidas únicas para cada amostra. O tem po entre a coleta do
valor aproxim ado da hemoglobina de cada recém-nascido através do hem atócrito obtido de
pH - u n id ad es de pH
PO2 - mmHg
PCO 2 - mmHg
3.5 - HEMATÓCRITO
de com prim ento. Os capilares foram centrifugados por cinco minutos. As determ inações
foram feitas em duplicata o t endo-se a m édia aritmética simples para 0 resultado final.
17
duplicata, tirando-se a média aritmética simples para obter-se o resultado final. Utilizou-se
a técnica colorim étrica referida por NATELSON 79. A p rim eira fase do m éto d o , que
consiste na d esp ro tein ização do sangue, foi realizad a im ed iatam e n te após a co leta, em
d uplicata para cada am ostra. A seguir o m aterial foi acondicionado em g elad eira e num
com pleta do concepto por parto vaginal ou cesáreo. O índice foi avaliado por residentes da
^X V A LO R
0 1 2
*DADOSN\
número de 48 a 174.
gaso m étrico s de sangue de arté ria um bilical, p H , P C O 2 e B E. C o n sid ero u -se n o rm ais os
seg uin tes valores: pH = 7.20, P C O 2 = 50 e BE = - 12 17, 118, 13°. A caracterização dos
IN STITUTE, N.Y., EUA, em m icrocom putador IBM PC-XT, VAX 11 - 785, no IM ECC, da
U niversidade de Cam pinas, São Paulo. Os cálculos foram realizados com o procedim ento
GLM do SAS. Para avaliar a relação de cada variável bioquím ica com os níveis do índice
realizou-se análise de variância. O mesmo tratamento foi utilizado para estudar a relação
O estudo de fatores que poderiam ser considerados como covariáveis não foi possivel
o grau de depressão ao nascim ento. O nível de significància aceito foi de até 5% (p < 0,05).
variáveis bioquím icas foi feito através da estatística Cp de M ALLO W . U sou-se o critério
conjunto de variáveis que m elhor explicassem o ácido lático arterial. Com o objetivo de
validar o modelo escolhido e avaliai- se alguma variável que não entrou no modelo
apresentava algum a relação com o mesmo foi feito estudo de análise de resíduos do modelo
escolhido contra as dem ais variáveis. Se detectada algum a relação linear no gráfico de
resíduos outra regressão incluindo a variável em questão foi realizada, para verificar se
de A pgar do prim eiro minuto de vida. Os valores de artéria e veia sem pre se referirão aos
láctico) arteriais e venosos de cada recém -nascido da amostra. As médias de cada variável
bioquím ica nos 11 níveis do índice de A pgar foram estudadas através de um m odelo linear
geral pelo teste REGW Q, 0 qual agrupa as médias estatisticamente iguais sob a m esm a
letra. D esta form a obtém-se grupos de índice de Apgar com médias estatisticam ente
A 7.23436 42 09
A
A 7.23050 02 10
A
B A 7.22231 16 06
B A
B A 7.21821 58 08
B A
B A C 7.18839 23 07
B A C
B A C 7.15400 12 05
B A C
B A C 7.09675 04 03
B A C
B C 7.04350 04 02
B C
C 7.03114 07 04
C
C 7.02600 03 01
D 6.53000 01 00
que acom panham os níveis diferentes do índice de Apgar, sendo que se observa seis grupos
para os extrem os do índice, havendo cinco grupos de médias significativam ente diferentes.
B A 67.025 04 03
B A
B A C 60.625 04 02
B A C
B A c 58.586 07 04
B c
B c 54.200 03 01
B c
B c 50.792 12 05
B c
B c 47.376 58 08
B c
B c 45.387 23 07
B c
B c 44.869 16 06
c
c 42.976 42 09
c
c 40.750 02 10
P C 0 2 v diferente, em bora a variação entre estas médias seja pequena, acentuando-se para os
níveis extremos do índice. A análise mostra três grupos de médias que são estatisticam ente
diferentes.
C 01.200 01 00
A G RU PA M EN TO REGW Q M ÉDIA n A PG A R
A 25.864 44 09
A
A 23.460 03 01
A
A 22.591 23 07
A
A 22.384 58 08
A
A 20.800 16 06
A
A 17.733 12 05
A
A 16.700 04 03
A
A 16.514 07 04
A
A 15.350 04 02
A
A 12.000 02 10
A
B 03.200 01 00
FIG .9 - D IS T R IB U IÇ Ã O DAS M ÉD IA S DE P 0 2v POR N ÍVE IS DO ÍN D IC E DE A P G A R .
de A pgar são valores muito próximos e não apresentam diferença estatisticam ente
significativa.
sem elhantes e pouco distantes, sendo que diferença estatisticam ente significativa só existe
para o nível de A pgar mais inferior em relação aos dem ais níveis. O valor de BE a para nível
zero não existe pois este recém -nascido apresentava acidose fora de curva, não sendo
A G R U PA M EN TO REGW Q M ÉDIA n A PG A R
A -9.307 58 08
A
A -9.400 16 06
A
A -9.733 42 09
A
A -10.350 02 10
A
A -11.796 23 07
A
A -12.575 12 05
A
A
A -12.800 04 03
A
A
A -14.675 04 02
A
A -15.971 07 04
A
B A -20.300 03 01
B
AG RU PA M EN TO REGW Q M ÉDIA n A PG A R
A -07.531 16 06
A
A -07.900 02 10
A
A -08.179 58 08
A
A -08.195 44 09
A
A -09.635 23 07
A
A -10.000 12 05
A
A -11.500 04 03
A
A -13.575 04 02
A
A -13.586 07 04
A
A -16.160 03 01
A
B -20.000 01 00
arterial e venoso por níveis do índice. Os valores das médias são próxim as e estatisticam ente
não se diferenciam , com exceção das médias para o nível de A pgar zero, tanto para artéria
como veia.
do índices de A pgar foi estudada. Na tabela 1 está o resultado desta análise. Com o se
variáveis bioquímicas guardam relação estatisticam ente significativa com os níveis do índice
p H v , P 0 2 v , P C 0 2 v , BE a , B E v , A C L A T a e A C L A T v . É tam b ém significante, em b o ra
em m enor nível, a relação com P 0 2 a e H C O 3a .
VARIÁVEL
BIOQUÍM ICA F P > F
pH a 12.21 0,0001 *
pH v 7.77 0,0001 *
PO 2a 3.01 0,0016 *
P02v 3.70 0,0002 *
PC 02A 5.30 0,0001 *
PCO 2v 4.31 0,0001 *
HCO 3a 2.41 0,0106 *
HCO 3v 1.44 0,1651+
BEa 5.07 0,0001 *
BEv 4.92 0,0001 *
ACLATa 5.21 0,0001 *
ACLAT v 5.13 0,0001 *
+ não sign ifican te
sign ificante
34
cada variável bioquím ica com cada um dos cinco com ponentes do índice de Apgar. Na
tabela 2 está o resultado da análise da relação do pHA com os com ponentes do índice. Como
dem onstra, o pHA guarda relação estatisticam ente significativa com FC e IR.
VARIÁVEL CO M PO N ENTE
BIOQUÍM ICA DO ÍNDICE F P > F
PH a FC 18.39 0.0001*
ER 0.49 0.6130
IR 5 .2 7 0.0062*
T 1.78 0.1717
C 0.83 0.4399
* P < 0,05
estatisticam ente significativa com os com ponentes FC e IR, à sem elhança do pHA.
VARIÁVEL CO M PONENTE
BIOQUÍM ICA DO ÍNDICE F P > F
pHv FC 3.21 0.0432 *
ER 0.10 0.9026
IR 7.42 0.0009 *
T 0.85 0.4315
C 1.12 0.3290
* P < 0,05
35
guarda relação estatisticam ente significativa com qualquer dos com ponentes do índice e o
PO 2v apresenta relação estatisticam ente significativa com IR e C.
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
P02A FC 1.28 0,2806
ER 1.15 0.3195
IR 1.13 0.3268
T 0.02 0.9773
C 0.00 0.9967
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
P02V FC 2.24 0.1100
ER 2.16 0.1196
IR 3.54 0.0316 *
T 0.15 0.8591
C 4.16 0.0175 *
* P < 0,05
36
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
PC02A FC 17.72 0.0001 *
ER 1.38 0.2539
IR 3.47 0.0337 *
T 2.05 0.1319
C 0.59 0.5537
* P < 0,05
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
PC02V FC 4.86 0.0090 *
ER 1.93 0.1495
IR 3.04 0.0508 *
T 0.32 0.7302
C 0.66 0.5197
* P < 0,05
37
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
HC03A FC 2.15 0.1448
ER 0.21 0.8109
IR 0.82 0.4439
T 0.37 0.6934
C 0.22 0.8002
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P>F
HC03V FC ÕTTÍ 0.8977
ER 0.18 0.8396
IR 1.17 0.3133
T 0.09 0.9112
C 0.13 0.8808
38
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
BEa FC 0.38 0.5363
ER 0.54 0.5854
IR 1.16 0.3155
T 0.07 0.9293
C 0.25 0.7757
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
BEv FC 1.01 0.3651
ER 0.14 0.8721
IR 3.56 0.0310 *
T 0.04 0.9653
C 0.44 0.6480
* P < 0,05
39
O bserva-se relação estatisticam ente significante apenas para A CLA T a com os com ponentes
FC e C.
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P > F
ACLAT a FC 4.25 0.0161 *
ER 0.29 0.7505
IR 1.27 0.2831
T 1.37 0.2572
C 0.79 0.0411*
* P < 0,05
VARIÁVEL COMPONENTE
BIOQUÍMICA DO ÍNDICE F P> F
ACLATv FC 2.45 0.0903
ER 1.28 0.2808
IR 1.48 0.2312
T 1.19 0.3060
C 2.12 0.1242
40
diferentes de acordo com a pontuação de A pgar no primeiro minuto de vida. D esta forma os
recém -nascidos com Apgar de 0 a 3 se caracterizam como gravem ente deprim idos e de 7 a
10 como não deprim idos. As tabelas 14, 15 e 16 relacionam média, erro padrão, mínimo e
VARIÁVEL ERRO
BIOQUÍMICA n MÉDIA PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO
PHa 12 7.014 ± 0.197 6.530 7.238
P02A 12 6.400 ± 5.500 1.200 18.600
PC 02 a 12 64.300 ± 17.800 45.000 98.000
HC03A 11 16.400 ± 4.400 10.500 24.000
BEa 11 -16.000 ± 7.000 -25.500 -5.000
ACLAT a 12 42.500 ± 24.300 11.800 83.300
pHv 12 7.126 ± 0.142 6.905 7.309
P02V 12 16.800 ± 9.900 3.200 37.200
PC02V 12 50.900 ± 16.300 31.600 79.700
HC03V 12 15.900 ± 3.100 11.200 20.500
BEv 12 -14.500 ± 6.100 -23.300 -5.500
ACLATv 12 35.400 ± 20.900 12.000 73.300
41
VARIÁVEL ERRO
BIOQUÍMICA n MÉDIA PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO
pHA 35 7.160 ± 0.119 6.902 7.330
P02 a 35 13.400 ± 5.400 3.200 28.400
PC02A 35 49.600 ± 13.700 27.300 93.600
HC03A 35 16.900 ± 3.500 9.500 28.000
BEa 35 -12.500 ± 5.100 -22.000 -1.000
ACLAT a 35 38.400 ± 18.700 12.900 96.000
pHv 35 7.224 ± 0.115 6.940 7.399
P02V 35 18.900 ± 7.200 5.200 34.200
PC02V 35 44.500 ± 12.900 28.100 78.800
HC03V 35 17.300 ± 2.700 13.000 25.000
BEv 35 -10.200 ± 4.600 -20.000 -1.000
ACLATv 35 36.200 ± 19.200 13.500 83.200
VARIÁVEL ERRO
BIOQUÍMICA n MÉDIA PADRÃO MÍNIMO MÁXIMO
PHa 125 7.218 ± 0.076 7.026 7.376
P02A 125 15.300 ± 5.400 3.200 34.000
PC02A 125 45.100 ± 10.000 14.400 79.000
HC03A 125 17.800 ± 3.600 11.000 24.800
BEa 125 -9.900 ± 4.000 -21.200 -1.100
ACLAT a 125 25.400 ± 11.400 8.300 65.800
pHv 127 7.273 ± 0.078 7.098 7.436
P02V 127 23.500 ± 6.900 4.000 42.000
PC02V 127 39.200 ± 8.400 24.300 73.300
HC03V 127 17.500 ± 3.300 11.000 25.100
BEv 127 -8.400 ± 3.800 -22.000 -1.100
ACLATv 125 23.500 ± 10.100 8.800 60.300
42
apresentam pontuação de Apgar maior no primeiro minuto de vida, sendo m enor o intervalo
de valores para o grupo de recém-nascidos normais (índice de A pgar de 7 - 10) m enor que
PHa
7,5-r
7 ,3 -
7,1 —
6,9-f
6.7
6,5 4
X
GRUPOS
0 -3 4 -6 7 -1 0 DEAPGAR
LEGENDA
PHa
GRUPO VALORES
0 -3 X = 7,014
MIN = 6,530 MAX = 7,238
4 -6 X = "\161
MIN = 6,902 MAX = 7,330
7-10 X = 7,218
MIN = 7,026 MAX = 7,376
43
valores m ostra que é grande a faixa de variação para os recém -nascidos com A pgar de 4 a 6 e
7 a 10; é m enor para os de 0 a 3, sendo a m édia deste último grupo mais distante das demais.
O bserva-se ainda que quanto m aior o valor do Apgar, ou seja, quanto m enor a depressão,
P02A
(mmHg)
35
30
25
20
15
10
0
GRUPOS
0 -3 4 -6 7 -1 0 DEAPGAR
LEGENDA
P 0 2 a
G R U PO /ALO RES
0 -3 X = 8,42
MIN = 1,2 M AX = 18,6
4 -6 X = 13,4
MIN = 3,2 MAX = 28,4
7-10 X = 15,27
MIN = 3,2 MAX = 34
44
PC02A
(mmHg)
LEGENDA
PC02A
G R U PO /A LO R ES
0 -3 X a 64,3
MIN = 45 MAX = 98
4 -6 X = 49,64
MIN = 27,3 MAX = 93,6
7-10 X = 45
MIN = 14,4 MAX = 79
45
HC03A
(mEq/1)
LEGENDA
H C03A
G R U PO /A LO R ES
0 -3 X = 16,36
MIN = 10,5 MAX = 24
4 -6 X = 16,8
MIN = 9,5 MAX = 28
7-10 X = 17,8
MIN = 11 MAX = 24,8
46
gráfico 5. A m édia é negativa para os três grupos de Apgar, sendo m aior para o grupo de 0 -
de 4 - 6 e 7 - 10.
BEa
(mEq/l)
-5
•10 —
•15
- 20 -
-2 5 -
-30
GRUPOS
0 -3 4 -6 7-10 DEAPGAR
LEGENDA
BEa
GRUPO VALORES
0 -3 X = -16,1
MIN = -25,5 MAX = -5
4 -6 X = -12,5
MIN = -22 MAX = -1,5
7-10 X = -9,9
MIN = -21 MAX = -1
47
ACLATa
(mg/dl)
LEGENDA
ACLAT a
G RUPO VALORES
0 -3 X = 42,54
MIN = 11,85 MAX = 83,3
4 -6 X = 38,36
MIN = 12,7 MAX = 68,64
7-10 X = 25,39
MIN = 8,3 MAX = 65,75
48
A pgar m aior (7 - 10). São maiores os valores para o grupo de recém-nascidos com índice de
A pgar mais elevado.
pHv
7,4
7,3 H-
7,2
7,1
6,9 4
X I
GRUPOS
0 -3 4 -6 7 -1 0 DEAPGAR
LEGENDA
pHv
G RUPO VALORES
0 -3 X = 7,127
MIN = 6,905 MAX = 7,309
4 -6 X = 7,224
MIN = 6,940 MAX = 7,399
7-10 X = 7,276
MIN = 7,098 MAX = 7,436
49
distribuição das médias se faz em ordem crescente do grupo de m enor A pgar para o maior,
sendo grande o intervalo de variação para os três grupos.
P02V
(mm Hg)
LEGENDA
P02V
G RUPO VALORES
0 -3 X = 16,8
MIN = 3,2 MAX = 37,2
4 -6 X = 18,9
MIN = 5,2 MAX = 34,2
7-10 X = 23,5
MIN = 4 MAX = 42
50
gráfico 9, distribuem -se com suas médias de form a decrescente, sendo maiores para o grupo
PC02V
LEGENDA
P C02V
GRUPO VALORES
0 -3 X = 50,9
MIN = 31,6 MAX = 79,7
4 -6 X = 44,5
MIN = 2 8 , 1 MAX = 78,8
7-10 X = 39,6
MIN= 24 MAX = 73
51
H C 0 3v
(mEq/l)
30-r
25 —
20
15
10
----- !-----
GRUPOS
0 -3 4 -6 7 -1 0 DEAPGAR
LEG ENDA
H C 03 v
GRUPO VALORES
0 -3 X = 15,9
MIN = 11 MAX = 20,5
4 -6 X = 17?
MIN = 13 MAX = 25
7-10 X = 17,5
MIN = 10 MAX = 25
52
A representação dos valores de BEv, gráfico 11, m ostra que são todos
negativos para os três grupos, havendo níveis m aiores para o grupo de A pgar m enor, com
decréscim o para os de Apgar maior.
(mEq/l)
LEGENDA
BEv
G RUPO VALORES
0 -3 X = - 14,5
MIN = - 23 MAX = - 5
4 -; X = - 1U,2
MIN = - 20 MAX = - 1
7-10 X = - 3,4
MI N = - 2 2 MAX = - 1, 1
53
ACLATv
LEGENDA
ACLATv
GRUPO VALORES
0 -3 X = 35,4
MIN = 12 MAX = 73,3
4 -6 X = 36,2
MIN = 13,5 MAX = 83 2
7-10 X = 23,5
MIN = 8,8 MAX = 60,3
54
considerar que o sangue arterial, que vai do feto à placenta, expresse as reais condições
m etabolism o placentário.
básico normal em função do grau de depressão. A totalidade dos recém -nascidos com
depressão grave apresentou acidose (100%). Os recém -nascidos com depressão leve a
m oderada apresentam uma frequência pouco maior de acidose (57%) de que normais
(43%). Para o grupo de recém -nascidos não deprimidos predom inam as gasometrias
'^ ^ ^ G A S O M E T R IA
pH 6.937 ± 0.182 8
P0 2 4.530 ± 3.090 8
BE -18.800 ± 4.710 7
PH 7.205 ± 0.036 3
BE -7.660 ± 3.090 3
56
VARIÁVEL MÉDIA n
PH 7.056 1
P02 18.600 1
PCO2 45.000 1
HCO3 10.000
BE -22.500 1
BE -16.170 ± 3.010 8
PH 7.182 ± 0.031 6
BE - 9.600 ± 2.356 6
57
V A R IÁ V E L M ÉD IA ERROPADRÃO n
pH 7.165 ± 0.088 6
BE -15.880 ± 3.340 6
PH 7.241 :: 0.053 15
BE -9.050 ± 2.540 15
PH 7.082 ± 0.028 7
BE -16.640 ± 2.840 7
58
V A R IÁ V E L M ÉOIA ERROPADRÃO n
pH 7.168 ± 0.040 18
BE -8.860 ± 1.830 18
pH 7.149 ± 0.041 23
PO 2 17.230 ± 6.500 23
BE -15.200 ± 2.980 23
pH 7.312 ± 0.057 77
BE -6.900 ± 3.300 77
59
recém -nascido é apresentada na tabela 29. No grupo de recém -nascidos com depressão
grave há predomínio de acidose do tipo mista. Para os recém -nascidos com depressão leve a
m oderada existe um a distribuição quase sem elhante para os três tipos de acidose, com
discreto predomínio do tipo misto, e para os não deprim idos há um núm ero m uito pequeno
— ~----^Tipo acidose
Depressão^~^~^~-~----^_ Mista Respiratória Metabólica n
Grave 08 (67%) 03 (25%) 01 (08%) 12
Leve/moderada 08 (40%) 06 (30%) 06 (30%) 20
Não deprimido 07(14%) 18 (38%) 23 (48%) 48
p = 0,000...
ácido básico determinado pela gasom etria de sangue de artéria umbilical está representado
normais no grupo de, recém -nascidos não deprim idos, estando ausente nos gravem ente
deprim idos. A acidose m ista e o distúrbio ácido básico predominante nos recém -nascidos
gravem ente deprim idos, estando presente em pequeno número nos recém -nascidos normais.
O teste Qui quadrado de Pearson, com valor para x = 43.7, com 6 graus de liberdade,
0,000...).
ESTADO ÁCIDO BÁSICO
NORMAL
A C ID O SE
M ETA B Ó LIC A
A C ID O SE
RES PIR A TÓ R IA
A C ID O S E
M ISTA
G R A VE LEVEA NÃO
M O D ER A DA D EP R IM ID O S
DEPRESSÃO
VARIÁVEIS BIOQUÍMICAS.
bioquím icas arteriais e venosas m ostra que o p H v é a variável que m elhor relação guarda
com o ácido láctico arterial, para um valor de R =0,48. As dem ais variáveis arteriais e
X p H v m ostra que a variável A C L A T v g u ard a relação lin ear com o m o d elo . O gráfico 14
mostra essa relação. O estudo de regressão m ostra que há uma m elhora no ajuste do modelo
ácido láctico
arterial
90
80
70
80
50
40
30
20
10
pH venoso
63
RESÍDUOS
ACLAT a * pHv
60
50
AO
30 —
20 ~
10 — * A A
A i 3 3 i
2J A A A Ai J 1• k A
AA C- A i 3 A A *a
o — i * *- A i ; : A A AA A
«i - ' A i i i i C j A A i
A a 3 5 a A i» * AA ?t ft . A
5 A A • ;
;:a ;;
-10 —
a a a
a a s n A A Ai 3 A A
-2 0 —
-30 —
-AO —
R2 = 0,88
5. DISCUSSÃO
A avaliação clínica e laboratorial do recém -nascido no m om ento do
nascim ento tem sido objeto de estudo e pesquisa da medicina por longo período. Em 1884
datam estudos experim entais em fetos de ovelhas nos quais se detectou a presença de CO2
ácido láctico e reserva alcalina encontrando valores muito baixos para pH.
finalidade de se obter uma avaliação precisa das condições do feto e do recém -nascido, um
valor mais objetivo e confiável que a simples avaliação clínica que por algum tempo foi
subjetiva, sendo que cada serviço utilizava dados próprios muitas vezes não permitindo
com parações. Faltava um a linguagem m édica uniform e na avaliação do recém -nascido, fácil,
objetiva, e que perm itisse com parações entre os serviços de assistência à gestante e
recém -nascidos.
clínico com posto por cinco sinais; selecionados pela facilidade de utilização e objetividade,
para ser aplicado na avaliação das condições de nascimento do recém -nascido. Os trabalhos
que antecedem à aplicação deste índice são de difícil com paração pela dificuldade em se
definir quais recém -nascidos nasciam bem ou deprim idos, e pelas diferentes técnicas
em pregadas nas determ inações. Até a instituição do índice de A pgar a avaliação clínica do
recém -nascido era feita na observação do início da ventilação e do choro após 0 nascimento.
A aplicação do índice foi difundida entre os serviços e um estudo colaborativo dem onstrou a
facilidade de aplicação do mesm o, assim como 0 seu valor em determinai- clinicam ente 0
fetal e neonatal. A ssim é que parâm etros do equilíbrio ácido básico passaram a ser
m elhor avaliar a dim ensão do sofrim ento ao nascimento e perm itindo m elhor definir qual
sanguíneos do recém -nascido im ediatam ente ao nascim ento, dando uma idéia do equilíbrio
com plicado, e espera-se um recém -nascido com baixo índice de Apgar. Partindo dessa idéia
é que surgiram vários trabalhos referentes ao índice clínico (índice de Apgar) e a dados
bioquím icos, com parando-os e tentando estabelecer a validade ou não do prim eiro. O
presente trabalho avalia a relação de cada parâm etro das gasom etrias e do ácido láctico do
sangue de artéria e veia um bilicais, com os níveis do índice de A pgar e de cada um dos seus
com ponentes. A lém disso, relaciona o tipo de distúrbio ácido básico encontrado nessas
bioquím ico de sangue de artéria e veia umbilicais por níveis do índicè de Apgar, concluímos
que as variáveis que m elhor representam ós níveis do índice são pH e pC 02. As médias das
dem ais variáveis, em bora apresentem uma distribuição escalonada para os níveis do índice,
diferem pouco em seus valores para cada nível de zero a 10, apresentando poucos
relação estatisticam ente não significativa para a m aioria dos parâmetros bioquímicos, o
estudo de análise de variância dos níveis de pH, p C 0 2 , BE e Ácido láctico, tanto de artéria
com o de veia um bilicais, em relação aos níveis do índice- de A pgar do primeiro minuto de
vida, m ostra haver relação entre essas variáveis e o índice, dando suporte à idéia que o
observado para as variáveis PO2 da artéria e da veia e bicarbonato da artéria, em bora seus
valores para pH do sangue da veia umbilical, observaram que este tem boa correlação com
0 índice de A pgar e tam bém com pH de sangue de artéria de cordão umbilical. O que nos
lim ita a com paração com seu trabalho é 0 fato de que suas amostras foram coletadas 2
m inutos após 0 nascim ento, enquanto nossa m etodologia consistiu em coletar o sangue
gases de sangue de cordão umbilical. D em onstraram neste estudo haver boa correlação
cordão um bilical e baixo valor do índice de Apgar, fato esse que pudem os observar no nosso
estudo ao caracterizarm os o tipo de acidose. Esta relação se evidencia bem em nosso estudo
em sangue de artéria de cordão um bilical e níveis do índice de A pgar observaram não haver
uma boa correlação uma vez que encontraram quantidade expressiva de recém -nascidos
acidóticos com bons níveis do índice (índice de A pgar no prim eiro minuto m aior ou igual a
a relação existente entre o índice de A pgar e os valores do estudo ácido básico do sangue
capilar de couro cabeludo observaram a associação de acidose (pH m enor que 7,20) com
alterações transitórias da freqüência cardíaca fetal do tipo DIP II. Em situação normal o pH
fetal foi m aior que 7,20 e não houve alteração da freqüência cardíaca fetal.
57
JOSTEN e colaboradores (1987) não observaram boa correlação do
recém -nascido.
recém -nascidos asfixiados, observaram acidose no sangue capilar fetal e de artéria e veia
um bilicais. Esses autores apontam a hipoxem ia como um a das causas de asfixia fetal e
sugerem que a acidose m etabólica do sangue do cordão perm ite um diagnóstico mais
freqüência cardíaca fetal e sua relação com pH de sangue fetal e de artéria umbilical ao
nascim ento em 120 gestações, observaram que a m aioria das alterações no sangue fetal foi
com relação ao índice de A pgar mostrou que a m esm a não apresenta relação
estatisticam ente significativa com o índice. O fato de que o sangue de veia umbilical sofre
m etabolism o placentário, pode em parte explicar essa falta de relação um a vez que estaria
veia um bilical, apresenta relação estatisticamente significativa com 0 índice de Apgar, muito
em bora os valores na am ostra sejam muito variáveis e tenhamos observado níveis muito
baixos para recém -nascidos com A pgar normal (7 a 10). Essa grande variação da PO2 nos
vasos um bilicais pode ocorrer em função do fluxo sanguíneo a nível das vilosidades
para tolerar variações intermitentes na PO2 como será visto posteriorm ente. MESCHIA
72
(1985) , em estudo experim ental com fetos de ovelhas, dem onstrou que em condições
norm ais há um a oferta de oxigênio duas vezes m aior que a necessidade do feto para manter
iremos notar que a m esm a variabilidade ocorreu na nossa população: encontramos baixos
dim inuição da PO 2.
sangue dos vasos de cordão e 0 índice de A pgar encontrada por alguns investigadores pode
realizado por CRA W FORD e colaboradores (1973) 20, mostrou que todos com exceção do
com ponente cor apresentam boa relação com os valores de pH, p C 0 2 e BE do sangue de
influência nesta relação. APGAR (1958, 1966) 6’ 7, tam bém se referia à cor com o sendo o
vitalidade do recém-nascido.
veia do cordão umbilical com os componentes do índice individualmente m ostra que existe
um a boa relação dos parâm etros bioquímicos que expressam acidose, pH e p C 0 2 , com os
com ponentes do índice que m elhor respondem ao acúmulo de ácidos voláteis ou fixos, FC e
IR, ou seja aos órgãos que mais sofrem com a acidose que são coração e cérebro. Trabalhos
experim entais que avaliam a resposta miocárdica à acidose e hipoxem ia m ostram que
acúm ulo de CO2 e íons hidrogênio, 0 que exerce efeito depressor no marcapasso fetal 110
do débito cardíaco, preferencialm ente para coração e cérebro face a um insulto hipóxico
132
(1986) , em parte pode explicai- 0 fato de serem estes os últimos sinais a desaparecer.
índice no nosso trabalho m ostra ainda que a FC também se relaciona com os níveis de ácido
que 0 ácido láctico é 0 ácido orgânico mais importante (1963) 91 e 0 único detectável em
concentração que explique parcialmente a hipóxia e a acidose em um insulto hipóxico
(1986) 132.
um dos últim os sinais clínicos a ser alterado, dentro dos sinais do índice de Apgar, quando
há um insulto asfíxico ao feto. A irritabilidade reflexa é um parâmetro que perm ite avaliar 0
70
funcionam ento do cérebro do RN. A sfixia grave com com ponente acidótico m isto indicando
um a agressão mais prolongada, pode com prom eter o cérebro fetal e levar a seqüelas
neurológicas variáveis.
2738 recém -nascidos, observaram que aqueles que apresentaram índice de A pgar m enor ou
igual a 3 no prim eiro ou quinto m inutos de vida, e pH de sangue de artéria um bilical m enor
que 7,00, tiveram um a alta incidência de com plicações, e a m etade apresentou disfunção
neurológica.
hipoxem ia fetal o fluxo sanguíneo cerebral pode aum entar, para m anter a oferta de
oxigênio, e a extração do mesm o pelo tecido cerebral aum enta para atender o consum o. Em
reduzir as dim inuições a nível de PO2 capilar e proteger contra níveis críticos de PO2 que
determ inação do tempo de sobrevida. Ratos decapitados perm anecem com movimentos
com aum ento do lactato cerebral. Quando se induziu hipoglicem ia não houve aum ento de
58
JONES e colaboradores (1977) em seus estudos com ovelhas em que
oxigênio em bora a PO 2 arterial fetal dim inuísse a 14 mm Hg com um a PO2 no seio sagital de
9 mmHg. Isto poderia indicai' que 0 metabolism o oxidativo cerebi;al não é dependente da
oxidativo. Houve dim inuição do m etabolismo oxidativo com pH entre 7,30 e 7,15. Com
aproxim ação do pH a níveis de 7,00 há redução da pressão sanguínea e dim inuição em 50%
oxigênio ao tecido cerebral dim inui significativam ente, assim como sua extração, resultando
em redução da oxigenação em mais de 50%. Estes valores tam bém foram observados por
acidose m etabólica. Cerca de 50% desses recém -nascidos apresentaram déficit m otor
evolutivam ente.
os indicadores do estado ácido básico fetal, ou do recém -nascido, que m elhor expressam a
produção do ácido láctico; diminuição dos interm ediários do ciclo TCA e dim inuição da
produção de ATP. A aceleração do consumo de glicose, e dos dem ais eventos, parece estar
27
relacionada a adenil ciclase e ao AMP cíclico por mecanism o ainda não elucidado .
hipoxem ia com aceleração da glicóliáe pela atividade aum entada das enzimas
cérebro dim inui, e os estoques de ATP dim inuem rapidam ente. Há aum ento da
concentração de ácido láctico, em decorrência da glicólise acelerada, e da não rem oção pela
regim e anaeróbico, gerando ATP na falta de oxigênio, o acúm ulo associado de ácido láctico
27
no cérebro fetal pode ser um fator im portante na lesão cerebral .
72
vitro. Estes autores dem onstraram que o aum ento progressivo da concentração de ácido
quociente A DP/O xigênio, havendo form ação de ATP. Quando a concentração do CO 2 era
aum entada no preparado, ou se 0 pH do mesm o dim inuísse a níveis de 5.3 a 6.1, não havia
mais consum o de O2 e ADP, mostrando que não é a concentração do ácido láctico 0 fator
veia um bilicais com a IR, 0 que pode ser explicado pelas alterações a nível de m itocôndria
foi encontrada entre 0 ácido láctico de sangue de artéria e veia de cordão com IR, ou
mesmo T e ER, em bora na análise do índice de A pgar como um todo exista relação
estatisticam ente significativa destas variáveis com os níveis do índice, talvez por conta dos
elementos FC e C, com os quais 0 ácido láctico arterial apresentou relação com níveis de
significativa da IR com a PO 2 do sangue da veia, mas não da artéria umbilical. Esse achado
é contrário aos resultados de DAW ES24 sobre circulação fetal no qual, através das medidas
do conteúdo de oxigênio dos vasos fetais, 0 autor observou que 0 sangue de veia umbilical
apresenta níveis de oxigênio superiores ao do sangue que vai perfundir os tecidos cerebrais.
Este é um dado que m erece m elhor avaliação um a vez' que vários pesquisadores96, inclusive
dim inuição da produção de energia, pela falta de substrato e drástica redução na oferta de
oxigênio. Não só a falta de oxigênio mas tam bém outros mecanismos participam desta
alteração: há acúm ulo de potássio no extracelular, com depleção desse íon nas células
cerebrais. Isto leva à falha na condução elétrica neural. A acidose intracelular, decorrente
do acúmulo de ácido láctico, determ ina a lesão neuronal e morte celular, por dim inuição
73
im portante do pH. O acúm ulo de potássio extracelular pode acentuar a lesão tecidual, por
prom over a entrada de Na, Cl e água para o intracelular com conseqüente edem a glial
dos neurotransm issores com pequenas dim inuições na oferta de oxigênio. Observa-se
dim inuições na oferta de oxigênio 124. De form a sem elhante outros com postos como AM P
cíclico e am inoácidos estão dim inuídos após um insulto asfíxico. Estas alterações são
oxigénio para algum as reações enzim áticas na síntese de catecolam ina e serotonina 124.
relacionada ao nível da pressão arterial sistêm ica e à reserva de glicogênio cardíaco 24. A
perm anece até o termo. Ela dim inui após o nascimento a m edida que aum enta a pressão
^7
arterial “ . Não se conhece o mecanismo pelo qual este depósito se faz, e ele ocorre
ratos, observaram que 16,5 dias pós-coito o coração fetal já apresentava incorporação de
glicose e arm azenam ento sob a form a de glicogênio. Altos níveis de com postos energéticos
de fosfato lactato e fosfato hexose foram encontrados. Esses valores, inclusive de glicogênio,
cardíaco, e dim inuem a capacidade do feto em tolerar o processo do nascim ento sem
27
alterações cardíacas . D urante a asfixia em recém -nascidos m am íferos a PO 2 cai
27
rapidam ente, e em 2 m inutos todo conteúdo de O2 é virtualm ente exaurido - A capacidade
m anter seu trabalho mecânico. O consum o anaeróbico da glicose é grande, pois é preciso
uma grande quebra desse substrato para produzir energia. O mesmo não ocorre no
m etabolism o aeróbico que produz mais energia com m enor consum o de glicose.
74
no sangue aumenta rapidamente, em bora menos rápido que no coração, e o pH dim inui. Há
perdem potássio e há entrada de sódio para o intracelular, acom panhado por água, para
desvio iônico ocorre em células cerebrais, musculares e cardíacas 27, por falha da bom ba
N a-A TPase, que faz transporte ativo de íons com gasto energético através das m em branas27.
desenvolveram bradicardia que pode ser prevenida com a adm inistração prévia de atropina.
N esse grupo não foi observado diminuição do débito cardíaco. Já quando os fetos eram
expostos à hipoxem ia severa (com suas mães respirando 8% de oxigênio) pode ser
observada bradicardia com diminuição do débito cardíaco. Neste grupo a adm inistração de
atropina aumentou a freqüência cardíaca, mas não promoveu m elhora no débito cardíaco
dim inuído. Esses dados demonstram que a hipoxem ia age causando depressão reflexa do nó
severa com prom ete o débito cardíaco por falha de bomba, ou seja pelo efeito direto da
hipoxem ia no miocárdio.
sino atrial de cobaias, observaram que a atividade do marcapasso de cobaia fetal é menor
que a de cobaias adultas em situações normais. A hipóxia dim inui de form a sem elhante à
m arca passo fetal dim inuiu sua atividade mais intensam ente que nos adultos. A adição de
75
epinefrina a este preparado m elhora a atividade só do m arca passo dos adultos. O m arca
passo fetal também é deprim ido quando se remove a glicose do preparado. A bradicardia
fetal em vigência de asfixia com hipóxia e acidose (dim inuição do pH) se deve à depressão
do m arca passo fetal. Estes achados são consistentes com os de nosso estudo, onde
m iocárdica e pressão arterial. Num a fase inicial em que a asfixia foi m oderada, observou-se
cordão umbilical, apontam o pH de artéria umbilical como sendo a variável bioquím ica que
m iocárdica, com aumento da produção de ácido láctico, leva a um a m aior produção de CO2
m iocárdico. Esse aumento do CO2 esteve relacionado com a dim inuição da contratilidade
acúm ulo de CO2 no miocárdio. O acúmulo do CO2 seria gerado pelo tamponamento
H+ + H C 0 3~ 5 Z Í H2C 0 3 - Z Ü H20 + CO 2
situação de hipóxia aguda. Esses autores relatam que a redução em 50% na oferta de
m iocárdico permaneça inalterado com oxidação com pleta dos carboidratos, foi observada
hipoxem ia o miocárdio fetal não aum enta seu consumo de glicose, e o lactato continua a ser
consum ido ao invés de aum entar sua produção, sugerindo que o metabolismo miocárdico
experim entos com fetos de carneiros, observou que os mesmos recebem um suprimento de
oxigênio que corresponde aproxim adam ente a duas vezes o nível necessário para m anter a
vida fetal. O feto conta com mecanismos protetores à falta ou diminuição da oferta de
oxigênio, pois sua hemoglobina tem grande afinidade ao mesmo e existem as adaptações
78
Em situações de hipóxia severa MYERS e colaboradores (1980)
fração inspirada de oxigênio de 2,5% ou 4,5% por 15 minutos, ocorreu dim inuição da
hipotensão e choque. Os autores observaram que as alterações hem odinâm icas em situação
78
Embora MYERS e colaboradores em seu experimento tenham
dem onstrado a influência da hipóxia sobre a função cardíaca, nosso estudo não dem onstrou
77
relação da variável PO2 com a FC, provavelm ente por existirem no recém-nascido
outros investigadores dem onstram que é muito variável 0 conteúdo de oxigênio no sangue
nascim ento, e com dosagens normais ou quase normais de oxigênio, muito em bora outros
relação estatisticam ente significativa com 0 PO2 do sangue de veia umbilical. SALING
(1971) 100 relata que a manifestação mais característica da diminuição da oferta de oxigênio
ao feto é a palidez de pele, devido à vasoconstrição que ocorre nos leitos sanguíneos de
áreas não nobres, preservando 0 fluxo para áreas nobres. Cita também que a acrocianose
oxigênio recebido através da placenta e que irá se misturai' 0 sangue da circulação fetal para
depois ser distribuído aos tecidos fetais. Segundo DAW ES 24 0 conteúdo de oxigênio do
sangue que perfunde os tecidos fetais é mais próxim o do conteúdo de artéria umbilical que
da veia. O nosso trabalho falhou em demonstrai- esses achados, sugerindo que a cor está
com ponentes do índice de Apgar isoladamente observaram que 0 com ponente cor é 0 de
m enor valor discrim inatório. Neste estudo os sinais que melhor expressam 0 estado ácido
dem onstrada por HENDRIÇKS (1957) 3S. Em seus estudos observou que os níveis de ácido
trabalho de parto tam bém determinam um aumento em cerca de 15% do ácido láctico
para o com partim ento materno na ordem que se segue: líquido am niótico -» artéria
um bilical -> veia um bilical -> veia uterina -> veia m aterna do braço, sugerindo que ao final da
ácido láctico no sangue materno e no sangue fetal e observaram que 0 m ovim ento de ácido
láctico pode ocorrer tanto do feto para a m ãe como da m ãe para 0 feto. Esses autores não
apontam 0 ácido láctico como bom indicador de asfixia fetal pois pode estar elevado no
no sangue materno e no sangue de artéria e veia de cordão umbilical. Seus achados sugerem
que as concentrações de ácido láctico fetal dependem das concentrações m aternas e que 0
estado ácido básico fetal é função do materno. Para estes dois pesquisadores 0 ácido láctico
do sangue de artéria e veia de cordão um bilical não é um parâm etro confiável da m edida da
asfixia fetal pois pode, quando elevado, estar expressando 0 aumento materno gerado pelo
esforço m uscular no trabalho de parto. Esse mesmo autor observou que em situações de
hipóxia parcial os níveis de ácido láctico no sangue de artéria e veia de cordão umbilical
123
podem ser normais (1963)
durante 0 parto também foi observado por STEM BERA e HODR (1966) I09. Esse aumento
afetou diretam ente os níveis no sangue de artéria e veia de cordão um bilical dos
m aterno e fetal. Esse autor não observou diferenças significativas das concentrações de
lactato e piruvato entre 0 sangue de artéria e veia de cordão um bilical em situação de parto
norm al não com plicado. Encontrou porém correlação entre as concentrações de lactato e
piruvato do sangue materno e do sangue de veia umbilical do feto, 0 que sugere ser de
origem m aterna 0 lactato do sangue de cordão um bilical (arterial ou venoso). Esse autor
tam bém atribui 0 aumento do lactato no sangue materno à atividade m uscular do trabalho
de parto.
79
de recém -nascidos vigorosos e deprim idos, sugerem que sob condições que levam à
depressão neonatal o feto é a m aior fonte produtora de ácido láctico. Esses autores
indicador da asfixia fetal, assim como o pH fetal, sendo que a com binação dos mesm os não
dem onstram que não ocorre transferência desse ácido da circulação materna para a
placentária. O bservaram ainda que o ácido láctico é o principal ácido produzido pelo feto,
(1981) 36 e HSIU N G e colaboradores (1981) 45 dem onstram em estudos em hum anos que o
passivam ente da mãe para o feto, na cham ada acidose de transm issão matemo-fetal.
O bservam que recém -nascidos deprim idos apresentam níveis elevados de ácido láctico e
que esse tam bém aum enta no decorrer do parto em função do estresse e do conseqüente
m etabolism o anaeróbico a que o feto é subm etido. Estes pesquisadores sugerem que a
placenta exerce papel regulador ativo no transporte e metabolism o do ácido láctico fetal
estudo dos nascim entos patológicos 45 evidencia que o aum ento do ácido láctico fetal na
asfixia se deve à produção do feto e não à transm issão da circulação m aterna como sugeriam
outros investigadores.
experim entalm ente por CA RSTEN SEN e colaboradores (1983) I4. Esses autores
investigaram a existência de um carreador de ácido láctico em cotilédones isolados de
placenta hum ana perfundidos artificialm ente e observaram que existem carreadores que
facilitam o transporte desse ácido tanto do lado materno como fetal do trofoblasto.
consum o da glicose. Isto sugere que a placenta hum ana tam bém pode ser geradora de ácido
láctico.
feto, e um a grande passagem efetiva de ácido láctico pela placenta, num a velocidade m enor
que a glicose. A placenta hum ana produz quantidades significativas de ácido láctico que é
gestação o feto é grande produtor de lactato, sendo este parcialm ente m etabolizado pela
mostram que o ácido láctico aum enta no sangue materno, e há dim inuição do pH. No
vezes o normal, assim com o aum ento da razão lactato/piruvato, sugerindo pequenos graus
de défice de oxigênio ao feto. Esses autores sugerem que o ácido láctico e a razão
feto.
artéria um bilical com o pH e ácido láctico do sangue de veia umbilical. Esse é um dado que
m etabolism o do ácido láctico. Infelizm ente não dispom os dos dados de ácido láctico
materno para m elhor avaliar essa relação e da influência dos níveis m aternos sobre os níveis
fetais.
que é a acidose desenvolvida em função do sofrim ento fetal, seja qual for a causa, a
validade do índice de A pgar para avaliar o recém -nascido, um a vez que encontram valores
índice > 7 no prim eiro minuto de vida. Investigadores como SYKES e colaboradores
81
considerados clinicam ente normais (índice de A pgar > 7 no prim eiro minuto de vida)
recém -nascidos acidóticos sem que essa “acidose” tivesse expressão clínica, ou seja, o índice
de A pgar no prim eiro minuto de vida igual ou superior a 7, como por exem plo os casos de
número 49, 66, 74, 152, 158, 171, 172. Para possibilitar a avaliação desse fato dividim os os
recém -nascidos em três grupos segundo o índice de A pgar do prim eiro minuto de vida, e
acidose seja um fato dentro do grupo de recém -nascidos não deprim idos, correspondendo a
38% dos mesmos, não observamos nenhum recém -nascido com gasom etria ou estado ácido
básico normal no grup o dos gravemente deprim idos. Já no grupo de depressão leve a
m oderada (Apgar 4 a 6 no primeiro minuto), notamos uma distribuição sem elhante entre os
acidóticos (57%) e não acidóticos (43%), com leve predom ínio de recém-nascidos
acidóticos.
repete. A acidose mista, que ocorre nos recém -nascidos que foram expostos a um insulto
mais intenso ou mais prolongado, ocorreu predom inantem ente nos recém-nascidos
gravem ente deprim idos (67%) enquanto que no grupo interm ediário correspondeu a 40%
dos casos de acidose e nos não deprimidos a apenas 14% dos casos de acidose. A acidose
respiratória foi a predom inante sendo levemente superada pela m etabólica nesse último
grupo. Não podemos portanto esperai- que o índice de A pgar espelhe fielm ente a presença
ou não de acidose ao nascimento mas os dados obtidos em nosso estudo sugerem que esse
índice guarda uma boa correspondência com a gravidade da asfixia quando analisados o
com ponente respiratório associado ao metabólico. D essa forma, não se pode invalidar ou
dim inuir o valor do índice de Apgar apenas pelo fato de existirem casos com acidose no
população de estudo nos três grupos de recém -nascidos. Esse fato se explica pela
82
prem aturo da placenta causa acidose m etabólica no sangue de artéria e veia um bilicais. Já a
pré-eclâm psia, o uso de anestesia geral ou pendurai e o parto cesáreo causam acidose
ao tamanho am ostrai, portanto não sabemos que influência exerceram nos resultados
obtidos. Como m ostram alguns pesquisadores estes fatores podem interferir no estado ácido
básico do recém -nascido, bem como no índice de Apgar, e por isso m erecem ser
mesmo pois ele perm ite quantificai- 0 estado ácido-básico uo nascim ento, permite
determ inar a extensão da asfixia e fornece indicações dos m ecanism os responsáveis pela
acidose.
significa que 0 recém -nascido não tenha desenvolvido hipoxem ia suficiente para causar
possibilidade de sofrim ento ou "distress” fetal pois 38% dos recém -nascidos com índice de
umbilical m enor que 7,20. E im portante, porém, ressaltar que predom inou nesse grupo
acidose mista.
situações de risco para asfixia um a vez que os três tipos de distúrbios ácido-básico foram
de vida e os níveis das variáveis pH, p02, pC 02, bicarbonato, excesso de bases (Be) e ácido
venoso.
sangue de artéria e veia, ácido láctico do sangue de artéria, p 0 2 e excesso de bases (Be) do
ácido básico normal no grupo gravem ente asfixiado, havendo predomínio de acidose mista
neste grupo.
dos tres tipos de acidose bem como estado ácido básico normal.
do conteúdo de ácido láctico, do sangue de artéria e veia do cordão um bilical, com o índice
de A pgar do prim eiro minuto de vida e com os sinais que o com põem: FC, ER, ER, T, C.
do prim eiro minuto de vida mostrou que à exceção do B IC v (bicarbonato do sangue de veia
um bilical), todos as demais apresentam relação estatisticam ente significativa com o índice,
sangue de artéria e veia de cordão umbilical com a FC e IR; do pÜ2 do sangue de veia de
sinais do índice de Apgar mostrou haver relação estatisticam ente significativa dos valores de
ácido láctico do sangue da veia umbilical. Isto sugere uma provável atuação da placenta, ou
artéria umbilical. O papel da produção materna de ácido láctico e sua transferência para 0
feto merece ser melhor investigado, assim como 0 papel da placenta no m etabolism o e
pH como normais ou acidóticos. O tipo de acidose foi determ inado a partir dos valores das
índice de A pgar do primeiro minuto de vida. A análise da relação dessas duas classificações
N enhum recém -nascido com gasometria normal foi encontrado no grupo severam ente
deprim ido (A pgar 0 a 3) e houve predomínio de gasom etrias norm ais no grupo não
Essa pesquisa sugere que 0 índice de A pgar do prim eiro m inuto de vida
expressa 0 grau de acidose ao nascimento, bem como a gravidade do insulto asfíxico. Porém,
88
m etabólica, no grupo de recém -nascidos clinicam ente não deprim idos (Apgar 7 a 10), sendo
equilibrium , blood gases and lactic acid content of the aithery and vein blood o f the
um bilical cord with the A pgar score o f the first m inute of life and with the signals: HR
(heart rate), RE (respiratory effort), RI (reflex irritability), M T (muscle tone) and color.
The analysis of variance from the variables of the acid base equilibrium
and blood gases with the A pgar score of the first minute of life showed that exception the
bicarbonate (blood bicarbonete of the um bilical cord) all others param eters presented
In this study each variable with the signals that com pose the A pgar score
showed significant statistically relation of the pH and PCO2 of the artery and vein of
um bilical cord blood with HR and RI; p C 0 2 of the vein blood of the um bilical cord with RI
The estim ation of the lactic acid levels of the um bilical cord blood with
the A pgar score showed significant statistically relation of the values of the um bilical artery
The relation of the lactic acid of umbilical artery blood with the others
biochem istry variables it was observed that could have relation with the pH and lactic acid
of the um bilical blood vein.. The role of mother production of this acid and the transference
The kind of the acid-base disturbance of the umbilical cord artery blood
was related statistically with a classification of the asphyxia degree defined by A pgar score of
the first m inute of life. The statistical analysis showed the relation with high degree of
W ith this research, there is the suggestion thac the A pgar score o f the
first m inute of life dem onstrated the severity of the asphyxia, though existed manu cases
with alterations of the acid base equilibrium in the groyp of the newborns with A pgar score
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002 30 IV 0 III 0
003 30 VI V 0 0 PÊNFIGO
004 27 IV I I I HAC*
005 23 III 0 I I TOXEMIAS RAVE
006 19 I 0 0 0
007 32 V III 0 I
008 34 V IV 0 0
009 27 III I I 0
010 32 VIII IV 0 III
011 31 V III 0 I
012 23 IV III 0 0
013 28 I 0 0 0 DHEG**
014 33 IV I II 0
015 38 VI III 0 II
016 39 VII VI 0 0
017 16 I 0 0 0
018 38 VII VI 0 0
019 32 III II 0 0
020 21 II 0 I 0
021 18 I 0 0 0
022 30 III II 0 0
023 20 II I 0 0
024 15 I 0 0 0 PRÉ-ECLÂMPSIA
027 41 IV III 0 0
028 22 I 0 0 0
029 21 I 0 0 0
030 22 0 0 0
031 19 III II 0 0
032 26 III II 0 0
033 19 I 0 0 0
034 17 I 0 0 0
.035 37 VII VI 0 0
036 20 II 0 I 0
037 18 I 0 0 0
038 21 I 0 0 0
039 31 VI IV I 0
040 24 II 0 I 0
041 21 I 0 0 0
042 15 I 0 0 0
043 25 II I 0 0
044 23 I 0 0 0
045 15 I 0 0 0
046 23 II I 0 0
047 23 I 0 0 0
048 33 V IV 0 0 TABAG ISTA
049 25 I 0 0 0
050 31 VII V 0 I HAC*
051 28 III I 0 I
052 25 IV II 0 I
053 40 IX VI 0 II
055 18 II I 0 0
056 25 I 0 0 0
057 44 XI X 0 0
058 35 VI IV 0 I
059 21 II I 0 0
060 22 III I 0 I
061 21 I 0 0 0
062 43 X IX 0 0
063 23 V IV 0 0
064 20 I 0 0 0
065 25 VI III I I
C66 19 I 0 0 0
067 36 V IV 0 0
068 17 II I 0 0
069 26 IV III 0 0
070 20 III I I 0
106 24 IV III 0 0
107 22 II I 0 0
108 29 V IV 0 0
109 16 II 0 I 0
110 15 I 0 0 0
111 26 II I 0 0
112 19 0 0 0
113 19 I 0 0 0
114 18 IV III 0 0
115 24 II I 0 0
116 29 III II 0 0
117 31 III II 0 0
118 17 I 0 0 0
119 18 I 0 0 0
120 17 I 0 0 0
121 16 I 0 0 0
122 20 VII V 0 I
123 19 II I 0 0
124 27 V III 0 I
125 22 II I 0 0
126 31 V IV 0 0
127 24 III II 0 0
128 19 II I 0 0
129 26 II I 0 0
130 22 I 0 0 0
131 21 I 0 0 0
132 27 V IV 0 0
133 37 VI IV 0 I
134 40 VI IV I 0 D H EG *
135 31 ÍX VIII 0 0
136 30 V III 0 I
137 19 III I 0 I
138 19 I 0 0 0
139 18 I 0 0 0
140 21 I 0 0 0
C A SO ID A D E G E ST A PARA CESA A BO R T O C O N D IÇ Ã O M A T E R N A
141 26 II I 0 0
142 31 X IX 0 0
143 42 VI IV 1 0
144 35 VIII VI 0 1
145 34 I 0 0 0
146 25 III II 0 0
147 37 VI V 0 0
148 27 VI V 0 0
149 25 I 0 0 0
150 35 VIII VII 0 0
151 16 I 0 0 0
152 20 II I 0 0
153 18 II I 0 0
154 22 II I 0 0
155 24 III II 0 0
156 39 X IX 0 0
157 23 V IV 0 0
158 30 IV III 0 0
159 20 I 0 0 0
160 32 I 0 0 0
161 21 II I 0 0
162 26 III I I 0 D U PL4LESÂO AÒ RT IC A
163 21 I 0 0 0
164 30 V II II 0 P R O LA P SO V A LM IT R A L
165 40 XI IX 0 1
166 25 V IV 0 0
167 26 III 1 0 1
168 29 III II 0 0
169 33 III 0 1 1
170 21 V 0 II II
171 29 IV III 0 0 DPP*
172 22 II 1 0 0
173 17 I 0 0 0 DHEGGRAVE"
174 20 I 0 0 0
C A SO ID G E S. APGAR 12 M IN U TO C LA S SIF. Q U A N TO AO
(sem .) FC ER IR T C TOTAL PE SO N A S C IM E N T O
001 40,0 1 1 0 1 0 3 AIG
002 39,5 1 1 1 0 0 3 AIG
003 38,5 1 0 0 0 0 1 PIG
004 39,5 0 0 0 0 0 0 AIG
005 38,5 1 1 0 0 0 2 AIG
006 37,5 1 0 1 0 0 2 PIG
007 39,0 2 1 0 0 0 3 AIG
008 40,0 1 0 0 0 0 1 AIG
009 40,0 2 0 0 0 0 2 AIG
010 38,3 1 0 0 0 0 1 AIG
011 38,0 2 0 1 0 0 3 AIG
012 39,0 2 0 0 0 0 2 AIG
013 37,0 2 1 1 0 1 5 AIG
014 40,0 2 2 1 1 0 6 AIG
015 38,0 2 1 1 0 0 4 AIG
016 38,5 2 1 0 1 4 AIG
017 39,5 2 1 1 1 0 5 AIG
018 39,0 2 1 1 0 0 4 AIG
019 37,0 2 2 1 1 0 6 AIG
088 38,0 2 2 2 ? ■1
9 AIG
102 39,0 2 2 O
í_ 2 0 8 AIG
39,0 2 2 2 2 0 8 AIG
39,5 2 2 2 2 1 9 AIG
40,0 2 2 2 2 0 8 AIG
119
C A SO PH PO 2 PC O 2 HCO3 BE Á C ID O LÁC
(m m H g) (m m H g) (m Eq/l) (m Eq/l) (mg/C
CASO H E M A T Ó C R IT O
001 50
002 47
003 50
004 46
005 48
006 48
007 57
008 54
009 47
010 50
011 47
012 50
013 50
014 53
015 50
016 49
017 54
018 48
019 55
020 56
021 59
022 50
023 50
024 47
025 54
026 55
027 53
028 50
029 51
030 50
031 48
032 51
033 53
ü34 50-
035 48
132
CASO HEMATÓCRITO
036 53
037 50
038 50
039 53
040 50
041 45
042 51
043 45
044 54
045 49
046 48
047 50
048 52
049 55
050 47
051 52
052 47
053 50
054* 51
055 55
056 50
057 51
058 52
059' 54
060 53
061 51
062 50
063 47
064 52
065 55
066 62
067 50
068 61
069 50
070 48
CASO HEMATÓCRITO
071 55
072 52
073 55
074 55
075 64
076 55
077 49
078 48
079 50
080 50
081 50
082 53
083 52
084 50
085 51
086 48
087 52
088 51
089 49
090 53
091 52
092 53
093 55
094 48
095 47
096 53
097 52
098 55
099 52
100 50
101 53
102 56
103 55
104 57
105 52
134
CASO HEMATÓCRITO
103 56
104 57
105 52
106 56
107 50
108 54
109 57
110 56
111 53
112 52
113 54
114 52
115 50
116 53
117 55
118 57
119 52
120 47
121 50
122 53
123 53
124 50
125 50
126 48
127 50
128 50
129 50
130 57
131 47
132 53
133 55
134 50
135 51
136 50
137 55
138 54
139 52
140 53
135
C A SO H E M A TÓ C R IT O
141 50
142 55
143 53
144 55
145 48
146 53
147 51
148 54
149 57
150 54
151 49
152 55
153 54
154 52
155 50
156 48
157 55
158 60
159 62
160 55
161 50
162 49
163 50
164 57
165 54
166 49
167 52
168 51
169 52
170 50
171 52
172 53
173 53
174 56
136
CASO DISTÚRBIO
001 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
002 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
004 A C ID O S B /IIS T A
005 A C ID O SE M IS TA
006 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
008 A C ID O SE M IS TA
009 A C ID O SE M IS TA
010 A C ID O S B /IIS T A
011 A C ID O SE M IS TA
012 A C ID O S B /IIS T A
013 NO RM AL
019 NORM AL
020 NORM AL
021 NORM AL
022 NO RM AL
023 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
024 NO RM AL
025 N O RM AL
026 N O RM AL
028 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
029 NO RM AL
031 N O RM AL
033 A C ID O S a/IE TA B Ó L IC A
035 A C ID O S B E S P IR A T Ó R IA
137
CASO DISTÚRBIO
036 NORMAL
037 A C ID O SE R ESPIR A TÓ R IA
038 A C ID O SE M ISTA
039 A C ID O SE R ESPIR A TÓ R IA
040 NORMAL
041 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
044 NORMAL
045 NORMAL
046 NORMAL
047 A C ID O SE M ISTA
048 NORMAL
049 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
050 NORMAL
051 NORMAL
052 NORMAL
053 NORMAL
054
055 A C ID O SE M ETABÓLICA
056 NORMAL
057 NORMAL
058 AC ID O SE M ETABÓLICA
059
060 A C ID O SE M ETABÓLICA
061 NORMAL
062 NORMAL
063 NORMAL
064 A C ID O SE M ISTA
065 NORMAL
066 AC ID O SE M ISTA
067 NORMAL
068 A C ID O SE M ETABÓLICA
069 NORMAL
070 NORMAL
138
CASO DISTÚRBIO
072 NORMAL
073 NORMAL
074 A C ID O S E M ISTA
075 NORMAL
076 NORMAL
077 A C ID O S E R E S P IR A TÓ R IA
081 NORMAL
083 NORMAL
084 NORMAL
085 NO RM AL
086 NORMAL
087 NO RM AL
088 NORMAL
089 NORMAL
090 NORM AL
091 NORMAL
092 NORMAL
093 NORMAL
094 NORMAL
095 A C ID O S E R ES PIR A TÓ R IA
096 NORMAL
097 NORMAL
098 NORMAL
099 A C ID O S E M ISTA
100 NORMAL
101 NO RM AL
102 NORMAL
103 N O RM AL
104 A C ID O S E R E S P IR A T Ó R IA
105 A C ID O S E R E S P IR A TÓ R IA
139
CASO DISTÚRBIO
106 NORM AL
107 NORM AL
109 NORM AL
111 N ORM AL
112 N ORM AL
113 N ORM AL
114 N ORM AL
115 NORM AL
116 NORM AL
117 A C ID O SE R E S PIR A TÓ R IA
118 NORMAL
119 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
120 NORMAL
121 NORM AL
122 NORM AL
123 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
124 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
125 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
126 NORMAL
127 A C ID O SE R E S PIR A TÓ R IA
128 NORMAL
129 A C ID O SE R E S PIR A TÓ R IA
130 NORMAL
132 NORMAL
133 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
134 NORMAL
135 NORMAL
137 NORMAL
138 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
139 NORM AL
140 NORM AL
140
CASO DISTÚRBIO
143 NORMAL
144 NORMAL
146 NORMAL
147 NORMAL
148 NORMAL
149 NORMAL
150 NORMAL
151 NORMAL
153 NORMAL
154 NORMAL
155 NORMAL
156 NORMAL
160 AC ID O SE M ISTA
162 NORMAL
163 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
164 AC ID O SE M ISTA
166 NORMAL
167 NORMAL
168 A C ID O SE R ES PIR A TÓ R IA
169 AC ID O SE M ISTA
170 AC ID O SE R E S PIR A TÓ R IA
171 NORMAL
173 AC ID O SE R E S PIR A TÓ R IA
174 NORMAL